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Com muitos parafusos a mais Pelo segundo ano no comando de Os Incríveis, Cazé Pecini fala sobre nova fase do programa e o que aprendeu com os casos inspiradores por Raquel Temistocles

Os Incríveis

A PARTIR DO DIA 5, QUINTAS, 22H40, NATGEO, 80 E 580 (HD)

O

QUE TEM MAIS FORÇA: A RAZÃO OU A EMOÇÃO? NO CASO DOS PARTICIPANTES do programa Os Incríveis, que retorna para sua segunda temporada neste mês, razão e emoção chegaram juntas brigando por espaço. Se no ano passado a novidade era descobrir habilidades extraordinárias e tentar entender os limites do cérebro, agora o foco do programa está na tensão dos candidatos, que precisam provar seus talentos e também vencer a dificuldade em manter o controle emocional, e não arruinar a chance de ganhar R$ 100 mil durante as tarefas no palco. “O cenário é grande, a plateia está toda ali. Então, tudo tem um impacto sobre o participante. Cumprir ou não cumprir o desafio passa muito pelo aspecto emocional”, conta Cazé Pecini em uma conversa exclusiva com MONET.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Essa tensão preestabelecida no programa pode atrapalhar muito o participante, mas também causa problemas para a equipe de produção. Durante nossa visita ao set de filmagens, acompanhamos a gravação de um desafio que envolvia concentração e memória em uma versão mais difícil do jogo dos sete erros. Enquanto todos estavam atentos para saber se o competidor conseguiria encontrar uma pequena diferença entre dois painéis com cerca de 2 mil caracteres em cada um, o próprio Cazé descobriu que não havia erro nenhum e a produção precisou agir rápido para consertar a falha, ou seja, inserir uma e torcer para que o participante, dessa vez, encontrasse a diferença e fosse para a final. O resultado a gente deixa como surpresa, mas já podemos adiantar que a ansiedade de quem está no palco é a mesma de quem está assistindo. “Sentimos a necessidade de ter mais tempo com cada um dos participantes, construir um personagem junto com o pessoal de casa, para ajudar as pessoas na hora de desenvolver empatia, de torcer também por um candidato”, explica Cazé. Dessa vez, ele estará acompanhado somente do neurocirurgião Dr. Fernando Gomes Pinto, em vez da turma de apresentadores da edição anterior. Outra novidade desta segunda temporada é um programa dedicado somente às crianças. Os pequenos dotados de habilidades acima da média vão competir com outros prodígios para

“O cenário é grande, a plateia está toda ali. Então, tudo tem um impacto sobre o participante”

saber quem tem mais domínio do próprio talento e ainda lidar com algo que os adultos já sabem tirar de letra: a frustração. “Os desafios são desenhados em cima da habilidade de cada um dos candidatos e existe uma preocupação de fazer uma coisa que seja personalizada. Mas a frustração é algo iminente nesse concurso. E o papel dos pais é muito importante”, analisa o apresentador, que faz questão de garantir que os responsáveis estão sempre presentes quando as crianças mostram o que sabem fazer de melhor – seja decorar sequências numéricas ou ler frases escritas ao contrário. Independente da idade, controlar a emoção com certeza é o que também torna alguém incrível.

Gênios brasileiros – Acima, Cazé Pecini acompanha uma das 16 participantes, a musicista Camila, no desafio de identificar uma única voz num coral de 20 vozes. Se conseguir, e ainda receber a maioria dos votos da plateia, a candidata pode ir à final com mais três participantes

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