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Nesta Edição:

Boletim da

– A Corrente Proletária chama o voto na chapa 27 de Outubro nas eleições do DCE-USP – As outras chapas expressam, Nesta Edição: com suas diferenças, a conciliação com a reitoria – Aprovar a GREVE estudantil,

Boletim da

trabalhar pela unidade dos três setores, expulsar a PM Escreva para Caixa Postal 01171 - CEP 01059-970 - S. do campus e por fim aos processos políticos contra estudantes e trabalhadores!

26 de Março de 2012

08 de Março de 2012

Paulo - SP - proletariaestudantil@yahoo.com.br

A Corrente Proletária chama o voto na chapa Escreva para Caixa Postal 01171 - CEP 01059-970 - S. Paulo - SP - proletariaestudantil@yahoo.com.br 27 de Outubro nas eleições do DCE-USP Não pode haver democracia sob as botas da Tropa de Choque

A Corrente Proletária Estudantil (POR) e participa da chainfluência universidade por meio da estrutura de A universidade pública gratuita depende da sobre luta ados estudantes pa 27 de Outubro nas eleições ao DCE-USP. Essa chapa foi poder antidemocrática, autoritária, que se manifesta pelo formada dentro da reitoria ocupada em novembro de 2011, poder de uma casta privilegiada e corrompida de professoa partir de um chamado a todas as correntes e independenres. Essa estrutura de poder reflete a ingerência da minoria tes que se identificassem com a luta pelo Fora a PM da USP da sociedade sobre a universidade que, como tal, só pode se e fim dos processos e com os métodos de luta utilizados expressar num poder arbitrário de minoria sobre a maioria. pelo movimento (ocupações, greve), em oposição à atual A democracia universitária só poderá existir sobre a base gestão do DCE (PSol), que praticou uma política antimobida autêntica autonomia universitária, que é o poder dos que estudam e trabalham contra a ingerência dos goverlização e de conciliação com a reitoria/governo. A chapa é a única que expressa nas eleições do DCE a nos, da 2)burguesia e de seus instituições. nãopartidos querem egreve, basta Assim, Mito “Os estudantes Mitos contra a greve estudantil: defesa das bandeiras e dos métodos de luta do movimento. ver a conquista da democracia universitária sedefesa dará por meio os resultados das assembleias de curso. A Mito 1) “O problema da USP é a falta de democracia; JÁ éda vanguardismo.” Na verdade, os cursos As demais chapas expressam, em diferentes graus, a cola- da daGREVE soberania assembleia geral universitária, que expresé preciso convencer os burocratas e o governo de que a realizaram assembleias representativas, em que se os esboração com a reitoria/governo. sará ao mesmo tempo a real autonomia universitária. Sem universidade tem de ser mais democrática; depois potudantes se mostraram divididos quanto a greve imediaderemos então tirar a PM do acampus.” Sem dúvida, A 27 de outubro se formou com participação das cor-a romper com a ingerência dos governos e burguesia sobre a ta. Uma grande parcela dos estudantes votou pela greve USPPCO, é a universidade maise autoritária do país. É dirigida rentes POR, MNN, Práxis de independentes. A LER- já. universidade, sem destruir estruturas Não se trata de uma propostaasdeatuais uma pequena van-de poder, por um interventor do governo estadual e seus organisQI se fundiu a ela dentro do prazo regimental. O programa guarda não existirá democracia A conquista descolada das bases, universitária. como acusam alguns mais da aumos burocráticos não contemplam nem mesmo a LDB, politicamente míopes. Existe uma tendência entremais umaprofunda tomou como base a declaração do movimento de ocupação tonomia é um passo rumo à transformação que estabelece uma porcentagem de 70% aos professores parcela significativa dos estudantes que está disposta a da reitoria. da universidade, que só será e o restante para estuse mobilizar contra a dantes e funcionários. Esse programa é defensável possível parte ingerênciacomo externa so- da revoPreserva um regimento porque expressa as bandeiras lução bre a proletária, universidadesocialista, disciplinar elaborado através da repressão e métodos do movimento. Sem que permitirá aos assalariados pela ditadura militar policial, está disposta dúvida, por se tratar de uma transformarem a universidade em 1972, que proíbe e a defender a autonopuneagrega até com algumas eliminafrente que por dentro. mia universitária e a ção qualquer organizações políticas mobilie estu2) As transformações mais universidade pública e zação, e restringe até a dantes independentes, acaba profundas na universidade gratuita, que estão sob roupa feminina. ataque da reitoria e do do morevelando contradições. Elede éa dependem da unidade Mas a ausência governo Alckmin. A base da formação um será pólo vimento dos que estudam e democraciadenão aprovação da greve esresolvida através do de independência de classe no trabalham comassema classe operátudantil numa “diálogo” com os marionetes do governo esria. Não se confunde movimento estudantil daautoritários USP, bleia geral massiva pode influenciar os resultados das o proletadual. Somente a mobilização pode impor a democracia assembleias de curso e voltar a dar força àcom mobilização, que tem enraizamento de mastariado os trabalhadores aos aprendizes de ditador. A democracia universitária só como ocorreu em 2011, em que os estudantes de base, sa e permite que os estudantes da universidade. O proletapode existir se for possível a total liberdade de expressão contra a vontade e a política das direções da maioria dos façam a eexperiência riado é a classe ligada diretamanifestação.concreta O oposto do que existe na USP hoje. A CAs e do DCE, contra a campanha da mídia, contra essas presença dano polícia para reprimir os movimentos impecom as correntes, sentido mente aosFORA meiosAde tremendas pressões, se levantou e gritou: PMprodução, de qualquer possibilidade de que se manifestem as dida construção de uma direção que devem ser transformados DA USP!! vergências. Somente com a expulsão da PM do campus revolucionária que, como tal, propriedade coletiva, isso início do ano. Vamos Mito 3) “Ainda está muito noem será possível dar um passo real no sentido da democrasó pode se sobre a base da política proletária para CONSTRUIR é o socialismo. Os funcionários da INDICATIVO universidade são traa greve. Vamos votar um ciaconstruir universitária. de greve”. As de aulas começam não interesses se pode permitir que Porestudantil. isso, é uma fraude a proposta de que é preciso o movimento balhadores serviços e etêm corporativos. Por seja apresentado um clima de normalidade na USP. O democracia para depois tirar a PM. Os farsantes que a isso, não podem expressar por si mesmos o conjunto das A Corrente Proletária faz sua campanha de defesa da clima de exceção foi instaurado não pela greve estudanproclamam na prática defendem a permanência da PM necessidades dos que estudam e trabalham. Os estudantes, chapa sem deixar de mostrar as insuficiências ou limitações til, mas pelas seguidas intervenções policiais da Tropa no campus. E a prática é o que prova a verdade. do seu programa. Abaixo, alguns aspectos ausentes ou inpor não terem interesses corporativos e fazerem a ligação suficientemente desenvolvidos na linha política da chapa: com a população assalariada, são o setor mais avançado 1) A universidade é de classe, é burguesa. A classe doda universidade e podem expressar em suas bandeiras de minante, minoritária na sociedade, exerce seu controle e luta os interesses gerais de quem estuda e trabalha. Assim,

Aprovar a GREVE estudantil, trabalhar pela unidade dos três setores, expulsar a PM do campus e por fim aos processos políticos contra estudantes e trabalhadores!


é a aliança operário-estudantil a que expressa a unidade da universidade ao lado dos explorados contra os exploradores. 3) A defesa do ensino público e gratuito para todos, em todos os níveis, é uma bandeira democrática que se liga à luta pelo socialismo, não será realizada pelo capitalismo decadente. O primeiro passo para defendê-la de forma consequente é a defesa da estatização sem indenização de toda a rede privada de ensino, sob controle dos que estudam e trabalham. A defesa do ensino público e gratuito não é a defesa de um privilégio para uma minoria, mas de um direito

a toda a juventude, e ela se volta necessariamente para a defesa da maioria, que é submetida ao ensino pago. 4) A constituição de um pólo de independência de classe, progressivo para o movimento em si, não resolve a tarefa de construção de uma direção revolucionária. Ela se constrói sobre a base de uma política proletária, do programa da revolução proletária. Sem ser sobre a base desse programa, não é possível realizar essa tarefa. E somente uma direção proletária enraizada no movimento poderá impulsionar a luta dos estudantes para convergir com a luta da classe operária pelo socialismo.

As outras chapas expressam, com suas diferenças, a conciliação com a reitoria A chapa Reação é a chapa da direita organizada, da burguesia, do PSDB, do jornal Estadão, do reitor e do governo. Apresenta-se como antigreve. Defende o plebiscito contra as decisões das assembleias. É contrária à unidade com a luta de professores e funcionários. Defende o privatismo (busca de recursos privados para financiamento da universidade) e elitismo. Apóia-se nos setores mais abastados dos estudantes. A chapa Não vou me Adaptar é a de continuidade da atual gestão. Agrupa o PSol (MES) e o PSTU. Os partidos de esquerda que a compõem não ocultam sua prática de direita. Em 2011, extinguiram as assembleias gerais substituindo-as pelos conselhos de CAs. Ajudaram a polícia a levar presos os estudantes no estacionamento da FFLCH em 27/10/11. Combateram as ocupações da FFLCH e da reitoria. Combateram a greve imediata no dia 08/11, quando a tropa de choque invadiu a USP. Boicotaram o comando de greve de delegados eleitos nos cursos quando viram-se em minoria nele. Forjaram a manobra distracionista e conciliadora de discutir segurança e democracia quando a universidade está sofrendo brutal repressão. Sabotam assembleias quando vêem suas propostas rejeitadas. A chapa Universidade em Movimento é uma cisão do PSol nestas eleições. A corrente APS se apresenta como alternativa ao esgotamento da direção PSolista. Não se diferencia programaticamente da Não vou me Adaptar, é uma cisão aparelhista. Mas faz graves concessões à direita burguesa, como a defesa do plebiscito, que representa a anulação da democracia direta e substituição pela representativa.

Ruptura do MNN O MNN rompeu com a 27 de Outubro e com isso abandona a luta em favor da campanha ao “Não Vou me Adaptar” (PSol/PSTU). Coloca-se assim em defesa daqueles que destruíram em 2011 a democracia estudantil, não combatem a permanência da PM no campus nem os processos dos

85 presos políticos. É falsa a idéia de que se trata de um voto crítico. Não é possível amenizar a inconsequência dessa ruptura fazendo uma suposta crítica à frente PSol/PSTU, tentando se diferenciar dos conciliadores utilizando o método errado que é a via eleitoral à margem da mobilização. Pior, dando às costas a ela nesse momento, na crença de que a direita será derrotada nas urnas. A direita será vencida somente se aqueles que se levantaram em 2011 se mantiverem unidos empunhando suas bandeiras de Fora PM e Fim dos Processos e fortalecerem o método da ação direta como as ocupações e greves. Não há “unidade das esquerdas” na frente PSol/PSTU que minimamente possa combater o Rodas e a direita. Essa é uma frente aparelhista e oportunista, e a presença do PSTU na chapa não a torna mais à esquerda, pois, assim como os psolistas, foram desde o princípio contra a mobilização, contra a greve, as ocupações e praticam uma política conciliadora com a reitoria. Não é possível combater o Reitor e a direita tendo à frente da direção do movimento geral da USP aqueles que aplicam uma política de direita na universidade, dando expressão e fortalecendo a direita burguesa com os métodos antidemocráticos e negociando com a burocracia o fim do movimento às costas dos estudantes (ocupação da FFLCH). A posição do MNN de um lado tira forças do pólo de independência de classe na universidade, expresso na chapa 27 de Outubro; de outro, procura anular a possibilidade de expressão nas eleições do DCE de milhares de estudantes que reconhecem a luta e a resistência à ingerência do Estado nessa chapa e, for fim, contribui para o fortalecimento da direita e não a sua derrota, pois a permanência da atual direção no DCE levará à desmobilização e crescimento da direita organizada. O MNN na prática, ao chamar voto na frente PSol/PSTU, fortalece o setor que mais tem contribuído com o avanço da reitoria nos últimos anos. Fará campanha contra a 27 de Outubro, cujo programa, enraizado em uma parcela significativa dos estudantes, expressa a defesa da universidade, contra a ingerência do Estado.

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