"Palimpsestos" - Catálogo

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- Fotografias que nĂŁo se perderam no tempo -

Campina Grande - ParaĂ­ba outubro/2012 http://palimpsestosfotograficos.blogspot.com.br/



Este trabalho é fruto da disciplina Seminários de Integração IV, ministrada pelo prof. Nathan Cirino, turma 2012.1.



Sumário Apresentação --------------------------------------------------------------------------------------- p. 9 Diretores artísticos--------------------------------------------------------------------------------- p. 11 Palimpsestos ----------------------------------------------------------------------------------------- p. 13 “Duas pedradas e um objetivo em comum”--------------------------------------------------- p. 14 “... eu quero comida, educação e arte!”---------------------------------------------------------- p. 18 “Entre o vermelho e o amarelo ainda existem outras matizes”---------------------------- p. 22 “Em chamas”------------------------------------------------------------------------------------------ p. 26 “Tire o seu racismo do caminho, que eu quero passar com a minha cor” -------------- p. 30 “O beijo” ----------------------------------------------------------------------------------------------- p. 34



Apresentação Palimpsesto, (do grego antigo παλίμψηστος / “palímpsêstos”, πάλιν, “de novo” e ψάω, “riscar”, ou seja, “riscar de novo”) designa um pergaminho ou papiro cujo texto foi eliminado para permitir a reutilização. Esta prática foi adotada na Idade Média, sobretudo entre os séculos VII e XII, devido ao elevado custo do pergaminho. A eliminação do texto era feita através de lavagem ou, mais tarde, de raspagem com pedra-pomes. Aqui os Palimpsestos são produzidos em fotografias. Palimpsestos - Fotografias que não se perderam no tempo - é um projeto desenvolvido durante a disciplina Seminários de Integração IV, componente curricular do curso de bacharelado em Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande. A proposta tem como objetivo integrar conteúdos que compõem três disciplinas da grade curricular, de forma a utilizá-los na execução de um produto artístico. As disciplinas em questão são as seguintes: Psicologia da Criatividade, Infografia e Oficina Básica de Fotografia e Cinema. O projeto se propõe a desenvolver uma releitura de fotografias clássicas que retratam momentos, fatos e ícones importantes da história, e que possuem o seu caráter ideológico bem definido e presente no imaginário coletivo. Visando a unidade no desenvolvimento do projeto, o conceito de “Atemporal” se apresenta como eixo norteador para a construção de novas imagens que não se enquadram em um tempo específico, anacrônicas. As imagens resultantes serão uma mescla de elementos plásticos, onde as coordenadas de tempo e espaço não serão bem definidas, ou melhor, não serão de grande relevância, uma vez que os fatos tornam-se, em essência, atemporais. O projeto tem direção artística de Arthur Miná, Janaína Gonzalez, Jonas Felix, Joseane Oliveira, Klériston Vital e Samantha Pimentel, e a execução das intervenções fotográficas também conta com a colaboração dos designers gráficos e desenhistas Chateaubriand Almeida, Flaw Mendes e Eldon Evangelista, dando abertura aos estilos individuais de cada artista. Ao todo o projeto é composto de cinco releituras fotográficas, ou Palimpsestos Fotográficos.



Diretores Artísticos Arthur Miná Natural de Campina Grande (PB), graduanda em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atua nas áreas de fotografia, cinema e teatro.

Janaína Gonzalez

Jonas Felix Bacharelanda em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Apaixonada por fotografia, tem foco nessa área de atuação. Graduada em Comunicação Social (UEPB) e estudante de Arte e Mídia (UFCG). Atualmente também faz mestrado em Literatura e Interculturalidade (UEPB). É uma das editoras do blog www.livrepauta.com, dedicado ao jornalismo cultural.

Bacharelando em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 23 anos, músico e escritor amador. Criador do Blog “Director’s Cut”, dedica-se atualmente a projetos envolvidos com música e entretenimento.

Graduando em Arte e Mídia (UFCG). Ilustrador amador e fundador/podcaster do www. zumbisdecapacete.com.br

Joseane Oliveira

Klériston Vital

Samantha Pimentel

Graduando em Arte e Mídia (UFCG). Ênfase em Teatro, Cinema e Tecnologia. Crê na arte e em sua forma de disseminação.



- Fotografias que n達o se perderam no tempo -


“Dois Objetos e um Objetivo”

Registro feito pelo fotógrafo Evandro Teixeira, mostra um estudante sendo perseguido pela polícia durante a repressão militar no perído da ditadura no Brasil. Esta data, 21 de junho de 1968, ficou conhecida como “Sexta-feira Sangrenta”, o que era uma passeata estudantil, se transformou em uma batalha a bala, cassetetes e pedras, entre estudantes e a Polícia Militar. O centro do da cidade do Rio de Janeiro foi paralisado ao meio-dia, permanecendo assim por seis horas. Ao final, um policial foi morto e presumivelmente, dois civis. Cerca de 80 pessoas ficaram feridas e mais de mil prisões foram efetuadas.


“Foi um dia mais sangrentos que a Rio Branco em especial e o Rio de Janeiro viveu, nesta época. O Jornal do Brasil era o palco das reações. Tudo começava em frente ao Jornal que neste dia foi fechado a bala. A polícia começou a atirar e a fechar as portas. Eu participei ativamente com barreiras, fugindo das cavalarias, vendo estudante caindo. Inclusive tenho a foto do fotógrafo Rubem Seixa, do Correio da Manhã, quando a polícia o surrou depois de ter quebrado seu equipamento.” Evandro Teixeira, sobre a “Sexta-feira Sangrenta”

Evandro Teixeira nasceu em 1935 no interior de Irajuba, Bahia. Com 23 anos de idade se formou no Rio de Janeiro, na Escola de Belas Artes. Começou sua carreira de fotógrafo, quando conseguiu seu primeiro estágio no Diário de Noticias, em Salvador. Após algum tempo voltou para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar no Diário da Noite, jornal que pertencia ao mesmo grupo do Diário de noticias, o grupo de Assis Chateaubriand. No ano de 1963, começou a trabalhar no Jornal do Brasil, onde permaneceu por 48 anos, até a extinção de sua versão impressa.


“Duas pedradas e um objetivo e “Dia de Fúria” Trinta anos depois de chegar ao poder no Egito, Hosni Mubarak enfrentou a pressão da população que pediu sua renúncia. Em pleitos cada vez mais desonestos, Mubarak foi reeleito continuamente: em 1987, 1993, 1999 e 2005, pela primeira vez em todo esse período ditatorial os egípcios se manifestam contra o governo do ditador. Os protestos que começaram na Tunísia com a imolação do jovem Mohamed Bouazizi e desencadearam a Revolução do Jasmim, foram o estopim de uma explosão social no mundo árabe. No Egito, os protestos começaram, com o que ficou conhecido como “Dia de Fúria”.

Foto original do “Dia de Fúria”, que inspirou o desenho.


em comum” Desenho Desenho com estilo realista, feito digitalmente, simula um desenho feito com caneta bic. A coloração vermelha dos policiais remete ao nome como ficou conhecido o episódio, “Sexta-feira sangrenta”.

Flaw Mendes Nascido em 1981, paraibano de Campina Grande, cursou Letras na UEPB, especialista em Artes Visuais – SENAC, estudou desenho e pintura na Escola de Arte Visuais Arimarques Gonçalves, onde posteriormente, trabalhou ensinando a alunos novatos. É artista plástico, gráfico e poeta. Desenvolve trabalhos na área de ilustração há 6 anos, principalmente editoriais. é editor visual da Revista Literária Blecaute (www.revistablecaute.com.br - eletrônica). Regularmente publica seus trabalhos no blog. www.flawmendes.blogspot.com


“Uganda 1980”

Imagem feita pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter no amo de 1980 na Uganda – África, na fotografia aparece um missionário segurando a mão de uma criança faminta, em estado de desnutrição. Kevin tinha o objetivo de chamar a atenção da humanidade para a miséria que se passava na África.


“O fotógrafo sul-africano Kevin Carter retratou durante toda sua carreira, o lado mais cru da África como a fome e a injustiça. Carter nasceu na época do Apartheid na África do Sul, e via durante sua infância que a diferença entre os meninos negros e ele, um menino branco, era abismal. Tornou-se jornalista e a câmera virou sua arma, para lutar contra o Apartheid. Tatuou a imagem do continente africano em seu braço pálido e saiu em busca de fotografias que pudessem fazer o mundo enxergar que, o que estava acontecendo dentro e ao redor de Johannesburgo, estava muito mais além do que se via em guias de viagem para turistas.” Matéria sobre o trabalho de Kevin Carter (http://www.tempreguicanao.com.br)

“Você sai e vê coisas ruins, coisas más e você quer fazer algo. Então o que você faz é tirar uma foto que mostre isso. Mas nem todos vão gostar de ver isso!”. Kevin Carter

Kevin Carter nasceu em 13 de setembro de 1960, em Johannesburgo. Foi um repórter de guerra sul-africano. Começou sua carreira aos 23 anos (1983), quando populações periféricas como Soweto - próximo de Johannesburgo - estavam em guerra, ali, sendo membro de The Johannesburg Star. Em 1990, Carter e outros fotógrafos montaram um grupo chamado “Bang Bang Club”, que fazia registros fotográficos nas regiões de conflito armado. Em 1993, Carter viajou a uma aldeia do Sudão e capturou uma imagem que virou o rosto da fome na África. A fotografia que o tornou famoso apresentava a imagem de um garoto desnutrido prostrado no solo, espreitado por um abutre, esperando sua morte iminente. Com esta foto ganhou o Pulitzer, o Oscar do Jornalismo. Em 27 de julho de 1994, Carter cometeu suicídio, inalando monóxido de carbono, através de um tubo de borracha ligado ao escapamento do seu carro.


A desnutrição é uma realidade frequente advinda de muitos países que ainda em pleno século XXI vivem dessa tal maneira, os governantes parecem fechar olhos e ouvidos para a sociedade que mais necessita de subsídios para sobrevivência, os quais eles não oferecem. A “fome” é um fato que ainda não foi extinto da sociedade.

by Joseane


e Oliveira

“... eu quero comida, educação e arte!” O uso da textura foi aqui utilizado para dar ao observador a impressão de algo seco, tendo em vista que a fome e sede são casos comuns no país onde a foto original foi retratada, no caso a África. A “técnica” usada foi um pontilhismo digital, de forma repetitiva com a intenção de que ficasse um granulado, para que remetesse a terra/chão que foi enfatizado com mais clareza no plano de fundo da imagem. A textura e imagem são sem vida, remetendo a desnutrição que é a causa de grande parte das mortes em regiões que sofrem com a fome.

O desfoque aqui utilizado é um referencial ao “olhar turvo” que governantes tendem a utilizar ao permitir que a fome seja algo tão frequente na vida humana, no meio de uma sociedade tão moderna e revolucionada. A terra pisada foi usada dando ênfase a seca, a ausência de fertilidade no solo e a fome que é algo presente tanto na África quanto no nordeste brasileiro.


“Incêndio na rua Marlborough”

Esta foto foi tirada no ano de 1975, por Stanley Forman, fotógrafo americano que trabalha em Boston. Segundo ele, no dia 22 de julho após um dia normal de trabalho no Boston Herald, quase em seu fim de expediente, houve uma chamada contando sobre o incidente ocorrido na rua Marlborough. Forman foi até o local do incêndio para poder fotografar. Como resultado da repercussão desta foto as leis de Boston de segurança foram revistas, servindo também como uma fonte de referência para outras cidades sobre a questão de segurança para evitar os incêndios.


“Fui até ao local e corri até a parte detrás do prédio, porque os bombeiros estavam a gritar que precisavam de um carro com escada para resgatar as pessoas que estavam presas na escada de incêndio do edifício. Quando olhei para cima, vi uma mulher e uma criança na escada de emergência que estavam debruçadas para tentar escapar do calor do fogo atrás delas. Enquanto isso, um bombeiro escalou a parte da frente do prédio até ao telhado e viu as duas na escada de incêndio. Ele inclinou-se na direção da escada para resgatá-las, mas esta cedeu. Eu estava fotografando quando elas caíram. Depois, virei de costas. Eu percebi o que estava a acontecer e não queria vê-las no chão. Ainda me lembro do momento em que virei o corpo. Eu tremia. Segundo os bombeiros, a mulher amorteceu a queda da criança. Diana morreu na noite daquele mesmo dia”. Stanley Forman, sobre o momento da foto.

Stanley Forman, nascido em Massachusetts, é um jornalista que já ganhou quatro vezes o Prêmio Pulitzer, três delas quando trabalhava no Boston Herald, sendo o primeiro a ganhar dois prêmios seguidos. Ele estudou fotografia no Benjamin Franklin Institute of Technology, em Boston (1965-1966). Depois de sua formatura cobriu uma campanha política, posteriormente se tornando fotógrafo do Herald. Além da foto do incêndio do Edifício Marlborough, outra foto conhecida sua foi a do advogado Ted Landsmark sendo assaltado por um homem que possuía um mastro como arma, no auge da busing anti-distúrbios em Boston.


“Entre o vermelho e o amarelo...

Lei = É o que nos protege e nos faz sentir seguros dos outros e dos males por estes proporcionados, mas, ao mesmo tempo, é o que nos limita e corta nossas asas.

O 11 de setembro de 2001 foi uma data marcante para o mundo ocidental. Neste período a dita Guerra ao Terror americana já havia iniciado, como represália a ocupação estadunidense do Afeganistão houve uma série de ataques ao USA, no Pentágono, na Casa Branca e nas Torres Gêmeas, sendo esta última de maior repercussão. Neste dia, às 08:46 hs dois aviões, dirigidos por homens bombas acertaram cada um uma das torres, resultando em um dos maiores atentados aos Estados Unidos que já foi consumado. Em contra partida novas leis de segurança foram estabelecidas como proteção ao estado nação.

by Klériston Vital


...ainda existem outras matizes” O recorte não se encontra incluso em um estilo ou escola artística, ele é uma técnica utilizada em diferentes estilos de acordo com o desejo do criador. Retomando o recorte de papel, surge o recorte digital.

Em 22 de julho de 1975 um prédio estava incendiando na rua Marlborough, nele muitas pessoas viviam, estes tentaram poupar suas vidas mas não o conseguiram. Dentre eles havia uma mulher, que juntamente com sua entenda, ainda criança pequena, tentaram se salvar, mas o destino delas não foi feliz. Quando pularam, a mulher faleceu com o impacto, servindo como um amortecer para sua enteada que permaneceu viva. Este evento culminou com a criação e modificação das leis relativas a incêndio; promovendo maior segurança nos Estados Unidos.

Inseguro= O inverso de seguro, sem proteção. No caso de um país talvez seja só um abalo em sua estrutura, mas para as famílias uma lacuna na existência.


“Protesto silencioso”

Thích Qung Ðc (1897-1963) foi um monge Mahayana, batizado originalmente de Lâm Van Tc, que em 11 de junho de 1963 durante uma manifestação na cidade de Saigon, Vietnã do Sul, contra a política religiosa de Ngo Dinh Diem, ateou fogo em seu próprio corpo em um processo de auto-imolação. Curiosamente tendo sido queimado e posteriormente re-cremado, seu coração permaneceu intacto. O que aumentou o impacto de sua morte mundialmente. No Vietnã e posteriormente no mundo todo, ele é considerado um Bodhisattva, tornando-se um verdadeiro mártir.


“Um protesto silencioso e chocante foi realizado no dia 11 de junho de 1963 em Saigon (Vietnã do Sul). O autor de tal ato extremo foi Thich Quang Duc, originalmente batizado de Lâm Van Tuc e mais conhecido como monge Mahayana. Ele ateou fogo em seu próprio corpo num processo de auto-sacrifício, como protesto contra a política de perseguição religiosa adotada pelo governo de Ngo Dinh Diem. A religião budista era extremamente oprimida em seu país. Enquanto seu corpo queimava sob as chamas, ele manteve-se totalmente paralisado; não gritou e tampouco expressou qualquer reação de dor ou ruído. Consequentemente após este fato outros monges realizaram o mesmo ato”. Sobre o protesto silencioso (http://semsentiddo.blogspot.com.br)

Malcolm Browne foi correspondente da agência de notícias Associated Press no Vietnã, onde, em 1963, registrou a imagem mais importante de sua carreira: o suicídio de um monge budista que colocou fogo no próprio corpo. A imagem contribuiu para que o governo de John Kennedy fizesse uma reavaliação política da Guerra do Vietnã. Em 1964, Browne, ainda como correspondente da Associated Press, e David Halberstam, do “Times”, venceram o prêmio Pulitzer pelas reportagens do conflito no Vietnã. Malcolm também trabalhou no “New York Times” por três décadas. Especializado em cobertura de guerras, ele foi alvejado três vezes em combates, foi expulso de meia dúzia de países e foi colocado numa “lista da morte” em Saigon. O fotógrafo e jornalista norte-americano morreu no dia 27 de agosto de 2012, aos 81 anos, ele era portador da doença de Parkinson desde 2000 e passou os últimos anos numa cadeira de rodas.




“Segregated Water Fountains [1950]”

Foto retirada na Carolina do Norte em 1950, ano que marcou um período político dos EUA, conhecido como “Separado, porém igual”, um tipo de doutrina que foi propagada na intenção se que se houvesse uma separação total entre brancos e negros nos Estados do Sul a partir do ano de 1890. Essa fotografia foi retirada justamente para comprovar que a segregação não tinha nada de igualitária.


“As fotografias de Erwitt têm uma constante: o humor. Em cenas do dia a dia, na praia, nas cerimónias, ele mostra asfalhas e as incertezas da realidade. No meio da sua vasta obra destaca-se Son of bitch. Um trabalho em que Erwittfotografa, com um humor mordaz, cães em situações que mostram as relações destes animais com o mundo humano. A obra de Erwitt encontra-se conservada na sua quase totalidade no Museum of Modern Art de Nova Iorque”. Sobre o trabalho de Elliott Erwitt (http://www.infopedia.pt/$elliot-erwitt)

O seu interesse pela fotografia foi despertado quando morava em Hollywood, ainda na adolescência. Serviu como fotografo no exército dos Estados Unidos em 1950. É publicitário e fotógrafo documentarista, mais conhecido pelo preto e branco contido nas suas fotografias, repletas de ironia e com absurdas cenas do cotidiano. Absorveu uma grande influência de Henri Cartier-Bresson.


“Tire o seu racismo do caminho, que eu quero

Dentro do conceito de Atemporalidade, temos como ponto forte nesta imagem o racismo, assunto esse que tem se intensificado mais nos dias atuais. Preconceito racial é um dos temas que não “saiu de moda”, apenas tem-se tornado mais camuflado perante a sociedade.


o passar com a minha cor. (Georges Najjar Jr)” Pop Art A proposta desta intervenção foi trabalhar em cima das palavras contidas na foto: “Branco” e “De Cor”. Pra tal, o estilo artístico utilizado foi o pop art. Popular Art, surgiu na Inglaterra e nos Estados Unidos, na década de 1950, tendo como um dos seus propósitos criticar a vida cotidiana e materialista por meio da cultura de massa expressas em suas obras de artes, para tal se vale da repetição de um mesmo objeto, no entanto com diferentes cores.

Eldon Evangelista de Oliveira Cursa Desenho Industrial (Design) na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Desenha desde criança, mas há pouco tempo começou a fazer disso uma atividade profissional e rentável. Possui estilo próprio, podendo passear entre diversas escolas de desenho e pintura. Profissão: Designer (em formação) e Ilustrador, desde 2010.


“V-J DAY, TIMES SQUARE”

Esta fotografia foi tirada em 14 de agosto de 1945. Retrata o beijo de um marinheiro Americano com uma enfermeira no dia da vitória dos americanos sobre o Japão, na segunda guerra mundial. A foto foi publicada uma semana depois do episódio na revista Life, dentre uma série de retratos das celebrações do fim da guerra por todo o país, em uma seção de doze páginas intitulada Victory, onde estava disposta em página inteira.


“A tomada da foto ocorreu em meio a uma comemoração espontânea da população americana em meio a Times Square, após declarado o fim da guerra. Segundo as declarações do próprio fotógrafo em algumas publicações, havia dentre essas pessoas um marinheiro que corria pela avenida, abraçando e beijando todas as mulheres que encontrava. O fotógrafo estava correndo à sua frente carregando uma Leica, e fotografando o rapaz, mas nenhuma das tomadas havia satisfeito o fotógrafo. No entanto, em um determinado momento o fotógrafo “viu algo branco sendo agarrado”. Ele se virou e clicou, espontaneamente”. Sobre o momento da foto (http://www.ibiaraagora.com.br)

Alfred Eisenstaedt é natural da antiga Prússia. Fotografou grandes momentos da história, como o primeiro encontro ente Hitler e Mussolini, os efeitos da guerra no Japão e da bomba atômica na Coréia, as tropas americanas na Itália, bem como a intimidade de Winston Churchill. Naturalizou-se americano em 1942, onde dedicou-se também a fotografar personalidades famosas. Ganhou prêmios notórios por sua obra, incluindo a Medalha Presidencial das Artes e o prêmio Masters of Photography. Faleceu no dia 24 de agosto de 1995, aos 81 anos de idade.


“O beijo que atravessou os séculos”



projetopalimpsestos@gmail.com http://palimpsestosfotograficos.blogspot.com.br/


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