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muito mais que uma revista

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muito mais que uma revista

A TVA UNIU BBB9 E CAMPEONATO PARANAENSE EM UM PACOTE ESPECIAL PARA VOCÊ.

edição 04 • fev/mar 2009 • Ano I • R$ 7,90

Os segredos de fevereiro São Paulo Fashion Week

E MUITO MAIS PROGRAMAÇÃO NA SUA CASA.

edição 04 • Ano I

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água

A essência da

Os estilistas viajam o mundo para fazer os melhores desfiles. Os chefs, para fazer o melhor almoço.

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Faz bem pra...

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ParkGourmet. Sete restaurantes e um empório gastronômico. La Pasta Gialla • Bistrô do Victor • Italo* • Salero • Dubai* • Mediterraneo • SOTO Asian Cuisine * • Oli Empório Gastronômico •

*Italo e SOTO Asian Cuisine: inauguração em fevereiro. Dubai: inauguração em março.

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: : expediente : :

Publishers César Benítez García Danielle Cruz Melissa Castellano

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Colunistas Daniela Prosdocimo Caldeira Fernanda Viana Dias Mariella Vieira Dias Mauricio Medeiros Ruy Barrozo Colaboradores desta edição André Azevedo André Schulz Antonio Wolff Elen Pedroso Fernanda Ávila Felipe Potenza Karla Fragoso Kátia Michelle Pires Patricia Papp Paulo Goes Rodrigo Juste Duarte Silvio Aurichio Thiago Straub Tuti Maioli Neto Vicente Frare Projeto, Conteúdo e Desenvolvimento Gráfico Projeto Comunicação – www.projetocomunicacao.com ID-ART – www.id-art.com.br Designer Gráfico Tiago Ferrari Financeiro Claudia Moreira Fortes financeiro@moremagazine.com.br Departamento Comercial César Benítez comercial@moremagazine.com.br) Danielle Cruz danicruz@moremagazine.com.br Contato Avenida Iguaçu, 2947, cj. 34. Curitiba - PR - Tel.: 41 3082 8632 • • • •

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A MORE magazine é uma publicação bimestral da Arte e Ponto Editora Ltda. Todos os direitos reservados. O conteúdo dos artigos e matérias publicadas é de responsabilidade de seus autores. Estão autorizadas a falar em nome da MORE magazine ou a retirar qualquer tipo de material apenas quem tiver em seu poder um documento timbrado, registrado em cartório, assinado pelos diretores da publicação. ISSN 1983-4268 - Tiragem 10.000 exemplares

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Capa Cores, máscaras e fantasia nas lentes de Antonio Wolff.


10 4 Narrativas

Design, arte brasileira e hackers urbanos.

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Bate-papo

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Música

14 Moda O que Salvatore Ferragamo e Nicole Kidman têm em comum.

A boa conversa entre os produtores de eventos Dado Dantas e Ilse Lambach com Maria Elisa Paciornik.

Conheça o dançante Copacabana Club.

16 Trends Mais uma deliciosa volta ao mundo com a Pulp Ideias e Conteúdo.

22 Conversa afiada John Casablancas fala de moda, aposentadoria, novos palnos e, claro, Gisele Bündchen.

42 Especial SPFW

70

Por aí

76

Gourmet

80

Guerra?

Cinema, clubbing e exposições. Tudo com Fernanda Viana Dias.

Atice o paladar com Daniela Prosdocimo Caldeira.

Boudicca vira perfume.

O preto, as celebridades e os pés mostram as tendências da moda para 2009.

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Mania Apaixone-se pelas Lomo.

52 Motor A chegada oficial do charmoso Mini Cooper ao Brasil.

54 Tecnologia

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Fotografia Jhonny Depp, Mick Jagger, David Bowie e Naomi Campbell nas lentes de Albert Watson.

O que vai fazer parte da sua wish-list nesta temporada.

editorial Sim. O formato mudou. Definitivamente. O prometido era sair assim em edições especiais. Mas, ei!, todas as edições são especiais. Então, chega de história. Vai ser assim. Pronto. Boa leitura e até a próxima. Melissa Castellano editora-chefe

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mo r e • t endênci as

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narrativas 4 narrativas por Mau Medeiros, trend forecaster, de Londres

1. AlgunsDireitosReservados/Colaboração SomeRightsReserved é uma loja que vende desenhos técnicos de uma variedade imensa de produtos e objetos. Tudo a preços mínimos. De peças únicas a edições limitadas, impressos, músicas, filmes. Criado pela cooperativa criativa Kith-kin (www.kith-kin.co.uk/shop/), formada por alunos da Central Saint Martins College of Art and Design, tem como objetivo conectar o designer diretamente com o consumidor, dando mais poder e liberadade para a troca de ideias e questionando o direto de propriedade intelectual de produtos. Depois do download feito, é hora do Do It Yourself materializar as criações maluquetes das mais diversas partes do mundo. Alguns úteis, outros orientados para o re-uso, outros divertidos, o conceito aqui é o espaço para a manifestação de ideias e poder compartilhar com o mundo. Um dois maiores colaboradores e top de vendas é o estúdio Londrino WEmake e seu “street-sofa” feito de latões de lixo fora de uso e os divertidos portatemperos “Condoments”, uma edição limitada que usa como molde o mais famoso objeto de latex do mundo: o preservativo.

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O “street-sofa”: latões de lixo ganham nova forma

Outro ótimo exemplo de loja colaborativa é a brasileira Endossa. Um espaço onde qualquer pessoa pode criar uma marca e vender seus produtos. Construída por quem vende e por quem compra. Cada compra é um endosso e os consumidores decidem quais marcas permanecem na loja. De acordo com os economistas, as ações de microempreendorismo vão ser um excelente escape em tempos de crise. Confira! (www.endossa.com)


2. CuttingEdge A Central Saint Martins College of Art and Design é uma das das instituições que continuamente vem lançando a realeza do mundo fashion, como John Galliano, Alexander McQueen e, mais recentemente, Gareth Pugh, e vem tornando os seus desfiles de graduação um excelente cenário para dar aquela sacada no futuro da moda. Graduada em 2008, vencedora do L’Oréal Professionnel Award e primeiro lugar no ITS7 award, ambos respeitados prêmios no mundo da moda, a italiana Alithia SpuriZampetti encanta com seus padrões gráficos

que literalmente saltam sobre os seus vestidos extremamente bem cortados. O conceito multidimensional das peças e a incrível técnica da estruturação de papel, recortado e desenhado à mão, trazem um ar de novidade ao reino que vive incessantemente tentando se reinventar. Perguntada como traduz seu trabalho ela diz: “Jacques Fath couture depois de um choque elétrico”, referindo-se à superimposição de seu estilo ao do consagrado estilista que dominou junto a Christian Dior a alta-costura do pósguerra. Ela defende que novas ideias vem da experimentação e desenvolvimento. O talento da hipster designer já rendeu um posto para trabalhar com Valentino.

Detalhes de criações da italiana Alithia Spuri-Zampetti

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m o r e • t endênci as

3. CildoMeireles/ArteBrasileira O exposição do brasileiro Cildo Meireles na Tate Modern foi uma das grandes atrações do outono/inverno britânico, sendo uma das mais procuradas da temporada, tanto quanto a do fantástico inglês Francis Bacon na Tate Britain. De outubro a janeiro, o grande instigador da arte conceitual apresentou sua obra recheada de manifestos politicos, esteticamente atraente e filosoficamente intrigante produzida nas últimas décadas. A habilidade de converter ideias complexas em objetos ou ambientes foi a grande tônica da exposição. No seu trabalho, o legado do neoconcretismo, movimento brasileiro do final dos anos 50 que rejeitava o extremo racionalismo e a geometria abstrata em favor de experiências sensoriais e 12 • fev / mar 2009

participatórias, curiosamente temas bastante atuais neste início de século 21. O co-curador da exposição, Guy Brett, disse, “um trabalho de Meireles frequentemente inicia num lugar comum, geralmente um objeto doméstico ou uma lembraça de infância que se transmuta para uma especulação de percepção filosófica e, até mesmo, cosmológica sem perder suas raízes na realidade social – uma realidade geralmente dura, mas marcada pela superação e inventividade humana”. Não poderia ter traduzido melhor. Espaços imersivos em prol de narrativas artísticas.


4. Narrativa/Flagrante Os hackers de pôsteres voltaram a atacar.

“Citação Necessária”, por numerous

“Imagem Faltando”, por artista desconhecido

“Paleta do Photoshop”, por FTW Crew: Mr.Tailon, Baveux Prod., Kone & Epoxy

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mo r e • moda

divulgação

Dos pés à cabeça moda

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A exposição apresenta os 20 modelos de sapatos que a marca Salvatore Ferragamo produziu para o filme, seguindo a tradição e o perfeccionismo de seu criador italiano: o couro é cortado à mão e cada peça passa cinco dias sendo moldada. Ferragamo, morto há mais de 40 anos, calçou e seduziu divas do cinema, como Sophia Loren, Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Greta Garbo, que chegou a encomendar 70 pares de uma só vez.

divulgação

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Austrália Behind the Scenes” é uma exposição organizada pelo Museu Salvatore Ferragamo e dedicada a Nicole Kidman e a seu mais recente filme. Dirigido por Baz Luhrmann (o mesmo de “Moulin Rouge” e “Romeu + Julieta”), “Austrália” conta a história de uma aristocrata inglesa que se apaixona por um vaqueiro (Hugh Jackman), quando os dois tocam sua boiada pelo deserto australiano antes da 2ª Guerra Mundial.

Nicole Kidman veste o qipao, longo de gola Mao, criado por Catherine Martin para “Austrália”

Além dos sapatos, a exposição apresenta as criações da figurinista Catherine Martin (ganhadora de dois Oscars, de melhor figurino e direção de arte, por “Moulin Rouge”) para o fascinante papel principal vivido por Nicole Kidman. No Museo Salvatore Ferragamo (Palazzo Spini Feroni, Piazza Santa Trinità, 5R Florença), até 30 de março.

Um dos sapatos utilizados por Nicole Kidman em seu novo filme

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mo r e • t endênci as

Pulptendências Trends pulp por Vicente Frare, Fernanda Ávila e Patrícia Papp

Pulp

O ano de 2009 mal começou e a Pulp (www.pulpideias.com.br) já passou por quatro países em busca de novidades e tendências. Vimos que a preocupação com o desenlace da “crise financeira internacional” está presente em cada um dos lugares visitados e que apenas as mentes mais criativas estão encarando a situação com um certo otimismo. Afinal, é nestas horas que surgem as grandes sacadas e oportunidades.

Em Roma, passamos horas degustando uma variedade enorme de queijos e salames italianos na Osteria Gusto, ao lado do Museo dell’Ara Pacis, aberto em 2006. São mais de 180 tipos de queijo e cerca de 25 tipos de salame em oferta. Eles estão divididos de acordo com sua origem geográfica e muitos têm o selo slow food, que certifica o produto como parte do patrimônio gastronômico italiano. Uma seleção com oito queijos diferentes custa 15 euros. Os preço dos salames varia conforme sua classificação em prosciutti, salumi ou salami. Perguntamos a diferença para o garçom mas o vinho estava tão bom que antes mesmo de sair da mesa já havíamos esquecido da resposta. Vamos ter que voltar. (www.gusto.it)

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Pulp

Em Sevilha

funeso.com

grandes lixeiras ocupam espaço nas calçadas do centro da cidade. Elas geralmente são verdes e, com o tempo, tornam-se sujas e imperceptíveis. Por isso a prefeitura sevilhana autorizou artistas locais, principalmente jovens grafiteiros, a decorarem as lixeiras do centro da cidade para deixá-las divertidas e atraentes. Por um lado, estes jovens aristas ganharam espaço com o público e, por outro, ninguém esquece onde estão as lixeiras na hora de jogar coisas fora. São pequenas ações como esta que colocam as cidades espanholas na vanguarda do equilíbrio entre a tradição e as novas tendências de urbanismo.

Em Córdoba nos hospedamos no Palácio del Bailio para conhecer a cadeia de hotéisboutique espanhola Hospes. Foi uma das melhores camas que já experimentamos. Cada hotel é uma joia, pois os edifícios são escolhidos a dedo e devem ter sempre uma história para contar. O de Córdoba foi construído em cima de uma casa romana, por isso boa parte do piso é transparente, para podermos ver as ruínas e mosaicos da antiga casa no subsolo. A cadeia promove sono e sonhos. Nada melhor que uma noite bem dormida para conseguirmos ir atrás de nossos objetivos. De presente, no check-out, um pequeno travesseiro, ideal para cochilos no trem ou avião. (www.hospes.com) moremagazine.com.br • 17


m o r e • t e ndênci as

No 4º arrondisement de Paris,

Pulp

mais precisamente na fachada da loja BHV Homme, vimos um dos jardins verticais de Patrick Blanc que, junto com Gilles Clément, formam a dupla de paisagistas visionários da França. Foram os dois que fizeram o paisagismo do novo Musée du quay Branly, ao lado da Torre Eiffel. A tendência é buscar qualquer espaço disponível nos centros urbanos para deixá-los verdes. Agora, além de telhados, os dois partiram para as paredes. Gilles gosta de fazer com que as plantas ditem a ordem do jardim, ao invés do tradicional “jardim francês”, de paisagismo imaculado. A intenção é fazer com que muros, paredes e fachadas desapareçam atrás de um bosque de plantas oriundas dos quatro cantos do planeta. (www.verticalgardenpatrickblanc.com e www.gillesclement.com)

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Pulp

No 8º arrondisement de Paris, enfrentamos fila para entrar no templo do consumo da Louis Vuitton, no Champs Elysées, com o objetivo de visitar a galeria no 7º andar. Pouca gente sabe de sua existência, não há sinalização e só dá para chegar até ela pedindo acesso a um dos vendedores do 2º andar (existe também uma entrada pela rue de Bassano). Após alguns segundos de escuridão total no elevador, abrem-se as portas para exposições patrocinadas pela marca. Até março de 2009, são instalações de jovens artistas promissores da Coréia do Sul. A exposição seguinte será dedicada à evolução da escrita, a partir de maio de 2009. Fora as obras, a vista das janelas é linda. (www.louisvuitton.com/espaceculturel)

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m o r e • cur t as

Curtas Curtas divulgação

Doce

divulgação

A chef curitibana Letícia Krause abriu um corner da Lebombom no Iate Clube de Caiobá. Lá a chef apresenta a linha de doces composta de sete mini-sobremesas, entre elas, o cheese cake de goiaba, a gota de chocolate com morango, a pirâmide e o pirulito de dois-amores. Para os tripulantes dos barcos, Letícia desenvolveu caixinhas práticas para embalar os doces. O corner fica na sede do clube até o dia 7 de março, marcando o fim da temporada junto à 10a. edição do Rally Náutico, que acontece no dia 6.

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Prêmio

A Exclam Comunicação faturou na 32 . edição do Prêmio Colunistas Paraná o grande prêmio de Agência do Ano do Interior, por meio da Exclam Norte, de Londrina. “O trabalho da equipe de Londrina, encabeçada por Luiz Felipe Souza, Marcos Almeida e Cassiano Csiszer, nos possibilitou crescer muito e mostrar o nosso trabalho no norte pioneiro e no interior de São Paulo”, festeja Marcos Souza, diretor de planejamento e novos negócios. a



mo r e • conver s a afi a da

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Criador de tendências conversa afiada

por Katia Michelle Pires

Depois de deixar a Elite, agência que elevou mulheres bonitas como Gisele Bündchen à condição de supermodelos, o empresário John Casablancas retorna ao mercado, abre nova agência e lança um audacioso concurso.

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ão é exagero. As grandes modelos das últimas três décadas têm algo mais em comum do que apenas a beleza: têm o nome John Casablancas por trás de suas carreiras. O empresário americano, que tem uma história de amor com o Brasil, descobriu nomes e lançou tendências que mudaram para sempre o mercado das top models no mundo. Filho de espanhóis, nascido em Nova Iorque e educado nas melhores escolas suíças, ele chegou a ser considerado pelo pai um “caso perdido” no mundo dos negócios. Mas ao longo da vida, fez da sua paixão por mulheres bonitas e pelo glamour uma profissão para lá de rentável. Criador da Elite, que lançou nomes como Gisele Bündchen, Claudia Schiffer, Cindy Crawford, Naomi

Campbell, Linda Evangelista, Isabella Rosselini, Nastassja Kinski, para citar algumas, ele aposentouse depois de sucessivas brigas e desentendimentos nesse mercado autofágico. Detalhes podem ser encontrados no livro “Vida Modelo – Aventuras e confidências do inventor de top models”, recémlançado pela Editora Agir. Depois dos 60 e de lançar sua autobiografia, Casablancas começa a escrever outra história. Ele acaba de criar a agência Joy Internacional Agency and Scouting Network e de lançar – em seu projeto mais recente – o concurso Beleza Mundial, uma empreitada inédita que vai reunir candidatas em todos os estados do país. As regionais vão

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acontecer em 13 capitais – Manaus, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre – no período de maio a junho de 2009 e a final acontecerá em agosto. As três primeiras colocadas ganharão um contrato de dois anos para trabalhar como modelo profissional na Joy Model Management. A vencedora também terá um contrato internacional de três meses com a Joy em Milão.

fazia há 30 anos, quando se infiltrava em pequenas cidades em busca de raras belezas. E para isso, não há dúvidas, ele tem olho clínico. Embora relute em dizer, Casablancas confessa que a palavra final na escolha das vencedoras do concurso atual, será dele. Sobre o concurso e o que mudou no mercado ao longo dos anos, ele conversou com a MORE durante sua rápida passagem por Curitiba. Acompanhe a entrevista.

Orçado em R$ 5 milhões, o projeto tem patrocínio da empresa Mundial Beauty Care e co-patrocínio dos calçados Tanara e dos esmaltes Impala. A meta é recrutar cabeleireiros e manicures para descobrir novos talentos, mais ou menos como Casablancas

décadas depois de ter praticamente criado o

Você está lançando o concurso Beleza Mundial primeiro concurso do gênero no Brasil. O que mudou nesse período? Eu. Estou mais velho. Já a moda está em movimento perpétuo, mas na verdade não muda muito. As

divulgação

reclamações das modelos são as mesmas. Tem uma parte inerente a toda a psicologia da moda que não muda. O que muda são as aparências, o exterior. As roupas são um pouco diferentes, os clientes também, mas a essência é a mesma. Mas a economia que gira em torno desse mercado mudou bastante, não? Mudou e essa foi realmente a minha grande surpresa e que faz parte da minha análise e do jeito que estou voltando à profissão. Os cachês diminuíram. E aconteceu também uma banalização da profissão que, ao meu ponto de vista, deve-se principalmente ao trabalho ruinzinho que é feito pelos próprios agentes. Os agentes não valorizam o produto que eles têm, que é a modelo. Jogam na mão do cliente criando modelos que são descartáveis. Essa é a grande diferença. 24 • fev / mar 2009


Há 20 anos, a modelo vendia uma personalidade. O jeito de ser delas influenciava muito na carreira. Hoje em dia você vê filhas de modelos – uma mais linda que a outra, uma mais magra que a outra, uma mais jovem que a outra – desfilarem frente aos olhos indiferentes de um publico cada vez menos interessado nas modelos. Porque todas as principais campanhas e capas de revistas estão indo para Juliana Paes, Grazi Massafera, Ivete Sangalo e outras celebridades que estão roubando o mercado das modelos.

o de Elen Pedroso polaroid sobre fot

Há 20 anos qual era a principal exigência para uma modelo e qual é agora?

E como se cria uma celebridade? Fazendo com que a pessoa se comporte como uma celebridade. Que pense como uma celebridade e que faça uma estratégia de carreira. Para ser uma celebridade não dá para se contentar em ser um cabide. É um trabalho que vem por parte da agência e que exige paciência e disciplina A agência continua sendo importante para as modelos? Essencial. Deveria ser essencial. Mas hoje em dia as modelos não valorizam isso. Durante toda a minha carreira eu perdi modelos porque o trabalho que eu fazia não era o que elas esperavam. Mas sempre me pareceu justo que uma modelo deixasse minha agência porque achasse que poderia ir mais longe com outra. Em novembro de 1999, a nossa amiga Gisele (Bündchen) começou uma tendência que era largar um agente quando ele faz sucesso. E acho que isso foi um começo de um novo relacionamento

que não tem espírito de equipe e isso não é unicamente no mundo das modelos. É que tudo virou tão acessível. Acho que a grande diferença é a internet. Mudou a velocidade de comunicação. Pretendo mudar isso com as modelos que eu vou encontrar através do concurso. Quero recriar aquela mística, aquela mágica e ser o que um agente tem que ser: criador de tendência e não um sofredor de imposições por parte de um pequeno grupo de produtores de moda ou de editores. moremagazine.com.br • 25


m o r e • conv er s a afi a da

O primeiro concurso que levou o seu nome no Brasil teve patrocínio da Ellus. E agora? Quem está por trás dessa mega-produção e como está organizada a estrutura? Nós estamos organizando um concurso à moda antiga. Se você vê hoje em dia os concursos que existem, percebe que é um show. É o contrário do que gosto de fazer. Eu gosto de entrar numa cidade, estabelecer contatos e construir localmente uma rede de olheiros. E no nosso caso vai ser uma rede imensa. Eu adoro essa parte do nosso projeto São pelo menos dois milhões de olheiros em todo o Brasil. Se eu conseguir recrutar 10 a 15% são 200 a 300 mil modelos. Como vai funcionar? O primeiro esforço é que toda a clientela da Impala, dos nossos patrocinadores em geral,

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Mas você diz que 12, 13 anos é bem cedo para começar a carreira... É ridículo. Eu gosto de descobrir. Eu descobri uma menina linda de 12 anos. Eu disse à mãe dela que quero trabalhar com ela, mas não agora. Dá para fazer umas fotos no final de semana, para ir se acostumando. Mas precisa deixar que elas estudem e então quando tiverem 16, 17 anos, começam a carreira.

Pedroso

Não. Em um velho padrão de beleza. A geração de brasileira que eu, através da minha agência, produzi, como Giane Albertoni, Isabeli Fontana. Alessandra Ambrósio, Ana Beatriz Barros, Carolina Ribeiro, são todas mulheres lindas que não têm aquele corpo violão exageradamente brasileiro, mas são mulheres de verdade, que correspondem à realidade. Não é aquela mulher andrógina, magra e robótica. Isso é um trabalho que eu preciso refazer. Voltar à beleza clássica. E se os produtores de moda disserem não, eu vou continuar com minhas modelos até que, de joelhos, eles venham me pedir, por favor, para poder utilizá-las nos editoriais.

vai receber etiquetas do concurso. Temos o país dividido em 49 regiões, em cada região um cabeça recrutador vai criar as tropas de olheiros, que são os cabeleireiros e manicures. Então vai ser uma coisa que provavelmente não vai se notar no começo, mas pouco a pouco esse exército vai começar a nos dar o que nós queremos. E por que eu adorei essa idéia desde o começo?. Eu adorei porque eu sou casado com uma menina do interior. E quem entra na casa dela é a manicure que vai fazer o cabelo da mãe. Elas têm um acesso incrível à intimidade das famílias. E elas vão poder dizer se aquelas meninas de 12, 13 anos, têm potencial.

poladroid sobr e foto de Elen

Isso implica em um novo padrão de beleza?


en Pedroso El bre foto de poladroid so

E o que vai ser necessário para participar? Tem alguma dica? Qual o perfil de pessoas que você procura? De preferência jovens entre 14 e 30 anos que tenham altura e boa proporção. E do ponto de vista cor, pode ser negra, mulata, branquela de olhos azuis. Descendente de alemães, chineses. Não tem importância. A mistura é o que nós queremos. Tiro meu chapéu para quantidade de beleza de origem européia que temos aqui, mas tenho o compromisso de achar no nordeste do Brasil e regiões completamente diferentes, nas misturas de índios e negros, também grandes belezas brasileiras. O que conta para moda é a fotogenia, a harmonia e o estilo particular. Uma Gisele, por exemplo, não era uma grande beleza, não era a mais bonita, mas o conjunto era interessante. Você comentou sobre a Gisele Bündchen e, no seu livro, também conta dos desentendimentos entre vocês quando ela ainda estava na Elite. Você tem alguma mágoa dela? Tenho. Muita mágoa. As pessoas podem até falar que é dor de cotovelo, mas eu assumo plenamente

que todo o dinheiro, a glória e a reputação que eu perdi por causa do egoísmo de uma pessoa e sobre o qual foi feito um trabalho perfeito, me causou realmente prejuízo moral. Eu não posso fazer nada, mas posso pelo menos contar a história, como conto no livro, e deixo que o leitor decida e veja se Gisele é tão bonita por dentro como é por fora. Como está sua rotina agora? Você ainda viaja muito? Agora está mais focado na divulgação do concurso? Eu sou um homem aposentado que saiu de uma maneira muito violenta da aposentadoria para divulgar o concurso. Depois vou voltar ao meu ritmo e morar um tempo na Flórida e outra metade no Rio de Janeiro. E nesse seu tempo de carreira tem uma modelo que você considera a modelo do século? A modelo também deve ser boa para os profissionais. E acho que a Linda Evangelista é “a” modelo. Todas as características dela são excepcionais.

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m o r e • moda

Em fevereiro...

tem carnaval, tem carnaval

Editorial: A tA l h o para MORE magazine Stylist: André Azevedo Produção de moda: Karla Fragoso Assitente de produção: Felipe Potenza e Anderson Amaral/Fotofabrica Fotografia: Antonio Wolff Assistente de fotografia: Paulo Goes Tratamento de imagem: LuxLab Maquiagem: Thiago Straub Modelos: Talita e Johnny_Ford Models, MarlonYuri e Francielle Felippe_DM Agency, Alessandro Santana_V Model, Fernanda Fiori_ Nass

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camiseta azul escuro esqueleto e camiseta azul claro de bolinhas ARAD, cinto listrado, azul e branco acervo A t A l h o, lenço vermelho caveira acervo A t A l h o, calça Zara. m o r e • moda

30 • edição 04 • 2009


camiseta azul e vestido de esqueleto ARAD, vestido laranja Francisca para Bazaar Fashion, lenço caveira e amarração de cabelo acervo A t A l h o, boton Ohdear.


regata azul Gilda Midani para Bazaar Fashion, biquíni Alor para Bazaar Fashion, casaco Mara Mac para Bazaar Fashion, cinto laranja Maria Bonita Extra, lenço e máscara pássaro acervo A t A l h o.


regata branca Dolce & Gabanna, mรกscara de carnaval acervo A t A l h o, regata preta de tela ARAD, colar de cabelo Anderson Amaral, calรงa Zara.


lenço amarelo, camisa estampada, colar de trança, máscara de carnaval tudo acervo A t A l h o.

34 • edição 04 • fev / mar 2009


moremagazine.com.br • 35

vestido listrado Miss Sixty e vestido plissado Cris Barros para Capoani, biquíni Alor para Bazaar Fashion, lenço e assessório de cabelo acervo A t A l h o.


36 • edição 04 • fev / mar 2009 biquíni Adriana Degreas para Bazaar Fashion, camiseta ARAD, colar de nuvem André Azevedo, óculos de LEGO e turbante acervo A t A l h o.


moremagazine.com.br โ ข 37

camisa e lenรงo florido ARAD, suspensรณrio, chaves e รณculos de LEGO acervo A t A l h o, colar de coruja Ohdear, calรงa Zara e cueca Calvin Klein.


turbante africano Villa Mariantonio, colar de tigre André Azevedo, macacão, braceletes e máscara de carnaval acervo A t A l h o, cinto dourado Bazaar Fashion.


vestido Neon para Bazaar Fashion, colar dourado, biquĂ­ni laranja, colar de conchas vermelhas, pulseira e sari acervo A t A l h o, colar de bolas Andre Baliu para ARAD, colar pingente de cabelo Ohdear.


40 • edição 04 • 2009

vestido lilás VIU? para ARAD, vestido Fause Haten para Bazaar Fashion, brinco de raio Ohdear, lenço Chanel, lenço poá acervo A t A l h o.

m o r e • moda


camiseta ARAD, suspensรณrio, polaroid, รณculos, camisa estampada, boรก acervo A t A l h o e calรงa Zara.

moda

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mo r e • es pe ci al S P F W

O lado escuro

da SPFW moda

Estilistas que apresentaram suas coleções na 26ª. edição da São Paulo Fashion Week (SPFW) elegem o preto como a cor da temporada Inverno 2009. por Katia Michelle Pires

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ode ir tirando o pretinho básico do guarda-roupa. A contar pelos desfiles que anteciparam o que vai estar nas lojas – e nas ruas – no Inverno 2009, o preto vai ser mesmo a cor da estação. A maioria das 38 grifes que mostraram as suas coleções durante a São Paulo Fashion Week (SPFW), que aconteceu entre 18 e 23 de janeiro, em São Paulo, apostaram nas tonalidades escuras. Os que exigem explicações, atribuíram a escolha a uma alusão à crise econômica, mas a moda nem sempre precisa de interpretações. Além das cores escuras escolhidas por 10 entre 10 estilistas para compôr os looks de inverno, essa edição foi marcada por uma maior preocupação dos criadores em encontrar tecidos com tecnologia apurada para confeccionar as peças. E nesse quesito, a Osklen, do empresário e estilista Oskar Metsavaht, foi um dos grandes

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destaques do evento, apresentando uma coleção impecável, repleta de referências e de muita tecnologia. A grife resgatou os moletons e uma silhueta mais solta, leve e confortável, quesitos que não podem mais ficar de fora para quem quer se vestir com estilo. Mas quando o assunto é performance, ninguém chama tanto a atenção quanto o estilista mineiro Ronaldo Fraga. Tanto que a crítica especializada prefere classificar o estilista como “um caso a parte”. Nessa edição, o estilista levou para a passarela modelos com mais de 60 anos e crianças em um ambiente composto por bonecos gigantes do consagrado grupo Giramundo. Os bonecos foram criados para o espetáculo “Giz”, pelo artista Álvaro Apocalypse, morto em


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1. Iódice 2. O estilista Ronaldo Fraga 3. Forum 4. Mario Queiroz 5. Osklen 6. Alexandre Herchcovitch 7. Osklen

2003. No ano passado, o espetáculo completou 20 anos e Fraga decidiu fazer uma homenagem. Mas os bonecos calharam bem para a sua coleção e parecem ter sido feitos especialmente para o desfile. “Eles são o espelho do homem comum”, diz Fraga sobre as peças que mexem olhos e bocas exageradamente numa reação bem semelhante ao que a plateia esboça ao ver a coleção do mineiro.

Essa edição da SPFW, aliás, deu pano para manga e teve desfile para todos os gostos. As referências literárias de Fraga acalmaram os ânimos de quem acha que moda é futilidade. A presença de tops como Gisele Bündchen, para a marca catarinense Colcci, e a top inglesa Agyness Deyn, no desfile impecável da Ellus, deu brilho ao evento, para quem quer estrelas. O fato é que luz não falta num evento desse porte. moremagazine.com.br • 43


m o r e • es pe ci al S P F W

Sorria,

você está sendo fotografado moda por Katia Michelle Pires

O ator Cassio Reis

A jornalista e crítica de moda Lilian Pacce

" A atriz Betty Lago

A apresentadora Eliana

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Em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Pode não ser a referência mais politicamente correta, mas o ditado cabe bem quando o assunto é o público que se acotovela para ver os desfiles da SPFW. O lance é prestar atenção na Fila A. Mas nem sempre os lugares mais cobiçados estão ocupados por celebridades realmente conhecidas, então se você já fez uma pontinha numa novela da Globo ou participou de um reality show há alguns anos e está com a moral meio baixa, é só colocar um modelito que chame a atenção e tentar descolar um convite para um desses lugares. Na certa, será alvo de inúmeros flashes. É que nem sempre a Fila A garante a pauta dos mais de 2,2 mil jornalistas cadastrados no evento, então os fotógrafos têm que se virar para conseguir boas imagens. Quando um começa a fotografar, os ou-


tros aparecem em peso, mesmo não sabendo exatamente quem é a pessoa que está sendo clicada. Uma assessora de imprensa dá a dica para quem ainda não está antenado com o mundo das celebridades. “Olha, se você não sabe quem é, ou é ex-BBB ou é da novela Mutantes”, brinca. Os fotógrafos são menos bondosos quando a presença na primeira fila está escassa de estrelas. “Bando de ninguém”, esbravejam. A atriz Tania Kalil e o marido, o músico Jairzinho no launge da TAM na SPFW

Marta Suplicy

A modelo Ellen Jabour

O produtor de moda Jackson Araujo

A modelo Ana Claudia Michels

A atriz Luana Piovani

O nadador Xuxa

A atriz e ex-modelo Silvia Pfeifer

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m o r e • es pe ci al S P F W

A atriz Alice Braga

A designer de joias Francesca Romana Diana

A consultora de moda Constanza Pascolato

A promoter Priscila Borgonsi e o estilista Almir Slama

A modelo Giani Albertoni

Sim, é cruel. Mas esse mundo da moda é um universo particular. As pessoas se transformam quando entram numa sala de desfiles. E não há uma só atriz, modelo, cantora ou apresentadora que possa dizer que “não sabia” ou fazer um ar blasé depois que entrou na sala. Está lá, tem que sorrir, fazer pose e responder inúmeras vezes “o que é moda pra você?”. Sempre sorrindo, claro. Oscar Metsavath, da Osklen

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V

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V IM A X

WWW.VIMAXBEAUTY.COM.BR Modelo: Verônica Zardo (Ford) veste Bazaar / Foto: Antônio Wolff / Hair: Viktor I / Make-up: Thiago Straub / Produção: Daniella Crispim

TEL.: 41 3342-1286

R. GONÇALVES DIAS, 532 BATEL • CURITIBA • PR


mo r e • es pe ci al S P F W

Pisa leve moda por Katia Michelle Pires

Nas passarelas, a tendência dos sapatos para o Inverno 2009. Mas na plateia e nos corredores da 26ª edição da São Paulo Fashion Week, dá para ter uma ideia das referências e modelos que caíram no gosto do público. O modelo, claro, é importante, mas quem tem um pouquinho mais de experiência sabe que comparecer a um evento desse porte de salto alto ou com sapato desconfortável só para compor o visual, não dá mesmo. E isso vale para eles e para elas. Além dos desfiles, tem um monte de atrações bacanas, como os lounges dos patrocinadores e as exposições super produzidas do evento. Então, não tem jeito: tem que caminhar. E para isso, nada melhor do que sapato confortável.

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Confira nas fotos os modelos que chamaram a atenção nos corredores da SPFW. Ora, botas E para quem está de olho na próxima estação, o conforto também vai ser palavra chave. A Arezzo aproveitou a movimentação dos jornalistas durante o maior evento de moda da América Latina para apresentar sua nova coleção. As botas da marca vão chegar nas lojas com os canos mais longos e os saltos mais baixos e quadrados. O couro chega mais maleável e em cores sóbrias que já são aposta da estação, como o marrom escuro e o preto. Antene-se.


Katia Michelle Pires

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mo r e • age nda

Roberto Corrêa e Jaques Morelenbaum Ricardo Labastier

em Curitiba

R. Cifareli

O violeiro Roberto Corrêa

Dia 12 de março, a partir das 21h, o trio do violeiro Roberto Corrêa convida ao palco do Teatro Paiol, em Curitiba, o músico Jaques Morelenbaum. O violoncelista carioca participou de produções fonográficas de Antônio Carlos Jobim, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethania, Milton Nascimento e Chico Buarque, entre outros, totalizando mais de 500 álbuns. Com Caetano Veloso, de quem foi parceiro por uma década, Jaques escreveu e produziu trilhas sonoras para os filmes "O Quatrilho" (1995), de Fábio Barreto, "Tieta do Agreste" (1996) e "Orfeu" (1999), de Caca Diegues. A parceria ainda conquistou um Grammy com o disco "Livro". "Este projeto proporciona o encontro entre o violoncelo, a viola caipira e a viola de choro", comemora Roberto Corrêa. Pela primeira vez dividindo o mesmo palco, os músicos unem seus instrumentos em músicas como “Anti-viola”, “Ingrisia na Folia”, “Mazurca do Viajor” e “Araponga Isprivitada”. Largo Guido Viaro, s/nº, Curitiba (PR). Telefone: (41) 3213-1341.

Jaques Morelenbaum em ação

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mo r e • mot or

Agora é oficial:

BMW Mini Cooper

e

la está chegando. A lenda inglesa, hoje pertencente à alemã BMW, desembarca oficialmente no país em abril, cinquenta anos depois do seu lançamento. Super atraente, com seu visual retrô e cheio de sofisticação, o Mini chega em dois modelos: Cooper e Cooper S, a versão esportiva. O primeiro

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tem motor de 4 cilindros em linha, de 1.6 litros, com 120 cv de potência máxima a 6.000 rpm, com torque de 16,3 kgm a 4.250 rpm. Tem velocidade máxima de 203 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos. A versão esportiva tem motor de 4 cilindros em linha de 1.6 litro, com turbocompressor. A po-


tência é de 175 cv a 5.500 rpm e o torque é de 24,4 kgm. A velocidade final é de 225 km/h. Apesar da idade, tecnologia e conforto não faltam no Mini. Ambas as versões chegam com seis airbags, sistema eletrônico de estabilidade, freios ABS e sensor de estacionamento. O sistema “start/stop” desliga o motor em paradas, como sinais de trânsito, ligando-o instantaneamente ao se pisar no acelerador. O Mini será comercializado apenas em três concessionárias brasileiras, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba (EuroImport). O preço do compacto ainda não foi definido.

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m o r e • t e cnol ogi a

Eu quero tecnologia

Deejay A Pioneer acaba de anunciar o lançamento do seu mais avançado headphone para uso profissional – o modelo HDJ-2000 – que combina excelência de som ao design e conforto. O produto, que pesa apenas 270g, estará disponível no Brasil no segundo trimestre do ano. A marca ainda não divulgou o preço.

Armazenamento Folderix é o nome de um pendrive descolado, feito em alumínio, com o formato de uma pasta do Windows e com 4GB de armazenamento. Disponível em três cores: amarelo, azul e rosa. Da Art. Lebedev Studio, por US$ 42. (store. artlebedev.com). 54 • fev / mar 2009


Do computador para a cozinha Sabe aquela mãozinha que o cursor do mouse faz sobre os links da internet? Agora é possível levá-la para a cozinha. Não, ainda não é possível clicar no fogão e preparar uma comidinha. Mas para aqueles que curtem tecnologia e gastronomia, a Clicking, uma luva de cozinha, completa o visual descolado dos gourmets de plantão. Feita em tecido 100% algodão e enchimento 100% poliéster, é perfeita para o manuseio de travessas e pratos quentes. Preço sugerido: R$ 24,80. Apenas 14 peças disponíveis, na www.bazardesign.com.br.

TV digital na tela do celular O celular Samsung V820L é perfeito para quem adora TV. Com tela giratória, possui receptor de TV digital, que permite o acesso às redes abertas já transmitindo na nova tecnologia. Além disso, vem com MP3 player de boa qualidade e som estéreo. Destaque para a vídeo chamada, que permite ao interlocutor, além de ouvir, ver quem está falando durante as ligações. O único ponto negativo fica por conta da câmera de 2 megapixels, sem flash xenon, apenas com uma lâmpada que ilumina o objeto a ser fotografado, não garantindo qualidade de imagem em ambientes pouco iluminados. Preço sugerido: R$ 1.400,00. moremagazine.com.br • 55


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Simplifique O Smartdoor, da empresa brasileira IHouse, transforma as chaves em coisa do passado. Com ele, para abrir as portas de casa, basta utilizar o leitor biométrico, que identifica a impressão digital. Ou seja, basta colocar o dedo no leitor. O equipamento possibilita ainda programar os outros dedos para acionar diferentes funções, como acender e apagar as luzes e ligar o ar-condicionado, e ainda tem uma memória para armazenar os dados do usuário e a data e horário dos últimos 64 acessos. O Smartdoor também oferece mais três recursos por acesso remoto – via celular (internet): destrancar a porta de casa de qualquer lugar, cadastrar novos usuários e consulta do relatório de acessos. (www.ihouse.com.br)

MacBook Pro A Apple lança em fevereiro no Brasil o novo MacBook Pro com tela de 17 polegadas e a incrível resolução de 1920 x 1200. A máquina deve custar R$ 13.499,00, tem processador Core 2 Duo 2,66 GHz, 4 GB de memória, duas placas de vídeo (Nvidia GeForce 9400M e GeForce 9600MT), disco rígido de 320 GB e gravador de DVD SuperDrive. O MacBook Pro conta ainda com uma porta FireWire 800, três portas USB 2.0, um slot ExpressCard 34, indicador de duração da bateria, porta Ethernet e Mini DisplayPort para saída de vídeo. A bateria é o ponto controverso, não pode ser removida, mas, segundo a Apple, tem duração de 7 horas e vida útil de 5 anos. 56 • fev / mar 2009


A volta da Polaroid Ela não tem o charme das antigas Polaroides, mas veio preencher o vazio provocado quando a marca deixou de produzir os cartuchos de filmes instantâneos. A nova Polaroid PoGo é uma câmera digital que produz cópias na hora. Assim como as antigas Polaroides. No entanto, agora ela combina tela de LCD e impressora, que produz fotos de 5x7,6 cm por meio de aquecimento do papel. As cópias são granulosas e as cores não são perfeitamente nítidas. Mais um detalhe: são adesivas. Mas se você preferir cópias perfeitas, mande imprimi-las pelo método tradicional. A PoGo também foi projetada para conexão com outras câmeras digitais e celulares fotográficos via USB. A PoGo chega às lojas no começo de abril.

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mo r e • bat e-papo

Maria Elisa Paciornik:

“a ajuda está do nosso lado” bate-papo fotos: Silvio Aurichio

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aria Elisa Ferraz Paciornik é advogada, nascida na cidade de Londrina. Uma mulher guerreira, batalhadora e de um coração admirável. Reconhecida pelo seu comprometimento social e pela sua dedicação profissional. Já assumiu os cargos de secretária de Administração do Estado do Paraná, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba, diretora de Relações Governamentais da Renault do Brasil e representante do Brasil na Onudi (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial), na França. Hoje, é presidente da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas (AAHC) e possui uma empresa de consultoria. Prepara-se para escrever mais um capítulo da sua história, sendo a primeira mulher a ocupar cargo de vice-presidente na diretoria do Graciosa Country Club, o clube social mais tradicional e fechado de Curitiba. A seguir você acompanha os principais trechos de uma conversa entre Maria Elisa e os produtores de eventos Dado Dantas e Ilse Lambach, editados pela jornalista Aline Cambuy.

Dado Dantas e Ilse Lambach – Você é uma mulher guerreira. Mãe dedicada e excelente profissional. Mesmo assim, sempre teve tempo para se doar ao trabalho social. Como consegue tempo e disposição para isso? Maria Elisa – Quanto mais a gente faz, mais tempo tem para fazer. Meu lema é sempre pedir coisas para quem é ocupado, pois sei que, de alguma maneira, darão um jeito de ajudar. Dado Dantas e Ilse Lambach – O que mais te motiva a ajudar ao próximo? Maria Elisa – Por mais que eu retribua sempre penso que estou devendo. Devo minha sobrevivência aos amigos e familiares. Meu primeiro trabalho social iniciou-se aos

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mo r e • bat e-papo

10 anos, no colégio Sion, onde fizemos um grupo de colegas e organizamos um Natal para uma comunidade carente na estrada de Paranaguá. Dado Dantas e Ilse Lambach – O preconceito com relação às mobilizações sociais ainda é muito comum no Brasil. Há pessoas que acham errado fazer o que deveria ser um papel do governo. Mas será apenas uma obrigação do poder público? Qual a sua opinião sobre isso?

Dado Dantas e Ilse Lambach perguntam. Maria Elisa responde

Maria Elisa – A gente deve cobrar do poder público muita coisa. Porém a nossa mobilização é muito importante, já que o país é nosso, o povo é nosso, e os problemas são maiores do que o poder público possa resolver. Dado Dantas e Ilse Lambach – É fácil perceber pelo seu currículo profissional que você já trabalhou e ainda trabalha bastante. Quanto tempo disponibiliza ao trabalho social? Maria Elisa – O tempo que ele me pede. A gente se vira, acorda cedo e sai trabalhando. O trabalho social está no meu dia-a-dia, inserido no meio do meu trabalho profissional. Dado Dantas e Ilse Lambach – A necessidade que você tem de estar sempre engajada em ações sociais é uma forma de preencher uma lacuna em sua vida ou uma maneira de agradecer ao que Deus lhe deu e as oportunidades que teve?

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Maria Elisa – Agradecer, agradecer e agradecer. Não tenho lacunas. Dado Dantas e Ilse Lambach – Sabemos que você é uma pessoa espiritualizada e que já escreveu alguns livros. O que te levou a começar a escrever? Maria Elisa – Sempre fui muito ruim em forma de expressão. Até os 21 anos não conseguia falar, principalmente sobre os meus sentimentos. Escrever era a única forma de colocar para fora o que eu sentia. Minha primeira poesia foi publicada na “Folha de Londrina” quando tinha 7 anos de idade. Dado Dantas e Ilse Lambach – Toda a renda arrecadada com a venda de seus livros é revertida para ações sociais. Mas, além do dinheiro, o que mais você faz em prol do próximo?


Maria Elisa – Dinheiro é o de menos que consigo, já que a renda de um livro é pequena. A minha maior doação é a mobilização da sociedade, colocar empresas afins na junção e mobilização. Dado Dantas e Ilse Lambach – Quase todas as pessoas dizem querer ajudar os mais necessitados, mas não sabem como. De que forma, além da ajuda financeira, todo cidadão pode contribuir para que tenhamos um mundo melhor e possamos proporcionar mais dignidade para algumas pessoas? Maria Elisa – Dizer que não sabe como ajudar é falta de imaginação. A ajuda está ao nosso lado. As pessoas confundem que precisam somente ajuda material, e se esquecem que existem várias formas de ajuda, em vários setores. Na minha vida profissional, o trabalho que mais me deu prazer foi desenvolver um curso de alfabetização para adultos na cidade de Curitiba, por meio do qual, na época, alfabetizamos mais de 3 mil funcionários da Prefeitura. Foi um trabalho 100% despretensioso e os lugares procurados para as salas de aula necessitavam somente de um espaço para uma mesa, um quadro e cadeiras para os alunos. Este realmente foi um trabalho muito gratificante. Mas, nos últimos 25 anos, tive um filho que nasceu prematuro e ficou 12 dias internado na Unidade Neonatal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Neste período fiquei impressionada com o profissionalismo do corpo clínico e a

Maria Elisa: “Quanto mais a gente faz, mais tem tempo para fazer”

pobreza e necessidade do hospital. A partir daí, iniciei a ajuda diretamente ao berçário e, há três anos, tenho tomado a frente da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas. Coloco todo o meu profissionalismo à disposição na gestão, como minha parte de comprometimento social com a associação.

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mo r e • obj e t os

GirlsGirls toys toys Eterna juventude A Lancôme coloca no mercado, a partir de abril, o Génefique, uma poção mágica que promete o rejuvenescimento da pele. O creme age nas camadas mais profundas da pele e eleva o nível de proteínas, mantendo a vitalidade e o frecor da pele.

Organize A necessaire Marc by Marc Jacobs é perfeita para colocar todas as maquiagens em ordem. Possui abertura central com zíper e divisões internas que permitem separar os pertences. Confeccionada em nylon com acabamento matelassê e forro interno todo trabalhado em sarja estampada com o nome da marca. Na Shoe&Purs, www. shoeandpurs.com.br.

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Mitologia A inglesa Agent Provocateur lançou a coleção primavera 2009, “Virgins Collection”, inspirada na mitologia grega, com muito cetim, renda e tule. Uma das modelos da campanha é Pixie Geldof, irmã da maluquete Peches, estrela da campanha passada, e filha de Sir Bob Geldof, músico criador do concerto de caridade Live Aid.

Rosas Daniela Leão e a Wishes não param. Os acessórios em prata 950 da linha “Sweet Doll” chegam inspirados na delicadeza e charme de laços e flores, com o diferencial de serem banhados em rosa. A cor dá um toque suave e diferenciado aos brincos, anéis, pingentes, grampos de cabelo e pulseiras, que vêm fazendo sucesso desde seu lançamento. (www.wishes.com.br)

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m o r e • obj et os

Boys boy willwill bebeboys boys Para caminhar 1 Nos pés dos mais decolados: tênis Dolce & Gabanna Bronze High-Top. Feito em camurça e couro metálico. O interior é macio, todo em couro e com palmilhas acolchoadas. Preço sugerido: R$ 860,00.

Para caminhar 2 Chegam em março ao Brasil as linhas “Red” e “Music”, da Converse. A primeira traz tênis assinados por artistas e estilistas e, o mais bacana, tem renda revertida para o combate de doenças na África. A segunda homenageia grandes nomes do ‘róque’, como o da foto ao lado, feito para lembrar Kurt Cobain. Segundo o distribuidor, em Curitiba a nova coleção estará disponível na loja Vírus.

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Para carregar por aí Lançamento da coleção masculina 2009 de Marc Jacobs, a bolsa em couro tem o tamanho certo para uma viagem rápida ou mesmo para os apetrechos e roupas de academia. Em breve, na Marc Jacobs. Rua Haddock Lobo, 1594, São Paulo (SP).

Para dar de presente O Smart ForTwo não vai ganhar você pela potência ou pela esportividade. Mas, certamente, vai fazer a felicidade de algumas mulheres. Pequeno e ecológico, o compacto de luxo da Mercedez-Benz vem concorrer com o Mini Cooper, da BMW. O modelo que deve chegar ao Brasil este ano será equipado com motor 1.0 de três cilindros, com 71 cv de potência, que atinge velocidade máxima de 145 km/h. Ainda não foram divulgados os preços de comercialização.

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m o r e • mús i ca

Luli Frank, Camila Cornelsen, Alessandro Oliveira, Claudia Bukowski e Tile Douglas fazem o som do Copacabana Club

Todos querem

o Copacabana música Club por Rodrigo Juste Duarte fotos: Diego CWB e Ito Cornelsen

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O Copacabana enlouquecendo São Paulo, no Inferno Bar

n

os últimos meses, o quinteto curitibano Copacabana Club viu sua carreira se projetar mais rápido do que o esperado. Estes cinco amigos que costumam se encontrar no James Bar (o endereço mais indie de Curitiba) montaram a banda há menos de dois anos sem maiores pretensões. O intuito era de fazer um rock alegre e dançante, por satisfação pessoal antes de mais nada.

É curioso citar que esta apresentação entrou

Eles sequer imaginavam que ganhariam tanta atenção de público e crítica após uma apresentação na capital paulista, em dezembro do ano passado, que lhes rendeu a capa do caderno Ilustrada, da “Folha de São Paulo”. “Era o nosso primeiro show na cidade e estávamos ansiosos. Mas não esperávamos tanto, pois afinal era num lugar pequeno, para poucas pessoas”, comenta Camila Cornelsen, a vocalista dona de performances contagiantes e frenéticas sobre o palco, que integra a banda ao lado de Alessandro Oliveira (guitarra e vocais), Lulli Frank (guitarra), Claudia Bukowski (bateria) e Tile Douglas (baixo).

Camila.

na agenda do grupo como uma artimanha do destino, pois no mesmo fim de semana eles poderiam ter tocado em um festival em Brasília, em que concorriam a uma vaga na escalação. “Ficamos em terceiro lugar e não entramos. Se tivéssemos sido escolhidos, não teríamos tocado em São Paulo e, provavelmente, não ganharíamos a capa da Ilustrada”, supõe

A cada semana surgem novos convites para a banda curitibana mais falada da atualidade. No começo deste ano, por exemplo, voltaram a São Paulo pra um show no Inferno Bar, em um evento que reuniu outras três bandas da terra dos pinheirais (Sabonetes, Ruído/mm e Heitor & Banda Gentileza) sob o nome “Curitiba Vai Pro Inferno”. “A noite foi incrível. Mostrou aos paulistas a diversidade do som produzido aqui na cidade e, claro, a qualidade. Apesar de tocarmos no fim da noite e com um pouco de atraso, o público esperou até o fim. Superou moremagazine.com.br • 67


m o r e • mús i ca

dos ensaios – era a única integrante que nunca teve banda antes.

nossas expectativas, e esperamos ter superado as do público também”, opina Camila. Mas antes mesmo deste atual período de efervescência, a banda já lotava casas de shows do circuito noturno curitibano – isso já em seus primeiros meses de vida, quando sequer tinham músicas gravadas. “Eu fiquei surpreso, até porque o público de Curitiba é difícil”, confessa Alessandro (que também assina como Alec), que associa a conquista ao som dançante do grupo, uma proposta que ele tinha em mente depois que retornou de Londres, no primeiro semestre de 2007. “Quando voltei ao Brasil, fui ao James Bar conversar com meu amigo Luciano (o Lulli), que naquela noite me intimou a montar uma nova banda com ele. Nós já tocamos juntos no E.S.S., que era bem eletrônico, mas desta vez eu queria algo diferente do que fazíamos, que fosse alegre e para dançar, mas sem bateria eletrônica”, relata. Imediatamente, Lulli se direcionou para uma outra mesa onde estava Claudia Bukowski (baterista das bandas Constanza, White Strippers e Autobahn, da qual Lulli também participava), e a convidou para ocupar o posto. Camila estava presente na mesa e se convidou para participar 68 • fev / mar 2009

Tile Douglas (também egresso do E.S.S.) entrou três meses depois, quando sentiram a falta de um baixo para a banda. É ele quem, ao lado de Claudinha, orquestra a banda, coordenando entradas, saídas e refrões. “Ele consegue visualizar a música como um todo, antes mesmo dela estar pronta. Nós nos entendemos perfeitamente na hora de finalizar”, comenta Claudia Bukowski, que realmente tem este sobrenome em sua certidão de nascimento. Não é um nome artístico em homenagem ao escritor estadunidense, como muitos imaginam. “Nunca consegui saber se ele é meu parente. Eu adoraria que ele fosse meu tio”, brinca. Cada integrante viveu momentos distintos do rock (e não somente), apresentando uma queda por determinados estilos. Tile é fã de Rolling Stones, Beatles e Primal Scream. Alessandro gosta de MPB, disco e soul. Claudinha e Camila trazem um pouco das novidades do rock, enquanto Lulli gosta de pop. “Cada integrante tem influências bem diferentes. Acho que isso só ajuda a enriquecer o nosso som”, opina Camila. O resultado é um rock pop para dançar, bem vigoroso e grudento, que pode ser conferido no EP “Just Do It” (disponível para download gratuito no www.myspace. com/copacabanaclubmusic), com canções candidatas a hits instantâneos, como “King of the Night” e a faixa título, além de “Come


Back” e “It’s Us”. Todas em inglês, idioma que fluiu naturalmente durante o período de composição. Apesar de muitas vezes a música ser associada como um rock para exportação, os integrantes não pensam desta forma. “Muita gente confunde o fato de cantarmos em inglês com a vontade de levar o som pra fora”, alega Camila, lembrando que artistas do mundo inteiro cantam em inglês independente do país de origem. “Ninguém questiona porque a Björk não canta só em islandês, ou o Raveonettes, em dinamarquês”, exemplifica. Mesmo adotando o inglês, o Copacabana Club faz questão de frisar brasilidade em determinados aspectos, a começar pelo nome. “Queríamos que fosse fácil de lembrar e que tivesse alguma referência nacional”, comenta Alessandro, lembrando do alcance da internet como uma das razões. “Hoje em dia, com o My Space (www.myspace.com), uma banda não precisa estourar para ser ouvida fora de seu país. Com este nome, qualquer pessoa no mundo nos idenficaria como uma banda brasileira”, completa. O espírito brasileiro também se faz presente nas

influências de MPB que o músico injeta no instrumental. “Os acordes para a guitarra melódica que faço não são convencionais do rock. Eles são acordes de bossa nova, mas tocados com palheta”, revela. Entre os planos para 2009 estão a gravação de um álbum e de um vídeo clipe, além de realizar mais shows e compor novas músicas. Tarefas estas que serão divididas com outras funções diárias dos integrantes: Camila é fotógrafa, Claudia trabalha como arquiteta e DJ, Alessandro também é DJ e tem outra banda chamada Our Gang, Lulli é dono de bar e Tile trabalha em uma empresa de distribuição de medicamentos. E se a banda estourar? Como é que fica? “Vamos ter que esperar essa hora chegar para ver como vai ser”, responde Camila. Copacabana na rede: www.myspace.com/copacabanaclubmusic copacabanaclub.blogspot.com www.flickr.com/photos/copacabanaclub

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m o r e • por aí

DIAS/CULT por Fernanda Viana Dias

Native Land, Stop Eject Até meados de março ocorre a exposição “Native Land, Stop Eject” na Fundação Cartier de Paris. O estágio atual acerca do fluxo de pessoas no planeta é o tema de discussão desse trabalho do cineasta e fotógrafo Raymond Depardon e do urbanista e filósofo Paul Virilio. Acompanhado pelo engenheiro de som Claudine Nougaret, Depardon viajou através do Chile, Etiópia, Bolívia, França e Brasil para encontrar-se com nômades, fazendeiros e povos indígenas ameaçados de extinção ou

The Estate of Jeanloup Sieff

vivendo à periferia da globalização, onde cada

Paul Virilio e Raymond Depardon em 2000

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um expressou suas frustrações e medos do diaa-dia. São fotos e um filme-diário de quatorze dias que o segue pelas grandes cidades do mundo e onde ele confronta-se com os dilemas do primeiro mundo e do século 21: “a doença da pressa”. Já “Stop, Eject’, a segunda parte da exibição, questiona a capacidade de cada um em fixar raízes face às estatísticas de que, até 2050, 200 milhões de pessoas serão forçadas a se mudar, fato que se deve, principalmente, à globalização e às alterações climáticas na Terra. (www.fondation.cartier.com)


El nuevo de Almodóvar Uma história de amor louco e ares de filme noir dos anos 50: a mais nova obra de Pedro Almodóvar, “Los Abrazos Rotos”, é um longa que transcorre em duas épocas, nos anos de 1994 e 2008, conta com dramas familiares e trata de temas como ambição e generosidade. “É uma história de amor absoluta”, afirmou Almodóvar no início das filmagens. Almodóvar afirma detestar confissões na vida real. Em contrapartida, adora escrevêlas para seus personagens. “Em todos os meus filmes há um momento em que um dos personagens principais mantém um monólogo confessional, e em “Los Abrazos Rotos” não haverá exceção. No cinema, quando um personagem prende nossa atenção e decide contar-nos algo íntimo, algo que não tenha confessado a ninguém, não há nada melhor do que deixar então que o ator atue. Não existe nenhum efeito que possa comparar-se à intensidade do rosto de um ator”, enfatiza. Sua eterna musa, Penélope Cruz, é uma das protagonistas no papel de uma provinciana aspirante à atriz em versão platinum blonde. Também presentes no elenco estão Luís Homar, Blanca Portillo e José Luis Gómez. Esse é o 17º filme do diretor e também o mais longo e mais caro da sua carreira. “Volver”, longa anterior do cineasta, rendeu a Penélope a indicação ao Oscar de melhor atriz. Em 2000, o diretor ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro por “Tudo Sobre Minha Mãe”. A estreia está prevista para 18 de março na Espanha. No Brasil a data de lançamento ainda não foi definida.

Penélope Cruz no lançamento de “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen, em Las Vegas

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mo r e • por aí

divulgação

Indicação dupla, duplamente Kate Winslet

Kate Winslet e Leonardo DiCaprio em cena de “Foi Apenas um Sonho”

A talentosa Kate Winslet recebeu duas indicações ao prêmio de melhor atriz para o Bafta (British Academiy Film Awards), o Oscar britânico, por suas interpretações em “O Leitor” e “Foi Apenas um Sonho”. Em “Foi Apenas um Sonho” Winslet atua novamente ao lado de Leonardo DiCaprio repetindo a parceria ocorrida doze anos antes em Titanic. O filme é um drama que se passa no início da década de 50 e foi dirigido pelo marido da atriz, o diretor Sam Mendes, do elogiado “Beleza Americana”. Forte candidata ao Oscar, no início de janeiro a estrela já foi contemplada com dois globos de ouro pelos mesmos papéis. Resta agora saber se conseguirá repetir mais uma vez o mesmo feito. Curiosidade? Segue o link do trailer: www.foiapenasumsonho.com.br.

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100 great thinghs to do in 2009? #54: Warung! Bíblia da música eletrônica, a “DJ MAG” de janeiro destaca, entre as cem coisas mais interessantes para se fazer em 2009, a casa noturna Warung, localizada na Praia Brava de Itajaí, em Camboriu (SC). Templo da e-music e estabelecida em local privilegiadíssimo, cercado por mata atlântica, a casa segue com extensa programação durante o verão e line-up aguardadíssimo com os mais conceituados DJ’s do mundo para o carnaval, tais como 16Bit Lolitas, Chris Lake, Miss Nine, Ali Dubfire (Deep Dish) e John Digweed. Para saber mais: (www.warungclub.com.br)

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m o r e • e xpos i ção

Onde Hélio, Cildo, Grippo e Tunga

se encontram

Ricardo Labastier

Instalações de Hélio Oiticica e Victor Grippo dividem espaço com Cildo Meireles e Tunga em mais uma das exposições permanentes do Museu Inhotim. Inhotim é uma bela surpresa. É um complexo museológico, localizado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (MG), que possui um acervo de arte contemporânea de relevância internacional, com 350 obras de mais de 80 artistas brasileiros e estrangeiros. São pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, vídeos e instalações espalhadas por nove espaços

expositivos, divididos em quatro galerias dedicadas a obras permanentes e outras cinco para obras temporárias. Além disso, há o Parque Tropical com uma representativa coleção botânica e áreas que seguiram conceitos sugeridos pelo paisagista Roberto Burle Marx. A enorme variedade de plantas faz de Inhotim um local onde se encontra uma das maiores coleções botânicas do mundo, com espécies tropicais raras e uma reserva florestal que faz parte do bioma da Mata Atlântica. 
Telefone: 31 3227 0001.

Carol Reis

“Magic Square no. 5 – De luxe” (1978), de Hélio Oiticica. Uma grande obra edificada ao ar livre, desdobramento final da profunda pesquisa de Oiticica sobre a cor

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3R Studio

Para quem quer casar com estilo

www.inesquecivelcasamento.com.br

A revista com os melhores profissionais de festas do Paranรก e Santa Catarina


m o r e • gour me t

O prazer de comer bem gourmet

por Daniela Prosdocimo Caldeira

Risoto de champignons com tuille de parmesão Ingredientes 2 colheres de sopa de manteiga 1/2 cebola picada 2 dentes de alho picados 50 g de porccini seco (reidratados em 3 xícaras de água) Caldo de legumes (500 ml aproximadamente) 1 bandeja de champignon paris laminado 1 bandeja de shitake laminado 2 xícaras de arroz arbóreo

Como fazer Reidrate o champignon em água morna, reserve a água e pique os champignons. Em uma panela, derreta a manteiga e refogue a cebola e o alho. Acrescente os champignons frescos (paris e shitake) e refogue. Quando estiver bem seco, adicione o champignon porccini e refogue, temperando com sal e pimenta fresca. Adicione o arroz arbóreo, deglace com o vinho e reduza pela metade. Peneire a água que reidratou os champignons e coloque na panela (descarte o fim que fica com um pouco de impurezas). Regue o risoto com caldo de legumes quente até ficar no ponto desejado (o tradicional risoto serve-se al dente). Acrescente a nata, o parmesão e a salsinha picada. Ajuste o sal e a pimenta e sirva com a tuille de parmesão. 76 • fev / mar 2009

½ xícara de vinho branco 2 colheres de sopa de nata fresca 4 colheres de sopa de parmesão ralado 2 colheres de sopa de salsinha picada Sal e pimenta a gosto

Para o tuille de parmesão Rale queijo parmesão bem fino e salpique em uma frigideira antiaderente. Em fogo baixo, deixe que o parmesão fique como uma casquinha crocante e vire de lado. Doure do outro lado. Assim que sair da frigideira você pode dar um formato a ele, mas rapidamente, porque assim que sai do contato com o calor, fica crocante.



mo r e • gour met

Novo restaurante de Alex Atala abre em São Paulo.

Bem brasileiro

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alva e Dito é o novo restaurante do chef Alex Atala em parceria com o chef francês Alain Poletto, especialista em cozinha a vácuo. Com projeto do arquiteto Marcelo Rosenbaum e investimento de R$ 6 milhões, o restaurante tem como proposta servir receitas familiares brasileiras. No Dalva e Dito quem comanda a cozinha é Poletto, que também foi responsável pela sua configuração: estações separadas para a recepção e a higienização dos produtos e um ambiente exclusivo para a técnica a vácuo. Outra novidade são os tranchers (os mestres de corte) que vão circular pela casa com os carrinhos de carne e vão utilizar a técnica de trinchar que utiliza apenas o garfo e a faca do cliente – mais uma contribuição de Poletto.

78 • fev / mar 2009

No cardápio: pernil de porco, frango atropelado, contrafilé assado, músculo com feijão fradinho e sela de cordeiro. Os acompanhamentos? Farofa, arroz, feijão e batata. No subsolo funcionam o bar e a adega onde é possível pedir coxinhas, empadinhas e até cachaça. A carta de vinhos apresenta 220 rótulos nacionais e do Cone Sul.

Rua Padre João Manuel, 1.115, Jardins, São Paulo (SP). Telefone: (011) 3062-6282. Aberto de segunda a domingo.



m o r e • beaut y

Divulgação

Tempos de guerra beauty

80 • fev / mar 2009


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casal de estilistas Zowie Broach e Brian Kirkby, da inglesa Boudicca, levou a estética gótica e teatral de suas coleções de moda para a primeira fragrância da marca: Wode by Boudicca. O perfume, quando aplicado, tinge a pele e as roupas que toca de azul cobalto, criando um look bem dramático. No entanto, a cor desaparece por completo em poucos minutos, sem deixar vestígios. Sobram apenas as notas de junípero e cardamomo misturadas com cicuta e ópio. O perfume explora a lenda em torno da Queen Boudicca (Rainha Boadiceia). Boadiceia liderou os Icenos contra as forças romanas que ocupavam a Grã-Bretanha em 60 d.C. A história conta que ela e sua tribo pintavam o corpo de azul cobalto, o que garantia um ar mítico e feroz durante as batalhas. Quando foi derrotada pelos Romanos, Boadiceia suicidou-se tomando cicuta.

Wode vem embalado em uma lata que lembra muito os sprays de tinta, e parte da estratégia de divulgação está baseada no uso da marca por grafiteiros nova-iorquinos. (www.platform13.com)

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m o r e • beaut y

A maquiagem

do verão beauty por Thiago Straub

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rimeiro de tudo, prepare a pele para receber a maquiagem. Dessa forma, o efeito fosco dura mais tempo, sem excesso de brilho. Dica: Mister Mate Mattifying Foundation Primer, da Givenchy.

Pele Uma grande novidade que vem deixando enlouquecidas as mulheres mais hypadas são as maquiagens naturais a base de minerais da Bare Escentuals, da Bare Minerals. O carro-chefe da marca é um kit formado por base, corretivo, blush (efeito sol), mineralizador e três pincéis. O melhor: tudo em pó, o que evita marcas de expressão acentuadas, especialmente em volta dos olhos. Praticamente um efeito Hollywood. Bases de efeito leve, com o mínimo de cobertura são as mais indicadas. Para a noite: base em mousse da Bed Head e a base DiorShow Sublime UV Ultra-Protective, que, além do efeito das outras bases Dior (efeito lift e hidratação), possui fator de proteção solar 50.

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E um dos melhores amigos das mulheres para este verão é o pó bronzeador. Tendo em vista que a pele do rosto deve ter uma proteção maior, invariavelmente, ele fica muito mais claro que o restante do corpo, por isso o pó bronzeador deve ser usado como blush, nas áreas do rosto onde o sol tem naturalmente maior incidência, basicamente a zona cruz do rosto (testa, nariz, queixo e maçãs). O de melhor aplicação é d’O Boticário.


Cílios Para o verão, as máscaras vêm mais coloridas. O azul predomina sobre as cores, mas também podemos abusar do bordô, marrom e verde. As cores mais intensas são de Ives Saint Laurent, lembrando que nesta estação as máscaras a prova d’água são as mais recomendadas. Para removêlas: novidades da Bourjois e da Chanel, que hidratam e fortificam os fios.

Sombras

Boca O gloss perde espaço para o batom. Afinal, tem um poder de maior hidratação e proteção. Aposte nos cintilantes. A Bed Head tem cores capazes de alegrar qualquer look.

Os olhos também vem mais coloridos, porém leves. Azuis, rosados e corais são os hits da estação. Deixam o look leve e descontraído. Uma ótima dica são os lapis de cores vibrantes da MAC.

E como sabemos, para uma maquiagem natural, é importante uma pele bem protegida bem e tratada. Anote: Água Termal La-Roche, que possui ação anti-irritante e estimula a tolerância cutânea; Água Floral EOS, com extrato de orquídea violeta, atenua o efeito das queimaduras solares, Água Doce de Lótus Kenzoki, rica em sai minerais, também tem efeito calmante contra o sol.

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mo r e • mani a

No caminho

contrário

MVSUNIT/reprodução

Kamarul Arzi/reprodução

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mprecisão, baixa qualidade ótica, imagens borradas, saturadas e granuladas. Você compraria uma máquina fotográfica com essas ‘qualidades’? Bem, milhares de pessoas no mundo todo compraram câmeras Lomo exatamente por esses motivos. Pessoas que utilizam o ‘defeito’ como ferramenta criativa. Feitas de plástico, as Lomo utilizam filmes (sim, nada de visor lcd e, em muitas câmeras, nem mesmo a presença flash. A ideia é essa mesmo, fotografar sem muito cuidado, sem mesmo utilizar o visor. Elas podem ser encontradas em vários modelos. Da desejada 84 • fev / mar 2009


Fisheye (olho de peixe) à divertida Action Sampler, que possui quatro lentes dispostas em quadrado e, ao ser disparada, cada lente abre num intervalo de 1 segundo de diferença. O resultado são quatro imagens em sequência da mesma imagem. Depois de revelar e escanear a imagem (ufa!), é possível dar movimento às imagens ao fazer o upload da mesma no site da Lomo. Aliás, é ali no site que a comunidade toda se encontra e mostra o resultado das fotos. Uma viagem.

pulgas e compraram duas Lomo Kompakt

A paixão pelas Lomos nasceu do encontro de dois jovens austríacos, em lua de mel, com uma câmera russa em Praga, em 1991. Eles esqueceram suas câmeras em Viena e, desesperados, entraram em um mercado de

Sociedade Lomográfica fosse fundada. Hoje,

Automat. Fotografaram tudo o que viram pela frente. Quando voltaram para casa: o susto. Borrões, imagens desfocadas, luzes em movimento. Logo, a Lomo Kompakt Automat,hoje mais conhecida como LC-A, virou mania entre os jovens de Viena. Muitos chegaram a viajar para a República Tcheca apenas para comprar a máquina. Não demorou muito para que a a comunidade de lomógrafos é imensa e já ganhou fãs famosos, como David Byrne, Pulp, Underworld, Helmut Lang, Moby e Robert Redford. (www.lomography.com)

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m o r e • mi ni -gui a

Volta ao mundo mini-guia reprodução/google maps

Tóquio reprodução/google maps

Nova Iorque

Christophe Coppens Chocolate Bar Você escolhe: chocolate em barra, chá preto com chocolate e baunilha ou deliciosas sobremesas, que podem ser acompanhadas por espressos perfeitos. Uma filial do Chocolate Bar abriu em 2008, no East Village. Ela segue o conceito café-boutique e é uma verdadeira tentação. Na foto abaixo, uma graffiti bar, por módicos U$S 3,50, uma homenagem aos artistas de rua de novaiorquinos. 127 East 7th Street, Nova Iorque Telefone: 212 366 1541

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No Japão, a loja de Christophe Coppens, famoso por suas criações e conhecido como “O Chapeleiro Maluco”, reserva uma sala exclusiva para a linha masculina e outra para a feminina. Coppens, adorado pela realeza Belga, apresenta nesta loja uma coleção completa: além de chapéus, claro, lenços, acessórios e roupas. 3-7-6 Kita-Aoyama, Minato-Ku, Tóquio Telefone: 03 5774 5426


Estocolmo

Diverta Design

10 Swedish Designers

Centenas de objetos descolados de decoração para a casa e o escritório. Tudo feito para alegrar os olhos e causar sensação.

Carrinho de boneca retrô com estamparia moderna. Apenas um dos produtos descolados deste grupo de designers suecos, com quase 40 anos na estrada do design e da produção têxtil.

reprodução/google maps

reprodução/google maps

Rio

Rua Visconde de Pirajá, 580, lj 102,
Rio de Janeiro (RJ) Telefone: (21) 2512-0327

Götgatan 25 
116 46 Stockholm,
T-bana Slussen
 Telefone: 46 8 643 25 04

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m o r e • s oci al

Ruy Barrozo Rosana de Liz

rb@ruybarrozo.com.br ruy barrozo

Para quem gosta de saborear um bom e hiper bem servido café colonial ao melhor estilo alemão, não pode deixar de conferir o Kaffee Stube, administrado por um dos sóciosproprietários, Raul Fernando Zeni.

O casal Mateus e Danieli (Ferreira) Maranhão, retornou de temporada de lua de mel internacional. No roteiro; além de um cruzeiro pelas Bahamas, Los Angeles e Las Vegas. Em sua passagem por Nassau, o casal conheceu o Hotel Atlantis, grande ponto turístico da ilha de New Providence. O hotel, de propriedade de Donald Trump, custou um bilhão e meio de dólares para ser construído e, em 2006, foi cenário do filme “007 – Cassino Royale”.

Camila Coelho Queiroz, filha de Félix Coelho de Queiroz e Anália Procópio de Lima Queiros, casou-se com Rafael Martinez Massa, filho de Carlos Roberto (Ratinho) Massa e Solange Martinez Massa. Tanto a cerimônia religiosa quanto à recepção, para cerca de 450 convidados, foram realizadas nos salões do Castelo do Batel. Os noivos curtiram temporada de lua de mel em Cancun.

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Bebel Ritzmann

O Salão Milano, no Restaurante Madalosso, foi o local escolhido pelos empresários Acef Said, Cícero Frasão e Valdinez Manini para reunir grande número de empresários curitibanos durante o evento de lançamento do Business Group G500. Na foto, o secretário municipal Jorge Bernardi, a superintendente da Polícia Rodoviária Federal do Paraná, Maria Alice Nascimento de Souza, Ulyssea Menezes da Costa Duarte, Acef Said e Alfredo Ibiapina.

Um movimentado e prestigiadíssimo coquetel marcou a inauguração da Gold Sea, empresa criada para atuar no setor de turismo de lazer no nordeste do país. Os sócios fundadores Alexandre Caiado, Elias Sabbag, Jorio Dauster (ex-presidente da Vale do Rio Doce) e Nunes Figueiredo, tem como conselheiros Maurício Schulman, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Péricles Figueiredo e Romeu Chap Chap. Para este ano, a Gold Sea prevê um investimento na ordem de R$ 200 milhões no patrimônio nacional. Na foto Alexandre Caiado e Maurício Schulmann. moremagazine.com.br • 89


m o r e • s oci al

fotos: David Peixoto

Eu quero é paz Este símbolo é um dos mais antigos do mundo. Suas três esferas foram definidas pelo russo Nícholas Roerich (1874/1947), como a síntese de todas as artes, todas as ciências e todas as religiões dentro do círculo da cultura. Onde quer que a Bandeira da Paz seja hasteada, se reconhece o grande alcance do passado, do presente e do futuro. Estimula o indivíduo a esforçar-se para realizar o seu alto potencial, embelezando todos os aspectos da vida; estimula cada pessoa a tomar responsabilidade pela evolução do Planeta; significa ser um construtor da paz e simboliza a transformação do indivíduo e da sociedade. Abrace essa bandeira!

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Autoretrato Celso Amaral Itacaré (BA) em agosto de 2008, Marcelo agarrado com o pequeno Thiago e Maria Clara. O chef e proprietário do restaurante asiático Lagundri curte férias com a família e para ele o maior desafio nessa hora é “ter que decidir entre água de coco ou surf... sérias decisões!”. Tá certo! A comidinha do verão é sushi, aliás se pudesse, comeria sushi todos os dias. Agora, quem acha que pimenta não combina com verão está equivocado, o chef explica: “Devemos nos lembrar que os países que mais consomem pimenta são localizados nas regiões mais quentes do planeta! Viva as pimentas!” Um lugar para voltar é Itacaré onde a praia é o reduto onde pode refletir, encontrar Deus e a natureza. Pôr do Sol. Ama o dia mas está se convencendo que é uma criatura da noite. A imagem é a paz, a alegria e a segurança que a família proporciona.

Look Amy Borboletas e lacinhos... Nem só de loucurinhas vive a inglesa Amy Winehouse. Ela é referência quando se fala de estilo. Consciente do tipo físico, abusa dos vestidos curtíssimos encarnando uma diva trash retrô. Gambitos sempre à mostra. Para o make, delineador líquido preto pesado e lábios vermelhos. Um belo broche como complemento e se joga! Na foto, look produzido na Mixx by Valentina. Fofo, né?

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mo r e • s oci al

Tata inventa moda Vinte e cinco anos de praia, jornalista 24h por dia, 7 dias na semana... Taís Mainardes é serelepe, gosta de verde bandeira e amarelo ovo. Está à frente da Ieme Comunicação desde 2005, quando conquistou seu primeiro cliente. Daí em diante não parou mais. Hoje são 26 empresas fixas e, como trabalha por job, em alguns meses chega a atender até 35 clientes. O nome Ieme, na verdade, nasceu pra ser a razão social da empresa. Significa Integração e Marketing Empresarial, sugestão do pai, Rogério Mainardes, “macaco velho da comunicação”. Ieme acabou “pegando” e ficou! A última invenção desta virginiana com ascendente e lua em áries (tá explicado!) é a revista independente “Inventa”, realização de um sonho amadurecido desde a faculdade e voltada aos criativos. Aliás, batizada por Ziraldo, primeiro entrevistado, que na maior empolgação nomeou a revista e, como presente especial, ilustrou a capa da edição zero (na íntegra disponível no endereço: www.revistainventa.com.br).

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Para fechar, o projeto gráfico é da D-Lab e conta com o talento dos sócios Daniel Mazer e Henrique Borges. Ser empresária é um desafio diário, no momento, faz coaching. Falta tempo na vida da menina mas, ainda assim, pratica pilates no começo da manhã. Promessa pra 2009? Eliminar o consumo da coca-cola light, que considera seu cafezinho. Usar salto alto depende do humor, a prioridade é se sentir confortável. Adora estampas e não vive sem bolsa grande o suficiente para levar o necessário com o kit make up salvador no final do dia. Romântica, vai casar talvez de veú… ou de grinalda… Viagens? “São necessárias”. Mora no Mossunguê e indica o João Acuio como astrólogo. Uma surpresa, no dia da foto descobri que ela é tímida diante das câmeras. Recatadíssima.

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m o re • fot ogr af i a

O melhor de

Albert Watson fotografia Naomi Campbell, Palm Springs, 1989, ©Albert Watson

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Exposição em Dusseldorf, na Alemanha, mostra o melhor da produção do fotógrafo escocês Albert Watson.

por Tuti Maioli

Clique um: highways & Depp & telas Parece lenda, mas o fotógrafo escocês Albert Watson, que há anos mora em Nova Iorque, é cego do olho esquerdo. Talvez a natureza fez com que ele desenvolvesse uma outra ótica. Seja clicando Mick Jagger ou Kate Moss no Marrocos, ele vai fazendo das suas imagens, ícones. Quando mira as autoestradas americanas e motéis, remete ao livro “On The Road”, do beatnik Kerouac. Daí vocês imaginam cervejas, neons, um Ford Mercury que roda e a rádio tocando “Stella by Starlight”. E se um dos seus portraits é Johnny Depp, o próprio ator afirma que o livro “On the Road” é o seu Corão. A data, 1993, registra a atuação de Depp no filme “Aprendiz de Sonhador”, onde contracenou com Leonardo DiCaprio. Foi neste mesmo ano que Depp tinha o nightclub “The Viper Room”, conhecido pela fatal morte de River Phoenix, provocada por uma overdose. O cinema está presente na vida de Watson, e esta trajetória começou quando frequentou o Royal College Mick Jagger, Los Angeles, 1992, ©Albert Watson of Art Film School, em Londres, que foi base para suas incursões nas imagens em movimento, pois dirigiu mais de 650 vídeoclips. E, se coloca a sua preferência para retratar os atores, a sua escolha vai certeira para Depp e Jack Nickolson.

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m o r e • fot ogr af i a

15 North, Exit 25, Las Vegas, 2001, ©Albert Watson

Clique dois: Elvis & Lua As fotos de Watson foram capa de mais de 250 revistas “Vogue”. E no casamento do príncipe Edward com Sarah Ferguson, foi Watson quem clicou oficialmente a cerimônia. Os seus planos? Fotografar paisagens da Escócia, onde nasceu. Segundo ele, muitos fotógrafos escoceses romantizaram a paisagem, como se fossem cartões postais. Quando se refere ao norte do país, usa a palavra magia. E se fala de Nova Iorque, diz que é uma cidade difícil de abandonar. Aí sente uma metróple que faz pressão permanente. Nesta

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Johnny Depp, New York City, 1993, ©Albert Watson

retrospectiva, “The Best Of”, em cartaz em Dusseldorf, na Almanha, mostra as roupas do faraó Tutancamon, o terno dourado de Elvis Presley e as roupas usadas pelos astronautas que pisaram na Lua. Ou objetos, como chapéus usados entre 1880 e 1920. Watson já fotografou muitas estrelas do rock, presidentes, mas afirma que pelas ruas, tem muitas pessoas interessantes que gostaria de clicar. Quando se fala em números, as máquinas de Watson já captaram 10 milhões de imagens e, como workaholic, diz que vai em frente, pois afirma que nasceu para fotografar.

Serviço “Albert Watson Best Of” NRW-Forum Kultur und Wirtschaft Ehrenhof 2, 40479 Dusseldorf, Alemanha www.nrw-forum.de

David Bowie, New York City, 1996, ©Albert Watson

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m o r e • por t fól i o/banski

Desenho e fotocolagem do famoso, no entanto nunca visto, artista de rua inglês Banski

98 • fev / mar 2009


água

A essência da

Os estilistas viajam o mundo para fazer os melhores desfiles. Os chefs, para fazer o melhor almoço.

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ParkGourmet. Sete restaurantes e um empório gastronômico. La Pasta Gialla • Bistrô do Victor • Italo* • Salero • Dubai* • Mediterraneo • SOTO Asian Cuisine * • Oli Empório Gastronômico •

*Italo e SOTO Asian Cuisine: inauguração em fevereiro. Dubai: inauguração em março.

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A água é, depois do oxigênio, a substância mais importante para o corpo, principalmente para as crianças. Elas têm proporcionalmente, maior quantidade de água no corpo do que o adulto e menos massa corporal, por isso absorvem mais calor. A água Timbu ajuda a repor os líquidos, a manter a temperatura do corpo e a recuperar a energia gasta durante o dia. Experimente o prazer de sentir-se bem. Água Timbu, faz bem para a vida.

Horário de funcionamento: • Segunda, terça e quarta-feira, das 12h às 24h • Quinta, sexta e sábado, das 12h à 1 • Domingo, das 12h às 22h • Oli Empório Gastronômico:

horário de abertura e fechamento das lojas do shopping Fechamento facultativo dos restaurantes: de segunda a sexta-feira, das 16h30 às 18h.

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