Para ser comissário de voo - vol. 01

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EMERGÊNCIAS A BORDO UNIDADE 2 – DESPRESSURIZAÇÃO 2.1. Pressurização Na medida em que uma aeronave sobe, a quantidade de oxigênio diminui ficando mais difícil de respirar. Até a altitude de 10 mil pés (cerca de 3 mil metros) é possível respirar sem problemas. De 10 a 12 mil pés de altitude o organismo ainda consegue se adaptar. Com o desenvolvimento de aviação, as aeronaves passaram a voar mais alto tornando-se necessário garantir uma quantidade adequada de oxigênio dentro da cabine. Dessa forma, a pressão interna das cabines é mantida entre 6 e 8 mil pés a fim de garantir essa quantidade adequada de oxigênio e permitir que as aeronaves voem acima de 12 mil pés.

2.7. Efeitos no interior da aeronave

− Violenta queda de temperatura e de pressão; − Intensa neblina devido a condensação provocada pela diferença de temperatura dentro e fora da aeronave; − Forte e violenta corrente de ar de dentro para fora, podendo expulsar objetos e pessoas de dentro da aeronave (em caso de despressurização explosiva).

2.9. Procedimentos em uma despressurização Como já dissemos, a pressão interna da cabine é regulada entre 6 e 8 mil pés. Se essa pressão começar a subir e atingir 10 mil pés, o aviso sonoro de despressurização será acionado e, se a pressão atingir 14 mil pés, as máscaras de oxigênio cairão automaticamente.

Fig. 1 – Pressão interna da cabine

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UNIDADE 3 – FOGO A BORDO 3.1. Fogo – Definição Fogo é o fenômeno químico que produz calor e luz através da combustão de um corpo. Combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases.

3.2. Elementos essenciais para a eclosão do fogo (tetraedro do fogo) Para efeito didático, o fogo é composto de quatro elementos que formam o tetraedro do fogo: − Calor: é uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo e que faz com que ele se propague. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em aparelhos energizados. −

Combustível: é todo material que queima e alimenta o fogo. Os combustíveis podem se apresentar nos três estados físicos da matéria.

Comburente: é o elemento que intensifica as chamas e aumenta a combustão. Normalmente é o oxigênio.

Reação em cadeia: é o que torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível que é decomposto então em partículas menores, que se combinam com oxigênio e queimam, irradiando novamente calor para o combustível, formando um ciclo constante.

Fig. 4 – Tetraedro do fogo

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SOBREVIVÊNCIA UNIDADE 1 – SOBREVIVÊNCIA NO MAR 1.4. Equipamentos de flutuação

Fig. 12 – Utilização do colete salva-vidas

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Equipamentos de flutuação coletivos

Localização

Utilização

Retire do bin e/ ou do rebaixamento do teto, fixe a tira de amarração junto à saída de emergência da aeronave (somente as que estiverem acima do nível da água), lance na água, embarque e desconecte da aeronave. A tira tem um comprimento aproximado de 6 m e um mosquetão na ponta para fixação junto à aeronave. As duas células do bote inflam automaticamente uma única vez (cilindro de CO2), quando a tira esticar totalmente ou quando o punho metálico do comando manual de inflação for puxado.

Bote salva-vidas

Nos bins ou no teto da aeronave

Os sobreviventes pulam na água e nadam até o bote, que não poderá permanecer fixado à aeronave por muito tempo devido ao risco de submersão ou de incêndio da aeronave. A tira é então cortada com a faca flutuante, localizada no próprio bote, próximo ao final da tira. A bomba manual pode ser usada para completar o ar de dentro das células tantas vezes quantas forem necessárias. Obs: o procedimento descrito acima é para botes grandes (de 25 passageiros ou mais), geralmente usados nas aeronaves comerciais de grande porte. Atenção: só infle os botes fora da aeronave. Apresenta pista dupla e duas câmaras independentes, que inflam automaticamente (Cilindro de CO2) após a abertura da porta. 40% da inflação são executadas por um cilindro que contém CO2 e nitrogênio e os 60% restantes através dos venturis (aspiradores de ar) localizados nas câmaras. A escorregadeira fica cheia quando o ruído dos venturis acaba.

EscorregadeiraBote

Portas da Aeronave

A ocupação normal de uma escorregadeira-bote gira em torno de 60 passageiros e a ocupação máxima gira em torno de 80 passageiros (Boeing 777). Da mesma forma que o bote, a escorregadeira-bote precisa ser desconectada da aeronave após o cheque de abandono. A bomba manual pode ser usada para completar o ar de dentro das células tantas vezes quantas forem necessárias.

Obs: os comissários deverão efetuar o cheque pré-voo da pressão dos cilindros que inflam os equipamentos de flutuação coletiva. Essa pressão varia de fabricante para fabricante. Copyright©2014 – Para ser Comissário de Voo | Marcelo Penteado – todos os direitos reservados.

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UNIDADE 2 – SOBREVIVÊNCIA NA SELVA ANEXO 2 – Acidentes com animais peçonhentos

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FATORES HUMANOS NA AVIAÇÃO CIVIL UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 1.2. Modelo SHELL e Modelo Reason Modelo SHELL

Um dos modelos que possibilita uma compreensão gráfica da necessidade de se ajustar os componentes envolvidos na atividade aérea é o Modelo SHELL, desenvolvido inicialmente por Edwards, em 1972, e modificado posteriormente por Hawkins, em 1975, definido abaixo: S – cujo significado é Software (suporte lógico). H – cujo significado é Hardware (equipamento, máquina). E – cujo significado é Environment (ambiente). L – cujo significado é Liveware (elemento humano).

Fig. 55 – Representação gráfica do modelo SHELL

Modelo Reason

REASON escolheu a imagem gráfica do “queijo suíço” para explicar seu modelo, inspirado na “teoria dos dominós” desenvolvida por Heinrich, que representaria a trajetória do acidente através das camadas defensivas do sistema.

Fig. 56 – O modelo do “queijo suíço” de Reason

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Teste 1 – Emergências a Bordo 01 – (DAC 0304) COMO MEDIDA PREVENTIVA DE SEGURANÇA, HAVENDO QUALQUER TIPO DE ANORMALIDADE NA CABINE DE PASSAGEIROS, É DEVER DO COMISSÁRIO: a) b) c) d)

RELATAR NO LIVRO DE BORDO INFORMAR, SOMENTE À EQUIPE INFORMAR, APENAS, AO SUPERVISOR AVISAR IMEDIATAMENTE O COMANDANTE

02 – (ANAC 0107) ONDE ESTÃO LOCALIZADOS OS EQUIPAMENTOS DE EMERGÊNCIA E QUAL O CUIDADO A SER OBSERVADO? a) b) c) d)

EM LUGARES TRANCADOS E COM CADEADOS EM LUGARES VISÍVEIS, DE FÁCIL ACESSO E SE ESTÃO EM PERFEITAS CONDIÇÕES DE USO EM LUGARES VISÍVEIS, PARA EVITAR A PREOCUPAÇÃO DOS PASSAGEIROS NÃO HÁ LUGAR DETERMINADO PARA OS MESMOS

03 – (ANAC 0307) UM COMISSÁRIO, AO ASSUMIR O VOO, TEM COMO OBRIGAÇÃO E PRIORIDADE: a) b) c) d)

VERIFICAR SE O SERVIÇO DE BORDO ESTÁ COMPLETO CHECAR EQUIPAMENTOS DE EMERGÊNCIA NA SUA ÁREA CONFERIR A QUANTIDADE DE JORNAL E REVISTA CHECAR O BANHEIRO DA AERONAVE QUANTO AO ASPECTO DA LIMPEZA

04 – A PRESSURIZAÇÃO DAS AERONAVES PERMITE QUE ELAS VOEM ACIMA DE: a) b) c) d)

6 MIL PÉS 8 MIL PÉS 10 MIL PÉS 12 MIL PÉS

05 – NO PROCESSO DE PRESSURIZAÇÃO DA CABINE, AS BLEEDS: a) b) c) d)

SÃO VÁLVULAS QUE RETIRAM AR DO MOTOR PARA A CABINE SÃO VÁLVULAS QUE ELIMINAM O EXCESSO DE AR NA CABINE SÃO VÁLVULAS QUE INJETAM E ELIMINAM AR NA CABINE NENHUMA DAS ANTERIORES

06 – DENTRE OS FATORES ABAIXO, QUAL NÃO INTERFERE NA VELOCIDADE DE DESPRESSURIZAÇÃO DE UMA CABINE? a) b) c) d)

TAMANHO DA CABINE EQUIPAMENTO DE OXIGÊNIO COMPLEMENTAR DIFERENCIAL DE PRESSÃO TAMANHO DO ORIFÍCIO

07 – A DESPRESSURIZAÇÃO RÁPIDA É AQUELA NA QUAL A PERDA TOTAL DE PRESSÃO OCORRE: a) b) c) d)

EM MAIS DE 10 SEG ENTRE 1 E 10 SEG EM MENOS DE 10 SEG NENHUMA DAS ANTERIORES

08 – A NEBLINA QUE SE FORMA NA CABINE DURANTE UMA DESPRESSURIZAÇÃO É DEVIDA A: a) b) c) d)

CONDIÇÃO METEOROLÓGICA LOCAL CORRENTE DE AR DE DENTRO PARA FORA DIFERENÇA DE TEMPERATURA DENTRO E FORA DA AERONAVE TODAS AS ANTERIORES

09 – NO CASO DE DESPRESSURIZAÇÃO SÚBITA, QUAL A ATITUDE A SER TOMADA PELOS COMISSÁRIOS? a) b) c) d)

APANHAR A MÁSCARA DE OXIGÊNIO MAIS PRÓXIMA E A SEGUIR, QUANDO POSSÍVEL, AUXILIAR OS PASSAGEIROS APANHAR DE IMEDIATO A GARRAFA DE OXIGÊNIO COM MÁSCARA ORONASAL, E A SEGUIR AUXILIAR OS PASSAGEIROS APANHAR A GARRAFA DE OXIGÊNIO COM MÁSCARA FULL FACE, E A SEGUIR ANDAR PELA CABINE AJUDANDO OS PASSAGEIROS APANHAR QUALQUER DAS GARRAFAS DE OXIGÊNIO, AUXILIANDO IMEDIATAMENTE OS PASSAGEIROS

10 – EM CASO DE DESPRESSURIZAÇÃO: a) b) c) d)

OS PASSAGEIROS DEVERÃO PERMANECER DEITADOS NO PISO DA AERONAVE OS PASSAGEIROS DEVERÃO IR PARA AS GALLEYS OS PILOTOS DESCERÃO PARA 12 MIL PÉS PARA QUE OS OCUPANTES POSSAM RESPIRAR SEM AS MÁSCARAS OS ACOMPANHANTES DE CRIANÇAS DEVERÃO COLOCAR A PRÓPRIA MÁSCARA ANTES

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