Fundaffemg | Setembro 2021

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Saúde mental e o empoderamento feminino Quando o assunto é a saúde da mulher, imediatamente se fala sobre mamografia e exame citopatológico do colo uterino (papanicolau). Ambos são, de fato, extremamente importantes, pois estamos falando em câncer de mama – o que mais mata no mundo – e de útero, que é o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres. Paralelamente à realização desses exames, lembramos que o cuidado integral e a prevenção do adoecimento vão além. Por exemplo, sabia que as mulheres estão mais propensas a desenvolver doenças cardiovasculares? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas enfermidades são responsáveis por um terço das mortes femininas no mundo – 8,5 milhões de óbitos por ano. Ou seja, é um ponto a ser considerado na prevenção, junto a bons hábitos, como prática de atividades físicas, alimentação saudável, controle de peso e redução do consumo de álcool, entre outros. Para você Neste ano, a FUNDAFFEMG vai promover mais um evento Outubro Rosa, focando além da saúde mamária e câncer de mama, para

ressaltar a importância dos cuidados preventivos para a saúde integral da mulher. O encontro online trará para o centro das discussões a pluralidade de papéis que elas desempenham na sociedade atualmente e como essas diversas funções, sensações e tarefas podem influenciar a saúde, de forma integral. A médica de família Dra. Alline Fagundes e a psicóloga clínica Cristina Castilho, ambas do CSI FUNDAFFEMG, vão conduzir a conversa.

MARQUE NA SUA AGENDA: DIA 26/10, ÀS 16H Tema: A saúde mental e o empoderamento feminino • Saúde mental da mulher, considerando as várias funções assumidas por elas no contexto atual. • O autocuidado com a saúde integral (mental, física e emocional).

COMECE AGORA Mudar hábitos requer disciplina e comprometimento e leva tempo! Começar a praticá-los o quanto antes é a melhor estratégia para que logo eles se tornem comuns. Veja as dicas que a FUNDAFFEMG preparou para que você possa ajustar sua rotina e mudar o estilo de vida em favor da saúde: • Priorize alimentos saudáveis e naturais nas refeições. • Evite o excesso de gorduras, carboidratos e açúcares. • Tenha uma dieta rica em proteínas de boa qualidade, vitaminas, minerais e fibras. • Pratique exercícios físicos durante a semana. Comece aos poucos e vá aumentando a intensidade. • Planeje a alimentação para o dia e siga o que foi determinado. • Mantenha o peso corporal adequado. • Cuide da saúde mental.

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Por um futuro mais saudável

Aos poucos, a alimentação saudável está ganhando as mesas das famílias brasileiras. As pessoas estão se conscientizando sobre a importância dessa prática e revendo hábitos, em busca de uma vida mais longa e com mais saúde e bem-estar. E que tal estimular esse comportamento desde cedo? Estabelecer padrões de alimentação saudável para os filhos pode parecer algo desafiador, especialmente diante da infinidade de guloseimas, enlatados, congelados e fast-food, que facilitam a rotina corrida dos pais. No entanto, é mais simples do que muitos imaginam, e a prática pode utilizar alimentos que já fazem parte da rotina da casa. Quer saber como? Participe do programa Educando para a Saúde, promovido pelo SEMPRE-FUNDAFFEMG. O tradicional evento ocorrerá no formato online para garantir a proteção dos participantes. As famílias terão oportunidade de entender os benefícios da alimentação saudável e a importância da interação entre pais e filhos, estreitando vínculos. Neste ano, teremos a entrega de kits para os inscritos para que a família possa preparar os alimentos em casa junto com a professora.

Preparativos a todo vapor Parceira da FUNDAFFEMG na iniciativa, a gastrônoma e educadora parental Luiza Fiorini será uma das palestrantes. Ela deixa um recado especial para as famílias: “Estivemos juntos em muitos Educando para a Saúde e, em todos, fortalecemos nosso propósito de oferecer saúde por meio de aulas que valorizam o bem comer e a construção de uma boa relação com os alimentos. A nova edição não poderia ser diferente! Trabalharemos a comida como elemento cultural de um povo, tudo com muito carinho, sabor e aroma para encantar a todos.” Como já é habitual no Educando para a Saúde, as crianças também terão um tempo dedicado para uma oficina pedagógica durante a programação. “Confeccionaremos juntos um lindo caderno de receitas, mais um ponto importante da cultura de nosso país”, conta Luiza. Anote na agenda Ficou na expectativa? Então, reserve o dia 30 de outubro, às 9h, e se inscreva o quanto antes. Basta enviar um e-mail para fundaffemg@fundaffemg.com.br e indicar o seu interesse.

Vamos começar essa mudança? Se você quer começar a mudar os hábitos desde já, acesse os vídeos da Oficina de Alimentação disponibilizados no canal do YouTube da FUNDAFFEMG. São 15, com receitas fáceis e saudáveis para toda a família, com orientações da gastrônoma Luiza Fiorini e da nutricionista Mariana Gomes.

Uso responsável do plano Nos últimos dois anos, a cota trimestral se manteve com valores satisfatórios. No entanto, de setembro a novembro de 2021, o valor atingiu um patamar acima do último semestre, em decorrência da demanda reprimida de consultas e cirurgias não realizadas no período mais crítico da pandemia. Para reverter a situação e manter o equilíbrio entre receitas e despesas, é importante que cada beneficiário adote uma postura responsável em relação à utilização do plano. Afinal, mesmo com a gestão eficiente dos recursos, o aumento expressivo no uso dos serviços, com excesso de exames e consultas, impacta o valor final para todos.

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Quer saber como fazer a sua parte? Acesse a matéria e veja as dicas que a FUNDAFFEMG separou.

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Volta às aulas: um benefício para a saúde integral Depois de meses de ensino remoto, as aulas presenciais foram retomadas em várias localidades. Por mais que ainda sejam necessários muitos cuidados e isso gere preocupação, o retorno é fundamental para o desenvolvimento e aprendizado das crianças. A pediatra da FUNDAFFEMG Dra. Giane Marques explica que a percepção do mundo pela criança ocorre de maneira progressiva. O entendimento de que existem outras pessoas além de seus pais é um acontecimento que depende do amadurecimento neuropsíquico e da estimulação ambiental, ou seja, da presença dessas pessoas. Quando há essa percepção, a interação acontece de forma natural, pautada pelo plano emocional no qual a criança se encontra. A partir de então, a criança inicia suas experiências de convívio social e relacionamento interpessoal, vivenciando novas emoções, novas expectativas, lidando com sucessos e frustrações advindos desse processo. “Todo esse histórico de experiências vai constituindo, pouco a pouco, um acervo no qual a criança vai ensaiar suas ações e reações frente ao mundo ao longo de sua vida e que contribuirá para a sua formação pessoal e social”, explica a pediatra. Sabendo de tudo isso, fica bem difícil imaginar um mundo apenas com aulas virtuais, sem contato direto com professores, colegas e funcionários: seria impossível proporcionar tantos benefícios para o desenvolvimento das crianças.

Ganhos para a saúde mental Assim como os adultos, as crianças e adolescentes também precisam estar com a saúde mental em dia, e o retorno às aulas presencias contribui para isso. ”Um ambiente novo e diferente do de casa é essencial, principalmente para aqueles cujo convívio familiar não é tão sadio ou não permite que a criança e o adolescente alcancem o seu potencial”, destaca Dra. Giane. Ela reforça que a escola pode oferecer opções de estímulos e, inclusive, viabilizar eventuais correções necessárias ao desenvolvimento. Outro ponto é a redução da exposição à mídia visual. A pediatra explica que o excesso de tempo frente às telas interfere no desenvolvimento da comunicação e no ritmo de sono, ambos extremamente importantes para a saúde mental de qualquer pessoa. “Além disso,

o grande envolvimento com jogos virtuais leva a criança ou o adolescente a ter certa dependência daquilo para se sentir pessoalmente realizado e interfere no comportamento fora do mundo digital, gerando impulsividade e agressividade, ansiedade e depressão.” Vida mais saudável A saúde física também ganha com o retorno às aulas presenciais e retomada das rotinas e horários dos jovens. “A manutenção de uma rotina contribui para o bom funcionamento do organismo como um todo, interagindo com o sistema hormonal, que funciona de forma cíclica, além de gerar a formação de hábitos que a criança levará para toda a sua vida. É esperada também uma melhoria na frequência das atividades físicas, tão importante para a saúde de todas as pessoas”, frisa Dra. Giane.

As crianças e os adolescentes estão com dificuldades de retornar às aulas presenciais? Veja as dicas da Dra. Giane: Crianças menores de 6 anos: repita todo o processo de adaptação inicial, com o retorno por períodos mais curtos, com a permanência temporária de um adulto conhecido da criança que lhe inspire afeto e segurança, preferencialmente um dos pais. Aos poucos, o tempo de permanência pode ser aumentado, até que a criança se adapte ao novo ambiente. Crianças maiores e adolescentes: estabeleça um bom diálogo, ajudando a criança ou o adolescente a pontuar e elaborar quais são os obstáculos para sua readaptação, buscando a correção dos raciocínios e condutas. Havendo dificuldades pedagógicas significativas ou profundas no convívio social ou interpessoal, poderá ser necessária a ajuda de profissionais específicos, como pedagogo, psicólogo, pediatra ou psiquiatra.

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Trombose: o que é e como evitar Tudo começa com a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias da parte inferior do corpo, que acaba bloqueando o fluxo de sangue e causando inchaço e dor na região. Este é o quadro conhecido como trombose. Em 13 de outubro, tem-se o Dia Mundial da Trombose, no qual ganha força um movimento global, liderado pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, para informar e conscientizar sobre os riscos da doença e as formas de prevenção. A trombose se torna mais grave quando o coágulo prejudica o fluxo de sangue na região em que está até se desprender e se movimentar na corrente sanguínea – um processo chamado “embolia”. Quando isso ocorre, ele pode ficar preso no cérebro, pulmões, coração ou outros órgãos, causando o agravamento do quadro de saúde. Diante da necessidade de informar a população sobre a trombose, a FUNDAFFEMG convidou o angiologista e cirurgião vascular do Instituto Orizonti Dr. Rodrigo Moreialvar para falar sobre o assunto. Fatores de risco Segundo o angiologista, é importante avaliar os fatores de risco. Como baixo risco, tem-se o uso de anticoncepcionais e a presença de varizes. Já como alto risco, enquadram-se eventos como fratura de pelve, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou grandes traumas. O médico esclarece que casos anteriores de trombose, cirurgias e infecções graves – geralmente com a necessidade de internação hospitalar ou de repouso, mesmo em casa – também são considerados risco intermediário. Além disso, outras doenças específicas, que podem ser congênitas ou adquiridas, também levam à predisposição à trombose. “Os pacientes de maior risco são os que têm alguns desses fatores associados, além da idade, que se soma a todos eles”, ressalta. Sintomas Segundo o angiologista, a maioria das tromboses tem origem nos membros

inferiores (pernas), e os sinais e sintomas mais frequentes são dor e inchaço. “Por ser um evento inicialmente local, é raro que acometa as duas pernas. Então, o paciente com dor e edema unilateral de início recente e, principalmente, aquele que tem fatores de risco devem procurar auxílio médico rapidamente”, explica. O médico destaca que, geralmente, a dor é mais intensa na panturrilha e não se deve esperar que haja alguma alteração de cor da pele ou outros sinais e sintomas para procurar o diagnóstico. Tratamento O tratamento da trombose se baseia, principalmente, em evitar complicações e melhorar os sintomas. Geralmente, é clínico e, em alguns casos eventuais, é necessária intervenção para retirada ou dissolução dos trombos. “Todos os pacientes devem ser acompanhados e muito bem orientados, com o tratamento instituído por, no mínimo, entre três e seis meses”, menciona Dr. Rodrigo. Pré-disposição e Covid-19 Para Dr. Rodrigo, o público mais afetado é o de pacientes hospitalizados,

pelo fato de, geralmente, terem sido submetidos a cirurgias ou acometidos por doenças que predispõem ao risco. Pacientes com tumores, infecções ou necessidade de passar por cirurgias complexas e que ficam acamados são os mais afetados. “Atualmente, um fator de risco muito importante é a infecção pela Covid-19, que tem taxas importantes de formação de trombos em variados locais da circulação sanguínea. Paciente nessas condições deve receber cuidados especiais para a prevenção da trombose”, destaca. O angiologista conta que, mesmo sem dados precisos, é consenso a correlação entre a doença e trombose devido à grande incidência durante a pandemia. “Pacientes mais graves têm trombose com maior frequência. E também nesses casos as pessoas hospitalizadas têm maior risco. Mas mesmo os não hospitalizados com Covid-19 recente e que tenham sintomas característicos devem procurar auxílio médico”, orienta. O médico ressalta: “A relação entre vacinas e trombose é bastante rara, e os benefícios da vacinação superam, e muito, os seus riscos. A trombose é apenas uma das complicações frequentes de uma doença que deve ser evitada com a vacinação e todos os demais cuidados já estabelecidos”. Prevenção É possível prevenir a trombose com hábitos saudáveis adotados desde cedo, como praticar exercícios físicos regulares, evitar o consumo de álcool e tabagismo e manter uma dieta equilibrada. Dica do médico: “Evitar a trombose não é sempre fácil, mas, na maioria dos casos, é possível e traz o grande benefício de evitar complicações crônicas e até o risco de óbito. Os cuidados são individualizados, de acordo com os riscos e características pessoais. Pacientes com fatores de risco importantes e aqueles com passado de trombose ou histórico familiar devem ter sempre acompanhamento médico especializado”.

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