Boletim 93

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número 93 | agosto de 2012

UNIFOR comemora 10 anos do curso de Nutrição A convite da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a presidente e a secretária do CRN-6, Nancy Aguiar e Ivany Amaral, respectivamente, estiveram presentes no dia 1º de agosto na comemoração dos 10 anos do curso de graduação em Nutrição da instituição. O evento ocorreu no teatro Celina de Queiroz da universidade. UNIFOR

Matérias

População aprova serviços prestados nas UBS. pág 02

Sedentarismo e variáveis clínico-metabólicas associadas à obesidade em adolescentes. pág 03

Delegacia Maranhão A partir deste mês de agosto, o CRN-6 designou o nutricionista Gustavo Monteiro da Silva como delegado da jurisdição do Maranhão em substituição à nutricionista Suely Ismael da Conceição Oliveira.

Seminário de Atualização no Recife Com inscrições esgotadas, o CRN-6 realiza no Recife o I Seminário de Atualização. O evento que ocorrerá no dia 25 de agosto, no auditório do hotel Best Western Manibu Recife, vai contar com palestras e mesa redonda para debater o papel do nutricionista nas diversas áreas de atuação do profissional no mercado de trabalho e na sociedade. Informações pelo telefone (81) 3421.8382 ou 3222.2495.

Dia do Nutricionista Para comemorar o Dia do Nutricionista, 31 de agosto, o Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região vai promover um jantar na churrascaria Sal e Brasa, na Av. Recife, 451, Imbiribeira no Recife. Para participar do jantar de adesão, o valor do buffet é de R$ 26,90 por pessoa. Reservas e informações pelos telefones (81) 3421.8382 / 3222.2495 / 32221458.

Boletim eletrônico quinzenal do Conselho Regional de Nutricionistas - 6ª região Diretoria do CRN-6

Presidente Nancy Aguiar

Vice-Presidente Patrícia Santos Tesoureiro Rodrigo Silveira

Secretária Ivany Amaral

Redação e Projeto Gráfico Multi Comunicação Corporativa


número 93 | agosto de 2012

População aprova serviços prestados nas UBS Oitenta por cento da população aprovam os serviços prestados pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Este é o resultado da avaliação feita pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ), apresentada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o VI Seminário Internacional de Atenção Básica “Universalização com Qualidade”, no Rio de Janeiro, evento realizado pelo Ministério da Saúde, no final de semana. “A atenção básica é a voz mobilizadora para o Brasil construir uma política definitiva, enquanto estado”, declarou Padilha. Realizada entre os dias 7 de maio a 24 de julho, o levantamento ouviu a opinião de 24.306 brasileiros in loco, ou seja, dentro das unidades de saúde. A amostra indica, inclusive, a credibilidade/confiança dos usuários aos utilizar os serviços: 84,6% dos entrevistados indicaram que recomendariam a UBS para um amigo ou familiar. O PMAQ foi criado ano passado com objetivo de ampliar o acesso e melhorar o atendimento na Atenção Básica, garantindo aos serviços um padrão nacional de qualidade. O objetivo do programa, que integra a política “Saúde Mais Perto de Você”, é elevar os recursos para as UBS que cumprem metas na qualificação do trabalho das equipes de saúde para incentivar um atendimento de maior qualidade. Em todos os estados do país e no Distrito Federal, 6.345 equipes de Atenção Básica que aderiram ao PMAQ -- entre gestores, médicos, enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem, além de agentes comunitários de saúde – foram avaliadas por usuários por meio de um questionário. As equipes também se autoavaliaram. Os quesitos de avaliação incluíram condições de funcionamento da unidade (equipamentos, materiais e medicamentos), atendimento pré-natal, acompanhamento de doentes crônicos, tempo de espera por consulta e adequada atenção à saúde do idoso, entre outros.

As equipes de Atenção Básica que forem mais bem avaliadas terão aporte adicional de recursos de até 100%. Em todo o país existem hoje 42.324 UBS. INCENTIVO - O ministro também anunciou repasse de R$ 11,6 milhões referente à segunda parcela para a reforma/ampliação de 147 UBSs em 91 municípios em 20 estados (AC, AM, BA, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SC, SP e TO). Até agora já foram liberados R$ 538 milhões para a melhoria nas estruturas de 5.247 UBSs em 1.788 municípios. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. TELESSAÚDE - Com o objetivo de ampliar a conexão tecnológica dos profissionais da Atenção Básica com os núcleos de Telessaúde, o ministro Padilha também apresentou melhorias na informatização do sistema. A nova Plataforma Tecnológica conexão 2G e 3G, com cobertura de 99,98% e 58,81%, respectivamente, poderá ser acessada em todo o país por diversos equipamentos como computadores de mesa, notebooks e dispositivos móveis (tablets e smartphones). Através do Telessaúde, os profissionais do SUS poderão atender demandas de Teleconsultorias e Telediagnósticos. O Telessaúde é uma ação nacional que busca melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no SUS, integrando ensino e serviço por meio de ferramentas de tecnologias da informação, que oferecem condições para promover a Teleassistência e a Teleducação. ATENÇÃO BÁSICA - A Atenção Básica é um conjunto de ações em saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Fonte: Portal do PNAN – Política Nacional de Alimentação e Nutrição


número 93 | agosto de 2012

Sedentarismo e variáveis clínico-metabólicas associadas à obesidade em adolescentes Priscila Trapp Abbes; Maria Silvia Ferrari Lavrador; Maria Arlete Meil Schimith Escrivão; José Augusto de Aguiar Carrazedo Taddei

A obesidade, definida como distúrbio do metabolismo energético, é doença crônica, complexa e de etiologia multifatorial. Sua prevalência durante a infância e a adolescência aumenta rapidamente tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento e já alcançou proporções epidêmicas. No Brasil, de acordo com dados da última pesquisa nacional (2002-2003), as prevalências de excesso de peso e de obesidade na adolescência foram de 16,7% e 2,3%, respectivamente. Analisando a tendência secular do estado nutricional dos adolescentes brasileiros, observa-se que nas últimas três décadas a obesidade aumentou 18 vezes no sexo masculino e 4 vezes no sexo feminino. Atualmente, a obesidade na adolescência é considerada uma importante questão de saúde pública, porém, apesar da magnitude desse problema e do conhecimento do papel deletério do sedentarismo, poucas pesquisas incluem o sedentarismo como variável estudada conjuntamente com outras variáveis metabólicas e clínicas. O objetivo deste trabalho foi estudar a associação da obesidade com variáveis metabólicas, variáveis clínicas e sedentarismo, em adolescentes pós-púberes de escolas públicas de São Paulo. Este estudo faz parte de pesquisa realizada em 4 escolas públicas de São Paulo com adolescentes de 14 a 19 anos de idade, pós-púberes, cujo objetivo foi estudar os fatores de risco para obesidade e suas comorbidades. Trata-se de estudo caso-controle, cuja coleta dos dados deu-se em dois momentos: em 2002, com seleção de casos - adolescentes com excesso de peso, Índice de Massa Corporal (IMC) > percentil 85- e seleção dos adolescentescontrole de peso normal, IMC entre os percentis 5 e 85); e em 2006, apenas com a seleção de adolescentes obesos, IMC > percentil 95. Este trabalho utilizou apenas dados referentes a adolescentes eutróficos (n=151) e obesos (n=128), excluindo-se os adolescentes que apresentavam IMC entre o percentil 85 e 95. Procurou-se, dessa forma, definir dois grupos contrastantes de adolescentes eutróficos e obesos. A avaliação antropométrica foi realizada por nutricionistas de acordo com protocolos recomendados. O estudo apresenta duas formas inovadoras de potencializar a geração de dados referentes a riscos clínicos e metabólicos dos adolescentes pós-púberes obesos frequentadores de escolas públicas do Município de São Paulo. Para tanto, foi necessário, a partir dos dados disponíveis, gerar um indicador de risco para sedentarismo, quantificando sua consistência, já que na ocasião do planejamento do estudo não estavam disponíveis questionários em língua portuguesa validados de sedentarismo para esse grupo etário. Observaram-se riscos duas a onze vezes maiores de alterações nas variáveis metabólicas

e clínicas entre os obesos quando comparados aos adolescentes eutróficos, resultados condizentes com outros estudos de riscos associados à obesidade em crianças e adolescentes na Alemanha, Estados Unidos, Coreia e França. Todavia, é preciso cautela ao comparar os resultados, uma vez que há diferenças na idade dos grupos e nos pontos de corte de variáveis para identificação de hipertensão, hiperinsulinemia e dislipidemia. Neste estudo, 14,06% dos adolescentes obesos apresentaram HDL reduzido contra 3,97% dos eutróficos. Considerando-se o mesmo ponto de corte, no estudo alemã foram observados níveis reduzidos de HDL em 18% das crianças e adolescentes estudados com excesso de peso, enquanto no estudo coreano3 tal desvio ocorreu em 14,4% dos adolescentes coreanos com sobrepeso, reforçando a concomitância do aumento do peso corporal com a redução dos níveis de HDL. Quanto a níveis alterados de triglicerídeos, nosso estudo encontrou 10,94% entre os obesos, valor inferior ao encontrado no estudo alemão (20,0%) e coreano (35,1%). Essa diferença pode ter sido em parte causada pelo fato de ambos os estudos terem considerado apenas a idade cronológica na seleção da amostra, enquanto os adolescentes aqui estudados estavam todos no estadiamento puberal IV ou V, segundo os critérios de Tanner. Outro estudo mostra que a idade e a puberdade levam ao aumento dos níveis de triglicerídeos em adolescentes obesos.

Artigo reduzido. Para lê-lo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1415-52732011000400002&lng=p t&nrm=iso

Os artigos publicados neste boletim são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião do Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª região.


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