REVISTA TAXICULTURA 14

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Leitura de Bordo

www.taxicultura.com.br

O Samba da Vela Uma escola de compositores que preserva o samba de roda

Zé Henrique de Paula O teatro como ferramenta de comunicação

Em clima de romance Opções de sabores para quem está apaixonado

São Luiz do Paraitinga O encontro da cultura com uma natureza exuberante

Edição 14


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TAXICULTURA|Novembro


EXPEDIENTE

Diretoria Adilson Souza de Araújo Davi Francisco da Silva Fábio Martucci Fornerón Isabella Basto Poernbacher (editora@portodasletras.com.br) Redação Editor Waldir Martins MTB 19.069 Edição de Arte Carolina Samora da Graça Mauro Bufano Projeto Editorial Editora Porto das Letras Reportagem Arnaldo Rocha, Estela Guerreiro, Marina Schmidt e Miro Gonçalves Colaboradores Adriana Scartaris , Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ivan Fornerón, Mery Hellen Jacon Pelosi e Vinnicius Balogh

Editorial

Fotografia Davi Francisco da Silva Revisão Naira Uehara

O Samba da Vela

O bairro de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, guarda uma comunidade muito especial que, de modo sutil e discreto realiza um dos mais representativos e importantes trabalhos na preservação da autêntica cultura brasileira e suas raízes: a Comunidade Samba da Vela. Caracterizada como uma escola de compositores, a comunidade nasceu da necessidade de criar um espaço para divulgar o trabalho de um grande número de artistas anônimos, cujas obras, muitas delas de excelente qualidade, são preteridas pela indústria cultural, em um verdadeiro trabalho de resistência e cidadania. Toda segunda-feira, religiosamente, por volta das 20h30, a comunidade de Santo Amaro se reúne ao redor da vela acesa e o samba é convocado. Hoje o grupo com mais de trinta compositores está preparando o lançamento de seu segundo CD, com alguns

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dos melhores sambas apresentados em suas audições. Uma balada diferente, sem álcool, drogas ou qualquer outro estimulante que não seja o próprio samba. Outra atração em cartaz na cidade e que abre espaço para um trabalho de inovação na inserção da cultura para diferentes públicos é a Companhia de Teatro Núcleo Experimental. Sob a direção de Zé Henrique de Paula, o grupo inaugurou recentemente um acolhedor espaço cultural no bairro da Barra Funda e tem desenvolvido um importante trabalho de formação de novos públicos. Para saber um pouco mais desse trabalho leia a entrevista de Zé Henrique presente nesta edição. Para quem deseja ir além da nossa amada metrópole paulistana, pode acompanhar das dicas e sugestões que nosso colunista Vinnícius Balogh traz sobre a cidade de Nova Iorque.

Diretor Fábio Martucci Fornerón Assessoria jurídica Paulo Henrique Ribeiro Floriano Comercial Suporte Administrativo Ana Maria S. Araújo Silva Bruna Donaire Bissi Jayne Andrade Assinaturas e mailling (assinatura@portodasletras.com.br) Impressão Wgráfica Tiragem 25.000 exemplares Distribuição Gratuita

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP). Telefone (11) 3392-1524, E-mail editora@portodasletras.com.br. Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Boa viagem e boa leitura! Os Editores

Dezembro|TAXICULTURA

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SUMÁRIO | TAXICULTURA

06 Onde fica?

08 Paulistano

O progresso em monumento

Zé Henrique de Paula

18 08Um Mundo20 12 Todo

Big Apple

Novidades de Nova Iorque Paulistanos Em clima de Tecnologia romance

28 30 32 30 34 Bandeira Livre Qualidade de Vida 22 28 30

Qualidade Bandeira Beleza de vida Amor e liberdade Livre São Luiz do Paraitinga Charme e Tecnologia Agenda Beleza

40 Mundo Cão 44 Queda de pelos

42 Horizonte Vertical 48 O Azul irremediável

ESPAÇO LEITOR

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: leitor@taxicultura.com.br Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

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TAXICULTURA|Junho

12 Tecnologia

14 Capa

O Samba da Vela

1422 16 16 36 38 36 São Paulo Tem 32 36

Agenda Cultural

São Paulo: um mundo todo

28 24 Beleza 18 38 Morar Bem 38

CapaDicas de maquiagem Agenda

Qualidade de Vida

Bandeira LIvre

São Paulo Morar Tem Salles Feira Bem Instituto Moreira Internacional de Milão Morar Bem Mundo&Cia Capa


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O Samba da Vela Uma escola de compositores que é referência na preservação do tradicional samba de roda

08 38 Zé Henrique de Paula O teatro como ferramenta de comunicação

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Nunc sollicitudin, nisl id curbibendum at placerat vitae, sus tempor, lorem dui conultricies et ipsum. Sed non Em clima de romance São Luiz do Paraitinga sequat tellus, et placerat mi viverra lectus. Suspendisse OpçõesSuspendde sabores para sit amet augue O encontro da cultura com sem sit amet quam. lacus, vitae quem está apaixonado uma natureza isse quam mauris venenatis ligula. exuberante

As Viradas Culturais

A rede SESC

Qualidade de vida

Todo mundo fala das Viradas Culturais como uma coisa sensacional, que leva cultura para quem não tem acesso e etc. Mas eu tenho dúvidas disso, pois vira apenas uma grande muvuca, onde não se consegue ver as atrações e fica a muvuca pela muvuca. Além disso, as informações são mal divulgadas – como é possível que no mapa da Virada Cultural de São Paulo não tenha indicação das estações de metrô? Melhor seria garantir todas essas atrações em diferentes datas e espaços no decorrer de todo o ano.

Sou praticamente vizinho do SESC Ipiranga e mesmo não sendo comerciário faço da unidade uma referência para minhas horas de lazer e cultura. Seria muito legal se o poder público pudesse ter como referência o trabalho realizado por essa instituição e aplicasse nos seus equipamentos.

Parabéns pelo texto apresentado pela Fernanda Monteforte em homenagem ao dia das mães. Sem ser piegas falou do compromisso da mulher com a condição feminina e a gestação de um mundo menos desigual e mais justo. E isso sem abrir mão do espaço da mãe em relação aos filhos. Achei inspirador.

Anibal Rossini

Sueli Magalhães

Fernanda Botelho

Junho|TAXICULTURA

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ONDE

FICA?

O progresso em monumento Por Miro Gonçalves

Davi Francisco

P

rojetado pelo escultor ítalo-brasileiro Galileo Emendabili, o conjunto escultórico da imagem foi todo produzido em granito e bronze. Construído em 1934, essas peças de grandes proporções já estiveram localizadas em outro endereço. Atualmente, elas integram um dos principais centros de produção do conhecimento da cidade, mas, originalmente, estavam instaladas na Avenida Tiradentes, em frente à Pinacoteca do Estado. A obra foi iniciada em 1928 e inaugurada seis anos depois, no dia do aniversário da cidade. O conjunto é uma homenagem póstuma a um importante filho da cidade. Toda a construção teria sido feita nas oficinas do Liceu de Artes e Ofícios, instituição que já foi dirigida pelo homenageado com as obras. Além disso, ele também dirigiu a Pinacoteca do Estado e participou da fundação da Escola Politécnica. Grandioso, o conjunto possui altura total de 23,7 metros. O principal monumento está instalado sobre uma base retangular de 15,5 metros de comprimento por 13 de largura e 5,6 de altura. Sustentam a principal obra, ainda, duas fileiras de colunas. O cavalo alado, figura da principal peça do conjunto, representa o progresso, motivo que levou o conjunto a ficar conhecido também como Monumento ao Progresso. Na peça que faz alusão ao progresso sobressai-se também a figura de um gênio, montado no cavalo alado, e tendo a deusa Niké, representando a vitória, em suas mãos. Na base do grande monumento, quatro estátuas femininas foram instaladas nas laterais, representando a Arquitetura, a Pintura, a Escultura e a Engenharia.

Você sabia?

Davi Francisco

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

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Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail:

leitor@taxicultura.com.br

O resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores. Rua Maria Antonia Na edição passada, a TAXICULTURA apresentou o grafite do Eduardo Kobra, localizado na rua Maria Antonia, bairro Consolação.

O homenageado com o conjunto de esculturas foi um importante arquiteto paulistano, nascido em 1851 e falecido em 1928, e responsável por diversas obras na capital

GANHADORES Marcelo Batista

Juliana Moreira

Márcio Souza

Natália Romero

Cristina Aveleiro

Alex Correia

João Carlos Nascimento

Cintia Maria Antunes

Sinval Cardoso

Maria José Sousa Silva

TAXICULTURA|Junho - Gostou da matéria? Você também a encontra em taxicultura.com.br


Dezembro|TAXICULTURA

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PAULISTANOS Davi Francisco

Por Waldir Martins

ZéHenrique

de Paula

O teatro como ferramenta de comunicação

B

acharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da USP, Zé Henrique de Paula desenvolve, à frente da companhia de teatro Núcleo Experimental, um dos mais arrojados e inovadores trabalhos de teatro de repertório da cidade, com ênfase na montagem de autores inéditos e textos referenciais.

Atualmente em cartaz na sede do próprio grupo, no bairro da Barra Funda (um espaço intimista, projetado pelo próprio Zé Henrique) com a peça “As Troianas – Vozes da Guerra”, uma livre adaptação do texto de Eurípides, com ação transposta para a Segunda Guerra Mundial, e que resgata a história das sobreviventes do conflito de Troia, o diretor falou para a TAXICULTURA do desafio de construir um novo espaço na rede de cultura da cidade, seu universo estético e um pouco de sua trajetória profissional.


Os espetáculos “Bichado” (à esquerda) e “As Troianas” fazem parte da trilogia “Vozes da Guerra”

TAXICULTURA Onde tudo começou?

Zé Henrique Sou natural de Sorocaba, cidade próxima a São Paulo, mas que durante a minha infância ainda mantinha um ar de cidade interiorana, um misto pacato de rotina familiar e hábitos cada vez mais raros: colher frutas direto da árvore, brincar na rua, conhecer todo mundo do bairro, fazer os próprios brinquedos; enfim, uma infância quase idílica perto do que vejo acontecer com os pequenos hoje em dia.

TAXICULTURA Você é paulistano?

Zé Henrique Sou paulistano por adoção, uma vez que vim para São Paulo com 17 anos para a faculdade e fiquei de vez. A cidade é dura e maltrata seus moradores com as aflições de qualquer grande metrópole (mal planejada), mas ainda me fascina e instiga.

TAXICULTURA Como você classifica ou descreve sua relação com a metrópole? O que você acha de São Paulo e dos paulistanos?

Zé Henrique O paulistano são muitos: nordestinos, japoneses, interioranos, estrangeiros, um grande caldo de misturas de raças, origens, etnias, culturas e hábitos. Acho que isso faz de São Paulo uma cidade única no Brasil. É a nossa Nova York, sem dúvida. Mas ainda somos Terceiro Mundo e há questões essencialmente graves: violência e trânsito são os que mais me assombram.

E tento me precaver em relação a ambos. Vim morar perto do trabalho e uso pouco o automóvel. Ando a pé sempre que possível. Tinha uma bicicleta, mas parei de usar porque o paulistano ainda não aprendeu a conviver com elas. A despeito de eu achar que São Paulo ainda vai literalmente parar, se nada for feito em relação a transporte público x privado, é aqui que a cena cultural pulsa com força, modernidade e cosmopolitismo. Por isso ainda fico.

TAXICULTURA Como a dramaturgia apareceu na sua vida?

Zé Henrique Como acontece com muitos durante a vida escolar, foi nesse ambiente que eu conheci o teatro. Estudei numa escola pública que incentivava sobremaneira a atividade teatral entre os alunos, especialmente no Ensino Médio. Isso me influenciou profundamente - e definiu as bases da carreira que eu gostaria de seguir no futuro. Fora da escola, atuei no teatro amador sorocabano por um curto período. Depois, já em São Paulo, comecei a conhecer profissionais de teatro e, como aprendiz, fiz meus primeiros trabalhos profissionais, na área de cenografia.

O maior desafio é entender o público. No Núcleo Experimental estamos tentando estabelecer uma relação mais direta e pessoal com a plateia

TAXICULTURA Quais foram as principais referências para o seu trabalho? Quais eram seus ídolos? Quem você curtia?

Zé Henrique: Eu fui um adolescente cinéfilo. Meus ídolos e referências vinham do cinema, especialmente Woody Allen, Wim Wenders, Derek Jarman, Bertolucci - grandes cineastas que produziram obras icônicas nos anos 80/90.

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Junho|TAXICULTURA

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PAULISTANOS

obra. Quando isso acontece, o espectador fica alijado, fora do âmbito da obra, torna-se quase dispensável. É exatamente isso o que não queremos, de maneira nenhuma.

TAXICULTURA Quando cursou arquitetura já tinha em mente o trabalho com a dramaturgia? Quando decidiu que a dramaturgia iria ser profissão? Como isso aconteceu?

Zé Henrique

Bichado - história de amor cercada de paranoia

TAXICULTURA Como você concebe o trabalho de ator/diretor? Quais particularidades são inerentes a essa prática?

Zé Henrique

Gosto de alternar trabalhos como ator e diretor porque são complementares

Gosto de alternar trabalhos como ator e diretor, porque são complementares. O ator tem a possibilidade do mergulho vertical na alma da personagem, um trabalho de pesquisa, investigação e criação que tem o ser humano como matéria-prima. Mas o ator jamais terá a visão da obra como um todo, isso cabe ao diretor. O trabalho deste é o de juntar harmonicamente as várias peças que compõem um espetáculo - som, luz, espaço, voz, corpo. É um artesanato muito específico, comparável a montar um quebra cabeças. O trabalho do diretor é mais horizontal, lida mais com as relações entre os elementos. Ator e diretor são complementares e me sinto mais maduro transitando entre as duas funções, sempre que possível.

TAXICULTURA Qual o maior desafio da sua profissão/atuação profissional?

Zé Henrique: Acredito que o maior desafio seja o de entender o público. De onde vem, o que procura, como se relaciona com o espetáculo. Por isso, no Núcleo Experimental estamos tentando estabelecer uma relação mais direta e pessoal com a plateia. Desde a recepção no teatro, passando pela comunicação visual da peça e usando ferramentas como site, newsletter e cadastro de espectadores, estamos em busca de estreitar a relação e ampliar a compreensão sobre o público. É comum, às vezes, o artista se ensimesmar em uma relação entrópica com sua

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A arquitetura me abriu muitos horizontes artísticos. Por lidar com questões de natureza estética (cor, forma, textura, dimensão) e também se ocupar da funcionalidade do projeto, ela me treinou artística e tecnicamente. Ela me fez apreciar a técnica tanto quanto o talento. Um alimenta o outro. Obviamente, eu já tinha interesse em teatro e, durante o curso, fui buscar me aproximar desse universo, o que se deu por meio da cenografia. Fui estagiário e assistente de cenografia em vários projetos de teatro e publicidade. Trabalhei com cenografia ligada a marketing e eventos. E, ainda hoje, continuo a desenhar e projetar cenários para as peças que dirijo, dentro e fora do Núcleo Experimental.

TAXICULTURA De que maneira a arquitetura participa do seu trabalho hoje na criação dos diferentes espetáculos/cenários?

Zé Henrique Durante anos, fui cenógrafo das minhas próprias peças. E continuo sendo, com raras exceções. Mas onde a arquitetura se fez mais presente, acima de tudo, foi no projeto de reforma do galpão onde hoje está sediado o Núcleo Experimental, na Barra Funda. Tivemos que transformar uma antiga gráfica num espaço teatral. O projeto envolveu hall, café, banheiros, sala de espetáculos, camarins, administração, além de todas as questões técnicas que envolvem elétrica, hidráulica, estrutura, conforto acústico e térmico. Aí, sim, o arquiteto teve que ter proeminência em relação ao ator, cenógrafo ou diretor.

TAXICULTURA Quais foram os projetos/espetáculos que mais marcaram sua carreira e abriram novas perspectivas? Quais foram essas perspectivas?

Zé Henrique O projeto que me fez compreender a força do teatro como ferramenta de comunicação foi “A Comédia dos Erros”, peça que dirigi em 1998 e que era apresentada numa carroça-palco, em ambientes abertos ou fechados. Com essa carroça, percorremos o Brasil de norte a sul, nos apresentamos em favelas, universidades, praças, festivais, para pobres, letrados, analfabetos, estudantes, paraibanos e catarinenses. Foi uma experiência árdua e de absoluta compreensão

TAXICULTURA|Junho - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro


comunidade e inclusão da casa no roteiro do teatro paulistano?

Zé Henrique

As Troianas - Transporta para a 2ª Grande Guerra o texto de Euripedes

do fazer teatral como algo transformador tanto para quem faz como para quem assiste.

TAXICULTURA Dá para descrever o seu processo de criação durante a construção de um espetáculo? Você tem alguma rotina?

Zé Henrique Sou apaixonado por atores e por descobrir com eles os encantos de um texto teatral. Para isso, tenho uma única regra: não chegar no primeiro dia de ensaios com nada preconcebido. Tudo será descoberto em conjunto, na sala de ensaios, com liberdade para criar e acima de tudo, liberdade para errar. É um processo basicamente coletivo e sem repressão de qualquer natureza. Para mim, o instinto criador não combina com um ambiente ou temperamento repressor.

TAXICULTURA Como nasceu Núcleo Experimental? Qual a proposta do Núcleo Experimental?

Zé Henrique Desde 2005, um grupo de pessoas tem se afinado em trabalhar junto segundo alguns parâmetros técnicos e artísticos. A cada ano e a cada novo espetáculo, outros se juntam e alguns se lançam em novos rumos e desafios. Mas um núcleo tem se mantido estável: eu, Fernanda Maia, Sergio Mastropasqua, Inês Aranha, Einat Falbel, Thiago Ledier. Pessoas que, ao longo dos anos, encontraram seus pares no teatro e um porto seguro ideológico. Nossa proposta é trabalhar textos e autores referenciais na história do teatro (já montamos Shakespeare, Nelson Rodrigues, Bernard Shaw, Eurípides) tanto quanto revelar a nova dramaturgia brasileira e estrangeira. Também há um lugar especial para a música e o canto em nossas peças, fruto da minha parceria de mais de vinte anos com a atriz e diretora musical Fernanda Maia.

TAXICULTURA Como o trabalho se mantém? Qual sua expectativa em relação com a interação com a

O trabalho se mantém como fruto de muito planejamento. Estamos em maio, porém já definindo os rumos da companhia para todo o ano de 2013, tanto do ponto de vista artístico como de produção, captação de recursos, patrocínio, editais públicos. Cada peça movimenta uma equipe de aproximadamente cinquenta pessoas, desde tradutores, atores, designers, assessoria de imprensa, técnicos. Nosso desafio agora, com uma sede, é dialogar com o entorno da Barra Funda e tornar o teatro em equipamento cultural útil à comunidade, vivo, confortável, acolhedor. Torná-lo vital a determinada população. Fidelizar o público. Angariar interesse pelo teatro, especialmente de quem nunca teve esse hábito. Em dois meses, já percebemos que isso de fato começou a acontecer, lentamente. Mas já começou.

TAXICULTURA De onde nasceu a ideia da Trilogia “Vozes da guerra”? Como foi o processo de concepção desses espetáculos?

Zé Henrique No Brasil, a ideia de guerra - especialmente uma guerra física, de trincheira - parece algo distante, no tempo e no espaço. Mas quando começamos a pesquisar o Holocausto e a conversar com as sobreviventes de campos de concentração que moram em São Paulo, o tema pareceu cada vez mais presente, atual. Não a guerra exatamente, mas a crueldade que habita nela, a discriminação, o preconceito, a maldade inerente ao ser humano, a insana busca pelo poder. Essencialmente motivados pela discussão desses temas, surgiram os outros textos da trilogia: “Casa/Cabul”, peça do norteamericano Tony Kushner que fala sobre uma mulher inglesa que resolve abandonar a família e fugir para o Afeganistão, e “Bichado”, do também americano Tracy Letts, sobre um ex-combatente da Guerra do Golfo que acredita ter sido vítima de experiências biológicas durante a permanência no Iraque. Cada peça tem uma identidade própria, mas elas se complementam e dialogam entre si, estabelecendo um triste panorama da geopolítica mundial como um reflexo de um impulso violento que habita cada um de nós.

Nosso desafio é tornar o teatro em equipamento cultural útil à comunidade, vivo, confortável, acolhedor

TAXICULTURA Você tem projetos em desenvolvimento? Planos não realizados, sonhos?

Zé Henrique Meu maior projeto é fazer o Teatro do Núcleo Experimental ter vida longa - com peças, shows, leituras, cursos. Proporcionar trabalho a artistas inquietos e proporcionar beleza aos cidadãos de uma cidade que, por vezes, nada tem de bela.

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TECNOLOGIA Por Fernando Lemos

Meaki

A

Divulgação

ssim como o PINTEREST é uma rede que ajuda a colecionar com PINs as fotos e vídeos que te interessam na web, o site www.MEAKI.com permite criar uma coleção dos seus sites favoritos para que você possa indicar ou referenciar aos seus contatos. Muito útil e fácil de usar. Basta se cadastrar para começar a montar a sua coleção de sites preferidos. Você instala um marcador na barra de favoritos do seu navegador, que será usado quando estiver navegando dentro de um site que te interessa, para incluí-lo na sua coleção. Assim, o MEAKI mostra os seus sites preferidos em tempo real na sua timeline. Com formato de imagens. Como se fosse um print-screen da tela com o site. E ainda é possível fazer buscas por termos ou mesmo explorar outras coleções que sejam públicas. Muito útil principalmente quando você estiver passeando pela web e encontrar um site realmente interessante.

PAL-V

Fernando Lemos é estrategista de Tecnologia e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todos palestras@tecnologiaparatodos.tc www.tecnologiaparatodos.tc www.facebook.com/tecnoparatodos

GE.TT

Divulgação

U

ma invenção que até pouco tempo era sinônimo de futuro, mas que agora está se tornando realidade é o PAL-V: primeiro carro voador que pretende ser comercializado de verdade. O primeiro modelo já está sendo testado e, ao que tudo indica, estará logo no mercado. Pequeno como um esportivo, chega a atingir 180 km por hora, rodando no asfalto e, quando o motorista desejar distâncias mais longas, se transforma em um girocóptero. Um veículo voador pequeno com a aparência de um helicóptero. No teto do PAL-V estão instaladas lâminas e uma hélice dobrável que abrem no modo “voo”, permitindo que o veículo alcance uma velocidade de 180 km/h e uma autonomia de até 500 quilômetros. Com o

sucesso dos testes, os investidores agora estão iniciando a produção em linha industrial e com isso o PAL-V chegará ao mercado provavelmente em 2014. É esperar para conferir.

T

Divulgação

odos os dias surgem novas possibilidades de armazenamento de dados no sistema de “nuvem”, que são muito úteis porque garantem cópia de segurança das suas informações e acesso rápido. Um opção que vale a pena conhecer você encontra no endereço www.GE.tt . Uma ferramenta online de armazenamento gratuito, que pode ajudar bastante principalmente em uma emergência. Por exemplo, se você estiver usando outro computador e criar algum conteúdo, mas estiver sem um pendrive por perto. Outra possibilidade é para arquivos importantes que precisam ser acessados periodicamente e de qualquer lugar. Basta clicar em “upload files” para guardar um arquivo qualquer e ele retorna um link com o endereço do arquivo para você acessar sempre que precisar, ou mesmo postar em redes sociais, blogs e enviar por eMail. Já inicia com 250 MB de espaço disponível, mas se você se cadastrar, esse espaço sobe para 2 GB. Também é possível fazer grupos de arquivos, fazendo uploads em série. E neste caso, você recebe um único link para todo o grupo.

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TAXICULTURA|Junho - É leitura de bordo dos taxis paulistanos



CAPA PorWaldir Martins

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TAXICULTURA|Junho- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o pr贸ximo passageiro


A Comunidade Samba da Vela nasceu da necessidade de criar um espaço para divulgar o samba mais tradicional

Comunidade Samba da Vela Há doze anos, esta escola de compositores é referência na preservação do samba de raiz

E

ra uma noite de quarta-feira de julho do ano 2000, quando um grupo de compositores da Zona Sul de São Paulo, mais precisamente no bairro de Santo Amaro, decidiu se reunir para tocar sambas clássicos e mostrar suas próprias composições: acabava de nascer a Comunidade Samba da Vela.

Para José Alfredo Gonçalves Miranda, o Paqüera, um dos fundadores e principais articuladores do grupo até hoje, a comunidade nasceu da necessidade de criar um espaço para divulgar o samba mais tradicional: “Na década de 90, o pagode romântico estava tomando conta, a música sertaneja, aquela coisa toda. E a gente, que tem uma tradição de samba mais antigo, estava ficando sem espaço”. Dentro desse caldo de cultura, Paqüera, mais José Marinton da Cruz, o Chapinha, e ainda Magno Souza e Maurílio de Oliveira combinaram o primeiro encontro do que viria a se tornar o Samba da Vela. “O Chapinha tinha um bar chamado Ziriguidum e marcamos lá em uma quarta-feira. No primeiro dia, apareceram cinco pessoas: eu, o Magno, o Chapinha, o Maurílio e o Alemão. Então, eu mostrei uns 10 sambas, outro mostrou mais 10 e, aí, decidimos fazer toda segunda-feira”, relembra Paqüera. Nem choro nem vela De maneira um tanto inesperada, o que era para ser um simples encontro entre amigos começou a atrair um grande número de pessoas que queriam ouvir e cantar bons sambas. Com a quantidade de samba que os organizadores começaram a receber a cada edição, os encontros passaram a se estender até a alta madrugada, o que, segundo Paqüera, se tornou um problema, pois muita gente tinha que trabalhar no dia seguinte. “A gente não tinha como mandar o pessoal embora e, aí, começamos a bolar um jeito de resolver isso. Pensamos em colocar uma ampulheta, um despertador, tivemos mil propostas. Aí surgiu a ideia de colocar uma vela. Pensamos que o pessoal ia pensar que era macumba: preto em volta de

uma vela tocando é macumba. Pensamos que poderia virar uma confusão, mas funcionou. As pessoas foram respeitando aquele negócio da vela. Tinha aquela frase: ‘Quando acabar o samba, não tem choro, nem vela’. E essa coisa pegou, virou tradição” relata o sambista. Cidadania e preservação cultural Após um período funcionando no Bar Ziriguidum, os organizadores entraram em contato com a subprefeitura de Santo Amaro e, tendo como argumento a importância e visibilidade do trabalho cultural realizado junto à população, passaram a realizar os encontros na Casa de Cultura do bairro. “O nosso trabalho é mais do que resistência cultural, é cidadania. Resistência é uma coisa que você luta em prol, a gente não tem que lutar em prol de uma coisa que já é nossa. É nossa e ponto. A gente não tá lutando, a gente tá preservando” ressalta Paqüera. Engenheiro de formação e nascido em Santo Amaro, Tiago Machado participa como compositor do Samba da Vela desde 2005 e reforça a importância da Comunidade para os artistas da região. “Para os compositores da região, o Samba da Vela é uma oportunidade única. Além disso, faz com que Santo Amaro se torne uma referência, porque fica no imaginário do pessoal como um local de samba de qualidade. Até nas próprias composições isso transparece, eu mesmo tenho algumas canções sobre o bairro, um tanto porque eu moro aqui e outro tanto porque tem o Samba da Vela”, comenta repleto de orgulho. Democratizar a cultura Tendo na democratização da cultura um valor fundamental, a Comunidade Samba da Vela, ao final de cada ano, publica um caderno com os melhores sambas apresentados durante esse período. Mas a coisa não é tão simples, e para garantir sua inclusão entre as músicas publicadas, os compositores precisam passar por processo de seleção elaborado em três etapas, cada uma delas definida por uma vela de cor diferente.

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CAPA “São três fases de vela. A primeira é rosa, para iniciante, quando ele apresenta a música pela primeira vez, e qualquer pessoa pode trazer seu samba, é só vir no dia da vela rosa. Depois vem a vela azul, quando ele pode mostrar até quatro músicas. Então tem a vela branca, quando ele vai escolher, dentre as músicas que apresentou, aquela que vai defender para entrar no caderninho da Vela. Aí ele passa pelo crivo da Vela, quando eu, o Paqüera, o Chapinha, o Magno, avaliamos a atitude dele, se as pessoas gostaram da música, a participação desse compositor. Se a música dele passar, ela entra para o caderno”, explica Marcílio Oliveira, outro dos fundadores do grupo. Uma verdadeira escola de samba e música

Quando acaba o samba, não tem choro nem vela!

Definido pelos seus próprios participantes como uma escola de compositores, a Comunidade Samba da Vela conta hoje com a participação direta de cerca de trinta compositores e já conquistou reconhecimento das principais personalidades do samba de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Muita gente famosa já participou do Samba da Vela, artistas como Beth Carvalho, Hermínio Belo de Carvalho, Xangô da Mangueira, Nelson Sargento, Mestre Monarco e Tia Surica da Portela, JB Samba e tantos outros”, relembra Magno Souza. Contudo, para as irmãs Aparecida Camargo e Ana Elisa Camargo, que participam do projeto desde o ano de 2005 como compositoras, e já tiveram vários de seus sambas incluídos em diversos cadernos da vela, foi junto aos participantes cotidianos, oriundos do próprio bairro, que o Samba da Vela fez crescer a sua credibilidade enquanto um projeto de cultura diferenciado. “O fato de ser um encontro de sambistas e compositores anônimos é um ponto marcante do Samba da Vela. Aqui, um respeita o outro como igual, sem superioridade, por mais que você tenha suas caminhadas por fora e faça alguns trabalhos, mas que não estão na mídia, na grande mídia; é o respeito que tem pelo compositor anônimo. É isso que acontece aqui”, valoriza Ana Elisa. “É um lugar onde eu aprendi e continuo aprendendo muito. Tem muita amizade também, a

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Engenheiro por formação, Tiago Machado participa da Comunidade desde 2005 gente construiu amizade, construiu família, construiu tudo aqui. Nós criamos vínculos aqui”, continua Aparecida Camargo. Esse respeito conquistado pelo trabalho junto à população do bairro é tão forte, que docentes das escolas públicas da região, como o professor de história Fábio Smigelsvas, terminam por levar grupos de alunos para que possam entrar em contato com essa importante faceta da cultura popular. “Eu vim com esse grupo de alunos porque é um trabalho superinteressante. E veja, não é interessante apenas para os alunos, mas também para toda a comunidade; uma atividade sensacional, que acrescenta bastante para a cultura popular e fortalece isso na região”, analisa Smigelsvas. Lapidar e divulgar novos talentos O compositor Marquinho Dikuãn também está entre os que participam do projeto desde sua etapa inicial e que, aos poucos, vem consolidando carreiras de sucesso no mundo do samba. “Cheguei ao Samba da Vela bem no começo, ainda no ano 2000, quando ainda era no Ziriguidum, na Rua Antônio Bento. Atualmente toco no Bar Brahma, estou lançando o meu segundo disco, e a carreira vai decolando com a

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CAPA realização de shows em diversas cidades do interior, além da participação na Virada Cultural de São Paulo e também na Virada Cultural Paulista deste ano”, comemora Dikuãn. Nessa trajetória, o músico destaca a sua participação na Comunidade do Samba como um elemento fundamental no desenvolvimento do seu universo estético e musical. “O meu trabalho como sambista tem muito a ver com o Samba da Vela; boa parte das músicas desse novo disco, lançado agora, no mês de maio, eu compus e mostrei no Samba da Vela; todas as músicas tiveram a sua primeira audição aqui e foram ouvidas pela comunidade”, valoriza o compositor. Outro grupo que participa há muito tempo do Samba da Vela e está lançando um novo trabalho no mercado é o Quinteto em Branco e Preto. Produzido pelos músicos Maurílio Oliveira e Magno Souza, o trabalho une as influências do moderno, à tradicional raiz do samba e conta com a participação de diversos convidados importantes como Dona Ivone Lara, Sapopemba, Edi Rock (Racionais Mc´s), Dinho Nascimento, Velhas‐Guardas, e Banda Mantiqueira.

Magno Souza (ao centro), além de ser um dos articuladores do Samba da Vela também participa do Quinteto em Branco e Preto

Produção prata da casa

to do trabalho de compositores e compositoras que, semanalmente, participam dos encontros realizados na Casa de Cultura de Santo Amaro. “Esse será o segundo CD do Samba da Vela. O arranjo é nosso, faço junto com alguns meninos aqui da comunidade e nesse disco inserimos alguns grandes sambas apresentados aqui, aqueles que têm uma construção mais elaborada e que fizeram mais sucesso”, explica.

Segundo Marcílio de Oliveira, outro CD que está em processo de produção é o da própria Comunidade do Samba da Vela e representa um importante reconhecimen-

Apesar de não contar com uma estrutura de divulgação e marketing, a expectativa dos produtores é que o lançamento alcance uma excelente repercussão no mundo do samba.

Diversas gerações de músicos participam do tradicional samba de roda

“A gente não trabalha a divulgação, ela acontece. Isso prova a credibilidade do nosso trabalho. Nesses doze anos, mais de 200 mil pessoas já passaram na Vela. Muita gente, no mundo inteiro, conhece o nosso trabalho. Então é uma prova de que a mídia não precisa empurrar”, argumenta Paqüera. “Nossos sambas já foram interpretados pela Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Quinteto Preto e Branco e alguns dos nossos compositores, como o Chapinha, estão gravando discos. Mas a gente não se preocupa com isso. A gente abre a porta para o compositor, se ele vestir a armadura, a gente só vai fazer o sinal da cruz e deixar ele seguir para o campo, a batalha é dele. E se ele precisar recarregar a energia, a gente está aqui para recebê-lo”, finaliza o compositor.

Serviço

Casa de Cultura Santo Amaro Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434 – Santo Amaro (altura do n.º 820 da Av. João Dias) Dia: todas as segundas-feiras Horário: das 20h30 às 24h Tel: (11) 5522-8897

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BIG APPLE Por Vinnicius Balogh

Brunch

Apaixonado por viagens e gastronomia, Vinnicius Balogh traz aos leitores da TAXICULTURA dicas e sugestões para curtir na metrópole mais badalada do mundo

Muito se critica sobre a culinária americana e ironiza-se que sua maior contribuição para o mundo foi o hambúrguer (que, diga-se de passagem, são deliciosos). Mas pouco se fala sobre o brunch, a combinação do café da manhã (breakfast) com o almoço (lunch) servido num horário intermediário. O brunch em NY é muito comum e diariamente seus restaurantes apresentam um cardápio diferenciado entre as 10h e 14h. O carro-chefe desta refeição são os ovos preparados em diversos estilos, mas o menu também inclui pães, frutas, panquecas, bacon, batata, saladas, salmão defumado entre outros. Alguns lugares tradicionais de brunch em NY devem ser parada obrigatória para quem visita a cidade: o Pastis no Meat Packing District, o Community Food & Juice, no Harlem e o Isabellas no Upper West Side. Outro que não pode ficar fora da lista é o Morandi no West Village (eleito como o melhor brunch de NY em 2011).

Peças da Broadway Um dos programas para quem vem a NY é assistir a uma peça na Broadway. É nesta imensa avenida que corta Manhattan que se encontram os teatros mais prestigiados dos Estados Unidos. Aqui são apresentadas estórias conhecidas do grande público como Mamma Mia, Fantasma da Ópera, Priscilla: A Rainha do Deserto, além da produção mais cara de todos os tempos: o Spider Man. São 39 teatros espalhados pelo Theatre District onde os ingressos variam de 60 a 180 dólares. As peças mais famosas exigem a compra antecipada dos ingressos, mas para quem não faz questão dessas, pode-se tentar a sorte de comprar ingressos remanescentes para o mesmo dia da apresentação nos boxes de venda da Ticket, com descontos de 20 a 50%. Muitas vezes vale o risco!

Highline Vinnicius Balogh é administrador de empresas e atualmente mora em Nova York, onde está realizando um Executive MBA na Columbia University Twitter: @vibalogh

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É unânime a opinião de qualquer paulistano que visita o Highline Park: “deveríamos implementar essa ideia em São Paulo onde hoje é o Minhocão!”. O Highline é um parque suspenso de 2,3km, construído sobre uma antiga linha de trem que abastecia a Big Apple no início do século passado e deixou de ser utilizada em 1980. Durante 19 anos o Highline viveu o impasse de ser destruído, quando, em 1999, decidiram tornar o espaço público construindo um lindo parque sobre os seus trilhos. Aberta aos visitantes em 2005, proporciona um belo passeio a seus visitantes com uma maravilhosa vista para o skyline de Hoboken, NJ. A valorização da região foi praticamente imediata e hoje a Highline é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade e todo seu entorno que era um antigo bairro decadente tornou-se um dos lugares mais caros de se viver em toda ilha.

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Abril|TAXICULTURA

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SÃO PAULO

UM MUNDO TODO Por Estela Guerreiro Divulgação

Panqueca de Nutella servida no Che Bárbaro

Em clima de romance Aproveite o Dia dos Namorados para realizar um encontro bem especial. A cidade oferece opções para todos os tipos de casais

P

Divulgação

ara quem está apaixonado, todo dia é especial. Mas quando chega o Dia dos Namorados este especial ganha um incremento a mais. Presentinhos, declarações e momentos a dois transformam a data em uma das mais importantes para o comércio no Brasil, mas, sem perder o clima. O que realmente importa no dia é estar ao lado da pessoa amada, portanto almoços e jantares não podem ficar de fora da programação. Nesta edição, trazemos duas sugestões, uma para casais mais românticos, que querem investir em momentos a dois, e outra para casais mais descolados, que podem, inclusive, reunir uma galera para comemorar a data. Um momento intimista

Rabanada de banana com doce de leite e brioche do Santa Gula

O restaurante Santa Gula, na Vila Madalena, oferece um espaço mais adequado aos casais que programam um Dia dos Namorados mais reservado, mais romântico e sofisticado. “A decoração rústica e Pratos com frutos do mar exigem cuidados especiais

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TAXICULTURA|Junho - é leitura de bordo dos taxis paulistanos


SÃO PAULO

UM MUNDO TODO Divulgação

charmosa confere à clientela um clima de namoro e, assim, é facilmente perceptível a grande presença de casais mais discretos e elegantes, com faixa etária entre 30 e 40 anos”, destaca a chef Daniele Chamecki. Com clima propício para a data, o Santa Gula é uma boa opção tanto no almoço quanto no jantar. “O ambiente conta com iluminação natural durante o dia e luz de velas à noite, o que confere um ar intimista e acolhedor no almoço e romântico e aconchegante no jantar. Ao anoitecer, velas são espalhadas em todas as mesas e cantinhos da casa, principalmente no corredor de 40 metros, repleto de bananeiras, que dá acesso ao restaurante”, acrescenta a chef.

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Para fechar, não pode faltar a sobremesa. “O restaurante apresenta para a data suas sobremesas: a Rabanada de brioche sobre bananas inundadas no doce de leite, polvilhadas de canela ao creme inglês, e a Panacota com calda de frutas vermelhas”, finaliza a chef.

Panacota com calda é outra opção do Santa Gula

Ojo del Bife é um dos destaques do Che Bárbaro Divulgação

Daniele sugere o Magret de pato aos três vinhos como prato principal. “Guarnecido por risoto de abacaxi e presunto tipo Parma, que agrada principalmente o paladar feminino. Já o Medalhão ao Porto com trouxinhas coloridas de creme morno de queijos é uma boa opção para os homens”.

Magret de pato aos três vinhos é servido em duas versões no Santa Gula Um hermano muito descolado É assim que o proprietário define o Che Bárbaro, outra opção na agitada Vila Madalena: “O restaurante é clean e dividido em cinco ambientes. Um deles conta com uma ampla varanda amadeirada, com vista para a rua, muito disputada em noites quentes. Em sua extensão, paredes alaranjadas recebem arandelas e quadros de ícones argentinos, como Maradona e Gardel”, comenta Martin Seoane. “Há, ainda, uma área externa que homenageia pontos históricos da cidade de Buenos Aires, como o bairro La Boca e a rua Caminito”, reforça. Com clientela formada por grupos de amigos, familiares e casais, a maioria jovens e descolados, o Che Bárbaro investe em pratos especiais para o Dia dos Namorados. “Por ser uma parrilla argentina, os cortes de carne são a grande atração”, conta o

proprietário. “Para a data vamos investir no Biscuit, que vem em três medalhões de filé, e no Ojo del Bife (miolo do contra-filé)”, destaca. “Estes podem ser guarnecidos com a papa quimérica, uma massa de batata gratinada no forno recheada com requeijão”. Para beber, “o Clericot é uma boa dica para a ocasião, uma sangria refrescante de vinho branco, frutas da estação e gelo. É preparado na mesa, em jarras, e pode ser preparado com vinho rosé, espumante ou champanhe”, acrescenta Seoane. A sobremesa é outra atração à parte, que, de acordo com o proprietário, faz muito sucesso entre os casais e, principalmente, entre as mulheres. “Preparamos, para ocasiões mais românticas, a panqueca argentina recheada com Nutella e acompanhada por uma bola de sorvete de creme”.

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AGENDA Junho EVENTOS

EVENTOS

Parque Ibirapuera 10 de junho, a partir das 17h Av. Pedro Alvares Cabral, s/n – Portão 2

Famoso pelos personagens criados para o programa Pânico na TV, Eduardo Sterblitch, (César Polvilho, Freddie Mercury Prateado, Ursinho Gente Fina e o Melhor Melhor do Mundo) estreia neste mês o monólogo “A Velha”, de sua autoria. A montagem gira em torno dos humores e histórias de uma Velha de 180 anos que sofre de narcolepsia (patologia que causa episódios irresistíveis de sono). Apesar de se tratar de uma comédia, a história é constantemente atravessada por espaços de sonhos, loucuras e buracos negros. Assim, a personagem oscila entre a graça e a alucinação, atingindo uma espécie de monstruosidade arquetípica. Junto à Velha, um porco perambula pelo espaço e está em cena como um inusitado elemento interativo e imprevisível. Teatro Abril Dias: 4, 11, 18 e 25 de junho de 2012, às 21h Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista Vendas pela internet: www.ticketsforfun.com.br

Celebrando 30 anos, os Titãs voltam aos tempos do álbum Cabeça Dinossauro na única apresentação comemorativa que realizam no dia 16, no Credicard Hall. Os fãs da banda poderão conferir no palco todas as músicas do disco, lançado em 1986, com os arranjos originais e na sequência em que foram editadas no disco. A apresentação também inclui outras músicas lançadas antes e depois do álbum. O Cabeça Dinossauro foi o terceiro trabalho dos Titãs e um marco na história da banda e do rock nacional. Cabeça Dinossauro, AA UU, Polícia, Bichos Escrotos, Família e Homem Primata são alguns dos hits que fizeram do disco um fenômeno de vendas. Credicard Hall 16 de junho, às 22h Av. das Nações Unidas, 17955 - Santo Amaro Bilheteria: diariamente, das 12h às 20h Vendas pela internet: www.ticketsforfun.com.br Informações: 11 4003-5588

Ney Matogrosso

Para quem ainda não teve oportunidade de conferir o show de lançamento do álbum Beijo Bandido, trabalho mais recente de Ney Matogrosso, o cantor encerra a excursão, que já passou por diversas cidades brasileiras, neste mês, no Credicard Hall. O show tem músicas como ‘Medo de Amar’ (Vinicius de Moraes), ‘ Bicho de Sete Cabeças’ (Geraldo Azevedo/Zé Ramalho/Renato Rocha), ‘Invento’, (Vitor Ramil), ‘Tango para Teresa’ (Evaldo Gouveia/Jair Amorim), ‘De Cigarro em Cigarro’ (Luiz Bonfá); ‘Segredo’ (Herivelto Martins/Marino Pinto); ‘A Bela e a Fera’ (Chico Buarque e Edu Lobo) e muitas outras.

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Via Funchal De 8 a 10 de junho Rua Funchal, 65 – Vila Olímpia Informações: 11 3846-2300 Bilheteria no local: todos os dias, de 12h às 22h Vendas pela internet: www.viafunchal.com.br

A Velha

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Titãs

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Entre 8 e 10 de junho, São Paulo recebe mais uma edição do BMW Jazz Festival, realizado pela primeira vez no ano passado com expressivo sucesso. A essência do evento é promover um repertório coeso de diferentes linhas do jazz e suas vertentes. Neste ano, o festival conta com nove atrações: Corea, Clarke & White; Maceo Par-ker e convidados Fred Wesley & Pee Wee Ellis; Charles Lloyd; The Clayton Brothers; Trombone Shorty & Orleans Avenue; Ambrose Akinmusire; Nintey Miles; Darcy James Argue’s Secret Society; e Toninho Ferragutti e Bebê Kramer. O festival ocorre na Via Funchal, mas há apresentações gratuitas programadas. Maceo Parker (e seus convidados Fred Wesley & Pee Wee Ellis) e The Clayton Brothers Quintet se apresentam no palco externo do Auditório do Ibirapuera, no dia 10 de junho, às 17h.

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BMW Jazz Festival

Credicard Hall 9 de junho, às 22h, e 10 de junho, às 20h Av. das Nações Unidas, 17955 - Santo Amaro Bilheteria: diariamente, das 12h às 20h Vendas pela internet: www.ticketsforfun.com.br Informações: 11 4003-5588

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Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro - Março|TAXICULTURA

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EVENTOS

Nova no Teatro apresenta Jorge Vercillo Jorge Vercillo é o segundo artista a se apresentar pelo projeto Nova no Teatro, uma parceria entre a empresa Time For Fun e rádio Nova Brasil FM. O cantor sobe ao palco do Teatro Abril em única apresentação, no dia 19 de junho, para divulgar as canções de seu álbum mais recente, ‘Como Diria Blavatsky’. O disco homenageia a teósofa e escritora russa, Helena Blavatsky, e tem na música “Sensível Demais” um dos grandes destaques. A canção, que já toca amplamente nas rádios, é de autoria do próprio Vercillo e foi gravada pela primeira vez em 1998 pela dupla Chrystian & Ralf e, recentemente, por Maria Bethânia.

O Centro Cultural Banco do Brasil exibe, de 13 de junho a 15 de julho, a maior retrospectiva já realizada no Brasil do consagrado diretor sueco Ingmar Bergman. Durante a mostra, o público poderá desfrutar de uma programação ímpar, que inclui mais de 50 longas, curtas, documentários inéditos e filmes para a televisão. A retrospectiva conta ainda com a presença do documentarista sueco Stig Björkman, no dia 16 de junho, às 17h, para conversa com o público; e curso ministrado pelo crítico Sérgio Rizzo, que aborda as fases da carreira do diretor nos dias 20 e 21 de junho, às 10h.

Teatro Abril 19 de junho de 2012, às 21h30 Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista Vendas pela internet: www.ticketsforfun.com.br

Centro Cultural Banco do Brasil De 13 de junho a 15 de julho de 2012 Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Informações: 11 3113-3651 / 3113-3649 Programação: http://www.bb.com.br/cultura

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Ingmar Bergman ganha mostra no CCBB

Cadê Meu Nariz? Nos dias 3 e 10 de junho, o Sesc Santana apresenta o espetáculo infantil ‘Cadê Meu Nariz?’, da Cia O que De que. O espetáculo é o primeiro trabalho do grupo, formado por cinco atores que já atuaram juntos em outros projetos. A peça participou do Festival de Teatro Infantil da Secretaria de Estado da Cultura de SP, na cidade de Salto, em 2009. Após vários atrasos, um palhaço é demitido do circo e se vê obrigado a dormir em um banco de praça. Na manhã seguinte, ele percebe que algo está faltando: o seu nariz vermelho. Uma menina aparece e diz ter visto quem roubou: um cachorro. Os dois decidem sair na busca pelo cão. E em seu caminho aparecerão personagens como um equilibrista, um policial e um adestrador de pulgas e, com eles, a dupla reviverá quadros clássicos de circo.

Villa-Lobos das Crianças

Até 9 de junho, o Sesc Consolação explora o universo infantil na produção de um dos maiores compositores eruditos do Brasil, Heitor Villa-Lobos. O musical traz canções infantis populares baseadas no folclore brasileiro (Ó ciranda, ó cirandinha, Terezinha de Jesus, O cravo brigou com a rosa, Sambalelê, Sapo Cururu, Nesta rua tem um bosque, Pirulito, Os escravos de Jó e A canoa virou), que povoam e enriquecem o universo infantil.

Sesc Santana 3 e 10 de junho, às 14h Av. Luiz Dumont Villares, 579 Informações: 11 2971-8700

Sesc Consolação De 2 a 9 de julho, sábados, às 11h Dr. Vila Nova, 245 – Vila Buarque Informações: 11 3234-3000

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Novembro|TAXICULTURA

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Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de form

Caminhada em Cunha/SP

Realizada entre os dias 19 e 20 de maio

Uma aventura por entre as serras de Cunha Dentro de um clima delicioso, com sol e temperatura amena, o passeio superou as expectativas dos participantes e percorreu duas diferentes trilhas: a primeira, no Rio Paraibuna, com suas belíssimas quedas d’água, entre elas a Cachoeira do Paredão, com 1,7 km de encantamento, que pôde ser percorrida sem grandes dificuldades. Na outra trilha, batizada de Rio Bonito, pudemos desfrutar do contato com águas cristalinas, cachoeiras e poços para banho. Apontado como um caminho de dificuldade média, exigiu certo esforço dos participantes, que foram totalmente recompensados pelas maravilhas que puderam ter acesso. Destaque especial para o atencioso e competente trabalho realizado pelos guias do Parque e para a hospitalidade da pousada Vila Rica, que ajudaram a valorizar em muito a nossa aventura. Até a próxima.

Informações e inscrições


ma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribos

Próxima Parada São Luiz do Paraitinga/SP 23 e 24 de junho Para quem já curtiu as delícias das trilhas no Rio Paraibuna e no Rio Bonito, na cidade de Cunha, não pode perder a segunda etapa da viagem realizada pelo Clube da Caminhada que continua na cidade de São Luiz do Paraitinga. Cortada pelos rios Paraitinga e Paraibuna, em meio à Serra do Mar, a cidade conta com uma natureza exuberante e oferece uma variedade de trilhas para caminhadas, bem como locais para a prática de esportes de aventura. A isso se soma um vasto patrimônio histórico, como um verdadeiro museu a céu aberto, com seu casario colonial e igrejas históricas.

Novembro|TAXICULTURA

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BELEZA Modelo: Bruna Loureiro | Fotógrafo: Gerardo Lazzari

Por Marina Schmidt

Looks Urban para o dia e Trendy para a noite por Fernando Torquatto

Caras e bocas do outono Make da estação mantém os olhos em evidência

Os olhos ganham fortes contornos na temporada outono/inverno deste ano

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N

ão é de hoje que olhos bem maquiados conquistam as passarelas e as ruas. Cores, desenhos e detalhes cada vez mais sofisticados têm deixado o olhar em evidência, tendência que permanece forte nesta estação e que deve continuar em alta nas próximas. Vermelho grenadine, azul safira, verde, roxo, marrom, dourado e prateado dão o tom dos olhos, que ganham fortes contornos na temporada outono/inverno deste ano. Para equilibrar o visual, os lábios recebem tons mais suaves e cor de boca. No rosto, além dos tradicionais blushes,

como pêssego e marrom, o violeta surpreende e traz sofisticação ao look. Para traduzir essas e outras tendências, Fernando Torquatto, make up artist de O Boticário para a linha de maquiagem Make B., criou dois looks que podem ser reproduzidos com produtos da nova coleção. “Sugiro duas opções de maquiagem, uma para dia e outra para noite. Minha inspiração foram as mulheres modernas, que gostam e não têm medo de inovar e buscam nas tendências da moda ferramentas para reforçar seu próprio estilo”, conta Torquatto. Confira o passo a passo para os looks Urban (dia) e Trendy (noite).

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BELEZA Passo 2:

Passo 1:

• Na parte inferior dos olhos, aplique o Lápis para Esfumar Olhos marrom, do canto interno para o externo, rente à linha d’água, para criar um efeito esfumado.

• Aplique a sombra bronze do Quarteto de Sombas London Bronze em toda a extensão da pálpebra móvel, desde o canto interno até o externo. • Com outro pincel, a sugestão é a sombra de tom laranja, também do Quarteto de Sombas London Bronze. Faça a marcação da linha do côncavo, dando mais intensidade ao canto externo. • Com pincel para esfumar, aplique a sombra telha, do mesmo quarteto, remarcando a linha do côncavo em direção ao canto externo para fazer um efeito amendoado.

Modelo: Bruna Loureiro | Fotógrafo: Gerardo Lazzari

Look Urban

• Delicadamente, alongue o olhar com um pouco da sombra grafite, do mesmo quarteto, na linha do lápis, esfumando-o. • Com o mesmo pincel e a sombra grafite, aplique no canto externo dos olhos, alongando-o, no mesmo ângulo gatinho em que foi colocada a sombra telha. Passo 3: • Aplique o Curvex nos cílios e segure por três segundos em cada lado. Passo 4: • Para um olhar mais poderoso, aplique duas ou três camadas da Máscara Tokyo Ultra Black nos cílios superiores e, com o produto que sobrar no pincel, nos inferiores. Passo 5:

Stick Paris Rose para ter um tom diferenciado e aplicá-lo suavemente nas maçãs e depois em direção às têmporas. Passo 6: • Para finalizar a maquiagem, aplique o Batom Hidralip NY Style Caramel nos lábios e depois o Brilho Verniz NY Style Caramel.

• Aplicar um pouco do Blush Baked Milan Bronze no dedo e passá-lo em cima do Blush

Passo 7:

Passo 3:

• Para finalizar, passe o Creme Iluminador Facial Paris Glow nas maçãs do rosto e em direção às têmporas e o Duo Brilho Labial Ultratinted SP Modern Red nos lábios.

• Aplique o Lápis para Esfumar Olhos preto por dentro dos olhos, do início dos olhos até o canto externo, e também na linha d’água.

Passo 6: • Nas unhas, Esmalte London Night Blue. Modelo: Bruna Loureiro | Fotógrafo: Gerardo Lazzari

• Com um pincel mais fino, aplique a sombra grafite do Duo de Sombras London Purple e esfume a parte inferior dos olhos.

Nas unhas, Esmalte Milan Style Nude.

Passo 4: Look Trendy Passo 1: • Aplique a sombra lilás do Duo de Sombras London Purple na pálpebra móvel, da raiz dos cílios até a linha do côncavo.

• Com um pincel médio, aplique a sombra lilás do Duo de Sombras London Purple no início do côncavo, do lado interno para o externo. • Com o Delineador Tokyo Blue, faça um traço fino do canto interno para o externo, no estilo “gatinho”.

• Ilumine a parte superior dos olhos, abaixo das sobrancelhas, com a sombra iluminadora do Quarteto de Sombras London Yellow.

• Aplique o Delineador Tokyo Silver no canto interno dos olhos, criando um ponto de luz.

Passo 2:

• Aplicar novamente o Delineador Tokyo Blue por cima da raiz dos cílios para fazer o acabamento.

• Com o Lápis para Esfumar Olhos preto, faça um traço na raiz dos cílios superiores e, na sequência, utilize a esponja do próprio lápis para esfumar. • Com a sombra grafite do Duo de Sombras London Purple, marque a área externa dos olhos, em direção à têmpora, para criar um ângulo alongado.

• Coloque os Cílios Postiços.

• Na sequencia, aplique de uma a duas camadas da Máscara para Cílios Tokyo Ultra Black . Passo 5: • Aplique o Blush Baked Milan Lilac no centro das maçãs e em direção às têmporas.

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BANDEIRA

LIVRE PorWaldir Martins

Recanto das águas claras Cercada por montanhas e repleta de rios, São Luiz do Paraitinga oferece uma grande variedade de atrações capazes de proporcionar momentos inesquecíveis

O

nome chama atenção. É uma mistura de cren-

Apenas em 1981 o carnaval foi retomado. Desde en-

ça católica com influências da cultura indígena,

tão, ele tem sido a grande expressão cultural da cidade e

junção que comprova a característica cultural de

uma das principais maneiras de exaltar personagens do

São Luiz do Paraitinga, um lugar que congrega arte e que

folclore local, prática muito forte em São Luiz do Parai-

tem muita história para contar.

tinga. E é na expressão cultural que a festa realizada na

A história da cidade começa em maio de 1769, com a

cidade se diferencia das outras. Além da substituição dos

autorização para que fosse fundado um povoado entre

pierrôs e colombinas pelo Juca Teles e outros represen-

Taubaté e Ubatuba, junto ao Rio Paraitinga. Inicialmen-

tantes das lendas regionais, a festividade é embalada,

te, o local recebeu o nome de São Luiz e Santo Antonio

exclusivamente, por marchinhas, executadas pelos gru-

do Paraitinga, passando, quase cem anos depois, a se

pos folclóricos, bandas e fanfarras.

chamar apenas São Luiz do Paraitinga, homenageando o

Personalizado para representar a cultural local, o car-

padroeiro da cidade (São Luiz, Bispo de Tolosa) e o prin-

naval também é feito com vestimentas específicas, com

cipal rio da região, o rio Paraitinga. A palavra, de origem tupi-guarani, significa águas claras. Em fevereiro, tem carnaval! Um ambiente tão natural e repleto de possibilidades já é uma atração imperdível. Mas, com um pouco de fantasia tudo

lhos, sempre com muita cor. Para ter uma ideia da importância do quanto a festa mobiliza a cidade, o número de habitantes (pouco mais de 10 mil) chega a ficar mais de 10 vezes maior no período.

ganha ainda mais vida. Assim é São Luiz do Paraitinga, uma

Nos outros meses do ano, São Luiz do Paraitinga com-

cidade que inspira: música, folclore e festas são as grandes ve-

pensa o período pagão, com festas religiosas tradicio-

detes da estância turística.

nais e que também atraem um público grande. Entre as

O principal e mais tradicional evento da cidade é o carnaval. E o ano já começa em clima de festa, com o Festival das Marchinhas, entre janeiro e fevereiro, e que atrai cer-

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fantasias e alegorias feitas de chita, remendos e reta-

principais estão a Festa do Divino, realizada entre maio e junho, com a presença média de 60 mil visitantes; a Semana Santa, em abril, que atrai cerca de 10 mil pessoas;

ca de 30 mil turistas para a cidade. Em seguida, vem o car-

e o Corpus Christi, em junho, com seus cinco mil turistas.

naval e mais aproximadamente 150 mil novos visitantes.

Setembro é mês da Semana da Canção, outro impor-

Esse é, de longe, o maior evento de São Luiz do Paraitinga,

tante evento municipal. Criada em 2007, atualmente ela

mas nem sempre foi assim.

atrai 40 mil pessoas à cidade durante o período, além de

Por quase todo século 20, a cidade, hoje famosa pelo seu

um grande número de artistas. Apresentações musicais

Carnaval de Marchinhas, não realizou a principal festa brasilei-

e debates sobre a Música Popular Brasileira dão a tônica

ra, proibida em 1916, por ser considerada uma festa profana.

dos encontros, que têm o objetivo de divulgar e estimu-

Foi aí que surgiu o mito de que o carnaval fazia nascer “rabo e

lar a produção da música nacional e contribuir com a for-

chifre”. Nem bailes em salões eram permitidos.

mação de novos músicos.

TAXICULTURA|Junho- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro


São Luiz do Paraitinga tem uma exuberante riqueza natural e arquitetônica, com casarões reconhecidos como patrimônios históricos

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BANDEIRA

LIVRE São Luiz do Paraitinga é mais Carnaval e folclore estão longe de serem as únicas atrações da cidade. São Luiz do Paraitinga tem uma exuberante riqueza natural e arquitetônica, equilibradas no conjunto paisagístico da cidade. A localização privilegiada garante, além do fácil acesso à cidade, o clima e a paisagem ideal para quem quer aproveitar um tempo longe da capital, sem ir tão longe. Apenas 170 quilômetros de distância de São Paulo, com altitude média de 742 metros, São Luiz do Paraitinga está situada em região serrana, com clima temperado e inverno seco. Localizada entre montanhas, em meio ao Vale do Paraíba, a cidade é, ainda, banhada pelos rios Paraitinga, Paraibuna, Paraíba e Rio Claro, e pelos ribeirões Prata, Turvo e Chapéu. As águas que correm pela cidade a tornam propícia para a prática de esportes aquáticos. Instituto Elpídio dos Santos A antiga casa de Elpídio dos Santos e sua esposa Dona Cinira (Vó Nira), após as enchentes, foi reconstruída e transformada em um espaço cultural, que no momento abriga o memorial da reconstrução, aberto à população e aos visitantes. Mirante da Torre Um dos pontos mais altos da cidade que avista o Centro Histórico; é possível observar as ruas projetadas e o mar de morros ao seu redor. Mirante do Alto do Cruzeiro A cidade tem em um dos seus muitos morros uma cruz. Era lá a marcação inicial do caminho para Ubatuba, conhecido por “Alto de São Sebastião”. Os jesuítas que passaram por esse caminho, em 1881, batizaram com o nome atual, “Alto do Cruzeiro”. Praça do Jongo (Praça Benedito Domingos) Ao lado da Igreja Matriz. Ladeiras das Mercês e da Floresta Compostas por pedras retiradas do Rio Paraitinga, toda mão de obra construtiva foram realizadas pelos escravos.

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BANDEIRA

LIVRE

Capela Nossa Senhora das Mercês

Igreja Matriz

Construída em taipa no fim do século

Dedicada a São Luiz de Tolosa, construída no

XVII, conserva ainda as características da

século XIX, demonstra uma grande importância

época. Os sinos são originais, bem como os

na vida religiosa da cidade. Nela o povo ainda

detalhes no interior da capela: o altar em

se reúne para as tradições festivas que já se

madeira, a imagem da Santa e os escudos

realizavam no tempo da Colônia e do Império.

que figuravam nas armas de Portugal na

Atualmente está em fase de reconstrução, mas

época do Brasil colônia.

já abrigou o projeto Canteiro Aberto e em breve

Casa “Dr. Oswaldo Cruz” Construída em 1.834, em taipa de pilão com paredes internas de pau-a-pique. Nesta casa nasceu Oswaldo Cruz, importante médico-sanitarista na história brasileira. Atualmente estão funcionando em seu interior a Casa do Artesão e a Biblioteca Municipal. A casa já foi Museu, com alguns bons acervos e hoje pretende-se transformá-la

estará aberta ao público. Largo do Teatro Na Rua Monsenhor Ignácio Gióia, próximo à Igreja do Rosário. Mercado Municipal Construído no final do século 19, possui forma de um quadrilátero todo em arcadas, tendo a parte central descoberta, sendo contornado por

num Centro Cultural.

um corredor. Espaço que se destina a venda e

Casarões

terior alguns botequins que servem o tradicional

troca de mercadorias, tendo também em seu in-

Aproximadamente 450 imóveis de São

“afogado” (refogado tradicional feito com carne

Luiz do Paraitinga são declarados de interes-

e batatas) prato típico da cidade. Utilizado tam-

se paisagístico. Os exemplares mais signifi-

bém para algumas manifestações culturais, tais

cativos são os sobrados que formam o nú-

como: a Festa do Divino, a Semana da Canção e

cleo histórico da praça principal, as igrejas

o Arraiá do Chi Pul Pul.

das Mercês (1.814) e Matriz (1.840), Mercado Municipal (1.885), prédios com vergas em estilo mourisco e a casa onde nasceu o cientista Dr. Oswaldo Cruz. Na zona rural ainda restam algumas imponentes sedes de fazendas, construídas no chamado “estilo cafeeiro paulista”. Chafariz do Barão

Como Chegar

No início da Rua dos Presotos. Igreja do Rosário Construída no final do século XIX, tem um muro de arrimo que segue pela rua do Carvalho e que delimita seu pátio, onde são

A cidade está localizada na Rodovia Oswaldo Cruz (SP 125), no km 42 entre Taubaté (saída 111 da Rodovia Presidente Dutra) e Ubatuba (BR 101)

realizadas quermesses e festas religiosas.

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QUALIDADE

DE VIDA

Daquella Manera

Por Fernanda Monteforte

Amor íntegro Vivemos em um mundo em transformações constantes e as relações afetivas tendem a acompanhar esse processo

A Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra aulas do Método DeRose Maiores informações: Tel.: 11 4125-6658 fernanda.monteforte@ metododerose.org

mar o outro cada vez mais implica na necessidade de amar a si próprio. Abrir mão dos próprios anseios, subjugar-se ou fazer sacrifícios em prol de uma relação afetiva já não faz parte do panorama atual das pessoas que se sentem realizadas. O amor pleno é aquele vivenciado por duas pessoas inteiras, e não o fruto da romântica busca da metade ideal.

Trocamos a imposição de ceder, pela necessidade de compreender e valorizar a individualidade do outro. Em tempos modernos, as relações saudáveis exigem autoconhecimento e respeito mútuo. Surgem novos modelos e formas de união e, percebe-se, que os relacionamentos tendem a evoluir para se tornarem mais livres e satisfatórios. A cumplicidade se torna essencial, tal como a valorização humana.

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O amor e a amizade A cada dia devemos nos educar para estabelecer vínculos afetivos sensíveis, pautados na parceria, na valorização das diferenças, no diálogo e na compreensão. Nesse contexto, a amizade aparece como um elo fundamental para que possamos ter um entendimento da posição do outro e respeitá-la. Atualmente, muitas pessoas optam por não ter um cônjuge e se sentem preparadas para viverem sozinhas. Amam seus amigos, seu trabalho, sua rotina, seus parceiros, seus valores. Uma possibilidade com muita adesão, entre tantas outras. Nesse caldo de cultura em que estamos atualmente inseridos, não há regra e nem receita infalível. Cada casal deve encontrar sua fórmula de bem-estar e realização. O que pode dar certo para alguns, pode ser inadequado para outros. Não há nada melhor do que encontrar dentro de si tudo aquilo que é necessário para viver plenamente e fazer suas escolhas. Preservadas a individualidade e a integridade, se você optar por estar junto, certamente será pelo prazer de desvendar com maior lucidez a dimensão do amor.

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SP

TEM

Por Arnaldo Rocha

Mesmo com um espaço limitado, o IMS contribui de forma muito ativa para a dinâmica vida cultural da metrópole

Instituto Moreira Salles terá novo museu na capital Instituto Moreira Salles completa 20 anos com planos de expansão

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undado em 1992, o Instituto Moreira Salles (IMS) já é um espaço consagrado para preservação e propagação artística. A entidade sem fins lucrativos, idealizada pelo embaixador e banqueiro Walther Moreira Salles, possui um rico acervo de fotografia, música, literatura e artes plásticas instalado no Rio de Janeiro em reservas técnicas, com padrões e tecnologia internacionais aplicados à restauração e conservação.

será erguido na avenida Paulista, entre as ruas Bela Cintra e Consolação, ampliando as opções culturais da cidade. “Imaginamos um museu acessível, que ofereça um ambiente interno tranquilo e acolhedor, capaz de equilibrar a vibração das calçadas com a natureza e a escala dos espaços museológicos que exigem uma qualidade de luz e uma percepção do tempo muito especiais”, detalham os arquitetos Marcelo Hannenberg Morettin e Vinícius Hernandes de Andrade, responsáveis pela execução da obra.

Além do acervo tradicional, o IMS possui, ainda, três centros culturais: um no Rio de Janeiro, outro em São Paulo e o terceiro em Poços de Caldas. Na capital paulista, uma galeria instalada na Rua Piauí desde 1996 é um espaço ainda insuficiente para comportar a es- Mostras em cartaz trutura que o instituto pretende para a cidade. Neste mês, o IMS de São Paulo destaca duas exposições: Manuel ÁlMesmo diante dessa limitação de espaço, o varez Bravo: fotopoesia, em cartaz IMS contribui de forma muito ativa para a dina galeria da rua Piauí, e Crisálidas, nâmica vida cultural da metrópole e, através simultaneamente exibida na loja IMS, de parcerias com o Sesi/Fiesp, a Pinacoteca do localizada no Conjunto Nacional, e no Estado de São Paulo, o Sesc ou a Faap, tem leEspaço Itaú de Cinema Frei Caneca. vado ao público paulistano grandes exposições Cento e oitenta obras do mexicade fotografia e artes plásticas como as de Alekno Álvarez Bravo, um dos grandes sandr Ródtchenko, Saul Steinberg ou Maureen ícones da fotografia mundial, com Bisilliat, realizadas nesses diferentes espaços. destaque para produção realizada Um novo espaço na cidade entre os anos 1920 e 1950, traçam Para adequar o IMS à importância cultural a sua trajetória artística. de São Paulo, o instituto anunciou a construAs imagens presentes em Crisálição de um museu que irá receber importantes das retratam atores, atrizes, travestis, exposições. O novo edifício, que terá capacida- transformistas, personagens do teatro de para abrigar exposições, cinema, auditório, underground paulistano. São fotograbiblioteca de fotografia, salas de aula para cur- fias feitas pela húngara Madalena sos, cafeteria, loja e a administração do IMS, Schwartz durante a década de 1970.

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Exposição Manuel Álvarez Bravo: fotopoesia Instituto Moreira Salles – São Paulo De 23 de março a 8 de julho Rua Piauí, 844, 1º andar - Higienópolis Informações Tel.: (11) 3825-2560

Exposições Crisálidas Loja Instituto Moreira Salles por Livraria Cultura De 11 de maio a 17 de junho Av. Paulista, 2073 – Conjunto Nacional Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca De 11 de maio a 16 de julho Shopping Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569, 3º piso – Consolação

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Novembro|TAXICULTURA

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MORAR

BEM Divulgação

Por Adriana Scartaris

O grande destaque da Semana foi a Bienal Eurocucina, com muitas novidades Carlos Torres

Semana de Design de Milão Acompanhar de perto o maior evento mundial do design já virou obrigação para profissionais e empresas que querem se manter antenados Evento que divulga o que há de melhor e de mais moderno em termos de design de móveis no mundo, o Salone Internacionale di Milano chegou à sua 51ª edição e recebeu mais de 300 mil visitantes, dos quais muitos brasileiros, que percorreram os estandes dos 2700 expositores entre italianos e estrangeiros.

Adriana Scartaris

Designer desenvolve projetos de design de interiores aplicando técnicas acadêmicas e de terapias espaciais www.adrianascartaris.com.br

Apesar da crise econômica que assola o velho continente, a grande festa anual do design conseguiu uma incrível movimentação em torno dos lançamentos e tendências que vão ditar regras para a produção de designers, decoradores e empresas para os próximos 12 meses. Entre as atrações, um destaque especial deve ser dado à Bienal Eurocucina, que este

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ano roubou a cena e trouxe projetos onde as linhas retas e racionalidade predominam, provando mais uma vez que praticidade pode sim estar de braços dados com o máximo em estilo e bom gosto. O melhor design de cozinha Em diversos dos projetos expostos, apesar da predominância dos padrões madeira combinados com eletrodomésticos high tech, as cores fortes ainda aparecem, mas em uma proporção muito menor. Em algumas propostas, os eletrodomésticos desaparecem atrás das portas dos armários e bancadas. Em outras, ganham destaque como peça decorativa tornando-se o centro das atenções. Acompanhe a seguir alguns exemplos.

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MORAR

BEM

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Eletrodomésticos de última geração trazem design mais clean privilegiando a funcionalidade e praticidade como este fogão em aço inserido no tampo da bancada

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A grande maioria dos fabricantes trouxe padrões madeira para as cozinhas, onde as linhas retas predominaram e com a ausência de puxadores. Para quem ainda prefere os modelos com puxadores, estes aparecem na mesma cor das portas.

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O toque clássico está presente nos detalhes, como puxadores e molduras em portas com pintura especial mais resistente que a laca. Sempre convivendo com tecnologia, os projetos apresentam gavetas automatizadas, puxadores elétricos, eletrodomésticos robustos com linhas retas e grandes bancadas gourmet, que abrigam os acessórios que todos sonhamos em nossos momentos chef.

As belas coifas, além de muito potentes, apresentam design inovador como esta que mais parece um lustre. A peça tem iluminação com led voltada para o fogão e iluminação interna que muda suavemente de cor

Estas propostas de design para cozinhas são facilmente encontradas aqui no Brasil que, felizmente, agora acompanha de perto as tendências mundiais trazendo as novidades para o mercado nacional. Temos aqui os mesmos materiais, fabricantes de ponta e antenados e ótimos designers que acompanham de perto todos os lançamentos. Ainda precisamos trazer algumas das grandes novidades em eletrodomésticos apesar do mercado nacional também oferecer ótimas soluções.

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MUNDO Por Dra. Mery Hellen Jacon Pelosi

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CÃO&CIA

Queda de pelos Observar a queda de pelos ajuda a acompanhar a saúde e qualidade de vida do seu animal

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principal função dos pelos é fornecer proteção mecânica e térmica para os animais, no entanto, os pelos também auxiliam os donos no acompanhamento e cuidados diários, uma vez que o aspecto deles pode refletir o estado de saúde do seu animal. Problemas que atingem os pelos dos animais, assim como a pele, podem ter diversas causas e a mais comum é a reação alérgica, que pode ser originada por reações alimentares, contato com produtos de limpeza, medicamentos, shampoos e perfumes inapropriados e até mesmo por pulgas e carrapatos.

Dra. Mery Hellen Jacon Pelosi

Especialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, integra a equipe da Clínica Veterinária Estação Zoo Fone: 11 5084-6912 | 5083-6495 www.estacaozoo.com.br

No caso das pulgas, essas reações recebem o nome de Dermatite Alérgica a Picada de Pulga (DAPP), e não são provocadas somente pela picada, mas também pelo contato da saliva da pulga com a pele do animal. Nos cães, a DAPP pode ser reconhecida pela queda acentuada de pelo e vermelhidão na região dorsal próxima à cauda e nos felinos, principalmente na área do pescoço, sempre seguida por intensa coceira. Fungos e bactérias Doenças fúngicas e bacterianas também estão entre as causas para a queda de pelo nos animais. Um exemplo é a Dermatofitose, provocada por fungos, e comum em cães e gatos. É uma enfermidade extremamente contagiosa entre os animais, sendo que o contágio também pode atingir os humanos. Outra causa de queda de pelo é a Piodermite, uma infecção bacteriana que atinge os folículos pilosos, ou seja, os locais da pele onde nascem os pelos. As lesões podem se manifes-

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tar de forma superficial ou profunda. Na forma superficial, provoca pequenas irritações e feridas na pele. Já na forma profunda, resulta na perda de pelos e do folículo piloso, descamações e até o surgimento de feridas. Períodos de queda Existe também a queda sazonal de pelos, que é responsável por adequar a pelagem dos animais às variações de temperatura conforme as estações do ano. Na primavera, com o aumento da exposição do animal ao sol, os pelos são substituídos por pelos curtos, de pouca densidade, típicos do verão. Já no outono, uma nova troca ocorre dando lugar à formação da pelagem de inverno, mais espessa, comprida e grossa. Vale lembrar que, apesar de comum, os períodos de queda e o tempo de troca podem variar de animal para animal. O estresse pode ser outro motivo para que o animal perca seus pelos. É comum cães e gatos apresentarem quedas acentuadas de pelos quando submetidos a situações que afetam seu comportamento, como alterações de ambiente, redução do espaço de convívio ou até mesmo pela inclusão de outro mascote na família. Mantenha a pelagem do seu animal em bom estado. A escovação diária, assim como a exposição ao sol e uma dieta balanceada contribuem para uma pelagem bonita e saudável. Fique de olho! Ao notar o aparecimento de falhas repentinas na pelagem, lesões na pele ou coceira, procure imediatamente um médico veterinário.

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Crônicas de uma São Paulo que ninguém vê

HORIZONTE

Ilustração e texto: Ivan Fornerón

VERTICAL

O AZUL IRREMEDIÁVEL

Os dois cruzam os braços e trocam desafios pachorrentos numa teimosia que denota a raiva de cada um

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magino que não seja necessário, e também eu nem saberia como, explicar o perdão e a vingança. Quem já foi movido por uma dessas duas forças sabe a potência de cada uma, e mesmo que eu tivesse uma explicação, seria inútil. Sei apenas que é o orgulho (sua presença ou ausência) que orienta a ambas. De todo modo, o que quero mesmo é contar uma história ocorrida debaixo da minha janela. Depois de alguns gritos e palavras atravessadas, dessas que não terminam e são ditas pra ferir, por curiosidade alcanço o parapeito da minha janela e testemunho a discussão de um casal bem jovem. Tinham descido da moto, e a moça de cara invocada repetia à exaustão: “Não vou mais, vai você, eu não vou!” E assim ficaram por uns cinco minutos, ele com o capacete enfiado no braço e ela tentando dar a ele o capacete que tinha em mãos sem que ele quisesse pegá-lo: “Você vai, sim”, ele dizia, “Não, eu não vou”, ela tornava a dizer. Silêncio. Os dois parecem bufar e olham-se com fúria. Ela parece irredutível. Ele não acredita na teimosia dela que, voltando a falar, coloca o capacete no chão e diz: “Não preciso mais disso, joga fora, leva pra casa, faz o que você quiser.” Os dois cruzam os braços e trocam desafios

pachorrentos numa teimosia que denota a raiva de cada um. “Você sempre faz isso, que saco!” Ele diz, reiniciando a discussão, agitando os braços e dando voltas ao redor da moto até parar de costas pra namorada, encarando o outro lado da rua. Ter ficado de costas foi fatal. É o fim, ela não perdoa, e sem dizer uma palavra sobe a rua e o deixa ali, parado, olhando o invisível que contorna a esquina. Ela caminha sem olhar pra trás; a raiva deve ser muita. Ele não olha a partida da amada: vira-se, veste o capacete, pega o que está no chão e enfia no braço. Liga a moto e sai bem devagar. Cada um segue um caminho e somem da minha vista. Mas o que é que seria dessa vida sem os heróis? Em menos de dez minutos, vejo o rapaz voltando, subindo a minha rua com o capacete entreaberto e na boca (a criatividade é uma dádiva!) um algodão doce azul cintilante, cuja varetinha ele prendia entre os dentes. Aquele azul-peruca-de-drag-queen-cintilante levado na boca de quem trazia o pedido de perdão não podia ser mais bonito. Tanto que não demorou muito pra que a moto, com os dois sobre ela, descesse a rua, seguindo sei lá qual caminho, mas que pertencia a eles.

O AZUL IRREMEDIÁVEL é o título de um grande livro de poesia do poeta paulistano Álvaro Alves de Faria.

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