Notaer janeiro 2018

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www.fab.mil.br

Ano XLI

Nº 01

Janeiro, 2018

O uso consciente da tecnologia (Págs. 10 e 11)

DIMENSÃO 22: Asas que integram a nação (Pág. 4)

DIA DO FOTÓGRAFO: Uma retrospectiva de 2017 pelas lentes da FAB (Págs. 13 a 17)

ISSN 1518-8558


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CARTA AO LEITOR

Expediente

Mais voos em 2018 Chegamos ao início de mais um ano, cheios de energia e de vontade de alçar novos e desafiadores voos. E para quem se encontra nesse estado de espírito, 2018 se descortina como uma oportunidade e tanto. O prosseguimento da implantação das medidas de reestruturação da Força Aérea Brasileira e a tão esperada

chegada do KC-390, por si só, resumem a importância deste ano que ora se inicia. A comunicação social da FAB estará mais “antenada” do que nunca para fazer chegar ao nosso público as informações sobre tudo o que se passa em nossas organizações. Para isso contamos com o apoio e a participação de todos. Nossos

portais internet e intraer estão repletos de conteúdo, renovados diariamente, para ser lido e compartilhado; e as nossas mídias sociais estão sempre repercutindo as atividades da Força Aérea. Participe, lendo e compartilhando e, acima de tudo, mande-nos suas críticas e sugestões. Trabalhamos para que

os produtos do CECOMSAER estejam cada vez mais alinhados com a expectativa do público e, para isso, sua opinião é fundamental. Queremos ouvi-la no faleconosco@fab.mil.br. Um feliz 2018 a todos e boa leitura! Brig Ar Antonio Ramirez Lorenzo Chefe do CECOMSAER

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Inédito no Brasil: “Guia de Investigação da Fadiga Humana em ocorrências aeronáuticas” A detecção da fadiga como fator contribuinte às ocorrências aeronáuticas tem sido um desafio para as investigações do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER). As dificuldades ocorrem devido à complexidade dos fatores envolvidos na determinação desse fenômeno. Para auxiliar no tratamento dessas questões, a Comissão Nacional da Fadiga Humana (CNFH), desde 2013, vem desenvolvendo trabalhos e pesquisas voltados ao aprimoramento das técnicas sobre investigação da fadiga. As ações desenvolvidas têm por objetivo agregar conhecimento às discussões sobre a temática e promover melhores práticas de gerenciamento para investiga-

ção das suas causas. A CNFH é uma comissão temporária do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), órgão independente que congrega a comunidade aeronáutica duas vezes ao ano. As plenárias são sediadas no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), em Brasília/DF. O Comitê tem por finalidade reunir representantes de entidades nacionais envolvidas, direta ou indiretamente, com a atividade aérea. Visa estabelecer a discussão, em âmbito nacional, de soluções para problemas ligados à segurança de voo. Em 2014, durante a 62° Plenária do CNPAA, foi aprovada a metodologia de inves-

tigação da fadiga humana em ocorrências aeronáuticas, proposta pela CNFH. Essa metodologia foi embasada em conhecimentos técnicos e científicos sobre a fadiga, além dos processos investigativos empregados. Estimular o uso dessa metodologia na investigação de ocorrências aeronáuticas conduzidas pelo Estado brasileiro, bem como prover recursos auxiliares aos investigadores que atuam com essa realidade, motivaram a elaboração do “Guia de Investigação da Fadiga Humana em ocorrências aeronáuticas”. Inédito no contexto da aviação brasileira, é a primeira vez que o país conta com uma publicação voltada exclusivamente à investigação

da fadiga. Esse material está disponível no site do CENIPA a todos os profissionais que atuam com investigação e prevenção de acidentes aéreos. O aporte teórico apresentado como base da metodologia provê conhecimentos que poderão ser utilizados tanto no âmbito do gerenciamento dos riscos da fadiga quanto na respectiva investigação. O Guia resulta do empenho coletivo de profissionais comprometidos com a segurança de voo. Representantes de várias organizações do setor aéreo brasileiro colaboraram com a produção desse material, o que favoreceu o intercâmbio de ideias. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - CENIPA)

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social O jornal NOTAER é uma publicação da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao mensal do Centro de Comunicação Social público interno. da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador José Frederico Júnior. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador José Frederico Júnior. Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Aviador Rodrigo Chefe da Subdivisão de Produção e DivulJosé Fontes de Almeida. gação: Tenente-Coronel Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida. Editores: Tenente Jornalista Felipe Bueno (MTB 0005913/PE) e Tenente Relações Editores: Tenente Jornalista Felipe Bueno Públicas Nara Lima (CONRERP/6 1759) (MTB 0005913/PE) e Tenente Relações Públicas Nara Lima (CONRERP/6 1759) Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE. Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE. Diagramação e Arte: Suboficial Ramos, Sargento Polyana e Cabos M. Gomes Diagramação e Arte: Suboficial Ramos, e Pedro. Sargento Polyana e Cabos M. Gomes e Pedro. Capa: Sargento Jobson Augusto e Cabo Maclaudio Gomes. Tiragem: 18.000 exemplares Tiragem digital Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencioEstão autorizadas transcrições integrais ou nada a fonte. parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Viva Bureau e Editora


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PALAVRAS DO COMANDANTE

Novas opotunidades e desafios Surge um novo ano e, com ele, novas oportunidades. Devemos aproveitar o momento para refletir e nos prepararmos para os desafios que estão por vir. Estamos escrevendo um importante capítulo da nossa história: a consolidação da reestruturação organizacional e o desenvolvimento de projetos estratégicos. No mês de janeiro, celebramos o Aniversário de Criação do Ministério da Aeronáutica que, desde 1941, impulsiona o desenvolvimento da aviação civil e militar no Brasil. E, para seguir esse legado, manteremos um caminho de evolução

contínua para que, em 2041, a Força esteja completando 100 anos ainda mais eficiente, na missão de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria. Seguimos investindo fortemente na área de formação e capacitação para que cada vez mais estejamos aptos a acompanhar as novas tecnologias. Avançaremos no projeto de implantação do Gripen NG, um salto significativo para a nossa aviação de caça. Já para a aviação de transporte, a entrada em operação do KC-390, ainda em 2018, vai incremen-

tar nossa operacionalidade, multiplicando nossa gama de missões. No que diz respeito aos Sistemas Espaciais, continuaremos aplicando nossos esforços para atender às novas demandas tecnológicas de segurança e defesa. Nós, das Forças Armadas, levamos conosco o reconhecimento dos brasileiros como instituições com maior credibilidade do País. Esse indicador é importante para que a população também se engaje na nossa missão. Contamos com cada um de nosso efetivo para continuarmos sendo uma instituição confiável em 2018.

Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato Comandante da Aeronáutica Sob nossa responsabilidade, há uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados, cabendo a nós, protegê-la por meio das ações de controlar, defender e integrar. Desejo um Feliz Ano Novo a todos!


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Agosto - 2017 Janeiro 2018

DIMENSÃO 22 Asas que integram o País Ten JOR Felipe Bueno

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campanha institucional Dimensão 22 da FAB sintetiza a responsabilidade da missão de manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria, em uma área de 22 milhões de km², com as ações de Controlar, Defender e Integrar. Grande parte das missões realizadas pela FAB tem o propósito de Integrar o território nacional: ajuda humanitária, ações cívico-sociais, transporte de pessoas e suprimentos, transporte de órgãos e de urnas eleitorais, evacuações aeromédicas e construção de pistas são algumas das ações que levam direitos fundamentais à população carente em regiões de difícil acesso

do País. E são as asas da FAB que tornam isso possível. Pousar numa área de difícil acesso, como numa aldeia indígena na Floresta Amazônica, exige treinamento e habilidade dos tripulantes, além da competência logística dos militares que apoiam e amparam essas ações. Área de Atuação Integrar sempre fez parte da missão da FAB e, com a Campanha Dimensão 22, deve se tornar algo evidente aos olhos da nação. Nos 8,5 milhões de km² do nosso território, militares cruzam o país para garantir que, através de ações cívico-sociais, transporte de urnas e outros serviços, seja possível levar direitos fundamentais à população carente em áreas remotas.

AÇÕES DE INTEGRAÇÃO

Transporte de orgãos

Correio Aéreo Nacional

Um dos desafios da FAB é vencer a luta contra o tempo e fazer com que órgãos doados cheguem a tempo ao receptor. O tempo de isquemia - o “prazo de validade” entre a retirada do órgão e o transplante -, pode durar apenas quatro horas, no caso do coração e dos pulmões. Desde a assinatura do Termo de Execução Descentralizada (TED), entre a FAB e o Ministério da Saúde, até agosto deste ano, a FAB realizou 329 missões, contabilizando cerca de 1.500 horas de voo e 410 órgãos e tecidos transportados.

AMAZONLOG - 2017 No último mês de novembro, a Operação AMAZONLOG 2017 aconteceu em Tabatinga, na tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru. O Exercício Logístico Multinacional Interagências na América do Sul reuniu 23 países, mais o Brasil, com o objetivo de realizar ações humanitárias e de preservação do meio ambiente, baseadas na cooperação internacional. Durante o treinamento, a FAB simulou o preparo da área, atendimento a feridos e evacuação do local, em caso de catástrofes, por exemplo. Também foram realizadas algumas operações reais. Em seis dias de exercício, cinco vidas foram salvas - entre elas, um bebê prematuro transportado da comunidade de Palmeira do Javari para Tabatinga e uma grávida que precisou ser resgatada na comunidade de Estirão do Equador.

Antecessor do Correio Aéreo Nacional (CAN), o Correio Aéreo Militar (CAM) nasceu há 86 anos com o intuito de criar rotas com destino a lugares isolados do Brasil. Idealizado pelo General José Fernandes Leite de Castro, Ministro da Guerra, e sob o comando do então Major Eduardo Gomes, o CAM expandiu-se pelo interior do País e foi um marco na aviação e na integração nacional. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, houve a fusão dos Correios Aéreos Militar e Naval, resultando no CAN, existente até hoje.


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SAÚDE

Melhorias na Saúde Ten JOR Felipe Bueno

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Sistema de Saúde da Aeronáutica (SISAU) atende um número expressivo de usuários, mais de 294 mil. Para melhorar a qualidade do atendimento, foram feitos investimentos e inovações pela Diretoria de Saúde (DIRSA), órgão subordinado ao Comando-Geral de Pessoal (COMGEP). O Major-Brigadeiro Médico Armando Celente Soares, Diretor de Saúde da FAB durante os anos de 2016 e 2017, falou sobre os principais desafios no último ano. “Buscar o melhor serviço aos usuários é sempre a meta da DIRSA. Dentro do planejamento da Reestruturação da Força, foram adotadas ações para a nova estrutura do SISAU. Foi traçada como uma

das metas a atualização das normas e procedimentos técnicos, que são de extrema relevância para garantir a uniformidade da atuação nas diversas organizações de saúde”, disse o Major-Brigadeiro Soares. No campo da administração, a atuação do Grupamento de Apoio da Saúde (GAPS) mostra bons resultados, concentrando contratos e compras para hospitais no Rio de Janeiro. A cidade é estratégica para o SISAU: concentra 40% de seus usuários, cerca de 118 mil. Além disso, em todo o Brasil, a seleção para médicos do Quadro de Oficiais Convocados (QOCON) foi antecipada para o segundo semestre de 2017. Assim, os novos militares chegaram mais cedo, evitando problemas com a redução do efetivo nas organizações militares, entre os

meses de dezembro e março. O ano de 2017 também foi de reformas e aquisições. Em Brasília, a ala de internação foi renovada e absorveu o Home Care (atendimento em domicílio), além de estar apta a realizar partos. O Hospital de Aeronáutica dos Afonsos (HAAF) também teve a mesma ala reformada, que agora recebe pacientes crônicos. Ainda no Rio de Janeiro, o Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL) está transformando seu antigo hotel de trânsito em um núcleo de medicina preventiva para pensionistas e acompanhantes. No Recife (HARF), a inovação foi a reforma para a instalação de um tomógrafo. Em Natal, o Esquadrão de Saúde foi transferido para novas instalações, além de renovar ambulatórios de pediatria, fisioterapia e de pronto atendimento. Pelo Brasil, as principais aquisições foram equi-

pamentos de exames de imagens mais modernos. Várias unidades receberam os novos recursos. “Foram continuados os investimentos em novos equipamentos e melhoria das instalações, além da implantação do novo modelo de assistência aos idosos, elaborado pela Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG), e do reposicionamento das atividades do Laboratório Químico-Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA)”, acrescentou o ex-Diretor de Saúde. Por conta das melhorias, a seção de ortopedia do HFAG recebeu reconhecimento no cenário nacional. Em maio, o serviço obteve 100% de aprovação na prova da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e, em setembro, foi premiada no Congresso Brasileiro de Quadril. O novo Diretor de Saúde,

Major-Brigadeiro Médico José Luiz Ribeiro Miguel, falou sobre os próximos passos a serem seguidos em 2018. “Os desafios a serem superados são relacionados à consolidação da nova estrutura do SISAU, ao recadastramento dos usuários, além dos investimentos na infraestrutura e na capacitação. Um desafio continuado é o aprimoramento da assistência complementar de saúde, com a melhoria da qualidade dos prestadores, acompanhada da racionalização dos custos. Estas ações são fundamentais para prestar uma assistência de saúde de alta qualidade, correspondendo a todas as expectativas dos nossos usuários”, afirmou.


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ENSINO

FAB realiza formatura de mais de mil alunos em cinco escolas Ten JOR João Elias

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Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, no mês de dezembro, a formatura de 1042 alunos nas seguintes unidades: Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), Academia da Força Aérea (AFA), Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A EEAR, localizada em Guaratinguetá (SP), formou 466 novos militares para a FAB, além de nove de outros países. O grupo é constituído pela turma Kairós, do Curso de Formação de Sargentos (CFS), e a Atlas, do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS). Na EPCAR, 150 alunos concluíram o Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR), fechando um ciclo de três anos em Barbacena (MG). O próximo passo para a maioria dos formandos da turma Lancevaque será a AFA, em Pirassununga (SP),

onde eles se prepararão para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAV). Já na AFA completaram o curso 143 cadetes, entre aviadores, intendentes e de infantaria. Também concluíram o curso estrangeiros procedentes da Venezuela, Equador, Bolívia, Panamá, República Dominicana e Senegal. “Tenho certeza de que todos os que estão se formando têm as condições necessárias para serem os futuros líderes da Força Aérea”, destacou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. No CIAAR, em Belo Horizonte (MG), acompanhados de amigos e familiares, 132 novos oficiais prestaram o compromisso perante a Bandeira Nacional durante a Solenidade Militar de Entrega de Espadas. E no ITA, em São José dos Campos (SP), 151 engenheiros concluíram o curso, sendo 116 civis e 35 militares. Essa foi a maior turma de formandos de todos os tempos.

Escola Preparatória de Cadetes do Ar - A cerimônia de formatura do Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR) é marcada por alguns ritos simbólicos, entre eles, a passagem do Estandarte da Escola, que é feita pelo líder do Corpo de Alunos ao primeiro colocado da turma do segundo ano do curso. O concluinte Fernando Cunha Ruffo, natural de Barbacena (MG), recebeu o prêmio de primeiro colocado geral, com média global de 9,38, das mãos do Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar José Aguinaldo de Moura.

Academia da Força Aérea - Os 143 novos aspirantes a oficial concluíram o curso de formação nas áreas de oficiais aviadores, intendentes e de infantaria. A formação tem duração de quatro anos e, na conclusão do curso, recebem o título de bacharéis em Administração Pública e bacharéis na especialidade escolhida no ingresso: Ciências Aeronáuticas, com habilitação em Aviação Miltiar; Ciências da Logística, com habilitação em Intendência da Aeronáutica; ou Ciências Militares, com habilitação em Infantaria da Aeronáutica.


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Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica - Os novos oficiais são oriundos da Turma Aurum do Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), e da Turma Hércules do Estágio de Adaptação ao Oficialato (EAOF), ambos voltados para graduados do efetivo da Aeronáutica. Os primeiros colocados receberam os Prêmios Honra ao Mérito do Ministério da Defesa e da Força Aérea Brasileira, que são concedidos aos alunos destaques nas escolas de formação de oficiais. Ao todo, 132 novos oficiais prestaram o compromisso perante a Bandeira Nacional.

Escola de Especialistas de Aeronáutica - O grupo de formandos é constituído por duas turmas: a Kairós, com 309 sargentos de 14 especialidades, entre eles, 119 mulheres e quatro estrangeiros do Togo, dois de Cabo Verde, e três do Paraguai; e a turma Atlas, que formou 166 sargentos de sete especialidades, sendo 85 mulheres. Os novos graduados desempenharão suas funções em diversas Organizações Militares da FAB em todo o País.

Instituto Tecnólogico de Aeronáutica - Dos 151 engenheiros formados no ITA, 35 eram militares. O aluno Daniel Schwalbe Koda tirou a maior média da história do instituto: 9,78. Além dele, mais cinco formandos receberam a “Summa Cum Laude”, que é outorgada a alunos com média geral igual ou superior a 9,5 nos cinco anos de curso. A solenidade foi acompanhada por amigos e familiares dos formandos.


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ENSINO

‘’Iteanos’’ de hoje e de ontem Excelência no ensino e na carreira são os atrativos do ITA Ten JOR Cristiane dos santos

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ubordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) do Comando da Aeronáutica, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), é uma escola militar onde os alunos podem optar por seguir a

carreira na Força Aérea ou permanecerem como civis. Entre os ex-alunos do ITA estão o astronauta Marcos Pontes e o engenheiro Ozires Silva, fundador da Embraer. Reconhecido pela excelência no ensino, o ITA sempre foi o objetivo de Luan Gabriel Silva Fernandes, aluno do quinto ano de Engenharia Civil-Aeronáutica. Oriundo de Belém (PA), saiu da sua cidade natal em direção a Brasília, aos 16 anos, buscando intensificar ainda mais os estudos. Hoje, aos 24 anos, comemora o pouco tempo que falta para voltar à família, amigos e à cultura que tanto sente falta. Após formado, o militar atuará na Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), com sede em sua cidade. O Aspirante Luan Fernandes conta que sempre buscou complementar os estudos. “Quando eu estava na oitava série do Ensino Fundamental,

eu participava de uma turma chamada Ideal Militar, que preparava para o Colégio Naval e para a EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar). A princípio, eu não pensava na carreira militar, mas sim na excelência do ensino, mas uma coisa está atrelada a outra”, acredita. Mesmo complementando os estudos com as aulas extras, ao chegar ao segundo ano do Ensino Médio, sentiu a necessidade de focar em algumas matérias. Foi quando decidiu prestar concurso de bolsa para um colégio de Brasília (DF). “Foram dois anos intensos de estudos, um para concluir o Ensino Médio e outro de curso complementar. Eu fiquei longe da família durante todo este tempo. Só voltava para casa a cada quatro meses. No entanto, morar com amigos me ajudou muito”, lembra. Já no ITA, no início do ter-

ceiro ano do curso, optou pela carreira militar. Ele conta que muitos estudantes são guiados pelo fator financeiro. No entanto, o mais importante são as possibilidades que a profissão proporciona. “A carreira militar oferece muitas oportunidades, incentiva a fazer cursos e, além disso, como engenheiro na FAB, vou poder contribuir com a sociedade”, comemora. O Chefe do Subdepartamento Tecnológico do DCTA, Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos, também foi aluno do ITA. Há quase 35 anos na FAB, o oficial-general passou pela Chefia da Seção de Controle de Qualidade do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), foi Diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e foi Gerente do Veículo Lançador de Satélite 1 do Instituto de Aeronáutica e Espaço, dentre outras responsabilidades de Comando. Formado em Engenharia Mecânica-Aeronáutica, o militar afirma que se realizou na carreira. “Uma coisa extremamente importante é atrelar o conhecimento prático

à teoria. Isto me ajudou muito. Eu tive desafios grandes, mas faria o ITA novamente. Não me arrependo de nada do que passei e do que fiz. Tive momentos difíceis, mas quando faço um balanço vejo que valeu muito a pena”, celebra. Para quem está começando agora, a dica do Chefe do Subdepartamento Tecnológico do DCTA é aproveitar as oportunidades e colocar em prática todo o conhecimento. “Cada vez mais o ITA proporciona uma formação melhor e mais capacitada. São cursos direcionados, que forçam os alunos a enfrentar desafios. Quando algo é proposto, todo aluno consegue enfrentar o problema. Este é o perfil dos iteanos”, conclui. Vestibular O vestibular é considerado um dos mais difíceis e concorridos do País. Para ingresso em 2018, mais de 11 mil pessoas se inscreveram para 110 vagas. Desse total, 4.463 almejam as 25 oportunidades na carreira militar.


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AJUDA HUMANITÁRIA

FAB transporta doações para vítimas de terremoto no México Ten JOR Emília Maria Ten REP Beatriz Kramer

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ilhares de mexicanos ainda se recuperam dos terremotos que atingiram o país em setembro e, para ajudar, o Brasil enviou 10 toneladas de doações. O meio para transportar todo o material foi o Boeing 767 do Esquadrão Corsário, que chegou no dia 13 de novembro em Tuxtla Gutiérrez, capital do Estado de Chiapas e epicentro dos tremores. Além de kits dormitório, materiais de higiene pessoal e de limpeza, material escolar e roupas, a FAB transportou fornos e utensílios de panificação. O material foi arrecadado pelo Fundo de Solidariedade e pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, tendo o apoio da Receita Federal. “Com o material de padaria eles poderão, além de fabricar seu próprio alimento, vender e, com isso, obter al-

guma renda para sua sobrevivência”, explicou o Sargento Bruno Andrade Ramos, um dos 12 militares da FAB que participaram da missão. Para o comandante do voo que realizou o transporte, Tenente-Coronel Elton David França, o maior destaque da missão foi a receptividade dos mexicanos. “Quando chegamos lá, havia muita gente esperando no aeroporto, inclusive o próprio governador de Chiapas, que fez questão de cumprimentar toda a tripulação. Eles agradeceram muito e ficamos surpresos e felizes com tanto carinho recebido”, contou o piloto. De acordo com o Capitão da Polícia Militar Walter Cabello Neto, coordenador da doação pela Defesa Civil, em tragédias como esta os desabrigados passam por dificuldades básicas que aumentam o estresse e o risco de proliferação de doenças. “Essa coordenação entre

várias organizações para dar assistência às vítimas dos terremotos é uma ação humanitária que pretende minimizar os efeitos da tragédia. Ficamos honrados em poder colaborar”, disse.

Tragédia Em um intervalo de apenas 12 dias, o México registrou dois fortes abalos sísmicos: o mais forte deles, um terremoto de magnitude 8,2, atingiu o sul do país e provo-

cou a morte de 98 pessoas. Menos de duas semanas depois, um tremor de magnitude 7,1 foi sentido em 18 municípios, incluindo a Cidade do México, deixando 360 mortos.


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DRONE

Voo seguro: o uso consciente dos Drones Ten JOR Raquel Alves

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eja a trabalho ou a turismo, milhares de pessoas transitam pelos aeroportos brasileiros todos os dias. Um drone mal utilizado pode causar cancelamentos, atrasos, transferências de voos e até mesmo um acidente grave. Contudo, quando usado de forma correta, os drones geram benefícios e inovações para diversos setores, como nos ramos de segurança, agronegócio, infraestrutura, mapeamento e jornalismo, além da criação de empresas e empregos no País. OS DRONES NA FAB O uso do drone para fins de investigação aeronáutica é uma forma de melhorar e acelerar o processo de reconstituição dos acidentes. O Sistema de Análise e Reconstituição de Acidentes Aeronáuticos (SARAA-3D) é uma das ferramentas usadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) com a

finalidade de facilitar a reconstituição, em três dimensões, de acidentes aeronáuticos. O SARAA desenvolve malhas de realidade precisas por meio de software, produzindo modelos 3D a partir das fotos registradas em uma câmera acoplada ao drone, resultando em precisão geométrica da área analisada. O Chefe da assessoria internacional do CENIPA, Tenente-Coronel Aviador Cesar de Medeiros Silva Júnior, conta que os dados registrados pelo SARAA trazem mais detalhes e agilidade na análise da investigação: “O uso do sistema com o drone melhora a qualidade das imagens, disponibilizando uma riqueza de detalhes nas fotos, deixando o processo de investigação mais fidedigno”, detalha. O uso do drone pelo SARAA-3D é relevante, pois a aeronave pode sobrevoar locais de difícil acesso, contribuindo para o mapeamento geográfico da área e para a localização de destroços, etapa essencial no trabalho de investigação. Em

“O uso do sistema com o drone melhora a qualidade das imagens disponibilizando uma riqueza de detalhes nas fotos, deixando o processo de investigação mais fidedigno”

setembro de 2017, o CENIPA firmou um acordo com o DECEA que autoriza o uso do drone em área de aeroportos, quando necessário o uso da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), para investigações de acidentes aeronáuticos. CADASTRAMENTO PARA USO DO DRONE Para operar um drone é necessário seguir as regras

dos órgãos brasileiros. O primeiro passo é o cadastro da aeronave, que deve ser feitos na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), ANATEL e no Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (DECEA). Neste último, existe um sistema chamado SARPAS, desenvolvido com o objetivo de facilitar a solicitação de acesso ao espaço aéreo para o uso de aeronave remotamente pilotada. As exigências para operar uma ARP são relativamente simples. O Tenente-Coronel Aviador Jorge Humberto Vargas, do DECEA, explica as diferenças das atribuições dos setores. “O DECEA tem a responsabilidade de regular o acesso ao espaço aéreo. Já o Ministério da Justiça entra em ação em casos de acidentes ou em questões que envolvam patrimônio. A função da Anatel é avaliar a frequência dos equipamentos e, por fim, a ANAC é responsável pela certificação dos pilotos e equipamentos”, conclui.

TERMO O termo drone vem da tradução do inglês “zangão”. O apelido surgiu do zumbido que o aparelho emite quando está em operação. Embora o termo seja reconhecido mundialmente, institucionalmente, o aparelho é chamado de ARP. DADOS* O número de usuários das aeronaves não tripuladas vem aumentando, de acordo com a ANAC. Um levantamento do órgão, realizado até o dia 1º de dezembro de 2017, aponta 27.313 aeronaves cadastradas. Um aumento de mais de 100% em relação ao mês de julho do mesmo ano, quando o órgão registrou 13.256 cadastros. No ranking brasileiro dos estados com mais drones, São Paulo é o que sai na frente com 8.625 aeronaves. Na sequência segue o Rio de Janeiro, com 3.281, e Minas Gerais, com 2.453. *Fonte: www.anac.gov.br


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SOLIDARIEDADE

“A satisfação de quem recebe é a única e principal recompensa de quem doa sangue”.

Militar da FAB é recordista em doação de sangue e plaquetas no Brasil Ten JOR Cynthia Fernandes Sgt Rosana Faria da Luz

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uem é o militar da FAB que já alcançou o recorde de doações de sangue e plaquetas? Doar sangue é um gesto nobre. Ser doador de sangue e plaquetas por mais de 200 vezes é mérito de apenas um: o Suboficial Luis Cláudio Soares Rodrigues, que serve na Base Aérea de Florianópolis (BAFL). Em novembro, o graduado alcançou a mais expressiva marca brasileira de doações, somando 178 doações de plaquetas e 22 vezes de sangue. Natural do Rio de Janeiro (RJ), o militar ingressou para a FAB pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em 1986. Na época, ele e colegas de turma foram incentivados a fazer a contribuição voluntária. Seus 16 anos de idade

o impediram na época, mas, seis anos depois, o ato foi concretizado assim que começou a servir no estado do Amazonas – quando foi sensibilizado com uma campanha de TV. Em 1997, após acompanhar o sofrimento do filho de um grande amigo que tinha leucemia, pela primeira vez, fez a coleta de plaquetas (componente do sangue). A partir de então, o Suboficial Soares percebeu que o gesto podia ser mais frequente, uma vez que a doação de plaquetas pode ser feita mensalmente - a de sangue exige intervalos de dois meses para homens e três para mulheres. “A demanda por plaquetas é maior e a validade dela é menor, apenas cinco dias, o que me fez querer doar cada vez mais”, explica. Contribuir aos bancos de sangue passou a ser pouco para o militar e, assim, ele

promoveu o projeto Recruta Sangue Bom, uma parceria entre a BAFL e o HEMOSC, que incentiva a doação de sangue, plaquetas e medula óssea. Até hoje, mais de 800 soldados na cidade aderiram à iniciativa. Com 31 anos de serviço e 48 anos de idade, Suboficial Soares não pensa em parar por aí. Quer muito mais que bater novos recordes – quer, acima de tudo, salvar mais vidas. “Enquanto Deus me proporcionar saúde e bem-estar, vou continuar doando. Até 67 anos (idade máxima para contribuir), gozando de plena saúde, vou continuar realizando as minhas doações”, promete. Entenda Enquanto a doação de sangue é uma prática conhecida, ainda há muitas dúvidas quando o assunto é doação de plaquetas. Uma única con-

tribuição por aférese equivale de seis a oito coletas de sangue tradicional. Esse método gera menos riscos de reações transfusionais, trazendo melhores resultados às pessoas que recebem o concentrado de plaquetas. A doação por aférese é realizada através de um procedimento no qual o sangue é retirado e passa por um kit, onde ocorre a separação e extração das plaquetas. Os demais componentes do sangue voltam ao doador. O kit é descartável, seguro e elimina o risco de contrair doenças. Após 48 horas do pro-

cedimento, a quantidade de plaquetas no organismo do doador é normalizada. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determina que uma pessoa só possa doar plaquetas até no máximo 24 vezes por ano, o que equivale, em média, a duas vezes por mês. “Pense naquelas pessoas, crianças que passam por graves problemas de saúde e que poderiam fazer parte da sua família. E é por elas que nós arregaçamos as mangas para doar sangue. E é esse o sentimento que fica e que eu quero passar a todos”, incentiva o militar.


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RETROSPECTIVA

Homenagem da FAB ao Dia NACIONAL do Fotรณgrafo 08/01 Jan

Mar

Fev

Mai

Abr

Jul

Jun

Set

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Nov

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Dez

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Janeiro - 2018

RETROSPECTIVA 2017 Janeiro

LOGÍSTICA - FAB transporta cerca de 900 médicos do programa Mais Médicos do Ministério da Saúde

Fevereiro

OPERAÇÃO CAPIXABA – FAB emprega infantaria, meios aéreos e apoio logístico no Espírito Santo

Março

OPERAÇÃO OSTIUM – FAB inicia uma das maiores operações de combate a voos irregulares nas fronteiras


Janeiro - 2018

Homenagem da FAB ao Dia NACIONAL do Fotógrafo 08/01 Abril

LAAD – FAB participa da 11ª edição da maior feira de segurança e defesa da América Latina

Maio

SGDC – Primeiro satélite brasileiro foi lançado com sucesso no dia 4 de maio

Junho

OPERACIONAL – Interceptação realizada pela FAB durante o Exercício Multinacional Amazonas I

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Janeiro - 2018

RETROSPECTIVA 2017

Jan

Julho

PROJETO RONDON - 50 ANOS: Asas da FAB levam cidadania aos quatro cantos do País

Agosto

AERONAVE - Esquadrão Pelicano incorpora nova aeronave SC-105 Amazonas SAR

Setembro

AJUDA HUMANITÁRIA - Avião da FAB resgata 14 pessoas em ilha no Caribe atingida pelo furacão Irma


Janeiro - 2018

Homenagem da FAB ao Dia NACIONAL do Fotógrafo 08/01

neiro Outubro

Novembro

MINUSTAH - Cerimônia marca término da participação do Brasil na missão de paz no Haiti

AMAZONLOG17 - FAB apoia Exercício Logístico Multinacional em Tabatinga (AM)

Dezembro

Ação Cívico-Social - atendimento em Iauaretê (AM), comunidade localizada a 100 km de Manaus

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Janeiro - 2018

ENSINO

Sala de aula invertida: você conhece? Metodologia de ensino será implantada na ECEMAR em 2018 Cel Flávio Luiz De O. Pinto Ten Alexandre Gonçalves

O

século XXI impõe um conjunto de desafios ao emprego do Poder Aeroespacial. A integração dos sistemas de armas e de monitoramento em uso no espaço exterior, o emprego do ambiente cibernético como arma de sujeição e o incremento das tecnologias de inteligência artificial demandam elevada capacidade

crítica e um tempo de reação cada vez menor. Assim, com a Reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB), também foi preciso reformular o Ensino com o objetivo de adequá-lo à pós-formação dos Oficiais, em um contexto de sucessivas inovações. Dessa forma, a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR) buscou novas metodologias e conteúdos para escolher e adequar modelos

que seriam propícios à realidade da FAB e da ECEMAR. A Sala de Aula Invertida é amplamente difundida em renomadas instituições de ensino superior e se tornou tendência em países como os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Finlândia. A partir de 2018, será utilizada na maioria dos conteúdos do Curso de Comando e Estado-Maior Presencial (CCEM-P). Trata-se de uma aborda-

gem de ensino sistematizada, criada durante a década de 1990 pelos professores norte-americanos Aaron Sams e Jon Bergmann. De acordo com a Adjunta da Seção de Planejamento e Orientação Pedagógica, responsável pelo CCEM-P, Tenente Pedagoga Karla Cristiani Lavrador Viegas, a principal inovação metodológica é deslocar o papel principal da relação de ensino-aprendizagem para o aluno. Ao adotar um processo reverso de construção do conhecimento, com pedagogias mais ativas – como leituras prévias e debates – é possível dar autonomia e responsabilidade ao aluno para planejar a aprendizagem, utilizando o tempo disponível em sala de aula para o exercício e retirada de dúvidas. “A sala de aula invertida é uma quebra de paradigma, pois o instrutor se transforma em mediador. Ao invés do professor passar conceitos e fundamentos, o aluno trabalha esses aspectos em casa. Quando ele chegar à aula, vai trabalhar por meio de situação-problema de algo com aplicabilidade. Nesse momento, é que se constrói a competência. Então, a sala de aula invertida modifica a postura do instrutor, porque, se continuássemos da forma

tradicional, com aula expositiva, como criaríamos um desenvolvimento cognitivo no aluno ao ponto de ele ter autonomia do seu aprendizado? Ele não teria”, explica a oficial. Por que a ECEMAR? A Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR) é a instituição de pós-formação frequentada por Oficiais Superiores da FAB, que, por meio dos cursos de Altos Estudos Militares, são preparados para funções de Assessoria, de Estado-Maior e de Comando. Após diversas análises, vislumbrou-se aplicar, para alguns conteúdos, o método da Sala de Aula Invertida, pois a utilização desse processo de ensino possibilita à Força Aérea capacitar oficiais superiores com alta sensibilidade crítica, aptos a propor soluções pautadas em análises e fundamentos, líderes arrojados e comprometidos com a missão da FAB, prontos para enfrentar os desafios impostos pelo século XXI. “Para a ECEMAR, isso é importante, porque o perfil do aluno da Escola de Comando e Estado-Maior é de Oficiais Superiores, que precisam ter pronta-resposta, analisar documentos, tudo dentro do mais elevado nível possível”, afirma a Tenente Pedagoga.


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ENTRETENIMENTO 6 ERROS

CAÇA PALAVRAS ANIVERSÁRIO DE CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA No dia 20 de janeiro celebramos o ANIVERSÁRIO de criação do Ministério da AERONÁUTICA, marco que impulsionou a AVIAÇÃO civil e MILITAR no Brasil. O decreto-lei n.º 2.961 criou o órgão que teve como primeiro Ministro Joaquim Pedro SALGADO Filho. Em maio do mesmo ano, o nome foi alterado para Força Aérea BRASILEIRA. Em 1999, os então ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foram extintos e transformados em COMANDOS, dando origem ao Ministério da DEFESA, com o objetivo de reforçar a INTEROPERABILIDADE das Forças ARMADAS.

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ANS - nº 30194-9

RESPOSTAS DO MÊS ANTERIOR



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