Revista comércio & conjuntura

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Ano XI - nº 117 Fevereiro 2016

CDL Fortaleza

MÁRIO QUEIRÓS Os desafios de um jovem à frente de uma potência do varejo: o Grupo Pague Menos

Cearenses conferiram a NRF 2016: conheça as novidades

ENERGIA DE MERCADO LIVRE Entenda como funciona esse tipo de negócio e os seus benefícios


CDL Fortaleza

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FCDL Ceará

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CDL Jovem


Nesta Edição

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Entrevista Mário Queirós fala sobre as expectativas ao assumir o cargo de Diretor-Presidente do Grupo Pague Menos

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Água, me poupe! Saiba como as empresas podem contribuir para economizar água

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Energia de Mercado Livre Entenda como funciona esse tipo de negócio e os seus benefícios

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Turismo em alta Movimentação na cidade favorece a economia do Ceará

ex pe ente di

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Faculdade CDL A especialização como forma de conquistar novos patamares profissionais

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105ª Retail Big Show NRF 2016 Confira os detalhes da maior feira de varejo do mundo

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Benefício CDL, Camed Corretora e Mapfre oferecem seguro educacional aos associados

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CDL Jovem A entidade fala das expectativas e mudanças para 2016

Comércio & Conjuntura é uma publicação mensal editada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Presidente: Severino Ramalho Neto 1º Vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós 2º Vice-presidente: Pio Rodrigues Neto Superintendente: Antonio Carlos Rodrigues Gerente de Marketing: Silvia Freitas Jornalista responsável: Isabella Purcaru Diagramação: A R Neto Produção textual: Daniele de Andrade / Ádria Araújo Correção ortográfica: Ana Luiza Martins Tiragem: 10.000 exemplares Distribuição: Gratuita Impressão: Gráfica 3 Irmãos Sugestões e comentários: silvia.freitas@cdlfor.com.br Nossa Missão: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo.

Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464-5572 www.cdlfor.com.br

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m janeiro de muitas e boas novidades. Em geral um mês morno na economia e nos negócios. Para começar, o alívio com as chuvas, trazendo esperanças aos cearenses. Não é a caracterização de uma quadra de inverno, mas pelo menos as cisternas nos sertões estão cheias e dezenas de barragens de açudes sangrando. Com isso o comércio ganha mais confiança depois de quatro anos de seca. Para acompanhar as mudanças do varejo, fomos a Nova Iorque participar da Retail’s Big Show, a maior convenção mundial do varejo, para conhecer o que há de mais avançado em tecnologias e experiências. Uma grande comitiva de cearenses e a maior delegação do evento, comandada pelo Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojista (CNDL), companheiro Honório Pinheiro, reunindo mais de 200 brasileiros. Cumprimos programação que nos enriqueceu de conhecimento, e que foi resumida para os associados da CDL nos dias 18 e 19 de fevereiro, dentro da programação do evento Cenários do Varejo, que, nessa edição, completa 10 anos. E para terminar o mês, uma notícia alvissareira para o setor: depois de meses de dificuldades resultantes das incertezas na economia, o Governo Federal anuncia a abertura de linha de crédito da ordem de R$ 83 bilhões. Embora não suficiente para destravar a economia, a medida é uma esperança de melhores dias para o setor produtivo. Demorou o Governo entender que a melhor maneira de sair da crise é atendendo ao

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emprego e ao consumo, controlar seus gastos e criando assim o clima de confiança necessário à retomada do crescimento. Saiba mais lendo Comércio & Conjuntura. Ela vem novamente recheada de boas entrevistas e artigos para sua leitura. Uma pauta de temas que certamente lhe será muito útil. Boa leitura.


ENTREVISTA Mário Queirós

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ENTREVISTA Mário Queirós Comércio & Conjuntura - Assumindo agora a Diretoria da Pague Menos, como aconteceu essa sucessão do sr. Deusmar Queirós para você? Mário Queirós - Com a entrada de um novo sócio, o General Atlantic, que adquiriu 17% da Pague Menos, ficou mais palpável e real a ideia de realizarmos um IPO, ou seja, lançar ações na bolsa de valores. Claro que ainda dependemos do “bom humor” do mercado, de melhorias na conjuntura nacional para que o investidor volte a enxergar o Brasil como uma opção de investimento. Estimamos que isso acontecerá dentro de três anos. Portanto, já estamos nos adequando às exigências da BM&FBovespa e uma delas é que os cargos de Diretor-Presidente e de Presidente do Conselho de Administração da companhia não sejam ocupados pela mesma pessoa. Assim, o Deusmar continuará na presidência do Conselho, sendo responsável pelas estratégias e diretrizes da empresa, orientando-me nesse início do processo de sucessão, quando for necessário. CC- Como aconteceu sua entrada no Grupo Pague Menos? MQ - Nós, meus irmãos e eu, sempre estivemos no dia a dia da companhia; desde nossa infância éramos obrigados a passar metade das férias “trabalhando” em algum setor. Aos 18 anos, o “trabalho” tornava-se sério, tínhamos a carteira assinada e, com isso, vinham as obrigações de um funcionário como qualquer outro. Eu sempre gostei do mercado de capitais, bolsa de valores, e como meu pai tem a Pax Corretora de Valores, sua primeira empresa, pedi para trabalhar lá. Meu primeiro período na Pax foi curto, eu era jovem e ousado, mas também imaturo e impulsivo, cometi um engano com uma

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operação de derivativos e tomei um prejuízo de 30 vezes o meu salário na época. Meu pai me chamou à sala, demitiu-me e me mandou para trabalhar no centro de distribuição da Pague Menos, carregando caixa na cabeça, literalmente. Aprendi a lição. De auxiliar de depósito fui passando por diversos setores da companhia: estagiário de TI, gerente de loja, gerente de montagem de loja, gerente de manutenção, gerente de delivery, até chegar a gerente de marketing. Aos 28 anos, voltei à Pax com a missão de estruturá-la e captar todo o “boom” do mercado de ações aquecido. Em 2011, o Deusmar decide iniciar o projeto de seus sonhos: realizar o IPO da Pague Menos. Ele me chamou de volta para Pague Menos, agora como Diretor de Planejamento e Relações com Investidores, já que eu tinha a expertise de lidar com o mercado, seus participantes e órgãos reguladores. CC – A Pague Menos é uma empresa familiar. Quais outros membros da família atuam na Diretoria? MQ – Meus três irmãos também trabalham na empresa. Rosilândia é a controller do grupo e este ano está assumindo a Diretoria de Gerenciamento de Categorias, devido ao grande foco que daremos nesta área. O Carlos Henrique, Diretor de Expansão, é responsável por cumprir nosso plano de abertura de lojas e também da reforma e manutenção das lojas já existentes. A Patriciana cuida da Diretoria de Compras e Marketing, uma tarefa árdua, pois tem que gerir um estoque de R$1 bilhão com mais de 12 mil skus (Unidade de Manutenção de Estoque), com comportamentos diferentes em mais de 830 lojas espalhadas por mais de 300 municípios e abastecidas por 3 centros de distribuição. Além do Ubiranilson Alves, que é sócio, tio e Vice-Presidente Administrativo exis-

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tem outros membros da família, tios e primos trabalhando em diversos setores da empresa; porém, desde o início buscamos implantar o profissionalismo e os familiares têm que dar o exemplo. CC – Quantos funcionários a Pague Menos tem hoje? MQ - Atualmente, contamos com mais de 20 mil colaboradores, alguns que já estão há mais de 30 anos conosco, responsáveis por propagar a cultura da companhia, e gente jovem, recém-contratada, para oxigenar e levar adiante esta história de sucesso. Temos ainda dois outros diretores que não são da família: Pedro Praxedes, que atua na área de Logística e TI, e Edson Câmara, Diretor de Operações. CC- O que significa para você suceder Deusmar Queirós nessa empreitada? E quais os principais desafios a serem enfrentados? MQ – Eu acho que o principal desafio nessa sucessão é fugir das comparações com o fundador. Até agora sempre tive que lidar com o rótulo de “filho do dono”, ou seja, para que eu pudesse ter voz e ser reconhecido sempre tive que demonstrar através dos resultados do meu trabalho que eu estava aqui por mérito e competência. Agora vou ter que lidar com inúmeras comparações, como: “seu pai não agiria assim” ou, “no tempo do seu pai os resultados eram outros” etc. Outro grande desafio será manter a excelência da Pague Menos. Sabe aquela máxima que diz: “Mais difícil que chegar ao topo é se manter lá”? Hoje, a Pague Menos é a maior empresa do varejo farmacêutico se analisarmos por bandeira, já que a Raia Drogasil é fruto da fusão entre duas empresas menores que nós, e a DPSP (Drogaria São Paulo e Pacheco) idem, segundo o ranking da Abrafarma.


CC – Quais os princípios e valores repassados por seu pai que você tem levado para sua vida? MQ - Honestidade e valorização do trabalho. Não há nada mais prazeroso do que encostar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo, sabendo que você fez a coisa certa, agiu corretamente, não deve nada a ninguém. Meu pai sempre fala de uma coisa que aprendeu com meu avô: “vendo a cama e durmo no chão, mas um credor meu não sai sem receber.” Quanto à valorização do trabalho, já deu pra notar que o Deusmar traz isso no sangue. Desde criança ele trabalhou vendendo frutas de porta em porta, “gerenciando” a bodega do pai, teve seu primeiro emprego na IBM, formou-se e logo virou professor da universidade. Aos 30 anos, ganhou seu primeiro milhão de dólares, já tinha a Pax Corretora, fundou a Pague Menos e não pensa em se aposentar jamais. Tudo isso eu aprendi com ele. CC- Haverá alguma mudança administrativa mais visível após a sua posse no cargo? O que você está planejando fortalecer? MQ - As mudanças no início serão bem sutis. O Deusmar continua na companhia e já avisou que não sairá antes dos 90 anos, mas pretendo ir gradativamente aplicando meu estilo de gestão, mais analítico, focando em resultados por meio de indicadores e métricas para assim poder avaliar melhor o desempenho de cada colaborador. CC- Com 35 anos de empresa, em sua opinião, quais são os segredos do sucesso da empresa? MQ – Acredito que o sucesso da Pague Menos está nas pessoas. Orgulhamo-nos de trabalhar em uma empresa ética e próspera. As pessoas na Pague Menos não estão aqui pelo salário, mas por acreditar que são lideradas para um futuro brilhante,

o qual só depende de si mesmas, do seu desempenho e seu caráter para crescer e alcançar seus objetivos.

CC- Quais são seus planos e perspectivas para 2016? MQ - Apesar da situação econômica do país, o comércio varejista farmacêutico é resiliente e sofreu menos que o comércio em geral, pois trabalhamos com um bem de primeira necessidade. Enquanto o PIB de 2015 caiu por volta de 3% e o comércio varejista caiu 4%, segundo o IBGE, o comércio farmacêutico continua crescendo no patamar de 2 dígitos, 11% aproximadamente. Nosso faturamento cresceu quase 14% em 2015, chegando próximo de R$5 bilhões e temos como meta para 2016 crescermos 18%. Abrimos 102 lojas e encerramos 12 no ano passado. Já para 2016, nosso plano é abrir 120 novas lojas. Também está previsto um novo centro de distribuição em Simões Filho, na Bahia, que está em fase de conclusão e deverá entrar em operação no segundo trimestre desse ano. Este quarto

centro de distribuição abastecerá as lojas do Estado da Bahia, onde já temos 80 lojas. CC – O cargo que ocupa atualmente exige ainda mais do seu tempo. O que faz para afastar o estresse e como ocupa seu tempo livre? MQ - Eu utilizo meu tempo livre em várias atividades, como sair com a família ou amigos para restaurantes ou para a casa deles e conversar. Gosto muito de carros e motos, já competi o Rally dos Sertões, fui campeão brasileiro de Rally Cross Country em 2000. Participei do campeonato cearense de motovelocidade - 1000cc, mas hoje apenas passeio. Por último, tem o Triathlon, que eu encaro como um estilo de vida. Entrei na prova em 2013, inspirado no meu irmão, Carlos Henrique, que já praticava. Na época, eu pesava 106 quilos, fruto de uma vida sedentária. Então, foi uma mudança grande, passei a acordar e dormir cedo, trocar eventos sociais noturnos por provas e treinos na madrugada. Como recompensa desse novo estilo de vida, perdi quase 30 quilos, já me sagrei Ironman oito vezes, viajei para três continentes competindo e o principal benefício foi ter mais tempo para a família. CC – Você já viajou a muitos lugares, seja a passeio ou a trabalho. Qual o lugar que gostaria de ir e ainda não teve oportunidade? MQ - Eu conheço bem os Estados Unidos, mas conheço pouco a Europa. Um dos lugares que ouço todos falarem bem e ainda não tive a oportunidade de conhecer é a Itália. Felizmente, trabalhar no ramo de farmácias tem suas vantagens. Em abril, um laboratório levará uma equipe da Pague Menos para a Itália e eu consegui uma vaga.

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COMÉRCIO & MERCADO Sustentabilidade

Água: me poupe!

Conheça empresas que adotam medidas sustentáveis para economia de água Segundo informações da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), para preservar nossos mananciais todos devem reduzir 10% do consumo de água, com base na média entre os meses de outubro de 2014 a setembro de 2015. Caso o limite do consumo seja ultrapassado, o excedente (a chamada Tarifa de Contingência) será

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calculado como sobrepreço de 120% a mais que o valor normal da tarifa. Essa ação tem o objetivo de estimular a redução do consumo de água durante o período de escassez hídrica.

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Em função da necessidade de economia de água do nosso Estado, além das residências, muitas empresas e indústrias devem contribuir com a sustentabilidade da água. Para isso, algumas delas implantaram medidas que evitam o desperdício e reaproveitam a água de uma maneira mais eficiente.


Indústrias e shoppings que economizam água Com o cenário de escassez de água no Estado do Ceará, algumas indústrias e shoppings investem em medidas para contribuir com a economia da água. Uma delas é a Jandaia, que criou dois projetos de reuso de água: o reaproveitamento da água da chuva, por meio do reservatório adaptado no telhado da fábrica, que abrange 4.000 m² de cobertura e onde ela é captada; há ainda o reaproveitamento da água de rejeito de osmose reversa, no qual ela é utilizada para irrigação do jardim da empresa, e sendo também blendada na água bruta. “Antes era desperdiçada uma média de 6.000 litros de rejeito por hora e hoje essa quantidade está sendo reaproveitada”, afirma o Mecânico Industrial, Junior Moreira. Segundo Junior, o projeto da água de rejeito visa minimizar os impactos ambientais oriundos do consumo exacerbado feito pelas indústrias, com uma gestão estratégica do aproveitamento do recurso, como também permite a consequente redução de efluentes líquidos industriais, aumentando o tempo de detenção hidráulica, tornando o sistema mais eficaz. Já o projeto de reuso da água da chuva visa aproveitar o recurso disponibilizado pela própria natureza a fim de minimizar o volume de água captado do manancial (açude de Pacajus). “Em média, para a região de Pacajus, a quantidade de chuva ‘normal’ que costuma cair é de 10 mm a 20 mm. Isso significa que podemos coletar e armazenar de 10 a 20 litros de água por m² do telhado. Nosso

telhado abrange uma área de 4.000 m² e, com isso, podemos coletar de 40.000 a 80.000 litros de água de chuva. Sendo assim, será necessário ter uma cisterna de no mínimo 80.000 litros”, ressalta o especialista.

Com esses projetos, a Jandaia economiza, por mês, uma média de 800 a 1000m³ de água de rejeito de osmose reversa. E no período de inverno, a cada 20 mm de chuva são armazenados 80m³ de água. A quantidade média de chuva considerada normal reflete na economia de energia e de água no manancial superficial (açude Pacajus), deixando de captar água nesse período de chuva. O shopping RioMar Fortaleza é outro estabelecimento preocupado com a sustentabilidade da água. Em seu projeto construtivo, o shopping adotou diversas soluções que contribuem com essa economia, como o uso de sanitários a vácuo, que demandam até 80% menos água (1,2 litros/vaso) do que os convencionais (de 4 a 6 litros/vaso) e o uso de torneiras e mictórios inteligentes (com sensores), que disponibilizam apenas a água suficiente para uso racional.

Segundo Juliana de Fátima, do setor de Relações Institucionais do shopping, no caso do uso dos sanitários há uma economia diária prevista de 86,77%, o equivalente a 347.584,50 litros/dia, ou seja, o consumo de 2.431 habitantes do entorno (considerando um consumo médio de 143 litro/hab, dados da Cagece 2012). No período de um ano, a economia de água nos sanitários é estimada em 126,5 milhões de litros de água (consumo 884,7 mil habitantes). Quanto ao reuso de água, a solução adotada deu-se em seu sistema de refrigeração, que recolhe e reutiliza a água resultante da desumidificação e condensação do ar (água no estado gasoso se torna líquida), tendo uma economia de água na ordem de 39,5 % em relação a sistemas que não recuperam água liberada de ar condicionados. “Para o sistema de refrigeração, a economia de água é da ordem de 49,69 milhões de litros/ano, o equivalente ao consumo anual de 347.496 habitantes de Fortaleza”, afirma. Outra medida adotada é o uso de água de poços locais, o que minimiza o uso da água potável em atividades que não necessitam da água tratada. Além disso, o sistema de irrigação da área verde do shopping é automatizado e programado para irrigar apenas a quantidade necessária para as espécies vegetais existentes (espécies nativas da região e que demandam menos água). “A irrigação é feita por meio de um Sensor Solar, que atua de forma inteligente quando ocorre uma precipitação, ou seja, na ocorrência de uma chuva, o sensor entra em ação desligando a irrigação que iria acontecer no decorrer do dia”.

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COMÉRCIO & MERCADO Sustentabilidade Juliana ainda conta que, na gestão da operação do shopping, o consumo de água é acompanhado diariamente por equipes que revisam o consumo, tanto nas áreas comuns, como nas lojas. Há também o trabalho de conscientização feito aos lojistas, que auxilia na diminuição do consumo de água e no uso consciente. “Todas as lojas que desejam se instalar no RioMar Fortaleza têm seus projetos de instalação hidrossanitárias aprovados mediante o atendimento a critérios e normas definidos em Caderno Técnico de Obras de Lojas, que indicam o uso de peças sanitárias (torneiras e mictórios) de linhas economizadoras”. Salão e lava-jato sustentáveis O Backstage é um salão que faz a diferença no cenário da beleza no Estado do Ceará por ser adepto de medidas que contribuem para a economia de água. Segundo o cabeleireiro e maquiador Diogo Pinheiro, sócio do salão, uma das ações adotadas é o uso de kits de higiene para as mãos e pés, evitando o uso de água nas bacias, procedimento utilizado antes. Além disso, o salão trabalha também com toalhas descartáveis biodegradáveis nos serviços de manicure e pedicure, contribuindo na redução do consumo de água para lavagem desse material. “Se levarmos em conta que, para lavar uma toalha precisamos de 3,8 litros de água, teríamos em 100 toalhas uma economia de 380 litros. A opção pelo uso das descartáveis no salão nos fez reduzir a lavagem de 1.200 toalhas

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por mês, incluindo toalhas de pé, mão e cabelo”, ressalta. Outra empresa que busca economizar água é a Eco Wash. Ao contrário de muitos lava-jatos, esse desenvolve uma lavagem ecológica. O seu grande diferencial é que, ao invés de desperdiçar litros de água - com a limpeza ecológica chega a economizar mais de 300 litros de água por veículo -, usa-se somente 300 ml de água

adicionada de cera líquida, que envolve a sujeira do veículo e facilita sua remoção, com flanelas de microfibra. “Todos os nossos serviços são realizados a seco, desde a lavagem do veículo, até os serviços de bancos, motor etc. Também utilizamos pulverizadores que auxiliam na limpeza do veículo, evitando desperdícios de água na hora da lavagem”, afirma o sócio administrador Charlis Parente.

11 lições para economizar água na sua empresa: 1) Mapeie os processos de produção para identificar os que consomem mais água e defina onde podem ser feitas melhorias para a economia; 2) Equipamentos antigos e processos produtivos ultrapassados causam grande desperdício de água. Avalie seu uso e substitua-os onde for possível; 3) Reaproveite a água utilizada na produção em atividades que não necessitam de água potável, como resfriamento de máquinas, lavagem de pisos, veículos, etc; 4) Substitua equipamentos de refrigeração à água pelos de refrigeração a ar. A utilização de água para resfriar equipamentos aquecidos é uma das que mais consomem água; 5) Nos sistemas de lavagem para remoção dos contaminantes, não deixe água transbordando nos tanques de enxague e use sistemas de fluxo intermitente, em vez de contínuo; 6) Use sistemas de baixo fluxo de água nas descargas dos vasos sanitários e torneiras (ou use torneiras de sistema automático) e instale aeradores de pia; 7) Na limpeza de setores, pratique a lavagem ecológica. Existem produtos que permitem lavar um espaço de 100 m² com apenas um balde e panos; 8) Faça manutenção periódica de equipamentos, como de ar-condicionados, refrigeradores, torneiras, descargas e encanamentos, e previna vazamentos; 9) Invista em treinamento de pessoal e sinalização necessária sobre o consumo consciente de água em locais estratégicos da repartição; 10) Incentive os funcionários a fazerem uso consciente da água, implementando programas de reaproveitamento de água; 11) Adote um discurso sustentável na economia de água junto aos funcionários e consumidores, que seja coerente com as atitudes praticadas e valorize sua marca.

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COMÉRCIO & MERCADO Energia

Mercado Livre de Energia:

Uma boa saída para a redução de custos do varejo de autoconsumo A energia de mercado livre é um tema que vem atraindo um grande número de empresas interessadas em adquirir uma fonte de energia mais viável. Com a queda da atividade econômica, o custo de energia negociada a longo prazo no mercado livre acaba tornando-se mais barata. Segundo o Presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Reginaldo Medeiros, muitas empresas estão migrando para o mercado livre, na busca por preços mais acessíveis de energia. “Quem migrar para o mercado livre vai se beneficiar da expectativa de preço baixo. Temos informações de que 700 empresas estão migrando, neste momento, para o mercado livre. Nas nossas contas, hoje, essa diferença do preço da energia ficará em torno de 46%”, afirma o Presidente, que faz a comparação considerando o preço médio da energia das dez

maiores distribuidoras e o preço futuro de energia no mercado livre, segundo a Abraceel. Reginaldo ainda destacou que a energia no mercado livre é 17% mais barata do que a adquirida no mercado regulado, porque ela é adquirida a partir de contratos mais longos, de quatro anos. Segundo ele, a energia contratada nesse mercado só fica mais cara quando adquirida emergencialmente por quem não tem contrato, mas precisa do produto. Os contratos de longo prazo são feitos com o objetivo de preservar os consumidores, de eventuais flutuações da energia, que são muito influenciadas por questões climáticas em nosso país. Dentre as empresas que estão migrando para este tipo de energia no Ceará, muitas delas já são consideradas agentes associados que utilizam a energia de mercado livre. Segundo

informações do site da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), algumas delas são: 3 Corações, Cimento Apodi, Durametal, Esmaltec, Vicunha Têxtil, entre outras. Mas o que é energia de mercado livre? A energia de mercado livre é um ambiente de comercialização de energia elétrica, no qual contratos de compra e venda são realizados livremente entre as partes compradora e vendedora, com negociação livre dos preços, prazo, volumes e condições de fornecimento. “Hoje, no país, temos duas formas de adquirir energia: ou com as concessionárias de distribuidoras de energia (no Ceará, a Coelce), ou comprando energia no mercado livre, diretamente com o gerador. Existe uma espécie de agente do mercado,

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COMÉRCIO & MERCADO Energia denominada comercializadora. Ela compra energia de um gerador, de um parque eólico, de uma usina hidrelétrica, de uma termoelétrica, e repassa para o agente final, que é o consumidor. Você negocia prazos, preços e pontos de entrega de uma forma diferenciada, ao passo que você pode obter um desconto em cima do valor que se compra em uma concessionária de distribuição de energia”, explica o advogado especialista em energia ambiental, Bernardo Santana.

reajustes das distribuidoras. Outros fatores que tornam a energia de mercado livre mais barata são: a lei da oferta e procura e a previsibilidade das chuvas. “A lei da oferta e demanda no Mercado Livre comporta-se como em qualquer outro mercado, quanto maior a procura, maiores serão os preços e, quanto menor a procura, os preços tenderão a cair. Quanto à previsibilidade das chuvas, se o cenário pluviométrico (previsão

Diferentemente do que acontece no Mercado Regulado, que é um ambiente de comercialização de energia elétrica regulado pelo governo, no qual as distribuidoras participam de leilões de compra de energia e revendem aos consumidores, sendo estes incapazes de negociarem preço com as distribuidoras. “Participar do Mercado Livre de Energia possibilita várias vantagens ao consumidor livre, destacando-se previsibilidade de custos e negociação bilateral (consumidor – gerador/comercializador) de preço, prazo e volume de energia, o que garante maior liberdade ao consumidor”, ressalta o Diretor Comercial da Prime Energy, Leonardo Granada, responsável pelo site sobre Mercado Livre de Energia Elétrica. Atualmente, os consumidores que estão migrando para o Mercado Livre de Energia, alcançam, no mínimo, 30% de economia se comparado aos custos do mercado regulado que, atualmente, apresenta uma das maiores altas de preços com a inclusão do sistema de bandeiras tarifárias e

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do volume de chuvas futuras) for otimista, os preços de energia tenderão a cair. Isso decorre do fato de nosso sistema de geração ser constituído em 65% por hidrelétricas, que são sensíveis ao nível de seus reservatórios”, destaca. Leonardo ainda afirma que, hoje em dia, os preços de energia estão caindo cada vez mais em

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função dos grandes volumes de chuvas que estão ocorrendo no Brasil, com exceção da Região Nordeste, que tem passado por uma das maiores crises hídricas da história. Quem pode comprar? A energia elétrica adquirida no mercado livre é comprada diretamente com o gerador ou comercializador, boa opção para o varejista. O consumidor livre deverá entrar em contato com os geradores/comercializadores para efetivação de cotação e, após negociação, contratação do montante requerido de energia por um prazo acordado. “É importante salientar que todas as operações do Mercado Livre e do Mercado Regulado são operacionalizadas pela CCEE e, portanto, tais contratos deverão ser registrados junto à instituição. Quanto à energia, ela será entregue normalmente pelo sistema elétrico da distribuidora local, sendo o consumidor obrigado a pagar taxas de uso do sistema de distribuição à distribuidora”, ressalta Leonardo. Todos os consumidores que têm demanda (potência requerida pelo consumidor no sistema elétrico) maior ou igual a 500 kW, podem migrar para o Mercado Livre. Algumas empresas que possuem várias unidades com o mesmo CNPJ raiz (matriz + filiais), sendo que cada unidade separada não atinge 500 kW, poderão migrar o Mercado Regulado, contanto que a soma das demandas das unidades ultrapasse 500 kW. O diretor explica ainda que este tipo de ação, comum para o


mercado, é conhecida como Comunhão de Direito. Há também casos em que empresas de áreas contíguas, com CNPJ diferentes, sendo que cada empresa tem demanda menor que 500 kW, poderão juntar-se por meio da Comunhão de Fato para atingir a demanda mínima requerida para migração ao Mercado Livre. Tipos de energia de mercado livre No mercado livre, são negociados dois tipos de energia: a Incentivada e a Convencional. “A primeira trata-se de energia oriunda de fontes alternativas de geração, como, por exemplo, Energia Eólica, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Termoelétricas Movidas a Biomassa e Energia Solar. Já o segundo tipo, Energia Convencional, trata-se de

energia proveniente de outros empreendimentos de geração, tais como Grandes Centrais Hidrelétricas (Hidrelétricas), Centrais Termoelétricas movidas a gás natural, óleo diesel, óleo combustível ou nuclear”.

Todos os consumidores que têm demanda (potência requerida pelo consumidor no sistema elétrico) maior ou igual a 500 kW, podem migrar para o Mercado Livre.

Além da fonte de geração, os dois tipos de energia diferem quanto aos preços, sendo a Energia Incentivada mais cara que a Energia Convencional. Contudo, a Energia Incentivada pode proporcionar descontos de até 100% na Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição (TUSD). Apenas os consumidores que tiverem demanda superior a 3000 kW poderão contratar os dois tipos de energia (Incentivada e/ ou Convencional). Os consumidores enquadrados nesta faixa de demanda são comumente chamados de Consumidores Livres. Já os consumidores que tiverem demanda entre 500 kW e 3000 kW, poderão contratar somente Energia Incentivada, eles são conhecidos no mercado como Consumidores Especiais. Os geradores que atendem pré-requisitos da Aneel recebem o “selo” de energia incentivada.

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COMÉRCIO & MERCADO Turismo

A movimentação de turistas no período de alta estação injeta números positivos na economia do Estado O Ceará é um dos destinos turísticos mais procurados pelos brasileiros. Segundo a Infraero, no mês de dezembro a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional Pinto Martins foi superior a meio milhão de passageiros, entre embarques e desembarques foram de 587.417, registrando cerca de 312.347 desembarques. De acordo com informações da Secretaria de Turismo, durante a alta estação (dezembro de 2015 a fevereiro de 2016), a estimativa era que o Ceará recebesse 1 milhão de turistas em Fortaleza. Conforme a previsão, a receita turística no Estado deveria ser em torno de R$ 2,2 bilhões.

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Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH), durante o período de janeiro a taxa de ocupação da rede hoteleira chegou a 95,27%. “Destaco que, em 2015, não obstante as adversidades, a hotelaria cearense ampliou a sua oferta em mais mil apartamentos com as inaugurações do Gran Mareiro e Crocobeach (Praia do Futuro); Ibis (Centro de Eventos) e Carmel Cumbuco. Mantivemos, igualmente, a qualificação e inovações nos serviços, como é exemplo a instalação do sistema all inclusive no Coliseum (Beberibe)”, ressalta o Presidente da ABIH-CE, Darlan Carneiro Leite.

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O setor hoteleiro é o que mais impacta inúmeros segmentos na economia do Estado no período de alta estação. O turismo representa 11,2 % do PIB estadual, de acordo com os últimos dados consolidados, e tem a projeção de crescimento. “Estamos com boas chances de ter o HUB da TAM em Fortaleza, na expectativa da conclusão e operacionalização do Acquário do Ceará, entre outras obras de qualificação importantes para a nossa Capital e para o Estado. Isso constitui um cenário de oportunidades de desenvolvimento econômico e social, de educação e trabalho para os nossos jovens”, enfatiza o presidente.


Darlan explica que a alta do Dólar e a queda da bolsa chinesa, que fenômenos que tendem a permanecer este ano segundo os economistas, ocasionam um aquecimento do turismo interno e a possibilidade de resgate do turismo internacional. “Já percebemos argentinos, portugueses, italianos e pessoas de outras nacionalidades retornando ao nosso destino e isto é muito positivo, algo a se comemorar”.

localizados na região de Iracema, Aldeota, Meireles e Mucuripe e se reapresenta no centro da cidade, com novas ofertas e pólos de gastronomia, atendendo a uma diversidade de público e de renda.

“Embora estejamos saindo de um período de maior volume de consumo, que é o Natal, continuamos apostando na importância de levar moda e novidades aos nossos clientes, sempre com a preocupação de oferecer melhores preços atrelados à qualidade. Neste período esta demanda tende a ficar aquecida por conta das férias e do Carnaval.

Para o setor de restaurantes e bares, o ano de 2016 começa com uma série de desafios econômicos, a começar pelo impacto advindo do aumento das alíquotas de impostos sobre os produtos do segmento de bebidas como cervejas, vinhos, espumantes e tabacaria. Segundo o Sindicato de Restaurantes, Bares, Barracas de Praia, Buffet’s e Similares do Estado do Ceará (Sindirest), para superar essas adversidades estão sendo implantadas estratégias comerciais na parte de alimentos para que os clientes não sejam penalizados. “Mesmo com muitos desafios no setor, estamos sempre em ascensão, tanto no mercado doméstico como no mercado internacional. Isso acontece porque Fortaleza tem se consolidado como destino turístico preferencial de brasileiros e estrangeiros e pela série histórica do fluxo turístico do nosso Estado”, ressalta o Presidente do Sindirest, Moraes Neto. O progresso do segmento se dá também pela espacialidade da nossa cidade, que hoje apresenta uma nova dinâmica com o surgimento de diversos bares e restaurantes

no estado no período de alta estação é o da confecção. A temporada que antecede o Carnaval é quando o setor de moda tem muitas vendas, impulsionado pelo público local que planeja viajar no feriado e pelos turistas que vêm à capital.

“Dentro desta dinâmica as casas de espetáculo e de shows atraem, nos finais de semana, uma massa de jovens e pessoas interessadas por diversão em baladas com vários estilos de sons, o que influencia muito na movimentação financeira do setor”, afirma Moraes Neto. Segundo ele, “além da população cearense que é o nosso maior mercado, o turismo vem a contribuir de forma efetiva - garantindo a perenidade, a expansão desta infraestrutura turística e o crescimento da nossa atividade econômica na maior oferta de emprego e na geração de renda”, destaca. Outro segmento impactado com a movimentação financeira

Somos procurados por quem está de passagem por Fortaleza e também por quem pretendem viajar. Estes fatores certamente aquecem o mercado e nós estamos plenamente preparados para atendê-los”, ressalta a Coordenadora Comercial do Ponto da Moda, Paula Holanda. Para impulsionar mais as vendas no período, muitas lojas de confecção lançam coleções específicas para a estação. “Sempre aproveitamos este período do ano para fazermos uma coleção mais diferenciada, saindo do perfil de produtos que trabalhamos em dezembro, mais voltado para as festas de final de ano, e focamos em itens mais confortáveis e coloridos, com foco nas férias e também no Carnaval. No departamento masculino, apostamos em bermudas e camisetas; e no feminino, shorts e blusas com tecidos leves e práticos, como viscoses, tactel e malhas de algodão”, finaliza.

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COMÉRCIO & MERCADO Faculdade CDL

O impacto positivo da pós-graduação na vida do profissional modalidades de cursos para especialização ou MBA (Master of Business Administration). “O mundo vive hoje o que chamamos de Era do Conhecimento e buscar continuamente o aprendizado e a especialização, cria um diferencial para os profissionais no mercado”, ressalta o consultor Eduardo Gomes de Matos.

A especialização como forma de conquistar novos patamares profissionais O mercado de trabalho vem se tornando cada vez mais competitivo e exigente. Com o avanço das tecnologias da informação e da comunicação, as empresas buscam profissionais cada vez mais qualificados.

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E nos tempos de hoje, somente o curso de graduação com a experiência e aprendizado fornecidos nas universidades não são suficientes para garantir o posicionamento dos profissionais no mercado de trabalho. Para enriquecer o currículo e atender aos requisitos das empresas, o profissional pode optar pela pós-graduação. Nos últimos anos, têm surgido diferentes

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Antes de escolher qual curso da pós-graduação estudar, os profissionais devem atentar-se a alguns requisitos. “O primeiro critério é buscar o alinhamento da pós com a sua carreira, verificando se ela agregará valor às suas competências e a sua carreira. Depois, deve analisar a credibilidade da instituição que está ofertando a especialização, se atende às exigências do MEC, além da grade curricular do curso e se o corpo docente tem experiências práticas e bem-sucedidas, que possa transferir ao seu aluno”, ressalta Eduardo.


O consultor destaca que, para o profissional estar apto ao mercado, deve ter uma mentalidade de crescimento e entender bem do negócio em que atua. “O que o mercado valoriza são os resultados que o profissional gera e a formação do profissional é o melhor meio para gerar esses resultados”, acrescenta. Segundo a Coordenadora dos cursos de pós-graduação e extensão da Faculdade CDL, Meirijane Anastácio, o diferencial de um profissional que faz a pós-graduação no mercado de trabalho se dá pela titulação de especialista, pelo incremento da carreira propriamente dita, pela facilidade de inserção no mercado, ou para conquistar promoções na empresa onde já atua, ou seja, diferenciais em termos de conhecimentos e financeiros.

mercado, incrementar o currículo e ter uma realização pessoal. É como se aumentasse a autoconfiança das pessoas que cursam, por acreditarem poder superar suas metas pessoais e profissionais”, destaca. Pós-graduação na Faculdade CDL Segundo Meirijane, a proposta da Faculdade CDL é gerar ensino de qualidade e este é o grande benefício que o aluno encontrará na instituição. Por isso, os cursos de especialização são planejados e voltados para o mercado de trabalho, atendendo às necessidades dos alunos. A especialização permite também que os conteúdos ministrados em sala de aula sejam postos em prática rapidamente e isto acontece pelo fato dos professores dos cursos da Faculdade CDL serem também profissionais, consultores e empresários destacados no mercado. “Isso dá mais visibilidade ao profissional dentro da empresa onde trabalha ou na empresa em que é o próprio gestor. O ato de receber o certificado de um especialista ao concluir o curso é outro contribuidor para que sua carreira receba o devido destaque. São professores de alto nível”, afirma.

Meirijane ainda ressalta que o momento mais adequado para fazer a especialização deve ser definido pelo profissional, dependendo da sua necessidade. “O importante é começar. Os cursos são geralmente em torno de um ano e meio, e esse período passa muito rápido. Quando as pessoas se dão conta, já estão concluindo. O que vale é fazer o curso para atender às exigências do

Os cursos de pós-graduação da Faculdade CDL são: Estratégia, Projetos e Processos; Gestão de Franquias, Gestão Estratégica de Negócios; Gestão Estratégica de Pessoas; Gestão Tributária nos Negócios Imobiliários e na Construção Civil; Administração e Marketing no Varejo; Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais, ICMS e Gestão de Cooperativas de Crédito.

Conforme a coordenadora, o mercado de trabalho espera inúmeras características de um profissional com especialização, pontuando algumas: • Um profissional com maior domínio da função, um expert naquilo que faz; • Que se destaque no estabelecimento de estratégias; • Que saiba conduzir melhor a equipe para uma alta performance; • Que seja mais parceiro da instituição ou empresa onde for trabalhar, pois espera-se que com a especialização, passe a ver a empresa de uma forma mais sistêmica; • Que enfrente às situações-problemas, buscando soluções e não culpados; • Que busque inovar sempre; • Que leve em consideração incrementos x custos e que saiba ponderar essas duas variáveis; • Que tenha visão do mercado, além da visão da empresa; • Que se arrisca, mas de forma consciente; • E que consiga planejar mais e improvisar menos, apesar do ritmo de mudanças que enfrenta no dia a dia. Ou seja, um profissional que consiga se antecipar e, para isso, é importante estar analisando os cenários. Isso ajuda na competitividade da empresa.

Mais informações: www.faculdadecdl.edu.br Fones: 85 3433-3045 e 3464-5522

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COMÉRCIO & MERCADO 105ª Retail Big Show - NRF 2016

Cearenses conferiram as novidades da maior feira de varejo do mundo

Diante do cenário econômico em que se encontra o país, muitos empreendedores buscam reinventar-se para encarar os desafios. Para os varejistas, a busca pela inovação pode trazer melhores soluções para os negócios. Pensando nos empresários do setor, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza comandou uma comitiva com 40 deles para participar da 105ª edição da Retail Big Show, promovida pela National Retail Federation (NRF), em Nova Iorque. Em janeiro deste ano, o maior evento de varejo do mundo reuniu mais de 35 mil empresários e ofereceu uma programação intensa de palestras simultâneas sobre como impulsionar o crescimento do setor, com networking em todas as atividades, apresentações de tecnologias e tendências de mercado na Expo Hall (área de exposições).

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“Não existe um setor mais empolgante para se trabalhar que o varejo”, afirmou Kip Tindell, Presidente da NRF e da The Container Store, no primeiro dia do evento. Dentre as delegações, a de maior destaque foi a da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), que comandou a maior delegação de brasileiros no evento. Com mais de 200 varejistas, a instituição, em parceria com a HSM Educação Executiva, esteve presente com sua curadoria, que deu suporte técnico, palestras e resultados dos principais conteúdos, além de notícias em tempo real, tudo realizado no hotel Marriott Marquis, em frente à Times Square, em NY. “Foram quatro dias de intensos debates, além de demonstrações de como a tecnologia deve estar alinhada com o setor. O evento é uma oportuni-

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dade para que os empresários implementem as experiências vividas na NRF em seus próprios negócios, fazendo prosperar cada vez mais o varejo nacional. A CNDL levou ao evento a maior delegação e isso comprova a luta do varejo em aumentar sua competitividade e produtividade em todo o Brasil”, ressalta o Presidente da CNDL, Honório Pinheiro. O Presidente ainda reforçou a importância da participação dos varejistas em eventos como esse. “Para enfrentarmos um ambiente competitivo como o nosso temos que nos preparar. A nossa meta é que o próximo ano ainda venham mais varejistas. É dessa forma que melhoramos o nosso setor”, destaca. Segundo o superintendente da CDL, Antonio Carlos Rodrigues, dentre as principais mensagens


da NRF 2016, a que chamou sua atenção foi a necessidade das empresas desenvolverem e cultivarem relações efetivas com os consumidores, coletando, analisando e aplicando os dados, à luz do perfil identificado. “Sustentar conexões bem-sucedidas nunca foi tão importante, em especial para a chamada geração millennials (nascidos nos anos 80). Esses jovens, que cresceram em um mundo digital, cercados de conectividade e bem informados são o futuro do varejo. É essencial que o negócio tenha um ‘propósito’ que possa ser adotado e compartilhado com eles. A importância e proximidade com a tecnologia são marcas dessa geração e para atrair e agradar esse consumidor millennium, é importante personalizar as ofertas, padronizar a linguagem, integrar as plataformas de TI e oferecer experiência de compra”, ressalta. Dentre os temas abordados na feira, o Presidente da CDL de Fortaleza, Severino Neto, ressalta a importância do setor de tecnologias, conteúdo discutido em algumas palestras, como na do uso do smartphone para que os clientes façam suas compras com mais agilidade. “Um dos temas mais mencionados foi a tecnologia como forma de auxiliar a venda. Houve também muitas palestras importantes, como a do General Colin Powell, a do ex-prefeito Rudolph Giuliani e de outras grandes lideranças, sempre abordando a relação do homem

com a tecnologia. Todas as palestras ditam as tendências de mercado e como são muitas, então é aí que a HSM entra, com o papel de fazer uma seleção e nos repassar o que é mais relevante”, destaca.

FCDL na NRF 2016 A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE) também se fez presente no maior evento de varejo do mundo. Para o Presidente da FCDL-CE, Freitas Cordeiro, a feira é muito significativa para os empresários que têm negócio no interior do Estado do Ceará, e destaca que eles devem buscar sempre acompanhar as tendências para agradar ao consumidor, que é um só em todo o mundo. “A feira se constitui em rara oportunidade de se trabalhar as tendências e diretrizes deste segmento cativante, que impacta o dia a dia das pessoas. Mesmo com algumas peculiaridades, o consumidor é o mesmo em todo mundo, buscando satisfazer suas necessidades, realizar seus sonhos, enfim, ser feliz. Em todo o mundo, inclusive no interior do nosso Estado, esse consumidor mudou e

o varejista que pretenda interagir com ele, precisa de igual forma, atualizar-se e mesmo antecipar-se surpreendendo-o”, destaca. Freitas Cordeiro ainda ressalta que “em uma economia cada vez mais globalizada, onde a cada dia as distâncias se encurtam, os meios de comunicação se multiplicam, o consumidor, independentemente de onde se encontre, tem acesso ao mundo fascinante das ofertas, tomando conhecimento de uma gama variada de produtos que atendem às suas necessidades e satisfazem suas expectativas. O comerciante que se proponha a conquistar esse consumidor e fidelizá-lo, tem a oportunidade de estar sintonizado com todos os avanços tecnológicos e tendências desse fantástico e pujante universo”. Segundo Michael Araújo, Presidente da CDL de Juazeiro do Norte, o que mudou na feira este ano em relação às anteriores é que o varejo impulsionou a retomada da economia americana e o mercado está mais aquecido. Para ele, o mais importante dos temas abordados foi o engajamento dos clientes por meio das redes sociais, levando a uma maior interação com ele e aliando a estratégia virtual à loja física, proporcionando uma nova experiência para o consumidor. “Se conseguir filtrar as ideias aqui e levar pelo menos 1% para dentro do meu negócio, já começo a mudança. Temos que ver o que

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COMÉRCIO & MERCADO 105ª Retail Big Show - NRF 2016

acontece mundo afora, o Brasil ainda é muito fechado para o mercado externo, precisamos nos abrir mais e assim nos preparar para o mercado cada vez mais globalizado. Nossos concorrentes não estão somente na nossa cidade e sim no mundo todo, por meio da internet. Temos que estar presentes também neste mundo físico, virtual e on-line”, salienta. Para o Diretor Distrital da CDL de Canindé, Walter Carneiro, os temas centrais abordados nas palestras servem de exemplo para levar à sua empresa, buscando sempre a inovação. “Nós retornamos com uma grande bagagem de conhecimentos que procuraremos levar adiante aos associados de Canindé. Os temas abordados nas palestras focaram o uso de plataformas on-line, tablets, smartphones e redes sociais como uma forma de conectar o varejista ao seu consumidor. E é o que pretendemos repassar aos nossos empresários”.

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A primeira palestra foi no dia 18 de fevereiro e contou com a presença do diretor geral da GS&MD – Gouvêa de Souza, o Marcos Gouvêa de Souza, que ministrou uma palestra sobre “Novos caminhos no mercado e no consumo global e local”.

Cenários do Varejo 2016 Toda a experiência vivenciada na 105ª Retail Big Show - NRF 2016 pôde ser repassada aos empresários e lojistas cearenses que buscam inovações para o seu negócio. Em sua 10ª edição, o evento “Cenários do Varejo”, promovido pela CDL de Fortaleza, recebeu especialistas renomados que fizeram uma síntese dos temas abordados na feira de Nova Iorque.

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Já no dia 19, as palestras foram: “O digital revolucionando o varejo”, com Caroline Giordiani, Diretora da GS&eComm; “Varejo e consumidor: conexões reais em um mundo digital”, com Alexandre Van Beeck; “Como crescer e se desenvolver com grandes concorrentes internacionais?”, com o moderador Marcos Gouvêa de Souza e Severino Neto, Deusmar Queirós, Liana Thomaz e Fernando Xavier como participantes; e “Os desafios dos varejistas brasileiros”, com Luiza Helena Trajano, da Magazine Luiza. Acompanhe a cobetura completa na próxima edição da revista.


COMÉRCIO & MERCADO CNDL

CNDL une-se a OAB para manifesto contra aumento de tributos

Leia abaixo a íntegra do manifesto: “Manifesto contra a criação ou aumento de tributos e pelo cumprimento dos compromissos do governo apresentados pela Presidente da República em seu programa de campanha eleitoral. Uma campanha eleitoral serve, no mínimo, para que o candidato apresente um programa de governo e com ele se comprometa publicamente em implementar. A presidente Dilma Rousseff não tratou de aumento de carga tributária ou de criação de tributo durante a sua campanha eleitoral.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, integrar o movimento vem junto aos interesses da entidade. “A CNDL representa cerca de 450 mil empresas brasileiras e a considera que adesão ao Fórum permanente da OAB é de grande importância. O efeito trazido pela economia atual criou um cenário de insegurança na vida de muitos brasileiros. Com o desemprego atingindo aproximadamente 8 milhões de pessoas no país, criar medidas e unir forças é de grande urgência”, explicou Pinheiro.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou em parceria com importantes confederações nacionais, entre elas a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), um manifesto contra a criação e aumento de tributos pelo governo federal. No texto, as entidades também cobram o cumprimento dos compromissos assumidos pela presidente da República, Dilma Rousseff, na campanha eleitoral de 2014, antes de ser eleita para o cargo que exerce.

Também assinam o manifesto a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional de Saúde (CNS) e a Confederação Nacional do Transporte (CNT). “Estamos todos juntos contra o aumento da carga tributária no Brasil. É chegada a hora de cortar despesas e não de sufocar o crescimento econômico da nação”, afirma o ex-presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Desde o dia 1° de fevereiro, Cláudio Pacheco Prates Lamachi é presidente da OAB Nacional.

As entidades que subscrevem esse manifesto vêm apresentar a sua firme convicção no sentido de que falta legitimidade política para a Presidência da República propor medidas que aumentem a carga tributária no Brasil, seja criando a CPMF ou aumentando a alíquotas dos tributos existentes. As entidades compreendem que o equilíbrio das contas públicas será encontrado com os cortes de despesas e com o incremento da atividade econômica, com a redução dos juros e o estímulo à atividade produtiva. A manutenção do emprego dos brasileiros deve ser realmente a prioridade do governo e o aumento da carga tributária em nada colabora para alcançar tal propósito. As entidades que subscrevem a presente, com a legitimidade de quem sempre se põe a serviço do Brasil pela estabilidade democrática e pelo respeito às instituições, conclamam a sociedade e as forças políticas a pronunciarem um rotundo não a qualquer aumento da carga tributária no Brasil”.

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INDICADORES Economia

A ESCOLHA “CERTA”

perior ao aumento de impostos diretos, como o imposto sobre a renda ou sobre o patrimônio. A primeira medida citada anteriormente insere no sistema tributário um imposto distorsivo, em cascata, que penaliza as transações bancárias.

A abertura das atividades do Congresso Nacional em 2016 foi marcada pela presença da Presidenta da República, cujo centro do discurso foi a recriação da CPMF, um imposto em cascata que incide sobre todas as transações bancárias. Além disso, o governo estuda o aumento da tributação sobre o lucro presumido, sobre fundos de renda fixa e outras aplicações financeiras. Em outra dimensão, há bem poucos dias atrás o governo anunciou um pacote de R$ 87 bilhões para estimular o crédito consignado, permitindo que os trabalhadores possam contrair empréstimos dando como garantia os seus recursos de FGTS ou o valor da multa rescisória. Por outro lado, no fim do ano passado o Governo resolve mudar as taxas de juros dos Fundos

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Constitucionais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste elevando a patamares de 15% em média, sob a justificativa de equalizar o custo financeiro desses recursos com a taxa de juros SELIC de curtíssimo prazo. Aparentemente de dimensões distintas, o que essas medidas têm em comum? O que elas têm em comum é que sob um pretexto de ajuste fiscal de curto prazo, o governo adota medidas que aprofundam ainda mais a recessão e não sinaliza para o mercado que fez a escolha “certa” para gerar crescimento econômico. A retomada do crescimento é o caminho mais rápido para aumentar a arrecadação tributária e garantir o superávit primário que o governo almeja, pois elevaria a arrecadação do IPI e do ICMS em um montante muito su-

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A segunda medida tem por objetivo aumentar a demanda por crédito com foco na expansão do consumo das famílias, como se o consumo agregado fosse um bom indutor do crescimento econômico no atual nível de endividamento das famílias. A medida correta seria estimular a demanda de crédito para investimento ao invés de consumo, pois assim o setor produtivo poderia gerar mais empregos e aumentar o poder de compra da população, hoje em queda. A terceira medida eleva a taxa de juros dos Fundos Constitucionais como se as taxas estivessem impactando as despesas primárias do Governo, a exemplo do que acontece com uma parcela dos recursos do BNDES. Na verdade os recursos dos Fundos Constitucionais não fazem parte do orçamento do Tesouro, pois são despesas já vinculadas pela Constituição em que são destinados


3% da arrecadação do IPI e do Imposto de Renda para financiar a atividade produtiva nas regiões brasileiras de menor renda per capita. Como a economia se encontra em recessão, seria mais prudente e recomendável que o governo baixasse as taxas, ao invés de subir, mantendo o nível de investimento nessas regiões. Fica claro que em períodos de recessão é fundamental adotar medidas contra-cíclicas, que diminuam o desemprego e acelerem a retomada do crescimento. No ano passado, a recessão atingiu fortemente o varejo nacional. Mais de 80 mil lojas foram fechadas, com redução de mais de 180 mil empregos. Grandes varejistas como Walmart, Ponto Frio, Casas Bahias, Extra, Marisa e C&A fecharam juntas 153 unidades. O cenário macroeconômico para este ano demonstra que ainda teremos um período de ajustes, principalmente em virtude da inflação resistente, da taxa de juros elevada, do elevado nível de endividamento e baixo nível de investimentos.

De acordo com o QUADRO.1, observa-se que o Brasil deve enfrentar mais um período de queda na produção e no emprego, embora conte com um ambiente externo mais otimista, principalmente em virtude da recuperação do comércio internacional, reforçado pelo crescimento da economia americana e pela taxa de câmbio no nível de $ 3,75.

Análise do setor de comércio De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, o volume do comércio varejista nacional em novembro/15 apresentou uma queda de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No ano passado a expansão tinha sido de 1%. No acumulado do ano a queda atingiu o patamar de -4%, um desempenho muito ruim para esse setor. No mês, o melhor desempenho ficou por conta do segmento de artigos. farmacêuticos, médicos, ortopédicos e perfumaria, com uma expansão de 2%. O pior desempenho se deu no segmento

de livros, jornais, revistas e papelarias, com queda de -18,6%. No caso do varejo cearense, no mês de novembro/15 o setor apresentou queda de -7,7%, equiparando-se ao desempenho nacional. O desempenho acumulado até novembro/15 foi de -4,1%, um dos piores resultados nos últimos cinco anos. No Ceará, o segmento de melhor desempenho foi o de artigos farmacêuticos, medicos, ortopédicos, perfumaria e cosmético, com crescimento de 4,4%. O segmento de pior desempenho foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com uma queda no volume de vendas de -27,5%. Com esse resultado, o varejo cearense deverá apresentar um desempenho em 2015 ruim, com queda de -4,2%, semelhante ao desempenho nacional. Em 2016 as expectativas não são as melhores, mas acredita-se que deverá haver um importante ganho de eficiência operacional e administrativa no setor varejista.

De olho nos números QUADRO.1. CENÁRIO PARA 2016

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COMÉRCIO & MERCADO Benefício

CDL, Camed Corretora e Mapfre lançam

seguro

educacional

Não é de hoje que as pessoas fazem algum contrato para garantir compensação em caso de prejuízo. A origem do mercado de seguros está na Antiguidade. De lá para cá, é evidente, esse mercado cresceu e se diversificou. Mas, deu um salto significativo, sobretudo, recentemente. “Na última década os brasileiros conseguiram aumentar seu patrimônio, e isso faz com que queiram protegê-lo”, explica Luciene Magalhães, sócia da consultoria KPMG. “Nesse período, o setor teve um crescimento médio de 10% ao ano, bem acima do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB)”, aponta. Ainda assim, uma pesquisa do Instituto Datafolha de março/2015 mostrou que 82% dos brasileiros não possuem nenhuma modalidade de proteção. Entre os que têm seguro, de acordo com a KPMG, os maiores valores são gastos com as variedades que pagam indenização ao próprio segurado ou à família dele (incluem, entre outros, vida, educação, viagem, funeral), carro e saúde, nesta ordem.

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De acordo com Tatiana Roberto de Paula Barroso, Gerente Territorial de Riscos Pessoais da Mapfre Seguros, “Infelizmente, seguro é visto no Brasil como custo e não como benefício que poderá ajudar a família em qualquer eventualidade para o que foi contratado, seja ele educacional (em que o aluno terá o auxílio de ter suas mensalidades pagas em eventualidades) ou seguro de vida (que poderá ajudar a família a se recuperar da eventual falta de um ente provedor)”, afirma. Sabendo da importância de se possuir um seguro, de uma forma em geral, a CDL de Fortaleza fez parceria com a Camed Corretora e a Mapfre Seguros para oferecer aos associados várias modalidades de proteção, com condições diferenciadas. Inicialmente, será ofertado o seguro “Mapfre Proteção Educacional Multiflex” às escolas associadas à CDL. O seguro cobre a falta do responsável financeiro em caso de morte por qualquer causa ou invalidez por acidente no ciclo contratado e perda de renda na quantidade de parcelas contratadas pela instituição escolar. “Para as escolas é muito importante este tipo de seguro. Ele ajuda no planejamento

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financeiro e na evasão de alunos, pois a instituição poderá receber do seguro - caso o responsável seja elegível - as coberturas contratadas”, explica Tatiana. Ficou interessado? Entre em contato com a nossa Área de Negócios e Relacionamento e saiba mais: (85) 3464.5506 | faleconosco@cdlfor.com.br

Diferencial para associados CDL • Planos diferenciados com taxas atrativas. • Atendimento especializado pela Camed Corretora e sucursal Mapfre Fortaleza. • Carteirinha do estudante personalizada. • Assistência para funeral. • Cobertura de DMHO (Despesas Médicas Hospitalares e Odontológicas). • Assistência 24h para os alunos das instituições de ensino e em qualquer parte do globo terrestre.


Marcos Braun

PROCURA-SE: onde está o Messi da sua empresa? Marcos Braun Consultor, Professor de MBA, Coach e Conferencista Nacional Contato: marcos@marcosbraun.com.br Facebook: consultormarcosbraun www.marcosbraun.com.br Em janeiro, Lionel Messi recebeu pela 5ª vez o prêmio Bola de Ouro, que já o consagrou como o melhor jogador do mundo. Messi consegue manter-se individualista sem abandonar o espírito coletivo. Sua parceria com Suárez e Neymar, rendeu 137 gols e cinco de seis títulos disputados em 2015. Ainda vivemos a era Messi! É válido mencionar o desafiante começo de carreira deste atleta: Portador de problema ósseo na infância que retardava seu crescimento, foi necessário um tratamento que custava 900 dólares mensais, o qual o pai de Messi tinha dificuldades de manter e com isso tentou um acordo com alguns clubes argentinos, mas todos recusaram-se a ajudar o atleta. Então, seu pai resolveu levá-lo para o exterior, tentando a sorte no Barcelona da Espanha. No começo houve uma hesitação do clube em pagar o tratamento, mas percebendo ser o jogador um possível talento, o Barcelona investiu. O clube tinha uma visão de longo prazo e fazia cumprir a sua missão ao investir em jovens talentos, desenvolvendo uma sólida política de valorização de pessoas. Hoje, Messi é um jogador indispensável para qualquer esquema tático, porque não dizer, estratégia empresarial. Analogamente ao contexto organizacional, procura-se um Messi, ou quem sabe, vários Messi`s. E que tal refletir:

Quem é o Messi da sua empresa? Continuamente, é possível notar gerentes e profissionais de recursos humanos preocupados com planos de retenção de talentos. O dinheiro já não é mais o principal chamariz dos profissionais qualificados, que buscam possibilidades de crescimento e aprendizado dentro das organizações. Podemos perceber com frequência nas empresas atuais a ausência de uma política clara de treinamento e desenvolvimento. Ou melhor, as empresas até treinam, mas permanece a dúvida: o treinamento tem desenvolvido competências? As organizações em vários momentos limitam-se a Programas de Treinamentos que, muitas vezes, não estão alinhados à Estratégia do Negócio, e isso em médio prazo pode passar de uma percepção de Investimento para outra de Custo. Ao pensar em reter e desenvolver talentos, é preciso que as empresas mostrem aos seus profissionais a possibilidade de futuro; desta forma terão motivos para permanecerem na organização. Especialmente para as gerações mais novas, é importante mostrar que podem inovar e crescer. O profissional precisa ter autonomia, ter a chance de errar por tentar, e não por não

fazer. Uma das vantagens da retenção de talentos é a eliminação de novos custos com seleção, treinamentos e tempo de adaptação. Mas, para que exista a retenção, é preciso que a seleção tenha critérios rigorosos quanto à qualificação técnica dos candidatos e em relação às suas características comportamentais. O grande erro das empresas é focar muito no currículo do profissional e não medir o grau de divergência entre o perfil buscado pela empresa e o perfil apresentado pelo candidato. Isso pode causar um choque que resultará em insatisfação, e provavelmente no afastamento deste funcionário, que acabará permanecendo pouco tempo na organização. Caro leitor, sugiro que sua empresa reflita sobre algumas estratégias propostas abaixo para manter a motivação de funcionários de alto potencial, e desenvolver algum “Messi” internamente: 1. Nomear um mentor para instruir e dar direcionamento ao talento; 2. Adotar uma política de remuneração variável; 3. Subsidiar cursos e treinamentos; 4. Tornar o funcionário responsável por um projeto que seja de seu interesse; 5. Garantir horários flexíveis e implantar programas de qualidade de vida; 6. Oferecer feedback de forma contínua.

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COMÉRCIO & MERCADO CDL Jovem

Não custa nada sermos um pouco mais gentis e educados, tratarmos melhor as pessoas e zelarmos mais pelo mundo”, ressalta.

Terminar 2015 e começar 2016 pensando, refletindo, perguntando, lendo, observando, assistindo e aprendendo foram as atitudes tomadas pela Presidente da CDL Jovem, Jamila Araújo. Segundo ela, o foco para este ano é: mudar hábitos para se tornar uma pessoa melhor, mesmo com a conscientização de que as mudanças acontecem rápido, mas que não são fáceis. “Mudar exige foco e mantê-lo é difícil, mesmo porque hábitos têm a ver com aquilo que acreditamos, e nem sempre o que cremos é a melhor opção. Quando agimos de forma inconsciente é até uma boa desculpa, mas

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depois que percebemos atitudes que nos limitam, podemos sentir o alívio de que ainda há tempo de mudar, porém com uma pequena frustração do “por que não fiz antes”, afirma. Para a Presidente, a gratidão é a característica que impacta o mundo, e defende que todo ser humano deve ser grato por tudo e a todos, até mesmo praticando mais doações ou fazendo mais filantropia. “O ideal seria que as pessoas ensinassem a pescar, ao invés de dar o peixe, se doar não esperando retorno, seja para um mundo melhor, sem miséria, boa educação para todos, novas descobertas de curas de doenças.

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Ainda segundo Jamila, colocar a responsabilidade e a culpa nos outros não leva a nada. O aconselhado é que as pessoas não se sintam envergonhadas dos fracassos, porque se há falha é porque há tentativa e isso já é motivo de orgulho. “Quanto mais fracassamos, mais nos aproximamos do sucesso. O fracasso deixa você mais criativo, focado, disciplinado, com brilho nos olhos, persistente, autoconfiante e corajoso. Mas não seja bobo de cometer os mesmos erros, e sinta prazer e amor pelo caminho da busca ao sucesso, porque a vontade de buscar os meios tem que ser maior do que a de vencer”, destaca. Esse é o convite da Presidente da CDL Jovem a todos: mudança, a começar pela casa, trabalho, prédio, bairro e assim por diante. A soma das pequenas mudanças em cada um gera melhores hábitos para todos. “Estou ainda no caminho e só pretendo parar quanto ‘bater as botas’”, finaliza.


COMÉRCIO & MERCADO Alfe

Visão de expansão e integração na nova década da Alfe

Cãndida Portela, Fátima Duarte e Selma Cabral

Vencer o tempo e ultrapassar barreiras dentro de limites conjunturais será o grande desafio da Alfe nessa próxima década, em que se vislumbra mudanças e novas expectativas de crescimento, assim anuncia a Presidente, Selma Cabral. Segundo afirma, como o Brasil passa por uma crise existencial de valores, alguns pontos merecem ser revistos na escala moral e social, onde existem maiores danos e que se refletem nos outros setores, tanto na economia quanto nos projetos de investimentos que levam ao crescimento. “Tudo está contextualizado

numa análise mais sucinta nessa mensagem e a Alfe, que abriga a maioria das empresárias do Ceará, concentradas em Fortaleza, sente e se ressente com todo esse processo, deixando seus passos em um terreno mais seguro, por meio de ações ponderadas e avaliadas para sua projeção e aplicação de projetos e capital. A Alfe na sua representatividade e legitimidade institucional tem objetivos e metas definidas, entre as quais de proporcionar ao seu quadro associado, informações abalizadas sobre a conjuntura atual, apresentando riscos e possibilidades de avanço. Para tanto, agendamos palestras e fóruns de debates sobre temas de interesse da categoria, com foco na sustentabilidade

das suas empresas e permanência no mercado”, destaca a Presidente. Selma ressalta ainda que a visão de expansão será exercitada por meio da criação de unidades e núcleos associativos em outros municípios, agregando outras profissionais e empresárias em um mesmo projeto de crescimento coletivo contido no projeto Social Empreendedora, enquanto a integração se dará por meio de parcerias com as instituições apoiadoras do projeto a exemplo da CDL e FCDL, SEBRAE e BNB, que serão envolvidas para esse fim. “Essa é nossa visão e esse será o nosso caminho a ser perseguido na Gestão Compartilhada Alfe nessa nova década”, finaliza.

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MOMENTO CDL Na História

Momento CDL

na História

Em agosto de 1962, a presidência do Clube dos Diretores Lojistas foi repassada por Rubens Lima Barros a Clóvis Rolim. Rubens Lima atuou na gestão de 1959 a julho de 1962. Já Clóvis Rolim foi Presidente no período de julho de 1962 a julho de 1963. Há dois anos, Clóvis vem se envolvendo cada vez mais com as questões enfrentadas pelos lojistas. A sala alugada na Rua Barão

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do Rio Branco se fazia pequena para acomodar os representantes das mais de 60 lojas ou firmas ligadas a CDL. Algumas das reuniões se davam nos clubes sociais da cidade, como Náutico, Ideal Clube, Clube dos Diários, Clube Iracema e até frequentemente na casa de Rubens Lima. Dentre essas reuniões, a foto acima registra no centro, os dois primeiros Presidentes da CDL de

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Fortaleza, Rubens Lima Barros e Clóvis Rolim, em um momento importante no qual recepcionavam autoridades e convencionais do Ceará e dos estados do Nordeste na 2ª Convenção do Comércio Lojista do Nordeste, realizada em Fortaleza no período de 12 a 14 de julho de 1962. Entre as autoridades, estava presente também o Governador José Parsifal Barroso, com a gestão entre março 1959 a março 1963.


GIRO de Notícias A sétima edição da Fortaleza Liquida começa no próximo dia 25/02 e vai até o dia 07/03. A cada R$ 30,00 em compras, os consumidores receberão um cupom para concorrer a 2 Toyotas Corolla e mais 10 prêmios de um ano de supermercado grátis (limitado a R$ 500,00/mês). Se pagar com cartão de crédito na maquininha da Rede, o cliente ganha cupons em dobro. E mais: o vendedor ganha R$ 1.000,00, caso o cliente atendido por ele seja sorteado. Se você, associado, ainda não fez sua adesão, entre em contato: (85) 3464.5506 / faleconosco@cdlfor.com.br É o que mostra uma pesquisa do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o estudo, apenas 24% dos consumidores trocam de supermercado por causa do preço. Além disso, a grande maioria (51,1%) não pesquisa preço antes de comprar. A pesquisa indica ainda que, ao comprar, quatro em dez não tentam barganhar desconto e apenas 20,4% costumam guardar dinheiro para comprar os produtos à vista. “Isso reforça a ideia de comodismo. O consumidor está acostumado com aquele local e não troca, mesmo que isso signifique pagar mais”, avalia José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil.

Fortaleza Liquida começa dia 25 de fevereiro

Oito em dez brasileiros pagam mais, mas não trocam de loja

CDL quer mais liberdade no horário das lojas Com o intuito de impulsionar as vendas do comércio varejista na Capital, o presidente da CDL de Fortaleza, Severino Neto, defende que haja maior liberdade com relação ao horário de funcionamento das lojas. Para ele, a medida favoreceria o crescimento do comércio e a geração de mais empregos. Como exemplo da viabilidade da proposta, o presidente cita a Feira da José Avelino, que funciona durante as madrugadas de quinta-feira e domingo, no Centro. “A força do comércio da José Avelino mostra o que o comércio de Fortaleza poderia ser, o que pode crescer. Temos um mercado consumidor forte. O que nós mais pontuamos é que a gente precisa de mais liberdade para trabalhar”, diz Neto. Pesquisa do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela: boa parte dos brasileiros acredita que, ainda este ano, as finanças pessoais devem melhorar. Consumidores das classes C, D e E são os mais otimistas. O grupo contempla, ainda, 10,8% que mantém a esperança de conseguir um emprego ainda este ano. Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o maior nível de esperança nessas classes se justifica porque foram as famílias de menor renda as mais penalizadas com as dificuldades econômicas em 2015. “Os ajustes para os consumidores foram bem severos. Para eles que tiveram que se ajustar mais, a expectativa é de melhora”, diz.

63% acreditam que finanças vão melhorar

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DIÁLOGOS Nelson Gonçalves

Enfrente a crise com AMOR!

Nelson Gonçalves é palestrante especialista em vendas, atendimento ao cliente, liderança e motivação/energização. Professor na Escola de Vendas KLA e autor do livro Como chatear clientes. www.nelsongoncalves.com.br Minha missão nesse espaço é incutir ideias, discutir cenários, apresentar caminhos e propor reflexões sobre Atendimento ao Cliente, o que, sob a minha ótica e percepção, é orientação e comportamento fundamental no sucesso ou fracasso do negócio e, também, um ponto nevrálgico em muitas empresas. Sabemos, por óbvio, que o atendimento ao cliente, reflete em muito a cultura do dono da empresa. Afinal, o colaborador, por mais bem intencionado, profissional e capacitado que seja não faz o milagre de germinar em solo árido e infértil. Em períodos turbulentos e de incertezas como esse, de travessia complicada, onde as empresas tendem a repensar padrões, cortar postos de trabalho e contingenciar investimentos, a qualidade do atendimento ao cliente pode fazer toda a diferença entre prosperar, sobreviver ou sucumbir. Sim, porque atendimento ao cliente é ciência e vai além do bom dia e do ultrapassado “Posso ajudar?” Pode ser que você, que chegou até aqui, esteja se perguntando: Tá! E o que o amor tem a ver com isso? Que raio de amor é esse? O articulista endoidou?! Vou tratar aqui de um acróstico com a palavra amor, mas afirmo que, independentemente do

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acróstico, por trás da aparente fragilidade do amor existe sutileza e uma monumental fortaleza atitudinal para vencermos a crise, ou minimamente, ferramentas encorajadoras para o enfrentamento. Acompanhe. ATITUDE não é aquele grandioso arroubo percebido por todos em momentos de exceção. É uma construção diária, que nos dá norte para decidir o melhor caminho. É olhar mais no para-brisa que no retrovisor; é ter coragem para o enfrentamento. É movimentar-se em direção à crise com ferramentas e certezas. Atitude é capacitar o TIME o tempo todo para ser o diferencial na praça; é permanecer íntegro e empenhado no propósito. É comprometer-se com resultados; é sair de trás do balcão e ir pra rua prospectar novos clientes e parceiros; é realizar Convenção de Vendas e alinhar a empresa inteira a ter foco no foco do cliente. É vender lenços! MOTIVAÇÃO, que é também atitudinal, porque só você pode fomentar a sua motivação. Mas um bom caminho é acreditar – o que é verdade – que a crise vai passar e os resistentes e motivados sairão fortalecidos, com o couro grosso, com mais repertório, mais clientes, mais sapiência e mais fé. Motivação tem a ver com alegria,

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coragem e determinação para fazer acontecer. Gestor motivado serve de exemplo e contamina o time a fazer e entregar mais! ORGANIZAÇÃO define se você tem controle do negócio. Empresa organizada compra, precifica e vende melhor. Na bonança, a desorganização até passa despercebida, mas na crise os pacotes começam a despencar sobre as cabeças e o resultado é perda de tempo e dinheiro. Parabéns se você chegou aqui organizado: impostos, pagamentos, controle de estoques, fluxo de caixa. RESILIÊNCIA é a capacidade de contornar problemas e dificuldades e manter a integridade. Você não precisa ser o canário da mina, que morre envenenado, para que os mineiros saibam que na mina está contaminada com monóxido de carbono. O comerciante e empreendedor é resiliente por essência. Então, nesses dias bicudos onde encontramos um profeta da crise em cada esquina, indico AMOR como ferramenta para superar as dificuldades e manter seus clientes felizes e compradores. Como na frase do grande treinador John Wooden: não deixe o que você não pode fazer interferir no que você pode.


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