Revista Fraternidade, 3º e 4º Trimestre de 2015

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revista

Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo – Brasil Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha – Espírito Santo

FRATERNIDADE Publicação Paroquial – Edição n.º 22 3.º e 4.º Trimestre de 2015

Ano Santo:

ninguém excluído da misericórdia de Deus


sumário

16 celebrações natalinas

12 ano santo da misericórdia

FRATERNIDADE Comunidades

Rua Doutor Jair de Andrade, s/n.º Praia de Itapoã - Vila Velha - Espírito Santo - Brasil Tel.: (27) 3329-8700 / Fax: (27) 3349-1491 paroquia@portadeassis.com.br

Páginas 4 a 7 Páginas 8 a 10

Por um mundo ético Página 11

A palavra do Pároco Páginas 18 e 19

Reflexão Páginas 20 e 21

Ecologia Página 22

Permanentes Atividades Religiosas Página 22

14 advento e natal

www.portadeassis.com.br

Aconteceu

PÁROCO Padre Hiller Stefanon Sezini VIGÁRIO PAROQUIAL Padre Tiago Roney Sancio EDIÇÃO Mile4 Assessoria de Comunicação Tel.: (27) 3205-1004 JORNALISTA RESPONSÁVEL Ilda Castro – MTb 203/80 ilda@mile4.com.br Colaboradores desta edição Pe. Hiller Stefanon Sezini, Pároco; Pe. Dalton Barros de Almeida, CSSR, Belo Horizonte – MG, Jhonatan Roger Rodrigues Dias, Secretário Executivo da Paróquia São Francisco de Assis, Coordenador da Escola Fé e Vida – Curso Livre de Teologia para Leigos, Graduando em Teologia pelo Claretiano Centro de Ensino e Professor de Filosofia; Padre Tiago Roney Sancio, Vigário Paroquial; Leonardo Felix, Marketing da Editora Goiânia-GO FOTOS Acervo Paroquial Dete Fotografias: (27) 99886-2211 PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Comunicação Impressa Tel.: (27) 3319-9062 impressa@impressaweb.com.br www.impressaweb.com.br IMPRESSÃO Gráfica e Editora GSA Tel.: (27) 3232-1266 TIRAGEM 3.000 exemplares Distribuição gratuita


editorial

Prezados (as) Irmãos (ãs), Pax et Bonum! 1.ª Consideração: O ano de 2015 chega ao fim! De nossa parte duas sinceras atitudes, isto é, primeira a de louvor e gratidão a Deus, Pai de infinita bondade e misericórdia, por tudo o que nos proporcionou viver e realizar de bom e maravilhoso ao longo deste ano, sua dádiva. Tenho certeza de que parte de seu Reino de Amor, Paz, Justiça e Verdade realizamos aqui com as nossas ações apostólicas e missionárias. Segunda a de um pedido de perdão, sincero e profundo, pois nem tudo o que fizemos foi com tão grande amor e dedicação assim. Muitas vezes fugimos da vontade de Deus e por comodismo e falta de coragem realizamos as nossas vontades meramente humanas. Cada qual pode fazer a sua “retrospectiva” e o que encontrar de bom, aperfeiçoe e o que encontrar de ruim, procure melhorar, mudar, consertar e converter! 2.ª Consideração: Quero de coração agradecer aos colaboradores da grande empreitada paroquial neste ano que já chega ao fim, nosso querido amigo e irmão Padre Tiago Roney Sancio – Vigário Paroquial, o Diácono Permanente Srº Cláudio Pereira Lazarini, as Irmãs Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará (da Família Religiosa do Verbo Encarnado), as Irmãs Francisclarianas Pobres de Jesus Cristo e os Freis Franciscanos Pobres de Jesus Cristo (ambos da Fraternidade “O Caminho”), bem como os Coordenadores e Membros das diversas Equipes, Grupos, Pastorais e Movimentos, além dos Funcionários, Coordenadores e Tesoureiros das Comunidades Eclesiais da nossa Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha/ES. A todos, indistintamente, meu muitíssimo obrigado pela preciosa ajuda, apoio e paciência!

3.ª Consideração: Espero continuar contando com a participação de todos os membros fiéis e paroquianos no ano de 2016, especial por ser o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia (08 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016) por vontade expressa de Sua Santidade o Papa Francisco. Sejamos membros ativos e missionários da nossa querida e amada Paróquia, Comunidade de Fé e de Amor, “Igreja sempre em saída”, preocupada com a evangelização e a atração de novos membros, firmando-nos todos em torno da Palavra e dos Sacramentos. Sempre a caminho como imagens vivas que anunciam e cantam as Misericórdias do Senhor! 4.ª Consideração: Peço aos meus paroquianos que se empenhem e se comprometam na oração pelas vítimas das catástrofes e das guerras que assombram o Brasil e o Mundo, ceifando vidas de toda a espécie, conforme temos assistido ultimamente. Certamente, tudo isso é desonroso e desumano. Para lembrar as palavras do Papa Francisco à cerca dos últimos tristes episódios “Deus chora, Jesus Chora”. Vamos juntos sustentá-los com a nossa oração, grande gesto de solidariedade espiritual, se não podemos fazer mais do que isso! Indignados sim, mas sem perdermos a fé, a esperança e a caridade! 5.ª Consideração: Enfim, nesta última Edição 2015 da Revista Fraternidade você, caro leitor, paroquiano, amigo e irmão, poderá conferir, como sempre, fatos e fotos, bem como textos para a sua melhor formação e informação, tais como: “Viver em Paz”, “O Rosto da Misericórdia”, “Advento do Natal”, “Em Nome de Deus, Indulgente e Misericordioso” e “Ministério Ordenado e Espiritualidade”, além das boas notícias e momentos de suas comunidades.

Auspiciando-lhes um Santo e Feliz Natal do Senhor Jesus e um Ano Novo repleto de novos sonhos e esperanças com as bênçãos de Deus e de Nossa Senhora e com o carinho de seu Irmão, Pastor e Amigo de sempre,

Pe. Hiller Stefanon Sezini Pároco


comunidade bom pastor

Bordadeiras da Bom Pastor fazem bazar com renda para a ALFAS O Bazar das Bordadeiras, uma movimentada promoção da Comunidade Bom Pastor, foi realizada entre os dias 07 e 08 de novembro do corrente ano, registrando grande sucesso. Quem compareceu pôde ver os belos e delicados trabalhos manuais confeccionados com carinho durante todo o ano pela equipe das “meninas dos Bordados”, como são chamadas carinhosamente pelo Pároco as senhorinhas que integram o grupo. As peças produzidas para cama, mesa e banho, entre outros, todas feitas à mão com técnicas diversas, foram muito elogiadas. Sempre dispostas, as bordadeiras se reúnem semanalmente em uma das salas da Comunidade Bom Pastor para rezar e produzir o que será exposto no bazar no final de cada ano. Boa parte da renda adquirida é revertida em doações para a Associação Lar Frei Aurélio Stulzer (ALFAS), que ajuda cerca de 75 crianças carentes. Quem desejar conhecer e até integrar-se ao grupo das “Meninas dos Bordados” para ajudar o Lar Frei Aurélio Stulzer pode entrar em contato com a Secretaria da Comunidade Bom Pastor pelo telefone (27) 3299-5538.

Comunidade Santa Clara de Assis

Boas notícias na Santa Clara de Assis A Comunidade Santa Clara de Assis traz boas novas. O projeto arquitetônico de seu Templo está sendo feito pela arquiteta e membro da Arte Sacra da Cúria Arquidiocesana de Vitória, Raquel Schneider. O próximo passo será enviar o projeto para aprovação da prefeitura e, após liberado, viabilizar os recursos necesários para a obra. A expectativa é de que esses trâmites legais sejam cumpridos em até 90 dias. Quanto ao projeto, a primeira fase, que inclui sondagem de terreno para cálculos estruturais, foi devidamente finalizada. Após sua conclusão, ele será entregue ao empresário e construtor Jairo Spalenza, que aceitou o convite do Pároco para cuidar das futuras obras do Templo. Esperamos numa próxima oportunidade apresentar aqui o Projeto Arquitetônico.

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Bazar da obra Outra notícia relevante para todos que compõem a Comunidade de Santa Clara de Assis é o bazar beneficente que continua funcionando na sede da Comunidade, isto é, na Rua Milton Caldeira, nº 58. Ele acontece de quinta a sábado, das 14 horas às 17h30, e no sábado, de 8 às 12 horas, até a construção do Templo começar. O envolvimento de todos é de extrema importância. Não só daqueles que querem adquirir novos produtos, mas também dos que desejam fazer doações, pois toda a renda do bazar é revertida para ajudar no pagamento do imóvel. A participação de todos é muito importante, pois a nossa união faz a força.


Comunidade São Pedro Pescador

Comunidade São Pedro Pescador realiza ECRICRI No dia 18 de outubro, cerca de 50 crianças se reuniram na Comunidade São Pedro Pescador para o Encontro de Crianças com Cristo, o ECRICRI. Proveniente das Comunidades São Pedro Pescador e Nossa Senhora de Guadalupe, o grupo participou com o objetivo de se preparar espiritualmente para a Primeira Eucaristia, realizada no dia 22 de novembro, Domingo de Cristo Rei. Nesta data, as crianças contaram com muita animação, garantida pelos jovens da equipe da música e animação. O encontro teve também a presença

do Frei Cléofas, PJC que falou sobre a importância da Santíssima Eucaristia e apresentou os objetos litúrgicos que são usados durante a Celebração da Santa Missa. E as crianças não foram os únicos convidados especiais do evento. Os pais também compareceram e assistiram a palestra que falou sobre o “compromisso da família na futura jornada dos filhos”. Depois das orientações e aconselhamentos, as crianças participaram de uma gincana bíblica e brincando, colocaram

em prática o conteúdo que aprenderam no decorrer da catequese. Ao final do dia, participaram, ainda, de um lanche coletivo e de uma Santa Missa junto aos pais e a Comunidade Eclesial. O ECRICRI aconteceu também em outras Comunidades Eclesiais da paróquia no mesmo dia, pois o evento já faz parte do calendário anual da catequese Infantil em preparação para a Primeira Eucaristia.

Comunidade Sagrado Coração de Jesus

Comunidade Sagrado Coração de Jesus proporciona mais conforto para fiéis As obras de reforma e melhorias das instalações da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, iniciadas em setembro, têm previsão de conclusão para dezembro. “Tendo como principal objetivo a reforma do auditório no terceiro pavimento, um pedido antigo do nosso Pároco, o espaço passará a ser aproveitado de maneira mais adequada para as utilidades da Comunidade e também da Paróquia São Francisco de Assis como um todo”, afirmou a Sra. Gisele Romano, uma das coordenadoras da Comunidade Sagrado Coração de Jesus. Tal necessidade decorre do fato de que , atualmente, em todas as seis Comunidades Eclesiais que integram a Paróquia, existirem apenas dois espaços que comportam reuniões com número maior de pessoas: o auditório da Comu-

nidade São Francisco de Assis - Matriz (com capacidade para 176 pessoas sentadas) e o auditório da Comunidade São Pedro Pescador (com capacidade para 70 pessoas sentadas). Todavia, a reforma prevista não ficará restrita ao auditório da Comunidade Sagrado Coração de Jesus. As salas de reuniões e catequeses, os banheiros masculino e feminino no segundo pavimento, a pintura da parte interna e a instalação de um novo sistema de som na nave da igreja, bem como melhorias no mezanino onde se localizam as equipes de canto, também fazem parte do projeto de reforma e conservação, dando maior qualidade e conforto sonoro às pessoas que participam das Santas Missas, entre outras atividades e que utilizam os espaços da Comunidade.

As obras foram viabilizadas financeiramente graças à participação ativa e generosa da Comunidade na grande ação social “Vem Católico, construa a sua Igreja” e do comprometimento e pontualidade dos irmãos dizimistas que fidelizam ali o seu Dízimo. O Conselho da Comunidade explicou, ainda, que seriam necessárias muitas outras melhorias na Comunidade, no entanto, foi preciso priorizar as mais indispensáveis para o momento. Contudo, as devidas observações dos membros conselheiros foram anotadas e no tempo oportuno, dentro das possibilidades da Comunidade, serão postas em prática. Para tanto, pedimos que os irmãos continuem nos ajudando a fazer melhorias naquilo que pertence ao bem comum!

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Comunidade nossa senhora de guadalupe

Montagem da estrutura metálica. Mais uma importante etapa vencida Programação da Festa 2015 de Nossa Senhora de Guadalupe De 5 a 12 de dezembro, a Comunidade de Nossa Senhora de Guadalupe festeja a sua Padroeira, Mãe e Rainha. Informe-se sobre a programação religiosa e festiva preparada e participe! Aos poucos o lindo sonho da construção do Templo de Nossa Senhora de Guadalupe e todo o seu complexo vai se tornando realidade. Nas últimas semanas, um importante momento da obra está está acontecendo. A montagem das estruturas metálicas segue a todo o vapor, com previsão de conclusão até o final do ano. Uma das coordenadoras da Comunidade de Nossa Senhora de de Gualadupe, Catharina do Carmo Néspoli, lembra que esta etapa da construção está totalmente paga e ressalta “por isso, faço um grande agradecimento a todos os membros da nossa Comunidade, que, incansavelmente, contribuem

com nossa construção. É nessa união e com ajuda de Deus que estamos num total crescimento espiritual e temporal; é com Maria Santíssima, a Virgem de Guadalupe, passando a frente que vamos vencendo as dificuldades e batalhas que o dia a dia apresenta e, em breve, com a ajuda de todos, veremos nossa Comunidade totalmente erguida.” Um bom exemplo de como os fiéis estão cada vez mais unidos, são as missas, sempre cheias, até mesmo nos dias de grande calor. “Nada os afasta da sua fé e do compromisso com a construção de sua igreja, pois todos querem ver esta obra se concluir”, afirmou Catharina.

novos projetos

05/12 (sábado) 18h - Santa Missa das Capelinhas Missionárias de Nossa Senhora de Guadalupe

06/12 (domingo) 11h - Missa

07/12 (segunda-feira) 19h30 - Santa Missa

08/12 (terça-feira) 19h - Terço dos Homens (como de costume) 19h30 - Santa Missa do dia da Imaculada Conceição de Maria (com a bênção dos pães de Santo Antônio como de costume) 09/12 (quarta-feira) 19h30 - Santa Missa do 1º dia do Tríduo - Dia de São João Diego

10/12 (quinta-feira) 06h30 - Santa Missa seguida de adoração ao Santíssimo (o dia inteiro, como de costume) 19h30 - Santa Missa do 2º dia do Tríduo 11/12 (sexta-feira) 19h30 - Santa Missa do 3º dia do Tríduo

12/12 (sábado) - Dia da Padroeira

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Boas novas na Comunidade de Nossa Senhora de Guadalupe: para o próximo ano serão lançados dois novos projetos para atender à terceira idade, o “Vida e Saúde não tem idade, e um outro, que será coordenado por um grupo de casais jovens, a Pastoral do Batismo, pois aumenta a procura de batismos de crianças na Comunidade. Outros também estão sendo estruturados e mais adiante serão anunciados. Tudo isto demonstra o considerável aumento da Comunidade. 3.0 Trimestre de 2015 FRATERNIDADE

18h - Santa Missa Solene em honra a Nossa Senhora de Guadalupe TODOS OS DIAS TEREMOS BARRAQUINHAS DE DOCES, SALGADOS, REFRIGERANTES E TRABALHOS MANUAIS FEITOS PELAS BORDADEIRAS DE GUADALUPE.


Comunidade São Francisco DE ASSIS – matriz

Comunidade São Francisco de Assis dedica total apoio aos adolescentes No último dia 15 de novembro, às 9 horas, aconteceu a Primeira Eucaristia de 23 crianças da Comunidade São Francisco de Assis, - Matriz, numa bela celebração eucarística presidida pelo Pároco Padre Hiller Stefanon Sezini, após 02 anos de preparação através da catequese infantil. Deus seja louvado! Outro fato que merece destaque é que a Comunidade São Francisco de Assis - Matriz, sedia toda sexta-feira as 19h30 o “Encontro da Pastoral da Adolescência (PA)” que teve início logo

após a realização do III Encontro de Adolescentes com Cristo (EAC) de nossa Paróquia, ocorrido no início do mês de novembro. A Equipe Dirigente do III EAC e que coordena a nova Pastoral dos Adolescentes, através do seu Diretor Espiritual e Pároco Pe. Hiller, esclarece que os encontros da PA, como são chamados, estão abertos a todos os adolescentes da Paróquia, entre 12 a 15 anos de idade, independentemente de terem feito ou não o III EAC. Venham participar!

por um mundo de paz

A violência em nome de Deus é uma blasfêmia No Angelus a dor do Papa pelos bárbaros ataques terroristas em Paris (16 de Novembro de 2015) «Desejo reafirmar com vigor que o caminho da violência e do ódio não resolve os problemas e que utilizar o nome de Deus para justificar este caminho é uma blasfémia!». Ainda abalado e entristecido, o Papa Francisco voltou a falar dos «ataques terroristas que ensanguentaram a França, causando numerosas vítimas». No Angelus dominical de 15 de Novembro, recitado com os fiéis que vieram em grande número à praça de São Pedro, a menos de quarenta e oito horas do dramático banho de sangue na capital francesa, o Pontífice quis garantir ao presidente e a todos os cidadãos da República a expressão das suas «fraternas condolências. Estou

próximo em particular – disse com voz comovida – dos familiares de quantos perderam a vida e dos feridos». Depois, prosseguiu, evidenciando que «tanta barbárie» deixa chocados e obriga a questionar «como possa o coração do homem projectar e realizar eventos tão horríveis, que abalam o mundo inteiro». Eis a firme condenação de tais actos, que representam um «inqualificável afronto à dignidade da pessoa humana». Sobre o tema interveio também o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, numa entrevista concedida ao jornal francês «La Croix». Respondendo às perguntas do jornalista Sébastien Maillard, o purpurado fez votos por uma mobilização de todos os protagonistas

políticos e religiosos, inclusive muçulmanos, para desenraizar o terrorismo: uma mobilização geral, acrescentou, da França, da Europa e do mundo inteiro, quer de meios de segurança, quer de recursos espirituais, para dar uma resposta positiva ao mal. «Num mundo dilacerado pela violência – frisou o cardeal – este é o momento oportuno para lançar a ofensiva da misericórdia».


Aconteceu

A Paróquia São Francisco de Assis não para. Muitos são os eventos religiosos e festivos promovidos por seus integrantes. Nestes últimos meses, aconteceram Festa do Padroeiro, Missa com Frei Elias Bom Pastor, Encontro de Catequistas, Encontro das Crianças com Cristo, Almoço das Famílias, Aniversário do Grupo de Oração. Confiram como foi nas fotos a seguir. encontro de crianças com cristo (ecricri)

iii JORNADA ESPIRITUAL COM FREI ELIAS, OFM Conv.

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festa do padroeiro paroquial

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RETIRO ESPIRITUAL de catequistas

almoço DAS Famílias

Aniversário do Grupo de Oração “O BOM PASTOR”

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por um mundo ético

Viver em paz Consideramos a Paz como Jesus a anunciou e lhe deu os fundamentos. Repense a obra de Jesus: reconciliounos com Deus e abre caminhos para a reconciliação entre nós, os guerreadores, via um generoso amor sem exclusões. É para amar até os inimigos! Acontece que a maioria das pessoas anda esquematizada pelo modelo cultural de “ser vencedor”. Que outros sejam perdedores, paciência; é a lei da vida. (Será?!). Prevalece a lei do mais esperto, da vantagem a qualquer custo. Quem leva a vida nesta balança “GANHA-PERDE” está mergulhado num clima de tensão e conflito. A Paz implica em outro modelo: “GANHA-GANHA”. Como? Conversando, dialogando, negociando. Conquistar convergências evita o recuso à violência. Nada que seja sedutor vive sem arrogância. E é pouco sedutor viver sem ambições desmedidas, disposto a recomeçar. Não há paz sem a ética da vida, enquanto cuidado e atenção aos outros, sem exclusões. Ser solidário expressa compaixão. São

Não há paz sem a ética da vida, enquanto cuidado e atenção aos outros, sem exclusões. Ser solidário expressa compaixão. São os sentimentos de Jesus!

os sentimentos de Jesus! Afinal, a motivação profunda para a paz é que todo sujeito humano vive de motivação de ser reconhecido pelos demais. É fazer justiça à igual dignidade de todos nós. Sem exceção alguma. Ser reconhecido pelo OUTRO. É a história do encontro de Madalena e de Jesus ressuscitado. É a história de Jesus com seus discípulos. Imagine a Paz inaugurando aquela cena

à beira do lago, aquele “mar de Galileia”. É amanhecer com leve e branca névoa nas margens. Há peixes assados na brasa, pão na pedra quente. E ELE à espera de ser reconhecido. Lá vêm chegando os discípulos que escolhera um dia e que sumiram quando a Cruz se impôs inexorável. Retornaram à tarefa de pescadores, abandonada um dia por um certo Reino que ele anunciava. Lá vêm eles chegando. Agora, ei-Lo indo de novo ao encontro dos seus (Jo 20,1921). Esta Cena nos educa para a Paz! Comer e beber juntos, reencontrados. Ah! Isso significa hospedar a paz: ser acolhedor, hospitaleiro dos outros. Ser por outros reconhecido, identificado e aceito. Queremos paz, sejamos hospitaleiros. Cada um de nós sente e deseja ser cuidado, acolhido, valorizado, podendo comer e beber junto à pessoa querida. É só, pois, cuidar, acolher, valorizar e preparar a mesa. E aguardar. Isto é amar. Imagine a Paz sempre a partir desta cena bíblica de Jesus ressuscitado à espera de ser reconhecido, de reencontrar o calor da convivência. Alegria serena, coração pacificado: Contentamento de reencontrar os seus e voltar a ser reconhecido, amado. E, repare, os discípulos de outrora que se decepcionaram com o Mestre anunciador do Reino, voltando a pescar, retornam de uma noite de outro descontentamento, pois nada haviam pescado. Mas alguém os espera. Por que será que pequenas distâncias geram pesados descontentamentos e criam distancias intransponíveis? Imagine a Paz do Ressuscitado nas margens de sua vida: - Façam como eu fiz! Ele tem para nós uma mesa posta. Pe. Dalton Barros de Almeida, CSSR, Belo Horizonte - MG

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ano santo da misericórdia

“Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai ”

O rosto da Misericórdia “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”. Esta é a afirmação que inaugura a Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia – “Misericordiae vultus” – do Papa Francisco. Trata-se de uma riquíssima síntese do mistério salvífico do Pai, o qual tem o seu ápice com o testemunho do Filho, Jesus Cristo; o amor e a promessa de Deus encarnam-se e, de forma exponencial, em Cristo, versam incondicionalmente à humanidade, destinatário irrenunciável da misericórdia divina. Misericórdia, segundo a interpretação etimológica feita por Santo Agostinho, significa “dar o coração às vítimas da miséria”. Assim sendo, a Revelação Divina, outrora experimentada pelo povo de Israel, cujo testemunho alcança os dias atuais graças aos relatos do Antigo Testamento, é personificada 12

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e plenificada em Jesus Cristo que dá vida à Palavra de Deus. Enquanto nos primeiros livros sagrados, a ação de Deus está primordialmente expressa pela força de sua voz, no Novo Testamento, o Filho deixa reverberar em si a voz paterna e revela a misericórdia divina. N’Ele são manifestas as atitudes de dirigir-se gratuitamente aos corações miseráveis, carentes da experiência do Pai que oferece infinitamente o seu amor. Contudo, essa manifestação de Jesus não atingiu apenas os seus convivas: ela é intencionalmente destinada a todos os homens e mulheres, nas particularidades dos seus respectivos contextos históricos, confirmando aquilo que outrora fora insistindo no Salmo 136: “Eterna é a sua misericórdia”. A repetição deste refrão após cada versículo

é um recurso literário para sugerir que a misericórdia de Deus se manifesta insistentemente na vida de seus filhos. Em outras palavras, ao contemplar a revelação divina, o ser humano experimenta, indissociavelmente a misericórdia de Deus, independentemente do tempo e do lugar. Conforme as palavras do Santo Padre Francisco, esta experiência é condição fundamental para a salvação. O Papa apresenta quatro concepções do conceito de misericórdia. A primeira delas é “a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade”, por meio da qual entende-se que, a misericórdia, para além da dialética entre a voz paterna e o testemunho filial, compreende a graça do Espírito Santo, que é infundido e fortalece, com seus dons, os corações humanos, para que, também eles, se-


jam misericordiosos. Com o Espírito, ultrapassa-se as experiências puramente sensoriais – auditiva e visual – pois a força d’Ele transforma e move os homens para que eles sejam capazes de assumir, como princípio fundamental e vital, as palavras e testemunhos advindos das ações da Santíssima Trindade. A segunda definição é “o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro”. Está implícita nesta afirmação a certeza de que Deus quer encontrar-se com cada indivíduo, independentemente da situação vivencial assumida por ele. Portanto, o pecado não é um empecilho para que a pessoa possa ver o rosto misericordioso do Pai; pelo contrário, a supremacia da misericórdia quer alcançar preferencialmente aqueles que são vitimados pelos males sofridos e praticados, demonstrando assim a sua eficácia redentora. Parte de Deus o desejo do diálogo com os seus filhos e, nesta comunicação, Ele oferece o conforto para as situações desoladoras inerentes à condição humana. A explicação seguinte é “lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com os olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida”. Entende-se que o homem não é apenas o destinatário da misericórdia, mas também sua testemunha. A expe-

riência da revelação inquieta o sujeito, impulsionando-o a querer dar o próprio coração, com toda sua disposição e amabilidade, em favor da construção e do anúncio do Reino de Deus em prol de todos os homens e mulheres. Contudo, esta atitude não pode condicionar-se a eleger algumas pessoas para serem beneficiadas conforme julgamentos subjetivos e superficiais. O verdadeiro cristão não pode priorizar a miséria em detrimento do miserável, pois o amor recebido de Deus gera no homem o desejo de servir os seus semelhantes, pelo simples fato de compartilharem a condição preterida pelo Pai na pluralidade de sua criação. Por fim, a afirmação de que a misericórdia “é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” é um desdobramento imediato das duas definições anteriores, porque o indivíduo que responde verdadeiramente à voz de Deus e entrega-se autenticamente ao encontro com Ele, percebe-se inseparável da vontade e da proposta divinas de viver e propagar a doação gratuita de si mesmo em função da promoção da condição humana. Nesta caminhada, mesmo passível de erro e de engano, estando imerso na graça de Deus, o (Mt. 5, 7) homem busca romper e superar o pecado, tornando o seu coração um perfeito receptáculo da ação Trinitária e, simultaneamente, lugar de acolhida de todos os irmãos e irmãs. A proposta de um Jubileu Extraordinário para a misericórdia não é, como muitos usualmente e imediatamente pensam, a declaração de que a Igreja e os seus fiéis abstêm-se das ações e testemunhos misericordiosos. Pelo contrário, é um tempo da graça de Deus para que

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”

todos os cristãos possam aprofundar a reflexão sobre a necessidade de entregar o próprio coração aos apelos mais latentes e desafios para a evangelização. Portanto, torna-se urgente rezar e discernir, com o auxílio do Espírito Santo, pelo menos, três elementos: quais são as misérias que contaminam os corações na atualidade, quais são os ordenamentos da voz de Deus para o encontro com o contexto hodierno e quais ações pastorais devem ser desenvolvidas pelos cristãos para testemunhar a misericórdia divina. No âmbito pastoral, o Papa convoca toda a Igreja, começando por sua Sede Episcopal, a “abrir as portas” na inauguração do Ano Santo da Misericórdia, como forma de acolhida de todos os homens e mulheres à celebração desse importante momento histórico para Igreja e para o mundo. Ao mesmo tempo, cada indivíduo é convidado a abrir o coração para Deus e para a proposta eclesial de intensificar a vivência da misericórdia como instrumento de santificação e busca da salvação, conforme o que Cristo ensina: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt. 5, 7). Este convite não pode ser entendido como mero simbolismo, mas sim como intuito de comunhão, disposição e serviço ao Reino de Deus. O rosto do cristão deve espelhar a face misericordiosa do Redentor! Em conformidade com a orientação expressa pelo Papa Francisco na Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, a Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo abrirá a Porta Santa da Misericórdia no dia treze (13) de dezembro de 2015 – Terceiro Domingo do Advento – com a Solene Celebração Eucarística na Catedral Metropolitana, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Luís Macilha Vilela, às 11h00min.

Jhonatan Roger Rodrigues Dias Secretário Executivo da Paróquia São Francisco de Assis, Coordenador da Escola Fé e Vida – Curso Livre de Teologia para Leigos, Graduando em Teologia pelo Claretiano Centro de Ensino e Professor de Filosofia

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Advento e Natal

Advento e Natal: tempo de receber o Amor de Deus Nasceu-nos um Menino e nos foi dado um Filho (Is 9,6) Por que é que o Filho de Deus veio à terra? Para dar-se a nós. É isso que nos assegura Isaías: Nasceu-nos um Menino, foi-nos dado um Filho. Eis a que ponto esse terno Senhor se deixou levar por nosso amor e pelo desejo que tem de ser amado por nós! De vários modos tinha Deus procurado cativar-se os corações dos homens, ora com benefícios, ora com ameaças, ora com promessas, sem todavia conseguir seu intento. Enfim o seu amor infinito, diz S. Agostinho, o fez achar 14

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na encarnação do Verbo o meio de darse inteiramente a nós, para assim nos obrigar a o amarmos de todo o coração. Ele poderia encarregar um anjo ou um serafim de resgatar o homem; mas se fosse este resgatado por um serafim deveria dividir o seu coração, dando uma parte de seu amor a seu Criador e outra parte a seu redentor; por isso Deus, que queria só para si todo o coração e todo o amor do homem, não contente de ser nosso Criador, diz um piedoso escritor, quis fazer-se também nosso Redentor.

E ei-lo descido do céu a um estábulo; ei-lo criancinha, nascido por nós e feito todo nosso: nasceu-nos um Menino, foi-nos dado um Filho. É precisamente isso que o anjo quis dar a entender quando disse aos pastores: Nasceu-vos hoje um Salvador; — como se dissesse: Ó homens, ide à gruta de Belém, e adorai o Menino que lá achareis deitado sobre palha, num presépio, tremendo de frio e chorando; sabei que é o vosso Deus; não quis mandar um outro para salvar-vos, mas quis vir em pessoa a fim de obter


assim todo o vosso amor. Sim, foi para se fazer amar que o Verbo Eterno desceu à terra e que, segundo a profecia, conversou com os homens. Quão grande, pois é o afeto desse supremo Senhor a nós miseráveis vermes! Alegra-se em dar-se todo a nós, nascendo por nós, vivendo por nós, morrendo mesmo por nós, a fim de preparar-nos em seu sangue derramado até a última gota, um banho salutar que nos purifica de todos os nossos pecados. Sim, exclama S. João, ele nos amou e nos lavou de nossos pecados em seu próprio sangue. Jesus se encarnou por nós! Na obra da Encarnação foi necessária a onipotência e a sabedoria infinita dum Deus, para fazer que a natureza humana se unisse a uma pessoa divina, e que uma pessoa divina se humilhasse até tomar a natureza humana. Assim, Deus fez-se homem, e o homem tornou-se Deus; e estando a divindade do Verbo unida à alma e ao corpo de Jesus Cristo, todas as ações desse Homem-Deus foram divinas; divinas foram suas preces, divinos os seus sofrimentos, divinos seus prantos, divinas as suas lágrimas, divinos os seus passos, divinos os seus membros, divino o seu sangue, esse sangue do qual queria fazer um banho de salvação para nos purificar de todos os nossos pecados, e um sacrifício de valor infinito. Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho para resgatar os que estavam sob o jugo da lei. Essa expressão marca a plenitude da graça que o Filho de Deus veio comunicar aos homens pela redenção. O anjo é enviado como embaixador na cidade de Nazaré à Virgem Maria para lhe anunciar a vinda do Verbo, que quer

Nasceu-nos um Menino, foi-nos dado um Filho. Eis a que ponto esse terno Senhor se deixou levar por nosso amor e pelo desejo que tem de ser amado por nós!

encarnar-se em seu seio. O anjo a saúda chamando-a Cheia de graça e Bendita entre as mulheres. Ouvindo esses louvores a humilde Virgem, escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, perturba-se em sua profunda humildade; mas o anjo a anima e diz-lhe ter ela achado graça junto de Deus, isto é, aquela graça da qual resultaria a paz entre Deus e os homens, e a reparação das ruínas devidas ao pecado. Revela-lhe depois o nome de Jesus ou Salvador, que deve dar a seu Filho, e acrescenta que esse Filho é o próprio Filho de Deus, que deve resgatar o mundo e assim reinar sobre os corações dos homens. Enfim Maria consente em ser a Mãe de tão nobre filho: Faça-se em mim segundo a vossa palavra; e ao mesmo instante o Verbo eterno se faz carne e torna-se homem: E o Verbo se fez carne! Rendamos graças a esse Filho e também a essa Mãe que, consentindo em ser a Mãe de tal Filho, consente em ser a Mãe de nossa salvação e por isso mesmo uma Mãe de dores: desde então ela se resigna a ser mergulhada num abismo de dores. Ó Verbo divino feito homem por mim, embora vos veja tão humilhado e feito criança no seio de Maria, confessovos e reconheço-vos por meu Senhor e Rei, mas Rei de amor. Meu caro Salvador,

já que viestes a este mundo revestir-vos da nossa miserável carne para reinar sobre os nossos corações, vinde estabelecer o vosso reino também no meu coração sujeito outrora ao domínio dos vossos inimigos, mas que agora é vosso, como espero; quero que seja ele sempre vosso e que vós sejais de hoje em diante o seu único Senhor: Reinai no meio de vossos inimigos. Os outros reis reinam pela força das armas; vós ao contrário vindes reinar pela força do amor, por isso não vindes com pompas reais, não vindes revestido de púrpura e ouro, ornado de cetro e coroa nem rodeado de exércitos de soldados. Nasceis num estábulo, pobre, abandonado e sereis colocado num presépio sobre um pouco de palha, porque assim quereis começar a reinar sobre os corações. Ah meu Rei Infante, como pude revoltar-me tantas vezes contra vós, e viver tanto tempo na vossa inimizade, na privação da vossa graça, quando vós para obrigar-me a amar-vos depusestes a vossa majestade divina e vos humilhastes tanto que tomastes a forma duma criança numa gruta, depois a dum operário numa oficina, e, enfim, a dum condenado na cruz? Oh! Feliz de mim se agora que saí, como espero, da escravidão de Lúcifer, me deixar dominar sempre por vós e por vosso amor! Ó Jesus, meu Rei, que sois tão amável e que amais tanto as almas, tomai posse de toda a minha alma, eu vo-la dou sem reserva. Aceitai que ela vos sirva sempre e que vos sirva por amor: a vossa majestade merece ser temida, mas a vossa bondade merece ainda mais ser amada. Ó meu Rei, vós sois e sereis para sempre o meu único amor; e o único temor que terei será o de desgostar-vos. Assim o espero. Ajudai-me com a vossa graça. Minha amada Soberana, Maria, vós haveis de obter-me a graça de ser fiel a esse Rei querido de minha alma. Desejo a todos um Feliz e Santo Natal do Senhor Jesus!

Padre Tiago Roney Sancio Vigário Paroquial

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celebrações natalinas

Programação de Natal e Ano Novo SEMANA DE CONFISSÕES INDIVIDUAIS EM PREPARAÇÃO PARA O SANTO NATAL 2015 DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E ANO SANTO EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA 2.ª Feira – 14/12: 19h às 22h – Comunidade São Francisco de Assis (Matriz) 3.ª Feira – 15/12: 19h às 22h – Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe 4.ª Feira – 16/12: 19h às 22h – Comunidade Sagrado Coração de Jesus 5.ª Feira – 17/12: 19h às 22h – Comunidades São Pedro Pescador 6.ª Feira – 18/12: 19h às 22h – Comunidade Bom Pastor

CONTUDO, PERMANECEM OS HORÁRIOS E LOCAIS HABITUAIS DE ATENDIMENTOS: 3.ª Feira: 14h às 18h – Comunidade São Francisco de Assis (Matriz) 4.ª Feira: 14h às 18h – Comunidade São Francisco de Assis (Matriz) 5.ª Feira: 15h às 18h – Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe 6.ª Feira: 16h às 18h – Comunidade São Francisco de Assis (Matriz) 6.ª Feira: 20h30 às 21h30 – Comunidade Bom Pastor

DOMINGO – 20/12 – 12H – Almoço de Confraternização de Natal com os “Irmãos de Rua” (organização e realização: Fraternidade “O Caminho”). Local: Praça São Francisco de Assis (ao lado da Comunidade São Francisco de Assis – Matriz)

PROGRAMAÇÃO DO SANTO NATAL 2015 DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 5.ª Feira – 24/12: Vigília de Natal 18h – Santa Missa – Comunidade Sagrado Coração de Jesus 18h – Santa Missa – Comunidade São Pedro Pescador 20h – Santa Missa – Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe 20h – Santa Missa – Comunidade Bom Pastor 22h – Santa Missa – Comunidade São Francisco de Assis (Matriz) 6.ª Feira – 25/12 – Dia de Natal 08h – Santa Missa – Comunidade São Francisco de Assis (Matriz) 08h – Santa Missa – Comunidade Santa Clara de Assis 10h – Santa Missa – Comunidade Sagrado Coração de Jesus 10h – Santa Missa – Comunidade São Pedro Pescador 18h – Santa Missa – Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe 18h – Santa Missa – Comunidade Bom Pastor

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a palavra do pároco

Em nome de Deus, indulgente e misericordioso! Prezado (a) Irmão (ã) em Jesus Cristo, Paz e Bem! Há dias recebi, por parte da Cúria Arquidiocesana de Vitória do Espírito Santo, uma cópia da “Carta do Papa Francisco com a qual se concede a Indulgência por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia”dada no Vaticano em 01 de setembro de 2015 e endereçada à Sua Eminência Reverendíssima Senhor Dom Rino Fisichella – Cardeal Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização – que por sua vez, a endereçou a todos os (Arce) Bispos do mundo para que os mesmos a transmitissem aos clérigos, religiosos e religiosas e demais consagrados e consagradas, bem como aos fiéis leigos católicos em toda parte. Ciente disso e do grande significado que as indulgências possuem no contexto do Ano Santo da Misericórdia (em Roma de 08 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016), cujo lema é “Misericordiosos como o Pai”, vejo como oportuno divulgá-la aqui, a fim de que todos à conheçam e com isso possamos lograr os benefícios espirituais que a Santa Mãe Igreja, através do Sucessor de São Pedro e Vigário de Cristo na Terra, hoje o Papa Francisco, nos proporciona. Leia com atenção: “A proximidade do Jubileu Extraordinário da Misericórdia permite-me focar alguns pontos sobre os quais considero importante intervir para consentir que a celebração do Ano Santo seja para todos os crentes um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus. Com efeito, desejo que o Jubileu seja uma experiência viva da proximidade do Pai, como se quiséssemos sentir pessoalmente a sua ternura, para que a fé de cada crente se revigore e assim

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o testemunho se torne cada vez mais eficaz. O meu pensamento dirige-se, em primeiro lugar, a todos os fiéis que em cada Diocese, ou como peregrinos em Roma, viveram a graça do Jubileu. Espero que a indulgência jubilar chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, a qual vai ao encontro de todos com o rosto do Pai que acolhe e perdoa, esquecendo completamente o pecado cometido. Para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Estabeleço igualmente que se possa obter a indulgência nos Santuários onde se abrir a Porta da Misericórdia e nas igrejas que tradicionalmente são identificadas como Jubilares. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da Santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro. Penso também em quantos, por diversos motivos, estiverem impossibilitados de ir até à Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, que muitas vezes se encontram em condições de não poder sair de casa. Para eles, será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica a via mestra para dar

sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar. O meu pensamento dirige-se também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. O Jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande anistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão. Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade. Eu pedi que a Igreja redescubra neste tempo jubilar a riqueza contida nas obras de misericórdia corporais e espirituais. De fato, a experiência da misericórdia torna-se visível no testemunho de sinais concretos como o próprio Jesus nos ensinou. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras de misericórdia para alcançar a graça do perdão completo e exaustivo pela força do amor do Pai que não exclui ninguém. Portanto, tratar-se-á de uma indulgência jubilar plena, fruto do próprio evento que é celebrado e vivido


com fé, esperança e caridade. Enfim, a indulgência jubilar pode ser obtida também para quantos faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na celebração eucarística, também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na beatitude sem fim. Um dos graves problemas do nosso tempo é certamente a alterada relação com a vida. Uma mentalidade muito difundida já fez perder a necessária sensibilidade pessoal e social pelo acolhimento de uma nova vida. O drama do aborto é vivido por alguns como uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta. Muitos outros, ao contrário, mesmo vivendo este momento com uma derrota, julgam que não têm outro caminho a percorrer. Penso, de maneira particular, em todas as mulheres que recorreram ao aborto. Conheço bem os condicionamentos que as levaram a tomar esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que traziam no seu coração a cicatriz causada por esta escolha sofrida e dolorosa. O que aconteceu é profundamente injusto; contudo, só a sua verdadeira compreensão pode impedir que se perca a esperança. O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai. Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário decidiu conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso

de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença. Uma última consideração é dirigida aos fiéis que por diversos motivos sentem o desejo de frequentar as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade São Pio X. Este Ano Jubilar da Misericórdia não exclui ninguém. De diversas partes, alguns irmãos Bispos referiram-me acerca da sua boa fé e prática sacramental, porém unida à dificuldade de viver uma condição pastoralmente árdua. Confio que no futuro próximo se possam encontrar soluções para recuperara plena comunhão com os sacerdotes e os superiores da Fraternidade. Entretanto, movido pela exigência de corresponder ao bem destes fiéis, estabeleço por minha própria vontade

que quantos, durante o Ano Santo da Misericórdia, se aproximarem para celebrar o Sacramento da Reconciliação junto dos sacerdotes da Fraternidade São Pio X, recebam validamente a licitamente a absolvição dos pecados. Confiando na intercessão da Mãe da Misericórdia, recomendo à sua proteção a preparação deste Jubileu Extraordinário.”Franciscus. Esteja atento em quais igrejas no âmbito de nossa Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, por concessão do Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Arcebispo Metropolitano de Vitória do Espírito Santo Dom Luiz Mancilha Vilela, SS.CC, no contexto do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia (em Vitória de 13 de dezembro de 2015 a 19 de novembro de 2016), você poderá lograr as indulgências e faça uma visita:

Área Pastoral de Vitória Catedral Metropolitana (Cidade Alta – Centro – Vitória/ES) Santuário Basílica de Santo Antônio (Santo Antônio – Vitória/ES) Área Pastoral de Vila Velha Convento de Nossa Senhora da Penha (Prainha – Vila Velha/ES) Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Prainha – Vila Velha/ES) Área Pastoral de Serra Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Centro – Serra Sede/ES) Igreja Matriz dos Santos Reis Magos (Nova Almeida – Serra/ES) Área Pastoral de Cariacica/Viana Igreja Matriz de São João Batista (Centro – Cariacica Sede/ES) Igreja Matriz da Virgem Maria (Itacibá – Cariacica/ES) Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Centro – Viana/ES) Área Pastoral de Serrana Igreja Matriz de São Sebastião (Centro – Afonso Cláudio/ES) Igreja Matriz de Santa Isabel (Santa Isabel – Domingos Martins/ES) Área Pastoral de Benevente Santuário Nacional de São José de Anchieta (Centro – Anchieta/ES) Igreja Matriz (Antiga) de Nossa Senhora da Conceição (Centro – Guarapari/ES) Agradecendo sinceramente a sua amizade e companhia ao longo da jornada 2015,aproveito a oportunidade para auspiciar-lhes um Feliz e Santo Natal do Senhor Jesus e um Ano Novo repleto das mais copiosas bênçãos celestiais,

extensivo aos seus familiares e amigos! Forte abraço, junto com uma bênção carinhosa e amiga do seu, Pe. Hiller Stefanon Sezini Pároco

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reflexão

Ministério Ordenado e Espiritualidade Alma e centro de todo Ministério Ordenado, a espiritualidade é garantia de uma relação pessoal com Jesus Cristo, Mestre e Profeta, Sacerdote e Pastor. É nele que encontramos as raízes mais profundas de nossa vocação ao Ministério como experiência do Deus salvador. Foi ele que nos escolheu e amou, chamando-nos à santidade, ou seja, a identificar-nos progressivamente com Ele, conhecendo-o em profundidade. Como Ministros Ordenados somos chamados a ser homens de Deus e a integrar os diversos carismas que o Espírito concede à comunidade eclesial. Humanos com a humanidade, devemos ser especialistas naquilo que é humano, numa vida pastoral fortalecida pela Eucaristia, pela oração, pelos retiros e pela direção espiritual. Na comunidade eclesial revelamos nossa vocação ao serviço e ajudamos no cultivo de todas as vocações humanas, como colaboradores de Cristo, o Bom Pastor. É ali, na comunidade, que temos a oportunidade, como Cristo, de aproximar-nos das pessoas e, sobretudo, dos pobres e sofredores que buscam em nós, a solidariedade, a justiça e a paz. Assim, o MInistério Ordenado devemos viver, portanto, um processo de identicação com Jesus, o Bom Pastor. E este processo que dura toda a vida, se cristaliza, sobretudo, na caridade que deve impregnar nossa espiritualidade, movida fundamentalmente pela aceitação da cruz por causa do Reino. Não existe outra possibilidade, pois o Ministério Ordenado não é uma profissão, mas uma opção existencial. Nossa dignidade nos é dada pelo Senhor e na vida espiritual integramos o transcedente, o intelectual, o psicológico e a vida da graça, para a grandeza do serviço a Deus e à Igreja. No primeiro grau do Ministério 20

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Ordenado, o Diácono Permanente, no encontro com a família e a comunidade eclesial vive uma maturação que ajuda nesta configuração com Cristo, aquele que veio buscar e salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Tal configuração exige de nós, Ministros Ordenados, uma vida espiritual intensa no aprendizado da retidão de intenções, santidade de vida e a suficiente ciência que dê a capacidade de falar ao mundo. Na raiz disso tudo encontra-se, entretanto, uma mística que nos ajuda a conhecer a vontade e os apelos de Deus. Na relação com este Mistério reconhecemos a verdadeira imagem e as formas com as quais Deus se manifesta, nos relacionamentos com o Pai e o Filho Jesus Cristo, no Espírito Santo. No caso do Diácono Permanente, como Ministro de Cristo e numa dupla dimensão, ou seja, naquela pastoral, onde manifesta a caridade de Cristo, Bom Pastor que cuida de suas ovelhas, e naquela familiar, onde, com sua esposa e filhos, por meio do Matrimônio, revela o Mistério da relação entre Cristo e sua Igreja (cf. Ef 5,32). A vivência desta dupla dimensão espiritual aprofunda o sentido de Deus na vida, ajuda a responder ao Seu chamado e descobrir o sentido das opções de Jesus, com quem, no Ministério Ordenado, nos identificamos, no amor e na santidade. A espiritualidade no ministério conduz àquela caridade que nos ensina, como Jesus, a buscar as pessoas e, na santidade, viver uma espiritualidade de comunhão. Na presença de Deus, com integridade e equilíbrio, na consciência de que somos sempre necessitados da sua Graça, e como Ministros Ordenados, não devemos perder a consciência de que nossa ação não depende somente de nossa vontade ou esforço, mas da Graça que o Senhor nos concede para

exercer, com responsabilidade, um Ministério de Salvação. Não o realizamos sozinhnos, mas em comunhão fraterna com a Igreja Local (Povo de Deus, Bispos, Presbíteros, Diáconos), onde compartilhamos um projeto de vida comum e participamos, cada um segundo sua função e responsabilidade, no mesmo processo formativo que nos deve levar a viver, com alegria, a presença, a palavra e o amor de Cristo ressuscitado. A dimensão ministerial do Sacramento da Ordem faz de nós discípulos do Senhor. Professamos uma mesma fé, celebramos uma mesma liturgia e na experiência fraterna de um mesmo amor, vivemos o Mistério de Cristo, numa comunhão que, no caso do Diácono Permanente é dupla. Nós, Ministros Ordenados, somos sinais e instrumentos de salvação, por isso, em nosso Ministério, devemos viver, com radicalidade, o Espírito do Evangelho na solidariedade, serviço à Igreja e ao mundo e na comunhão com o Bispo e o Presbítero. Nossa formação humana e espiritual, intelectual e pastoral deve levar-nos a uma espiritualidade radicada no seguimento de Jesus, sem submeter a fé a coisas parciais ou interesses ideológicos. No caso do Ministério Diaconal, temos uma finalidade específica: cultivar uma espiritualidade de caridade, confiança e fé em Deus, onde as decisões importantes, iluminadas pela vontade de Deus, possibilitam afrontar os momentos de dificuldades, desânimo e, inclusive, hostilidades, com firme esperança, pois o Pai do céu nunca nos abandona, filhos, que somos, chamados por Ele. Nesse sentido, a devoção à Virgem Maria nos ajuda a entender em profundidade, a partir do seu sim à vontade de Deus, a beleza e a importância do Mistério da Encarnação em nosso Ministério Ordenado. E aqui se evidencia a


dimensão da caridade, já que esta requer uma verdadeira encarnação que exige de nós, Ministros Ordenados, um amplo conhecimento da sociedade concreta em que estamos e uma atenção peculiar aos problemas atuais do mundo e da Igreja. É este o significado mais profundo de ver os sinais dos tempos e, no tempo, ser homens de Deus, fascinados e seduzidos pelo projeto do Reino (cf. Jr 20,7). A tríplice dimensão do nosso Ministério nos convida a caminhar na direção dos que vivem nas fronteiras da dignidade humana; e o serviço da caridade se torna um paradigma de humanidade e encarnação, já que o diácono, sendo o primeiro ouvinte do Evangelho, porque o proclama, é chamado a ler as ocasiões da vida humana à luz da Palavra de Deus. Nosso serviço àquele que veio para servir e não para ser servido, deve refletir um novo humanismo. O Diácono não deve ser uma solene decoração litúrgica, mas um cidadão do mundo, que deve conhecer as circunstâncias da sociedade contemporânea. Em 2013, ao nomear no novo elemosiniere apostólico, responsável pelo exercício da caridade aos pobres, o Papa Francisco lhe disse: Não sejas um bispo de escrivaninha, nem quero te ver atrás de mim durante as celebrações. Quero que estejas sempre no meio das pessoas. Tu deverás ser o prolongamento da minha mão para levar a ternura aos pobres, aos despossuídos, aos últimos. Em Buenos Aires eu sempre saia à noite para ir ao encontro dos meus pobres. Agora não posso mais: é difícil sair do Vaticano. Tu o farás, então, por mim, serás o prolongamento do meu coração, que chega e leva aos pobres o sorriso e a misericórdia do Pai celeste. Recordamos da Palavra do Senhor que disse aquele que vos recebe a mim recebe (Mt 10,40), nós, Ministros Ordenados, em especial o Diácono, devemos ser a mão, o coração, o sorriso e a misericórdia de Cristo que chega, sobretudo, aos mais sofredores e abandonados da sociedade. O testemunho de nosso Ministério, na caridade, deve levar a esperança e

a certeza daquela vida nova que só em Cristo é possível. Na tríplice diaconia, do evangelho anunciado, celebrado e vivido, o diácono revela o amor de Cristo na sua pessoa e o que faz o é por Cristo que faz. Assim, o testemunho da caridade é a fonte de espiritualidade diaconal que emanada do amor de Deus, se manifestou em Cristo, o Diácono do Pai. Em sua função o diácono participa deste amor de Deus por seus filhos e o manifesta à humanidade, como figura do Cristo ser-

vo. Do ponto de vista cristológico este ministério transcende todo o trabalho social e caritativo e o transforma na salvação que Deus oferece. O diácono não é pois, um mero agente social ordenado, mas, como dizia Santo Inácio de Antioquia, um diácono dos mistérios de Cristo, pois não são diáconos de carne e bebida mas servos da Igreja de Deus.

Prof. Dr. Pe. Arthur Francisco Juliatti dos Santos

Membro da Comunidade paroquial se torna Diácono Permanente Um dos sete novos Diáconos Permanentes da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, Srº Antônio Sérgio Bandeira é membro ativo da Paróquia São Francisco de Assis. Conheça-o: Como descobriu sua vocação diaconal? Ainda jovem senti o desejo de entrar para o seminário, mas à época não foi possível concretizar aquele sonho. Ao tomar conhecimento da abertura da Escola para formação de Diáconos Permanentes da Arquidiocese de Vitoria, reascendeu o desejo. Com o apoio de minha esposa Maria Aparecida P.A. Bandeira, parentes e irmãos da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, solicitei ao Pároco Pe. Hiller que me desse uma carta de apresentação, que prontamente me atendeu. Ingressei na Escola Diaconal São Lourenço há cinco anos. Neste período participei de retiros patrocinados pela escola, culminando com a minha ordenação dia 31 de outubro, pelas mãos do Reverendíssimo Arcebispo Dom Luiz Mancilha Vilela, na Paróquia Santa Mãe de Deus, no Ibes, em Vila Velha. O que significa para o senhor ser um homem casado, chefe de família, profissional e Diácono Permanente? É muito importante saber conciliar tão

diferentes missões, administrando cada uma sem abrir mão de outra. Antes de ser Diácono Permanente, fui chamado a ser Chefe de Família, assim, procuro, com zelo, amor e fidelidade, desenvolver o meu sacramento matrimonial, bem como administrar a minha vida profissional, onde várias famílias são dependentes deste trabalho. Mas tudo isso me ajuda a desempenhar melhor o meu ministério diaconal. O que o senhor gostaria de dizer à sua Comunidade Paroquial? Sou imensamente grato a Paróquia São Francisco de Assis na pessoa de nosso Pároco Pe.Hiller, bem como a Paróquia Santa Rita de Cássia, do Bairro de Santa Rita, em Vila Velha, nas pessoas dos Padres Jessimar Soares e Padre Alexandre Souza, que me acolheram por quatro anos e onde continuo desenvolvendo o meu trabalho pastoral. Agradeço, ainda, a todos os irmãos que oraram e me deram forças para que pudesse alcançar o objetivo proposto. E aproveito a oportunidade para, desde já, colocar-me a disposição de todos, procurando a cada dia ser um servo da caridade com a graça de Deus.

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ecologia

Reduzir, reutilizar, reciclar O aquecimento do clima, a redução da camada de ozônio, a desertificação, o desmatamento, a degradação dos oceanos, a contaminação química, a diminuição da biodiversidade, a distribuição desigual da água são realidades que vêm se arrastando por anos e que necessitam de atenção. A ecologia é o esforço, a tentativa do ser humano de entender a lógica da casa comum, para cumprir a sua missão de fazer do mundo uma comunidade humana. É preciso aprender a contagiarse com as maravilhas do planeta, pois, como os nativos já intuíam, é nossa “Mãe Terra”. A espiritualidade ecológica pode despertar em nós esta consciência. Deus nos deu o planeta Terra como casa para que nós a habitássemos e cuidássemos, portanto é nosso dever zelar por ela. Esta é a casa e o jardim da vida que Deus fez para nós seus filhos e filhas. O jardim nos protege com o

seio materno, oferecendo-nos alimento, segurança e beleza. Dependemos do jardim e o jardim depende de nós. Infelizmente, pela liberdade a nós concedida, queremos nos apoderar e consumir

Deus nos deu o planeta Terra como casa para que nós a habitássemos e cuidássemos, portanto é nosso dever zelar por ela. Esta é a casa e o jardim da vida que Deus fez para nós seus filhos e filhas.

tudo o que temos, não pensando nas conseqüências que podem chegar à destruição de nós mesmos. Urge a necessidade de conversão: deixar de viver a espiritualidade do consumismo desenfreado para viver a espiritualidade ecológica, redescobrindo na experiência dos povos da Bíblia a memória da harmonia, bondade e beleza da criação, e do homem como parceiro e interlocutor da divindade. Uma espiritualidade da solidariedade, do amor e da vida necessita de ações concretas no dia a dia. Uma espiritualidade que não seja evasiva nem dualista, mas que potencialize as dimensões pessoais e sociais, e que promova a criatividade do ser humano. O nosso modo de ser, pensar e agir precisa ser pautado por três verbos: Reduzir, Reutilizar e Reciclar, promovendo uma educação que leve em consideração o ato criador de Deus, no dever urgente de uma ética do necessário para garantir a sustentabilidade da biodiversidade de nossa casa comum.

Leonardo Felix, Marketing da Editora Goiânia-GO

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permanentes atividades religiosas na paróquia são francisco de assis – área pastoral de vila velha-es

São Francisco de Assis – Matriz Rua Doutor Jair de Andrade, s/n.º - Praia de Itapoã - Vila Velha-ES - CEP: 29.101-700 Tel.: (27) 3329-8700 / Fax: (27) 3349-1491 - Email: saofranciscodeassis@portadeassis.com.br

19h 19h30 06h30 21 às 22h 12h 19h30 19h30 06h30 06h30 19h 07h 17h 19h

Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo

Novena Perpétua pelas Almas do Purgatório

06h30

Missa com a bênção do Pão de Santo Antônio

Grupo de Oração “O Bom Pastor” Missa Missa em favor das Vocações Religiosas e Sacerdotais Missa

Missa (com Oração por Cura e Libertação)

Terças-feiras Quartas-feiras Sextas-feiras Segundas-feiras Sextas-feiras Sábados

08h 19h30 19h30

Sábado Domingo

08h 08h30 17h30

Sábado Domingo

Das 08 às 12h Das 08 às 12h

Todas as Segundas 15h Terças-feiras do mês

Missa seguida de Adoração ao Santíssimo Sacramento Missa Missa Missa

Rua Goiânia, n.º 470 - Praia de Itapoã - Vila Velha-ES - Cep 29101-780 Tel.: (27) 3319-9987 - Email: saopedropescador@portadeassis.com.br

EVENTO

HORA

DIA Segunda-feira Quinta-feira Sábado Domingo

06h30 19h30 19h30 10h

Missa em Sufrágio das Almas do Purgatório Missa Missa Missa

Missa com a bênção do Pão de Santo Antônio Missa seguida de Adoração ao Santíssimo com a Atendimento do Vigário Paroquial Grupo de Oração “Nossa Senhora de Guadalupe” Missa

FAAVE (Fundação de Assistência e Amparo à Velhice) Rua Mário de Almeida, n.º 50 - Praia de Itapoã - Vila Velha-ES - Cep 29101-752 Tel.: 3329-9414 - E-mail: faave3@hotmail.com / faave@portadeassis.com.br

DIA

Missa

Rua Romero Botelho, s/n.º - Praia da Costa - Vila Velha-ES - CEP: 29.101-420 Tel.: (27) 3329-7075 - Email: lar_stulzer@ig.com.br / alfas@portadeassis.com.br

HORA

Grupo de Oração ‘Imaculada Mãe de Deus’

São Pedro Pescador

13h30 às 17h30

EVENTO Missa com a bênção do Pão de Santo Antônio

EVENTO

HORA

Santa Clara de Assis

ALFAS (Associação Lar Frei Aurélio Stulzer)

DIA

Missa

e atendimento de Confissões Individuais

bênção do Santíssimo Sacramento às 18h

15 às 18h 19h30 18h 11h

EVENTO

HORA

DIA Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Das 16 às 18h

EVENTO

HORA 19h30 06h30

Missa da Saúde e da Paz

Das 14 às 18h

Av. Estudante José Júlio de Souza, s/n.º - Praia de Itaparica - Vila Velha-ES - Cep 29102-010 Tel.: (27) 3299-0951 - E-mail: nossasenhoradeguadalupe@portadeassis.com.br

Terça-feira Quinta-feira

Missa

Rua Romero Botelho, s/n.º - Praia da Costa - Vila Velha-ES - CEP: 29.101-420 Tel.: (27) 3299-5538 - Email: bompastor@portadeassis.com.br

Das 14 às 18h

Nossa Senhora de Guadalupe

DIA

Missa

Bom Pastor

Missa

EXPEDIENTE NA IGREJA MATRIZ

Secretaria Paroquial

Missa

OUTRAS MISSAS 15h

Primeira Sexta-feira

Missa

Padroeiro Paroquial

Atendimento do Pároco

Missa

Missa

Missa devocional a São Francisco de Assis -

19h30

Grupo de Oração “Sagrado Coração de Jesus”

Missa

das vocações religiosas, sacerdotais e missionárias

Última Segunda-feira

Sábado Domingo

Missa

EVENTO

HORA 15h 19h30 18h 10h 19h

Adoração ao Santíssimo Sacramento com os jovens

Missa, seguida de Hora Santa Eucarística em favor

12h

DIA Quarta-feira

Missa em Sufrágio das Almas do Purgatório

OUTRAS MISSAS Primeira Sexta-feira Todo dia 4

Rua Fortaleza, n.º 645 - Praia de Itapoã - Vila Velha-ES - CEP: 29.101-575 Tel.: (27) 3340-9391 - E-mail: sagradocoracaodejesus@portadeassis.com.br

EVENTO

HORA

DIA Segunda-feira

Sagrado Coração de Jesus

(No estacionamento dos Correios, ao lado da Casa Útil em Praia de Itapoã - Vila Velha-ES. Correspondências devem ser enviadas à Comunidade São Francisco de Assis - Matriz)

DIA Todas 1.as e 4.as Terças-feiras do mês

EVENTO

HORA 19h30

Missa com a bênção do Pão de Santo Antônio

3.0 Trimestre de 2015

FRATERNIDADE

23


misericordiosos como o pai

gratidão consolar

amizade

diálogo

ajudar

solidariedade

amor

compaixão

união

dedicação

perdão

Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele. Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos. O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro; a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura; fez Pedro chorar depois da traição, e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido. Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana: Se tu conhecesses o dom de Deus! Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que manifesta sua onipotência sobretudo com o perdão e a misericórdia: fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor, ressuscitado e na glória. Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro: fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus. Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a sua unção para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre mensagem, proclamar aos cativos e oprimidos a libertação e aos cegos restaurar a vista. Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia, a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.


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