Noções de Teologia Pastoral

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Anotações

9. O pastor e o Culto Público 9.1. O que dizem as confissões? A Igreja Luterana, desde o princípio tem confessado: “Porque para a verdadeira unidade da igreja cristã é suficiente que o evangelho seja pregado unanimemente de acordo com a reta compreensão dele e os sacramentos sejam administrados em conformidade com a palavra de Deus. E para a verdadeira unidade da igreja cristã não é necessário que em toda a parte se observem cerimônias uniformes instituídas pelos homens” (CA VII, 2 e 3). Com isso ela tem deixado bem claro que não são os detalhes e as tradições de determinadas cerimônias que determinam e mostram qual é a “coisa” essencial à unidade da igreja, mas sim o conteúdo do culto cristão. As cerimônias são entendidas como adiáforas, isto é, coisas que não são proibidas nem ordenadas por Deus. No entanto, os nossos pais, mesmo assim advertem: “Para dirimir também essa controvérsia, cremos, ensinamos e confessamos unanimemente que as cerimônias ou ritos eclesiásticos que não são ordenados nem proibidos na palavra de Deus, porém foram instituídos apenas por causa de bem-estar e boa ordem, não são, em e por si mesmos, culto divino, nem parte dele. MT 15. Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Cremos, ensinamos e confessamos que a congregação de Deus de todo lugar e época tem o poder de mudar, conforme as circunstâncias, tais cerimônias, de acordo com a maneira que for a mais útil e a mais edificante para a congregação de Deus. Mas que se evite nisso toda leviandade e ofensa, e poupem-se especialmente, com todo o zelo, os fracos na fé” (Ep FC X, 1-3). Isso nos ajuda para que não sejamos desviados do cerne

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