Mapas

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Angela Paiva Dionisio e Suzana Leite Cortez (organização)

Série Cadernos de Sugestões Didáticas

Mapas

Pipa Comunicação Recife - 2015


O trabalho Série Experimentando Teorias em Linguagens Diversas de Angela Paiva Dionisio, PIBID Letras UFPE e Pipa Comunicação foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercialSemDerivados 3.0 Não Adaptada. Com base no trabalho disponível em http://www.pibidletras.com.br. Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em http://www.pibidletras.com.br.

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Karla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação - www.pipacomunica.com.br) EQUIPE 07/2011 a 02/2014

EQUIPE 2014

Ágnes Christiane de Souza; Anne Caroline Araújo de Lima; Bibiana Terra Soares Cavalcanti; Cássia Fernanda de Oliveira Costa; Daniella Duarte Ferraz; Elilson Gomes do Nascimento; Hellayne Santiago de Azevedo; Felipe de Oliveira Bezerra; Getúlio Ferreira dos Santos; Juliana Serafim dos Santos; Larissa Ribeiro Didier; Lucille Maia Batista; Maria Eduarda Souza Gonçalves; Maria de Lourdes Cavalcante Chaves; Mariana Bandeira Alves Ferreira; Raquel Lima Nogueira; Renata Maria da Silva Fernandes.

Adeline Ruthiely de Melo Guedes; Amanda Gessyanne Araújo de Santana Almeida; Andrielle Karine Gomes Ferreira; Anne Carolina Araujo de Lima; Claudia Silva de Oliveira; Daniela Regina Oliveira de Almeida; Edson José de Souza Miquiles; Elizia Pessoa dos Santos; Gabriel Vitor Nascimento Ferreira dos Santos; Gabrielle Vitoria de Lira; Getulio Ferreira dos Santos; Jéssica Paóla Camilo Vasconcelos BarkoKebas; Jessyca Oliveira da Silva; Júlio Ferreira Neto; Karla Karine Silva dos Santos; Laysa Diná de Andrade Nicola; Lucille Maia Batista; Pamella Raysa Léo de Santana; Rafaela de Lira Nascimento; Raquel Soares Pedonni; Renata Maria da Silva Fernandes; Rodrigo Fagner Araujo dos Santos; Rossana Maximino de Souza.

SUPERVISORES PIBID LETRAS Débora Lavanere Xavier Sampaio Saulo Batista de Souza

SUPERVISORES PIBID LETRAS Cláudia Gonçalves Ferreira; Eugênia Paula de Souza; Saulo Batista de Souza, Vera Lima.

Catalogação na publicação (CIP) Ficha catalográfica produzida pelo editor executivo

D592 Dionisio, Angela Paiva; Cortez, Suzana Leite Mapas / Angela Paiva Dionisio; Suzana Leite Cortez [orgs.]. 58p. : Il.. (Série cadernos de sugestões didáticas) Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-66530-39-1 1. Língua Portuguesa. 2. Linguística. 3. Multimodalidade. 4. Mapas. I. Título. 410 CDD 81 CDU c.pc:06/15ajns


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO REITORIA Anísio Brasileiro de Freitas Dourado PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS Ana Maria Santos Cabral COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DO PIBID - UFPE Alice Miriam Happ Botler CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE LETRAS José Alberto Miranda Poza COORDENAÇÃO DO SUBPROJETO PIBID LETRAS - UFPE Angela Paiva Dionisio Suzana Leite Cortez GRADUANDOS PIBID LETRAS Adeline Ruthiely de Melo Guedes; Amanda Gessyanne Araújo de Santana Almeida; Andrielle Karine Gomes Ferreira; Anne Carolina Araujo de Lima; Claudia Silva de Oliveira; Daniela Regina Oliveira de Almeida; Edson José de Souza Miquiles; Elizia Pessoa dos Santos; Gabriel Vitor Nascimento Ferreira dos Santos; Gabrielle Vitoria de Lira; Getulio Ferreira dos Santos; Jéssica Paóla Camilo Vasconcelos BarkoKebas; Jessyca Oliveira da Silva; Júlio Ferreira Neto; Karla Karine Silva dos Santos; Laysa Diná de Andrade Nicola; Lucille Maia Batista; Pamella Raysa Léo de Santana; Rafaela de Lira Nascimento; Raquel Soares Pedonni; Renata Maria da Silva Fernandes; Rodrigo Fagner Araujo dos Santos; Rossana Maximino de Souza SUPERVISORES PIBID LETRAS Cláudia Gonçalves Ferreira (Escola Professor Leal de Barros) Eugênia Paula de Souza (Escola Senador Novaes Filho) Saulo Batista de Souza (Escola Senador Novaes Filho) Vera Lima (Escola Eleanor Roosevelt)


Volume 3

Mapas Map of the World in star projection, 1880. Ilustração de Hermann Berghaus. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hermann_Berghaus.JPG


Sumário 09 APRESENTAÇÃO

Sugestões Didáticas... Mapas?

Angela Paiva Dionisio & Suzana Leite Cortez

15 Sugestões Didáticas

O Mapa e a aprendizagem docente autoral Ágnes Christiane de Souza, Angela Paiva Dionisio, Anne Caroline Araújo de Lima, Bibiana Terra Soares Cavalcanti, Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Elilson Gomes do Nascimento, Felipe de Oliveira Bezerra, Getúlio Ferreira dos Santos, Juliana Serafim dos Santos, Larissa Ribeiro Didier, Lucille Maia Batista, Maria Eduarda Souza Gonçalves, Maria de Lourdes Cavalcante Chaves, Mariana Bandeira Alves Ferreira, Raquel Lima Nogueira, Renata Maria da Silva Fernandes, Saulo Batista de Souza

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I. Videoclipe e Mapas II. Google Maps III. Mapas e Pintura IV. Mapas: diversidade de conceito V. Mapas fora dos mapas VI. Atlas da experiência humana VII. Mapas em tirinhas

53 Registrando Sugestões Didáticas 56 Leituras Sugeridas


“Sugestões a gente ouve, adapta à nossa realidade, desconfia delas, esquece-as, retoma em outro momento, recria, inventa outras. Elas são, portanto, pontos de partida, e servem, sobretudo, para o professor que ainda não tem uma experiência acumulada de atividades neste âmbito. Esta postura diante das sugestões precisa ser levada a sério, para não ficarmos mecanicamente fazendo o que o manual ou o especialista nos indica. Dito de outra forma, embora na vida estejamos quase sempre imitando e toda a aprendizagem comece por imitação, do ponto de vista didático-pedagógico é fundamental estar atento à realidade particular em que se vive – sala de aula, grupo de leitura, biblioteca, grupo de naturezas diferentes – para a partir daí propor atividades de leitura.”

(Ana Cristina Marinho e Hélder Pinheiro, 2013, p. 127)


Sugestões Didáticas... Mapas? Leitor, Este é mais um volume da Série Cadernos de Sugestões Didáticas; é o caderno que se dedica às atividades com e sobre MAPAS. Para quem não conhece esta Série, informamos que os Cadernos consistem em coletânea de exercícios desenvolvidos no âmbito do projeto PIBID LETRAS/ Português da UFPE. Os dois primeiros volumes trazem ações relacionadas ao PIBID Editais 2010 e 2011. Este terceiro volume – MAPAS – mantém a metodologia utilizada para a construção de Desenho Anatômico e Jogando com Gêneros e Linguagens. Assim como os livros da Série Verbetes Enciclopédicos (2013-2014), os Cadernos buscam cumprir dois dos objetivos gerais do PIBID/CAPES, que são: (i) inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem; (ii) contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. (CAPES, Portaria nº 260, de 30 de dezembro de 2010).

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Apresentação

Ou seja, estas coletâneas traduzem as duas metas principais do PIBID Português da UFPE, elaboradas a partir dos objetivos mencionados, que são: (i) a formação teórica e prática dos bolsistas, através da realização de oficinas, do planejamento e da execução de atividades; (ii) a construção e a divulgação de materiais didáticos que abordem a diversidade de gêneros multissistêmicos com a participação de alunos e professores de Letras, professores e alunos do ensino médio.

Portanto, como afirma-se no volume 1, sobre Desenho Anatômico, “as atividades aqui sugeridas são, em primeiro lugar, exercícios de “criação” de docentes em formação, a partir de vivências com alunos das primeiras séries do Ensino Médio de escolas públicas estaduais pernambucanas, com respaldo teórico oriundo das oficinas temáticas centradas nos estudos dos gêneros textuais, tendo como foco o processo de aprendizagem via a compreensão de gêneros multissemióticos, veiculados por mídias diversas. (...) O agir docente é pensado, é construído, também com ênfase no agir autoral. O professor não é apenas um leitor, mas também um autor; o professor elabora, cria suas intervenções para sala de aula e busca compartilhar suas produções em encontros acadêmicos, congressos, blogs pessoais, sites acadêmicos etc.” (DIONISIO, 2013, p. 09-11) Então, o que se apresenta aqui tem por base (mas não se limita) o verbete Mapa de autoria de Larissa Ribeiro Didier e Raquel Lima Nogueira, publicado no volume 2 da Série Verbetes Enciclopédicos, em 2013. Os volumes da Série podem ser acessados gratuitamente no site do Pibid Letras UFPE (http://www.pibidletras.com.br) 10


Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

Verbetes Enciclopédicos: linha do tempo e mapa http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/ serie-verbetes/

As atividades apresentadas neste volume foram iniciadas e realizadas na primeira etapa do PIBID Letras/ Português (2013). Entretanto, a escrita e produção como Cadernos só veio ocorrer, em 2014 e com a colaboração efetiva de quatro bolsistas do elenco atual que faziam parte da equipe de 2013. Por isso, este volume carrega em seu corpo editorial as duas equipes do PIBID Letras Português (a de 2011-2013; e a atual-2014). Algumas considerações merecem ser feitas, antes de você, leitor, iniciar a leitura destes Cadernos: 1) a escrita da Série Verbetes Enciclopédicos é multissemiótica; 2) os segmentos textuais dos verbetes podem ser vistos como “objetos de aprendizagem”, por isso

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Apresentação

procuramos desenvolver sugestões didáticas que envolvam os vários itens do verbete; 3) as sugestões didáticas não são unidades de estudo, sequências didáticas ou, ainda, unidades de trabalho; 4) as sugestões didáticas simbolizam o diálogo entre as leituras teóricas, as pesquisas realizadas nas salas, as práticas pedagógicas, as vivências como discentes etc., da equipe PIBID; 5) as sugestões didáticas são produções didáticas resultantes de ações de aprendizagem no processo de formação inicial do professor; 6) as sugestões didáticas são registros de algumas experiências do nosso trabalho docente; são registros do nosso aprender a ser professor autor. Em síntese, as sugestões didáticas são o “rascunho” da nossa própria aprendizagem, que ousamos a compartilhar com você, leitor, guiados pela sensação de criar, motivados pelo prazer de aprender a fazer em e para a sala de aula e inspirados pelo desafio de reinventar. Recife, novembro de 2014. Angela Paiva Dionisio Suzana Leite Cortez

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

— COLETÂNEA DE —

atividades

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral Ágnes Christiane de Souza, Angela Paiva Dionisio, Anne Caroline Araújo de Lima, Bibiana Terra Soares Cavalcanti, Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Elilson Gomes do Nascimento, Felipe de Oliveira Bezerra, Getúlio Ferreira dos Santos, Juliana Serafim dos Santos, Larissa Ribeiro Didier, Lucille Maia Batista, Maria Eduarda Souza Gonçalves, Maria de Lourdes Cavalcante Chaves, Mariana Bandeira Alves Ferreira, Raquel Lima Nogueira, Renata Maria da Silva Fernandes, Saulo Batista de Souza

Uma das metas do nosso projeto consiste no estudo dos genêros responsáveis pela visualização de informações em si, os quais são objetos de ensino de teorias e de testagem de aprendizagem nas escolas, em avaliações nacionais e internacionais e tão amplamente usados em livros didáticos. O princípio norteador era o verbete Mapa, volume 2 da Série Verbetes Enciclopédicos (2013-2014), como mencionado na apresentação. Como se chegou a tal decisão? A motivação de um professor de Geografia de uma das escolas do ensino médio em fazer parceria conosco, através de um dos nossos supervisores, foi decisiva para a escolha de Mapa para nossas oficinas de estudo de gêneros e de ato autoral do professor, via a produção de sugestões de atividades. Paralelamente, dispúnhamos de dados que demonstravam as dificuldades de leitura sinalizadas por cerca de 200 alunos do primeiro ano do ensino médio de duas escolas recifenses, ao lerem gêneros multissemióticos em áreas distintas de conteúdos curriculares. Após investigação da literatura existente sobre estes gêneros, verificamos que era muito restrita e não atualizada no que se refere à abordagem da diversidade de linguagens e dos domínios discursivos. Como já conhecíamos os alunos com os quais iríamos trabalhar, nos dividimos em pequenos grupos para produzirmos as atividades. Os enunciados foram sempre (re)escritos por todos, uma vez que havia a socialização pelos primeiros autores (duplas ou trios) e havia sempre

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

a intervenção dos demais participantes da equipe. Por isso, consideramos que a autoria das sugestões aqui apresentadas é coletiva, é da equipe PIBID Letras Português. Chegamos, então, a um conjunto de sugestões de atividades de compreensão e produção nas quais o gênero Mapa fosse o foco de estudo ou estivesse inserido de forma associada a outros textos, a outros suportes, a outras linguagens. Organizamos as atividades nos seguintes blocos temáticos: 1. Videoclipe e Mapas 2. Google Maps 3. Mapas e Pintura 4. Mapas: diversidade de conceito 5. Mapas fora dos mapas 6. Atlas da experiência humana 7. Mapas em tirinhas Por último, é importante destacar que a maioria das atividades foi realizada em salas de aulas do Ensino Médio.

I. VIDEOCLIPE E MAPAS Sugerimos a exibição do videoclipe Mapa-Múndi, de Thiago Pethit, retirado do verbete Mapa, p. 35 (Série Verbetes Enciclopédicos – PIBID Letras Português/UFPE).

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Thiago Pethit - Mapa-Múndi (Official Music Video) Fonte: https://youtu.be/pXBIWw185oY Dirigido por/Directed by: Renata Chebel Editado por/Editing by: Edu Porfirio Direção de Arte/Art Direction by: Frank Dezeuxis e Renata Chebel

[O acesso ao vídeo pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, Iphones etc.) ou por meio de uma projeção para o grande grupo mediante uso de datashow etc.] Letra da Música Mapa-Múndi, de Thiago Pethit Mapa-Múndi Thiago Pethit Me escreva uma carta sem remetente Só o necessário e se está contente Tente lembrar quais eram os planos Se nada mudou com o passar dos anos E me pergunte o que será do nosso amor? Descreva pra mim sua latitude Que eu tento te achar no mapa-múndi

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

Ponha um pouco de delicadeza No que escrever e onde quer que me esqueças E eu te pergunto o que será do nosso amor? Ah! Se eu pudesse voltar atrás Ah! Se eu pudesse voltar

[Distribuição da letra da música Mapa-múndi, em documento impresso ou digital] A partir da leitura do videoclipe Mapa-Múndi, algumas questões de compreensão podem ser trabalhadas em articulação com o texto verbal (letra de Mapa-Múndi): 1) O clipe se inicia com objetos sobre um suporte que gira, os quais podem remeter a um tempo que passou. a) Quais são esses objetos e o que eles representam em nossa cultura? Em relação ao movimento realizado pelos objetos, o que se pode deduzir dentro da perspectiva geográfica? b) Como podemos relacionar o movimento rotacional do planeta Terra com o passado do casal que protagoniza o videoclipe? Na Geografia física, qual é o nome que se dá a esse movimento? 2) Durante parte do videoclipe, o protagonista faz um esboço de diversos caminhos em um Mapa-Múndi através de linhas tracejadas e contínuas. Baseando-se na letra da música, o que essas marcações no mapa podem significar para o eu-lírico?

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

Thiago Pethit - Mapa-Múndi (Official Music Video) Fonte: https://youtu.be/pXBIWw185oY

3) O eu-lírico expõe seu desejo de encontrar a amada a partir da latitude. De acordo com o conhecimento sobre as coordenadas geográficas, é possível encontrar alguém apenas conhecendo a latitude? Por quê? No mundo real, a partir do desenvolvimento tecnológico e do uso frequente da internet, como poderíamos, de fato, localizar alguém? 4) Em um determinado tempo do videoclipe, quando o sujeito poético diz “Ah! Se eu pudesse voltar atrás” ocorre, simultaneamente, um retrocesso das imagens. Qual é a relação da regressão das imagens com o sentimento do protagonista expressa nesse trecho? 5) Pode-se dizer que as imagens no videoclipe Mapa-Múndi narram a história contada na letra da canção, sendo algumas cenas mais ficcionais e outras mais literais. Retome a letra da música e reveja o videoclipe. Em seguida, elenque participantes da narrativa (pessoas, espaços, objetos, cenas etc.) que estão em destaque de acordo com a correlação escrita-imagem dada pela produção do videoclipe, como por exemplo:

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

Letra da Música

Cena do Videoclipe

Ponha um pouco de delicadeza

II. GOOGLE MAPS Realização da atividade “Como ir daqui até ...”? com o uso do Google Maps Para realização desta atividade, sugerimos ao professor distribuir, para alguns alunos, fichas com nomes de lugares de interesse público próximos à escola (SHOPPING, CASA DO CIDADÃO, PRAÇA, UNIVERSIDADE, SUPERMERCADO, ESTAÇÃO DE METRÔ/ÔNIBUS etc.) e fichas com a expressão “COMO IR DAQUI ATÉ ...”. Nem todos os alunos precisam receber fichas com os lugares, mas todos os demais alunos devem receber a ficha com a expressão “Como ir daqui até ...”. “Como ir daqui até ...” “o supermercado X” Em seguida, pode-se solicitar que, voluntariamente, um dos alunos que recebeu a ficha “COMO IR DAQUI ATÉ ...” peça a um outro que re-

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

cebeu o nome de lugar para traçar o trajeto da escola até o lugar indicado na ficha recebida, apresentando sugestões para a forma de locomoção (caminhada, de transporte público ou de carro particular). A tarefa pode ser continuada, solicitando que outro aluno com a ficha do mesmo lugar indique o trajeto com outra forma de locomoção. Nesse momento, é importante verificar as reações dos alunos no que se refere à clareza, à objetividade, à citação de pontos de referência, às condições do trajeto para chegar ao local desejado etc. Recomendamos parar o jogo caso haja a repetição das informações dadas pelo grupo ou a incerteza quanto ao conhecimento das informações. Dando sequência, pergunte à turma como e onde podem buscar informações sobre um percurso que se deseja fazer com (relativa) segurança e rapidez, além da consulta face a face. Caso a turma não chegue à resposta como o Google Maps, apresente-o (https://www.google.com.br/maps/@-8.0433112,-34.934217,12z). Salientamos que o acesso ao Google Maps pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (tablets doados pelo Programa Aluno Conectado PE, ou ainda celulares, Iphones etc.). Vale lembrar que no Google Maps é possível utilizar a ferramenta “como ir daqui até…”, cujo objetivo é identificar o percurso a ser feito de um determinado lugar a outro. Solicitar aos alunos que façam uso dessa ferramenta a fim de que (re)conheçam como ir da escola a algum outro local de interesse, como o Shopping Boa Vista, o campus da UFPE, a Praça do Engenho do Meio ou o Expresso Cidadão etc. A sugestão é para que se construa um percurso relativamente curto, uma vez que haverá a comparação entre as formas de realização do trajeto, como os exemplos 01 e 02, nos quais se toma como ponto de partida a Escola Novaes Filho, escola na qual surgiu a ideia de abordarmos a leitura de mapas.

COMO IR DA Escola Novaes Filho ATÉ O DQF da UFPE? São sugeridos os percursos rota de carro e caminhada:

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

Exemplo 01

Exemplo 02

Além da ferramenta “como ir daqui até...”, o Google Maps também permite a visualização dos meios de transportes que podem ser utilizados para a realização de um trajeto (sejam eles carro, transporte público ou

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caminhada). Por isso, é possível solicitar aos alunos que percebam as mudanças entre o uso de cada meio de transporte, através de questionamentos como por exemplo: a) Em quanto tempo cada itinerário pode ser feito? b) Por que há uma variação no tempo de cada um? c) É realmente possível utilizar um carro, transporte público ou andar para ir ao destino escolhido? d) Em seu trajeto, o Google Maps apresentou alguma observação acerca do meio de transporte solicitado?

III. MAPAS E PINTURA

Entrevista com o artista plástico Francisco José Fonte: https://youtu.be/XUaF1Rwa4ts

1) Sugerimos a exibição da entrevista sobre mapas artísticos 100% feitos à mão pelo artista plástico Francisco José Ferreira (disponível em http://migre.me/gkXnB) que apresenta mapas artísticos. Lembramos que o acesso ao vídeo pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, Iphones etc.) ou por meio de uma projeção para o grande grupo mediante uso de datashow etc.

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

Após a exibição do vídeo, o professor pode apresentar a pintura do artista plástico Francisco José Ferreira a seguir, a fim de que o aluno analise detalhadamente o mapa artístico, intitulado Mapa América do Sul e Caribe (1596).

Mapa América do Sul e Caribe - 1596 Fonte: http://mapasartisticos.blogspot.com.br/2009/05/mapa-america-dosul-e-caribe-1596-em.html. Acesso em 17/10/2013 Medidas: 85 cm x 57,5 cm. Língua Matriz: Latim. Tempo de execução: 310 horas

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

A entrevista com Francisco José Ferreira nos dá a informação de que o artista plástico, antes de iniciar sua produção de Mapas, atuava como professor de História e percebia em seus alunos entraves para correlacionar os conhecimentos históricos com os geográficos. O artista plástico inquietou-se quanto ao fato de um professor “(...) dar aula de História sem mostrar em que localidade ocorreu o fato!”, por isso a ideia de produzir mapas artísticos como auxílio para suas aulas. No Mapa América do Sul e Caribe (1596) elaborado pelo artista plástico, há representações de figuras imaginárias (como monstros marinhos) e elementos importantes que remetem à colonização portuguesa e espanhola (como tribos indígenas, animais nativos e caravelas). Além disso, os recursos semióticos (cores, tracejados e legenda) possuem uma função comunicativa diferente dos mapas convencionais. Tais itens comprovam que o Mapa América do Sul e Caribe - 1596 produzido por Francisco José Ferreira vai além das convenções cartográficas, cujos objetivos são meramente de localização. A partir disto, sugerimos ao professor atrelar as informações contidas na entrevista aos recursos constitutivos do Mapa América do Sul e Caribe (1596), com questionamentos como: a) Observe a forma como o Mapa América do Sul e Caribe está posicionado; b) Observe os contornos do Mapa, com destaque para os territórios, rios e oceanos; c) Observe as cores e suas funções; d) Observe como são representadas as figuras imaginárias; e)Observe como são representados habitantes e animais; f) Observe alguns recursos constitutivos do mapa e seus detalhes:

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

g) Com base na entrevista, o artista tentar ser fiel aos detalhes gráficos dos Mapas originais durante a produção dos mapas artísticos, porém estes não possuem a finalidade de mapas comuns. O que faz o Mapa América do Sul e Caribe – 1596 ser considerado uma representação artística e não um mapa convencional? h) Antes de produzir Mapas, Francisco José Ferreira estuda a cultura e a história de cada lugar a ser representado. Como estas informações podem interagir com as produções artísticas de Mapas elaborados pelo artista plástico? Quais contribuições o estudo da História pôde oferecer à elaboração do Mapa visto acima? i) No Mapa: América do Sul e Caribe, Francisco José Ferreira faz uso de imagens de pessoas, animais e tipos de relevos. Qual o sentido acrescentado ao mapa devido ao uso dessas imagens? j) Observe como os países estão apresentados (tamanho, forma, disposição para a leitura, cores utilizadas etc.). Como você justifica o uso de tais recursos na elaboração deste Mapa que contém dados de um momento específico da história?

IV. Mapas: diversidade de conceito 1) Sugerimos introduzir o estudo e a apropriação do gênero por mapas cuja diversidade possa ser percebida no âmbito da tipologia e das projeções utilizadas. Optamos por apresentar inicialmente nesta atividade mapas, extraídos da página oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porque representam o mesmo espaço territorial para diferentes fins, como apresentado nos Mapa 01, 02 e 03 abaixo: 26


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Mapa 01 - Político. Mapa de Referência ou de Base Fonte: http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/ brasil_politico.pdf. Acessado em 01/10/2013

Para a abordagem do Mapa 01, podem ser apresentadas à turma orientações semelhantes a estas: a) Observe se há legenda e de que forma a legenda contribui com a leitura. b) Observe a função desempenhada pelos tracejados. c) Observe se há o destaque de regiões específicas e elementos que as constituem e com quais funções. d) Observe os recursos linguísticos e a maneira de como eles se organizam.

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

Mapa 02 - Vegetação: cobertura atual. Mapa Temático Qualitativo Fonte: http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/ brasil_vegetacao.pdf. Acessado em 01/10/2013.

Para a abordagem do Mapa 02, podem ser dadas as seguintes orientações:

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a) Observe quais são os elementos destacados no mapa e com quais funções. b) Observe se há legenda e de que forma a legenda contribui com a leitura. c) Observe a distribuição das cores e se há o uso convencional de determinadas cores na representação de elementos geográficos.

Mapa 03 - Turismo: Tipologia dos municípios turísticos Mapas Temáticos Qualitativo e Quantitativos Fonte: http://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_ turismo.pdf. Acessado em 01/10/2013

Para a abordagem do Mapa 03, podem ser dadas as seguintes orientações:

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

a) Observe o uso das cores. b) Observe se há informações quantitativas (percentuais). c) Observe se há legenda e de que forma a legenda contribui com a leitura. d) Observe se há figuras geométricas associadas aos dados numéricos e de que forma estas figuras contribuem com a leitura. Sistematizando, para a abordagem de mapas, podem ser apresentadas à turma questões semelhantes a estas: a) Observe o uso das cores. b) Observe se há informações quantitativas (percentuais). c) Observe nas legendas a relação entre símbolo e definição. d) Observe as diferenças entre as marcações de rios e mares. e) Observe como são traçados os limites de estados e estradas. f) Observe se há figuras geométricas associadas aos dados numéricos e de que forma estas figuras contribuem com a leitura. g) Observe a função desempenhada pelos tracejados. h) Observe se há o destaque de regiões específicas e elementos que as constituem e com quais funções. i) Observe os recursos linguísticos e a maneira de como eles se organizam. j) Observe quais são os elementos destacados no Mapa e suas funções. 2) Após as atividades para abordagem de mapas como as apresentadas aos mapas 01, 02 e 03, anteriormente, pode ser interessante o encaminhamento para a conceituação de mapas. O professor pode questionar: “Afinal, o que são mapas?” Sugerimos a leitura das definições 3, 6 e 8 do verbete Mapa, da Série Verbetes Enciclopédicos, produzido por Larissa Didier e Raquel Nogueira (http://pibidletras. com.br/serie-verbetes/serie-verbetes-enciclopedicos-volume2-linha-do-tempo-e-mapa.pdf) e/ou alguma outra que o professor considere interessante. Salientamos, mais uma vez, que o acesso às definições deve ser favorecido por diferentes meios, tais como projeção para toda a sala viabilizada pelo professor ou solicitação de

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

acesso ao verbete Mapa, por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, Iphones etc.). Vejamos os trechos referentes às definições 03, 06 e 08, sugeridas: Definição 03 “3. “(...) meio de armazenamento de conhecimentos sobre a superfície terrestre, [que tem] como finalidade principal não só conhecer, mas, muito principalmente, administrar e racionalizar o uso do espaço geográfico envolvente.” (DUARTE, 2008, p. 19). O mapa aparece como instrumento facilitador para a exploração e estudo de novos territórios durante a evolução da humanidade e acaba por consistir “um produto cultural dos povos” (DUARTE, 2008, p. 21)” p. 43-44

Definição 06 “6. “(...) representação dos aspectos físicos naturais ou artificiais, ou aspectos abstratos da superfície terrestre, numa folha de papel ou monitor de vídeo, que se destina para fins culturais, ilustrativos e para análises qualitativas ou quantitativas genéricas.” (NOGUEIRA, 2009, p. 34)” p. 44

Definição 08 “8. “(...) figuração plana da superfície da Terra, ou de outro corpo celeste, na qual são representadas as posições relativas dos vários objetos, numa determinada escalae numa determinada projeção cartográfica.” (GASPAR, 2000, p. 4). A projeção cartográfica pode ser classificada em: Cilíndrica Conforme (...) — “conserva a forma das massas continentais, mas distorce suas áreas relativas” (ALMEIDA, 2010, p. 26); Cilíndrica Equivalente (...) — “conserva as dimensões relativas dos territórios representados, mas distorce os ângulos da latitude e da longitude de um ponto da superfície terrestre” (ALMEIDA, 2010, p. 26); Cônica (...) — “meridianos retos e paralelos curvos. É geralmente usada para representar um só hemisfério e retrata com maior perfeição apenas as regiões de altas latitudes” (ALMEIDA, 2010, p. 26); Central (...) - “usada sobretudo para representar pequenas áreas, pois as deformações aumentam com o distanciamento do ponto central do mapa.

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essa projeção é geralmente escolhida para representar rotas de navegação”. (aLMeiDa, 2010, p. 26).” p. 46-47

3) em seguida, seria interessante a exibição do vídeo Mapas!, produzido por Denis Lee, cujo link está disponível na página 54 do volume 2 da Série Verbetes Enciclopédicos (Verbete Mapa, escrito por Larissa Didier e raquel nogueira). para motivar a leitura do vídeo, poderia ser apresentada a pergunta feita por Denis Lee: “Será que existe a possibilidade de todos esses mapas estarem errados?”

(24): Algumas curiosidades sobre os mapas, por Denis Lee. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=56WKwh5P2ss acessado em 12/10/2012

Após discussão da pergunta “Será que existe a possibilidade de todos esses mapas estarem errados?”, com base nos argumentos apresentados por Denis Lee, podem ser feitas análises das imagens 01, 02, 03 e 04, observando a influência das projeções na leitura de um mapa a partir dos exemplos extraído do verbete Mapa. Para guiar as reflexões, podem ser apresentadas as seguintes orientações:

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

a) Quais diferenças podemos notar na representação do espaço nas projeções? b) Como a projeção escolhida se relaciona com o objetivo do mapa? c) Considerando que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem como principal propósito facilitar as relações entre diferentes países e a cooperação internacional, observe a projeção utilizada no símbolo da ONU. Que fatores podem ter contribuído para a escolha dessa projeção?

Bandeira da ONU Fonte: http://migre.me/gnUbb. Acessado em 24/10/2013

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O Mapa e a aprendizagem docente autoral

Imagem 01 - Projeção cilíndrica conforme ou Projeção de Mercator. Fonte: http://goo.gl/t7cI9. acessado em 08/10/2012

Imagem 02 - Projeção cilíndrica Equivalente ou Projeção de Peters. Fonte: http://goo.gl/9Wrfw. acessado em 08/10/2012

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Mapas

Imagem 03 - Projeção cônica. Fonte: http://goo.gl/4wY5o. acessado em 08/10/2012

Imagem 04 - Projeção central, Zenital ou Azimutal. Fonte: http://goo.gl/NVZlt. acessado em 09/10/2012

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V. MAPAS FORA DOS MAPAS Alguns tatuadores e designers criam peças tomando como referência diferentes tipos de mapas. São tatuagens nas costas, no peito, no corpo inteiro; são tatuagens usadas como estampas para bolsas e cadernos etc. O professor pode exibir fotos de mapas em suportes incidentais, todos com diferentes propósitos (Foto 1, foto 2, foto 3, foto 4, foto 5). Como as fotos estão disponibilizadas na internet, lembramos que o acesso a elas, deve ser favorecido por diferentes meios, tais como projeção para toda a sala viabilizada pelo professor ou solicitação de acesso por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, Iphones etc.).

Foto 01 – Países visitados. William Passman/Arquivo pessoal. Fonte: http://brzu.net/04n7j acessado em 14/09/13

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Foto 2 – Estampa de Mapa-Múndi de Alexandre Herchcovitch. Foto: agencia fotosite. Fonte:http://goo.gl/HKSW1z acessado em 14/10/2013

Foto 3 – Cadernos de viagem por Daniela de Paula. Fonte: http://www.assimouassado.com/2012/09/ caderno-costurado-a-mao.html acessado em 14/09/2013

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Foto 4 – Mapas nas bolsas. Imagem: chanchanbag. com. Fonte: http://goo.gl/JySH54 acessado em 14/10/2013

Foto 5 – Michael Scofield, personagem da série americana Prison Break © Fox. Fonte: http://brzu. net/04n7p acessado em 16/10/2013

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Para um melhor aproveitamento da discussão acerca de suportes incidentais, faz-se imprescindível que durante a aula, o artigo de lei abaixo seja explicitado, pois a exposição das tatuagens pode gerar inquietações nas turmas. Portanto, a exposição clara da constituição é fundamental após a exibição feita.

Art. 1º Os estabelecimentos comerciais, profissionais liberais, ou qualquer pessoa que aplique tatuagens permanentes em outrem, ou a colocação de adornos, tais como brincos, argolas, alfinetes, que perfurem a pele ou ombro do corpo humano, ainda que a título não oneroso, ficam proibidos de realizarem tal procedimento em menores de idade, assim considerados nos termos da legislação em vigor. (Fonte: Lei nº 9.828 de 06 de Novembro de 1997 - http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12613042/artigo-1-da-lei-n-9828-de-06-de-novembro-de-1997-de-sao-paulo, acessado em 24/10/2013)

Em seguida, podem ser feitos questionamentos como: a) Os mapas, geralmente, são utilizados pelos seres humanos a fim de locomoverem-se para um determinado espaço pouco conhecido. Porém, nas imagens apresentadas anteriormente, os mapas não cumprem sua principal função. São mapas em estampas de bolsa ou roupa, tatuado nas costas... Nesses exemplos, há alguma intenção de localização? Por quê? b) No mapa da fotografia 1, não há os nomes dos países ou continentes. Mesmo assim, é possível identificá-lo como um mapa-múndi. Por que isso ocorre? O mapa está representado em qual projeção geográfica? O mapa possui apenas alguns países coloridos, o que justifica esse fato?

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c) O mapa da fotografia 3 difere-se quanto aos recursos utilizados em sua representação, se comparado aos mapas das fotografias 2 e 4. Quais são esses recursos? d) Prison Break, um famoso seriado de ação e drama, foi transmitido entre os anos de 2005 e 2009 pela televisão americana. A ficção gira em torno da história dos irmãos Michael Schofield e Lincoln Burrows. Schofield, para salvar seu irmão da pena de morte por um crime que não havia cometido, tatuou o mapa da prisão na parte superior do corpo. Na fotografia 5, a proposta do personagem de tatuar a planta de uma prisão em seu próprio corpo é realmente eficiente e cumpre a função de localização? A planta tatuada pode ser compreendida por outra pessoa? e) As fotografias 1 e 5 são tatuagens de tipos de mapas, porém com diferentes objetivos. Quais recursos foram utilizados para compor esta distinção?

VI. ATLAS DA EXPERIÊNCIA HUMANA O livro Atlas da Experiência Humana, produzido pelos cartógrafos holandeses Louise van Swaaij e Jean Klare, e publicado, em 2004, aqui no Brasil, apresenta 23 mapas cujos acidentes geográficos são segredos, lar, tédio, paixão, caos, montanhas de trabalho, prazer, mortalidade, conhecimento etc.

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1) Selecionamos 2 mapas – Segredos e Paixão – para que sejam lidos e analisados. Antes de ler os referidos mapas, atentem para os seguintes aspectos: a) O que é mapeado (países, cidades, ilhas, rios, montanhas, praias etc) e a que são associados (emoções, comportamentos humanos etc). Cada mapa se constrói em torno de dimensões específicas da vida humana, que são os segredos e as paixões. Assim como em mapas geográficos, também se podem observar as relações semânticas entre os termos nomeadores e os símbolos que os demarcam. Releia os mapas e crie, para cada mapa, uma legenda estabelecendo a relação entre símbolos e palavras (expressões verbais). Não se esqueça de observar o uso de linhas, cores, ícones etc.

Mapa Paixão.

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Mapa Segredos.

Gabriel Perissé, doutor em Filosofia da Educação (USP) e pesquisador do Núcleo Pensamento e Criatividade pesquisador, escreveu uma resenha sobre Atlas da Experiência Humana, de Louise van Swaaij e Jean Klare. Vejamos a resenha publicada na Revista Educação, em setembro de 2013.

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Mapas para viver experiências.Gabriel Perissé. Resenha extraída da Revista Educação, setembro de 2013, pp. 28-29 ......................................................................................................... Revista Educação - Reportagens Setembro/2013 Leituras educadoras | Edição 197

Mapas para viver experiências A vida é uma viagem. De trajetos diversos, atalhos salvadores e voos da fantasia Gabriel Perissé*

Livros existem para nos ensinar a viver. O restante (ler para derramar erudição, descobrir boas citações para um trabalho acadêmico, ou ter uma decoração ‘culta’ em casa) são subprodutos que valem o que são. Mas o que vale mesmo é a leitura que se transforma em experiência e esta, em sabedoria. O Atlas da experiência humana, dos holandeses Louise van Swaaij e Jean Klare, publicado no Brasil em 2004 (pela PubliFolha), mapeia

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a vida humana em suas diferentes dimensões. São cartas geográficas da existência. Nelas existem cidades e aldeias, florestas, rios e praias, estradas e ferrovias, portos e aeroportos, ilhas, desertos, planaltos e planícies, tudo isso metaforizado. A vida é uma viagem. Navegamos no Mar da Abundância, ou subimos a Montanha do Trabalho, ou enfrentamos o Deserto do Desespero. Trajetos diversos, momentos em que nos sentimos perdidos, reencontros do caminho, atalhos salvadores, a busca de fontes inspiradoras, sem falar nos sempre arriscados voos da fantasia. PARA NOS LOCALIZARMOS De onde viemos e para onde vamos? Perguntas existenciais sobre vindas e idas. Estamos subindo pelo Rio da Inspiração que passa pela Terra Fértil. Há uma cidade chamada Boa Ideia, que fica por perto. Seus habitantes pescam por ali e nos contam verdades simples e mentiras inteligentíssimas. No Lago da Reflexão tomamos nosso banho antes de prosseguir. Suas águas são claras e revigorantes. Saímos de lá, pensativos, e fomos abordados pelos moradores de uma cidade próxima, cujo nome nos deixou intrigados. Em Susto, todos andam de olhos arregalados e cabelos em pé. Queriam saber se nós éramos humanos ou fantasmas. Logicamente afirmamos que éramos professores e alunos em busca de nosso destino. Nosso objetivo era chegar até o aeroporto Ícaro, mas antes tivemos de visitar a cidade Ilusões. Havia nessa cidade uma loja onde comemos saborosos sonhos. Finalmente, dentro da aeronave, decolamos em direção a novos territórios. O piloto, muito jovem, queria subir até o sol, ou talvez ainda mais longe, mas conseguimos mostrar-lhe que melhor seria nos levar para as terras do Conhecimento. DIFERENTES RUMOS Antes de chegar à Sabedoria, uma bela cidade com praias fantásticas, é preciso subir e descer a Cordilheira da Educação. Travessia perigosa. Antes ainda estivemos numa metrópole, Ignorância, orgulhosa de seu trânsito caótico e violência desenfreada. Lá, conversamos com o novo prefeito, nascido e criado na periferia de Ignorância. Ele nos con-

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tou que um de seus planos era liquidar com a Floresta da Curiosidade, não muito distante dali, e transformá-la num deserto sem surpresas. Mas existem outras localidades interessantes nas terras do Conhecimento. Na Planície da Ciência, por exemplo, há um vilarejo muito simpático, Especulação. Talvez nunca chegue a se tornar uma cidade tão grande como Ignorância, pois seus habitantes pensam demais. E falam demais. Levantam muitas hipóteses e vivem imaginando novas possibilidades. Um lugar inspirador, mas era hora de partir. Mais ao norte encontramos a Ilha da Clareza. Suas quatro cidades mais conhecidas são Pesquisa, Visão, Revisão e Julgamento. Todos os seus moradores conversam e escrevem com extrema lucidez. Chega a ser irritante, mas devemos admitir que nessa ilha de excelência há muita gente capacitada para a docência e para a produção acadêmica. MAIS MUDANÇAS Saímos de Clareza e fomos em direção ao Leste, onde nasce o sol. Teríamos, porém, de percorrer territórios problemáticos. A cidade de Fofoca não nos deixava dormir em paz. Deboche é um município em que impera o desrespeito. Quando tentamos contar a nossa história, fomos vítimas de piadas sem graça, trocadilhos infames e todo tipo de zombaria. Fomos caminhando. No Pântano da Deriva quase ficamos atolados. Graças a muita determinação, chegamos ao outro lado. E quase sucumbimos, não afogados na água parada, mas enforcados na cidade de Artimanha. Como pode haver, no mapa da vida, lugares assim? Pois existem, e temos de saber onde estão. Para evita-los! Dias e dias andando, para finalmente alcançarmos uma próspera cidade chamada Planos. Lá, fizemos muitos, pensamos no futuro. Perto de Planos há uma cidade bem menor, chamada Oportunidade. Foi para lá que nos encaminhamos. E de lá saímos revigorados. Fomos para o sul, passamos a noite em Coragem. Acordamos cedo e de lá fomos palmilhando o mapa. Visitamos Sorte, Ousadia, Negligência, Decisão, Confiança, Bombástico, Dever etc. Dois municípios muito interessantes são Aprender e Desaprender. Rivais desde o dia que nasceram (isso já faz um bom tempo), essas cida-

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des têm oferecido ao mundo filósofos e pedagogos em constante busca. Fato curioso é que, embora vivam em conflito (jamais armado, apenas verbal), há uma circulação muito grande entre as duas localidades. O pessoal de Aprender passa muitos dias em Desaprender, e a população de Desaprender volta e meia aparece em Aprender. Há um comércio intenso entre as duas cidades. Ainda estamos a caminho. Queremos dar a volta ao mundo, conhecer lugares famosos como a cidade Mudança, a Floresta das Cores Mutáveis e o Oceano da Paz, onde existe uma ilha paradisíaca chamada Ilha da Beleza. *Gabriel Perissé é doutor em Filosofia da Educação (USP) pesquisador do Núcleo Pensamento e Criatividade (NPC) .........................................................................................................

Para fazer a análise da resenha, sugerimos as seguintes questões: a) Segundo Bechara (2009), alguns substantivos próprios, ao longo da evolução de uma língua, passam a substantivos comuns, de modo que “observamos-lhes qualidades e defeitos que se podem transferir a um grupo mais numerosos de seres”. Por esta razão, os substantivos próprios, geralmente de “personagens históricos, artísticos e literários”, perdem o “valor individualizante”, como Judas, o apóstolo traidor, que se torna judas, o “amigo falso”. Da mesma maneira, portanto, podemos ter a conversão de substantivos comuns em substantivos próprios, processo através do qual os nomes adquirem valor individualizante. No texto, como podemos perceber este fenômeno? Qual o efeito de sentido que isto acarreta? b) Além do processo de individualização dos substantivos comuns, é possível observar no texto Mapas para viver experiências a derivação imprópria de alguns termos, “(...) quando uma palavra de uma dada classe passa a ter também as propriedades de uma outra classe, mas sem uma marca morfológica correspondente.” (BASÍLIO, 2009, p. 79). Cite exemplos e justifique-os comentando a proposta do autor.

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c) Em alguns casos, “(...) em vez de qualificar um substantivo, o adjetivo funciona gramaticalmente como um substantivo cujo significado parte do significado do adjetivo” (BASÍLIO, 2009, p. 85). Podemos encontrar alguma ocorrência assim no texto? d) O texto de Gabriel Perissé ao mesmo tempo em que “conta” as vivências do narrador parece traçar uma rota para “viver experiências”, orientações para alcançar a sabedoria, por exemplo. De que maneira o autor aponta essas direções? e) Além da construção de um caminho imaginário, o autor proporciona uma reflexão acerca dos “limites territoriais” e das proximidades entre as regiões. Podemos dizer que Perissé utiliza-se ora palavras de um mesmo campo semântico, ora de vocábulos com sentidos opostos: Sabedoria é vizinha de Ignorância, assim como Fofoca o é de Deboche. Assim, como podemos perceber as relações entre os territórios vizinhos? De que maneira a sabedoria associa-se com a ignorância? Temos a mesma situação entre fofoca e deboche? f) Há um trecho em que o autor fala sobre a Ilha da Clareza e suas quatro cidades mais conhecidas: Pesquisa, Visão, Revisão e Julgamento. Por que Perissé engloba a Pesquisa, a Visão, a Revisão e o Julgamento no âmbito da Clareza? Neste caso, qual é o sentido que “Clareza” apresenta? g) No texto, o autor afirma que para chegar à Sabedoria, é preciso subir e descer a Cordilheira da Educação. Sabendo que Cordilheira é uma cadeia de montanhas, por que a Educação foi retratada dessa forma? h) O prefeito da Ignorância queria destruir a Floresta da Curiosidade. Que outros lugares no mapa poderiam ser alvo deste prefeito? i) O Deboche é o município em que impera o desrespeito. Os moradores fazem piadas sem graça e zombam das outras pessoas. Outra

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ação que pode ser citada como deboche é apelidar. Você age dessa maneira? Os apelidos inventados em sala de aula prejudicam o relacionamento da turma? j) Entre os municípios de Aprender e Desaprender, há uma circulação muito grande de pessoas. O que se pode depreender dessa afirmação?

2) “Como eu me mapeio?” Os alunos farão uma representação de sentimentos e características pessoais na forma de um mapa no recorte disponibilizado pelo professor, atentando para a confecção continuada dos limites territoriais. Passo 1: O professor deve retomar os exemplos do Atlas da Experiência Humana): Passo 2: Em seguida, fazer perguntas como: a) Quais são os indícios que essa “imagem” nos dá de que é um mapa? b) Qual a importância dos recursos linguísticos e visuais deste mapa? c) Podemos dizer que este mapa possui uma intenção comunicativa diferente dos demais? Por quê? Passo 3: Os alunos farão uma representação de sentimentos e características pessoais na forma de um mapa no recorte disponibilizado pelo professor, atentando para a confecção continuada dos limites territoriais.

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VII. Mapas em tirinhas Neste bloco, as atividades estão focadas no diálogo de mapa com outros gêneros, mais especificamente com as tirinhas. Optou-se por duas tirinhas da Mafalda, famosa personagem criada em 1962 pelo cartunista Quino, na Argentina. Mafalda é uma menina de 6 anos que faz uso do humor e de algum recurso semiótico (neste caso, o globo terrestre) ou linguístico a fim de que o leitor reflita acerca dos problemas socioeconômicos presentes no mundo ocidental. Por acreditarmos que o uso de dispositivos móveis contribui para uma participação maior dos alunos nas atividades, sugerimos que o acesso as tirinhas deva ser favorecido por diferentes meios, tais como projeção para toda a sala viabilizada pelo professor ou solicitação de acesso ao vídeo por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, Iphones etc.). Sugerimos duas tirinhas de Mafalda, que são:

Tirinha 1. Fonte: http://edutecmodulo.blogspot.com.br/2013/08/atividadede-informatica-interpretando.html. Acessado em 02/11/2013

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Tirinha 2. Fonte: http://www.sospontanegra.org/2010_06_01_archive.html. Acessado em 02/11/2013

Sobre as Tirinhas, responda: a) Na tirinha 1, Mafalda utiliza o substantivo “mundo” para referir-se a uma representação em miniatura da Terra. Visto que há diversas representações do planeta Terra, que nome se dá a utilizada por Mafalda? O que faz essa representação ser bastante fiel quanto às características físicas do planeta? E no que ela se distancia do corpo celeste em questão? b) Ao interagir com seu ursinho de pelúcia acerca dos problemas sofridos pelo nosso planeta, Mafalda utiliza dois “porquês”. Qual é a diferença entre os dois? Além desses “porquês”, há, na Língua Portuguesa, outros com sentidos diferentes dos utilizados pela personagem. Quais são eles? Qual é o papel do uso desses vocábulos para a compreensão da ideias da menina? c) Em suas tirinhas, Mafalda sempre traz à tona reflexões acerca de problemas sociais e econômicos enfrentados pelos seres humanos. Na sua opinião, por que a garota afirma que “o original é um desastre?” d) Na tirinha 2, para criticar algo, Mafalda faz uma relação de inferência entre sua crítica, um globo terrestre e um vaso de flor sem o uso de texto verbal. Qual é a relação entre a mensagem da

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menina na tirinha 1 e na tirinha 2? É possível compreender o que Mafalda quer criticar na tirinha 2 tanto quanto na tirinha 1? Por quê? e) Em ambas as tirinhas, Mafalda muda sua expressão facial no decorrer dos quadrinhos. A que se pode atribuir tal mudança de estado da personagem? Qual relação pode ser feita entre o texto verbal e o não verbal?

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Registrando

Sugestões Didáticas com MAPAS


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apresentação premiada em 2° lugar na categoria pôster no iV encontro gêneros na Linguística e na Literatura, 2014.

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Registrando Sugestões Didáticas com Mapas

Preparação de material

Atividades nas escolas estaduais do Recife

Atividades nas escolas estaduais do Recife

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Leituras Sugeridas BAGNO, Marcos. Gramática de Bolso do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2013. BASILIO, M. Formação e Classes de palavras no Português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2004. BAZERMAN, Charles. Gênero, Agência e Escrita. São Paulo: Cortez, 2006. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. BEZERRA, Maria Auxiliadora e REINALDO, Maria Augusta. Análise Linguística: afinal a que se refere? São Paulo: Cortez, 2013. BUNZEN, Clecio e MENDONÇA, Márcia (orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006. BUNZEN, Clecio e MENDONÇA, Márcia (orgs.). Múltiplas linguagens para o ensino médio. São Paulo: Parábola, 2013. COSTA, Cássia. F. O.; FERRAZ, D. Daneila. Desenho anatômico. In: DIONÍSIO, A. P. Série Verbetes Enciclopédicos: Desenho anatômico e Diagrama. Disponível em <http://pibidletras.com.br/serie-verbetes/serie-verbetes-enciclopedicosvolume1-desenho-anatomico-e-diagrama.pdf> Acesso em 16 de abr. de 2013 DIONISIO, Angela; MACHADO, Ana Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2011. KARWOSKI, Acir, GAYDECKZA, Beatriz & BRITO, Karim (orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola, 2011. MARCUSCHI, Luiz. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. SOUZA, Ana Lúcia, S.; CORTI, Ana Paula; MENDONÇA, Márcia. Letramentos no ensino médio. São Paulo: Parábola, 2012.


Prefixo Editorial: 66530

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INFORMAÇÕES GRÁFICAS FORMATO: 210 x 297 mm TIPOLOGIA: Constantia / Myriad Pro




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