Jornal Ventos de Mudança 2

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Segunda-feira, 16 de Março de 2009 Periódico nº2

EDP distribui 40 440 lâmpadas eficientes em bairros históricos de Lisboa A EDP vai distribuir, de 2 a 27 de Março, 40 440 lâmpadas eficientes nos bairros históricos de Lisboa, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e a Adene (pág. 4).

Curiosidades – Factos que

“Passatempos Verdes” – Inclui

não sabia (pág. 11).

Sopa de Letras e Diferenças (pág. 12).

O Barreiro e o Ambiente O grupo das Energias Renováveis e Gestão Racional dos Recursos entrevista cara-a-cara o PROFESSOR E BIÓLOGO, José Augusto Batista, e questiona-o acerca da actualidade ambiental da nossa cidade (pág. 5).

Açores produzirão 40% de energias renováveis Os açores pretendem, dentro de uma década, uma penetração de 40 % de energias renováveis no sector eléctrico (pág. 3). Blog: http://ventos12a.blospot.com E-mail: ventos12a@hotmail.com


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Grupo das Energias Renováveis e Gestão Racional de Recursos Somos um grupo da Escola Secundária de Santo André inseridos na disciplina de Área de Projecto tendo, como professor e coordenador, o biólogo José Augusto Batista. A temática escolhida por nós foi as energias renováveis e a gestão racional de recursos, pois, além de ser de extrema importância, necessita ser divulgada e é ai que entra o nosso papel: divulgação da importância destas duas expressões à sociedade. Vulgarmente, chamam-se energias renováveis à electricidade gerada a partir de fontes renováveis. As fontes de energias renováveis são aquelas que se renovam continuamente na natureza sendo, por isso, inesgotáveis. Estas fontes são, por exemplo, o Sol, o Vento, a Chuva, as Ondas do Mar, o Calor da Terra, as Plantas, etc. Já as expressões “Gestão racional de recursos energéticos” e/ou “Utilização racional de recursos energéticos” são mais utilizadas desde há pouco tempo e fazem já parte do nosso vocabulário quotidiano, uma vez que significam algo que é necessário, ou seja, é indispensável gerir e utilizar de maneira racional/organizada os recursos naturais e energéticos de que o Homem dispõe. Caso não se cumpra, além do possível esgotamento dos recursos não renováveis, isto irá trazer inúmeras consequências para o planeta Terra sendo, a maior parte deles, irreversíveis. As Energias Renováveis e a Gestão Racional de Recursos Energéticos são, então, duas problemáticas que, sendo distintas, se complementam, uma vez que quando se encontram implementadas as Energias Renováveis pratica-se, simultânea e obrigatoriamente, uma Gestão Racional de Recursos. A nossa “missão” é alterar atitudes/mentalidades da população e tentaremos alcançá-lo através da criação dos periódicos “Ventos de Mudança”, do blog com o mesmo nome, de colóquios temáticos com peritos na área e um documentário com entrevistas e muito mais. Pretendemos, então, no final do projecto construir um órgão junto da população e da comunidade que os consciencialize uma vez que os tempos que se avizinham são cruciais para a população ocidental. Prova disso foi o choque petrolífero que sofremos devido à não utilização das energias renováveis e à gestão irracional de recursos. Contactos Blog: http://ventos12a.blospot.com E-mail: ventos12a@hotmail.com Telefone (Escola Secundária Santo André): 21 217 06 70 Morada (Escola Secundária de Santo André): Av. Escola dos Fuzileiros Navais; 2830-148 Barreiro

Jornal elaborado por: Alexandre Trota Ana Teresa Oliveira Andreia Nogueira Carina Merendas Catarina Barata Catarina Grazina Filipe Reis


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Açores produzirão 40% de energias renováveis Os açores pretendem, dentro de uma década, uma penetração de 40 por cento de energias renováveis no sector eléctrico. A Sociedade Geoeléctrica da Terceira (Geoterceira), do grupo da Empresa de Electricidade dos Açores (EDA), está a efectuar a perfuração de três poços geotérmicos de produção e de injecção. Os trabalhos estão a ser desenvolvidos por uma empresa islandesa da especialidade e têm um custo estimado de 4,3 milhões de euros. Se os resultados forem positivos, como revelam os primeiros indicadores, será construída uma central de abastecimento, com a potência de 12 megawatts, que assegurará 38 por cento na estrutura de produção de energia da ilha Terceira.

Na região está em desenvolvimento o Plano Estratégico para a Energia dos Açores (PEEA) que visa fomentar a produção de energia de fontes renováveis e recursos endógenos prevendo-se a redução do consumo de gasóleo e gasolina rodoviários até 10 por cento e do fuel em mais de 50 por cento. A região passará a contar com energia geotérmica nas ilhas de São Miguel e Terceira,

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eólica e solar em todas as ilhas, hídrica em São Miguel, Terceira, Flores, Faial e São Jorge e aproveitamento da biomassa e resíduos urbanos nas ilhas de maior dimensão. Vão ser, ainda, construídas centrais de biomassa vegetal, biogás e uma central de resíduos nas diferentes ilhas do arquipélago.

Grande parte da electricidade consumida pode vir da terra Dentro de duas décadas, Portugal poderá produzir energia geotérmica suficiente para fornecer electricidade a grande parte do país, através de uma forma inovadora de aproveitar o calor da terra. O projecto é pioneiro em Portugal e baseia-se em sistemas geotérmicos estimulados, que permitem produzir energia eléctrica de forma renovável, limpa para o ambiente e praticamente inesgotável. Peritos técnicos da Quercus afirmam que Portugal tem um potencial de produção de energia geotérmica enorme, capaz de garantir todas as necessidades energéticas do país. Se tudo correr como previsto, dentro de 20 anos, a maior parte da energia eléctrica do país será produzida através da energia geotérmica. As unidades de produção geotérmica estimulada podem ser instaladas sem impacto ambiental, em praticamente todo o território, e com baixos custos de investimento. A diferença entre a produção tradicional de energia geotérmica e a estimulada reside no facto de, nesta, a água ser injectada a partir da superfície. Ao ser injectada para um furo, que pode atingir cinco a seis quilómetros de profundidade, a água abre fracturas na rocha e espalha-se por zonas a 200 ou mais graus de temperatura. Evapora-se e sobe então à superfície, através de um segundo furo, alimentando, assim, o funcionamento de um gerador.


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Barragens vão produzir energia para um milhão de pessoas A construção de quatro novas barragens no Alto Tâmega vai criar 3.500 postos de trabalho, garantiu o presidente do grupo espanhol Iberdrola na apresentação pública do projecto. Se os prazos forem cumpridos, em 2018, o Alto Tâmega terá em funcionamento quatro novas barragens, que produzirão energia suficiente para o consumo anual de um milhão de pessoas. O empreendimento, denominado Complexo Hidroeléctrico do Alto Tâmega, foi apresentado, no passado dia 23 de Janeiro, em Chaves, pelo presidente da Iberdrola, o grupo espanhol que ganhou o concurso para a construção das albufeiras, lançado pelo Governo português no âmbito do Plano Nacional de Barragens com Potencial Hídrico. Ignácio Gálan revelou também que as novas centrais hidroeléctricas serão capazes de produzir dois mil gigawatts por hora, o que representa 3% do consumo eléctrico português.

CGD, BES e BCP preparam investimento em painéis solares Caixa Geral de Depósitos, BES e BCP estão disponíveis para apoiar o investimento em painéis solares, no âmbito do programa de incentivo à utilização de energias renováveis para particulares. A CGD informa que já tem uma "política de sustentabilidade que promove o crédito a painéis solares já há algum tempo", apesar de não fornecer dados sobre o crédito concedido neste âmbito. José Sócrates anunciou, num debate quinzenal, benefícios fiscais e facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem painéis solares durante este ano. A meta é instalar painéis solares em 65 mil habitações, num investimento de 225 milhões de euros, com comparticipação do Estado de 100 milhões.

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As vantagens são várias. O primeiro-ministro explicou que as famílias que optem pela instalação de painéis solares este ano "pagarão menos de metade do custo do equipamento, verão a sua factura energética anual reduzir-se em mais 20%, e terão ainda um benefício fiscal de 30% do custo de investimento do primeiro ano". Durante o debate, Sócrates disse que "haverá vários bancos já preparados para assistir este investimento".

EDP distribui 40 440 lâmpadas eficientes em bairros históricos de Lisboa A EDP vai distribuir, de 2 a 27 de Março, 40 440 lâmpadas eficientes nos bairros históricos de Lisboa, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e a Adene – Agência para a Energia. Esta é uma acção que vai decorrer a nível nacional, prevendo-se a distribuição de um total de 400 mil lâmpadas eficientes a moradores de bairros sociais e históricos. Vai prolongar-se durante este ano e vai permitir uma redução total de 161 160 megawatts no consumo energético nacional, o equivalente ao consumo anual de 60 mil famílias portuguesas. Esta medida permite às famílias pouparem cerca de 18 milhões de euros e evita a emissão de 60 mil toneladas de CO2 para a atmosfera. No ano de 2008, esta acção abrangeu os bairros sociais de Lisboa e Porto e os bairros históricos do Norte do País. As restantes localidades vão receber esta acção da EDP no decorrer deste ano. Cada agregado familiar receberá gratuitamente quatro lâmpadas fluorescentes e alguns conselhos de eficiência energética, mediante o preenchimento de um pequeno questionário. A distribuição será feita porta-a-porta nos bairros históricos locais.


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À conversa com… José Batista, biólogo, chefe do Departamento de Matemática e Ciências experimentais da Escola Secundária de Santo André, perito de formação profissional da ONU e OIT, com Mestrado em Metodologia do Ensino e das Ciências.

V.M. - Quais as vantagens e desvantagens que a ponte Barreiro/Chelas poderá vir a trazer para a população do Barreiro? J.B. - Bom, como vocês imaginam isso é uma pergunta que encerra várias perguntas ou dito de outra forma, responder a essa pergunta implica subdividi-la em várias temáticas. Quando se fala em vantagens e desvantagens nos estudos de impacto ambiental utiliza-se uma terminologia equivalente, que é custos versus benefícios, tendo-se em conta diversos tipos de parâmetros, pois há custos e benefícios económicos, financeiros, sociais, ambientais, etc. que têm natureza diferente e nem sempre podem ser claramente comparados entre si. Por exemplo, imaginem que uma determinada situação tem elevados custos ambientais, diversos benefícios sociais e poucos custos económicos, é difícil

estarmos a comparar desvantagens ambientais com vantagens económicas sociais, de maneira que nem sempre é muito linear responder a isso. Mas vamos considerar estes três aspectos – económico, social e ambiental quando nos referirmos a custos versus benefícios. V.M. - Quais serão então os benefícios que poderá vir a trazer em termos económicos? J.B. - Bem vamos falar de benefícios económicos potencialmente, porque as coisas são assim, como na Física, às vezes têm um grande potencial, mas não se concretizam. O mais relevante que podemos referir, do ponto de vista dos benefícios económicos potenciais, é o seguinte: a zona de Chelas é uma zona próxima da grande centralidade de Lisboa, quer da baixa quer da sua zona Ocidental, tendo em conta o desenvolvimento que esta teve a partir da EXPO. Ora, nós termos uma ligação directa do Barreiro com uma zona destas significa que, em certa medida, o Barreiro passa a ficar muito acessível ao núcleo da cidade de Lisboa, portanto à baixa Lisboeta e ao Parque das Nações. Tendo em conta que a ponte possui uma componente ferroviária e uma componente rodoviária e que a componente ferroviária permite a instalação do metro de superfície, este poderá assim entrar no Barreiro, circular até Coina, ir pelo Fogueteiro e depois pela ponte 25 de Abril, o que significa que nós passaremos a ter estações de metro no Barreiro e que quem cá vive estará a duas ou três estações do Centro de Lisboa! Isto significa que um local que era uma periferia, passa a ser uma centralidade. Passamos a ter uma ligação mais profunda com Lisboa, passamos a ser praticamente parte da cidade de Lisboa enquanto que até aqui a Margem Sul era considerado um subúrbio.


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Por outro lado, os terrenos passam a ter maior atractividade e valor económicos, até porque o Barreiro tem uma zona – a Quimiparque – que não está ocupada por prédios, logo não é preciso derrubar nada para fazer de raiz construção de alta qualidade numa zona que passa a ter grande centralidade. Existe potencial para fazer edifícios sofisticados e valiosos, desde escritórios, por exemplo, para instalação de empresas de topo, até uma urbanização de altíssima qualidade. Pessoas que nunca viriam para um sítio destes, pois era um subúrbio de má qualidade e fraca acessibilidade, passam a interessar-se por um local aprazível e estratégico perto do centro de Lisboa. Existe, então, um benefício económico, valorizando-se os terrenos e instalando-se equipamentos e edifícios de qualidade. Tudo isto só se concretiza se a melhoria da qualidade ambiental acompanhar o processo, através da implementação da ETAR intermunicipal da Barreiro/Moita, da intervenção nas zonas verdes consolidando e ampliando as existentes, articulando-as com o rio e as suas zonas ribeirinhas, nomeadamente, os sapais do Coina. Por sua vez, neste contexto poderão, finalmente, instalar-se serviços de Turismo como a Hotelaria. Portanto, em síntese a ponte trás vantagens do ponto de vista da ligação a Lisboa, do ponto de vista das acessibilidades relacionadas com o metro de superfície, valoriza os preços dos terrenos, permite, se for acompanhada de uma boa renovação ambiental, instalar turismo, industria, hoteleira e actividade económica Digamos que o Barreiro dará um salto gigante, se este potencial for concretizado.

melhoria da qualidade ambiental. Se for esse o entendimento dos decisores políticos municipais, será um benefício extraordinário em termos ambientais para o Barreiro. Em relação ao ambiente, muitas vezes existe a preocupação, como existiu com a ponte Vasco da Gama, relativamente aos ecossistemas de uma determinada região, à fauna e à flora, quando um equipamento desta dimensão é instalado. Há sempre possibilidade de ele provocar transtornos, de ter impactos negativos. Agora a minha opinião como biólogo, sendo embora este um assunto de uma certa delicadeza, é que se levantaram inúmeras questões e preocupações ambientais quando da construção da Ponte Vasco da Gama, numa zona que atravessa a Reserva Natural do Estuário do Tejo, uma zona de protecção especial de aves (como os flamingos), uma zona mais “nobre” em termos ambientais que o nosso Barreiro, é que até à data não vejo grandes prejuízos decorrentes da instalação daquele equipamento.

V.M. – Do ponto de vista ambiental, quais as vantagens e desvantagens que a ponte Barreiro/Chelas irá trazer para a região?

Quanto à sobreocupação do território devemos, de facto, ter diversas cautelas. Nós temos exemplos próximos, como Almada, que era um local que tinha um grande potencial ambiental, desde Corroios até Cacilhas, parecido com o nosso, lindíssimo, e que, praticamente, desapareceu, tudo submerso, naquelas enormes construções e na industria Naval da Lisnave. Agora, nada obriga que as coisas aconteçam assim no Barreiro. Lá vou eu voltar ao cinético e ao potencial. Potencialmente, se não existir controlo nenhum pode haver um impacto negativo, não tanto da ponte em si, mas das alterações que ela venha a gerar colateralmente, mais com a ocupação do terreno, do aumento do número de pessoas.

J.B. - O Barreiro sempre foi estigmatizado, porque era uma zona feia, poluída, etc. Mas o Barreiro tem uma geografia muito bonita, muito interessante. Tem o enquadramento paisagístico da Arrábida, o estuário do Tejo com o braço do Rio Coina, que podem ser aproveitados para instalar equipamentos como marinas. Agora não vamos fazer marinas com uma água onde não se pode tomar banho, que não se pode sequer cheirar. Pelo que a Ponte deverá “arrastar” uma intervenção intensiva de


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Agora, se as coisas forem feitas com pés e cabeça, se a ETAR intermunicipal estiver a funcionar como deve de ser, assim como todas as outras que devem cobrir a limpeza de todos os efluentes que são lançados no estuário, se não se deixar a construção tomar proporções loucas, se se reservarem espaços para zonas verdes, que permitem fazer aquilo que nós chamamos corredores ecológicos, uma zona verde estar suficientemente próxima de outra para haver um fluxo de espécies, como ocorrer a troca de sementes pelo vento e a passagem das aves de umas para outras, o território será ocupado, mas a natureza continuará a estar “metida dentro dele” de “boa saúde”. Portanto, há riscos, mas são riscos que podem ser contornados!

V.M. - Será que a ponte terá muita aderência por parte da população? J.B. - Querem com esta pergunta saber se vai ter muito uso em particular por estas duas populações? A de Chelas e a do Barreiro? Bom, eu acho que há um uso óbvio que as populações de um e de outro lado vão fazer, que é utilizar o metro de superfície para irem visitar o “outro lado”. Deste ponto de vista, é fulcral o fechar a linha do metro que entra ou saia, consoante os caos, pela ponte 25 de Abril, entra na rede metropolitano de Lisboa, de seguida passando na ponte de Chelas, no Barreiro, em Coina, no Seixal etc., até entrar outra vez. Também deverá existir um ramal para o novo aeroporto que poderá trazer pessoas ao Barreiro por curiosidade. Vocês próprios reflictam um pouco, moram aqui no Barreiro e têm uma estação de metro situada neste local e querem ir a Lisboa ou à EXPO, ou sair à noite, como imaginam passarão, tanto vocês como toda a gente, a utilizar, com muita frequência, este transporte. Portanto, o metro, para mim, é uma das grandes conquistas que a ponte vai trazer e eu penso que é por via do metro que as populações das duas margens vão utilizar a ponte. Por outro lado, se se criarem dinâmicas que divulguem algumas características culturais, sociais, etc. aqui do Barreiro de maneira a promover a vinda de população de Chelas a esta margem, aí sim teríamos uma aproximação das populações dos diferentes locais, mas isto passa mais pelas

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intervenções autárquicas, por criarem uma agenda cultural que promova o encontro entre as duas margens. São esse tipo de iniciativas que poderão promover essa aproximação e ligação, mas não é propriamente o aparecimento da ponte em si.

ETAR Barreiro – Moita ETAR Barreiro-Moita, assunto bastante abordado na região, tem a sua conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2010, e consiste num investimento superior a 17 milhões de euros. A ETAR engloba não só a infra-estrutura propriamente dita, localizada na Quimiparque, numa região que continha resíduos, nomeadamente gesso, (perto das fábricas do Lavradio), mas também sistemas de drenagem e elevatórios do Subsistema do Barreiro/Moita. Estes serão as primeiras empreitadas a ser construídas em 2009, com um prazo de execução de 540 dias, no qual é necessário fazer um investimento de 7,4 milhões de euros para a zona do Barreiro e 7 milhões de euros para a zona da Moita.

Para além do subsistema do Barreiro/Moita, também contribuem para a recolha e tratamento das águas residuais do nosso município os subsistemas da ZI Autoeuropa e da Quinta do Conde, onde a SIMARSUL investiu na sua concretização 4,8 e 11,2 milhões de euros, respectivamente. No passado dia 13 de Fevereiro foi realizada uma sessão de esclarecimento na Cooperativa Cultural Popular Barreirense, onde o presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, comentou que "com esta e outras ETAR's, no distrito, daremos um contributo para um melhor ambiente e despoluição do rio Tejo".


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De acordo com o autarca, está a ser desenvolvido uma forma de recuperar, não só os rios, mas também melhorar as zonas ribeirinhas. Disse, ainda, que nos próximos dias será passado o alvará para a segunda fase do POLIS. Quanto à muralha da Avenida Bento Gonçalves, comentou que " já está a ser montado o estaleiro da obra e será realizada, em breve, a reposição das areias em Alburrica". José Fialho, director de Engenharia da SIMARSUL, fez uma apresentação do trabalho realizado e projectado pela SIMARSUL. Referiu que o subsistema da ETAR Barreiro/Moita irá tratar 90% das águas da população do Barreiro e 92% do Concelho da Moita. Cerca de 10% das águas residuais do Barreiro irão para os subsistemas da Autoeuropa (2%) e da Quinta do Conde (8%). Em 2010, com a ETAR, o Tejo já não terá esgotos não tratados.

Planta da Estação de Tratamento de Águas Residuais Barreiro/Moita.

Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do rio de Coina (CEA) Este centro tem como principal objectivo sensibilizar a população, principalmente, a de menor faixa etária, para que estes tenham respeito pelo património da cidade e para que o preservem e estimem, também. Este centro apresenta várias actividades abertas ao público, nomeadamente, percursos pedestres, ateliers, espaços previstos para a cultura biológica e ainda observação de várias espécies de aves e outros animais que fazem parte deste habitat. Actualmente, encontra-se fechado mas abrirá as portas nos próximos meses.

A impressão deste periódico foi-nos possível devido ao apoio gráfico por parte da Divisão de Sustentabilidade Ambiental da Câmara Municipal do Barreiro.


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A energia produzida pelo vento é um recurso energético natural que pode ser aproveitado com um investimento reduzido. É especialmente rentável em locais com muito vento.

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Tal como a energia solar a energia eólica é uma energia não poluente. A sua inclusão em zonas ventosas pode, rapidamente, trazer o retorno do investimento efectuado. Este tipo de energia pode funcionar, em simultâneo, com módulos energéticos solares.

As diferenças de pressão atmosférica causadas pelo aquecimento diferencial terrestre provocam deslocação de massas de ar (vento). A deslocação destas massas de ar é influenciada pelas condições atmosféricas (intensidade e direcção), por obstáculos e condições do solo. O aproveitamento da energia cinética do vento é efectuado através de turbinas eólicas unidas a geradores. Este conjunto turbina-gerador é, normalmente, nomeado Aerogerador. Existem vários tipos de turbinas eólicas, cujas diferenças incidem, essencialmente, na direcção do eixo de rotação (vertical e horizontal), na forma e número de pás que constituem o motor.

Quando exposto a vento suficiente, um aerogerador produz corrente contínua (CC). Para poder ser consumida, a energia que o aerogerador produz tem que ser alterada para corrente alterna, pois as tensões produzidas não são compatíveis com os aparelhos domésticos ou industriais.

Energia Eólica em Portugal O primeiro parque eólico de Portugal foi construído na Ilha de Porto Santo, Madeira no ano de 1986. No final do ano de 2007, Portugal era o décimo produtor mundial de energia eólica em termos absolutos, e o quarto em termos relativos, tendo em conta a sua área e população.

Parques Eólicos em Portugal

MW

Turbinas

MW

Turbinas

MW

Turbinas

Continente

2811,4

1534

709,6

326

3521,0

1860

Madeira

8,7

37

29,9

29

38,6

66

Açores

11,6

33

0,0

0

11,6

33

Total

2831,7

1604

739,5

355

3571,2

1959

Ligados

Em Construção

Total


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Os oceanos podem ser uma fonte de energia para iluminar as nossas casas e empresas. Neste momento, o aproveitamento da energia do mar é apenas experimental e raro. Mas como é que se obtém energia a partir dos mares? A energia dos mares apresenta-se de várias formas: a energia das marés, energia das ondas e a energia do gradiente térmico. A energia das marés resulta da diferença dos níveis de água devido às marés. Essa diferença de altitude é aproveitada para produzir energia eléctrica ou energia mecânica.

Energia das marés As marés são o resultado da combinação de forças produzidas pela atracção do Sol e da Lua e do movimento de rotação da Terra, que leva à subida e descida da água dos oceanos e mares. A energia das marés consiste no aproveitamento dos desníveis de água que resultam dessa subida e descida das marés. O princípio de funcionamento de uma central de maré é bastante semelhante ao funcionamento de uma central hidroeléctrica, no que diz respeito ao aproveitamento da energia cinética das massas de água. Estas centrais são instaladas muito perto da foz dos

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rios ou no oceano, em locais com características especiais, onde exista a capacidade de armazenamento de água. Desta forma, é possível obter desníveis que resultam dos diferentes níveis das marés. À medida que a maré sobe ou desce, a água passa através de comportas, ora num sentido, ora noutro. Seguidamente, são accionadas turbinas que transformam a energia mecânica em eléctrica. Na Europa foi construída uma central de produção de energia das marés em La Rance (França), a 10 km da desembocadura do rio Rance no Canal da Mancha. Neste local a amplitude da maré é de 13 metros. Esta central está em funcionamento desde 1966. A energia das marés é considerado como uma fonte renovável de energia, uma vez que utiliza apenas a energia a partir da mudança das marés, em vez de queimar ou consumir qualquer tipo de fonte de energia. Considera-se, também, como inesgotável, pois existem sempre marés em ascensão e queda, devido à gravidade. Principais vantagens e desvantagens: • A principal vantagem deste tipo de energia é o facto de ser uma energia renovável (não se esgota), não ser poluente e causar pouco impacte ambiental. • A desvantagem de utilizar a energia das marés na obtenção de energia é que o fornecimento não é contínuo, ou seja, apresenta um baixo rendimento. Para além de que para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver, por isso, um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré-alta e existem poucos sítios no mundo onde se verifique tamanha mudança nas marés.


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Um autoclismo que esteja a perder água pode desperdiçar em seis meses mais de 170000 litros de água.

1 litro de óleo usado pode contaminar 1.000.000 l de água.

Uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 75% de energia eléctrica e polui o ar 74% menos do que se fosse produzido de novo.

O papel e o papelão levam 3 a 6 meses a decompor-se, uma simples pastilha elástica pode levar 5 anos, as latas levam entre 80 a 100 anos e o vidro é capaz de ficar um milhão de anos a perturbar o ambiente.

1 pilha pode ficar cem anos a lançar contaminantes, como o mercúrio, para o meio natural.

Sempre que utilizamos a casa de banho, nomeadamente, em cada descarga de autoclismo, são utilizados entre 10 a 15 litros de água potável do que é necessário. Para evitar este desperdício pode colocar-se uma garrafa cheia de água ou de areia no depósito do autoclismo e a água poupada chegará aos 800 litros por mês. O aquário central do Oceanário de Lisboa poderia ser enchido na totalidade, caso 1000 pessoas adoptassem esta medida durante 9 meses.


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Sopa de Letras Entra as seguintes 7 palavras: ETAR, energias, poluição, reduzir, recursos, lixo, aterros. A

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☺ Soluções dos passatempos: R E C

C L A G E M T A R E D U Z I R

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