MALDIVAS 2007 by babes

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7 DIAS A BORDO DO “OCEAN DANCER”

Por detrás de uma viagem inesquecível, e fora dos roteiros comuns,

esconde-se uma história que inspira qualquer um. E o que é afinal uma grande viagem? Para nós viajantes que procuramos algo diferente, são momentos que, para além do puro prazer e da realização de expectativas, nos tocam profundamente, emocionam-nos a cada segundo e nos inspiram para o resto da vida... Venha viver esta aventura a bordo do “Ocean Dancer”, um iate único e exclusivo, um autêntico achado nas Maldivas…

Por P A T R Í C I A

REIS

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Fotos P A T R Í C I A

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David Mesnard, um excêntrico milionário francês, comprou o seu iate de sonho e… Pedimos desculpa ao leitor mas a história não é bem assim... David teve um sonho e construiu-o durante dois anos com as suas próprias mãos. Enfrentou as maiores dificuldades e levou a sua avante, contra tudo e contra todos. Esta é a história de uma viagem que todos deveríamos fazer um dia; não são só umas férias, são lições de vida dadas por uma personagem que adorámos conhecer.

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oi paixão à primeira vista, temos de o dizer. Há já dois anos que tínhamos descoberto este iate na Internet, longe dos circuitos “normais” para este destino. Se um dia fossemos para as Maldivas, seria para ali. E cada vez que falávamos de férias, o mesmo assunto voltava a dominar as conversas: Maldivas? Para onde? Um resort? Não... para aquele barco! Era muito caro, pensávamos nós. Valerá mesmo a pena? E se não gostarmos? E se enjoarmos? Decidimos arriscar, e o que encontrámos excedeu todas as nossas expectativas. Tudo começou com a habitual “tareia” de avião; horas nos aeroportos entre escalas infindáveis onde só com a enorme simpatia, conforto e eficiência da Qatar Airways a viagem acabou por nem parecer assim tão desgastante. Um serviço de se tirar o chapéu! Já no aeroporto de Malé tínhamos Ryan, o simpático guia do “Ocean Dancer”, à nossa espera, assim como um grupo de australianos sedentos de animação e um casal inglês com muita “onda” que iriam partilhar connosco as aventuras dessa semana. Perto do cais de embarque, somos recebidos por David Mesnard e pela sua tripulação. O barco impressiona de facto pela dimensão e pela sua classe. “É tal e qual como nas fotografias”, murmurávamos entre desconhecidos. Apontando para um caixote mesmo ali ao lado, David surpreende o grupo dizendo: “É aqui que vocês vão largar todas as vossas más energias: medos, fobias, ralações, os sapatos que tanto massacram os vossos pés, o vosso trabalho, etc. Depositem tudo aqui, por favor – sintam o barco e a sua madeira. É esse o objectivo”. Estava visto que iriam ser mesmo umas férias muito diferentes...

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QUANDO IR PARA FAZER PRAIA E MERGULHO De Novembro a Abril A monção de Nordeste traz o tão desejado sol. Fevereiro é o mês mais seco e a visibilidade debaixo de água torna-se perfeita nesta altura. PARA FAZER SURF E BODYBOARD De Maio a Outubro Com a monção de Sudoeste vem um clima mais instável, com alguma chuva e vento, sendo o melhor período de surf nos Atóis de Malé. Junho, Julho e Agosto são os meses mais constantes e com maior ondulação.

COMO IR A Qatar Airways (www.qatarairways.com) voa para Malé, a capital das Maldivas, via Londres e Doha. Conte com um dia de viagem. RESERVE O “OCEAN DANCER” www.oceandancer-maldives.com Tel.: +960.778.7670/02 gaoulege@dhivehinet.net.mv

A NÃO ESQUECER ROUPA Devido ao clima quente e húmido, a melhor opção de vestuário são roupas leves e de algodão. Uns óculos de sol são essenciais. Quanto ao calçado, uns ténis e havaianas chegam, porque no “Ocean Dancer” andamos sempre descalços… DOCUMENTOS Passaporte Seguro de saúde O seu PADI (Certificado internacional de mergulho

O “OCEAN DANCER” – UM BARCO CONSTRUÍDO À MÃO

da Professional Association of Diving Instructors)

É um dos barcos mais luxuosos das Maldivas e oferece comodidades tanto para surfistas como para não surfistas. Decorado em estilo balinês, tem uma sala de estar com piso de madeira, TV plasma e uma biblioteca onde poderá ver filmes, relaxar e conviver. No deck principal, na parte de trás, as refeições saboreiam-se sentindo a brisa do mar. São sete cabines com ar condicionado e casa de banho privativa, e cada cabine está equipada com TV plasma e leitor de DVD. O “Ocean Dancer” conta com três barcos de apoio para auxílio no surf, mergulho e pesca

OUTROS Repelente de insectos, leitor de MP3, livro, máquina fotográfica, óculos de mergulho, tubo e barbatanas.

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DAVID MESNARD E GAELLE É o casal anfitrião do “Ocean Dancer”. O prazer de partilhar este sítio tão especial está patente nas suas personalidades. David é a personagem principal desta história; será com ele que iremos descobrir um dos melhores locais do mundo para mergulhar…


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Lion's Head - Wattaru Kandu - Lankanfinolhu Faru (Manta Point) Deixe-se levar pela experiência única de mergulho com David. Serão de certeza

MOMENTOS QUE NUNCA ESQUECERÁ…


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História e curiosidades

NOS BASTIDORES DO “OCEAN DANCER”

QUANTO CUSTA UM SONHO? Teremos nós a coragem de o perseguir? Poderá tornar-se num verdadeiro pesadelo? Apoderar-se de nós, controlar-nos, dominar-nos, fazer-nos sofrer, consumir-nos até à exaustão? David Mesnard mostrou-nos que realizar um sonho não é nada fácil. Mas também provou que sonhar é tudo na vida…

AMOR À PRIMEIRA VISTA

DESENHAR…

… E PROJECTAR

. David visitou pela primeira vez as Maldivas aos 19 anos . Começou a trabalhar em resorts como instrutor de mergulho . Vivia entre as Maldivas e França,

. Demorou três meses a desenhar o “Ocean Dancer” . Passou oito meses à procura de investidores na Europa,

. Durante três meses David fez a lista de tudo o que precisava . A madeira para o barco veio da ilha de Bornéu, na Indonésia . Foi o próprio David quem escolheu as árvores, acompanhando

. .

onde conseguiu arrecadar dois milhões de dólares

o seu corte e transporte de modo a não ser enganado

onde competia em mergulho David já conta com mais de 10.000 mergulhos, a maior parte nas Maldivas O recorde de apneia de David é de 6 minutos e 48 segundos!

. O barco foi construído na ilha de Huraa, no atol Kaffu

O TSUNAMI DE 26 DEZEMBRO DE 2004

PERFEITO ESTADO DE LOUCURA, PARTE 1

PERFEITO ESTADO DE LOUCURA, PARTE 2

. O barco, assente em estacas, quase se virou.

. Depois do tsunami, a sua equipa abandonou-o e foi para casa

. O tecto do estaleiro foi destruído três vezes pelos ventos fortes . David admitiu-nos que deu quase em maluco

. .

Se isso acontecesse, seria a destruição total… Ficaram três dias sem comunicações Dada a sua experiência como mergulhador, e para que alguns objectos valiosos não ficassem para sempre perdidos no fundo do mar, vários resorts chamaram David para os ajudar a recuperar da devastação provocada pelo tsunami

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à procura dos familiares sobreviventes David ficou dois meses a trabalhar sozinho na ilha

.

chegando mesmo a ponderar abrir um buraco no casco e fazer do seu barco um simples restaurante… Como tinha ainda madeira suficiente, decidiu construir um outro barco mais pequeno (um dhoni), servindo de suporte ao “Ocean Dancer” nas actividades de mergulho e surf

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OS PRIMEIROS OBSTÁCULOS

LIDERAR UMA EQUIPA

ATENTO A TODOS OS PORMENORES

. Devido à baixa profundidade da água,

. Trabalhavam das 7 horas da manhã até às 11 horas da noite . David teve de aprender sozinho a falar Dhivehi, a língua nativa . Em três meses o casco ficou pronto…

. David tinha de assinar todos os cortes

CONSEQUÊNCIAS ADVERSAS

JOGOS DE PACIÊNCIA

O DIA MAIS FELIZ DE DAVID

. Com o tsunami, a ilha ficou sem o declive feito anteriormente

. Colocar o pequeno dhoni na àgua demorou cerca de 48 horas

. A 2 de Dezembro de 2005, contra tudo e contra todos,

os transportadores tiveram de largar a madeira a alguns metros da praia . Foram precisos dois meses de intenso trabalho para mover as 180 toneladas de madeira da água . A equipa de David era formada por 30 carpinteiros, todos naturais das Maldivas e só acostumados a fazer pequenos dohnis, os barcos tradicionais locais (nunca tinham feito um barco com esta envergadura)

. .

e sem a rampa de lançamento necessária para pôr o barco na água Para levar o barco até ao mar, David recorreu à antiga técnica egípcia de rolamentos usada para arrastar grandes volumes Os rolamentos eram simples garrafas de mergulho

. . . .

e serviu de exemplo para o outro verdadeiro desafio que viria a seguir… O “Ocean Dancer” pesa um total de 140 toneladas Com a ajuda de uma escavadora, o barco avançava uns desencorajadores 30cm por dia Foram precisas três semanas para o objectivo ser realizado… Estiveram quatro dias à espera que o equinócio provocasse a maré mais alta, de modo a conseguirem colocar o barco na água

da madeira para ter a certeza que estavam conforme o seu desenho original

o “Ocean Dancer” é lançado à água

. Foram dois anos de pura dedicação e sacrifício . O “Ocean Dancer” começou a funcionar a 1 de Janeiro de 2006, recebendo os seus primeiros clientes

. Hoje é considerado o barco mais luxuoso das Maldivas…

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“SINTAM O BARCO E A SUA MADEIRA”, é um dos lemas do “Ocean Dancer” sete dias de pé descalço com o objectivo de LIGARMO-NOS A ENERGIAS POSITIVAS DEPOIS DE UM REFRESCANTE COCKTAIL, e feitas as apresentações, é tempo de espreitarmos o interior do barco. A visão de David não teve limites: a decoração exótica, em estilo balinês, impressiona de facto; o bom gosto impera e faz-nos sentir mais do que confortáveis desde o primeiro minuto, não fosse este um dos barcos mais luxuosos das Maldivas... O “Ocean Dancer” é composto por três pisos. A sala interior principal, o “MAIN DECK – the place to live”, é bastante grande e espaçosa, com um pavimento de madeira que nos deixa de boca aberta tal é o seu detalhe. Tem TV plasma, biblioteca, leitor de DVD, uma curiosa colecção de filmes que agarra qualquer um (nem as crianças foram esquecidas), sistema de som surround e uns sofás bem grandes onde enterraríamos o corpo em merecidos descansos. Para quem achou que se poderia fartar do paraíso, estava redondamente enganado... aqui sentimo-nos sempre em casa. Na parte de trás do barco, neste mesmo piso, fica a cozinha, a copa e a sala exterior com mesa de refeições onde os pratos do chef Razu são saboreados na companhia da brisa do mar. Lá em baixo no “DOLPHIN DECK – the place to sleep”, estão as cabines, ou quartos como lhes queiram chamar. Perto da água para esta nos embalar. São sete, com ar condicionado e casa de banho privativa, e cada uma está equipada com TV plasma e leitor de DVD. Em cima temos o “SUN DECK – the place to relax”, e palavras para quê? Seria aqui que iríamos passar a maior parte do nosso tempo... ideias não faltam: ler um livro, ouvir música, relaxar, conversar, beber um Chardonnay fresquinho com uma vista única e privada… enfim, tudo o que imaginamos e mereçemos numas férias. Satisfeita a nossa curiosidade fomos dormir cedo porque o dia seguinte prometia. A previsão da ondulação e vento era bastante favorável, e tudo apontava para uma matinal épica de surf e de mergulho. >>>

GOURMET A BORDO A qualidade das refeições no “Ocean Dancer” surpreendeu-nos durante a viagem. Todos os dias o chef Razu e a sua equipa mimavam o grupo com as suas iguarias de grande sabor e mestria. PROVÁMOS E AMÁMOS: O magnífico Frango com lima e coco; O inesquecível Crumble de salada de fruta; A Barracuda ao vapor, pescada no próprio dia; O delicioso Bolo de banana; O Frango com rosmaninho; E na última noite, um Cabrito assado à australiana de se tirar o chapéu… Obrigado Razu!

AO SABOR DA MARÉ Longe de serem monótonos, os dias a bordo do “Ocean Dancer” podem ser preenchidos ao ritmo de cada um. Se não vem para fazer surf, aproveite o sossego e o burburinho do mar para descansar e libertar-se do stress de um ano de trabalho. Reserve uma massagem no SUN DECK, mergulhe nestas águas cristalinas ou lance o isco a ver se morde...

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ACORDÁMOS BEM CEDO, com o barco já em movimento. A euforia já se instalava, principalmente quando vimos que estávamos a ser acompanhados por um grupo de golfinhos. Que boas-vindas! O pequeno-almoço foi servido a rigor com vista para este espectáculo. Não é todos os dias que temos a sorte de presenciar tamanho acontecimento; a natureza tem destas coisas... Já com a barriga composta, e com meio cartão cheio de fotografias, é tempo de preparar o material, fazer um aquecimento e entrar naquela água convidativa. Fizemo-nos ao mar num dos barcos de apoio do “Ocean Dancer”. Sultans foi a onda escolhida. Estava como sempre imaginámos que deveria estar: perfeita! NÃO HÁ LUGAR TÃO AZUL NA TERRA, nem com tantos tons de azul. Com uma enorme quantidade de vida marinha e uma água transparente que chega a atingir os 30º C, este é o lugar ideal para a prática de mergulho, surf ou mesmo só para relaxar. Aqui sente-se uma energia positiva que irradia à distância…

A MELHOR FORMA DE CONHECER AS MALDIVAS... ... é de barco. Os programas permitem uma grande mobilidade inter-ilhas bem como navegar por todos os spots, pernoitar no interior das lagoas, conhecer ilhas desabitadas ou mergulhar em locais paradisíacos…

SALTAR NO AZUL Depois do surf, nada melhor que uns mergulhos de cimo do barco. A imaginação não tem limites… Ganha o mais criativo!

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O NOSSO LUGAR TAMBÉM É AQUI, a ouvir música, ler um livro e descontrair nestes momentos, sinta o poder tranquilizante daquele IMENSO AZUL DO OCEANO ÍNDICO

UM CANTO SÓ PARA NÓS Mesmo estando em grupo, a dimensão do barco permite refugiarmo-nos numa zona mais sossegada. O SUN DECK, é o sítio perfeito para ler um livro ou simplesmente relaxar…


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MATERIAL A LEVAR PARA SURF E BODYBOARD 2 ou 3 pranchas ao seu gosto Botinhas para evitar cortes nos corais Lycra de manga comprida e chapéu ou capacete Wax de água quente Shop extra e cordinhas Kit de reparação Um ou dois pares de “pés de pato” Muito protector solar!

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SURFÁMOS COM NOVAS ESTRELAS DE HOLLYWOOD: o actor Eric Balfour (Milo da série “24”) acompanhou-nos numa matinal inesquecível

NAS ONDAS ÉPICAS DE SULTANS


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Os melhores momentos da viagem são, sem dúvida, as saídas ao final da tarde para sulcar as ondas do Índico, numa paleta de cores onde os dourados dão o mote. E blue, mais blue, não há!

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FOMOS OS PRIMEIROS PORTUGUESES a bordo do “Ocean Dancer”.

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NADAR COM TUBARÕES BALEIA, mantas gigantes ou tartarugas marinhas... conheça a colorida variedade de espécies num MERGULHO NOS RECIFES DE CORAL A “surfada” dessa primeira manhã preencheu todas as expectativas. São ondas a “régua e esquadro”, intensas e com autênticos “salões azuis”. As imagens falam por si. Como bónus, e para nossa grande surpresa, conhecemos o simpático actor norte-americano Eric Balfour, uma das novas estrelas de Hollywood. Eric já desempenhou vários papéis importantes. Ele foi “Milo”, o informático da agência CTU de Jack Bauer, da conhecida série “24”. O seu papel no estrondoso remake do filme “O Massacre no Texas”, de 2003, foi também notável e assustador… Descarregada que estava a adrenalina, era tempo de relaxar um pouco. O chef Razu prometia um almoço em grande, sempre de sorriso nos lábios. Razu é daquelas personagens que amamos de imediato. O cheirinho que vinha da cozinha era no mínimo tentador, enquanto esperávamos calmamente no SUN DECK, com o Sol e música chill-out a “decorar” o ambiente. A vista dali de cima é deslumbrante – um azul que se estende até ao horizonte, transparente, hipnotizante...

O NOSSO SOSSEGO É INTERROMPIDO por um sino que chama o grupo para a mesa. Todos os dias seria assim... o sinal que Razu e a sua equipa tinham feito das suas... Hoje teríamos um magnífico Frango com lima e coco acompanhado com arroz e especiarias. Deu logo para perceber que o resto da semana iria ser muito bem vivida também a nível gourmet. Até neste detalhe David não falha. Razu é mestre na arte do sabor, disso não temos a mais pequena dúvida, e até mesmo nas sobremesas há um toque que nos deixa rendidos e a chorar por mais. O inesquecível Crumble de salada de fruta acabou por se tornar num dos grandes ex-líbris desta viagem... quem diria?

A ADRENALINA DA PESCA Quando partimos atrás de ondas há sempre tempo para fazer um “lançamento” e tentarmos a nossa sorte à espera que algo “morda”. Nunca nos iremos esqueçer do momento de partilha hilariante que houve entre o grupo. A euforia que se instala é única… mesmo que não sejamos nós a agarrar aquele peixe

FALAR COM DAVID É, NO MÍNIMO, CONTAGIANTE. O seu carácter, simpatia e determinação inspiram qualquer um. Podemos mesmo dizer que a vida do proprietário e construtor do “Ocean Dancer” dava um filme. David ama o mar como poucos. A sua ligação e dedicação ao reino de Neptuno é tão forte que nos transmite uma segurança e confiança fora do normal. Se alguma vez na vida pensou mergulhar mas nunca teve coragem para o fazer, terá aqui sua melhor oportunidade. Nós experimentámos e adorámos, pois não é todos os dias que mergulhamos com mantas e golfinhos. Para os mais experientes e exigentes, este é um spot que vai surpreender. O conhecimento e a paixão de David levará o grupo a sítios únicos, mágicos, revelando segredos das profundezas e vivendo intensamente a procura do Oceano no complexo de coral que compõe as Maldivas. Quem não gostaria de ter a oportunidade de nadar ao lado dos raros e imponentes tubarões baleia? >>>

OS MELHORES SPOTS DAS MALDIVAS David Mesnard conhece estas águas como ninguém e vai levá-lo numa autêntica viagem ao mundo submerso dos corais. Para fazer mergulho durante a viagem no “Ocean Dancer” tem que ter um certificado internacional e alguma experiência. Se vier fora da época de mergulho poderá fazer o curso e obter o certificado da PADI – Professional Association of Diving Instructors

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OS FINAIS DE TARDE NO DECK são momentos únicos para partilhar as aventuras do dia apercebermo-nos que esta é uma viagem a repetir, e que VIVEMOS UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL VAMOS A CONTAS

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“OCEAN DANCER” – ( Época de Surf )

Voos Internacionais

1.080€

Barco 7 noites (Tudo incluído) *

1.150€

2.230€

{ Total por pessoa }

MALDIVAS

“OCEAN DANCER” – ( Época de mergulho )

Voos Internacionais

1.080€

Barco 7 noites (Tudo incluído) *

1.730€

2.810€

{ Total por pessoa } * Excepto Spa e bebidas alcoólicas O pacote de mergulho inclui 3 mergulhos por dia, com direito a garrafa cheia e cinto de chumbo Cada mergulho no pacote de surf: 51€ Curso de mergulho com certificação PADI: 340€ (teoria + 5 mergulhos)

O “VÍCIO” DAS MENINAS. Um dos passatempos preferidos do grupo durante aquela semana – não estivéssemos nós nas Maldivas – foi o snorkelling. As meninas que o digam... Um simples banho podia tornar-se numa aventura fascinante. Sentimo-nos a desbravar novos caminhos, embebidos na Natureza, a viver um mundo que não é o nosso mas que, curiosamente, nos aconchega, proporcionando-nos um equilíbrio raro de encontrar em qualquer outro sítio. David, mais uma vez, é mestre neste assunto, não fosse o seu recorde de apneia uns impressionantes 6 minutos e 48 segundos... O truque? A mente é que manda... PARA UM DIA VOLTAR. Um ano depois, ao revivermos tudo o que se passou durante esta viagem, é inevitável sentirmos saudades daquele lugar. Das amizades que fizemos, daquele grupo com o qual nunca perdemos contacto, do surf constante que chegou aos três metros, do mergulho inesquecível, dos banhos naquele imenso azul, de pernoitar em lagoas desertas, do exotismo da comida do chef Razu, de toda equipa do “Ocean Dancer” e principalmente, quer se acredite ou não, do próprio barco... Foram momentos que nos transformaram para sempre. Partilhar e viver o sonho de David é uma bênção e vale de imediato a viagem. Ficámos rendidos e extasiados com a sua lição de vida pois, de facto, é um modelo a seguir. Há sítios que nos escolhem, sabe-se lá porquê. E o nosso lugar também é aqui. E >>>

AO SERÃO... Os nossos amigos autralianos animaram as noites a bordo do “Ocean Dancer” com uma divertida selecção de filmes, um para cada dia da semana. Se não quiser trazer os DVD de casa, o barco tem uma grande variedade à disposição

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