Araruama Lake Environmental Profile - Lagoa de Araruama

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65 Lagoa de Araruama

verificaram que, em média, as conchas vazias de Samanguaiá apresentam tamanho maior que as conchas encontradas vivas, sugerindo que as condições atuais são mais desfavoráveis à biota, possivelmente, em decorrência de aumento na salinidade. A primeira medição de salinidade da lagoa de Araruama foi empreendida pelo Dr. Roberto Lutz em 1886, sendo o estudo apresentado em 1888 à “Escola Polytechnica”. Seguem-se as medições realizadas por Seraphim dos Santos, em fevereiro e abril de 1917 e por Alfredo de Andrade, em março de 1918. O quadro resume os resultados obtidos. Estima-se que a salinidade média nos dias atuais seja da ordem de 52 ‰, que corresponde a uma vez e meia a do oceano, variando com a distância do canal de Itajuru. No corpo principal da lagoa, após o Boqueirão, a salinidade parece oscilar

entre 50 ‰ e 77‰, que é o recorde registrado. Da barra do canal de Itajuru até o Boqueirão a salinidade pode variar entre 35 ‰ e 66‰. Dados da Feema, coletados entre 1980 e 1985, mostram os seguintes valores de salinidade:

.. Extremidade Entrada do canal de Itajuru: 35,4 ‰ interna do canal de Itajuru: 46,87 ‰ .doEmMaracanã frente a ponta da Costa ( enseada ): 52,49 ‰ .Massambaba: Centro da lagoa, em frente a ponta de 69,74 ‰ .Coroinhas: Centro da lagoa, em frente a ponta das 70,86 ‰

Salinidade encontrada na lagoa de Araruama em 1886, 1917 e 1918 Estudo de Roberto Lutz Estudo de Seraphim dos Santos Estudo de Alfredo Andrade ( 1886 ) ( 1918 ) ( 1917 e 1918 ) Dens. Data e local Dens. Data e local Data e local ºBé * ºBé * Fevereiro de 1917 Março de 1918 Março de 1886 4,7 Oceano ao largo do farol de Cabo Enseada Martha 4,6 Ponte Feliciano Sodré Ponta Grossa ( praia da 4,9 Frio Figueira Barra do canal de Itajuru Ancoradouro do 4,7 Baleia ) Salinas Perynas 4,8 Canal das Salinas Trapiche canal 6,0 Em frente a Iguaba 4,7 ( Palmer ) Salinas Perynas 6,3 Canal do Ancoradouro Ponta dos Abril de 1918 Estaleiro Cordeiros 6,4 Oceano em frente à barra 3,5 Canal da Estacada Enseada de São Salinas Palmer 3,7 Enseada Sorita Pedro da Aldeia 6,3 Enseada de Martha 4,6 Enseada Martha Figueira Entre Iguaba Figueira 4,8 Enseada do Siqueira ( Praia ) Grande e Iguaba Ancoradouro do canal 6,0 Ponta do Costa Pequena 6,8 Salinas Perynas 6,3 Saco do Negro Em frente a Em frente ao canal de Porto da Aldeia Araruama Mossoró 6,3 Canal de Mossoró Enseada de São Pedro da Perynas ( meio ) Aldeia 6,3 Ilha dos Pombos Entre Iguaba Grande e Saco dos Paus Vermelhos Iguaba Pequena Enseada de São Pedro da Aldeia Enseada de Iguaba Grande Enseada de Iguaba Pequena Enseada da Figueira Enseada de Parati Enseada de Araruama

Dens. ºBé * 3,56 3,60 3,80 3,80 3,80 3,90 3,95 4,10 4,40 4,60 4,60 4,80 5,70 4,90 4,85 5,00 5,35 5,30 5,30 5,35 5,10 5,00

Fonte: Mario S. Pinto e Raymundo R. Filho – A Indústria do Sal no Estado do Rio de Janeiro, 1930; Silvio Fróes de Abreu – Recursos Minerais do Brasil * Densidade expressa em graus Baumé ( ºBé )

janeiro/2002


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