Previdência Nacional 22

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ANO 5 - Nº 22

ANO 5 - Nº 22

MUDANÇAS À VISTA Abipem realiza 46º Congresso Nacional em clima de expectativa com mudanças que poderão estabelecer uma nova etapa para o desenvolvimento dos regimes próprios no país

INVESTIMENTOS

Novo cenário dos juros obriga RPPS a aumentar exposição a riscos

CNIS

Interesse dos regimes surpreende o governo




Sumário

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Capa Com cerca de 1.300 participantes, 46º Congresso Nacional da Abipem refletiu à perfeição o momento de expectativa com novas medidas do governo e a convicção de que uma nova etapa está começando para os RPPS

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Sumário

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Carta ao leitor

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Expediente

16 Estados se mobilizam para criar previdência complementar

18 O que muda com a nova Política

Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho

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POLÍTICA PREVIDENCIÁRIA

Secretário Rolim Guimarães fala sobre as medidas em estudo no Ministério

19 Ministério desenvolve programa para estimular reabilitação e readaptação profissional

21 Os vencedores do 2º CNPP

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INVESTIMENTOS

RADAR

Queda dos juros é irreversível no longo prazo e obrigará regime próprio a aumentar exposição a riscos no mercado

Confira um balanço dos investimentos e a análise de especialistas sobre perspectivas

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Radar de investimentos

64 Lista de entrevistados 66 Agenda

28 Interesse dos regimes em enviar

dados para o CNIS supera expectativas do governo

30 Lançado o primeiro curso de

pós-graduação em RPPS com aulas pela internet

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Carta ao leitor

É

com grande satisfação que apresentamos nesta edição da revista Previdência Nacional uma cobertura especial de nosso 46º Con-

gresso Nacional, realizado entre os dias 13 e 15 de junho, em Foz do

Iguaçú, no Paraná. A revista, você verá, chega em um novo formato,

mais leve, colorido e dinâmico para tornar sua leitura mais agradável, sem que tenha sido alterado nosso objetivo de mantê-lo informado sobre o que é realmente relavante na área de os regimes próprios.

Como nenhum outro evento no país, o Congresso da Abipem consegue refletir à

perfeição, em apenas três dias, o momento dos regimes próprios no país, com seus

avanços, suas preocupações, seus desafios e suas expectativas. Desta vez não foi diferente, embora a 46ª edição tenha ido até um pouco além, ao realizar o primeiro

Congresso Internacional da Abipem, um feito histórico para os regimes próprios, que a partir de agora poderão contar sempre com a participação de estrangeiros para conhecer iniciativas de outros países na área previdenciária, enriquecendo os debates e a troca de experiências.

Nas próxima páginas, apresentamos a você uma visão panorâmica do que foram os três dias de palestras, cursos e debates com renomados especialistas de todos os segmentos envolvidos com os regimes próprios, autoridades do governo federal e

gestores de todos os cantos do país. Com isso, esperamos contribuir para a qualidade dos debates e para fomentar uma integração ainda maior entre todos os que participam da vida dos RPPS, trabalhando pelo desenvolvimento sustentável dos regimes próprios no Brasil. Boa leitura! Valnei Rodrigues presidente da Abipem

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Expediente

Abipem (www.abipem.org.br) DIRETORIA Presidente: Valnei Rodrigues Vice-Presidente: Roberto da Silva Oliveira Secretário: Samuel Mendes de Oliveira Tesoureiro: Demetrius Ubiratan Hintz Vice Sul: Rejani Cristina Kruczewski Vice Norte: Raulison Dias Pereira Vice Nordeste: Osório Chalegre de Oliveira Vice Sudeste: Antônio Scamati Vice Centro-Oeste: Moacyr Salles CONSELHO FISCAL José Augusto Ferreira de Carvalho José de Anchieta Batista Carlos Xavier Schramm

Apeprem (www.apeprem.com.br) DIRETORIA Presidente: Lucia Helena Vieira Vice-presidente: Antônio Scamatti 1ª Secretário: Kleber Vicente 2ª Secretário: Nelson Rodrigues de Mello 1º Tesoureiro: Alexander Mognon 2º Tesoureiro: Onésimo Canos Silva Junior CONSELHO ADMINISTRATIVO Titulares André Luiz da Silva Mendes, Antonio Correa, Carlos Henrique Flory, Edmilson Martins, Edson Andrella, João Donizete Veloso dos Santos, José Aparecido Marcussi, José Roberto Ferreira Savóia, José Thomaz, Paulo César Pinto de Oliveira, Roberto da Silva Oliveira, Sebastião Benedito Gonçalves, Solange Maria Maximiano Pádua, Wilson Luiz Franco Brito, Vandré Lencioni de Camargo CONSELHO ADMINISTRATIVO Suplentes Oilze dos Santos Filho, Claudia Juliana Ribeiro, Adalberto Regis das Neves Filho, Antonio Carlos Molina, Carlos Alberto da Silva, Luiz Roberto Lopes de Souza, Ezequiel Guimarães de Almeida, Maria Rosa Lopes CONSELHO FISCAL Titulares André Donizete da Silva, Silvia Helena Garia, Paulo Vicentino CONSELHO FISCAL Suplentes Jovana de Souza Claro, Marcelo Augusto Soares

Editora

JB Pátria Editora Ltda.

Presidente: Jaime Benutte Diretor: Iberê Benutte Assistente da Diretoria: Patricia Torre Comercial: Otto Busch Administrativo/Financeiro: Gabriela S. Nascimento Jornalista: Kelly Souza

Previdência Nacional Publisher: Jaime Benutte Conselho Editorial: André Luiz Goulart, Demetrius Ubiratan Hintz, Wellington Costa Freitas (Abipem); João Carlos Figueiredo, Lúcia Helena Viera, Magadar Rosália Costa Briguet (Apeprem); Paulo Henrique Pastori (Regime Geral); Jarbas Antonio de Biagi (Previdência complementar) Editora: Maria Alice Rosa - MTB 65-691 Projeto Gráfico e arte: Belatrix Ltda. Diretor de Arte: Marcelo Paton Impressão: IBEP - Tiragem: 40.000 exemplares Empresa filiada à Associação Nacional dos Editores de Publicações, Anatec

A revista PREVIDÊNCIA NACIONAL é uma publicação da JB Pátria Editora. www.patriaeditoria.com.br ISSN 2178-0978 Dúvidas ou sugestões: previdencianacional@patriaeditora.com.br Os textos assinados são da responsabilidade de seus autores. Não estão autorizados a falar pela revista, bem como retirar produções, pessoas que não constem deste expediente e não possuam uma carta de referência.

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Fotos: Wilmar Hermann

Uma

nova etapa

para os RPPS

Maior evento anual dos regimes próprios transcorreu em meio à expectativa do anúncio de medidas pelo governo federal e a convicção de que importantes desafios vão surgir daqui para frente

O

s Regimes Próprios de Previdência Social vivem um momento especial em sua história. Estão diante de perspectivas de transformações tão importantes em áreas estratégicas, como gestão, legislação e investimentos, que muitas destas mudanças poderão até representar uma espécie de “antes e depois” para os RPPS. Em junho, este cenário esteve praticamente concentrado nos três dias de realização do 46º 8

Congresso Nacional da Abipem (Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais), em Foz do Iguaçú, no Paraná. Durante todo o tempo, havia a expectativa dos participantes de que Brasília anunciasse medidas significativas para o setor - o que não chegou a acontecer -, e era evidente a convicção de que os


RPPS estão diante de um processo de mudança na gestão de investimentos que terá impacto em várias outras áreas, principalmente a de gestão. Além da situação no Brasil, o evento refletiu o momento econômico mundial, com a realização do 1º Congresso Internacional da Abipem, abrindo a oportunidade de debates sobre o impacto da crise financeira global na área previdenciária internacional. O tema foi o foco do painel de abertura do encontro, no dia 13 de junho, que teve como palestrante o secretário-geral da Organização Iberoamericana de Seguridade Social (OISS), Dom Adolfo Jimenez. Ele ressaltou que, independentemente da crise deflagrada nos Estados Unidos e que hoje atinge vários países europeus, os regimes de seguridade vêm enfrentando no mundo inteiro o desafio de proporcionar sustentabilidade aos seus sistemas previdenciários para populações cada vez

Congresso reuniu cerca de 1.300

mais longevas e com índices de natalidade em declínio. Equiliparticipantes brar a balança entre os durante três trabalhadores ativos, dias, em Foz do os que contribuem, e Iguaçú (PR) os inativos, os que recebem aposentadoria, requer uma série de mudanças nas regras da Previdência - como um tempo de contribuição mais condizente com a expectativa de vida atual -, mas também depende de outras variáveis, como a demografia, o mercado de trabalho e a situação econômica. “Esta necessidade existe com crise ou sem crise”, afirma. Com a crise, o que houve foi um agravamento dos problemas que envolvem as variáveis econômicas, principalmente nos sistemas chamados de ‘maduros’, que vigoram há pelo menos cem anos,

Um dos destaques do 46ª edição do Congresso Nacional da Abipem foi a diversidade de municípios participantes, ampliando a representatividade de todas as regiões do país

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os rabalhadores não vão aonde não necessitam. Eles migram para buscar trabalho e isso significa que o país para onde vão também está recebendo benefício. “Temos que garantir que o trabalhador leve seus direitos em uma mochila. Caso contrário, criaremos um problema social muito grande, pois alguém que tenha trabalhado muitos anos em outro país ou mesmo em vários países nunca terá somado contribuição suficiente para se aposentar.” União Europeia e Mercosul já contam o tempo de contribuição dos trabalhadores fora de seus países de origem para fins de aposentadoria: um brasileiro que tenha contribuído por cinco anos na Argentina e depois voltado a trabalhar em solo brasileiro, terá seus Foram cerca de direitos garantidos pela legislação 40 palestras do país onde estiver, contando o pecom ríodo em que esteve fora, indepenespecialistas dentemente de ter sido fechado um de todas as convênio bilateral na área. A lei que pois há mais gerações em idade de áreas que vale é a do país em que o trabalhador aposentadoria. “Em relação ao mercaenvolvem estiver na hora em que se aposentar. do de trabalho, se não criarmos mais os RPPS O acordo em si não é novidade, mas empregos, se não multiplicarmos os a experiência do Mercosul é inovacontribuintes, não teremos um sistedora, diz Garavelli. ma sustentável”, afirmou, ressaltando “O único convênio multilateral do mundo que a importância de fomentar a disseminacão de uma opera totalmente por um sistema informatizado nova cultura previdenciária, proposta que foi apreé o do Mercosul”, conta Garavelli. Um exemplo: sentada pela OISS na Cúpula de Estoril, em 2009 um brasileiro solicita a aposentadoria e informa (ver reportagem na página 18). Enfim, reequilibrar ter trabalhado e contribuído por cinco anos para o os sistemas previdenciários tornou-se mais urgente sistema de Previdência argentino. O INSS encacom a crise global, segundo ele. minha a informação, sem divulgar o nome do reNesta nova etapa da Previdência em todo o mundo, quisitante, à OISS, que, por sua vez, encaminha a uma das mudanças destacadas foi a experiência em requisição à Previdência argentina. Confirmada a relação aos trabalhadores que exercem alguma ativiinformação prestada pelo trabalhador, a OISS indade fora de seus países de origem. “A globalização forma o INSS que os requisitos foram cumpridos econômica levou a uma necessidade de globalizar e o pagamento solicitado deve ser feito. “E este também a seguridade social”, resumiu o argentino processo ocorre em questão de minutos!”, diz GaCarlos Garavelli, diretor da OISS para o Cone Sul, ravelli. A partir daí, cada país arcará com o período outro palestrante do Congresso Internacional da equivalente ao tempo de contribuição devido ao Abipem. Antes, os países que, por razões culturais trabalhador. Confirmadas as informações, o pagaou econômicas, tinham um grande fluxo de trabamento passa a ser considerado inquestionável. “É lhadores, faziam convênios bilaterais na área previautomático”, afirma Garavelli. denciária com objetivo de garantir que fosse contaPara o presidente da Abipem, Valnei Rodrigues, bilizada na aposentadoria a contribuição feita pelo a participação de representantes de outros países trabalhador no estrangeiro. “No entanto, cada vez nos paineis do 1º Congresso Internacional da enhá mais trânsito de capitais, de produtos e de tratidade e, principalmente, o depoimento de Dom balhadores”, afirma. A questão, segundo ele, é que Foto: Wilmar Hermann

Dom Adolfo Jimenez, da OISS: análise da crise mundial e seu impacto nos regimes de previdência

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Lúcia Vieira, da Apeprem: “Congresso Internacional superou as expectativas”

Adolfo Jimenez, proporcionou uma visão mais ampla dos sistemas de seguridade social no mundo e uma análise contextualizada da crise financeira global. “Isso nos ajuda a buscar alternativas para evitar que os problemas já enfrentados em outros países venham a ocorrer no Brasil, uma vez que temos um sistema previdenciário jovem e, por isso mesmo, temos condições de organizar e planejar um futuro mais sustentável”, disse Rodrigues. “Tivemos o privilégio de receber um panorama mundial da Previdência que contribui enormemente para que nossos países não cometam os erros em que outros países caíram”, reforçou Pedro Filipe, gerente de benefícios do Instituto Nacional de Segurança Social de Angola, que participou pela segundo ano consecutivo do maior evento anual da Abipem. Também para a presidente da Associacão Paulista de Entidades de Previdência do Estado e dos Municípios (Apeprem), Lúcia Helena Vieira, o evento foi extremamente positivo. “O Congresso Internacional superou as nossas expectativas”, afirmou. Mesmo com a qualidade e representatividade dos palestrantes convidados, não era esperada pelos organizadores tamanha demonstração de interesse dos participantes. O Congresso Internacional ocupou a maior das sete salas reservadas

no hotel Mabu para todos os eventos que ocorreram simultaneamente ao encontro nacional da Abipem. mais de 10 “Foi uma receptivipalestrantes dade tão grande que do já estamos pensando Ministério da nos convidados e nos Previdência assuntos da segunda edição”, afirma Lúcia. A estreia do congresso internacional não ocorreu em Foz do Iguaçú por acaso, mas pelo fato de a cidade, estando localizada na tríplice fronteira, representar à perfeição o caráter global dado ao 46º Congresso. Para tanto, a Abipem contou com afinada parceria com a Fozprev, sob coordenação da diretora-superintendente do fundo, Rejani Cristina Kruczewski. O congresso internacional foi só o começo. Até o último dia, foi possível acompanhar uma série de paineis de especialistas em regimes próprios e autoridades do governo federal sobre praticamente todos os assuntos que atualmente são relevantes para os RPPS, além de eventos simultâneos, como o 2º Concurso Nacional de Pesquisa Previdenciária (ver página 21) e o 10º Congresso Estadual

Governo federal participou em peso, com

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Demetrius Hintz, que coordenou o evento: Congresso marcado pela expectativa de mudanças

da Apeprev, a Associação Paranaense das EntidaAlém dos des Previdenciárias do congressos Estado e Municípios. nacional e Os participantes taminternacional, bém contaram com uma foram área reservada a estandes realizados o de instituições patroci2º CNPP nadoras, onde puderam e o 10º buscar informações, troCongresso car experiências e tomar da Apeprev decisões de investimento. Otoni Gonçalves Guimarães, diretor de Previdência no Serviço Público do Ministério da Previdência Social, participa há muitos anos dos congressos nacionais da Abipem e viu na 46ª edição uma resposta do setor às iniciativas que o governo federal vem tomando. “A empolgação dos gestores nos dá a certeza de estarmos no caminho certo”, afirmou, dizendo que ficou evidente no encontro um avanço na visão dos participantes em relação a pontos muito importantes, como novas possibilidades de investi12

mentos (ver reportagem na página 22), a melhoria constante nos processos de gestão e uma integração total entre todos os segmentos envolvidos com os RPPS. Um ponto que também chamou atenção, segundo o coordenador do 46º Congresso Nacional da Abipem, Demetrius Hintz, foi a diversidade de municípios que enviaram seus representantes. “Não houve uma quantidade muito grande de participantes de um município e a falta de representantes de outro. Houve uma distribuição muito equilibrada, aumentando a representatividade entre todos os municípios”, disse. Segundo ele, se tivesse que definir apenas uma marca característica da 46ª edição, elegeria a “expectativa de novas medidas para os regimes próprios”, que esteve presente entre os participantes desde a abertura do Congresso, quando o chefe de gabinete do Ministério da Previdência Social, Celso Pegoraro, informou que o ministro Garibaldi Alves havia sido convocado pela presidente Dilma Rousseff para outros compromissos e não poderia participar do encontro, mas que, naquele momento, importantes reuniões ocorriam em Brasília e notícias positivas poderiam ser anunciadas durante o Congresso. Ao fechar o evento, no entanto, o secretário de Políticas de Previdência do Ministério da Previdência social, Leonardo Rolim Guimarães, disse que as negociações estavam adiantadas e as mudanças seriam conhecidas “muito em breve”. Entre as medidas, ele citou a aprovacão da Lei Geral da Previdência, cujo ponto mais importante para os regimes, segundo Demétrius Hintz, que também é tesoureiro da Abipem, é a exigência de Certificado de Regularidade Previdenciária em lei. “Muitas mudanças estão a caminho: tem o CRP, tem a possibilidade de os regimes próprios fazerem empréstimos consignados, melhorias em relação à gestão, investimentos. Enfim, estamos trabalhando em uma série de questões que envolvem os RPPS”, afirmou Rolim Guimarães.


Valnei faz balanço positivo da gestão

O

atual presidente da Abipem, Valnei Rodrigues, aproveitou o encerramento do 46º Congresso Nacional para deixar uma mensagem de despedida aos gestores de todo o país, uma vez que seu mandato termina este ano - o estatuto da entidade prevê alternância de instituições de Estados e municípios no cargo. No balanço de sua gestão, Rodrigues destacou a criação da frente parlamentar em defesa dos regimes próprios no Congresso Nacional, a relação da Abipem com o MPS e a realização do primeiro congresso internacional da entidade, entre outros pontos. Confira: Gostaríamos que o senhor destacasse os pontos que considera mais relevantes de sua gestão. Creio que podemos destacar ações em dois eixo: o político e o da educação. No aspecto político, houve uma reaproximação da Abipem com o MPS, em especial com a Secretaria de Políticas de Previdência Social, possibilitando a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica para o fortalecimento dos regimes próprios e o fomento de novos RPPS. O Ministério está empenhado na criação de novos regimes, com objetivo de proporcionar segurança aos servidores públicos de todo o país. Além disto, fomentamos a criação da Frente Parlamentar em defesa dos RPPS, tarefa essa assumida e desenvolvida pelo Deputado Saraiva Felipe de Minas Gerais. Já no âmbito do Conaprev, conseguimos introduzir a discussão da reformulação da Lei 9.717/98, tornando o CRP uma exigência legal, de forma que a fiscalização dos RPPS seja mais eficaz. A proposta já passou pelo Conaprev, está sendo encaminhada ao Congresso Nacional e a expectativa é de que seja aprovada ainda este ano. Na área de educação, promovemos o 1º Congresso Internacional com representantes de países iberoamericanos, o que possibilitou a ampliação dos debates e uma melhor compreensão e visibilidade da Previdência no mundo. Também merece destaque a realização de congressos científicos, que valorizam os estudos acadêmicos da

área previdenciária, para que possamos explorar novos conceitos que auxiliem na melhoria da gestão dos RPPS. De todas as iniciativas, há alguma que o senhor considere a mais importante? Sim: a criação da Frente Parlamentar, pois possibilita o debate democrático acerca dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, o que ajudará o fortalecimento e avanço da legislação previdenciária e um sistema jurídico mais equilibrado. Esta é uma conquista que vem sendo pleiteada junto ao Congresso Nacional desde a criação do sistema de regimes próprios, na Constituição de 1988. Sempre almejamos a criação de uma frente parlamentar para defender a classe e trabalhar pela aprovação das leis que garantam mais segurança jurídica para os servidores públicos estaduais e municipais. O senhor conheceu a realidade dos regimes próprios de ponta a ponta do país. Poderia fazer uma análise sobre a situação dos RPPS hoje? A avaliação é positiva, pois percebemos gestores em todos os Estados buscando desenvolver boas práticas de gestão, comprometidos com os resultados. Percebemos também um rápido crescimento no patrimônio financeiro dos regimes próprios, resultado do compromisso com o objetivo principal dos RPPS: garantia dos pagamentos dos benefícios previdenciários fu-

turos. Em relação à Abipem, passamos por um momento em que a entidade consegue promover encontros em praticamente todos os Estados brasileiros, tornando realidade o projeto de descentralização das nossas atividades. E, junto à Secretaria de Previdência Social, vivemos uma situação de apoio, acompanhamento e espaço para apresentar nossas demandas. Quais seriam, na sua visão, os principais desafios de quem for substituí-lo na presidência da Abipem? Manter o contínuo fortalecimento da entidade, como temos observado nos últimos oito anos. Uma das prioridades neste momento é a alteração da Resolução 3790 para que as regras de investimento permitam aos RPPS a participação no desenvolvimento econômico das diferentes regiões onde estão inseridos. Para isto, é necessária a participação dos fundos de Previdência em produtos de financiamento de obras de infraestrutura, com recursos dos RPPS. A Abipem está empenhada na formatação de um projeto neste sentido para ser apresentado ao Ministério da Previdência. E a qualificação dos gestores dos RPPS, colocada como nossa principal bandeira desde o Congresso da Abipem ocorrido em Salvador em 2010, continua sendo uma das prioridades. Defendemos a criação de mecanismos que ajudem os institutos a desenvolverem um sistema de governança corporativa. O que o senhor tem a dizer aos gestores de regime próprios com base na sua experiência de liderar a Abipem? Que devem acreditar no RPPS como sistema previdenciário garantidor de justiça social, no seu desenvolvimento e na sua capacidade de constante melhoria de gestão. 13


Novas medidas Secretário de Políticas de Previdência, Leonardo Rolim Guimarães, diz que o governo federal trabalha em três frentes para estimular o desenvolvimento dos regimes próprios e deve anunciar importantes mudanças em breve

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no forno

D

iante de uma plateia lotada para as apresentações de encerramento do 46º Congresso Nacional da Abipem, o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim Guimarães, fez um apanhado geral dos planos do governo federal para os regimes próprios e reafirmou que os RPPS hoje são prioridade na pasta do ministro Garibaldi Alves. Em entrevista, Rolim Guimarães afirmou que importantes mudanças aguardadas há muitos anos pelos RRPS estão a caminho. “As negociações estão avançadas, houve uma ampla discussão com os regimes próprios e esperamos que muito em breve tenhamos o que anunciar em relação a este trabalho”, afirmou. Entre as questões em estudo estão a exigência de Certificado de Regula-

Rolim Guimarães, do MPS: “Queremos dar uma possibilidade de ousar mais àqueles (regimes) que demonstrarem ter uma governança maior”

ridade Previdenciária (CRP) em lei, a autorização para que os regimes possam operar com empréstimos consignados e melhorias em relação à gestão. Na área de investimentos, o entendimento é que os RPPS ainda aplicam bem abaixo da cota autorizada para a renda variável, que, portanto, não deve mudar. Diante da necessidade de diversificação das aplicações em vista da queda dos juros, um ponto que tem merecido atenção do governo federal é o limite de 5% do patrimônio para as aplicações de regimes próprios em Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e fundos imobiliários. Hoje os RPPS não chegam a explo-


rar esta parcela a quem têm direito, mas mesmo assim o governo federal entende que o teto ainda é muito baixo. “Precisamos dar uma margem maior para que os regimes próprios tenham mais opções de diversificar seus investimentos”, afirmou Guimarães. Ele advertiu, porém, que a ampliação deste percentual depende da qualidade e capacidade de gestão. “Queremos dar uma possibilidade de ousar mais àqueles que demonstrarem ter uma governança maior”, explicou. Na palestra de encerramento do Congresso da Abipem, o secretário ressaltou que a política previdênciária do governo federal para os regimes próprios se sustenta em três pilares: a transparência - que requer, em pimeiro lugar, uma base de dados consistente, exigindo um investimento pesado dos institutos para garantir a qualidade das informações cadastradas; a qualidade de gestão, que passa pelo avanço da certificacão e

a condução dos investimentos; e a sustentabilidade dos regimes próprios, em que os institutos que ainda não têm um equilíbrio financeiro precisam buscar soluções, como novas fontes de recursos que possam trazer maior rentabilidade e, ao mesmo tempo, resultados para o município e o Estado. É nestas frentes que o governo federal está atuando, buscando definir medidas que ajudem os regimes próprios a atingir estes objetivos, segundo Guimarães.

CRP e empréstimo consignado estão entre as medidas em estudo

Gustavo Barbosa, do Conaprev: “A proposta é trazer as melhores práticas de gestão para os regimes próprios”

Um selo de qualidade para os RPPS Conaprev quer que, além dos profissionais que atuam na área, os próprios institutos sejam certificados de acordo com suas condições para assumir riscos nos investimentos Uma das apostas do governo federal para incentivar a busca de profissionalização dos RPPS é a certificação dos institutos, proposta que já foi aprovada no âmbito do Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social (Conaprev) e cujo projeto está em fase de elaboração. Hoje, a certificacão é dirigida apenas aos gestores. Ao ser obtida pelo instituto, teria o efeito de um atestado de qualidade de gestão, mostrando se o RPPS está preparado para assumir mais ou menos riscos em seus investimentos. Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim Guimarães, a expectativa é de que até dezembro esteja de-

finido o modelo de certificação RPPS. “A proposta é trazer as melhores práticas de gestão para os regimes próprios”, afirma o conselheiro do Conaprev e diretor-presidente do Rioprevidência, Gustavo de Oliveira Barbosa. Barbosa é o autor da proposta e está à frente do grupo que trabalha no projeto dentro do Conselho. Segundo ele, a adocão de melhores práticas, requisito para a certificação, envolve uma série de aspectos que colocam a gestão na direção do nível de excelência, como controles internos, auditoria interna e externa, governança corporativa e educação financeira, para citar alguns. “No futuro, por quê não este gestor que obteve a certificação - o que mostra sua capacidade de análise e controle dos riscos - assumir um pouco mais de de risco do que aquele que ainda está fazendo o básico?”, indaga Barbosa. “A ideia é definir um caminho a ser seguido e ajudar todos os regimes próprios a seguirem este caminho”, diz o secretário Guimarães. 15


A onda da

previdência

complementar Secretário Jaime Mariz diz que, depois da aprovação das leis que autorizam a criação da modalidade no Rio e em São Paulo, mais 15 Estados manifestaram interesse em seguir o mesmo caminho

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Mariz, do MPS: “O regime atual exauriu-se”

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aprovação da lei que autorizou a criação da previdência complementar do servidor público da União, no fim do ano passado, colocou em movimento a criação de legislação similar em vários Estados brasileiros. Além de Rio de Janeiro e São Paulo, cujo Legislativo já deu seu aval para a instituição da previdência complementar, mais 15 Estados já manifestaram interesse em seguir o mesmo caminho, informou o secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz, durante o 46º Congresso Nacional da Abipem. A partir da instituição da previdência complementar estadual, todo o servidor que entrar no serviço público daquele Estado passa a ter sua aposentadoria limitada ao valor de R$ 3.916,00. Se quiser ganhar mais, precisará fazer a complementar, por meio da qual poderá planejar um valor melhor que o proporcionado pela situação atual. “O regime atual exauriu-se. Foi um sistema que deu certo até um certo ponto. Na hora em que o Brasil perdeu a correlação de quatro trabalhadores na ativa para um aposentado, ele tomou uma direção de déficits crescentes. Portanto, o Brasil tem que mudar para o sistema de capitalização para equilibrar o sistema”, afirmou o secretário. A previdência complementar será mais um player no mercado, que também terá que rentabilizar suas aplicações com uma taxa de juros decrescente. “O sistema de previdência brasileiro terá de sair do conforto dos títulos públicos, mas isso não é o fim do mundo, pelo contrário. Em um encontro recente na Holanda sobre Previdência, um representante da OCDE, que tem uma visão panorâmica de todo o mundo,

“O mais importante é que estamos avançando na consciência previdenciária” mostrou que os fundos de pensão ou o sistema de Previdência que têm entrado em aplicaçōes ligadas a projetos de infraestrutura têm se dado muito melhor do que quem tem investido somente o mercado financeiro e de títulos públicos. É uma nova realidade e tenho certeza de que isso não será problema no Brasil.” Mariz quer defender a ideia de uma parceria do governo federal com os fundos de previdência complementar. “O BNDES poderia criar uma carteira de investimentos em infraestrutura e os fundos dos regimes próprios poderiam comprar cotas desta carteira”, explica. O fundo da União, que deverá ser o maior do segmento na América Latina está em processo de criação. “O mais importante é que estamos avançando na consciência previdenciária. A exemplo de outros países, precisamos mostrar que a Previdência deve ser tratada com zelo e profissionalismo”, afirmou. 17


Seguridade integral Baldur Schubert, maior autoridade da OISS no Brasil, diz que a nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho é uma conquista histórica para o país

O

Brasil vive um momento histórico em sua política de seguridade social, com grande perspectiva de experimentar importantes avanços na área. A opinião é do representante da Organização Iberoamericana de Seguridade Social (OISS) para o Brasil, Baldur Schubert. Durante o 46º Congresso Nacional da Abipem, ele chamou a atenção dos participantes para a importância do Decreto 7.602, baixado pelo governo federal no dia 7 de novembro de 2011. O decreto institui a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) e seu texto contempla os regimes próprios. “O pessoal não se deu conta ainda do significado desta medida, que tem um conceito moderno, pois analisa o cidadão integralmente. Por este conceito, Previdência não é só pagar benefício. O benefício é a última coisa. Antes dele estão a promoção da saúde, da prevenção, da proteção do trabalhador. São medidas proativas”, afirma Schubert. O PNSST tem entre seus princípios o da “integralidade”: a precedência das ações preventivas sobre as reativas, estabelecendo que o trabalhador seja assistido pelo regime previdenciário durante o processo todo - desde a promoção da qualidade de vida até o pagamento dos benefícios aos quais tem direito. Schubert menciona a 18

situação das concessões de benefício por incapacidade para mostrar o quanto a assimilação deste novo conceito e sua aplicação podem revolucionar o sistema previdenciário. Segundo ele, a demanda por benefícios em decorrência de incapacidade, que há 40 anos Schubert, da OISS: conceito da nova política é representava 40% dos pedidos “moderno, pois analisa o cidadão integralmente” totais, agora corresponde a 60% de todos os requerimentos ao INSS. Este voluprincípios como os agora contemplados na políme exigiu mais de 7 milhões de procedimentos tica brasileira de segurança e saúde. periciais no ano passado, diz ele. Além do custo Em 2009, o presidente da OISS, Dom Adolfo com a concessão em si, há um outro aspecto que Jimenez, propôs à Cúpula de Chefes de Estorna esta rubrica de pagamentos de benefícios tado e governos em Estoril (Portugal), a Esum foco de preocupação maior na área previtratégia Iberoamericana de Segurança e Saúdenciária: é o único dos benefícios em que a dede no Trabalho para os 22 países que falam cisão sobre a concessão está na mão de pessoas. português e espanhol, cujo objetivo principal “Se o médico for excessivamente rigoroso, pode era o “fomento à cultura preventiva”, segunestar fraudando um direito do indivíduo - o que do Schubert. A Cúpula aprovou a proposta. pode levar a discussões nas esferas administra“É claro que quando acontece o problema o tivas e judiciais, impondo ainda mais custos ao trabalhador tem que ter a melhor assistência processo. Mas, se o médico for excessivamente médica, o pronto tratamento e a reabilitação benevolente, coloca a sustentabilidade do sisteou readaptação profissional”, explica o reprema em xeque, além de ser injusto: a benevolênsentante da OISS. “Mas seguridade é todo cia atende a uns e desatende a todos, pois todos um conjunto de fatores que você procura tranós pagamos.” É por isso que a OISS defende balhar por anterioridade”, explica.


Por um choque Ministério desenvolve trabalho com o objetivo de despertar a consciência dos gestores de regimes próprios para a importância dos programas de reabilitação e readaptação Profissional

cultural

O

trabalho de reabilitação, reeducação e readaptação profissional carece de um tratamento mais adequado no Brasil. Na área de Regimes Próprios de Previdência Social, ainda é necessário que haja uma tomada de consciência generalizada sobre a importância - e a vantagem - de atuar nesta área da segurança ocupacional. Fazer com que os RPPS percebam isso foi a finalidade principal da palestra do diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social (DPSSO/SPPS/ MPS), Cid Roberto Bertozzo Pimentel, no 46º Congresso Nacional da Abipem. “Do mesmo jeito que existe choque de gestão, queremos dar um choque cultural, no sentido de fazer as pessoas acordarem para isto. Tanto os servidores quanto os institutos”, afirmou. Pimentel explicou o que é o Programa de Reabilitação Profissional (PRP), que vem sendo desenvolvido pelo INSS, ressaltando seu objetivo maior, que é a inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Segundo ele, uma das necessidades dos regimes próprios é poder mensurar o impacto deste tipo de projeto nos seus custos. Por isso, o Ministério está trabalhando na formulação e formatação dos mecanismos de reabilitação e 19


Pimentel, do MPS: “Você sabe quanto vai custar o pagamento dos benefícios e aposentadorias, mas não sabe quanto terá de gastar com reabilitação e readaptação”

readaptação. “Você sabe quanto vai custar o pagamento dos benefícios e aposentadorias porque já conta com estatísticas de acidentalidade, por exemplo. Mas não sabe quanto terá de gastar com equipamentos, próteses, órteses - enfim, com o que é necessário para o programa. É isto que estamos fazendo agora”, explica Pimentel. O PRP é dirigido a segurados que contam mais de dois anos recebendo auxílio-doença ou pessoas que sofrem com sequelas que as impeçam de trabalhar. Para eles, o programa prevê, além da reabilitação, assistência para que trabalhador

possa encontrar um outro tipo de ocupação em que o seu problema de saúde não seja um empecilho para se manter ativo. Em suas visitas a centros de reabilitação espalhados pelo Brasil, Pimentel tem conhecido vários casos de trabalhadores que descobriram um novo caminho. “Fico contente quando vejo, por exemplo, o caso de uma professora de educação física que, impedida de fazer exercícios por causa de uma luxação no quadril, quer atuar na área de educação à distância, replicando seus conhecimentos”, diz. Outro exemplo: um mecânico que teve de se afastar da linha de montagem de uma fábrica por conta de uma lesão e Evolução Histórica: Resolutividade do passou a trabalhar em um outro Programa de Reabilitação Profissional do INSS - 1990 a 2000 departamento. “Perguntei a ele: 16000 o que o senhor não conhecia e passou a conhecer nesta nova 13.801 14000 função? Ele respondeu: o computador. E estou adorando.” Na 12000 reabilitação, o trabalhador re10000 torna ao que fazia antes de ter tido um problema de saúde. Na 8000 readaptação, que pode ser temporária ou definitiva, ele muda 6000 de atividade. “É uma nova visão, 4000 que supõe o investimento do 1.642 trabalhador. Ele tem que parti2000 cipar e construir junto o progra0 ma. Mas, para que isto ocorra, o próprio RPPS precisa estar 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 consciente da importância deste Cliente com mais de 240 dias no Programa Fonte: MPS. Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS Infologo trabalho para todos”, afirma. 20


Narlon Gutierre Nogueira, auditor fiscal: primeiro lugar nas duas edições do concurso

CNPP em dobro Segunda edição do Concurso Nacional de Pesquisa Previdenciária atrai mais candidatos e já tem um “bicampeão”

O

Concurso Nacional de Pesquisa Previdenciária (CNPP) chegou à sua segunda edição e já tem um “bicampeão”: Narlon Gutierre Nogueira, auditor fiscal da Receita Federal lotado em Brasília. É ele quem assina o trabalho vencedor deste ano, intitulado “Regime de Previdência Privada Complementar do Servidor Público: Análise e Perspectivas a partir das Leis Instituidoras da Funpresp e SPPrev”. “Foi um trabalho muito elogiado pela banca, merecedor do primeiro lugar”, afirmou a coordenadora do CNPP, Majoly Hardy, ao anunciar o resultado do concurso no 46º Congresso Nacional e 1º Congresso Internacional da Abipem. No ano passado, Nogueira também saiu vitorioso com um trabalho sobre equilíbrio financeiro e atuarial dos RPPS. O segundo lugar na edição deste ano foi para Jean Jacques Dressel Braun, de Florianópolis (SC), com “Avaliação dos Resultados dos Regimes Próprios dos Servidores Estaduais Após a Emenda 41, de 2003”; enquanto o terceiro colocado foi Fernando Calazans, de

Belo Horizonte (MG), que abordou a questão dos “Consórcios Públicos e Gestão Financeira de RPPS no Brasil: Em Busca de Um Modelo Eficiente, Democrático e Seguro”. Os três foram premiados com iPads, os tablets da Apple, e terão seus trabalhos publicados pela editora Lex Magister. Neste ano foram inscritos no CNPP 27 trabalhos de candidatos de norte a sul do país. Deste total, 22 estavam enquadrados no regulamento e avaliados por cinco professores, todos renomados especialistas da área previdenciária. Segundo Majoly, o volume de concorrentes dobrou em relação ao ano passado. “Recebemos trabalhos valiosíssimos, uma pesquisa científica muito importante, que vai contribuir muito com o desenvolvimento dos regimes próprios.” Os seis trabalhos com melhor pontuação foram apresentados durante o Congresso. “No ano que vem, esperamos divulgar mais os paineis para levar os trabalhos a uma plateia maior, pois o conteúdo técnico e científico dos trabalhos foi muito bom”, afirma Majoly.

Os finalistas do 2º CNPP 1º

“Regime de Previdência Privada Complementar do Servidor Público: Análise e Perspectivas a partir das Leis Instituidoras da Funpresp e SPPrev” Narlon Gutierre Nogueira - Brasília (DF)

lugar:

“Avaliação dos Resultados dos Regimes Próprios dos Servidores Estaduais Após a Emenda 41, de 2003” Jean Jacques Dressel Braun - Florianópolis (SC)

lugar:

“Consórcios Públicos e Gestão Financeira de RPPS no Brasil: Em Busca de Um Modelo Eficiente, Democrático e Seguro” Fernando Calazans - Belo Horizonte (MG)

“Dos Consórcios Públicos no Regime Próprio de Previdência Municipal” Dionis Jonner Leal - São Borja (RS)

lugar:

lugar:

lugar:

“A Dívida dos Municípios Paraenses que Aderiram à Municipalização do Ensino e à Norma Constitucional Permissiva de Retenção de Verbas Transferidas - Um Estudo de Caso sobre o RPPS do Pará” Simone Ferreira Lobão - Belém do Pará (PA)

“A Sustentabilidade dos Métodos de Amortização dos Déficits Atuariais e da Técnica de Segurança de Mesas - Um Caso Prático” Rafael Porto de Almeida - Florianópolis (SC)

lugar:

21


ousadia Criatividade e

Daqui para frente, a gestão de investimentos dos regimes próprios ficará muito mais complexa, exigindo uma capacidade bem maior dos gestores para assumir riscos

S

mall caps, dividendos, private equity, capital protegido, FIPs...e por aí afora. Quem trabalha com a gestão de regimes próprios e ainda não conhece muito bem este vocabulário, em breve estará falando estas palavras com desenvoltura. Na área de RPPS, simplesmente não há quem discorde que a gestão de investimentos das instituições nos moldes conhecidos até agora acabou e uma nova etapa está começando. 22

Durante o 46º Congresso Nacional da Abipem, representantes do governo federal, gestores de regimes próprios e especialistas do mercado financeiro davam como irreversível a queda dos juros na economia brasileira- ainda que a taxa passe por breves altas no caminho de longo prazo -, e será preciso buscar novas alternativas para


bater as metas atuariais sem as vantagens de uma Selic alta regendo a remuneração das aplicações. Neste momento, a readequação das estratégias de administração de recursos é tão importante que o Ministério da Previdência Social recomenda jogar a meta atuarial para o segundo plano. Por enquanto, a única certeza é que os RPPS terão de aumentar sua exposição a investimentos de maior risco e isso exigirá um grande avanço na profissionalização de seus gestores, pois tomar decisões sobre as aplicações será um trabalho bem mais complexo. “Hoje, a questão principal é: o que podemos buscar para melhorar a performance das aplicações dos recursos dos regimes?”, afirma o diretor de Previdência do Serviço Público do Ministério, Otoni Gonçalves Guimarães. Segundo ele, o trabalho que o governo federal

Otoni Guimarães, do MPS: “Gestores têm superestimado as metas atuariais”

23


Corrêa, do Ipred, sobre o mercado de risco: “Assusta, mas este será o caminho”

pretende desenvolver na busca desta resposta é, junto com as instituições financeiras, “desafiar o próprio mercado a apresentar alternativas que não estejam atreladas ao mercado especulativo, mas sejam direcionadas para a economia real.” Com a queda dos juros, o governo quer promover a migração do dinheiro que hoje é direcionado ao mercado financeiro e de capitais para o

Alocações dos RPPS no mercado financeiro Julho/ Agosto de 2011 - R$ milhões Ativos

Valores - R$ milhões

Renda Fixa

50.418,00

89,01%

Títulos Tesouro Nacional atrelados è Selic

11.126,00

19,64%

FI 100% em títulos do Tesouro

23.148,00

40,86%

Operações Compromissadas

1.247,00

2,20%

FI Renda Fixa / Referenciados

7.485,00

13,21%

FI de Renda Fixa

5.056,00

8,93%

Poupança

8,454

0,01%

FI em Direitos Creditórios (FIDC) - Aberto

1.008,00

1,78%

FI em Direitos Creditórios (FIDC)

470,315

0,83%

FI Renda Fixa Crédito Privado

870,961

1,54%

Renda Variável

2.534,00

4,47%

FI Ações referenciados

946,970

1,67%

FI de Índices Referenciados em Ações

24,854

0,04%

FI em Ações

844,562

1,49%

FI multimercado

508,152

0,90%

FI em participações - fechado

143,451

0,25%

FI Imobiliário - cotas negociadas em bolsa - Art. 8 VI

65,576

0,12%

Disponibilidades Financeiras

1.354,00

2,39%

Ativos em Enquadramento

653,870

1,15%

Demais Bens, Direitos e Ativos

1.685,00

2,97%

Fonte: Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos - DAIR

24

%

setor produtivo. Para Guimarães, em relação às metas atuariais, os regimes próprios também terão de encontrar um novo caminho. “A meta atuarial é um instrumento de gestão e pode ser revista a qualquer tempo. O que tem ocorrido é que os gestores, juntamente com os atuários, têm superestimado as metas atuariais - hoje em IPCA mais 6% ao ano. E é isso - não a queda dos juros - que torna díficil o cumprimento delas”, afirma. Na palestra que proferiu no 46º Congresso Nacional da Apimec, o ex-ministro e ex-presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, também mencionou esta questão: “É muito fora da conjuntura econômica pagar 6% acima da inflação. Não condiz mais com o cenário econômico que temos hoje.” Sobre quais os investimentos nos quais os RPPS devem apostar daqui para frente para manter seu equilíbrio financeiro e sua sustentabilidade, afirmou: “Tenho quase 70 anos e vou deixar este problema para vocês (a plateia). É algo para ser repensado.” Até meados deste ano, os RPPS vinham administrando a busca de suas metas de maneira bastante confortável. Paulo Di Blasi, da Di Blasi Consultoria Financeira e professor do Ibmec, explica que, nos primeiros cinco meses, os in-

Governo federal quer desafiar mercado a criar alternativas de investimento voltadas para a economia real


vestimentos atrelados ao IMA - atualmente o principal benchmark na área de regimes próprios - cumpriram seu papel. “Com a redução dos juros, boa parte dos fundos teve rendimento muito bom, justamente incorporando todo este processo de queda das taxas.” Depois deste período, porém, todo o real novo que entrou passou a ser reinvestido com uma taxa de juro abaixo da meta atuarial. “Tirada esta gordura que foi acumulada, e com uma volatilidade muito alta no mercado de renda variável, as instituições provavelmente terão de aumentar as participações de títulos privados nas carteiras de renda fixa do IMA, o que obrigatoriamente envolverá um pouco mais de risco”, afirma Di Blasi. Na renda variável, será preciso alongar o cumprimento da meta, porque no cenário atual difilcilmente haverá um crescimento da economia no curto prazo, diz ele. Este balanço do primeiro semestre feito por Di Blasi tem um bom exemplo no caso do Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Diadema. Valter do Carmo Corrêa, gerente financeiro do Ipred, conta que o fundo tem seu Para Mendonça benchmark no IMA-B de Barros, pagar e chegou a maio com 6% acima da um resultado 200% inflação não superior à meta. Em junho a margem cocondiz mais meçou a encolher, com cenário mas Corrêa acredita econômico que o resultado anual do país será positivo. Com a mudança no cenário dos juros no Brasil, o instituto passou a remanejar parte de suas aplicações, entrando em segmentos como IRFM, que tem baixa volatilidade. Para o segundo semestre, planeja aumentar a exposição no mercado de maior risco, como renda variável - onde hoje o Ipred aplica 10% dos recursos, e entrar em segmentos como dividendos, small caps e Fundos de Investimento em Participações (FIPs). Não é fácil para os gestores de RPPS trabalhar com investimentos de risco. “Assusta, mas este será o caminho”, diz Corrêa. A responsabilidade de lidar com recursos que são destinados a garantir o futuro dos servidores e o perigo de tomar decisões que depois, caso não tenham su-

cesso, possam ser confundidas com má-gestão, os mantêm longe das aplicações mais arrojadas. Hoje os regimes próprios estão autorizados a investir até 30% do patrimônio líquido em renda variável, mas em julho/agosto do ano passado o volume estava em 4,47%, conforme dados do Demonstrativo das Aplicações e Investimentos dos Recursos (Dair). “Nesta área, vivo um conservadorismo muito grande”, relata José de Anchieta Batista, diretor-presidente do Instituto de Previdência do Estado do Acre (Acreprevidência), membro da diretoria da Abipem e também do Conaprev (Conselho Nacional de Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social). “Posso investir 30% na variável, mas não ultrapasso 18%”, diz. Agora, terá de ser diferente. “Pedi a alguns técnicos que estudassem uma forma de a gente avançar (em investimentos de risco). Mas recomendei: se tivermos de levar tapa, que seja só um e não 10”, contou Anchieta. No Fundo de Previdência dos Funcionários Públicos Municipais de Foz do Iguaçú (Fozprev) também estão sendo analisadas novas opções nos mercados financeiro e de capitais. “Estamos diversificando nossa carteira e é possível que a gente reforce um pouco mais as aplicações em

Anchieta, do Acreprevidência: “Se tivermos de levar tapa, que seja só um e não 10”

25


Bini, da CEF: regimes próprios têm buscado mais informações sobre investimentos

26

renda variável”, diz “Os gestores a diretora-superinprecisam ter tendente do fundo, cuidado com Rejani Cristina Kru‘oportunidades’ czewski. Hoje o Foque, na zprev mantém 15% verdade, são de seus recursos em oportunidades aplicações de renda variável. Um dos nosomente para vos segmentos que oportunistas” vêm sendo analisados pelo instituto é o FIP, um fundo fechado cujos recursos são destinados, conforme a Instrução 391/2003 da Comissão de Valores Mobiliários, à “aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas, participando do processo decisório da companhia investida.” Esta movimentação para conhecer novas op-

ções de investimentos têm se intensificado entre os RPPS, segundo Sérgio Oliveira Bini, gerente nacional de investidores corporativos da Caixa Econômica Federal. “A gente percebe uma demanda maior por informação, pois na renda variável ou nos fundos estruturados, por exemplo, o risco assumido é totalmente diferente do risco dos tradicionais títulos de renda fixa e é preciso ter um entendimento melhor do tipo de aplicação”, afirma. “Os FIPs são bem mais complexos do que a renda fixa. Neles, você é sócio do negócio, mas não pode esquecer que é sócio no lucro e também no prejuízo”, rassalta Di Blasi. Nos fundos imobiliários, outra opção que tem sido observada pelos RPPS, ele diz que é preciso observar se os investimentos não estão sobrevalorizados. Os cuidados precisam ser redobrados, alerta Otoni Guimarães. “Os gestores precisam ter muita preocupação neste momento em relação às oportunidades que, na verdade, podem ser oportunidades somente para oportunistas. É preciso ter precaução para, sob o argumento de ter que bater a meta, não começar a fazer aplicações sem critérios, sem se preocupar com os riscos, com a solvência dos fundos oferecidos.” É a capacidade de fazer a análise de prós e contras, senso de oportunidade e perspectivas, entre outras características, que deverá causar outra mudança importante na área de regimes próprios. “No Brasil, por causa do histórico de taxas de juros muito altas, se desenvolveu uma cultura de conservadorismo nos investimentos. Os investidores sempre tiveram retornos razoáveis com risco muito baixo. A partir de agora isto muda. Forçosamente, os institutos terão de procurar uma melhor educação financeira e contar mais com consultorias especializadas em investimentos”, afirma Jorge Ricca, gerente- executivo de Fundo de Ações da BB DTVM. A qualidade de gestão é um dos três pilares da política previdenciária do governo federal, segundo o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim Guimarães. Uma das medidas em estudo é a certificação não apenas dos gestores, mas também dos institutos (ver reportagem na pá-


Ricca, da BB DTVM: “Institutos terão de procurar uma melhor educação financeira e contar mais com consultorias especializadas em investimentos”

gina 15). Para Sérgio Bini, da CEF, o primeiro passo para a profissionalização dos RPPS é a capacitação dos gestores - “as certificações CPA20 e CPA-10 estão aí para ajudar”. Além disso, ele considera importante instituir uma governança corporativa no regime próprio. “Capacitação, certificação e governança, este é o caminho”, afirma Bini. O certo é que a queda das taxas de juros no Brasil provocará inevitavelmente um avanço dos regimes próprios na direção da profissionalização e também uma diversificação na oferta de investimentos. Segundo Bini, o cenário dos juros já vem procando mudanças na CEF. “Temos um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) no forno e projetos para um FIP, e também planejamos um fundo imobiliário, além de todos os outros fundos que já oferecemos aos RPPS.” Ele diz que a ideia da Caixa é ter produtos em todas as modalidades permitidas para os RPPS. “Queremos oferecer aos nossos clientes a possibilidade de diversificar investimentos dentro da própria Caixa”, disse. Já o gerente-executivo de Fundo de Ações da BB DTVM está otimista com sua área de atuação: “Passada a crise europeia e com menor aversão a risco, acho que a gente pode ter excelentes oportunidades no mercado acionário”, afirma Ricca. Novas modalidades estão sendo desenhadas pelas instituições. O Trend Bank tem seus produtos atrelados aos juros no segmento de RPPS. “A ideia é aplicar a estes produtos com o quais já

trabalhamos um duplo indexador - no caso, o IPCA”, explica Eduardo Foz de Macedo, superintendente de captação do Trend Bank. “É uma nova realidade e nós teremos de nos reinventar”, afirma. Os gestores de regimes próprios, por sua vez, terão de seguir caminho semelhante para conseguir identificar novas fontes de rentabilidade. “Estamos exatamente no momento em que temos que ser criativos. Não devemos pensar nisto tudo de forma pessimista, mas como uma oportunidade para buscar novas alternativas”, diz Otoni Guimarães.

Nos primeiros 5 meses, investimentos atrelados ao IMA cumpriram seu papel

Performance do IMA em 12 meses ( % ) 25,0 22,26 19,77

20,0

18,48

17,12

16,23

15,0

15,74

15,72

15,44 12,86

%

11,66

11,44

11,39

IMA-S

Taxa Selic

Taxa DI

10,0 5,0 0,0 IMA - B 5+

IMA - B IRF-M 1+ IMA - B 5

IRF-M

IMA IMA Geral-ex C Geral

IMA-C

IRF-M 1

Fontes: ANBIMA, Banco Central e Cetip

27


CNIS pronto para

decolar

Banco de dados nacional dos regimes próprios vem recebendo adesão cada vez maior de Estados e municípios

O

Nancy Abadia, do MPS: “CNIS já é um sucesso antes de começar”

28

fornecimento de dados de regimes próprios para o CNIS/ RPPS ainda não é obrigatório e o sistema de carregamento das informações só vai começar a vigorar em setembro, mas, se depender do interesse que tem sido manifestado pelos RPPS, o banco nacional de dados veio para ficar. “Hoje, na verdade, a concorrência está grande. Todos querem ser os primeiros a mandar (os dados). O CNIS já é um sucesso antes de começar”, disse Nancy Abadia, coordenadora-geral de Estudos Técnicos, Estatísticos e Informações Gerenciais do Ministério da Previdência Social, em entrevista concedida durante o 46º Congresso Nacional da Abipem. Para se tornar obrigatório, o sistema ainda depende de um decreto do governo federal, que deve sair até setembro. O lançamento do CNIS dos regimes próprios, que vai unificar e consolidar os dados dos RRPS de todo o país, fornecendo um diagnóstico da realidade das previdências estaduais e municipais brasileiras, já era para ter acontecido. “Estava fal-


Entre os Estados, mais de 80% já informaram que estão enquadrados às regras do CNIS e querem enviar os dados para o Siprev tando a decisão que o ministro (da Previdência) Garibaldi Alves tomou agora, de tornar o regime próprio prioridade dentro do Ministério. Com isso, hoje temos recursos e equipe técnica dentro da Dataprev para desenvolver o que nós, da Secretaria de Políticas de Previdência Social, já tínhamos definido como necessário”, explica Nancy. Quando se tornar obrigatório, o CNIS passará a ser um dos critérios para a obtenção do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP). A procura pelo sistema mostra que os RPPS entenderam a importância do cadastro, diz ela. Entre os Estados, mais de 80% já informaram que estão enquadrados às regras do CNIS e querem enviar os dados para o Siprev - o sistema por meio do qual é feito o carregamento dos dados do cadastro, enquanto mais de 400 municípios, principalmente por meio de associações de regimes próprios, comunicaram ter os dados prontos para serem carregados no sistema, conta a coordenadora. “E todos estão com o material dentro das condições exigidas. É preciso que se tenha uma boa qualidade nos dados para que seja possível fazer um cruzamento confiável destes dados.” Um destes Estados é o Espírito Santo. José Augusto Ferreira de Carvalho, presidente da Associação Capixaba de Institutos de Previdência e do regime próprio de Guarapari, diz que o governo estadual e o Ministério da Previdência assinaram um termo de cooperação técnica em abril e desde então, dos 36 municípios com RPPS, 25 já aderiram ao projeto, publicaram seus decretos e estão trabalhando para enviar os dados. “Em Guarapari nós já fizemos todo o carregamento de dados e estamos na etapa de corrigir as inconsistências”, diz ele. “O sistema dará mais segurança nas decisões sobre concessão de benefícios e também vai mostrar uma situação mais real dos regimes próprios”, diz Carvalho. Para aderir ao sistema, o município pode entrar em contato com o Ministério - pelo email comunidadesiprev@previdencia.gov.br - ou fazê-lo por meio de sua associação municipal, estadual

Carvalho, da Associação Capixaba dos Institutos de Previdência: “Sistema dará mais segurança nas decisões sobre concessão de benefícios e também vai mostrar uma situação mais real dos regimes próprios”

ou mesmo a nacional, a Abipem. “Acho que, por meio da associação, fica mais fácil de mandar as informações”, diz Nancy. Pelo email, o município deverá informar que tem interesse em mandar os dados que o Ministério responderá com as orientações sobre como proceder. Nancy diz que o Ministério vem fazendo um trabalho intenso para transmitir aos regimes prórios as informações sobre o que é o CNIS/ RPPS e para que ele está sendo construído. “O CNIS-RRPS é o banco nacional de dados dos servidores públicos brasileiros, criado para que se cumpra a legislação - artigo 3º da Lei 10.887, de 2004, e o artigo 40 da Constituição Federal, que determina que aos servidores públicos é assegurado o direito de ter um regime de Previdência Social com equilíbrio financeiro e atuarial. Sem esses dados, não se faz avaliação atuarial”, afirma. “O gestor vai ganhar muito com o sistema, pois é ele quem vai obter relatórios gerenciais, de cruzamento e tratamento de dados, para poder fazer melhor os seus planejamentos.” 29


Pós

em RPPS

Lançado o primeiro curso de pós-graduação em RPPS, que será ministrado pela internet por renomados professores e vai abordar todas as questões relevantes para a área com foco exclusivo nos regimes próprios

B

asta ligar a internet, digitar o endereço do site, e pronto: você já está no seu curso de pós-graduação em Regimes Próprios de Previdência Social. O primeiro curso online dedicado exclusivamente aos RPPS, iniciativa pioneira na área de formação em direito previdenciário, foi anunciado durante o 46º Congresso Nacional da Abipem, em junho. O projeto é resultado de uma parceria entre a Abipem, a Apeprem e o Complexo Educacional Damásio de Jesus. Benefícios, questões jurídicas, gestão, atuária e responsabilidade dos gestores estão entre os temas que serão abordados por renomados professores da área de direito previdênciário em 360 horas de curso. Cada aula ficará disponível na internet durante uma semana para que o aluno possa acessá-la de qualquer lugar e na hora que considerar

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mais conveniente. “A questão dos RPPS é de extrema importância, é um tema que desponta e percebemos que existia esta carência no mercado, pois não tínhamos um curso bem estruturado sobre regime próprio de Previdência”, afirma o advogado e um dos coordenadores do curso, Theodoro Vicente Agostinho. Além da aula, o aluno contará com material complementar e fará uma série de exercícios para poder obter o certificado. Também poderá encaminhar perguntas para os professores. O curso dura um ano e oito meses, somando atividades/aulas e atividades complementares, e é destinado a candidatos com curso superior em qualquer área. Concluído o curso, o aluno recebe uma certificação de pós-graduação lato sensu do Complexo Educacional Damásio de Jesus. “Com isso, ele será formalmente um especialista em regime próprio, o que vai valorizar muito o currículo de quem trabalha na área.”

cípios (Apeprem), Lúcia Helena Vieira, o curso atende a uma necessidade antiga dos gestores, técnicos e servidores, que buscam uma qualificação maior, um aprofundamento nas questões que envolvem os regimes próprios. “A pós-graduação, da forma como foi planejada, terá este diferencial de ser exclusivamente voltada para regimes próprios, pois normalmente o RPPS é um módulo dentro da Previdência que contempla o regime geral.” A formatação do curso também é um ponto alto da iniciativa, na visão de Lúcia. “As pessoas já estão bastante familiarizadas com as redes sociais e a internet, então acreditamos que isso vai contar muito”, afirmou. Durante o Congresso, participantes de todos os Estados manifestaram interesse e a quantidade de potenciais alunos que se cadastraram para obter mais informações ficou muito acima da expectativa, segundo a presidente da Apeprem. “Temos certeza do sucesso do projeto.” Quem estiver interessado em fazer o curso deve procurar qualquer unidade do Damásio em sua cidade ou região, ou entrar em contato com a unidade de São Paulo. As informações sobre as unidades estão no site www.damasio.com.br .

Theodoro Agostinho, um dos coordenadores do curso: “É um tema que desponta e sentimos que havia esta carência (de cursos) no mercado”

Após o curso, aluno passa a ser considerado “especialista” em RPPS Para Magadar Briguet, considerada uma das maiores autoridades em questões jurídicas de RPPS no Brasil e uma das professoras da pós-graduação, o curso é um “fundamento” para quem trabalha com RPPS. “As pessoas estão hoje no regime próprio muito mais por causa da vontade de fazer alguma coisa, pois não contam com meios de desenvolver um preparo científico. No regime geral tem muita doutrina e jurisprudência formada, mas no regime próprio estamos engatinhando. Não há uma quantidade grande de livros. Só agora é que começa a surgir uma literatura específica. E este curso terá este foco.” Para a presidente da Associação Paulista das Entidades de Previdência do Estado e dos Muni-

31


Radar de Investimentos: Análise

Uma lupa

A

no mercado

revista Previdência Nacional convidou a Somma Investimentos, parceira que participa de todas as edições da publicação com a elaboração do Radar de Investimentos, a fazer um balanço mais detalhado sobre o comportamento do mercado de investimentos dos regimes próprioss neste ano. E a Somma, mais uma vez, nos brindou com um radar específico para este objetivo e uma análise de cada segmento, proporcionando um acompanhamento mais criterioso do radar ao nosso leitor. Agora você poderá conferir todo este trabalho no texto a seguir e no Radar que está nas próximas páginas. Boa leitura! 32


Em época de juros baixos e com novas perspectivas de queda, títulos atrelados à inflação tiveram o melhor desempenho nos últimos doze meses. Na renda variável, índices mais conservadores trouxeram bons resultados para as carteiras.

Renda Fixa

Em Julho de 2011, a Taxa Selic alcançou seu maior nível dos últimos anos. Daquele período até agora, a taxa saiu de 12,50% ao ano para 8,50%, uma variação de 400 pontos. A queda dos juros, somada à expectativa de continuidade deste movimento, fez com que alguns índices de renda fixa apresentassem excelentes resultados nos últimos doze meses, conforme mostra o radar. Os índices atrelados à inflação foram os que obtiveram os maiores retornos nos últimos doze meses. Entre os mais conhecidos, o IMA-B 5+, índice que possui em sua composição títulos pós-fixados com vencimento até o ano de 2050, apresentou o maior retorno, influenciado pelos papéis mais longos. Seguindo esta linha, o IMA-B, cuja carteira é composta na maioria (56%) pelo IMA-B 5+, rendeu 25,32% em doze meses, bem acima das metas dos RPPS. Os índices compostos por títulos prefixados apresentaram comportamento semelhante, porém em escala menor. O IRF-M 1+, que possui em sua composição títulos com vencimento até o ano de 2023, também se valorizou frente aos pares (IRF-M e IRF-M 1), atingindo 20,52%. Já o IRF-M 1, que possui títulos com vencimento em até um ano, valorizou-se 12,80% no período e também superou as metas dos RPPS. Mesmo assim, engana-se quem achou que o melhor investimento dos últimos doze meses foi o

IMA-B 5+ com 31,37% de alta no ano. Os índices da família IDkA IPCA chegaram a apresentar resultados entre 33% e 52% positivos, com duration de 10 a 30 anos. É bem verdade que a volatilidade destes índices vai bem além dos demais índices da família IMA, mas fundos IDkA podem ganhar espaço nas carteiras. Chamamos a atenção para o IMA Geral, que vem sendo considerado o novo CDI do mercado. Sua rentabilidade vem apresentando boa performance, uma vez que os IMAs em geral têm se valorizado. Como o IMA Geral possui em sua composição o IRF-M e o IMA-B, além do IMA-S, seu desempenho tende a ser volátil. Ainda assim, acreditamos que este indicador deva servir de “colchão” para as aplicações dos Institutos de Previdência – neste sentido, uma boa parte dos investimentos deve se concentrar neste índice, quando falamos de carteiras conservadoras e moderadas. Contudo, é muito saudável que o RPPS tenha em sua composição índices indexados à inflação, já que estes são os que mais se assemelham à meta atuarial dos Institutos. Entendemos que daqui para frente, a gestão ativa na renda fixa será muito importante na conquista pelo resultado. Neste momento em que as taxas de juros encontram-se em níveis historicamente baixos, a busca pelo melhor retorno se dará por operações de entradas e saídas em índices voláteis como o IMA-B, IMA-B 5+ e IDkAs longos. Olhando para a volatilidade, fica claro que os índices com duration maiores são os mais voláteis. O IMA-B 5+ possui uma volatilidade 3,6 vezes superior à do IMA Geral, o que significa que o retorno do IMA-B 5+ poderá ser muito superior ou muito inferior ao do IMA Geral. Este foi o caso do mês de Abril de 2012, quando o primeiro obteve valorização de 6,53% contra 2,51% do segundo. Já em outubro de 2009, o IMA-B 5+ se desvalorizou 2,65% no mês, contra um avanço de 0,22% do IMA Geral. 33


Radar de Investimentos: Análise

Renda Variável

Nos índices acionários, a volatilidade continua forte. Em 2012, o Ibovespa apresentou intensa variação: começou o ano muito bem, atingindo a máxima de aproximadamente 69.000 pontos; Naquele momento, o índice apresentava alta de 21,5% no ano, o que trouxe excelentes resultados para as carteiras. Após este movimento, o índice passou a cair, chegando aos 53.000 pontos – uma queda de quase 30% desde a máxima do ano. Desta forma, o Ibovespa passou a ter a segunda pior performance entre os índices analisados neste estudo. O radar mostra a rentabilidade de alguns índices acionários. Influenciado pela grande queda dos papéis das construtoras, o Índice Imobiliário foi o mais prejudicado. Em segundo lugar vem o Ibovespa, influenciado pelo desempenho ruim das empresas de commodities. Mas não foram todos os índices que apresentaram performance negativa: o Índice de Dividendos, composto por empresas com bom pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, valorizou-se 19,21%. Outro destaque foi o índice de Consumo, com alta de 15,23% no período - atualmente empresas como Ambev e BR Foods representam mais de 28% deste índice. Não há duvidas de que o investidor deve diversificar sua carteira de ações, principalmente dando maior ênfase aos índices que mais lhe trazem expectativa de valorização. Contudo, o que fazer com as carteiras mais concentradas nos índices tradicionais? Em março de 2012, quando o Ibovespa estava no seu melhor momento, o índice

34

Dividendos rendia aproximadamente 6% a menos. Depois, devolvendo todo o retorno conquistado, nos perguntamos: Será que com a grande queda do Ibovespa, devo manter a carteira como está ou migro para outros índices acionários? Qual deles trará o melhor retorno daqui para frente? Não se sabe, porém como cada gestor tem a sua convicção, e o mercado se move por diferentes expectativas, só o tempo dirá. No levantamento, apresentamos a volatilidade dos últimos doze meses, reforçando a tese de que os índices que mais perderam também foram aqueles com as maiores volatilidades.

Fundos

A indústria de fundos direcionada aos RPPS vem crescendo a cada ano. Para auxiliar nosso público, realizaremos breves comentários sobre o desempenho dos índices e dos segmentos de fundos como um todo. Pode-se verificar que diversas foram as estratégias adotadas pelos gestores de renda fixa, algumas se valendo de derivativos, títulos públicos longos e curtos ou até mesmo de ativos de crédito privado. Na renda variável, muitos gestores apostaram em papéis específicos (os chamados fundos de valor), fugindo da tradicional carteira do Ibovespa. Com tanta opção, cabe ao gestor do RPPS verificar algumas características dos produtos antes de realizar uma aplicação. A análise dos fundos vai bem além da leitura do regulamento, pois é preciso conhecer o histórico de produtos do gestor, verificar as medidas de risco, a performance, o comportamento do patrimônio, e o principal:


os ativos que compõem sua carteira. Nos ativos de crédito privado, vale uma atenção especial aos ratings atribuídos ao emissor, os prazos, taxa de emissão e a concentração por emissor, entre outras análises específicas de cada produto. Tudo isso pode evitar uma dor de cabeça desnecessária ao gestor do RPPS no futuro, além de preservar os recursos dos participantes. Fundos RF DI – Nos fundos DI, compostos apenas por títulos públicos federais, nota-se que aqueles que compuseram sua carteira basicamente em LFTs obtiveram resultados menores daqueles que complementaram sua estratégia com NTNs-B, NTNs-F ou LTNs, tendo em vista que o movimento de fechamento das taxas favoreceu estes papéis. Os últimos meses foram marcados pelo fato de que as LFT`s obtiveram retornos superiores, em relação ao CDI, daqueles historicamente obtidos. Este movimento ocorreu pela diminuição de emissões destes papéis por parte do Tesouro Nacional, o que impulsionou sua valorização. Os fundos que utilizam crédito privado também desempenharam bem em relação ao CDI. Os ativos que compõem estes fundos geralmente pagam prêmios superiores ao CDI, o que contribui para o alcance de seu objetivo. Fundos IMAs – Os fundos IMAs foram altamente beneficiados pelo fechamento das taxas de juros. Consequentemente, os índices com maior duration foram aqueles com o maior retorno. Desta forma, observamos que alguns fundos realizaram gestão ativa, movimentando as posições longas e curtas, a fim de obter maiores ganhos. Nos últimos doze meses (até dia 30.04.2012), o IMA-B 5+ apresentou rentabilidade de 29,16%, sendo o melhor investimento no período. O IMA-B, beneficiado pelos títulos mais longos, apresentou valorização de 23,90% enquanto o IRF-M 1+ alcançou a terceira melhor marca (19,55%). Fundos Multimercados – Nos fundos Multimercados, verificamos que aqueles com maiores volatilidades não necessariamente foram os fundos que apresentaram os melhores desempenhos em relação ao benchmark. Em cenários turbulentos, o segmento pode trazer excelentes

resultados se o gestor souber capturá-los – caso contrário, sua performance poderá ficar bem aquém das expectativas do investidor. Fundos de Renda Variável – Nos últimos doze meses, os índices acionários exibiram comportamento bastante diferente. O IEE (Índice de Energia Elétrica) apresentou o melhor desempenho, com alta de 22,34%, o SMLL (Índice Small Caps) valorizou-se 2,41%, enquanto o Ibovespa obteve performance negativa (-5,56%), o pior desempenho entre os indicadores, inclusive em vinte e quatro meses. Nos últimos meses, pôde-se acompanhar a diminuição do crescimento dos fundos indexados aos tradicionais índices de ações. Este movimento ocorre junto com o avanço dos ETFs, que devem ganhar ainda mais espaço daqui para frente. Os fundos de dividendos, em geral, foram aqueles com as melhores performances. Com o mercado de ações em baixa, os investidores buscaram proteção nos setores defensivos, puxando seus preços para cima, gerando comportamento bem diferente dos demais papéis. Ao analisar os produtos de renda variável, o gestor do RPPS deve buscar comparar o produto não apenas ao Ibovespa, mas também com o próprio benchmark do fundo. Podemos citar como exemplo os fundos de dividendos, que superaram o Ibovespa com certa facilidade, mas será que estes superaram seu próprio benchmark? Em muitos casos, não. Outra dica é o gestor avaliar os ativos da carteira do fundo, se estes possuem alguma liquidez, se fazem parte de algum índice acionário e qual a representatividade dentro do fundo. Ocorrem casos em que os papéis que recebem o maior peso na carteira do fundo são ativos com baixíssima liquidez, sendo assim, se ocorrerem resgates excessivos o fundo poderá ter que abrir mão da sua estratégia para obter liquidez. Todo o cuidado é sempre pouco! 35


Radar de Investimentos

Confira o comportamento das aplicações levantamento a seguir mostra o desempenho dos fundos de investimento destinados a Regimes Próprios de Previdência Social, um trabalho realizado pela Somma Investimentos em parceria com a revista Previdência Nacional. Os critérios, classificações e denominações estão ajustados às mais recentes mudanças de regras na área de investimentos dos regimes próprios, instituídas pela Resolução 3.922/10, do Conselho Monetário Nacional. No estudo, são apresentadas as diferentes categorias de produtos disponíveis, organizadas de acordo com a rentabilidade no último mês, a rentabilidade no ano, a rentabilidade em 12 meses e a rentabilidade nos últimos 24 meses. Também compõe o estudo a volatilidade dos fundos e o patrimônio líquido de cada um deles, com posição em 31 de abril de 2011. Introduzimos o conceito de diferença do benchmark para mostrar o desempenho relativo ao índice de referência que os gestores se propõem a acompanhar ou superar. O objetivo deste trabalho é auxiliar os gestores de Regimes de Próprios de Previdência tanto no âmbito do conhecimento sobre o funcionamento dos mercados, quanto no fornecimento de dados para a melhor alocação de recursos dentre os segmentos. Ressaltamos que o estudo não se constitui em um radar propriamente dito, pois teríamos de incluir outros elementos dentre as medidas de análise. Para a elaboração de um radar para a indústria de fundos elegíveis para Regimes Próprios de Previdência Social é necessária a definição das medidas de risco e retorno, que serão comparadas, além do intervalo de tempo a ser utilizado. No entanto, muitos fundos vinculados ao IMA não possuem um histórico mínimo para uma avaliação consistente de seus resultados. Para concluir, esperamos que este estudo sirva de fonte de informações e orientação aos gestores dos RPPS para dar suporte às decisões sobre as aplicações dos recursos previdenciários.

CDI Os fundos referenciados ao CDI são aqueles que investem em ativos denominados ativos de renda fixa, parametrizados pela taxas de juros de um dia formada dentro do mercado interbancário. Estes ativos têm como principal característica o fato de que seu rendimento e risco estão diretamente associados à variação da taxa de juros doméstica.

Os fundos de Renda Fixa do segmento CDI devem possuir em sua estrutura de ativos, obrigatoriamente, 80% (oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados diretamente ou sintetizados via derivativos, e ao fator de risco que fornece o nome, a classe do fundo - isto é, taxa de juros doméstica. Estes ativos podem ser prefixados ou pós-fixados.

IMA Os fundos referenciados ao IMA são fundos que procuram acompanhar o Índice de Mercado Anbima, ou qualquer de seus subíndices. Em nosso estudo, os fundos estão divididos nos segmentos IMA Geral, IMA B, IRF-M e IMA Híbridos. Não são avaliados os fundos IMA-S em razão da vedação imposta pela Resolução 3.922/10. No 36

segmento IMA Geral, os fundos procuram acompanhar a variação do índice composto pelos subíndices definidos pela Anbima. No segmento IMA B, os fundos procuram acompanhar ou superar o IMA B, índice composto pelas NTN-s do tipo B, em negociação no mercado de renda fixa nacional. No segmento IRF-M os fundos têm por


obrigação acompanhar ou superar o índice Anbima de renda fixa de mercado, composto apenas por títulos prefixados. No segmento Híbrido, os fundos utilizam com-

posições dentre os indicadores permitidos pela legislação no segmento de renda fixa, e definem, através de seu regulamento, seu objetivo em relação a estas composições.

Multimercados Os fundos multimercados são fundos de investimento que não possuem obrigação de concentração mínima em nenhuma classe de ativos financeiros. Os limites para aplicações dos recursos do fundo em diferentes mercados e a adoção de diferentes estratégias de investimento são definidos pela política de investimento do fundo. Estes fundos costumam utilizar a liberdade de alocação para obter retornos nos mais variados mercados, desde movimentos das variáveis macroeconômicas (taxa de Inflação, taxa de juros e taxa de câmbio), passando por significativas diferenças de preços entre ati-

vos semelhantes no mesmo mercado (ações ordinárias e preferenciais) até de distorções entre preços de moedas de diferentes países. Além disto, alguns fundos nesta categoria podem utilizar estratégias de investimento que impliquem alavancagem significativa da carteira. Para esta classe de fundo vale, mais do que em qualquer outra classe, o famoso binômio da teoria do portfólio, que trata de risco e retorno. Quanto mais arrojada e agressiva a estratégia do fundo multimercado, maior a possibilidade de retornos elevados e, consequentemente, maior o risco assumido pela carteira do fundo.

Ações Os fundos de ações constituem-se em fundos que investem diretamente, ou indiretamente, em ativos que representam partes de empresas, isto é, ações. As ações são a menor fração do capital social de uma empresa e podem ser de dois tipos. Os fundos de ações devem aplicar no mínimo 67% do seu patrimônio líquido em ações ou ativos que representem direta ou indiretamente as ações. Os fundos elenca-

dos no estudo são referenciados ao Ibovespa, IBX50 e ao IGC (Índice de Governança Corporativa). Seu desempenho é determinado pela evolução das variáveis macroeconômicas, tais como taxa de juros, taxa de câmbio e inflação, e pelos lucros das empresas investidas, pela expectativa de lucros destas empresas e, consequentemente, a distribuição destes lucros através dos dividendos aos acionistas.

FIDC´s Os FIDC´s são fundos compostos por direitos creditórios. Um direito creditório significa um contrato onde existe um direito de recebimento de um valor futuro, em razão de um crédito gerado no presente. Por exemplo, um financiamento de veículo feito por um banco a uma pessoa física ou jurídica, gera um direito creditório para o banco contra quem financiou o veículo. O banco vende este direito creditório ao fundo de investimento em direitos creditórios, o FIDC, que passa a ser o detentor deste direito. Os FIDC´s podem ser estruturados para conter direitos creditórios desde que estes sejam originados no

segmento financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arredamento mercantil, de prestação de serviços, contratos mercantis de compra e venda de produtos ou serviços para entrega ou prestação futura. Também podem conter direitos e títulos de crédito desde que reconhecidos pela Comissão de Valores Mobiliários como tais. Embora se constituam em estruturas distintas dos bancos cedentes do direito creditório, e normalmente possuam uma robusta estrutura de garantias e coberturas, o seu desempenho depende da adimplência sobre estes contratos de crédito. 37


Radar de Investimentos

Fundos com Benchmark CDI Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

14,31%

127,93%

SulAmérica Renda Fixa Ativo

2

Caixa RS TP Renda Fixa

12,22%

1,03%

109,23%

3

Caixa Brasil Títulos Públicos

11,92%

0,74%

106,60%

4

Mercatto Top Crédito Privado

11,90%

0,71%

106,35%

5

Caixa Aliança

11,88%

0,69%

106,17%

6

SulAmérica Excellence Crédito Privado

11,74%

0,55%

104,94%

7

Bradesco Premium

11,67%

0,48%

104,30%

8

Bradesco Maxi Poder Público

11,63%

0,44%

103,96%

9

Caixa Brasil Referenciado

11,58%

0,39%

103,50%

11

Santander FIC Institucional RF

11,57%

0,38%

103,39%

12

HSBC Referenciado

11,55%

0,37%

103,30%

13

BTG Pactual Yield

11,52%

0,34%

103,03%

14

Santander FIC Yield VIP Crédito Privado

11,45%

0,26%

102,36%

15

Itaú Institucional Renda Fixa

11,43%

0,24%

102,17%

16

BB RPPS FIC Perfil Renda Fixa

11,40%

0,22%

101,93%

17

BNP Paribas FIC Targus

11,39%

0,20%

101,83%

18

Unibanco Institucional

11,31%

0,13%

101,15%

19

Western FIC Large Corporate

11,30%

0,12%

101,05%

20

Concórdia Extra Crédito Privado

11,29%

0,11%

100,95%

21

Santander FIC Institucional Referenciado

11,25%

0,07%

100,60%

22

CSHG Soberano Exclusivo

11,15%

-0,03%

99,71%

23

Safra FIC Soberano Regime Próprio

11,14%

-0,05%

99,59%

24

BCSul Estrela Referenciado

11,10%

-0,08%

99,24%

25

Votorantim FIC Federal

11,08%

-0,11%

99,03%

26

BB FIC Comercial 17

11,05%

-0,13%

98,81%

27

Western FIC Soberano

10,99%

-0,19%

98,29%

28

Safra FIC Soberano Institucional

10,95%

-0,23%

97,93%

29

Caixa FIC Premium Referenciado

10,54%

-0,65%

94,20%

30

BB RPPS FIC Fluxo Renda Fixa

10,39%

-0,79%

92,91%

CDI

3,12%

% Bench

1

11,19%

Fundos com Benchmark IMA Geral Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Bench

38

Rent %

≠ Bench

% Bench

1

Bradesco Renda Fixa IMA Geral

A

17,84%

0,43%

102,45%

2

Caixa Brasil Títulos Públicos IMA Geral

A

17,57%

0,15%

100,88% 100,37%

3

BNP Paribas Spin

A

17,48%

0,06%

4

Banrisul Patrimonial

A

17,38%

-0,03%

99,82%

5

Banrisul Previdência Municipal

A

17,29%

-0,13%

99,25%

6

Banrisul Previdência Municipal II

A

17,17%

-0,25%

98,58%

7

Paraná Executivo

A

13,24%

-4,18%

76,00%

A

IMA Geral

17,42%

B

IMA Geral ex-C

17,26%


Sharpe

Volat.

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

VaR

R$ 77,36

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

3,08

0,90%

0,43%

R$ 48,82

3,12

0,30%

0,14%

R$ 202,87

-R$ 483,11

3,17

0,21%

0,10%

R$ 1.388,27

-R$ 1.374,83

7,65

0,08%

0,04%

R$ 437,63

R$ 97,26

3,15

0,20%

0,09%

R$ 386,55

-R$ 402,97

6,64

0,07%

0,04%

R$ 1.197,29

R$ 278,83

5,95

0,07%

0,03%

R$ 2.711,85

R$ 454,04

1,98

0,20%

0,10%

R$ 177,90

R$ 42,37

5,01

0,07%

0,03%

R$ 391,26

-R$ 112,63

2,47

0,14%

0,07%

R$ 89,72

R$ 18,24

3,76

0,09%

0,04%

R$ 10.392,37

-R$ 75,67

5,20

0,06%

0,03%

R$ 3.930,97

-R$ 16,19

1,94

0,12%

0,06%

R$ 369,46

-R$ 47,92

2,22

0,10%

0,05%

R$ 35,89

-R$ 11,51

4,09

0,05%

0,02%

R$ 87,37

R$ 87,14

2,17

0,08%

0,04%

R$ 413,22

-R$ 178,42

1,95

0,06%

0,03%

R$ 348,68

-R$ 108,30

1,62

0,07%

0,03%

R$ 19,29

-R$ 132,72

1,44

0,07%

0,03%

R$ 203,88

-R$ 31,56 -R$ 85,00

0,98

0,06%

0,03%

R$ 54,82

-0,59

0,05%

0,02%

R$ 248,02

R$ 8,75

-0,84

0,05%

0,02%

R$ 415,92

R$ 142,48

-1,45

0,05%

0,02%

R$ 27,57

-R$ 20,81

-1,98

0,05%

0,02%

R$ 102,73

R$ 13,66

-2,39

0,05%

0,02%

R$ 385,32

-R$ 239,38

-2,11

0,08%

0,04%

R$ 95,54

R$ 6,24

-4,22

0,05%

0,02%

R$ 403,18

R$ 147,58

-13,93

0,04%

0,02%

R$ 2,14

R$ 0,03

-12,33

0,06%

0,03%

R$ 120,55

R$ 119,19

0,00

0,06%

0,03%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

3,09

1,89%

0,90%

R$ 958,37

-R$ 23,13

2,91

1,92%

0,91%

R$ 959,08

R$ 574,06

2,77

1,99%

0,95%

R$ 299,04

R$ 55,36

2,94

1,85%

0,88%

R$ 505,82

R$ 20,51

2,86

1,87%

0,89%

R$ 385,28

-R$ 3,68

3,09

1,70%

0,81%

R$ 379,94

R$ 19,41

2,02

0,91%

0,43%

R$ 155,24

R$ 66,69

3,15

1,74%

0,83%

2,99

1,78%

0,85%

39


Radar de Investimentos Fundos com Benchmark IMA-B Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

% Bench

1

HSBC Regimes de Previdência Ativo IPCA

24,70%

0,80%

103,35%

2

Caixa FIC Novo Brasil IMA-B

24,56%

0,66%

102,76%

3

Caixa Brasil Títulos Públicos IMA-B

24,32%

0,42%

101,75%

4

Bradesco Títulos Públicos IMA-B

24,15%

0,24%

101,02%

5

BES FIX Inflation

24,07%

0,17%

100,69%

6

BNP Paribas Inflação

23,95%

0,05%

100,20%

7

Bradesco Renda Fixa IMA-B

23,75%

-0,16%

99,34%

8

Schroder RPPS IMA-B

23,69%

-0,21%

99,11%

9

Banrisul Previdência Municipal III

23,67%

-0,23%

99,04%

10

Santander FIC Títulos Públicos IMA-B

23,44%

-0,46%

98,07%

11

Itaú FIC Institucional Inflação

23,34%

-0,56%

97,65%

12

Sicredi Institucional IMA-B

23,32%

-0,58%

97,57%

13

BTG Pactual Renda Fixa IMA-B

23,28%

-0,62%

97,39%

14

SulAmérica Inflatie

23,26%

-0,64%

97,32%

15

BB Previdenciário Títulos Públicos IMA-B

23,08%

-0,83%

96,54%

16

Unibanco Índice de Preços

23,07%

-0,83%

96,53%

17

BB RPPS Atuarial Moderado Previdenciário

23,03%

-0,87%

96,36% 93,51%

18

CSHG FIC Juro Real Premium

22,35%

-1,55%

19

BRB IMA-B

22,26%

-1,65%

93,12%

20

BRA1 Renda Fixa

15,95%

-7,96%

66,72%

21

Safra FIC IMA Renda Fixa

12,88%

-11,02%

53,90%

22

Safra FIC Index

11,72%

-12,18%

49,04%

IMA-B

23,90%

Fundos com Benchmark IRF-M Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Bench

40

B

Rent %

≠ Bench 12,86%

-0,07%

1

Daycoval IRF-M 1 Previdenciário

2

Bradesco Renda Fixa IRF-M 1

B

12,80%

-0,13%

3

BB Previdenciário Títulos Públicos IRF-M

A

16,69%

-0,16%

4

Caixa Brasil Títulos Públicos IRF-M 1

B

12,70%

-0,22%

5

Bradesco Títulos Públicos IRF-M 1

B

12,67%

-0,26%

6

BNP Paribas Fix

B

12,61%

-0,31%

7

BB FIC RPPS Liquidez

B

12,60%

-0,33%

8

Santander FIC IRF-M 1 Títulos Públicos

B

12,50%

-0,43%

9

Votorantim FIC IRF-M 1+

C

19,05%

-0,50%

10

Itaú FIC Institucional Pré-Fixado

A

16,33%

-0,52%

11

Safra Executive 2

B

11,31%

-1,62%

12

BTG Pactual Fix

A

14,77%

-2,08%

A

IRF-M

16,85%

B

IRF-M 1

12,93%

C

IRF-M 1+

19,55%


Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

2,69

4,30%

2,04%

R$ 447,12

R$ 416,87

2,93

3,91%

1,85%

R$ 4.113,22

R$ 718,48

2,67

4,23%

2,01%

R$ 7.640,29

R$ 1.625,53

2,76

4,03%

1,91%

R$ 1.075,50

R$ 321,38

2,77

3,99%

1,90%

R$ 20,76

-R$ 3,97

2,58

4,25%

2,02%

R$ 386,16

R$ 193,38

2,78

3,88%

1,84%

R$ 2.440,75

R$ 445,45

2,55

4,21%

2,00%

R$ 5,64

-R$ 2,04

2,86

3,75%

1,78%

R$ 475,46

R$ 76,37

2,63

4,01%

1,91%

R$ 1.481,16

-R$ 261,18

2,64

3,96%

1,88%

R$ 1.170,82

R$ 37,30

2,91

3,59%

1,70%

R$ 128,18

R$ 0,83

2,46

4,23%

2,01%

R$ 571,10

R$ 300,85

2,73

3,81%

1,81%

R$ 872,01

R$ 535,83

2,71

3,78%

1,79%

R$ 10.616,87

R$ 931,98

2,58

3,96%

1,88%

R$ 139,35

R$ 68,87

2,71

3,77%

1,79%

R$ 2.079,84

-R$ 463,44

2,42

4,00%

1,90%

R$ 34,90

-R$ 3,79

2,76

3,46%

1,64%

R$ 78,98

R$ 31,52

2,38

1,77%

0,84%

R$ 18,20

R$ 9,36

1,49

1,02%

0,48%

R$ 237,80

R$ 16,14

0,48

1,02%

0,48%

R$ 125,92

R$ 28,66

2,75

3,97%

1,89%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

3,27

0,46%

0,22%

2,93

0,49%

0,23%

R$ 603,04

R$ 603,04

2,54

1,91%

0,91%

R$ 2.550,24

R$ 2.550,24

2,85

0,48%

0,23%

R$ 1.294,43

R$ 1.294,43

2,74

0,48%

0,23%

R$ 55,36

R$ 55,36

2,47

0,52%

0,25%

R$ 6,62

R$ 6,62

2,67

0,47%

0,22%

R$ 1.626,44

R$ 1.626,44

2,52

0,47%

0,22%

R$ 250,42

R$ 250,42

2,34

2,94%

1,39%

R$ 338,46

R$ 338,46

2,39

1,90%

0,90%

R$ 238,15

R$ 238,15

1,82

0,06%

0,03%

R$ 237,42

R$ 237,42

R$ 16,12

R$ 16,12

2,17

1,47%

0,70%

2,63

1,90%

0,90%

3,26

0,48%

0,23%

2,52

2,89%

1,37%

R$ 27,34

Fluxo em 12 meses (R$ milhões) R$ 27,34

41


Radar de Investimentos Fundos com Benchmark IMA-B 5, IMA-B 5+ e Híbridos Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Bench

Rent %

≠ Bench

% Bench

1

HSBC Regimes Previdência Ativo

C

19,48%

1,95%

111,15%

2

BTG Pactual RF IPCA

A

19,49%

1,59%

108,88%

3

Caixa Brasil Títulos Públicos IMA-B 5

A

30,03%

0,88%

103,00%

4

Icatu Vanguarda IPC Gold

B

29,08%

-0,08%

99,74%

5

Icatu Vanguarda IPC Gold Plus

A

17,78%

-0,12%

99,32%

6

Votorantim FIC Inflation

A

17,67%

-0,23%

98,71%

7

Itaú FIC Institucional Inflação 5

A

17,49%

-0,41%

97,70%

8

BB RPPS IMA B5+ Renda Fixa

B

17,33%

-0,57%

96,81%

A

IMA-B 5

17,90%

B

IMA-B 5+

29,16%

C

30% CDI + 35% IMA-B + 35% IRF-M

17,53%

Fundos de Investimento Multimercado (Vol até 0,90%) Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

% Bench

1

Capitânia FIC Multimercado Crédito Privado

14,67%

3,49%

131,17%

2

Claritas Multimercado Institucional

13,90%

2,71%

124,26%

3

Plural Capital FIC Multimercado Institucional

13,45%

2,26%

120,24%

4

Itaú Institucional Juros e Moedas FIM

12,15%

0,96%

108,60%

5

Somma FIM Multiestratégias II

12,00%

0,82%

107,29%

6

Votorantim Multimercado Eagle

12,00%

0,81%

107,25%

7

BTG Pactual Multimercado Dinâmico

11,93%

0,74%

106,66%

8

Institucional Multimercado Active Fix

11,76%

0,58%

105,16%

9

Bradesco Multimercado Plus 1

11,72%

0,54%

104,80%

10

Opus Hedge Intitucional Multimercado

11,35%

0,16%

101,45%

11,06%

-0,13%

98,88%

11

BNP Paribas Multimercado Smart CDI

11,19%

Fundos de Investimento Multimercado (Vol ≥ 0,90%) Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

% Bench

Mapfre Multimercado Inversion

14,85%

3,66%

132,72%

2

Mapfre Multimercado Inversion Institucional

13,60%

2,42%

121,62%

3

Mercatto Multimercado Institucional

12,39%

1,21%

110,78%

4

BB Regime Próprio Multimercado

12,25%

1,06%

109,48%

5

Concórdia Multimercado

11,94%

0,75%

106,72%

6

Votorantim Multimercado Dinâmico

11,26%

0,07%

100,64%

7

Modal Multimercado Institucional

11,00%

-0,19%

98,34%

8

Caixa Multimercado Brasil

10,26%

-0,93%

91,71%

9

Safra Multimercado Carteira Institucional

10,16%

-1,02%

90,87%

10

Grau Savana Multimercado

9,86%

-1,33%

88,14%

11

Infinity Multimercado Institucional

8,01%

-3,17%

71,62%

12

Bradesco Multimercado GP Conservador

6,06%

-5,13%

54,13%

5,04%

-6,14%

45,10%

13

Bradesco FIC Multimercado GP Moderado CDI

42

≠ Bench

1

11,19%


Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

2,76

2,62%

1,24%

R$ 422,00

-R$ 150,24

2,57

2,82%

1,34%

R$ 874,48

R$ 337,13

2,65

5,97%

1,01%

R$ 1.265,23

R$ 822,41

2,56

5,91%

2,81%

R$ 189,86

R$ 79,90

2,62

2,21%

1,05%

R$ 459,35

R$ 229,49

2,61

2,18%

1,05%

R$ 591,17

R$ 264,04

2,60

2,13%

1,04%

R$ 2.874,57

R$ 2.013,82

R$ 1.275,16

R$ 1.275,09

2,45

2,21%

2,84%

2,68

2,20%

1,04%

2,58

5,88%

2,79%

2,86

1,95%

0,92%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

6,17

0,50%

0,24%

R$ 189,30

3,16

0,77%

0,36%

R$ 468,66

R$ 24,93

2,62

0,77%

0,37%

R$ 149,04

R$ 111,37

4,02

0,21%

0,10%

R$ 54,30

R$ 29,97

2,08

0,35%

0,17%

R$ 10,51

R$ 4,76

2,65

0,27%

0,13%

R$ 71,04

-R$ 26,80

3,67

0,18%

0,09%

R$ 212,85

-R$ 93,39

4,27

0,12%

0,06%

R$ 1.452,39

R$ 460,82

1,83

0,26%

0,13%

R$ 93,71

-R$ 19,30

0,19

0,79%

0,37%

R$ 175,98

-R$ 95,47

R$ 16,20

-R$ 31,81

-0,13

0,83%

0,39%

0,00

0,06%

0,03%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

R$ 27,25

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

2,19

1,48%

0,70%

R$ 456,00

-R$ 1,22

0,98

2,22%

1,05%

R$ 0,51

-R$ 30,86

0,68

1,60%

0,76%

R$ 136,95

-R$ 48,61

1,00

0,95%

0,45%

R$ 20,88

-R$ 90,22

0,59

1,16%

0,55%

R$ 100,86

R$ 12,22

0,07

0,95%

0,45%

R$ 5,01

-R$ 14,87

-0,17

0,93%

0,44%

R$ 15,95

-R$ 77,64

-0,60

1,38%

0,66%

R$ 2,25

-R$ 4,87

-0,96

0,95%

0,45%

R$ 473,03

-R$ 549,34

-0,44

2,64%

1,26%

R$ 34,22

R$ 3,27

-2,07

1,40%

0,66%

R$ 126,06

-R$ 117,37

-1,30

3,58%

1,70%

R$ 34,88

-R$ 24,20

R$ 69,78

-R$ 44,71

-1,03

5,39%

2,56%

0,00

0,06%

0,03%

43


Radar de Investimentos Fundos com Benchmark Ibovespa Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

% Bench

10,94%

16,51%

-196,67%

Plural Capital FIC Ações

9,53%

15,09%

-171,30%

Humaitá FIA Value

9,22%

14,79%

-165,77%

4

XP FIA Investor

8,75%

14,32%

-157,34%

5

HSBC FIC Ibovespa Regimes de Previdência

4,93%

10,49%

-88,61%

6

Itaú RPI Ibovespa Ações Ativo

2,86%

8,42%

-51,38%

7

Claritas FIA Ações

-1,02%

4,54%

18,42%

8

Geração FIA

-4,43%

1,13%

79,64%

9

Santander FIA Institucional Ibovespa

-4,48%

1,09%

80,48%

10

Opus Ações FIA

-5,26%

0,31%

94,50%

11

Bradesco FIA Plus Ibovespa

-5,87%

-0,31%

105,59%

12

Mercatto Gestão Fundamentalista Ações

-6,22%

-0,66%

111,79%

13

Unibanco FIA Ibovespa Index

-6,51%

-0,95%

117,05%

14

HSBC FIA Top

-7,18%

-1,61%

129,02%

15

Votorantim Ações

-7,57%

-2,01%

136,05%

16

Safra FIA Indicial

-7,67%

-2,10%

137,81%

17

Itaú Institucional Ibovespa Ativo Ações

-7,68%

-2,11%

138,00%

18

Safra Ações

-8,16%

-2,59%

146,64%

19

Infinity FIA Selection

-8,27%

-2,70%

148,62%

20

HSBC FIA Ações Plus Ibovespa

-8,39%

-2,83%

150,89%

21

Mercatto Estratégia Ações

-8,77%

-3,21%

157,67%

22

BB FIC Ações Ibovespa

-9,11%

-3,54%

163,66%

23

GWI FIA Classic

-9,55%

-3,99%

171,73%

24

Banrisul FIA Índice

-10,66%

-5,09%

191,57%

Rio Institucional Previdenciário Ibovespa

-14,68%

-9,12%

263,89%

Ibovespa

-5,56%

1

Concórdia Ações

2 3

25

Fundos com Benchmark Ibovespa - Estratégias Variadas Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

% Bench

1

Legg Mason FIC Dividend Yield

23,83%

29,39%

-428,33%

2

Marlim FIA Dividendos

16,80%

22,37%

-302,05%

3

Geração Futuro Dividendos FIA

15,41%

20,98%

-277,03%

4

HSBC FIA Dividendos

11,44%

17,00%

-205,56%

5

Safra FIA Infraestrutura

-3,64%

1,92%

65,50%

6

Safra FIA Construção Civil

-14,01%

-8,44%

251,78%

Ibovespa

-5,56%

Fundos com Benchmark IBX-50 Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

44

≠ Bench

% Bench

0,92%

3,74%

-32,73%

-5,75%

-2,93%

203,83%

-7,83%

-5,01%

277,43%

-10,50%

-7,68%

372,07%

1

BTG Pactual FIA Dinâmico

2

SulAmérica FIA Pension IBrX Ativo

3

Caixa FIA Brasil IBX-50

4

Schroder FIA Previdenciário IBrX-50

5

Votorantim Ações IBrX

-12,03%

-9,21%

426,46%

6

FIA Desterro IBrX-50

-14,41%

-11,59%

510,61%

IBX-50

-2,82%


Sharpe

Volat. 0,10

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

VaR

22,46%

10,66%

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

R$ 20,38

R$ 4,77 -R$ 10,29

0,05

22,49%

10,68%

R$ 17,09

-0,03

16,30%

7,74%

R$ 40,69

-R$ 5,77

0,03

24,56%

11,66%

R$ 233,87

-R$ 24,49

-0,24

17,56%

8,34%

R$ 287,65

R$ 133,43

-0,28

20,38%

9,68%

R$ 573,31

R$ 159,83

-0,45

21,01%

9,98%

R$ 17,58

R$ 1,68

-0,59

21,70%

10,31%

R$ 102,78

-R$ 14,38

-0,53

23,60%

11,21%

R$ 105,01

-R$ 6,30

-0,61

22,22%

10,55%

R$ 96,48

-R$ 17,08

-0,54

25,04%

11,89%

R$ 129,52

-R$ 7,58

-0,58

24,34%

11,56%

R$ 141,05

R$ 19,12

-0,57

25,02%

11,88%

R$ 2,39

-R$ 14,49

-0,61

24,54%

11,66%

R$ 103,80

-R$ 20,67

-0,65

23,90%

11,35%

R$ 6,46

-R$ 11,38

-0,62

24,88%

11,82%

R$ 13,23

-R$ 1,76

-0,66

23,98%

11,39%

R$ 7,18

-R$ 1,62

-0,73

22,67%

10,76%

R$ 28,68

-R$ 9,84

-0,75

22,33%

10,61%

R$ 32,10

-R$ 3,49

-0,69

24,03%

11,41%

R$ 34,97

-R$ 15,59

-0,49

30,89%

14,67%

R$ 170,94

-R$ 23,97

-0,67

25,27%

12,00%

R$ 183,70

-R$ 32,97

-0,67

25,69%

12,20%

R$ 57,50

-R$ 15,79

-0,76

24,75%

11,75%

R$ 13,51

-R$ 2,29

R$ 54,34

R$ 14,23

-1,14

21,26%

10,10%

-0,53

25,05%

11,89%

Sharpe

Volat.

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

VaR

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

0,88

13,20%

6,27%

R$ 46,70

R$ 42,70

0,49

11,24%

5,34%

R$ 221,45

R$ 99,48

0,31

16,93%

8,04%

R$ 132,99

R$ 68,12

0,10

16,42%

7,80%

R$ 142,49

R$ 32,29

-0,53

22,30%

10,59%

R$ 22,75

-R$ 5,92

-0,62

32,66%

15,51%

R$ 17,98

-R$ 10,37

-0,53

25,05%

11,89%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

-0,33

22,17%

10,53%

R$ 88,57

-0,62

22,51%

10,69%

R$ 20,61

-R$ 19,89 R$ 13,93

-0,69

23,14%

10,99%

R$ 150,77

-R$ 11,92

-0,73

25,43%

12,07%

R$ 137,02

-R$ 23,37

-0,86

23,90%

11,35%

R$ 3,71

-R$ 8,13

-1,13

21,17%

10,05%

R$ 19,70

R$ 0,29

-0,46

23,47%

11,14%

45


Radar de Investimentos Fundos com Benchmark IBX Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

% Bench

18,21%

17,89%

5572,98%

1,76%

1,43%

537,25%

1

Icatu Vanguarda Dividendo Ações

2

Oceana Valor FIA

3

BNP Paribas FIA Ace IBrX

0,35%

0,02%

106,45%

4

Bradesco FIA Institucional IBX Ativo

-0,78%

-1,11%

-239,11%

5

Itaú Institucional IBrX Ativo Ações

-1,04%

-1,36%

-317,44%

6

Santander FIA Institucional IBrX Ativo

-3,40%

-3,73%

-1040,80%

7

BB FIC Ações IBrX

-4,80%

-5,13%

-1469,34%

8

Safra FIA Large Cap

-6,59%

-6,92%

-2016,14%

9

Banrisul FIA Ações

-9,26%

-9,59%

-2833,47%

10

Banrisul FIA Infra-Estrutura

-11,51%

-11,84%

-3522,95%

Banrisul FIA Performance

-16,92%

-17,25%

-5177,47%

11

IBX

0,33%

Fundos com Outros Benchmarks Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Bench

Rent %

≠ Bench

% Bench

1

Votorantim Vision Institucional Ações

A

11,73%

9,32%

486,07%

2

Bradesco FIA Governança Corporativa

D

1,94%

-0,02%

98,83%

3

Safra FIA Small Cap

A

-0,27%

-2,69%

-11,31%

4

BB FIA RPPS Governança

D

-1,22%

-3,18%

-62,00%

5

Safra FIA Setorial Bancos

B

-6,33%

-5,24%

578,24%

6

Itaú FIA Governança Corporativa

D

-3,93%

-5,89%

-199,90%

7

Banrisul FIA Governança Corporativa

D

-7,03%

-9,00%

-358,16%

C

10,17%

-12,17%

45,53%

8

Safra FIA Setorial Energia

A

SMLL

2,41%

B

IFNC

-1,10%

C

IEE

22,34%

D

IGC

1,96%

Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Nome do Fundo

Rent. em 12 Meses Rent %

≠ Bench

% Bench

1

TrendBank Multicredit FIDC

13,58%

2,40%

121,44%

2

BCSul FIDC Verax Crédito Consignado II

13,10%

1,92%

117,14%

3

Ourinvest FIDC Suppliercard Sênior 1

12,98%

1,80%

116,07%

4

Caixa Panamericano FIDC Master CDC Veículos

12,62%

1,44%

112,86%

5

BCSul FIDC Verax CPP 360

12,62%

1,44%

112,86%

6

BCSul FIDC Verax CPP 180

12,38%

1,20%

110,72%

7

Panamericano FIDC CDC Veículos

12,15%

0,96%

108,60%

8

BV FIDC Sênior I

11,32%

0,13%

101,17%

CDI

11,19%

As informações foram obtidas a partir de fontes públicas ou privadas consideradas confiáveis, cuja responsabilidade pela correção e veracidade não é assumida pela QUANTUM, pelo titular desta marca ou por qualquer das empresas de seu grupo empresarial. As informações disponíveis,nãodevem serentendidascomocolocação,distribuição ouofertadefundode investimento ou qualquer outro valor mobiliário.Fundos de investimento não contam com a garantia do Administrador do fundo, Gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro

46


Sharpe

Volat.

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

VaR

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

0,44

17,24%

8,18%

R$ 93,86

R$ 39,02

-0,27

22,88%

10,87%

R$ 160,23

R$ 72,29

-0,36

21,96%

10,43%

R$ 176,62

R$ 43,97

-0,43

21,38%

10,15%

R$ 189,26

-R$ 20,90

-0,42

22,08%

10,49%

R$ 29,68

-R$ 61,15

-0,52

22,17%

10,53%

R$ 9,32

-R$ 1,64

-0,58

22,49%

10,68%

R$ 189,07

-R$ 29,36

-0,72

21,19%

10,06%

R$ 17,26

-R$ 5,66

-0,80

22,26%

10,57%

R$ 24,72

-R$ 3,88

-0,80

24,68%

11,72%

R$ 29,71

-R$ 10,94

R$ 11,84

-R$ 4,05

-0,95

26,95%

12,80%

-0,35

22,09%

10,49%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

0,12

18,80%

8,93%

R$ 6,71

R$ 5,56

-0,32

20,73%

9,84%

R$ 36,35

-R$ 17,02

-0,42

20,63%

9,80%

R$ 111,68

-R$ 26,44

-0,45

21,12%

10,03%

R$ 275,99

-R$ 22,09

-0,58

24,36%

11,57%

R$ 83,01

-R$ 26,60

-0,56

21,85%

10,38%

R$ 257,75

-R$ 81,27

-0,67

22,89%

10,87%

R$ 0,95

-R$ 1,49

R$ 29,77

-R$ 7,54

0,02

15,40%

7,31%

-0,29

21,04%

9,99%

-0,36

24,44%

11,61%

0,77

13,53%

6,42%

-0,30

21,38%

10,15%

Sharpe

Volat.

VaR

Patrimônio Líquido (R$ milhões)

Fluxo em 12 meses (R$ milhões)

30,95

0,07%

0,03%

R$ 114,52

25,65

0,07%

0,03%

R$ 144,84

R$ 20,09 R$ 0,00

24,27

0,07%

0,03%

R$ 196,49

-R$ 22,58

19,97

0,06%

0,03%

R$ 337,53

-R$ 337,80

19,97

0,06%

0,03%

R$ 138,02

-R$ 220,02

16,97

0,06%

0,03%

R$ 31,26

R$ 0,82

13,88

0,06%

0,03%

R$ 29,35

-R$ 85,97

1,91

0,06%

0,03%

R$ 166,14

-R$ 90,97

0,00

0,06%

0,03%

ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos FGC. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento. Os valores exibidos estão em Real (BRL). Fonte: Quantum Axis.

47


Serviço • Lista de entrevistados

Eis os dados para contato com as pessoas entrevistadas nas

reportagens desta edição de Previdência Nacional. Se encontrar alguma dificuldade, por favor entre em contato conosco: previdencianacional@patriaeditora.com.br

Adolfo Jimenez (Pág. 8) OISS Telefone: (34) 91561-1747 Baldur Schubert (Pág. 18) OISS Tel: (61) 3313-4376 Cid Bertozzo Pimentel (Pág. 19) MPS Telefone: (61) 2021-5778 Carlos Garavelli (Pág. 8) OISS Telefone: (5411) 4381-8473 Demetrius Hintz (Pág. 8) Abipem/Conaprev Telefone: (48) 3229-2689 Gustavo Barbosa (Pág. 14) Rioprevidência Telefone: (21) 2332-5757 Jaime Mariz (Pág. 16) MPS Telefone: (61) 2021-5000 Jorge M. Ricca (Pág. 22) BB DTVM Telefone: (21) 3808-7647

48

José Anchieta Batista (Págs. 22) Acre Previdência Telefone: (68) 3212-7700

Paulo Di Blasi (Pág. 22) Ibmec/FGV Telefone: (21) 2503-3483

José Augusto Ferreira de Carvalho (Pág. 28) Acip Telefone: (27) 3361-8260/8255

Rejani Cristina Kruczewski (Pág. 22) FozPrev Telefone: (45)3523-5393 rejani@uol.com.br

Leonardo Rolim Guimarães (Pág. 14) MPS Telefone: (61) 2021-5236

Sérgio Oliveira Bini (Pág. 22) CEF Telefone: (11) 3555-6440

Lúcia Helena Vieira (Págs. 8 e 30) Apeprem Telefone: (11) 4125-7614

Theodoro Vicente Agostinho (Pág. 30) Advogado Telefone: (11) 3062-6808

Majoly Hardy (Pág. 21) IPMC Telefone: (41) 3350-3661

Valter do Carmo Corrêa (Pág. 22) Ipred Telefone: (11) 4043-3779

Magadar Briguet (Pág. 30) Abipem Tel: (61) 3323-4803

Valnei Rodrigues (Págs. 8) Abipem Telefone: (51) 3594-9162

Nancy Abadia (Pág. 28) MPS Telefone: (61) 2021-5481 Otoni Gonçalves Guimarães (Pág. 22) MPS Telefone: (61) 2021-5776



Agenda

Agenda de eventos da Abipem e da Apeprem

C

Agosto A - Seminário Sudeste Abipem (*) São Paulo - SP A - 6º Encontro Temático Jurídico da Apeprem 20 e 21 São Paulo - SP Outubro B - Seminário Centro-Oeste Abipem (*) Brasília - DF Novembro C - Seminário Norte Abipem (*) Manaus - AM A - 31º Encontro de Previdência da Apeprem 20 e 21 Piracicaba - SP (*) Data a ser definida

50

B

A


OS NÚMEROS COMPROVAM Presente em mais de 170 clientes; Entre 6 Governos de Estado; Em 6 capitais e diversos municípios distribuídos em 22 Unidades Federativas.

ABRANGÊNCIA SUPERLATIVA

Clientes Estados Clientes Capitais Clientes Municípios

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