Revista A Palavra - Julho

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ANUNCIO PAGINA INTEIRA

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Louvado Sejas!

A VIOLÊNCIA QUE ESTÁ NO

CORAÇÃO HUMANO FEIRIDO PELO PECADO

“LAUDATO SI’, mi’ Signore – Louvado sejas, meu Senhor”, cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: “Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras”. Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que “geme e sofre as dores do parto” (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.

Nada deste mundo nos é indiferente Mais de cinquenta anos atrás, quando o mundo estava oscilando sobre o fio duma crise nuclear, o Santo Papa João XXIII escreveu uma encíclica na qual não se limitava a rejeitar a guerra, mas quis transmitir uma proposta de paz. Dirigiu a sua mensagem Pacem in terris a todo o mundo católico, mas acrescentava: e a todas as pessoas de boa vontade. Agora, à vista da deterioração global do ambiente, quero dirigir-me a cada pessoa que habita neste planeta. Na minha exortação Evangelii Gaudium, escrevi aos membros da Igreja, a fim de mobilizá-los para um processo de reforma missionária ainda pendente. Nesta encíclica, pretendo especialmente entrar em diálogo com todos acerca da nossa casa comum. Trecho da Encíclica Louvado Seja, lançada pelo Papa Francisco no final de junho Confira a o texto na íntegra em http://w2.vatican.va/

Editorial “Era peregrino e me acolhestes” No mês de abril lembramos aqui na Revista A Palavra como Brusque tem recebido migrantes nos últimos meses. Desde aqueles que mudam de Estado até os que vêm de outros países, como é o caso dos haitianos. Em maio, Santa Catarina recebeu dezenas de haitianos e senegaleses vindos direto do Acre, onde estavam sem trabalho. Essa migração ainda não parou e eles continuam a chegar. A prefeitura de Florianópolis, por exemplo, se prepara para receber mais pessoas após aviso do governo do Acre de que mais ônibus viriam para o Sudeste e Sul do país no início de julho. E o que devemos fazer diante disso? Sabemos que nosso país passa por uma crise muito grande e que não está fácil para ninguém. Contudo, não será isso que fará nossos braços se cruzarem pewww.paroquiasaoluisgonzaga.com

rante aqueles que nesse momento precisam muito de nós cristãos. O que Jesus faria em nosso lugar? Reflitamos: “Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso [...] Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim [...].Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 31- 40).


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Edição

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GIRO PELA IGREJA

06 e 07

A EXPERIÊNCIA DA ORAÇÃO

08

AÇÃO SOCIAL: UNIÃO DE ESFORÇOS PELO PRÓXIMO

09

A MISSÃO DE LEVAR JESUS ÀS PESSOAS

10

O APÓSTOLO DO AMOR

15

UM ANO PARA A JMJ DA CRACÓVIA

16

ENCONTRÃO DOS COROINHAS REÚNE 300 CRIANÇAS

17

MISSA DIFERENTE PARA CATEQUIZANDOS

Horário das missas

05

SINCERO 12 a 14 ODADOM AMIZADE

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JUNHO DE FESTAS NA PARÓQUIA

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KIDS

MATRIZ SÃO LUÍS GONZAGA De segunda-feira a sábado – 19h Domingo – 7h, 9h, 17h e 19h 1ª sexta-feira do mês – 7h 2ª terça-feira do mês – Missa da Saúde – 15h30 Última quinta-feira do mês – Missa com os jovens – 22h30 Adoração ao Santíssimo Sacramento Quintas-feiras – 6h30 às 18h30 Todo 21 de cada mês – Missa devocional a São Luís Gonzaga – 12h

COM. CRISTO REI (R. Carlos Henrique Bruns, s/n - Bairro São Luiz) 1ª sexta-feira de cada mês – 19h Domingo – 8h30

COM. NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (Rua Waldir Walendowsky,149 - Bairro Jardim Maluche) Sexta-feira – 19h Sábado – 18h Domingo – 9h Dia 13 de cada mês – 19h

COM. NOSSA SENHORA APARECIDA ( Guilherme Steffen, s/n - Bairro Steffen) 1ª sexta-feira de cada mês – 19h Sábado – 19h Dia 12 de cada mês – 19h

COM. SANTA RITA (R. Marechal Floriano, 55 - Bairro Santa Rita) 1ª sexta-feira do mês – 19h Sábado – 19h Dia 22 de cada mês – 19h

COM. NOSSA SENHORA DE LOURDES (R. São Pedro s/n - Bairro São Pedro) 1ª sexta-feira de cada mês – 19h Sábado – 19h Dia 11 de cada mês – 19h

COM. SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (R. Ernesto Bianchini, 225 - Bairro Guarani) 1ª sexta-feira de cada mês – 19h Sábado – 19h COM. SÃO JOÃO BATISTA (R. Pedro Fantoni, s/n - Bairro Bateas) Domingo – 8h

COM. SANTO ANTÔNIO (R. Geral Volta Grande - Bairro Volta Grande) Domingo – 8h30 Dia 13 de cada mês – 19h30 1ª sexta-feira do mês – 19h30 COM. SÃO JOSÉ (R. Ministro Lindolfo Collor,123 - Bairro 1º de Maio) 1ª sexta-feira do mês – 19h Sábado – 17h30 Dia 19 de cada mês – 19h COM. SANTA PAULINA (Travessa Lagoa Dourada - Bairro Souza Cruz) Sábado – 19h 1ª sexta-feira do mês – 19h Dia 09 de cada mês - 19h COM. SÃO FRANCISCO DE ASSIS (R. Profª Solange Margô Gomes, s/n - Bairro Cerâmica Reis) 2º e 4º domingo do mês – 9h

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5 GIRO PELA IGREJA

Divulgação

84 ANOS DO MARTÍRIO DA BEATA ALBERTINA BERKENBROCK No mês de junho a Igreja recordou os 84 anos do martírio da Beata Albertina. Aos 12 anos ela foi assassinada por tentar preservar sua pureza espiritual e corporal. Vinda de uma família de agricultores, desde criança foi criada na fé se tornando muito sensível ao Senhor.

PAPA FRANCISCO LANÇA ENCÍCLICA LAUDATO SI Divulgação

Atento aos últimos desastres ambientais e também a forma como a natureza tem sido degrada, o Papa Francisco lançou no dia 18 de junho a Encíclica Laudato Si. O pontífice quer através dessa mensagem convocar todos os católicos a tomar a frente nas questões ambientais, já que a natureza é criação do Senhor e deve ser preservada pelo ser humano.

Divulgação

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI No início do mês de junho toda Igreja viveu a Solenidade de Corpus Christi, e na Paróquia a Celebração foi muito bela. Todas as comunidades confeccionaram tapetes para que após a Santa Missa pudesse acontecer a procissão e a benção com Jesus Eucarístico.

Você tem alguma opinião, sugestão ou reclamação a fazer?

Escreva para a revista A PALAVRA jornalismo@dominuscomunicacao.com www.paroquiasaoluisgonzaga.com


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ENTREVISTA

A experiência da oração Eduarda Alves / Pascom

Lúcio Afonso Thomas testemunha sua experiência com as Oficinas

Ensinar a conversar com Deus por meio da oração é um dos objetivos da Oficina de Oração e Vida. Com base nos textos bíblicos, as sessões das oficinas levam os participantes a orarem e meditarem a Palavra de Deus para buscarem respostas na sua vida. Esta nova forma de evangelização foi fundada pelo Frei espanhol Ignácio Larrañagae e aprovada pela Santa Sé. Hoje tem diversos participantes jovens e adultos no mundo todo. Em Brusque dezenas de pessoas também participam dessas oficinas. A Palavra conversou com um dos participantes, o empresário do ramo da construção civil Lúcio Afonso Thomas, que testemunha sua mudança de vida por meio da oração.

minha esposa, minhas duas filhas e nosso neto - e agradecemos tudo que aconteceu no dia. Pedimos uma boa noite de sono e suplicamos por todas as pessoas que conhecemos e que têm dificuldades. AP- Mas quem era você antes e quem é você hoje a partir dessa experiência? LT – Eu já rezava, mas hoje eu rezo de uma forma diferente. Antes eu fazia uma oração mais decorada e hoje uma oração mais pedindo a benção de Deus, uma oração mais de conversa com Deus. Perdi muito a preocupação que tinha. Saía de casa e não conseguia ficar tranqüilo até mesmo com as coisas que aconteciam em casa. Hoje saio e sei que Deus está cuidando. AP – Houve também uma mudança na relação com as pessoas de fora de casa? Trabalho, por exemplo... LT – Eu era uma pessoa muita agitada e muita nervosa, muito ansiosa. Na Oficina de Oração tem um tema onde é questionado: “o que Jesus faria na situação que você está passando?”. Pensando nisso, eu vivi uma situação muito delicada, que de certa forma tive vontade de agredir uma pessoa no qual fiz um negócio e a pessoa não cumpriu. Mas depois, quando a pessoa chegou até mim, eu me senti tão calmo como se tivesse abraçado a Jesus, como se estivesse fazendo o que Ele faria. Eu deixei Jesus agir naquele momento em meu lugar. AP – Quais as práticas que também foram adotadas após as Oficinas? Você começou a participar mais da comunidade? – LT- Eu participo da Missa praticamente todos os domingos. Só pela eventualidade de alguma viagem que a gente não participa. Nós temos o coral Cristo Rei, no Matheus Reis /AP

A Palavra – O que foi a experiência com as Oficinas de Oração e Vida para você? Lúcio Thomas - A Oficina de Oração e Vida ensina e mostra o caminho para pessoa orar pessoalmente e orar dentro de casa com a família. Ela nos dá uma direção certa. Antes em casa nós não praticávamos, por exemplo, a oração juntos todos os dias. Hoje nós conseguimos tomar o café da manhã e agradecer orando, nós almoçamos juntos orando e até mesmo antes de dormir, nós rezamos. Antes cada um ia dormir sem orar, hoje nós nos ajoelhamos todos em volta de uma cama - eu,

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ENTREVISTA

Matheus Reis / AP

qual fui presidente durante dois anos, então nós participávamos sempre da Missa. Só que a gente começa a ver a Missa de outra forma, né?! A gente vê a Missa não como uma tradição apenas, mas vê a Celebração; vai à Missa pra ver o que Deus tem pra dizer em cada leitura. O que Deus nos coloca pra melhorarmos durante a semana toda. Isso não ocorria antes. Passamos a amar mais a Palavra de Deus. AP - E você indicaria a Oficina de Oração e Vida para outras pessoas? LT– Eu indicaria porque é uma mudança muito grande. A pessoa estar com Jesus e sem Jesus é uma mudança muito grande. Aprender a obter o sentimento da conversa com Jesus é uma mudança muito grande. A pessoa fica mais calma, a pessoa deixa mais Deus agir na sua vida. A partir dessa experiência com Jesus nós também fazemos uma experiência com o dízimo que também é uma grande coisa. Quando se faz uma experiência com o dízimo, a vida da pessoa muda por completo, a pessoa não tem mais aquela ansiedade, aquela preocupação, aquele medo de

as coisas não acontecerem porque quando você devolve o dízimo é uma gratidão que você dá pelo que você ganha. O dízimo é uma forma de retribuir tudo que Deus nos dá. Afinal, tudo que é nosso é de Deus e tudo foi feito para Deus. Jesus sabe de todas as nossas necessidades, Ele sabe do que nós precisamos.

NINGUÉM NASCE

PADRE OREMOS PELAS VOCAÇÕES!

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EM SAÍDA

Pastoral da Ação Social:

união de esforços pelo próximo

Por Matheus Reis

Grupo de voluntários é responsável por doações na Paróquia Eduarda Alves / Pascom

que é necessário e nem sempre chega pela doação. “Na Palavra de Deus, Jesus lembra que serão benditos aqueles que viram o faminto e deram de comer, o que tinha sede e deram de beber, viram o nu e o vestiram. É focando nisso que realizamos nosso trabalho. Buscando fazer a vontade de Deus”, reitera Lídia.

No inverno o trabalho da Pastoral dobra para recolher e doar os agasalhos.

GRUPOS DE MÃES E IDOSOS

São Tiago em sua epístola lembra que a fé sem obras é morta em si mesma (cf. Ti 2,17). Portanto, cabe a nós cristãos mostrarmos nossa fé também através de gestos concretos, seja pela doação àqueles que precisam ou apenas por uma palavra de conforto. Dentre as diversas pastorais da Igreja, a Ação Social é uma das que se dedica diretamente aos mais necessitados, sobretudo, de auxílio material. Na Paróquia São Luís Gonzaga um grupo de voluntários trabalha em sede própria diariamente para garantir mais dignidade às pessoas. Em 2014 foram mais de 34 mil peças de roupas e 8 mil quilos de comida doados por esta Pastoral. Neste ano mais de mil pessoas já foram beneficiadas, somando até o mês de junho cerca de 13.300 peças entregues. Contudo, o trabalho continua. Ivana Deichmann faz parte do grupo de voluntários e, segundo ela, o trabalho da Pastoral cresce semanalmente. “As famílias necessitadas vêm ao nosso encontro porque sabem que vão encontrar auxílio. São moradores de rua, pessoas que precisam de roupas, comida, gás e, ultimamente, muitos migrantes que têm passado pela nossa cidade”, conta Ivana.

Dentro da Pastoral de Ação Social também há grupos de mães e idosos em todas as comunidades da Paróquia. O Grupo Esperança I se reúne semanalmente para costurar e produzir enxovais de bebê. Nele também há formação para as gestantes com temas que vão desde o cuidado com a saúde do bebê até os valores da família. Já a Liga Santa Isabel trabalha com costura e bordados que posteriormente são vendidos e a renda dividida entre a Paróquia, hospitais, escolas e Apae, por exemplo.

A Pastoral auxilia mensalmente 18 famílias com cesta básica. No entanto, são aproximadamente 50 quilos de comida doados por dia. Mas nessa época do ano a necessidade muda muito. Com a chegada do inverno, as baixas temperaturas na região de Brusque exigem que as pessoas se agasalhem mais, porém, nem todos têm condições para isso. O auxílio também vem do grupo de Ação Social. De acordo com a coordenadora da Pastoral, Lídia Mafra Maçaneiro, grande parte da comunidade desconhece a importância desse trabalho, acreditando que cabe somente à prefeitura o auxílio. Por outro lado, ela destaca que muitas empresas e entidades ajudam. “No ano passado a Associação Empresarial de Brusque (ACIBR) doou 375 peças de roupas. Além deles as empresas realizam palestras e eventos beneficentes e depois revertem para nós”, pontua a coordenadora. “Para este ano, acreditamos que não será diferente”, acrescenta. Algumas vezes ao ano a Pastoral também realiza bazares com valores simbólicos buscando reverter a verba adquirida em compra de alimentos, gás, fraldas e aquilo

PROJETOS 2015 Pelo menos dois projetos são estudados neste ano na Pastoral. Um deles, mais próximo de ser aprovado, é a construção de um elevador que auxilie no transporte dos donativos. O outro, que ainda está em tempo de análise, é a reforma interna que servirá para adequar a atual sede da Ação Social, organizando no local as separações dos donativos.

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EM SAÍDA

A missão de levar Jesus às pessoas Por Matheus Reis

Ministros da Sagrada Comunhão partilham o prazer do serviço realizado na Igreja Brenda Pereira / Pascom

Ela acredita que o serviço traz mais conhecimento sobre o catolicismo, além da compreensão maior da Bíblia e o mistério de fé da transformação do pão e vinho em Corpo e Sangue de Cristo. “O ministério é uma catequese, minha fé se fortalece a cada dia neste trabalho”, relata. Além disso, a jovem, hoje com 33 anos e que iniciou o ministério com 27, testemunha que Deus honra o seu trabalho. “Tenho uma vida abençoada por Deus e uma família maravilhosa. Depois que iniciei no Ministério não me falta tempo, consigo realizar todas as minhas atividades. Sou agraciada por Deus todos os dias”, pontua.

COMUNHÃO AOS DOENTES A distribuição da sagrada comunhão é apenas um dos trabalhos da missão

“Eu sinto que tenho uma grande responsabilidade nas mãos e ao mesmo tempo uma felicidade imensa em poder contribuir na Messe do Senhor”, partilha Viviane Dallagnoli Habitzreuter, que há seis anos serve a Deus e à Igreja como Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão. Na Paróquia São Luís Gonzaga, assim como ela, há dezenas de pessoas que são responsáveis pela distribuição do Santíssimo Sacramento nas Santas Missas e também àqueles que não podem participar das Celebrações, como os doentes. Viviane atua hoje na Comunidade Nossa Senhora de Lourdes, no bairro São Pedro. Antes de aceitar o convite ao ministério ela relutou. “Fui convidada pela coordenadora dos ministros na época, dona Clara Fischer junto com o Padre

Aléssio. Minha primeira resposta foi negativa, não me considerava digna de efetuar um trabalho tão importante na minha comunidade, muito menos de carregar o Santíssimo Corpo de Cristo. No entanto, com carinho eles me orientaram sobre estas questões e depois de muita oração aceitei o convite”, destaca. Seu Ivo de Souza coordena os ministros da Matriz e, segundo ele, a gratuidade, a dedicação sem esperar nada em troca e a generosidade são essenciais. “Essas são as características típicas dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Precisamos ter muita renúncia também, além de paciência, solidariedade, perseverança e muita alegria”, destaca Souza. Para Viviane, ser ministra fez com que ela crescesse também na sua vida cristã.

Além de exercerem a função nas Santas Missas, os ministros são responsáveis por levar a Comunhão aos doentes que estão em casa, nos hospitais ou em asilos. Seu Ivo julga esse ato como um dos mais importantes no ministério. “Nós levamos Jesus e somos a presença de Cristo. Somos a palavra de conforto àqueles que estão fragilizados, levamos paz e a esperança que vêm do próprio Deus”, frisa o coordenador. Viviane também enfatiza que “todos os ministros devem ser verdadeiramente a presença do Cristo na casa destas pessoas”. Segundo ela, o serviço aos doentes também traz ensinamentos, como a paciência e o carinho, além de poder olhar a vida com outros olhos.

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LIÇÕES DA PALAVRA

O Apóstolo do Amor Por P. Magnos Caneppele, scj

Seu nome significa “Deus é misericordioso”. Uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. João, Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, também era pescador - como Pedro e André. Nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos. Jesus tinha grande afeto pelo Apóstolo João por seu amor oferente e sua pureza de corpo e alma. Após seu chamado, esteve com o Senhor em todos os momentos; era um dos três apóstolos mais próximos a Cristo. Ele esteve presente quando Nosso Senhor ressuscitou a filha de Jairo e quando Jesus se transfigurou. João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre. Após a prisão de Cristo no Jardim do Getsêmani, João seguiu o Senhor até a corte dos sumos sacerdotes Anás e Caifás, testemunhou o interrogatório de seu Mestre e o seguiu até o Gólgota. Estava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, quando Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s). João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, de “filhos do trovão”. Isso porque, às vezes, tinham o “estopim curto”. Certa vez, João disse: “Mestre, vimos um grupo que em teu nome expulsava os demônios, e lhes proibimos, porque não te seguem conosco. Jesus lhe disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós” (Lc. 9, 49-50). Aqui vemos Jesus ensinando a João: Não sejas cheio de preconceitos. João, eu tenho em vários lugares pessoas que me seguem,

Divulgação/AP

portanto não os proibais mais. Deixa que o meu Espírito opere onde Ele quer e como quer. Em outra ocasião quando Jesus não foi bem recebido, João e Tiago disseram: “Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também o fez? Voltando-se, porém, Jesus os repreendeu” (Lc 9,51-55). É como se João escuta-se de Jesus o seguinte: João, aprenda que o Filho do homem não veio para destruir as pessoas, mas para salvá-las. João esteve preso em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus, aonde escreveu o livro do Apocalipse. Após seu longo exílio, São João ganhou a liberdade e retornou a Éfeso, onde continuou seu trabalho, ins-

truindo os cristãos a terem cuidado com falsos profetas e seus ensinamentos errôneos. Ele ensinava aos cristãos para amarem ao Senhor e uns aos outros, cumprindo desse modo os mandamentos de Cristo. A Igreja chama São João de “Apóstolo do Amor”, porque ele dizia constantemente que o homem não pode se aproximar de Deus sem amor. Em suas três epístolas, São João fala da importância do amor a Deus e ao próximo. Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo (98-117 dC). Três são as obras fundamentais deixadas por São João à Igreja: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome. João deixa-nos uma grande lição. É o evangelista que dá ênfase ao amor, este amor que leva a fidelidade na prática para amar o próximo. Ele nos diz: “Se você não amar seu próximo, como vai amar a Deus?”. Às vezes buscamos um Deus distante e Deus está aí bem próximo, está no outro, no pobre, no sofredor, no marginalizado e é isso que João ensinou a vida toda.

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IGREJA ENSINA

Crer em Deus: a essência da vida Cristã Por Giovanna Dutra

Crer é para o cristão um fundamento essencial para a vivência de sua fé. Não é possível para o homem viver junto de Deus sem que tenha plena confiança n’Ele, e para que essa atitude seja tomada com firmeza é preciso crer de todo coração. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) recorda que “os fiéis fazem primeiro a profissão de crer em Deus”, para assim seguir sua vida na Igreja. A partir do momento em que se conhece o amor de Cristo é preciso o reconhecer como o único Senhor de sua vida. Sendo Deus “o Primeiro e o Último” (cf. Is 44, 6) essa verdade deve estar gravada em nossos corações. É preciso ainda compreender que nossa fé confessa que “há um só Deus, por natureza, por substância e por essência” (CIC 200). Ele é o único digno de toda nossa confiança. Professar a fé é um ato de coragem que deve ser tomado individualmente, porém, deve ser compartilhado em comunidade. Padre Vitor Feller, reitor da Faculdade Católica de Santa Catarina, destaca que “a profissão de fé é uma afirmação pessoal e pública daquilo que eu creio. Fé significa você por a sua confiança em alguém, no caso é Deus; e por a confiança significa entregar-se, abandonar-se a esse Deus”.

PROFESSANDO A FÉ ATRAVÉS DA ORAÇÃO Tendo a consciência de que crer é a base para a vida cristã, surge o questionamento de como se deve viver no dia-a-dia essa atitude de crer em Deus. Todo fiel deve estar em comunhão com a Igreja através da vivência dos Sacramentos, da oração pessoal, porque essas atitudes irão refletir em seu cotidiano, mostrando através de seus atos que o Senhor está sempre cuidando de sua vida. Ainda nos primeiros anos da Igreja surgiu a oração do Creio, ou Credo em latim. Naquela época havia uma necessidade de professar com palavras que se era seguidor do Nazareno, por isso uma oração específica. Nos primeiros anos do Cristianismo a oração do Creio era muito usada nos diversos ritos celebrados pelos primeiros cristãos. Padre Vitor dá um exemplo dessa utilização “para a celebração do Batismo de alguém, www.paroquiasaoluisgonzaga.com

tano reza-se com mais ênfase “creio em um só Senhor Jesus Cristo, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado”. O que afirma que Jesus nasceu do Pai e não foi criado como nós criaturas. Mais tarde por volta do ano 381 também a divindade do Espírito Santo foi questionada, então foi preciso acrescentar afirmações que provassem o contrário. Então se reza “Creio no Espírito Santo que Procede do Pai e do Filho, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, ele que falou pelos profetas”. A oração do Credo Niceno Constantinopolitano é mais extensa para não deixar dúvida da divindade do Pai, Filho e Espírito Santo, assim como da fé que nos foi ensinada por Cristo. que normalmente nos primeiros tempos de Cristianismo eram os adultos, e normalmente quem batizava eram os bispos havia a pergunta: tu crês em Deus Pai todo poderoso? Tu crês em Jesus Cristo? Tu crês no Espírito Santo, e a resposta era creio”. A oração do Creio que rezamos com frequência é vinda diretamente dos apóstolos, e é chamado de Creio apostólico ou Símbolo. “O nome Símbolo significa uma conjunção, você põe diversas afirmações de fé em conjunto. Por isso, também, são chamados artigos de fé” nos diz Padre Vitor. A oração do Creio é tão importante para a vivência do cristão porque através dela livremente se professa a crença no Pai, Filho, no Espírito Santo e na Santa Igreja.

UMA FORMA UM POUCO MAIS EXTENSA DO CREIO A Igreja instituiu duas maneiras de rezar a oração do Creio, que estão presente na liturgia, uma mais extensa e a outra mais curta que é que rezamos normalmente. A mais comum é chamada de Credo Apostólico e a mais extensa recebeu o nome de Credo Niceno Constantinopolitano. Segundo Padre Vitor o Credo mais extenso foi criado, porque por volta do ano 325 havia pessoas que duvidavam da divindade de Jesus Cristo. Então era preciso reafirmar perante todos a divindade de nosso Senhor. Assim, no Credo Niceno Constantinopoli-

A ORAÇÃO DO CREIO NA LITURGIA DA IGREJA Costumamos rezar a oração na celebração da Santa Missa e quando estamos recitando o terço. Dentro da liturgia da Igreja Católica o credo tem um momento e significado muito especial. Se reza essa oração após as leituras, o salmo, o Evangelho e a Homilia, o que nos diz o Padre que significa: “Deus me falou, eu agora falo a Deus, eu o respondo. Ele falou pelas leituras, pelo salmo, pelo Evangelho, pela homilia, espera de mim uma resposta. A resposta que eu dou a Deus como pessoa e como comunidade, é a profissão de fé. É como se eu dissesse assim, eu acredito nisso tudo que acaba de me dizer”. Dentro da liturgia da Santa Missa a escolha por se rezar o Credo Apostólico ou o credo Niceno Constantinopolitano fica a critério da equipe de liturgia e o celebrante. Na América Latina o Credo Apostólico é mais rezado, enquanto na Europa acontece o contrário.

Reze todos os dias a oração do Creio. É uma ótima forma de reafirmar sua fé em Deus e na Santa Igreja.


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A PALAVRA DESTACA

O dom sincero da amizade Por Matheus Reis

“Nada é comparável a um amigo fiel” Eclo: 6, 15 Fotoso:Eduarda Alves / Pascom

Vivemos um tempo onde as redes sociais estão dominando. Mas não são apenas os jovens, como deve ter passado pela sua cabeça. Desde crianças até pessoas mais velhas, já com família construída, entraram nessa onda de navegar na internet publicando conteúdos, curtindo as publicações dos outros e, muitas vezes, as compartilhando. Estas redes estão realmente cumprindo o seu papel: promover a interatividade entre diversos grupos sociais. Contudo, boa parte daqueles que estão em nossas redes sociais não são nossos conhecidos, se quer sabemos algo sobre a sua vida. Se você pegar uma dessas redes ela te indicará o número de “amigos”. É exatamente dessa forma que aparece. Você possui mil, dois mil, cinco mil amigos. Mas será que eles são verdadeiramente “amigos”? O que é um amigo? Segundo o dicionário Aurélio, amigo é uma pessoa “à qual se está ligado por relação amorosa”, ou em outro significado, é aquele “companheiro; protetor”. Talvez não sejam nessas pessoas da internet que encontramos essa proteção, esse companheirismo ou ainda uma “relação amorosa”. Em julho, comemora-se, no dia 20, o Dia Internacional da Amizade. A Revista A Palavra quer mostrar que mesmo nesses tempos que essa afeição tem perdido seu sentido, há aqueles que não abrem mão desse amor de amigo, que muitas vezes acaba formando até laços familia-

res. Como é o caso do casal Vitor e Rosita Pereira, que há quase 23 anos conheceram a Dona Darci Wiederkehr. Vitor e Rosita casaram-se no dia 05 de dezembro de 1992 e se mudaram para o Bairro São Luís, em Brusque. Na época, o casal de primeira viagem não conhecia muita gente por aquela região. Já é nessa parte da história que entra a Dona Darci. Participante do Apostolado da Oração na comunidade, uma das suas missões era recepcionar quem chegava por ali. Ela apresentava a Igreja, convidava para participar e falava dos horários das Missas. Este foi o primeiro encontro entre os três. Mas Darci não deixou de se preocupar com aqueles recém-casados mesmo ao saber que eles eram participantes fiéis da Igreja. Ainda mais quando Rosita engravidou da primeira filha. Já que a mãe de Vitor não morava em Brusque e a de Rosita não morava perto, a senhora começou a cuidar da vizinha como uma mãe. Quando a filha já havia nascido, era Darci quem ajudava, era com ela que a menina parava de chorar, era ela quem não deixava Vitor perder a hora do trabalho porque ficou acordado a noite cuidando da criança e foi ela quem virou a avó postiça da menina. Ao menos foi assim que ela se intitulou. “Dessa forma que nasceu uma amizade entre mãe e filhos. Eu virei mãe deles e avó da filha deles”, lembra a senhora.

Vitor, Darci e Rosita contam a história de sua amizade www.paroquiasaoluisgonzaga.com


A PALAVRA DESTACA partilha. “Tivemos algumas amizades que não duraram porque não tinham Deus como base. Por sermos da Igreja, temos compromisso com Ela, falamos sobre Ela e quem também participa entende isso”, finaliza.

A NECESSIDADE DA AMIZADE

Os amigos são participantes ativos na Igreja

O casal ficou por menos de um ano morando perto de Darci. Contudo, mesmo ao mudar de bairro, os laços criados naquele momento difícil e de aprendizado continuaram. Rosita e Vitor recordam que foi na vizinha, que virou mãe e avó, que eles encontraram conselhos e exemplos de como seguir sua vida. “A história dela daria para escrever um livro. Nunca desistiu de nenhuma dificuldade e hoje apesar dos 70 anos continua sendo esteio da sua e da nossa família”, pontua Vitor. Como você já leu, quase 23 anos se passaram desde o primeiro encontro entre eles. O casal teve mais duas filhas. Todas chamam Darci de vó. “Os finais de semana e as datas especiais são comemorados na minha casa. Os dois e as meninas se unem aos meus filhos, são até padrinhos de meus netos. Criamos uma família só”, destaca Darci.

“ELES SÃO O MEU TESOURO” O livro do Eclesiástico, no capítulo 6, versículos 14 a 17 lembra que “um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé.” Rosita acredita que a amizade de Darci é esse tesouro, presente que Deus a deu. “Só de pensar em nossa amizade sinto vontade de chorar. Deus sabe tudo o que a gente precisa e não deixa faltar nada. Por meio da Vó Darci - como chamam as meninas - não nos faltou o cuidado”, relata. A Vó Darci se emociona ao falar sobre a amizade. “Eles são meu tesouro. Uma das melhores amizades que tive em toda minha vida. Nossa amizade não pede nada em troca, nos doamos por vontade própria”, acrescenta. Com lágrima nos olhos, Vitor afirma que foi Deus quem construiu essa história de amizade. “Não precisamos nada, além disso. Se somos amigos em Deus, temos tudo. Uma amizade sem interesse, sem cobrança, que se completa, que podemos confiar verdadeiramente”,

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Muito mais do que querer ter amigos, a psicologia explica que precisamos de amigos. Desde crianças aprendemos que não é bom brincar sozinhos. Depois, já na adolescência, começamos a criar grupos de amigos com os quais nos identificamos e alguns chegam a durar para a vida toda. Segundo a psicóloga Sandra Ribeiro de Abreu, mestre em psicologia com foco em cuidados parentais e relações familiares, a amizade é questão de sociabilidade. “A amizade nasce para que possamos ter vínculos que nos auxiliam no crescimento pessoal. A amizade verdadeira é aquela que precisa existir a troca, no entanto, uma troca de experiência buscando a melhoria do outro e não uma relação interesseira”, explica Sandra. A psicóloga reitera que quando temos amigos de verdade, sobretudo aqueles que nascem na Igreja, como Vitor, Rosita e Darci, buscamos nos referenciar neles para crescer na vida pessoal também. “Essa amizade é enraizada nos valores de Cristo. Este é um diferencial para a amizade, que não acabará quando ocorrer uma pequena contraposição em pensamentos. Essas amizades nos fazem crescer”, afirma a psicóloga.

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A PALAVRA DESTACA

A amizade que leva a santidade Divulgação

vê-lo e ouvi-lo (...). Então, submeteu-se toda ao conselho de Francisco, tomando-o como condutor de seu caminho, depois de Deus”. Como São Francisco e Santa Clara, também outros santos viveram uma profunda amizade no caminho rumo à perfeição cristã, como São Francisco de Sales e Santa Joana Francisca de Chantal. E é exatamente São Francisco de Sales que escreve: “É belo poder amar na terra como se ama no céu, e aprender a querer-se bem neste mundo como faremos eternamente no outro. Não falo daquele simples amor de caridade, porque aquele devemos tê-lo por todos os homens; falo da amizade espiritual, no âmbito da qual duas, três ou mais pessoas compartilham a devoção, afetos espirituais e tornam-se realmente um só espírito”. Com informações de http://www.franciscanosmapi.org.br

DICAS DE FILME A amizade que nasce em Deus é contada em toda a história da Igreja. Desde os tempos de Jesus, que mantinha estreito carinho com os apóstolos, especialmente com Pedro a quem confiou sua Igreja e a João, a quem confiou sua mãe. Paulo também é outro exemplo. O apóstolo se alegrava e reanimava nas tribulações com os amigos Tito e Timóteo. Mas uma das amizades mais conhecidas e bonitas da Igreja, já depois de os tempos de Jesus, é a de São Francisco e Santa Clara, ambos nascidos em Assis, na Itália. De acordo com a catequese escrita pelo Papa Emérito Bento XVI em 2010, a amizade entre

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esses dois santos constitui um aspecto muito bonito e importante. Segundo ele, “quando duas almas puras e inflamadas pelo mesmo amor por Deus encontram-se, tiram da recíproca amizade um estímulo fortíssimo para percorrer a via da perfeição. A amizade é um dos sentimentos humanos mais nobres e elevados que a Graça divina purifica e transfigura”. O livro Legenda de Santa Clara conta um pouco da historia de como os Santos se conheceram. Ele conta que Clara “quando ouviu falar do então famoso Francisco que, como homem novo, renovava com novas virtudes o caminho da perfeição, tão apagado no mundo, quis logo

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Irmão Sol e Irmã Lua A obra narra a trajetória da vida de São Francisco de Assis, filho de comerciantes ricos e desfrutava de vinho, mulheres e canções sem ter nenhuma preocupação. Quando a guerra e a doença assolam a região onde vive, ele sofre uma grande transformação. Ao aparecer diante do bispo local e tirar suas roupas renuncia sua vida prévia para se dedicar a Deus. Mas sua pregação só iria chegar ao ápice ao ir para Roma, para ter uma audiência com o Papa Inocêncio III.

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# JUVENTUDE

Falta um ano para a JMJ da Cracóvia Por Matheus Reis

Nossa missão é dar voz a todas as Pastorais!

Jovens já pagam sua viagem para a Polônia Estamos a aproximadamente um ano da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) da Cracóvia, na Polônia. O evento, que pretende reunir 2,5 milhões de jovens, ocorrerá de 25 a 31 de julho de 2016 na terra natal de São João Paulo II, idealizador da JMJ. A programação oficial foi divulgada no mês passado e prevê catequeses itinerantes, festival da juventude, além dos momentos com a presença do Papa Francisco, como a Missa de Acolhida, a Via Sacra, a Vigília e a Missa de encerramento. A jovem Nara Bruna Chaves, de 20 anos e participante da Comunidade Santa Rita de Cássia já está pagando a sua viagem para a Europa. De acordo com ela, o encantamento com a JMJ do Rio de Janeiro, que aconteceu em 2013 e ainda a emociona ao ver vídeos e fotos, fez com que ela garantisse sua ida para a próxima. “Estou muito ansiosa para a Jornada, afinal, é na terra de São João Paulo II, o santo dos jovens. É fascinante saber que vou sentir tudo aquilo que já vivi”, destaca. A garota ainda relembra a emoção de ver o Papa Francisco de perto e quer que isso se repita na Polônia. “Ver Jesus nos olhos de Francisco foi inesquecível”, acrescenta.

Poloneses comemorando no Brasil o anúncio do local da JMJ 2016

BEM AVENTURADOS

O lema da Jornada Mundial da Juventude Cracóvia 2016 é: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5:7). Para sublinhar a importância das bem-aventuranças, que são o coração do ensino de Jesus Cristo, o Santo Padre Francisco escolheu a quinta, a que Jesus anunciou no seu sermão à beira do Mar de Galiléia. No seu primeiro sermão, Jesus deixa para o povo oito indicações das atitudes que os aproximam do Reino dos Céus.

Visite o site oficial da JMJ e fique por dentro de toda a preparação. Acesse: www.krakow2016.com/pt/

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO OFICIAL:

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PASTORAL DA COMUNICAÇÃO PARÓQUIA SÃO LUIS GONZAGA

Entre em contato e participe de nossas reuniões: pascom.brusque@gmail.com

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EM COMUNIDADE

ENCONTRÃO DOS COROINHAS REÚNE MAIS DE 300 CRIANÇAS Por Matheus Reis

pelos sacerdotes. Após a Santa Missa, a Irmã Clea Fuck, que coordena a Pastoral na Arquidiocese, palestrou sobre a vocação à vida religiosa. Música, teatro e brincadeiras também fizeram parte do encontro das crianças, que encerrou à tarde com café.

Divulgação / Pascom

Integrar as crianças que servem na Igreja como Coroinhas e fortalecer seus vínculos foram alguns dos objetivos do Encontrão dos Coroinhas da Forania de Brusque. Neste ano o encontro reuniu na Comunidade Nossa Senhora de Lourdes, no bairro São Pedro, em Brusque, aproximadamente 350 crianças vindas das Paróquias São Luiz Gonzaga, São Judas Tadeu, Santa Terezinha, Nossa Senhora de Azambuja e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O evento teve inicio às 8h com o café partilhado entre as Paróquias, seguido da Santa Missa. Durante a Celebração, os coroinhas ouviram testemunho dos padres presentes que lembraram quando já haviam realizado o serviço prestado por eles hoje. A vocação sacerdotal também foi assunto destacado

CONFIRA ALGUMAS FOTOS

PASTORAL DO DÍZIMO EM FASE DE IMPLANTAÇÃO NA COMUNIDADE NOSSA SRA. APARECIDA Lideranças e jovens do grupo JAC trabalham no cadastramento de fiéis A Pastoral do Dízimo está próxima de sair do papel na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, no bairro Steffen. Rodrigo Torresani assumiu a coordenação neste período para dar suporte na implantação da Pastoral. Com o apoio de mais algumas pessoas e dos jovens do Grupo Jovens Amigos em Cristo (JAC), o coordenador realiza a primeira fase desse projeto: a pesquisa de casa em casa. Segundo Torresani, essa é uma forma de descobrir quem é católico no bairro e reaproximar aqueles que estão distantes. “É uma espécie de censo. Já passamos em aproximadamente 20% das casas”, relata o coordenador. Além de somar o número de

fiéis na localidade, o serviço serve também para anunciar os horários de Missa e realizar os convites para a participação até mesmo àqueles que estão afastados. “Há pessoas que não conhecem a Igreja, tampouco sabem os horários”, acrescenta. O segundo passo a ser dado é a formação. O coordenador pontua que serão escolhidas lideranças por rua para que sejam “os responsáveis” por aquela localidade. Nessa fase serão usados subsídios que foram passados anteriormente às lideranças paroquiais. O material é formado por folders e livretos que explicam o que é o dízimo e suas dimensões. Com a comunidade ciente da necessidade

da devolução do dízimo, o 2º sábado de cada mês será estabelecido oficialmente como o dia da partilha. Com o valor arrecado, a coordenação pretende realizar alguns ajustes necessários, sobretudo, na parte da estrutura física. Fazer a planta da Igreja, a parte avaliada pelos Bombeiros - como os cuidados contra incêndio - e, de forma especial, a contenção do morro atrás da Igreja estão na lista de prioridades. “Ficamos preocupados caso aconteça a queda do morro. Se a encosta caír irá prejudicar as salas de catequese, além de casa de moradores aos arredores”, pontua Torresani.

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Anos Anos serviço da aa serviço www.paroquiasaoluisgonzaga.com


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EM COMUNIDADE

Missa diferente é alternativa para reunir catequizandos

Por Matheus Reis

Celebração realizada de forma diferente chama atenção das crianças e jovens Divulgação/Pascom

Liturgia e apresentaçoes são preparadas pelas crianças

A catequese, seja de 1ª Comunhão ou de Crisma, é um grande desafio na Igreja atual devido as diversas coisas oferecidas às crianças e jovens, como a tecnologia, por exemplo. Os catequistas de Brusque têm buscado uma nova forma de aproximar as crianças e jovens da catequese para que possam se interessar pelos ensinamentos da Igreja. Na Comunidade Nossa Senhora

de Lourdes, no Bairro São Pedro, a Missa Extraordinária dos Catequizandos tem sido essa alternativa. No último dia 27 ocorreu mais uma edição, reunindo aproximadamente 100 catequizandos. De acordo com a coordenadora da catequese de 1ª Comunhão, Ana Maria Abramovitz, a Celebração é completamente voltada a eles. A liturgia é preparada com eles,

que também fazem as leituras, preces e a coleta no ofertório. “Nós buscamos adaptar uma linguagem que seja de bom entendimento. Para que além de participar da Santa Missa, eles vivam e compreendam cada momento”, destaca Ana. Além da participação das crianças e jovens, a Missa conta com a presença maciça dos pais, que são convidados para uma formação em seguida. Enquanto os pais participam da formação, os catequizandos assistem a algum filme de conteúdo bíblico para depois todos se reunirem em uma confraternização. “É muito importante que os pais estejam presentes. É triste quando vemos que eles deixam seus filhos na Missa, mas não ficam nela. Dessa forma unimos todos”, complementa a coordenadora. As Missas Extraordinárias acontecem de dois em dois meses e sempre no 4º sábado do mês.

Encontro de noivos: caminho para o altar Mais uma reunião ocorre no próximo dia 18 de julho O Sacramento do Matrimônio é a linha de chegada do amor de um casal. Mas para que eles cheguem até o altar, há um trajeto muito grande de crescimento pessoal e entre si. Vinte casais da Paróquia São Luís Gonzaga dão mais um passo nesse caminho em julho. No dia 18 acontece mais um encontro de noivos. A reunião será na sala 03 da Matriz. O encontro deste mês é de responsabilidade do casal Valério Lorentino e Sílvia

Maria Lorentino. Os dois estão à frente dos encontros junto do casal Aroldo e Rute Imhof. Segundo Valério, a reunião é de suma importância, sobretudo, para o crescimento espiritual dos noivos. “A espiritualidade é o que sustenta o casal. Todos precisam entender isso”, pontua Lorentino. Temas como a espiritualidade, a criação dos filhos e construção da família, a questão financeira e até o relacionamento com os sogros são discutidos durante o encontro.

“Nós acreditamos que a formação deveria ter mais tempo. Nosso desafio é transmitir tudo que é necessário a eles”, acrescenta. Os participantes também meditam com a Palavra de Deus para que possam se questionar, as formas de orar e a importância disso em suas vidas. O vigário paroquial Padre Adilson J. Colombi acompanha os casais durante o encontro.

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Café do Coração de Jesus chega a sua 5ª edição Por Matheus Reis

Confraternização é realizada pela Comunidade Cristo Rei comunidade, no entanto, a renda do café já tem destino certo. “Nós tínhamos duas cozinhas. Uma embaixo e outra em cima. Agora vamos ficar só com a de baixo e reformá-la para nos adequarmos aos pedidos da vigilância sanitária” destaca Carin. Os ingressos para o Café do Coração de Jesus podem ser adquiridos juntos aos integrantes do CPC Cristo Rei.

Divulgação / Pascom

A Comunidade Cristo Rei realizará mais uma edição do Café do Coração Jesus neste mês. O encontro, que originalmente nasceu no mês de junho em forma de devoção ao Sagrado Coração de Jesus, ocorrerá na tarde do dia 11. De acordo com a coordenadora do Conselho Pastoral da Comunidade (CPC), Carin Elisabet Ristow Rescarolli, são esperados mais de 300 pessoas no evento. Segundo a coordenadora, o primeiro objetivo é a confraternização entre os membros da

Paróquia celebra Corpus Christi Milhares de fiéis de toda a Paróquia São Luís Gonzaga celebraram, no dia 04 de junho, a Solenidade de Corpus Christi, único dia em que o Santíssimo Sacramento sai em procissão pelas ruas.

Cada comunidade realizou sua própria procissão e celebração, com exceção da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, do bairro Guarani, que celebrou junto da Matriz.

Confira como foia celebração nas comunidades

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Junho é marcado por festividades na Paróquia Por Matheus Reis

São Luís Gonzaga, Santo Antônio e o Sagrado Coração de Jesus foram lembrados durante o mês O padroeiro São Luís Gonzaga foi comemorado entre os dias 18 e 21 de Junho, reunindo, segundo o Pároco da Matriz, Padre Jair Rodrigues Costa, aproximadamente dez mil pessoas. O Sagrado Coração de Jesus, no Bairro Guarani e Santo Antônio, no Bairro Volta Grande também foram lembrados com festa. Na Matriz, os fiéis puderam participar de shows e das famosas barracas no pátio da Igreja. Além disso, milhares de pessoas passaram pelas celebrações da Santa Missa. “A festa foi muito linda. Maravilhosa. Temos certeza de que nossa expressão de fé e devoção chegou até São Luís que nunca deixa de interceder por nós”, pontua o sacerdote. Já na Comunidade Santo Antônio, mesmo com chuva, a festa foi muito bonita no final de semana dos dias 13 e 14. Em média 700 pessoas passaram pelo local aproveitando o cardápio

oferecido e as celebrações da Missa. O coordenador geral, Roberto Pascutti, comemorou a renda arrecada que, de acordo com ele, será revertida para a pintura e reformas no forro da Igreja. Na Comunidade Sagrado Coração de Jesus a festa já iniciou com a semana de adoração ao Santíssimo Sacramento – Guardiões do Sagrado Coração de Jesus - entre os dias 08 e 11 de junho, que serviu como preparação para a Solenidade oficial, que aconteceu no dia 12 de junho, após a tradicional carreata com a imagem do padroeiro que foi para a Matriz. Já no sábado (13), mesmo sob chuva, a imagem do padroeiro retornou para a Comunidade. Neste dia também houve a inauguração e benção da estátua do Sagrado Coração de Jesus no jardim da igreja.

Em média 700 pessoas passaram pela festa de Sto. Antônio

Missas marcaram a solenidade do SCJ

Na Matriz, milhares de pessoas participaram da programação religiosa e cultural em honra a São Luís www.paroquiasaoluisgonzaga.com

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DISCÍPULOS

Escapulário do Carmo: Significado e Espiritualidade P. Adilson José Colombi scj, vigário paroquial

O Escapulário é um objeto sacro ligado à história e à espiritualidade da Ordem dos Irmãos do Carmelo e à devoção a Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa. Quem o recebe assume livre e conscientemente compromisso de viver a espiritualidade cristã, com inspiração do Carmelo, de acordo com a característica de seu estado de vida.

1.0 DADOS HISTÓRICOS A ligação entre o escapulário e a devoção à Virgem Maria teve seu início quando um grupo de eremitas se reuniu e fundou, no Monte Carmelo, na Terra Santa, a Ordem dos Irmãos de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Sua proposta de vida em comunidade era o seguimento de Jesus, na Terra de Jesus. Este lugar (o Monte Carmelo), já na Antiga Aliança, era considerado sagrado, desde tempos imemoriais. O próprio profeta Elias o tornou célebre. O nome Carmelo significa jardim ou pomar. Ali, então, nasce a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria. Tempos depois foram perseguidos e se transferiram para a Europa. Ali, também, passaram por muitas dificuldades e tribulações. Em 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, São Simão Stock, superior da Ordem, pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos. Reza a tradição que ele teria recebido o escapulário como prova dessa promessa de proteção. Esta data foi come-

morada como sendo a Festa de Nossa Senhora do Carmo (Carmelo) desde 1332 e foi estendida a toda a Igreja, em 1726, pelo Papa Bento XIII. Em sua residência no Monte Carmelo, os primeiros eremitas, porém, deixaram no meio das celas que lhes foram destinadas para viver a vida pessoal, num ambiente comunitário, um oratório (capela), onde se congregavam para celebrar a Eucaristia. Este oratório foi dedicado a Maria, Mãe de Jesus, dando-lhe, desta forma, uma especial presença e devoção. O povo notou esta predileção pela Virgem Maria, de modo que passaram a serem vistos e tidos como “Irmãos da Santíssima Virgem Maria do Monte Carmelo”. E, assim, também são depois conhecidos oficialmente. Santo Alberto de Vercelli (1214) compôs uma Regra para a Ordem. Essa Regra de Vida depois foi confirmada pelo Papa Honório III. Desta experiência do seguimento evangélico de Jesus, inspirada na devoção à Virgem Maria, nasce a característica profundamente mariana da espiritualidade carmelita. Espiritualidade que tem em grande estima, entre tantos valores próprios do seguimento de Jesus, a escuta da Palavra de Deus, principalmente, todos os acontecimentos do Evangelho referentes à pessoa e ao testemunho de Jesus; a atenção e o desvelo com os necessitados, material e espiritualmente; a assiduidade e perseverança na oração e na contemplação, como respaldos para a ação apostólica. Com o passar do tempo esta espiritualidade carmelitana atraiu os fiéis que queriam viver esse ideal de vida e, assim, desfrutar e participar de suas características, inclusive, mesmo em suas famílias e nos ambientes que frequentavam ter um sinal externo. Um sinal que lhes indicasse sua pertença, de alguma forma, a fraternidade do Carmelo. Sinal externo que lhes lembrassem permanentemente de sua relação com a espiritualidade mariana do Carmelo. Chegou-se, então, a representação do sinal externo da admissão a fraternidade do Carmelo (o hábito carmelita) da Ordem. Esta representação da pertença, simbolicamente, firmou-se definitivamente no objeto, hoje, denominado “escapulário”. Todavia, o escapulário desde sua origem até seu formato atual passou por evolução

histórica. Vejamos alguns lances principais. Escapulário (do latim Scapulae = ombros), já no século VI com São Bento, era constituído por uma faixa de pano, em forma de cruz posta sobre o peito e as costas, para auxiliar o ajuste do hábito nos afazeres. Mais tarde, mudou o significado tornou-se uma espécie de cruz alongada que protegia a testa e os ombros da chuva, frio e neve. Depois, foi se alongando até o joelho, depois até os pés. Por fim, sua imposição gradualmente tornou-se um símbolo nas formas de profissão monástica, como traje religioso. Os monges do Monte Carmelo também o portavam. Fiéis devotos da Virgem Maria formavam confrarias, entre elas a Confraria de Nossa Senhora do Carmo (1280). Para simbolizar a pertença a essas confrarias surgiu uma miniatura do escapulário dos religiosos que seus fiéis membros deveriam portá-la permanentemente. Assim, as Ordens Religiosas receberam da autoridade eclesiástica a faculdade de benzer e impor pequenos escapulários e impô-los aos fiéis devotos, independentes de estarem ou não ligados à confraria. A medalha-escapulário foi o Papa Pio X, em 1910, que concedeu a permissão de se usar uma medalha de metal, devendo ter em uma das faces o Sagrado Coração e na outra a Santíssima Virgem.

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DISCÍPULOS O Escapulário do Carmo ou Bentinho como é popularmente conhecido é um objeto de devoção. Mas, mais do que objeto é sinal de compromisso assumido do seguimento de Jesus, inspirado na devoção à Virgem Maria. Assumir a responsabilidade de portar o escapulário é assumir o propósito de viver os valores próprios da espiritualidade carmelita, segundo seu estado de vida e colocar-se espontaneamente sob a proteção da Mãe de Jesus, dedicando inteira confiança em todos os momentos de sua vida. Desta forma, a recepção e o uso do escapulário tornaram-se parte da tradição da devoção à Virgem Maria e profundamente arraigados na religiosidade popular, operando, por vezes, verdadeiras transformações na vida pessoal, conjugal e familiar. A história e a evolução da devoção à Maria de Nazaré, simbolizada no escapulário, hoje, apresentam várias categorias de devotos que vivem a espiritualidade carmelitana. São eles: os religiosos e as religiosas da Ordem Carmelita; A Ordem Secular (já chamada Ordem Terceira); os que pertencem à Confraria do Escapulário; todas as pessoas que recebem o escapulário e vivem sua espiritualidade nas diversas modalidades da associação; os que receberam o escapulário e vivem esta devoção fora de qualquer associação.

2.0 ESPIRITUALIDADE DO ESCAPULÁRIO É de extrema importância compreender o significado espiritual do escapulário. Jamais, pode ser visto e usado como se amuleto fosse. Algo que produza automaticamente efeitos mágicos. Sempre é bom recordar que na Igreja Católica não há nada que tenha esta finalidade mágica. Nosso Deus não é um mago. Nem a Mãe de Jesus, com o título de Nossa Senhora do Carmo o é. Por isso que quem porta em si o Escapulário tem a obrigação de buscar sempre mais uma fé esclarecida, consciente, madura, alicerçada na Palavra de Deus e na Doutrina da Igreja Católica a respeito da Pessoa e da proposta da Boa Nova do Reino de Deus, no empenho constante em viver a vida cristã de maneira sempre mais autêntica e coerente, buscando ser mais perfeito no amor aos irmãos, principalmente os mais necessitados. O escapulário usado com piedade e tentando realizar o propósito acima lembrado, certamente, torna-se um sinal de bênção e incentivo a seguir o Mestre Jesus Cristo como discípulo-missionário. Sua presença, com certeza, provocará a lembrança constante ao devoto a seguir www.paroquiasaoluisgonzaga.com

o exemplo da Virgem de Nazaré, a discípula-missionária mais perfeita, segundo o testemunho de vida de serviço a Deus e aos irmãos. Como a Virgem Maria, o devoto aprenderá a colocar, em sua vida, a Deus e a fazer a vontade dele, em todos os momentos de sua existência. Também, a servir aos irmãos com o mesmo desvelo que a Mãe do Senhor sempre vivenciou. Os atos de piedade que são recomendados aos devotos de Nossa Senhora do Carmo e portadores do escapulário são aqueles reconhecidos pela Igreja. Tais como: participação na Celebração da Eucaristia, a comunhão Eucarística, a busca da reconciliação sacramental, a récita do rosário ou terço, Oficio de Nossa Senhora, as orações marianas aprovadas pela autoridade eclesiástica, a prática da caridade... Portanto, o que vale não é portar um Escapulário do Carmo, mas sim viver uma espiritualidade cristã sólida, inspirada na vida e no testemunho da Mãe do Jesus. O escapulário é como um “lembrete” permanentemente à vista que chama a servir o Senhor, como sua mãe o serviu, inclusive, na pessoa dos mais carentes. O fundamental da mensagem do escapulário está no apelo constante à busca do aperfeiçoamento pessoal, a fim de atingir a salvação eterna, empenhando-se para libertar-se do pecado, por meio de uma espiritualidade inspirada na espiritualidade relacionada à Ordem do Monte Carmelo,

da qual a Virgem Maria é a Rainha. Desta forma, “Escapulário como veste da Virgem é o sinal e o penhor da proteção da Mãe de Deus” (Pio XII, Carta Neminem profecto de 11/02/1950). Veste que é sinal, para quem o recebeu e o traz consigo, de pertença e consagração voluntárias à Maria de Nazaré, e da parte de Nossa Senhora, o engajamento a socorrer aquele que o porta em toda ocasião, particularmente na hora da morte. Claro que não se trata de uma observância puramente exterior, independente de disposições interiores de conversão, de vivência e testemunho do seguimento da proposta de vida do Cristo. O escapulário é um sinal “fonte” aprovado pela Igreja há vários séculos e simboliza para o portador o compromisso do seguimento de Jesus a exemplo de Maria, sua Mãe; da abertura consciente e livre a Deus e a sua vontade; do deixar-se guiar pela fé, pela esperança e pelo amor, praticando a solidariedade, sobretudo, para com os necessitados, material e espiritualmente, criando o hábito da oração assídua e perseverante, partilhando a espiritualidade da família do Carmelo, alimentando a esperança do encontro definitivo com Deus na vida eterna sob a proteção de Maria Santíssima.


22 A Ana Beatriz, catequizanda da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, mandou para nós seus desenho sobre o que representa a amizade para ela. Agora é sua vez. Em Agosto a Igreja lembra as vocações. Que tal desenhar um Padre, uma irmã religiosa ou quem sabe desenhar sua catequista? Envie seu desenho para jornalismo@dominuscomunicacao.com

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Exemplos de vida, sabedoria e amor.

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26 de julho Dia dos

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