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Temas Bíblicos

Temas bíblicos Padre Fernando Capra

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5,1-2. Paulo volta a propor a temática da vida cristã, motivando-a pela lembrança da filiação divina que possuímos. Como filhos, vivamos em nós a perfeição de Deus, pelo amor, à semelhança de Cristo que “nos amou e se entregou por nós a Deus como oferta e sacrifício de odor suave”. Esse é o sentido que devemos dar ao nosso empenho de “remover o nosso modo de vida anterior” (4,22). 5,3-8 Deve ser removida a fornicação e qualquer impureza, a avareza, a malícia que excluem do Reino de Cristo e de Deus. Tornados luz no Senhor, temos que ser filhos da Luz, na bondade (pelas obras boas), na justiça (pela purificação dos pecados), na verdade, progredindo da fé para fé, observando os mandamentos para estar no verdadeiro e perseverando nas tribulações para que, pela constância, conheçamos a vida que Cristo experimentou na sua Paixão, o que fará despontar em nós uma esperança que nunca esmorecerá, nem diante da espada e da morte ou de qualquer outra tribulação. 5,10 Temos que nos preocupar com o que é agradável ao Senhor, rejeitando as obras infrutuosas das trevas. 5,13 Andando como sábios redimamos o tempo. 5,18. Busquemos a plenitude do Espírito, pela purificação, pela prática dos mandamentos e pela fé (1Jo). É o que torna possível falar com salmos, hinos e cânticos espirituais, e pela Palavra da Verdade, porque ela terá feito de nós, com o Pai, sua morada. Isto fará despontar em nós a ação de graças “a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.

A celebração eucarística deve tornar-se o exercício ascético central da vida cristã: ponto de che

gada, no momento em que apresentamos a oferta do nosso esforço, e ponto de partida quando, por ela, recebemos a graça para o testemunho, amadurecida “com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor... dando graças a Deus, o Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”. É à sua luz pela qual entendemos qual é o Caminho da nossa realização e pela qual a nossa vida se torna uma oferta agradável a Deus. O ponto de partida é a remoção “do modo de vida anterior” (4,21). Em contrapartida, devemos nos revestir do homem novo (v. 24), sendo imitadores de Deus (5,1) na bondade, na justiça e na verdade. 5,21 O casal que celebra a Morte de Cristo, entende que a sua união reflete a de Cristo Jesus com a Igreja, que o mesmo desposou purificando-a com o lavacro do seu sangue. Encontra, então, o seu ideal de vida no casal de Gn 2,18-25, figura dos esponsais de Cristo com a sua Igreja. A linguagem é metafórica. Ambas as figuras sugerem a relação de dependência da mulher em relação ao homem. Aplicada à Igreja como esposa é inquestionável a nossa atitude de submissão a Cristo. Aplicada à mulher-esposa é evidente que não pode subverter a ordem natural que reconhece uma igual dignidade entre o homem e a mulher. Quer indicar uma complementaridade que deve ser vivida no serviço recíproco, por uma recíproca submissão: “Sede submissos uns aos outros, no temor de Cristo”. A metáfora aplicada à mulher fala de submissão como ao Senhor. Aplicada ao homem, fala de imolação, à semelhança de Cristo. Se Paulo gasta três versículos (5,22-24) para falar da submissão da mulher, gasta nove para falar de imolação do marido (vv. 25-33).

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