Revista PARNAÍBA tem - Edição 3 - Abril 2009

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Revista PARNAÍBA tem ABRIL/2009


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Revista PARNAĂ?BA tem ABRIL/2009


Caro leitor,

E lá vamos nós, 3ª edição, ufa... tem sido uma batalha árdua, mas muito prazeirosa e satisfatória. É uma sensação de dever cumprido quando finalizo a edição e libero os arquivos para a gráfica. Aí depois fica aquela expectativa, quanto ao resultado, os comentários e a repercussão, é como se tivesse feito uma prova.

Diretor Executivo Marcio Mrotzeck

Esta é a última página e texto que trabalho praticamente, ela e o índice... vou fazer um teste para ver se alguém lê o que eu escrevo... kkkkk. A próxima edição, será a do mês de Maio, mês das Mães, mês das Noivas, então se você quer aproveitar e homenagear sua mãe, mande uma foto para o e-mail da redação junto com o nome dela, pois na próxima edição teremos uma página especial dedicada a todas as mãezinhas a quem tanto amamos. Tá aí, agora com isso tenho um parâmentro de quantos lêem o que eu escrevo aqui.

MTB 50968

marcio@mwcom.com.br

Diretora Administrativa Lilian Mrotzeck lilian@mwcom.com.br

Jornalista Responsável Renato Silvestre

A edição desse mês está recheada, pois vem aí a Semana Santa, que é finalizada com o espetáculo do Drama da Paixão de Cristo, e PARNAÍBA tem o 2º maior espetáculo do país, a edição desse ano ganhou mais brilho, estará imperdível!

Fotografia Marcio Mrotzeck / Secom Colaboradores Izes Bastianon / Heliton Costa / Júlio Barros / Debora Valente / Adriana Buglia / Antonio de Oliveira/ Leandro Pires Afonso / Leandro Daher / J. Nery Júnior / Aida Baltazar

Revisão Lilian Mrotzeck Asses. Jurídica Dra. Jeniffer M. Urakawa Projeto e Produção Gráfica MW.com - Design

Nossos colunistas e colaboradores estão cada vez mais inspirados, e espero que o leitor esteja com a mesma sensação, esperando o que vem por aí... Divirtam-se nas páginas do PósCarnaval, tente se encontrar nas fotos, no meio da multidão, já sei que depois vão reclamar, está muito pequeno, mas não tinha saída, senão teríamos que eliminar metade das fotos, quando o portal da revista estiver pronto teremos um espaço maior para esses registros.

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Continuem enviando dicas e sugestões de assuntos para abordarmos nas próximas edições, ajude-nos a fazer PARNAÍBA tem. O canal de mídia do parnaibano.

Periodicidade Mensal

Distribuição Santana de Parnaíba - Bairros e Centro Histórico

Publicidade anuncie@parnaibatem.com.br Tiragem 7.000 exemplares (distribuição gratuita)

Nota da redação A revista PARNAÍBA tem não se responsabiliza por opiniões e artigos assinados, todos os dados apresentados nas matérias são de responsabilidade de seus autores, os quais não mantém nenhum vínculo empregatício com a mesma e todos os anúncios foram veiculados mediante prévia autorização das empresas. Fica vedada a utilização, sem prévia consulta, de textos e fotos em outro veículo de comunicação. Os preços de produtos e serviços divulgados nessa edição, foram fornecidos por seus fabricantes ou distribuidores, e podem sofrer alterações sem prévio aviso.

Um grande abraço! Marcio Mrotzeck

Publicitário e Designer Gráfico

A revista PARNAÍBA tem é uma publicação da MW Comunicação e Design Ltda., sob CNPJ 05.630.153/0001-36

Tel 11 4154.2470 / 9604.1266 redacao@parnaibatem.com.br

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Desde tempos remotos as pessoas fantasiavam fatos que, transformados pela imaginação, tornaram-se “tradição popular”.

Informação: Profª Izes Bastianon C. O.)

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- Se você brincasse o Carnaval até o final da 3ª feira teria que ir cedo para a Igreja para purificar a alma e sair com uma cruz de cinzas na testa, já que era 4ª feira de Cinzas. Hoje, tornaram-se lendas da cidade.

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Para quem acreditava... - Até a década dos anos 50, os antigos parnaibanos diziam (não se sabe se acreditavam ou repassavam o que ouviram dos seus antepassados) que era pecado pular o Carnaval na 3ª feira, depois da meia-noite. Que se você olhasse pela fechadura da porta de algum salão, inclusive a do nosso Clube C.A.S.A., cuja porta era fechada pela superlotação, veria todos os foliões com chifres e rabos, pois já era o início da Quaresma.

ERRATA: no texto sobre o Carnaval do Passado, Leandro do Cururuquara era avô de Luiza, esposa do Sr. Carmelino, pag. 11

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06 GASTRONOMIA 18 NEGÓCIOS 14 PATRIMÔNIO 08 PÓS-CARNAVAL 16 ESPECIAL

Conheça melhor a Fundação Eprocad

Gostas de Bacalhau?

Globalização x Regionalização

Professor Júlio Barros, responde

Divirta-se tentando se encontrar nas fotos

Foto Marcio Mrotzeck

mais capa

Muita emoção!

A tradição se confirma, Santana de Parnaíba encanta quem por aqui passa, cada espetáculo uma nova história, mais público, mais fãs, mais festa. E quem vem uma vez, sempre pretende voltar. É assim, aqui nessa cidade onde cada vez mais dá gosto de viver, seja Carnaval, Drama da Paixão, Corpus Christi, Natal... Dessa forma nossa Parnaíba vai ganhando cada vez mais espaço no cenário Nacional e Mundial, pois a representação do Drama da Paixão de Cristo atrai fãs de toda parte, e este ano é esperado um público maior do que o do ano passado, e a prefeitura que produz todo o espetáculo sem custo algum à população, dessa vez pretende ajudar o Fundo Social de Solidariedade, pois estará sendo cobrada a simbólica entrada com 1 Kg de alimento não perecível, uma cobrança mais que justa, pois produzir um espetáculo de tamanho enriquecimento da Cultura Popular à custo zero, merece ser reconhecido e aplaudido de pé, e quem ganha com isso é a própria população!

DRAMA DA PAIXÃO Cidade se prepara para mais este grande espetáculo, já considerado o 2º maior do país. E parte do elenco fala com exclusividade à PARNAÍBA tem, confira. Página 10

SEMANA SANTA

Saiba como eram realizados os festejos da Semana Santa em Santana de Parnaíba, a tradição segue até os dias de hoje. Página 12

CHOCOLATE, é para todos

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SERESTA e SERENATA, está de volta 20 GESP, travessias aquáticas

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ANJOS DA TERRA, puros de alma

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ASSECE, atro futebol

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PRESERVAÇÃO, morro do voturuna

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CONSTRUÇÃO, dicas na contratação 24 CRÔNICA, amor não tem idade

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especial

Fundação Eprocad por Debora Valente para PARNAÍBA tem

Fotos Marcio Mrotzeck

Preparando o jovem para o mundo Sua origem deu-se pela união de empresários com percepção da necessidade local e com comprometimento em preparar o jovem para o mundo. Fundamentaram-se no esporte, na educação e no resgate de valores positivos, para colocar à disposição da comunidade um trabalho voltado à formação da criança e do adolescente. Desta forma, contribuem para a formação de verdadeiros cidadãos há mais de 20 anos. Com sede em Santana de Parnaíba, SP, a entidade atende por volta de 300 crianças e adolescentes, entre 06 e 18 anos de idade oferecendo acesso a arte, música, educação ambiental, esportes, recreação e informática. Assim, a entidade oferece melhores condições de educação às crianças de famílias de baixa renda, e em estado de vulnerabilidade social e pessoal, por meio de atividades diversificadas que contribuem para o seu desenvolvimento integral. São muitas as possibilidades de formação e informação, inclusive aprimorando sua performance e s c o l a r, a u m e n t a n d o s u a autoestima e melhorando seu autoconhecimento. A missão da instituição é investir na formação de crianças e adolescentes, com o objetivo de desenvolver suas potencialidades por meio do trinômio: esporte, educação e cidadania. Acredita-se que a educação seja o alicerce para

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uma sociedade mais justa. E como toda instituição sem fins lucrativos trabalha para o bem social, há uma enorme preocupação em fortalecer os jovens para o mundo. A instituição procura mostrar aos jovens a todo tempo os valores de solidariedade, respeito à diversidade, cooperação, comprometimento, lealdade, tolerância e iniciativa. Mas tudo isso adveio de uma conquista contínua adquirida com a experiência dos anos de existência da Fundação. Contudo como toda organização, tem-se que observar todos os aspectos de seu desenvolvimento, progredindo sempre, para melhor servir aos objetivos ditados pelo estatuto social. Vale à pena ressaltar que a fundação é reconhecida de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal. O presidente da EPROCAD, Dr. Benedito Abel de Jesus comenta sobre as dificuldades que a instituição enfrentou: “Passamos por um período duro de reformas institucionais, administrativas e físicas, podemos dizer que apesar das dificuldades que enfrentamos e ainda teremos que enfrentar, estamos, numa boa fase, quando uma organização está bem estruturada fica mais fácil superar as adversidades. Assim podemos seguir colaborando em um futuro melhor para as nossas 300 crianças e adolescentes”. O presidente comenta ainda sobre a importância dos eventos nos quais

participa. Os eventos nacionais e internacionais permitem uma rede de contatos e movimentos e troca de experiências vitais para o terceiro setor. Além da atuação regional e nacional, a entidade participa de encontros e festivais internacionais, exemplificados pelo presidente, os encontros iniciaram em 2005, com o Encontro Sulamericano, realizado na Argentina (Encuentro Sudamericano Fútbol Callejero 05), seguido do Festival Mundial realizado na Alemanha em 2006, em 2007, aconteceu o Encontro Sulamericano realizado no Paraguai (Encuentro Sudamericano Fútbol Callejero 07), e agora por último, Festival Sulamericano realizado no Chile em 2008 (Festival Football For Hope Chile 08). A Fundação participa também dos seguintes conselhos, redes e movimentos, alguns relacionados a sua atuação no exterior como: Rede Sudamericana de Futebol de Rua (Red Sudamericana de Fútbol Callejero); S t r e e t Football W o r l d ;


Como todas as organizações que participam da rede, o compromisso é divulgar a metodologia que engloba: Equipes mistas: participam dos campeonatos/jogos equipes compostas por homens, mulheres e portadores de necessidades especiais. A diversidade contribui para a auto-estima e inclusão social. Mediador: não existe juiz, mas sim a figura de um mediador, que acompanha o processo de participação e reflexão no decorrer da partida de futebol, estimulando e ratificando a importância do diálogo. Consenso e reflexão: os jovens devem juntos, estabelecer as regras antes de cada partida e, ao final as equipes se unem para, junto com o mediador social, refletir o cumprimento das regras acordadas antes do jogo

A atividade do Futebol de Rua é uma importante atividade desenvolvida na Fundação, mas não é a única, são oferecidas aos educandos várias oficinas, como: Oficinas sobre Cidadania, Meio Ambiente e Saúde Preventiva, cuja proposta é promover o autoconhecimento e a interação com o seu meio, estimulando a identidade de um com o outro, que permitirá gerar o sentimento de responsabilidade individual, social e ecológica, frente aos problemas socioambientais. Oficinas sobre Educação Física, Esporte Educacional e Lazer, cujo compromisso é de promover a conscientização do bem-estar físico e mental, ajudando no crescimento saudável, além de desenvolver os valores humanos nas crianças e adolescentes do programa. Oficinas de Arte e Cultura através da História e dos Ritmos de Santana de Parnaíba, proposta de desenvolver a expressão oral, corporal e musical dos educandos, de acordo com a cultura local ajudando-os a lidar com seus sentimentos. Conhecer outras expressões culturais. A diversidade contribui na recuperação e consolidação da identidade individual e do respeito pela identidade alheia. Oficina de Informática, que propõe educar utilizando a informática como ferramenta de pesquisa (meio ambiente, globalização, conhecimentos gerais e temas atuais). Com alguns programas é possível aprimorar a digitação, a ortografia, desenvolver cálculos matemáticos e o raciocínio lógico por meio de fórmulas e planilhas eletrônicas.

Sobre a Fundação A entidade possui duas unidades, uma no centro da cidade e outra no bairro da Cidade São Pedro, o campus do Centro, dispõe de centro olímpico de aproximadamente 30.000 m² com pista de atletismo, quadras poliesportivas, campo de futebol, biblioteca, sala de informática, sala de vídeo, consultório odontológico, refeitório, espaço para oficinas, e muita área verde preservada. Nesta unidade funciona a sede administrativa, localizada na Rua Pérola, 251 - Jd. Parnaíba em Santana de Parnaíba. Telefone 4154-6955. Já a unidade do São Pedro, as instalações contam com 700 m² que foram reestruturadas, e incluem salas, quadra, refeitório, espaço para oficinas. Está localizada na Rua Benedito Alves Siqueira Castro, 366, Cidade São Pedro, Santana de Parnaíba. Telefone 4156-5424 Sem chavão de fala, o terceiro setor no Brasil tem um papel crescente e deve ser valorizado. A divulgação das atividades das entidades, só ajudam a despertar o interesse daqueles que querem trabalhar em prol do próximo, valorizando a existência humana sempre.

Fotos Acervo Eprocad

Football For Hope. Além destes participa também do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Municipal de Assistência Social. A caminhada fora do país se deve a prática do futebol de rua. A Fundação EPROCAD e suas parceiras na América do Sul compartilham a visão que utiliza o esporte como ferramenta de educação, socialização e desenvolvimento individual. No Brasil, é uma das instituições de referência da Red Sudamericana de Fútbol Callejero, uma rede mundial integrada por profissionais e projetos com iniciativas neste campo e com uma metodologia inovadora.

Va l o r e s h u m a n o s : s ã o valorizados não somente o resultado esportivo, mas também os valores humanos, como respeito, integridade e justiça. Respeito e disciplina: as equipes não jogam umas contra às outras. O diferencial desta metodologia é que as ações de cada jogador, ao longo dos três tempos, definem o vencedor. Por isso, nem sempre o time que faz o maior número de gols ganha prova de que o respeito às regras e aos demais participantes valem pontos.

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por Profº Júlio Barros

Patrimônio Fotos Marcio Mrotzeck

Como fazer...

Em nosso número anterior, surgiram algumas indagações ao meu “elogio” aos Bartolomeu’s Bueno’s, pai e filho, como se pudéssemos em algum momento externar nossos pensamentos em relação a saga destes personagens, transgressores de limites, ainda tão pouco estudados em nosso país.

Devemos falar da saga destes personagens, sem apropriarse deles, pois, sabemos que estas histórias são públicas, e, portanto, que cada um dê sua própria interpretação. Temos é de nos apropriar do saber, e não dos personagens, senão descabidamente inventamos. Nosso objetivo maior é criar uma janela crítica, quanto à leitura de nosso patrimônio histórico, contextualizando-o não somente pelas técnicas e/ou alguma visão plástica ou tecnicista, num saber sem função social. Acreditamos que, as técnicas empregadas nas construções de nossos antepassados, eram de domínio de gente simples, gente de ofícios, com regalo na comunidade, com grande papel social, mas... Brancos pobres, negros escravos, mulatos, cafuzos, mamelucos e índios escravizados. Por exemplo, o casarão da Marquesa de Santos (verdade ou lenda), onde hoje funciona a Secretaria de Turismo e Cultura de nossa cidade, foi construído por estes mesmos

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oficiais/mestres, rudes homens de grande conhecimento das técnicas dos ofícios. Portanto, contextualizar o homem e sua época, faz parte da construção de um conhecimento significativo, profundo, onde podemos retirar o que há de melhor da função social e coletiva do tombamento, que segundo o professor Adilson Abreu Dallari, ...“o tombamento configura verdadeira servidão administrativa, na medida em que o Poder Público absorve uma qualidade ou um valor já existente no bem tombado, para desfrute ou proveito da coletividade.” E a Mestra e Juíza Federal, Adrey Gasparini, cita ...“É ainda de se concluir que o tombamento é servidão administrativa, pois há, como em todos os tipos de servidão, prejuízo por parte do direito de propriedade, já que o uso, o gozo e a exclusividade não são mais apenas do proprietário, mas sim de toda a coletividade, que obtém o direito de ter aquele bem preservado.” Complementarmente, solicito a todos que observem com atenção o Artigo 19 do Decreto Lei 25 de 30 de novembro de 1937, que cria o que é hoje o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde Mário de Andrade, e seu principal redator, Dr. Rodrigo Mello Franco de Andrade, faz constar: ...“O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para

proceder às obras de conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras,...”. E simplificando o texto, vamos ao § 2° do mesmo Artigo que consta, ...“À falta de qualquer das providências previstas no parágrafo anterior, poderá o proprietário requerer que seja cancelado o tombamento da coisa.” Buscamos, como já foi dito, ajudar construir uma análise crítica, na leitura de nosso conjunto de memória cultural, portanto, contextualizar, criar dúvidas e sugerir caminhos é nosso objetivo. Não nos faz gosto falar da Casa 80, no Largo São Bento, seus deslumbres tecnológicos, reunindo em uma mesma edificação a taipa de pilão, a taipa de supapo, o pau a pique com adobe, o forro de caniço, piso de tijoleira, a madre de pedra seca, e todas as suas particularidades volumétricas, sem lembrarmos do homem, que a construiu e/ou fez sua história, e os homens que a conservam nos dias de hoje, isso é deixar de lado muitas referências, tais como, o Primeiro Convento Beneditino, o Padre Guilherme (“banqueiro das bandeira” e filho do Capitão Guilherme), a história da metalurgia no Brasil, as atuais políticas públicas de preservação, o entendimento da


população que detém o bem e o preservou até os dias de hoje. Já que os tombamentos realizados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Santana de Parnaíba são de meados do século passado (1948 e 1951), e o tombamento do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), protegendo acertadamente todo o conjunto, data do final do mesmo século (1982), fica comprovado que quem de fato, por enumeras razões, entendeu e preservou o conjunto histórico, hoje referência nacional, foi o povo desta nossa cidade, já que, se não fosse a consciência/amor as suas tradições, teríamos apenas três pequenas, importantes e belas, referências de toda nossa historicidade, e, isso não bastaria como herança cultural representativa de todo um indiscutível legado. Objetivamos nesta coluna, escrever, sem exprimir opiniões pessoais, sem falar do passado com parcimônia, trabalhando na busca de uma educação ambiental (Artigo 225 § VI da CF/88), que nos permita valorizar este direito do ambiente cultural, de um ‘bem’ construído, edificado, valorizando/conduzindo ao Direito do Desenvolvimento, que por vias do sustentável, promove no homem a atenção a sua memória, e, por conseguinte, o desfrute de um desenvolvimento seguro e fraterno. Queremos ir muito mais além, desejamos buscar no imaginário da preservação de nosso patrimônio histórico, o instrumento da união, do resgate da identidade cultural, num método Participacionista, que concebe o patrimônio e sua preservação relacionando-os com as necessidades globais da sociedade. Objetiva-se viabilizar o acerto democrático e legal, que substitua a atitude arrogante do “autorizado”, o detentor do conhecimento, muitas e muitas vezes monumentalista, mercantilista e douto equivocado, promovendo erros, tais como a preservação de Tiradentes no estado de Minas Gerais e o Recife Antigo, no estado do Pernambuco. Onde “o jeito de ser”, a cultura, seu povo, não teve espaço para ser preservado, levando-nos assim a visitar um cenário mórbido de um

parque temático, sem nenhuma essência cultural, nos sobrando apenas as casas que tão somente, não nos podem ser as tradutoras da história, e então, nos dias de hoje, como objetos da exploração de um turismo sem substância, puramente mercantilista, produtor de cenário, sem vida, sem “jeito de ser”, sem identidade cultural. Fica aqui, mais uma vez, nosso pedido à reflexão, novamente lembramos a todos, que o distanciamento dos instrumentos da preservação, da comunidade local, que sem apropriarse dos benefícios e entendimento pleno do tombamento, não dará sustentabilidade ao ato jurídico, transformando-o em um fardo, num conflito, incompreendido e findo na ação e no tempo. Foi o amor do morador de Santana de Parnaíba, seu prazer pela tradição, e sua atitude conservadora das “coisas da família” (res in famílias), que legou aos nossos dias este fenômeno edificado, que tão próximo, praticamente dentro, da maior megalópole da América do Sul, a cidade de São Paulo, sobrevivendo ao sufrágio da modernidade, como um “Presépio”, nos lembrando “o sagrado” (in sacrae)... Santana de Parnaíba, nega então, as palavras do poeta Caetano Veloso “...a força da grana que ergue e destrói as coisas belas...”, no momento que, é seu próprio crescimento econômico, quem propicia a preservação de seu centro histórico.

Queremos mais, perguntamos se este modelo de condomínios aqui erigidos, são invenções do Século passado? Portanto, passíveis de uma reflexão, numa experiência que já possui sua história, relata um “jeito de ser”, e é sem sombra de dúvidas, um registro antropológico importante, característico plasticamente e passíveis de um estudo para possível tombamento? E numa aventura romântica, recorremos a Dr. José Cretella Júnior, no relatar o Direito Romano e dizer, ...”Res in patrimônio (coisa do Patrimônio), são as coisas que integram o patrimônio de uma pessoa, que devem ser objeto de apropriação privada e de atos jurídicos. São as res privatae. ...A teoria do patrimônio é moderna mas construída com elementos que e encontram em Justiliano.”

Firma-se aí a inteligência c o l e t i v a d o p r e s e r v a r, por amor generoso, que respeita afavelmente seus antepassados, e no mesmo quinhão entrega aos seus herdeiros, toda a história e conhecimento, edificado no tempo de sua existência, possibilitando assim uma escolha/crescimento mais ajustado, fortalecido e com maior possibilidade de acerto. “Conserva-se o passado para que as futuras gerações possam entender o presente.” (Audrey Gasparini)

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Capa

por Marcio Mrotzeck

Foto Márcio Martinelli

Drama da Paixão de Cristo

O 2º maior do Brasil Parnaíba está nos preparativos finais do grande espetáculo Desde 1997, a história é a mesma, diz Edimilson Andrade, grande responsável pela apresentação do Drama da Paixão (riquíssima em detalhes e conteúdo), à frente do espetáculo nos últimos 12 anos, onde também já atuou, ele nos conta que é contagiante a indescritível sensação de fazer o Drama da Paixão, entre todos os membros do elenco, desde a equipe responsável pelo desenho e confecção dos figurinos até os artistas que entram em cena, pois os detalhes são muitos e cada vez mais importantes, aí está o diferencial de nossa cidade. Somos uma verdadeira família relatou Lívia Peccioli que este ano pela 1ª vez nos 10 anos

Foto Sávio Barletta

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em que participa vai vivenciar o papel de Maria, mãe de Jesus, ela nos revela também que no ano em que não atuou devido seu período de gestação, chorou muito, pois queria estar ali, fazendo acontecer, Edson Barros que pelo 3º ano consecutivo vai figurar Jesus Cristo nos fala da satisfação e o amor que sente em estar ali, diz também que todo o trabalho é árduo e a cada ano tem uma sensação diferente a apresentação, pois requer muita dedicação e concentração, mas tudo é válido, pois os aplausos do público pagam todo e qualquer esforço, Edson atua há 11 anos, e começou como figurante. Wanderley Diaz, pelo 6º ano vai

Fotos Marcio Mrotzeck

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representar Davi, ele nos diz que nos 12 anos em que participou a dedicação foi cada vez maior, cada ano temos uma motivação a mais, a receptividade do público é muito grande. Acompanhamos o andamento dos preparativos, e a equipe que confecciona as roupas está a todo vapor, a cidade toda está a todo vapor com os preparativos para o Drama da Paixão 2009, o espetáculo é produzido pela Prefeitura e apresentado tradicionalmente durante a Semana Santa. A encenação, que conta a história de Jesus Cristo, do seu nascimento à ressurreição, é considerada a segunda maior do gênero no país.


rletta Fotos Sávio Ba Cenário do Drama da Paixão em 2001, na época com aproximada aproximadamente 2.000 m², hoje cenário tem 15.000 m²

Mudanças no Cenário Segundo a direção, o Drama da Paixão desse ano terá algumas inovações em cenas, além de

mudanças no cenário. “O Castelo de Pôncio Pilatos será maior que o do ano anterior, a vila ganhará mais duas casas e todas as cenas, inclusive a da crucificação de Jesus Cristo, serão mais próximas da platéia”, explicou o diretor Edimilson Andrade. O diretor lembra de 2001, quando o cenário ainda era atrás da Igreja Matriz e tinha aproximadamente uns 2.000 m², naquela época não contavamos com a estrutura de hoje, mas a emoção, a dedicação e o amor em dirigir a peça nunca foi menor. Outra inovação no espetáculo ficará por conta da narração da fase heróica do Rei Davi, da vitória sobre o gigante Golias até a sua coroação. Em seguida, a história prosseguirá com a vida de Jesus Cristo, até chegar ao milagre da ressurreição. O espetáculo, sem dúvidas estará imperdível, portanto reserve um dia em sua agenda e venha prestigiar esse elenco fantástico as margens do Rio Tietê, venha se emocionar ao vivenciar as passagens de Jesus Cristo entre

nós, traga toda a sua família! A entrada é franca, com a doação de 1 kg de alimento, não perecível. Os alimentos arrecadados serão doados ao Fundo Social de Solidariedade do município. Edimilson e parte da Família do Drama da Paixão “fazemos porque amamos”

Fotos Marcio Mrotzeck

Este ano para reproduzir a história, o espetáculo conta com 110 atores e cerca de 800 figurantes, todos moradores da cidade, que atuam num espaço cenográfico de 15 mil m² ao ar livre, às margens do Rio Tietê, na Barragem Edgard de Souza - localizada no Km 40 da Estrada dos Romeiros. Os preparativos da encenação tiveram início há dois meses, com a redação do roteiro e a escolha dos atores. Já os ensaios para as apresentações, que esse ano será nos dias 9, 10 e 11 de abril, tiveram início em 22/03, no local da encenação. Sob a direção de Edimilson, atores e figurantes vão ensaiar suas falas e suas posições nas cenas até a noite de estréia. Serão duas horas e meia de espetáculo, que encantam e emocionam os seus espectadores com a mais bela história de todos os tempos.

Foto Márcio Martinelli

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por Izes Bastianon

Catolicismo

Semana Santa Na antiga Parnaíba o catolicismo predominava em grande parte dos moradores e era centralizado na Igreja Matriz Nossa Senhora Sant’Anna. Toda festa católica tinha a participação e colaboração dos fiéis parnaibanos junto com as “Congregações” da Igreja. Os “Congregados Marianos”, representados pelos senhores, usavam roupa escura (não obrigatória a cor), a fita com medalha pendurada no pescoço. Antes de completarem dezoito anos, eles pertenciam a “Cruzada Eucarística” - todos vestidos de branco e fita amarela. Os homens que ficavam perto do “Santíssimo” tanto nas missas, nas rezas ou nas procissões eram chamados de “Irmãos do Santíssimo”. Usavam uma capa vermelha, sem mangas -a opapor cima do terno. As jovens, solteiras, pertenciam a Congregação “Filhas de Maria”, usando roupa branca e fita azul. Quando casavam era cantado o hino de despedida no casamento.

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As senhoras dividiam-se em dois grupos: a “Irmandade do Coração de Jesus” que vestiam roupa preta e fita vermelha com a medalha do Coração de Jesus. O outro grupo era o da “Irmandade de São José, com roupa preta e fita amarela com a medalha de São José. Todas as mulheres usavam o véu sobre a cabeça, branco ou preto, tinham o seu terço e o pequeno livro de orações e cânticos - o missal. A Semana Santa acontecia com seus próprios princípios com a participação das Congregações e demais fiéis. A Banda “Lyra Parnahybana” e anos depois a Banda “Santa Cecília”

Trecho extraído do Jornal “A Voz de Sant´ Anna” 07 de março de 1937 - Diretor Pe. Luiz Alves de S. Castro Acervo: Izes Bastianon

tocava a marcha fúnebre na procissão do Enterro do ou do Senhor Morto. A matraca anunciava o cântico da “Verônica”, nas paradas da Via Sacra, pelas ruas

1953 - A Cruzada era formada por jovens entre 12 e 13 anos que ajudavam as “Filhas de Maria”, nas atividades da Igreja. A responsável pelo grupo Maria José Branco (Dona Zeca) - In Memoriam. Acervo: Maria Machado Bonifácio


Foto Marcio Mrotzeck Verônica e São João Batista Semana Santa - 1931 - Igreja Matriz Da esquerda para a direita: Iracema Rodrigues Machado, Aurelina Pinto Jacira Teixeira (Verônica), Did Pinto, Margarida Risonho, Donina Lua (São João Batista) Acervo: Maria Arruda Alves - In Memorian

Bartolomeu Bueno e Praça 14 de Novembro. As janelas das casas em que se davam as paradas, sempre estavam enfeitadas com belas toalhas bordadas ou de crochê, flores e castiçais de velas. O morador era avisado com antecedência para os preparativos. No domingo de Páscoa, depois das celebrações na Igreja, havia a quermesse na praça ao som da Banda no coreto.

As famílias tradicionais participantes eram: Branco, Vieira, Alves, Scarpa, Machado, Bastianon, Procópio de Moraes, Serra de Freitas, Chaves de Oliveira, Siqueira Campos, Pedroso, Lua, Teixeira , Asssumpção, Rocha Vieira, Sant’ Anna Leite, Marques, Antunes Siqueira, Elias, Oliveira, Marchesini, Miguel, Teani, Arruda, Risonho, Cardoso e outras. Trecho parcial do livro “Memórias, Registros e Encantos da Minha Terra - Santana de Parnaíba”, de autoria da Profª Izes Bastianon Chaves Oliveira.

Entrevistados: Benedicto Antonio Pedroso (Benê) - In Memoriam Wagner Bastianon Chaves Oliveira Miguel Luíz Villar Therezinha do Menino Jesus Branco de Sousa Lembranças da autora

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Negócios por Heliton Costa

Globalização Regionalização A globalização é uma corrente, a meu ver, irreversível, que nesses tempos de modernidade mudou completamente a maneira de consumir do mercado, atingindo níveis incríveis e inimagináveis, alterando a conjuntura econômica das nações, continentes e regiões. Não há duvidas que os mecanismos mercadológicos atuais de compra e venda contribuem e muito para a praticidade e economia (neste sentido da palavra quero me referir a economia no bolso - redução de custo) do cidadão e das empresas, de um modo geral. Porém esse processo que pode muitas vezes parecer simples, onde hoje, pela internet conseguimos nos conectar com qualquer parte do mundo em segundos, com tradutores, cartões, mil e uma facilidades, conseguindo até mesmo comprar flores a quilômetros de distância, pode ser muito perigoso para a economia local. O exemplo mais fácil e efetivo que comprova esse perigo é a grande crise econômica global, onde não se tem um controle interno da crise justamente por não se possuir uma economia exclusivamente interna. Onde quero chegar é ao nível da microeconomia, uma vez que estamos lendo uma revista regional. Quero frisar a importância do fortalecimento da economia local, para o desenvolvimento da região, no nosso caso da nossa cidade. É claro que, a economia no bolso do consumidor sempre pesa mais, mas devemos dar

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preferência ao comércio local, com a finalidade de aquecer a economia interna, com isso não estamos interferindo no processo de globalização natural de uma forma direta, todavia estamos regionalizando a economia. Essa regionalização econômica é de suma importância, pois gera empregos, cria renda e com isso fortalece, enriquece e traz progresso para o nosso município e região, culminando em um processo que beneficia a todos, pois valoriza a região em vários aspectos. Nossa cidade tem muito potencial, procure se informar antes de procurar algo fora daqui. Temos um bairro quase que completamente industrial, que produz uma diversificada gama de produtos e serviços. Por que não comprarmos e vendermos no mercado local, principalmente as empresas entre si? Existe aí uma economia em termos de logística e tempo imensa. Outra coisa que podemos citar é o próprio turismo local, pode parecer idiotice dizer ao morador da sua cidade para que vá ao centro da cidade fazer uma visita, conhecer os locais turísticos a gastronomia que tem a oferecer, mas num município de grandes dimensões geográficas como o nosso, e de demografia diversa, bairros isolados entre si distantes uns dos outros, essa é uma excelente dica. Vejo alguns moradores dos bairros de Santana

de Parnaíba irem visitar cidades vizinhas, e comer em restaurantes de cidades vizinhas, apreciar a arquitetura e história sem saber que debaixo do seu nariz existe uma gama de ótimas opções, muitas vezes melhores e mais baratas. Para você que é um empresário da cidade, ficam aqui a dica e o desafio de tentar trazer para o seu bairro, para a sua cidade, produtos e serviços que ainda não estejam disponíveis e com necessária demanda, lembrando sempre de oferecer qualidade e preços competitivos. Não se esquecer de falar, anunciar, comunicar. A propaganda é a alma do negócio. Ao consumidor usar a pesquisa de mercado, cobrar, opinar, se informar e principalmente prestigiar. Por que a laranja do pomar do vizinho tem que ser sempre mais brilhante que a nossa???

Sxc.hu

X


por Antonio de Oliveira

Não É Só Para As Crianças Que o Coelhinho Traz Felicidade. Após a Semana Santa chega o Domingo de Páscoa. Sim, a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus. Depois de todo o sofrimento pelo qual passou o Filho de Deus Ele, através de sua ressurreição esplendorosa volta a estar no meio dos apóstolos. A Páscoa é realmente uma festa cristã, uma festa cheia de felicidade. No calendário judaico temos a Páscoa como uma das mais importantes festas. Celebrada por oito dias, comemora o Êxodo dos israelitas do Egito, até então escravos, agora partindo para a liberdade. Uma passagem da escravidão para a liberdade assim como Jesus passou da morte para a vida. Uma festa cheia de alegrias de comemorações, de presentes. Crianças felizes, roupas bonitas comidas diferentes... No Brasil a introdução do coelhinho às festividades da páscoa vem de uma época distante. As crianças esperavam ansiosas a chegada do coelhinho que iria trazer chocolate. Sim, e da melhor maneira, ovos de chocolate. Coloridos, brilhantes, recheados, sabores diferentes, laços de fita, pequenos, grandes enormes... Os costumes são variados, como no Natal o Papai Noel traz os presentes, na Páscoa o Coelhinho traz os ovos. O Coelhinho da Páscoa normalmente esconde os ovos para que as crianças, logo pela manhã, os procure. E a cada ovo que a criança vai encontrando um sorriso ilumina aquele rostinho cheio de felicidade. E qual o pai, qual a mãe que não procura comprar um ovo de chocolate para dá-lo a seu filho... O namorado para a namorada, o rapaz para aquela garota que deseja conquistar... Ou também como nessa história... “Mariazinha é uma garotinha pobre, sua mãe que não anda lá muito bem de saúde e não pode trabalhar, pega latinhas e papelão pelas ruas para o sustento da casa. No entanto, Mariazinha, aquela garotinha de uns seis anos, não entendia que sua mãe não tinha dinheiro para comprar um ovo e um coelhinho, poderia ser pequeno, como dizia Mariazinha, mas ela sonhava com aquilo. Dois dias antes do Domingo de Páscoa Mariazinha adoeceu. A febre não passava e Mariazinha ficou de cama. Analgésicos lhe foram dados, mas a febre persistia. Na véspera da páscoa, sábado já no final da tarde, a mãe de Mariazinha passando defronte a uma loja com muitos

pacote junto do travesseiro de Mariazinha que ainda dormia... Ao acordar, que alegria!... Um ovo de chocolate lindo e dourado e um coelhinho branco com um lassinho de fita vermelho... Num salto Mariazinha saiu da cama e com alegria falava: - Eu sabia que ele viria e iria me trazer o ovo que eu tanto queria!... Mariazinha não tinha mais febre, estava curada”. Sxc.hu

Chocolates

ovos e coelhinhos expostos passou a olhar e a lembrar de Mariazinha que sonhava em ganhar um ovo e um coelhinho. Sem perceber, lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto sofrido pelo trabalho... Uma senhora bem vestida e já carregando uma cesta com vários ovos e coelhinhos de vários tamanhos, mesmo sem conversar com a mãe de Mariazinha foi até o caixa e mandou embrulhar um ovo e um coelhinho e voltando falou: - Talvez você tenha para quem dar... Boa Páscoa para você e sua família... A mãe de Mariazinha se encheu de alegria e na manhã seguinte colocou o

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por Marcio Mrotzeck

Pós-Carnaval

Tradição confirmada

Carnaval de Santana de Parnaíba Como era previsto Santana de Parnaíba, mais uma vez, reafirma sua tradição em carnaval de rua ao realizar uma das maiores festas populares da Grande São Paulo. Realizado com total apoio da Prefeitura, o Carnaval 2009 – que contou com cinco dias de folia –, atraiu mais de 160 mil pessoas ao Centro Histórico da cidade, que se divertiram ao som de samba de bumbo, marchinhas de carnaval, axé e, ainda, prestigiaram o desfile das duas escolas de samba da cidade, a Unidos de Parnaíba e o Clube Atlético Sant’ Anna (CASA). O Grito da Noite, marcou a abertura oficial do Carnaval na sexta (20/02), com a Noite dos Fantasmas, quando diversos foliões se vestiram de vampiros, bruxos e outras fantasias fantasmagóricas. Com o seu samba de bumbo característico, que remete ao período dos escravos, o bloco arrastou milhares de foliões pelas ruas do Centro Histórico. Silvinho Peccioli, que faz questão de participar do bloco todos os anos,

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acompanhou o “Grito da Noite” ao lado da primeira-dama Alessandra Peccioli. “O Grito tem a ver com a própria história da cidade, que possui mais de 400 anos de fundação. Por isso, não tinha melhor forma de se abrir o nosso carnaval, a não ser com o grupo mais antigo da cidade, com seus mais de 200 anos de tradição”, disse o prefeito. No sábado, os foliões puderam se divertir com o bloco “Galo do Meio Dia”, o estreante “Bar-Tô-Beleza” e, por fim, o Bloco “Berro da Noite do Sexo Forte”. Este último, formado só por mulheres, é um desafio ao grupo Grito da Noite, que antigamente só aceitava que homens tocassem no bloco. No domingo, as pessoas se animaram ao som de muito axé, com o bloco estreante “Mocidade de São Luiz” e, em seguida, com os “Picaretas”, onde se apresentou a banda Pataquintera (SP), com 08 anos de estrada, é a banda pioneira de “micareta” em nosso carnaval, animando o bloco Picaretas desde 2005. Lenom, cantor e líder da banda diz, ser grande o seu prazer em vir tocar em Santana de Parnaíba.

Conquistou muitos amigos sinceros e pela receptividade para com a banda, inclusive dos foliões, já se considera um parnaibano (www.bandapataquintera.com.br). Após os animadíssimos blocos do domingo, foi a vez das escolas de samba Unidos de Parnaíba e CASA mostrarem o seu esplendor, durante o desfile na Rua Suzana Dias. Com o tema “80 anos de Ouro”, o CASA – que possui 83 anos de fundação - mostrou ao público um pouco sobre a evolução da moda, que marcou os últimos 80 anos. Em seguida, foi a vez do desfile da Unidos de Parnaíba, que retratou desde o descobrimento do fogo até os dias atuais, alertando para as queimadas e o aquecimento global com o tema “Fogo aquece, mas queima”. Na segunda-feira, quem abriu o quarto dia de Carnaval na cidade foi o bloco estreante “Ibraim” que desfilou ao lado do trio-elétrico pelas principais ruas do Centro Histórico. Em seguida, os foliões puderam relembrar as antigas marchinhas de Carnaval com o bloco “Alegria dos Kôroas”, que saiu pela


chuva, que caiu durante a volta do trio elétrico pela cidade, os foliões não desanimaram e continuarem alegres ao som de muito axé. Neste dia, devido ao tempo instável, não foi possível a realização do desfile. O público pôde conferir somente a apresentação da bateria da Escola Unidos. Segundo Silvinho, o grande sucesso do evento que faz a cidade ter um dos maiores carnavais de rua do Estado de São Paulo, deve-se a toda estrutura oferecida para receber o folião. “Temos a obrigação de receber bem as pessoas que vem à cidade e, para isso, investimos em infraestrutura, segurança, enfim, tudo o que é necessário para a realização de uma festa agradável. E é claro, quando o evento é bem feito, as pessoas voltam no ano seguinte”, disse o prefeito.

Segurança Para garantir a segurança do folião nos cinco dias de Carnaval, a Prefeitura contou com o trabalho integrado da Guarda Municipal Comunitária, das polícias civil e militar e de 120 seguranças particulares. A cidade também foi monitorada por câmeras espalhadas por diversos pontos estratégicos, proporcionando uma vigilância mais intensa, permitindo que o policiamento chegasse ao local assim que algo fugisse da normalidade. Para acessar o local da festa, todos os foliões tiveram de passar por um dos dois portais, colocados nas entradas do Centro Histórico, com detector de metais. Agora viaje nas fotos e tente encontrarse (risos). Santana de Paraníba, aqui cada vez mais dá gosto de viver!

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Fotos Marcio / Izes / Secom

primeira vez na 2ª feira de carnaval em 1991. A idéia surgiu quando Norberto, Gera e Benê (in memoriam) estavam tomando cerveja no S. Paulo Antigo. Como na 2ª feira não havia bloco musical, somente os homens vestidos de mulheres, resolveram fazer 30 camisetas. Conseguiram o caminhão do Titica e o som do Júlio. O bloco começou com 50 pessoas pelas ruas, acompanhando a banda e terminou com mais de 400 pessoas, ao som das antigas marchinhas de carnaval. Hoje, o grupo tem 12 componentes, com sua ala jovem: Zegue e Biriba. O compositor do grupo é o Cinco (integrante dos Kôroas). E por último, o desfile do bloco “Nossa Cara” que apresentou um abadá em homenagem a Cidade. Na terça-feira, foi a vez da apresentação do bloco “Praieiros”. Apesar da forte

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Gastronomia por Leandro Pires Afonso

Especialidade Portuguesa Os portugueses descobriram o bacalhau no século XV, na época das grandes navegações. Precisavam de produtos que não fossem perecíveis, que suportassem as longas viagens, que levavam às vezes mais de 3 meses de travessia pelo Atlântico. Fizeram tentativas com vários peixes da costa portuguesa, mas foram encontrar o peixe ideal perto do Pólo Norte. Foram os portugueses os primeiros a ir pescar o bacalhau na Terra Nova ( Canadá ), que foi descoberta em 1497. Existem registros de que em 1508 o bacalhau correspondia a 10% do pescado comercializado em Portugal.

Foto Henrique Vilela

Já em 1596, no reinado de D. Manuel, se mandava cobrar o dízimo da pescaria da Terra Nova nos portos de Entre Douro

e Minho. Também pescavam o bacalhau na costa da África. O bacalhau foi imediatamente incorporado aos hábitos alimentares e é até hoje uma de suas principais tradições. Os portugueses se tornaram os maiores consumidores de bacalhau do mundo, chamado por eles carinhosamente de “fiel amigo”. Este termo carinhoso dá bem uma idéia do papel do bacalhau na alimentação dos portugueses. “Devemos aos portugueses o reconhecimento por terem sido os primeiros a introduzir, na alimentação, este peixe precioso, universalmente conhecido e apreciado”. (Auguste Escoffier, chef-de-cuisine francês, 1903).

Bacalhau a Gomes de Sá (rendimento de 4 a 6 pessoas)

Ingredientes: - 1 kg de bacalhau desfiado e dessalgado - 8 batatas medias cozidas - 2 cebolas - 4 ovos cozidos - 200 ml de azeite virgem - azeitonas pretas - batata para purê - salsinha Modo de Preparo: Em uma vasilha junte o bacalhau, as batatas picadas, as cebolas em lascas, os ovos picados, azeitonas e a salsa, regue tudo com azeite de forma que todos os ingredientes fiquem misturados, coloque tudo em uma forma (de preferência para as de barro) e cubra com purê de batata, leve ao forno alto e deixe assando por volta de 40 minutos ou ate que o purê fique bem dourado. Bom apetite!

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Parnaíba tem GESP no Circuito Paulista de travessias aquáticas

Após uma breve interrupção, devido às festividades de fim de ano e carnaval, o já tradicional Projeto realizado todo segundo sábado do mês - voltou a ser realizado pela Prefeitura no Centro Histórico de Santana de Parnaíba. Para obter mais informações sobre o Projeto “Parnayba em Seresta e Serenata” entrar em contato no DPDEM, setor administrado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, nos telefones 4154-5666 e 4154-6114.

Foto Marcio Mrotzeck

Torresmo com toque mineiro

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Quem nunca subiu ou desceu a pé pela Edgard de Moraes, e quase perdeu o rumo de onde ia com o cheiro dos torresmos do Cido? De 2ª a sábado das 09 as 22:00 hs, você pode saborear o “Melhor Torresmo de Parnaíba”, sequinho, crocante, imperdível! Além dos deliciosos pratos: dobradinha, mocotó e rabada. Tem cerveja, refrigerantes e outras destiladas também. O Bar do Cido, fica na Edgard de Moraes no número 73. Em frente ao Lelo Sports. Aceita-se encomendas, Tel 4154-0274.

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A Equipe de Natação do GESP (Grêmio Esportivo Santana de Parnaíba), conta hoje com 25 atletas com idade a partir de 08 anos, sendo três atletas portadores de deficiência física e 2 Técnicas Esportivas e Responsáveis pela Equipe. A nossa equipe participa de diversas competições durante o ano, dentre elas o Circuito Paulista de Travessias Aquáticas. Este Circuito acontece em 10 etapas uma por mês (fev. a dez.) com diferentes provas (500mts, 1.000 m e 3.000 m além de provas com equipamentos e para atletas universitários). A equipe do GESP vem participando destas travessias desde 2007, qdo iniciaram com provas de 1.000 metros para conhecer e aprender a nadar em águas abertas (represa e mar). No ano de 2008 os atletas que já haviam nadado 1.000 metros aumentaram a metragem indo para provas de 3.000 metros, enquanto os atletas mais novos iniciaram sua participação em provas de 500 e 1.000 metros. Agora no ano de 2009, os atletas mais novos que começam a participar das Travessias neste ano nadam a menor distância para aprender e ganhar experiência.

Nossa primeira participação do ano aconteceu na Represa de Ibiúna, contando com a participação de 13 atletas. O atleta mais novo desta estréia (Caio Luiz Fareto) com 10 anos nadou a prova de 500 metros mostrando que pode participar com tranquilidade das próximas etapas. O resultado desta 1ª Etapa foi excelente para o início do Circuito. Ficamos em primeiro lugar por equipe na prova de 3.000 metros e os nomes abaixo em destaque subiram ao Podium: - Julia Nunes e Juliana Damas (Técnicas e Representantes da Equipe) 1º colocado por Equipe nos 3.000 m. - Gabriela Marques - 1º colocado categoria A feminino - 1.000 m. - Jardel Santos e Rian Szokatz - 1º e 2º colocado categoria B masculino - 3.000 m. - Wellinton Souza e Eric de Morais - 1º e 2º colocado categoria C masculino - 3.000 m. - Natalia Coelho, Naioma da Silva e Jaqueline Vieira - 1º, 2º e 3º colocado categoria B feminino - 3.000 m.

Casa Encontru´s para atender a demanda da região, agora tem Roda de Samba Ao Vivo A Encontru’s foi criada para proporcionar total conforto e entretenimento para nossos clientes. Localizada na cidade de Santana de Parnaíba a Encontru’s anima suas noites impulsionada pelos melhores hits de todos os tempos. A casa conta com equipamentos de iluminação e sonorização de última geração, comandados pelos melhores e mais conceituados Dj’s da região. Uma programação eclética com shows Ao Vivo e nos intervalos o melhor do Pop Rock, Micareta, Black, Funk, Pagode, Reggae e Forró. Na Pista de dança os Dj’s tocam Dance, Techno, House, Black, Psy, Trance, Electro e tudo que existe de melhor no segmento eletrônico. Este empreendimento também tem

formatos flexíveis para realização de Eventos Empresariais, Formaturas e Aniversários. Confira a programação: - Sextas PagoFunk, das 22:00 às 04:00 da manhã - Sábados Aulão de Axé com o grupo Adrenalina, das 16:00 às 18:00 hs - Sábados Balada na Encontru’s, das 22:00 às 04:00 da manhã - Domingos Matinée com Forró Universitário e Country Ao Vivo. Nos intervalos animação com os Dj’s da casa, das 17:00 às 22:00 hs Endereço: Rua Bahia, 186 - Pq. dos Eucaliptos (Fazendinha) - www.encontrus.com.br

Fotos Gesp

Foto Secom

“Parnayba em Seresta e Serenata” está de volta!


Anjos da Terra Como gosto de crianças

por J. Nery Júnior

Sejamos como as crianças, puras de alma e coração e só assim seremos Felizes. Nas mãos das crianças o mundo vira um conto de fadas, porque na inocência do sorriso infantil, tudo é possível, menos a maldade. Crianças são anjos, são pedaços de Deus que caíram do céu para nos trazer a luz viva que há de fazer ressuscitar a verdade que vive escondida em cada um, criança não cultiva inimigos, os relacionamentos mais felizes são os que mais nos aproximam das crianças, em todos os sentidos. Simples, otimistas, sonhadoras, ingênuas e francas demais. Olhar para o rosto de uma criança brincando nos faz lembrar do quanto perdemos nossa inocência e do quanto nos tornamos cruéis, medrosos e cheios de preconceitos. Crianças não colocam rótulos em seus relacionamentos, estão sempre dispostas a estender a mão antes de saber se a ajuda trará algo em troca. Quando gostam de alguém, o sorriso e a ansiedade estampamse na cara. Não há como disfarçar, a linguagem corporal entrega o sentimento. Quando não gostam, fecham o semblante e afastam-se. Não há jogos, suposições, palavras mal-interpretadas ou

incompreendidas. Elas simplificam. Já imaginaram como nossos próprios relacionamentos mudariam de perspectiva se aprendêssemos as lições que elas nos ensinam? Acredito que não há amor melhor que aquele que nos força a voltar os olhos à infância. Um amor que nos remete à infância forma as mais doces lembranças que carregaremos na despensa da alma, como aquela caixa universal de remédios a quem recorremos sempre que o desânimo insiste em dar as caras. As pequenas coisas, aqueles instantes aparentemente bobos mas de uma singeleza única. Momentos que, reunidos, funcionam como a cola que gruda e assenta o sentimento, que passa da paixão voadora ao amor sereno. Lembrar que, naqueles instantes passageiros, fomos reis do nosso próprio universo; capitães de nossa própria alma. O reinado pode cessar, mas o sorriso de canto de boca fica eternamente como troféu de uma batalha sem vencedores, cuja finalidade principal é a de produzir saudades

quando precisarmos delas. As crianças nos ensinam muitas coisas boas na vida. Elas são abençoadas e queridas por Deus, a própria Bíblia nos mostra que Jesus Cristo as tratava com muito amor e atenção e que, certa vez, disse que para que um adulto entre no reino do céu, era preciso que se tornasse puro como uma criança. Creio que os maiores ensinamentos que as crianças nos trazem são: lealdade, sinceridade, inocência e pureza em seus atos; neles não há malícia e falsidades. E você, o que já percebeu ao ver crianças brincando? O que mais admira nelas? Qual lição de vida tira de suas atitudes? Afinal, o que você aprende com as crianças?

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Comunidade Parnaibana ACESSE-SP, Associação Esportiva Cultura e Ecológica de Sant´ Anna de Parnahyba participar desse campeonato.

Fotos Divulgação

Da informalidade de uma conversa entre alguns meninos que se reuniam na praça localizada na cidade de Santana de Parnaíba em nunca serem convidados para participarem de nenhum time de futebol, pois não eram “craques”, lançaram o desafio para Rosiméia Pinheiro de Freitas, mais conhecida como Rosi, se teria a coragem de montar um time de meninos excluídos! De brincadeira a seriedade em aceitar o desafio e provar aos próprios garotos que eles eram capazes de ser o que desejavam, bastando treinamento, dedicação e força de vontade, surgiu em 2002 o ATLÉTICO ATRO que mantém o lema: LUTAR SEMPRE, VENCER TALVEZ, DESISTIR JAMAIS. Com muito esforço conseguiram um uniforme e após muito treinamento em quadra emprestada foram para os campeonatos com o único intuito de provar que, para jogar futebol ou mesmo futsal basta querer e nunca desistir, é preciso ter vontade e ser persistente. Da persistência e vontade Rosi formou escolinhas de futsal que não parou mais de aumentar até que em 2008 criou a ASSECE-SP, que hoje trabalha nas áreas de futsal, futebol de campo, cultura e ecologia e conta com mais de cento e setenta pessoas, entre adultos e crianças que se beneficiam das várias atividades oferecidas. O objetivo da Associação é, tornar aqueles que participam

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pessoas melhores, com responsabilidade, superando os obstáculos, as deficiências e respeitando as diferenças. É sempre bom lembrar que a vontade de lutar desses grandes jogadores é tamanha que mesmo em quadras de escola e campo emprestado para treinamento, tem os seguintes resultados. 2003 - Campeão Feminino da Copa Independência 2004 - Vice-Campeão Municipal 2ª Divisão 2005 - Campeão da Copa Verão Jardim São Luiz 2006 - Campeão da Copa CASA 2006 - Vice-Campeão Municipal 1ª Divisão 2007 - Campeão e Vice São Luiz 2008 - Campeão Municipal Sub 17 2008 - Terceiro colocado liga de Cotia Sub 11 E tem mais, o ATLÉTICO ATRO é o único time de Santana de Parnaíba a participar do maior campeonato do mundo de futsal o CRUZEIRÃO que se realiza em Sorocaba. Em 2007 sua participação foi muito destacada já que ficou entre os dezesseis melhores dos 425 times inscritos. Fica desde já o agradecimento à Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba que, nos últimos três anos tem cedido muito gentilmente transporte aos nossos atletas para

Para participar da associação, em primeiro lugar é preciso que as notas na escola sejam sempre as melhores e não há a exigência de ser sócio. Já aquele que quer ser sócio basta uma colaboração mensal, anotando que todo o dinheiro arrecadado é revertido em bolas para as várias categorias, coletes de treinamento, taxa de inscrição dos campeonatos e lanche, quando os jogos são realizados fora da cidade. É importante mencionar que os uniformes são patrocinados por parceiros como a GIATEC e Dr. HERYSON – CENTRO MÉDICO que sem eles seria muito difícil o trabalho continuar. Rosi, sempre à frente dos times como treinadora não se cansa de falar que “um uniforme e uma bola podem fazer milagres com a auto-estima de uma criança” e, é por essa razão que a ASSECE-SP precisa de colaboradores como você, para manter esse trabalho com aqueles que passaram a acreditar que tudo é possível, não é preciso mais sonhar.... A associação hoje conta com um grande acervo de livros, CDs e vídeos, mas, como as colaborações são poucas, não há espaço suficiente para montar uma sala de vídeo e música, por isso o convite está feito. Venha fazer também parte da nossa história, seja um colaborador ou um associado, para isto basta ligar, entrando em contato pelo telefone 41546462 ou no email atleticoatro@ yahoo.com.br. Estamos aguardando vocês!


Foto Divulgação

Meio Ambiente

Desde o seu nascimento o Instituto SufrutoverdeuS têm uma forte relação com o Morro do Voturuna, patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT desde 1983, situado entre os municípios de Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus e Araçariguama. Sendo fonte de grande riqueza natural, o Morro do Voturuna por conter formações metálicas, tem sido considerado como aurífero (fonte de ouro) desde sua exploração pelo mameluco Afonso Sardinha, em 1590, que registrou haver descoberto “ouro de lavagem”. Assim, este patrimônio ecológico reconhecido pelas suas riquezas mineralógicas, vegetação, fauna e flora, vem sendo foco de extração de minérios e também de outras atividades antrópicas, sendo gradativamente levado a apresentar aforamentos em seu destacado maciço. Dotado de solos pobres, densas florestas de encostas fragilmente implantadas e recursos hídricos representados por torrentes radiais, e remanescentes representativos da fauna e da flora regional. Esta serra é caracterizada pelo domínio das florestas atlânticas de planalto e por ser refúgio forçado da fauna regional, devido à devastação e ocupação intensiva dos espaços que a circundam. Frente a essa situação o Instituto SufrutoverdeuS, realiza o projeto Expedições no Morro do Voturuna,

que tem como objetivo conhecer e também divulgar essa riqueza que nos pertence, além de realizar em todas as visitas o plantio de mudas nativas, que visam amenizar os impactos que já foram causados a este morro. Por meio dessas visitas todos participantes podem contribuir, pois a partir do primeiro contato passa a criar mais intimidade com a área, tanto para opinar quanto para ter uma atitude expressiva em relação a ela. Realizadas desde 2006 essas expedições contaram sempre com a participação de voluntários e plantou ao longo desses anos cerca de 200 árvores, dos mais variados tipos e espécies nativas como: Aroeira Pimenteira, PauBrasil, Canafístora, Ipê Amarelo, Acácia, Flamboiant, Quaresmeira e Paineira. A primeira expedição deu forças para o movimento e também aumentou o interesse por aquele que tanta riqueza tinha a oferecer, mas não tinha a quem mostrar. Na segunda expedição realizada em 2007 foi levado ao morro os integrantes do Projeto Arte na Lata, um grupo de jovens percussionistas de Osasco-SP, que constroem seus instrumentos a partir de materiais recicláveis. No dia 24 de Fevereiro de 2009, em plena terça-feira de carnaval, ocorreu à terceira expedição que reuniu crianças, adolescentes e adultos, todos com um único

Fotos Divulgação

Morro do Voturuna - Preservação objetivo de conhecer o morro, plantar e discutir sobre ele; desta forma o projeto vem mobilizando aqueles que sensibilizados com o quadro atual desse nosso patrimônio decidem ter uma nova postura frente a sua preservação. Durante essas expedições são realizados debates, com a finalidade de discutir os impactos negativos e positivos das atividades que ocorrem nessa área. Os temas tratados são direcionados pelo grupo de pesquisa do Instituto SufrutoverdeuS, que levanta dados durante o reconhecimento prévio da área a ser visitada. Como parte desse projeto, o grupo de pesquisa tem caráter itinerante, estando em diversas áreas do morro, e assim no período de um ano espera-se que o local esteja inteiramente reconhecido, contando com registros dessas experiências, a fim de concluir um diagnóstico da situação atual do Morro do Voturuna. Com base nas pesquisas e na realidade em que o morro se encontra, o grupo irá propor soluções. Esse projeto não desenvolverá conseqüências vindouras se o individuo não se conscientizar da unidade que forma com a natureza. O objetivo do Instituto SufrutoverdeuS é criar um ambiente onde o homem e a natureza, possam se relacionar em harmonia. Revista PARNAÍBA tem ABRIL/2009

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por Aida Baltazar

Construir Fotos Divulgação

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Construção sem problemas Quantas vezes não nos deparamos com comentários do tipo “é a primeira e ultima vez que construo”, ou construção nunca mais, enfim, é muito comum ouvirmos pessoas que se aventuraram na construção civil e tiveram uma amarga experiência. Realmente, construção não é para qualquer um. Por mais simples que pareça, requer um bom profissional. Para isso temos profissionais formados. Médicos, advogados, enfim cada qual na sua formação, exercendo atividades para as quais estudaram, e muito. A melhor forma para iniciar uma boa construção é: - em primeiro lugar verificar a documentação da área onde se pretende construir -comparecer a orgão público para verificar a possibilidade dessa construção, ou seja, se o zoneamento permite e quais as restrições para tal - consultar um bom profissional da área, engenheiro, arquiteto - verificar se esse profissional tem boas referências no mercado, visitar obras/projetos que ele tenha elaborado. Baseado nestes itens e somada a equipe de trabalho, dificilmente voce terá problemas. A construção ou reforma pode significar um recomeço, uma

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renovação. Faz bem ao corpo e a mente. Uma casa ou um ambiente de trabalho confortáveis, bem projetados, com ambientes iluminados e bem ventilados pode significar um bem estar que vão influenciar indiretamente sua saúde. Certamente uma mudança na cor de determinado ambiente pode fazer toda a diferença. Portanto o custo/benefício no investimento em um bom profissional vale a pena pois os resultados são sentidos no andamento da obra, na conclusão e posteriormente no uso do espaço. Além do projeto arquitetônico, são fundamentais também os chamados, projetos complementares, estrutural, hidráulica e elétrica.

Você pode pensar que é um investimento sem utilidade, que não têm a menor importância, mas a quantificação de material que é feita num projeto, pode baratear muito sua construção, pois você saberá exatamente o que comprar, e como será executada cada etapa de sua obra. Na hora de fazer um simples furinho na parede para pendurar um quadro e saber que ali não passa nenhuma tubulação, pode ser todo o diferencial de ter tudo documentado, desde a base até a cobertura. C o m o v o c ê s p o d e m v e r, a construção pode ser fácil e motivo de grande satisfação para quem faz e quem vai usufruir dela, só depende de você acreditar da importância de cada profissional.


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Dica de Filme - DVD

Foto Divulgação

por Leandro Daher

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Existem coisas que se vendem por si só. Richard Gere é assim, bastou estar na capa do DVD, para qualquer mulher, (e mamãe não foge a regra) dizer: Vamos levar esse aqui, adoro ele. Na minha habitual visita a locadora, lá estão eles novamente na prateleira dos lançamentos. Richard Gere e Diane Lane... e um filme recheado de clichês, mas pelo pedido da minha progenitora, entrou na sacolinha de filmes para o final de semana. Noites de Tormenta é um filme baseado no romance de Nicholas Sparks, o mesmo do ótimo “Diário de uma Paixão”, temos então uma boa referência para começar. O filme, como disse acima, é uma sucessão de clichês, nada de inovador, mas que deixa todas as nossas mulheres com o coração apertado e algumas horas da vida bem mais açucaradas. Adrienne (Lane) é uma divorciada, que vive pressionada pelo ex-marido e pela filha adolescente, essa que culpa a mãe da não presença do pai em casa. (acho que já vi isso antes). Paul (Gere) é um médico que vai até um lugar paradisíaco não para descansar e sim para resolver algo pendente que lhe causa certa perturbação. Ele se hospeda na única pousada da praia, e ADIVINHEM quem está gerenciando por um tempo essa pousada... ela mesma, Adrienne. Durante uma tempestade (a tormenta do título) a proximidade do casal se torna inevitável e logo depois acontece uma tórrida noite de amor. Apaixonados, claro. Festas, passeios e muita conversa. Agora o Doutor, um homem melhor, tocado pelo amor (clichêzinho) vai resolver o que até hoje nunca conseguiu. Não tão pertubado e nem tão egoísta, vai ao encontro do seu filho para dizer que ele é um outro HOMEM e pode ser o paizão que nunca foi. Opa olha o Clichê.... Como todo romance, as perguntam aparecem com força. Será que ele volta? Será que vai deixá-la a esperar e nunca mais aparecer? Era apenas um oportunista? Bom, assistam... sua namorada, esposa, noiva, mamãe ou mesmo a sogrona, adoram um agrado desse tipo. Faça companhia a elas, e coloque o DVD para rodar, tenho certeza que mesmo sendo uma boa SESSÃO DA TARDE, sem muito a mostrar, elas irão adorar... afinal temos Richard Gere no vídeo, no que ele melhor faz... ser o homem que todas elas sonham. Abraços, até a próxima edição. Revista PARNAÍBA tem ABRIL/2009

A matemática do relacionamento por Adriana Buglia

Alícia estava se sentindo o máximo. Representante da segunda geração de uma família de mulheres fortes e independentes, começou cedo uma carreira brilhante no competitivo mundo financeiro. Disciplinada e determinada, comandava uma empresa majoritariamente masculina. Apesar de ser uma mulher bonita e atraente, sua conta bancária e o seu poder afugentavam as investidas dos homens, mais ela parecia não se encomodar com isso. A empresária seguia a vida ganhando cada vez mais dinheiro e dormindo cada vez mais sozinha. Aos 40 anos, já com alguns preenchimentos, muito botox e em plena crise com o tempo, o vento e as rugas, foi apresentada para um garoto 20 anos mais novo que ela. Mesmo com juízo crítico formado, (SOU UMA MULHER MODERNA), Alícia agiu de maneira esnobe, contendo-se aos encantos de uma boca carnuda e um corpo afeito à músculos. Mas, depois de uma semana de telefonemas, buquês de flores e convites para jantar fora, teve que admitir...”o demônio de homem” tinha carisma. Curiosa, para não dizer encantada com aquela charmosíssima paquera, acabou cedendo e aceitando o convite para um jantar no apartamento dele. Vestida num elegante e muito bem cortado tailleur risca-de-giz, adornado por um poderoso colar de pérolas de três voltas,

Classificados

entrou no apê meio dona da situação, mais logo perdeu a pose ao descobrir que o jantar, que parecia uma festa, só tinha ela de convidada. A diferença de idade era bem numerosa e Igor ja tinha vivido outros relacionamentos com mulheres mais novas. Ele era sereno, cortês, inteligente, amável e o fato de ele ter um abdômen do tipo tanque, só contabilizou a favor do seu rejuvenescimento, ao lado dele Alícia estava se sentindo uma ninfeta, uma adolescente e isso a fazia se sentir segura do seu poder de sedução. Ficaram horas bebendo, rindo, conversando, falaram de tudo um pouco. Igor contou algumas histórias de amor, de aventura, de vida, de gente que, ao contrário dela tinha coragem de se jogar sem rede no colo do destino. A rotina de Alícia a fazia achar que tinha controle de tudo, o que ela não esperava, era um homem 20 anos à menos, despertar o monstro da libido dentro dela. Foi assim que a poderosa Alícia de Lins Pessoa passou a frequentar cinemas, parques de diversões, acampamentos, a comer cachorro-quente de carrocinha e a sair para pescar na represa. Hoje aos 45 anos com uma vida menor e a sabedoria maior, Alícia vive história de amor, de aventura, de vida... Não se tem notícia de uma cerimônia de casamento, mais os dois já estão morando juntos, consideram-se casados e felizes para sempre.

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