Jornal Santuário – nº 108, Fev. 2018

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Ano X Número 108 | Fevereiro de 2018 | www.paieterno.com.br

Tempo de conversão

Cristãos se preparam para vivenciar a Quaresma, momento em que são convidados a viver um tempo de reflexão, oração e penitência. [6 e 7]

Louvor ao Pai

Padres novos

Evento promove troca de experiências entre Missionários Redentoristas que têm até dez anos de sacerdócio. [4]

Solidariedade

Papa Francisco ressalta a importância da doação de sangue e inspira pessoas a realizarem este gesto grandioso de amor. [5]

Jovens trocam festividades do Carnaval por retiros espirituais e momentos de adoração a Deus. [8]


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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

EDITORIAL

ARTIGO

Celebração da vida nova A Quaresma é um tempo importante para a renovação da vida cristã. Um período em que o fiel tem a chance de refletir sobre seus atos e erros e buscar a conversão e o perdão. O Jornal Santuário traz nas páginas 6 e 7 uma matéria especial sobre o assunto, com detalhes sobre os 40 dias que antecedem a Páscoa, data em que a Igreja celebra a Ressurreição de Cristo. Fevereiro também é o mês do Carnaval. Na página 8, você poderá conferir uma matéria sobre jovens que se preparam para celebrar a data de forma diferente, voltada para o enriquecimento espiritual. Você confere o que os motiva a estar mais próximos do Pai Eterno nesta época de festividade. Além disso, o texto traz uma interessante análise do Missionário Redentorista Pe. Natalino Martins sobre a data. O dia que dá início à Quaresma (Quarta-feira de Cinzas) é também o dia em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) faz a abertura da Campanha da Fraternidade. Na página 9, preparamos uma entrevista com o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, para falar sobre a campanha que, este ano, evidencia a importância do engajamento de todos para a superação da violência. Além disso, é sempre bom falar de atitudes de solidariedade e amor para com o próximo. Por isso, a página 5 traz uma matéria sobre um gesto capaz de salvar muitas vidas: doação de sangue. A equipe do Jornal Santuário preparou os textos com muito carinho e espera que você tenha uma excelente leitura. Aproveite!

Fevereiro de 2018

Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R.

Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

É

tempo de esperança. Para os bons e maus. Acaso o nosso Deus, o Divino Pai Eterno, é um Deus que encontra prazer e gozo na morte do ímpio, do pecador? Naturalmente que não. Antes, deseja que todos se convertam dos maus caminhos, se voltem para Ele e vivam eternamente (cf Ez 18,23). É tempo de conversão de vida, de praticar a caridade, de exercitar a penitência e o jejum, de intensificar a oração, de preparar bem o coração para a vivência da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, o Tríduo Pascal, centro de todo o Ano Litúrgico da Igreja. São quarentas dias que nos fazem recordar dos 40 anos de caminhada do povo hebreu pelo deserto rumo à Terra Prometida. É o tempo que Jesus passou no deserto superando todas as tentações de sua natureza humana antes de iniciar o plano de salvação de Deus a que foi enviado. O numeral 40 simboliza uma vida toda. Um tempo necessário para que conheçamos a Deus, a nós mesmos, saber de onde viemos e para onde vamos. O dicionário Aurélio da Língua Portuguesa define a palavra deserto como um lugar ermo, desabitado, despovoado e estéril. Já a Geografia a define como uma região em que ocorre pouca quantidade de chuva, com baixíssima umidade e pouca vegetação. Lugar onde a vida torna-se complicada para seres humanos e outras espécies animais. Para a Biologia, o deserto se caracteriza por apresentar vegetação esparsa com um ciclo de vida muito curto, solo extremamente árido e pluviosidade baixa e irregular. Temperatura muito alta durante o dia e excessivamente baixa durante a noite. Em todas essas definições, o deserto se apresenta como o lugar da transição, do incerto, do duvidoso, do desafio, do contraste, da exigência, da

superação e, por vezes, o lugar da morte fria, cruel e impiedosa. Para o contexto bíblico, deserto é, ao mesmo tempo, o lugar da tentação e o lugar da esperança. Lugar da reflexão e do silêncio interior. Do confronto de si para consigo mesmo. Lugar apropriado para ouvir a voz de Deus. Também para ouvir a voz da própria consciência e os anseios do coração. O lugar da decisão sincera, autêntica, verdadeira, profunda. Da partida consciente, convicta. Do recomeço forte. E, finalmente, o início de uma nova vida e missão. O Pai Eterno deu Sua vida por nós. O desejo dele é que o justo continue progredindo em seus caminhos e que o injusto se arrependa de seus pecados, se converta e tenha a vida eterna. A gratuidade de Deus para conosco nos coloca em uma condição privilegiada em relação a todas as outras criaturas, pois Ele mesmo nos chama de amigos: “Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que faz o seu patrão; eu chamo vocês de amigos, porque comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai” (Jo 15,15). Somente a um grande amigo dá-se tudo a conhecer de si mesmo, sem subterfúgios, máscaras e rodeios. O Pai Eterno é um Deus bondoso, paciente e misericordioso. Bom porque distribui Seu amor em igual proporção para todos. Paciente porque nos chama, com um amor de Pai, quantas vezes forem necessárias até que ouçamos Sua voz a ressoar dentro de nós. Misericordioso porque a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre todos os que O temem. Ele nos faz grandes em Sua presença, pois assim como depositou em Jesus todo o Seu amor, Ele credita também em nós toda Sua esperança. O Pai Eterno é um Deus bondoso e misericordioso. Devido a tanto amor a

nos oferecer e, justamente por isso, Ele sabe guardar e cultivar em Seu coração a dor que lhe causamos quando transgredimos Suas ordens e ensinamentos. Todos temos nossas misérias. Com certeza, muitos com situações bem piores que as nossas. E, com certeza, por ignorância ou rebeldia, muitos escondem essas misérias. Elas nos enfraquecem, nos mutilam, nos crucificam, mas o Pai de Jesus e nosso Pai é muito maior em Sua bondade e compaixão que o tamanho de nossas misérias. Absurdamente incomparável. Ter medo de Deus? Qual nada. Confiar e esperar, pois “a verdade é que Cristo foi crucificado em razão de sua fraqueza, mas Ele está vivo, pelo poder de Deus. Nós também somos fracos Nele, mas com Ele viveremos, pelo poder de Deus para conosco” (2Cor 13,4). “Voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor vosso Deus” (cf Jl 2,12-13). Este é o grande apelo que vamos ouvir do Pai Eterno durante toda esta Quaresma. É preciso “rasgar” mesmo o coração como fez o céu da Judeia logo após Jesus sair das águas do Rio Jordão para ouvir a voz de Deus a nos dizer: “Este é o meu Filho muito amado; Nele depositei todo o meu agrado” (Mc 1,11). E, deixar que a Palavra abra o nosso coração, pois é nele que Deus quer morar.

Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Que seja um ano feliz e realmente novo

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cada ano que se inicia, novas expectativas e metas são traçadas. São elaboradas grandes listas de iniciativas que se pretende tomar, visando a melhoria do nosso índice de desenvolvimento humano (medido por padrões econômico-financeiros, educacionais e culturais, entre outros aspectos) e do “índice de felicidade”.

O problema é que, para tanto, é preciso superar traços de personalidade limitantes, o que não é fácil, por demandar o autoconhecimento, a identificação de nossas virtudes e erros no ano passado. E, muitas vezes, as pessoas não conseguem identificar onde erraram, atribuindo a culpa dos resultados indesejados ou dos sonhos sepultados unicamente

às pessoas de sua convivência. É aí que mora o perigo, ou seja, o risco de não conseguirmos sair do lugar em que estávamos no ano passado, de terminar o ano que deveria ser novo, sem avançar em nenhum aspecto da vida. A repetição de maus pensamentos e maus hábitos impede o nosso desenvolvimento em todas as dimensões da vida, principalmente as de natureza profissional, familiar e espiritual e também de saúde. Um fato simples, que nossa Casa Comum ensina todos os dias, foi lembrado por Jesus em Suas pregações e está registrado em muitas passagens do Evangelho: para se obter boa colheita, é preciso plantar boas sementes. E também não há como plantar a semente de um fruto e esperar que nasça outro. Então, se em 2018 continuarmos a conduzir nossa vida como o fizemos em 2017, sem mudar a rota que percorremos, fazendo tudo igual, é certo que não conseguiremos atingir as metas traçadas para uma vida nova, no Ano Novo. A nosso favor, temos a misericórdia de Deus, que nos enviou o Redentor, para mostrar que tão importante quanto abandonar os caminhos de tentação, que nos levam a reincidir no erro, é amar o próximo como a nós mesmos. E, ainda, perdoar aqueles que nos têm ofendido, quantas vezes for necessário,

EXPEDIENTE

Uma publicação do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

www.paieterno.com.br

Provincial e Presidente-fundador da Afipe: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Reitor: Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. Direção de Comunicação: Talitta Di Martino Jornalista Responsável: Simone Borges - JP 2715 - GO Coordenação de Produção: Andrei Renato

Redação: Juliana Nunes, Pollyana Reis e Vinícius Braga Diagramação/Editoração Eletrônica: Elton Rosa Coordenação de Marketing: Bárbara Simões Tirinha: Patrícia Holanda e Ramón Fonseca Anúncio Afipe: Diogo Oliveira

para gozarmos da Paz de Cristo e levar a Sua Paz ao mundo. É urgente uma educação para a paz. Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro, o Papa Francisco reflete sobre o motivo de haver tantos migrantes e refugiados no mundo. Ele explica que, infelizmente, até agora não houve uma mudança, de forma que os conflitos armados e outras formas de violência continuam causando o deslocamento de populações, dentro dos países ou fora deles. No entanto, apesar de tudo, não deixemos que o mundo nos vença. A esperança é a identidade dos cristãos. Nosso Pai jamais desistirá de nos mostrar o caminho para o Seu Reino de Amor. Façamos a nossa parte, trabalhando duro para pôr em prática mudanças internas e externas, e tudo será possível. Assim nos ensina o Mestre. Que a paz de Cristo reine em nossa Arquidiocese e no mundo inteiro! Dom Washington Cruz, CP Arcebispo Metropolitano de Goiânia

Fotografia: Danilo Eduardo e Rodolfo Carvalhaes Colaboração: Michele Rodrigues Impressão: Scala Editora Tiragem: 100.000 exemplares Contato: imprensa@paieterno.com.br


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Guiados pela devoção Colaboradores que trabalham na construção do Novo Santuário falam sobre a devoção e a alegria por fazer parte da obra

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uem vê a construção do Novo Santuário não imagina como são os “bastidores” da obra. São muitas pessoas envolvidas nesse processo, entre elas, os operários que executam tudo aquilo que foi pensado e projetado pela equipe de arquitetos, engenheiros e outros profissionais. Eles desempenham funções extremamente necessárias para que a Nova Casa do Pai seja erguida e finalizada com sucesso. Entre os colaboradores, está o auxiliar

de carpintaria Marilson Graça. Ele conta que se sente abençoado por fazer parte desta obra de amor. “Eu me sinto extremamente feliz e espero chegar até o fim. É a esperança de todos que trabalham aqui”, relata. O auxiliar veio de Minas Gerais para Trindade por conta da oportunidade de trabalho. Quando descobriu que ajudaria a edificar o Novo Santuário, a emoção tomou conta, pois já era um grande devoto. “Eu vim de longe para ajudar na constru-

ção da nova Basílica e, com a força do Divino Pai Eterno, estou realizando meu trabalho com muita alegria e satisfação”, diz. Marilson teve que deixar sua família em Minas Gerais e, segundo ele, tem dia que a saudade aperta, mas a fé vira combustível para superar a ausência. “Larguei para trás a minha mãe, minha esposa, meu filho e devo voltar em casa só daqui a seis meses. Não é fácil ficar longe deles, mas é para o nosso bem. Tenho certeza que a igreja vai ficar muito bonita. Já avisei para minha es-

posa que, quando a obra ficar pronta, quero trazê-la aqui para conhecer o Santuário que ajudei a erguer”, conta ele, emocionado. O operário acrescenta que já foi agraciado com muitas bênçãos do Divino Pai Eterno. “Saí da minha cidade com o propósito de trabalhar para conseguir uma casa. Chegando aqui, me apeguei a Deus e Ele está trazendo muitas graças em minha vida. Com o dinheiro que ganho aqui, estou conseguindo construir a casa para minha família”, testemunha.

Emoção Quem também se sente lisonjeado por fazer parte desta obra de amor é o servente de obras Luciano Aguiar, que veio da cidade de Casinhas, no Pernambuco. Apesar da distância e da saudade da família, ele ressalta que vale a pena. “Como devoto, é muito gratificante trabalhar para uma obra do Divino Pai Eterno. Eu nunca imaginei que pudesse participar deste projeto grandioso. Para mim, é uma realização pessoal, algo emocionante”, revela. O colaborador ainda faz uma aposta: “Tenho certeza que quem vier depois que a igreja estiver pronta, não vai se arrepender. Espero voltar aqui com a minha família quando a obra for concluída. Será um momento de muita emoção”, finaliza Luciano.


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Fé e conhecimento

Encontro de Padres Novos reúne religiosos que têm até dez anos de ordenação sacerdotal para convivência e formação

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efletir sobre a missão sacerdotal, incentivar a convivência e discutir as perspectivas e desafios da atualidade. Com tais propósitos, cerca de 20 padres da Província Redentorista de Goiás, com até dez anos de sacerdócio, estarão reunidos no Encontro de Padres Novos, que será realizado entre os dias 19 e 23, na Fazenda Recanto das Águas, em Abadiânia (GO). “Será uma excelente oportunidade para cultivarmos nossa vocação, vivenciarmos o sacerdócio de modo mais profundo e, assim, desempenharmos melhor nossa missão. Além disso, a convivência com outros padres permite a troca de ex-

periências e contribui imensamente para o aprimoramento do nosso trabalho pastoral”, destaca o coordenador do evento, Pe. Aragonês Parreira. Neste ano, o tema escolhido para ser debatido pelos sacerdotes é “Ética nas Redes Sociais”, a ser orientado pelo Missionário Redentorista Pe. Rafael Vieira, que é assessor de comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A expectativa, segundo ele, é que o encontro seja palco de uma rica discussão sobre essa temática tão importante e urgente para a sociedade. “Estou me preparando com bastante entusiasmo para ajudar os novos padres

a refletir sobre o nosso comportamento diante das redes sociais. Tudo isso pautado pelos valores humanos preciosos do respeito, da sinceridade e da busca pelo bem pessoal, comunitário e social. Será uma honra contribuir para o crescimento deles”, afirma o sacerdote.

Temática

Para Pe. Rafael, a abordagem se faz pertinente diante da velocidade vertiginosa das mudanças sofridas pelo mundo. “Mesmo para os jovens, a tecnologia se apresenta de maneira nova e surpreendente em ciclos muito curtos. No campo da comunicação, essa realidade é quase

constante. Por isso, é oportuno lembrar que existem valores perenes e que devem acompanhar as mudanças rápidas do nosso tempo. A ética é um desses valores”, analisa. O Missionário Redentorista Pe. Reinaldo Martins também estará presente no Encontro de Padres Novos e demonstra empolgação para confraternizar com amigos e capacitar-se em relação ao tema. “É um assunto extremamente relevante. Precisamos falar sobre isso para nós, enquanto padres novos, podermos instruir nossos fiéis a usar as redes sociais para o bem e a evangelização. Desta forma, estaremos, de fato, cumprindo nossa missão”, finaliza.


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Corrente solidária Doação de sangue é um ato de amor que pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas “Milhões de pessoas contribuem de modo silencioso para ajudar os nossos irmãos em dificuldade. A todos os doadores de sangue, manifesto o meu apreço e convido especialmente os jovens a seguirem esse exemplo.” A frase, dita pelo Papa Francisco em um de seus discursos, mostra a importância da doação de sangue e inspira pessoas a realizarem este gesto simples, que pode transformar a vida de alguém que luta há anos pelo restabelecimento de sua saúde. O frentista Eurípedes Rodrigues sabe bem o que é isso. Ele doa sangue regularmente e destaca que a atitude o deixa extremamente feliz e realizado. “É uma satisfação enorme, porque estamos ajudando aqueles que necessitam. Hoje, vim ao Hemocentro doar para uma colega que está precisando, mas amanhã pode ser eu ou alguém da minha família. É muito bom saber que estou contribuindo para a vida das pessoas”, afirma. A doação é um procedimento rápido, seguro, indolor e o doador recebe ainda uma série de exames,

pois é feita uma triagem para evitar que sangue contaminado seja repassado a outras pessoas. De acordo com a coordenadora de coleta do Hemocentro, Jaciane Soares, o material coletado no local é distribuído para hospitais de todo o Estado de Goiás. Como a demanda é alta, estão sempre precisando de sangue. Para isso, ela explica que existem campanhas que visam estimular este ato de solidariedade: “O objetivo é justamente incentivar e, principalmente, aumentar a doação voluntária, para que ela seja regular e não para que a pessoa venha aqui apenas uma vez e depois não apareça mais. A gente quer fidelizar o doador. Precisamos de sangue todos os dias”. A coordenadora explica que uma única doação pode ajudar até quatro pessoas. Para doar, é preciso preencher alguns requisitos de idade e saúde. Além disso, entre os gêneros existe uma diferença em relação à frequência da doação: o homem pode doar a cada quatro meses e a mulher a cada três.

Para doar, é necessário:

As pessoas que desejam doar passam primeiro por uma triagem clínica e hematológica e devem estar de acordo com os seguintes requisitos: – Estar em boas condições de saúde; – Ter entre 16 e 69 anos. Pessoas acima de 60 anos só podem doar se já tiverem doado sangue alguma vez antes dessa idade; – Pesar no mínimo 50kg; – Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas; – Estar alimentado, sendo que a ingestão de alimentos gordurosos deve ser evitada nas 4 horas que antecedem a doação; – Apresentar documento original com foto, que permita o reconhecimento do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social). Para mais informações, basta entrar em contato com o Hemocentro Goiás pelo telefone 62 3201-4573.

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Preparação para a

Fevereiro de 2018

Páscoa do Senhor Cristãos são chamados a vivenciar a experiência de penitência e renúncia por sua própria Ressurreição, assim como fez Jesus


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Atitudes

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om Moacir reforça que a Quaresma é tempo de dar mais atenção a Deus, reconhecendo Seu valor e Sua importância em nossas vidas. Momento de buscar a mudança para melhor e de olhar para os irmãos em suas necessidades materiais, espirituais e afetivas. “Neste tempo, a escuta da Palavra é acompanhada de obras que denotam a atitude de conversão”. Para isso, três atitudes simbolizam esta atenção: oração, penitência e caridade.

Oração

A oração é tida como o momento de aproximação com Deus. O cristão se comunica diretamente ao Pai Eterno sob meditação em grupo ou de forma solitária. É por meio da oração que as respostas para os desejos são dadas. A oração deve estar presente em todos os momentos da vida cristã, mas o período da Quaresma leva o fiel a falar mais com Deus e se dedicar mais a Ele.

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chegada a hora de reviver o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Momento em que toda a experiência de fé cristã se concentra na salvação eterna por meio do sacrifício de Jesus. Um período da Igreja que leva o cristão a refletir sobre seus atos e a buscar a conversão e o perdão pelos seus pecados. São 40 dias de preparação, oração e conversão que se inicia na Quarta-feira de Cinzas e segue até a Missa da Ceia do Senhor, momento em que tem início o Tríduo Pascal na tarde da quinta-feira da Semana Santa. Na Quaresma, as pessoas têm mais uma oportunidade de observar de perto a manifestação do amor do Pai Eterno por meio de gestos externos. “Este amor a Deus é a fonte de nossa coragem para vivermos no mundo com suas contradições, dificuldades e desafios, sem nos deixarmos abater, sem perder a fé, sem desanimar da esperança cristã e sem permitir que nossa alegria se acabe”, explica o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes. O tempo quaresmal é um período especial porque prepara o cristão para a Ressurreição de Cristo. “É a partir deste evento, da presença de Cristo Ressuscitado, que a vida do fiel se organiza e se ordena em vista da redenção do mesmo”, diz Dom Moacir. Segundo o epíscopo, a Quaresma chega para levar os cristãos a perceberem o amor de Deus. E isso acontece pelos sacrifícios que são realizados através da oração, do jejum, da esmola, da penitência, da confissão, da participação na Eucaristia e do compromisso social a partir da Doutrina Social da Igreja. “Quem vive intensamente a Quaresma, viverá plenamente a Semana Santa e, nela, o Tríduo Pascal, experimentando também em si, a mesma força que ressuscitou Jesus – o amor da Trindade Santa”, afirma o bispo auxiliar.

Penitência

A Quaresma leva o cristão à conversão. Ela é feita por meio da oração, penitência e jejum. Geralmente, os cristãos fazem penitência às sextas-feiras e se privam de algo que os agrada, como forma de lutar contra o pecado para o crescimento espiritual. A penitência ajuda a fortalecer a fé e a seguir nos caminhos da salvação apresentados por Jesus.

Evangelhos Durante este tempo, o Evangelho mostra claramente os sacrifícios de Jesus e convida as pessoas a perceberem o que Ele fez por Seus irmãos. Por meio dos textos de São Marcos, nos dois primeiros domingos, Jesus é apresentado na tentação que sofre no deserto e na transfiguração com que se revela aos discípulos antecipadamente. Os outros três domingos são os textos do Evangelho de João, que apresenta Jesus como Luz e Vida. “Podemos perceber que os Evangelhos nos aproximam de Jesus para conhecê-Lo, perceber Suas escolhas, o caminho que Ele percorre, e que somos chamados a percorrer com Ele para experimentarmos a vida nova da Ressurreição”, pontua Dom Moacir.

Cores e simbologia As cores litúrgicas da Igreja simbolizam a manifestação dos mistérios celebrados. Cada cor significa o tempo que a Igreja está vivenciando e ajuda os cristãos a identificarem o Tempo Litúrgico. Na Quaresma, o roxo é a cor usada para lembrar o recolhimento, a penitência, a austeridade, pois esse tempo é favorável para o recolhimento e renúncia que conduzem à conversão. “A Quaresma chama à reflexão sobre a realidade da própria vida e da vida dos outros, a realidade do mundo em que estamos inseridos, buscando a superação do pecado e da morte presentes em nós, nos irmãos e no mundo. Superamos isto através da confissão, do perdão e do compromisso com a transformação do mundo”, explica o bispo. O 4º Domingo da Quaresma é conhecido por Domingo da Alegria e se apresenta como um momento de júbilo dentro deste tempo. Por isso, a cor rosa substitui o roxo.

Caridade

Considerada como gesto concreto de conversão e vivência da oração, a caridade faz o cristão, a aproximar-se dos seus irmãos e a colaborar com a obra de Deus, levando o amor e a evangelização.


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Celebrar com sabedoria Jovens trocam as festividades do Carnaval pelo enriquecimento espiritual e por momentos de adoração a Deus

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om a chegada do Carnaval, geralmente os jovens se preparam para viagens e festas, às vezes, regadas a excessos. Contudo, para muitos, a data tem um sentido diferente, já que aproveitam a oportunidade para estar mais próximos do Pai Eterno. Em vez de blocos de rua e desfiles, eles preferem passar os dias de descanso, como verdadeiros cristãos, dedicando-se a momentos de oração e retiros espirituais. A estudante Iara Hellen da Costa, de 18 anos, é um exemplo. Ela é coordenadora do Projeto Compromisso, desenvolvido pela Juventude Redentorista da Província de Goiás, e participará de um retiro, juntamente com outros amigos do grupo. “Teremos um Carnaval feliz e divertido, como qualquer outro jovem, mas optamos por estar reunidos em prol do fortalecimento da fé e da comunhão com Deus”, afirma. Ela explica que o Projeto tem uma grande importância nesse sentido, já que visa envolver, formar e capacitar jovens de 16 a 28 anos para o seu engajamento pastoral e elucidação da fé. Cerca de 80 pessoas fazem parte do grupo, que possui reuniões quinzenais marcadas pela forte experiência de amor pelo Pai. “Por meio do Projeto, muitos jovens passaram a dar outro sentido à vida. Um exemplo disso são aqueles que resolveram trocar as festividades do Carnaval por um período de tranquilidade e reflexão. Motivados pela missão da Juventude Redentorista, entendemos o quanto é importante propagar a

Palavra de Deus e servir de exemplos para outros”, pontua Iara Hellen. Assim como ela, o assistente de Tecnologia da Informação (TI) Michel Roberto Barbosa, de 26 anos, celebrará a data de forma mais tranquila, sem exageros. Ele diz que pretende descansar, aproveitar os momentos com a família e louvar ao Pai. “Ao contrário de muitos, vejo o Carnaval como uma excelente oportunidade para cuidar da mente. Procuro ir à Igreja e me dedicar às questões espirituais”, destaca. Ele também demonstra preocupação com os excessos cometidos durante as festas carnavalescas. “Não condeno quem decide participar de blocos, desfiles e marchas, mas sempre oriento aqueles que conheço dizendo que é preciso ter cautela. A partir do momento em que o jovem se entrega às tentações e vícios, ele deixa de celebrar de forma saudável e

contribui para o seu distanciamento de Deus”, opina Michel Roberto.

Bloco espiritual

Pe. Natalino Martins enxerga com bons olhos a atitude destes jovens, definindo-a como “um grande despertar para a Igreja”. Segundo ele, o Carnaval é uma data sadia e alegre, já que permite a confraternização das pessoas que gostam de dança, música e arte. Porém, pondera que, cada vez mais, as pessoas utilizam essa festa para se distanciar do respeito a Deus, ao próximo e até a si mesmo. Por tudo isso, a festa acaba tornando-se um evento banalizado. “A comemoração é algo bonito, mas não podemos deixar de lado importantes valores e princípios que regem nossas vidas. Em primeiro lugar, temos de ter compactado no nosso ser aquilo que se chama amor próprio, respeito a nós mesmos. Caso contrário, corremos o risco de viver esta festividade de forma banal e estragarmos o evento, que deveria ser de alegria, podendo causar dor, tristeza e até mesmo morte”, ressalta o Missionário Redentorista. Diante disso, o sacerdote considera que a busca pelo enriquecimento espiritual nesta época do ano é uma opção louvável e merece ser incentivada. “Em um tempo de tantos vícios, bebidas e tantas outras seduções, tomar esta iniciativa revela uma esperança para a Igreja. Devemos despertar este interesse em nossos jovens e aumentar ainda mais o número de adeptos do ‘bloco espiritual’”, finaliza Pe. Natalino Martins.


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ENTREVISTA: DOM LEONARDO STEINER

Todos contra a violência Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, fala sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano: “Fraternidade e Superação da Violência”

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processo de escolha dos temas da Campanha da Fraternidade é uma expressão da ampla participação das comunidades nos projetos de evangelização da Igreja em todo o Brasil. De acordo com o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, anualmente, no período de avaliação de uma campanha, todas as dioceses do Brasil levantam novos temas que as famílias e as comunidades consideram relevantes para serem abordados. Vale lembrar também que a Campanha da Fraternidade se insere na vivência da espiritualidade da Quaresma. Assim, sempre é colocado em debate um tema urgente da realidade social, sem deixar de lado o encontro pessoal com Jesus Cristo e a Sua Igreja. Neste ano, o tema propõe discussão sobre a superação da violência. Em entrevista ao Jornal Santuário, Dom Leonardo explica o porquê desta temática. JORNAL SANTUÁRIO: Por que a escolha do tema “Fraternidade e Superação da Violência” para a Campanha da Fraternidade deste ano? DOM LEONARDO STEINER: O tema foi escolhido para que se dê um passo adiante e se reflita não somente sobre a violência, mas sobre a sua superação. Conhecemos muitos dados, sabemos das diversas modalidades de expressão da violência e, principalmente, sofremos os seus efeitos. Na verdade, o tema da Campanha da Fraternidade deste ano não é, mais uma vez, a violência e sim a superação dela. Qual a proposta da Igreja ao trabalhar tal tema? Infelizmente, a realidade da violência já está presente na vida de nossas famílias. Precisamos recordar que, no início de tudo, por parte de nosso Pai, não havia divisão, desamor, violência, mas acolhimento, reverência, pertença fraterna. A violência nasce do esquecimento das origens, da vocação de todo ser humano que é a experiência vivencial do amor. Creio que o esquecimento do mandamento do amor, tão claro no Evangelho, e da ética que deriva deste man-

damento desperta a violência. O que a Igreja propõe, portanto, é que os descaminhos deste mal podem ser superados com a volta às origens, com a reconciliação e a misericórdia. Como o cristão deve agir diante da violência recorrente que estamos enfrentando? Há duas recomendações importantes no Texto Base, às quais podem nos orientar na ação diante da violência. A primeira: “a violência não será superada com medidas que ignorem a complexidade do problema. É preciso considerá-lo em sua abrangência, com a multiplicidade dos operadores que atuam na área. Sobretudo, é indispensável compreender que a violência não é caso apenas reservado ao tratamento policial, à lei, mas é uma questão social que requer atenção e a participação de toda a sociedade para ser enfrentada”. A segunda recomendação é a seguinte: “Nesta Campanha da Fraternidade, desejamos refletir a realidade da violência, rezar por todos os que sofrem violência e unir as forças da comunidade para superá-la. Vamos lançar um olhar também para os rumos e os impasses que, há décadas, vêm dominando

as políticas públicas de segurança”. A Campanha da Fraternidade é proposta dentro do Tempo Quaresmal. Sendo assim, como o fiel deve vivenciar este período? A Quaresma é um caminho para a Páscoa e, durante este tempo, somos chamados a uma abertura maior à graça da filiação divina. No material de suporte para as comunidades na realização da Campanha da Fraternidade deste ano, nós apresentamos uma menção aos exercícios da Quaresma. Jejum: esvaziamento, expropriação, libertação. Tudo para que sejamos um só em Cristo (Gl 3,28) e Cristo seja formado em nós (Gl 4,19). O jejum abre a pessoa para a receptividade, para a liberdade da vida em Cristo. Esmola: vida e fé partilhada. A esmola nasce da alegria de ter encontrado o tesouro escondido, a pérola preciosa (Mt 13,44-46). O amor, a misericórdia busca o outro. Tem necessidade de partilha e nos aproxima da irmandade. Oração: tocados pelo dom do anúncio, apercebidos da valiosa experiência do cuidado amoroso e misericordioso de Deus em Jesus Cristo, necessitamos de palavras e silêncio para agradecer e suplicar.


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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

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Celebração

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Devoção

Fotos: Web

A Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul aprovou o Projeto de Lei que institui Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira do Estado. Agora, a proposta segue para a sanção do Governo. O projeto ainda inclui no Calendário Oficial de Eventos o dia 27 de junho, Dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, como a data festiva de honras para a padroeira.

Amamentação

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Província Redentorista de Goiás realizou no dia 19 de janeiro mais uma Profissão Religiosa e abertura do Noviciado Interprovincial de Goiás. Ao todo, dez seminaristas foram acolhidos para o discernimento vocacional e preparação para a vida religiosa. Na ocasião, o noviço Alexandre Souza Alves se tornou frater, realizando a sua primeira Profissão Religiosa. A celebração aconteceu na Igreja do Santíssimo Redentor, Igreja Pe. Pelágio, e foi presidida pelo Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás, Pe. Robson de Oliveira.

Acolhimento O Centro Social Redentorista São Clemente completou no dia 16 de janeiro quatro anos de trabalho em prol da comunidade. A entidade tornou-se uma Obra Social Redentorista em 2014. Hoje, 50 crianças de 2 a 6 anos são atendidas no local em tempo integral. São oferecidas atividades educativas e recreativas, além de atendimentos odontológico e psicológico.

Aniversário

O Missionário Redentorista Pe. Ângelo Licati completou 90 anos no dia 26 de janeiro. São mais de 70 anos de vida consagrada e 66 de sacerdócio. Paulista da cidade de Avaré, filho de imigrantes italianos, entrou para o seminário redentorista em 1938. Cursou Teologia Moral na Academia Alfonsiana, em Roma, na Itália. Em 1976, foi transferido para Goiás onde atuou em várias funções. Atualmente, é colaborador do Santuário Basílica de Trindade. Parabéns!

Durante uma cerimônia na Capela Sistina, onde batizou 34 bebês, o Papa Francisco deu um recado às mães sobre a amamentação: “Se eles (os bebês) começam com um concerto (de choros), ou se estão incomodados, ou com calor, ou não se sentem bem, ou com fome... Amamentem, não tenham medo, alimentemos porque isso também é linguagem de amor”. Em 2017, ele já havia dado esse mesmo recado. Infelizmente, não são poucos os casos de mães que já sofreram preconceito por amamentar em público.

Vício

Pela primeira vez, o vício em jogos de videogame passou a ser considerado um distúrbio mental pela Organização Mundial da Saúde. A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o nome de “distúrbio de games”. O documento descreve o problema como padrão de comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva “a preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida”.

Consciência

Cultura

A preparação para o Primeiro Festival de Cinema de Trindade está a todo vapor. A organização tem promovido reuniões para acertar todos os detalhes e fazer um evento impecável. Com realização entre os dias 24 e 27 de maio, o Festival terá como tema as tradições, devoções religiosas e histórias de Trindade. Os filmes serão apresentados no Cineteatro Afipe, um dos maiores e mais modernos de Goiás. Além dos filmes, o público contará com um leque de atrações, como: shows, feiras de artesanato e alimentação. Programe-se!

O ano de 2018 reserva algumas novidades nas leis de trânsito tanto para pedestres, como para motoristas. Ciclistas e pedestres, por exemplo, poderão ser multados se andarem fora das áreas determinadas. A regulamentação começa a valer no final do mês de abril. Se flagrado, o pedestre poderá pagar multa de até R$ 44,19, enquanto ciclistas deverão arcar com R$ 130,16. Além disso, documentos poderão ser digitalizados e motoristas alcoolizados que provocarem morte no trânsito poderão ser presos.


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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Fevereiro de 2018

Interação nas Redes Sociais A devoção ao Pai Eterno marca presença também nos canais de comunicação virtuais e garante uma interação com os devotos e romeiros do Pai Eterno

Milza Alves de Oliveira Fortaleza (CE)

Marcia Eliza Zetula Andradas (MG)

Ilda Maria de Carvalho Bom Jesus de Goiás (GO)

Brincadeira sadia, só na Turminha do Pai Eterno. Bom dia, Pe. Robson. Deus te proteja de todo o mal, te dê muita saúde e perseverança em sua missão.

Eu também faço parte da Afipe e é maravilhoso fazer parte desta família. Obrigada, meu querido Padre Robson.

Sou devota do Divino Pai Eterno e colaboro todo mês. Eu sinto uma alegria imensa em contribuir para a construção da Nova Casa do Pai. Peço sua bênção, Pe. Robson! Amém!

A

Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) junto com seu presidente-fundador, o Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás, Pe. Robson de Oliveira, utiliza diversos meios para evangelizar e propagar a mensagem do Divino Pai Eterno. Através das redes sociais do Pe. Robson de Oliveira, no Facebook, Instagram, Twitter e também no Canal Pai Eterno, no YouTube, os devotos têm acesso a diversos conteúdos de evangelização produzidos pela Afipe, entre eles, as Novenas dos Filhos do Pai Eterno e do Perpétuo Socorro, o Santo Terço e o Programa Pai Eterno. O espaço virtual é bastante interativo e os devotos internautas aproveitam e se comunicam diretamente com o padre e também curtem, comentam e compartilham todo o material. Já são cerca de 4,5 milhões de seguidores em todas as redes sociais relacionadas à devoção ao Pai Eterno.

Parabéns a toda equipe que, com maestria, faz o Programa Pai Eterno ser tão bom! Parabéns, Pe. Robson, por sua iniciativa em criar este meio de comunicação entre nós!

Yamana Nunes São Paulo (SP)

Marli Pompolo Ribeirão Preto (SP)

Lucila Peres Jordão São Bernardo do Campo (SP)

Divino Pai Eterno, peço que abençoe minha família, meus amigos, meu trabalho e as pessoas do mundo inteiro! Livre-nos de todo o mal, resolva os problemas que não estão em nossas mãos! Obrigada, Pai Eterno!

Tá valendo a pena o esforço, Pe. Robson. A Nova Casa do Pai Eterno está ficando linda. Fui a Trindade em setembro de 2017 e visitamos as obras no trenzinho, o Bonde do Pai Eterno. Está bem adiantada e vai ficar bonita. Só espero alcançar o final e poder assistir a missa com o senhor no Novo Santuário.

É maravilhoso acompanhar a construção da Nova Casa do Pai. Além disso, é a grande oportunidade que temos de ver como se constrói uma grande obra passo a passo. Que o Pai Eterno abençoe todas as pessoas envolvidas direta e indiretamente neste imenso trabalho!

Lucineidy Jovina Goiânia (GO) É muito gostoso ver a Casa do Pai tão cheia de filhos agradecendo as graças recebidas. E ainda dizem que os católicos estão acabando. Pelo contrário, estamos cada vez mais fortes.

Facebook: /padrerobsonoliveira Twitter: @padrerobson

Karla Rabello Miranda Poços de Caldas (MG)

Instagram: @padrerobsonoliveira YouTube: /paieterno


12 ARTIGO

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno

Fevereiro de 2018

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R.

Em Cristo Redentor somos todos irmãos (Mt 23,8) Não possuímos laços sanguíneos, nem parentesco próximo. Nosso único vínculo é Cristo

V

ivemos em um mundo ferido e violento. Independentemente de quem causou a lesão, precisamos reconhecer que ferimento se cura com o remédio da fraternidade. A dimensão fraterna da vida não se faz apenas com ajudas ocasionais aos mais próximos, com laços isolados de amizade ou, ainda, com simples partilhas de ideias. Isso soa como superficial. Fraternidade tem a ver com um movimento de encontro consigo e com os outros, sem esquecer de que o fundamento desse encontro está no amor de Deus Pai. Vinculados a Ele aprendemos a nos vincular aos outros, sem maiores reservas e sem requisitos prévios. Não há imposição de condições para o bom exercício da fraternidade. “Quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele” (IJo 4,16b). Quisera Deus que não precisássemos

discorrer sobre a fraternidade, tamanha fosse a nossa persistência nela, muito menos necessitássemos de uma Campanha da Fraternidade para nos recordar da violência e da indiferença para com nossos irmãos. Mas, somos falhos e limitados. No caminho da honestidade pessoal e comunitária, é possível perceber a fragilidade de algumas relações que construímos. Faz-se necessário peregrinar, durante toda a Quaresma, se quisermos ultrapassar os possíveis desacordos do dia a dia. É forçoso o movimento de saída para que encontremos, no rosto das pessoas, a face amorosa de Cristo. Se os nossos afetos estiverem orientados para o Pai Eterno não temeremos tratar aos demais como irmãos, pois acima de tudo está a comunidade de oração, a comunidade de missão e a comunidade de fraternidade com as quais nos comprometemos lá no Batismo. Já que a fé nos deu asas, nos esforcemos para que as diferenças não nos criem gaiolas. A salvação passa primeiro pela reconciliação e pela perseverança “no amor fraterno” (Hb 13,1). Sabemos bem que, antes de sermos cristãos, somos todos irmãos. ‘Não possuímos laços sanguíneos, nem parentesco próximo. Nosso único vínculo é Cristo e Ele nos diz: “todos vocês são irmãos” (Mt 23,8). O mesmo Novo Testamento também nos orienta: “Vivam em paz entre vocês. Por favor, irmãos, corrijam os que não fazem

nada, encorajem os tímidos, sustentem os fracos e sejam pacientes com todos” (I Ts 5,13-14). A Quaresma também nos pede para ‘amarmos’ mais e nos ‘armarmos’ menos. Na verdade, cada vez menos. Até que a violência, nas suas mais variadas formas, seja definitivamente sepultada. A ocasião solicita que cessemos as contendas entre nós. O acúmulo de mágoas e o cultivo de ressentimentos só fazem adoecer a fraternidade que nos move. No lugar do maldizer, o bendizer. Em vez de intrigar, devemos congregar. Ao invés de enfraquecer-nos uns aos outros, precisamos nos fortalecer mutuamente no Senhor. “Tenhamos consideração uns com os outros, para nos estimular no amor e nas boas obras. Procuremos animar-nos sempre mais” (Hb 10,24-25). Somos um corpo eclesial, cuja cabeça é Cristo. É um engano supor que podemos fazer algo a sós ou por iniciativa própria. Tudo o que realizamos parte da fraternidade, dela depende e para ela retorna. Pessoas machucadas geram feridas aos mais próximos. Comunidades feridas também machucam os seus membros. Uma realidade não se separa da outra. Estão fortemente vinculadas, tanto nos avanços quanto nos retrocessos. Enfim, a saúde da vida cristã está sujeita a uma convivência fraterna, capaz de unir a todos, mesmo na diferença que nos constitui. De bom grado, aceitemos que as diferenças geram plenitu-

de e pluralidade, jamais nos enfraquecem. Por outro lado, é preciso recobrar a esperança que supera a todo desânimo. Se a vida é ferida pelo sofrimento é ela quem vai cicatrizando cada desgosto e contragosto, cada dor e dissabor. A esperança não é apenas uma virtude teologal, usada no exercício do bem ou na renúncia do mal. Junto disso, ela se apresenta como uma disposição pessoal no transformar de sonhos em realidade. Sonhos carregados de verdade: da nossa verdade mais profunda! Que, partindo da Quaresma, possamos passar da estranheza à fraternidade, principalmente, pelo exercício da não violência. Tendo a missão evangelizadora como caminho, descobriremos que o nosso lar é um mundo sedento de Deus. É no serviço que nos encontramos enquanto cristãos. Com o Pai estabelecemos uma devotada parceira, a ponto de vislumbrar que viemos para servir, especialmente aos mais abandonados. Eles podem estar aí do nosso lado, nesse exato momento, dividindo da mesma necessidade e precisando do mesmo pão. Boa Quaresma a todos!

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás e presidente-fundador da Afipe


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