Edição 2619

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CANOAS, 26 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO DE 2014 I GERAL I O TIMONEIRO I 7

CPI DOS SANGUESSUGAS

Câmara anuncia integrantes da CPI

Ainda nesta semana serão escolhidos presidente e relator A Câmara de Vereadores anunciou, na terça-feira, 25, os nomes dos representantes de cada bancada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual contra três vereadores. São eles: Emilio Neto (PT), Marcio Freitas (PDT), Mossini (PMDB), Angela Calixto (PP), Cesar Augusto (PRB), Alexandre Gonçalves (PR) e Betinho do Cartório (PTB). O Legislativo obteve, no dia 18, as assinaturas necessárias para o pedido de abertura da CPI. Eram necessárias no mínimo sete assinaturas para que o requerimento pudesse ir à votação em Plenário. Dezenove dos 21 vereadores

assinaram o documento, apenas o presidente da Casa, Ivo Lech (PMDB), impedido por lei de participar do pedido e da CPI, e Celso Jancke (PP), que não estava presente à sessão, não assinaram. Como o número de assinaturas representou a imensa maioria dos vereadores, o próximo passo que seria submeter o requerimento à discussão e votação em Plenário, pode ser dispensado. A partir do requerimento inicial, as bancadas indicaram os sete membros que compõem a CPI. A expectativa é que ainda nesta semana sejam escolhidos o presidente e o relator. A abertura de CPI foi motivada pela Operação CH, deflagrada

Ministério Público diz que vereadores extorquiam assessores No dia 25 de agosto, uma operação conjunta da Polícia Civil com o Ministério Público abalou a rotina da Câmara de Vereadores. A chamada Operação Chamichunga (em referência à forma como as sanguessugas são chamadas no interior do Estado) atuou nos gabinetes dos vereadores Celso Jancke (PP), Dr. Pompeu (PTB) e Francisco da Mensagem (PSB). A operação se baseou na denúncia de que os três estariam coagindo seus assessores a lhes entregarem grande parte de seus salários. Os assessores de Jancke também estariam sendo obrigados a fazerem empréstimos consignados em seus nomes, repassando o valor ao parlamentar. No caso de Jancke, como uma gravação registrava o próprio falando sobre o esquema, ele foi preso durante a operação, sendo liberado três dias depois. O ex-chefe de gabinete do vereador Dr. Pompeu, Cleber da Silva Britto, e, segundo o MP, o "comparsa" do vereador Celso Jancke, Cláudio Roberto Saldanha, foram presos em flagrante por porte ilegal de armas e munições. Os dois são suspeitos de recolher o dinheiro dos funcionários e entregar aos parlamentares. Na ocasião, em entrevista exclusiva ao jornal O Timoneiro, o presidente da Câmara de Vereadores, Ivo Lech (PMDB), já falava na forte possibilidade de se abrir a CPI, que agora se concretiza. Ivo se disse perplexo com o caso e, perguntado sobre o que isso representa para a cidade, afirmou que jamais imaginou que em sua carreira política estaria à frente da Casa Legislativa da sua cidade em um momento no qual seus colegas estivessem envolvidos em um escândalo deste porte. “A cada segundo eu espero acordar, e descobrir que tudo isso é um grande pesadelo”, desabafou.

Celso Jancke

Francisco da Mensagem

Dr. Pompeu

em agosto pelo MP, que investiga denúncias de concussão contra os vereadores Celso Jancke, Dr. Pompeu (PTB) e Francisco da Mensagem (PSB). Eles são suspeitos de exigirem parte do salário de assessores. Pesa ainda contra Jancke a acusação de obrigar funcionários a contraírem empréstimos consignados e a repassarem o dinheiro a ele. Após a coleta de assinaturas para o requerimento, Dr. Pompeu e Francisco da Mensagem utilizaram a tribuna para manifestar apoio à CPI. Ambos disseram estar com a consciência tranquila e defenderam a abertura da comissão como uma oportunidade de provar a inocência e de esclarecer os fatos à população.


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