Oswaldo Cruz Cultural - Ed 24

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REVISTA

OSWALDO CRUZ

CULTURAL

Uma publicação do Laboratório Oswaldo Cruz de São José dos Campos o

Ano V - n 24 - Nov/Dez 2011 - Distribuição gratuita e dirigida

LABORATÓRIO

OSWALDO CRUZ

18 de novembro:

DIA DO CONSELHEIRO TUTELAR Conselho Tutelar Os Conselhos Tutelares surgiram com a criação da Lei Nº. 8.069, de 13 de julho de 1990. Esta Lei, é conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade" (art. 2º) No Brasil, os Conselhos Tutelares são órgãos municipais destinados a zelar pelos direitos das crianças e adolescentes. Sua competência e organização estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigos 131 a 140). O Conselho Tutelar é composto por cinco membros, eleitos pela comunidade para acompanharem as crianças e os adolescentes e decidirem em conjunto sobre qual medida de proteção para cada caso. Devido ao seu trabalho de fiscalização a todos os entes de proteção (Estado, comunidade e família), o Conselho goza de autonomia funcional, não tendo nenhuma relação de subordinação com qualquer outro órgão do Estado. Importante esclarecer que a autonomia do Conselheiro funcional não é absoluta. No tocante as decisões, estas devem ser tomadas de forma colegiada por no mínimo três Conselheiros, e não apenas por um ou dois deles. No tocante a questões funcionáis: fiscalização do cumprimento de horário de trabalho e demais questões administrativas o Conselheiro tem o dever da publicidade ao órgão administrativo ao qual vincula o Conselho Tutelar, assim como, é dever e função do

CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, fiscalizar a permanência dos prérequisitos exigidos pelo ECA aos Conselheiros Tutelares, em especial o da idoneidade moral e residencia no município, podendo suspender ou mesmo pelo voto de censura demitir Conselheiro que comprovadamente, em processo que assegure direito de defesa e contraditório, e pelo voto da maioria dos Conselheiros (sugerindose 2/3 dos membros para maior segurança da deliberação) perca os pré-requisitos. Conhecer os direitos da criança e do adolescente não é pré-requisito para candidatura a Conselheiro Tutelar. Desconhecê-los porém pode ser motivo para canssação de Conselheiro eleito e em exercício de mandato. Logo, uma vez eleito, o Conselheiro tem o dever de aprender e conhecer profundamente os direitos da Criança e do Adolescente aos quais tem a função de zelar. Para ser Conselheiro Tutelar, a pessoa deve ter mais de 21 anos, residir no município,e reconhecida idoneidade moral, mas cada município pode criar outras exigências para a candidatura a Conselheiro, como carteira nacional de habilitação ou nível superior. Há controversia sobre isto. Havendo um entendimento majoritário de que o Município não pode acrescentar critérios aos pré-estabelecidos pelo

legislador federal para candidatura a Conselheiro. Porém, como já dito acima, uma vez eleito, o Conselheiro poderia ser cassado pelo CMDCA se não manter os três critérios, na prática dois, já que nunca terá idade inferior, posteriormente. Não há que se exigir formação superior, porque Conselheiro Tutelar não é técnico e não tem que fazer atendimento técnico, para isto deve requisitar o atendimento necessário. O que o Conselheiro Tutelar precisa é ter bom senso para se fazer presente onde há violação de direitos ou indicios e possibilidades de violação e agir para cessá-la ou eliminar o risco de que ocorra. Para isto não deve fazer, mas requisitar os meios necessários a que se faça. Conselheiro Tutelar não é policial, não é técnico, não é Juiz é apenas o Zelador dos direitos da criança e do adolescente e deve requisitar ações que os garanta ou representar contra sua inobservância ao Ministério Público e Poder Judiciário para que estes façam os mesmos valer, quando administrativamente não conseguirem tal intento. O exercício efetivo da função de Conselheiro Tutelar constitui serviço público relevante e lhe assegurará prisão especial, em caso de crime comum, até definitivo julgamento. (continua na página 5)


2 Editorial

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

Editorial Música Na semana da música, que começa em 16 de novembro, nada melhor do que uma explicação prévia: a música ou arte das musas, é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncios seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. Para que a história faça sentido é necessário saber algo sobre as musas: eram entidades mitológicas a quem era atribuída, na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Na mitologia grega, eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. Polyhymnia, a de muitos hinos, era a representação da música cerimonial ou sacra. O templo das musas era o Museion, termo que deu origem à palavra museu nas diversas línguas indo-europeias como local de cultivo e preservação das artes e ciências.

aflige ver hoje a Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (OSSJC), ícone da música em sua expressão mais autêntica, prejudicada por exigências legais de fundamentação obscura.

Dos 79 músicos que trabalhavam na OSSJC hoje já são em torno de 45, sendo demitidos os restantes por negar-se a realizar avaliações impostas pela Fundação Cultural (FCCR). Na Justiça os músicos perderam porque sendo a OSSJC uma entidade privada

funcionários. Mesmo recorrendo ao Ministério do Trabalho o qual nomeou um mediador que não foi reconhecido pela Fundação. Conclusão: demissão em massa por justa causa. Sorte grande da Polyhymnia, já que naquele tempo não existiam órgãos públicos! Músicos importantes, seres humanos de alta sensibilidade, poderiam ter recebido um tratamento melhor no momento da demissão. Não se pode confundir arte com relação empregado/empregador. N esta contenda, mesmo que aparentemente hajam vitoriosos, todos saimos perdendo. Ainda a OSSJC vai sofrer uma mudança a partir do ano que vem, que teoricamente, não porá em risco sua existência. Em 2012, o atual grupo de aproximadamente 45 membros será consideravelmente reduzido. Serão contratados 31 músicos, um maestro e um spalla. Terão também redução no salário. Em fim, que os sons e silêncios que a musa inspira, possam continuar circulando por nossa cidade para a alegria de nossos ouvidos e para a elevação de nossos espíritos.

Não é tarefa fácil definir a música, porque a pesar de ser reconhecida por todos, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. O fato de combinar sons e silências no tempo, sua definição foje, à medida que a música evoluciona, sendo mais fácil considerá-la como uma forma linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo à alguém, sendo considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Dentro dessa humanidade nos

Expediente Editor Geral: Dr. Enrique Giana Produção: Departamento de Comunicação & Marketing Reportagem e Fotos: Claudia M. S. de Lima Editoração Eletrônica: Paulo J. S. de Lima Periodicidade: Bimestral Tiragem: 3.000 exemplares Distribuição gratuita e dirigida

www.oswaldocruz.com web@oswaldocruz.com

Projeto Oswaldo Cruz Cultural

Leve

& Leia

(12) 3946 3711

* Matérias extraídas de Internet.

Biblioteca Comunitária


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COMEMORAÇÕES DO MÊS DE NOVEMBRO 01 02 03 04 05

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Dia de Todos os Santos Dia de Finados Dia do Cabeleireiro Instituição do Direito e Voto da Mulher (1930) Dia do Inventor Dia da Ciência e Cultura Dia do Cinema Brasileiro Dia do Radioamador e Técnico Eletrônica Dia do Radialista Dia Mundial do Urbanismo Dia do Radiologista Dia do Hoteleiro Dia do Trigo Dia do Soldado Desconhecido Dia do Diretor de Escola Dia do Supermercado

Atribuições do Conselho Tutelar 1. atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts.98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; 2. atender e aconselhar pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art.129, I a VII; 3. promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: a. requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b. representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações; 4. encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente; 5. encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 6. providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor do ato

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Dia Nacional da Alfabetização Proclamação da República Semana da Música Dia da Criatividade Dia do Conselheiro Tutelar Dia da Bandeira Dia do Auditor Interno Dia Nacional da Consciência Negra Dia do Esteticista Dia do Biomédico Dia da Homeopatia Dia das Saudações Dia do Músico Dia Nacional do Doador de Sangue Dia do Técnico da Segurança do Trabalho Dia Mundial de Ação de Graças

infracional; 7. expedir notificações; 8. requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 9. assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 10. representar, em nome da pessoa e da familia, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, §3º, inciso II, da Constituição Federal; 11. representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do pátrio poder. Competências do Conselho Tutelar "Aplicam-se às atividades dos membros do Conselho Tutelar, no exercicio de suas atribuições legais, os parâmetros de competência destinados ás atividades da autoridade judiciária (ECA) art. 147." A competência do Conselho tutelar para prestação de serviços à comunidade é o seu limite funcional(conjunto de atribuições definidas no ECA) e seu limite territorial (local onde pode atuar). Nos

casos onde atuam mais de um Conselho Tutelar, os conflitos de competência entre os Conselhos serão resolvidos pelo Conselho Municipal dos Direitos Da Criança e do Adolescente (CMDCA), a luz das disposições da Lei municipal. "Em cada municipio haverá, no minimo, um Conselho Tutelar"(Art. 132). Isso significa que , de acordo com a extensão territorial, a população e a complexidade dos problemas sociais do município, a comunidade local poderá definir em Lei a criação de um único Conselho Tutelar que centralize todo o atendimento municipal ou de vários Conselhos tutelares com áreas geográficas de atuação claramente definidas. A competência para o exercício das atribuições do(s) Conselho(s) será determinada pela delimitação territorial definida em Lei: Um Conselho Tutelar: Todo o território municipal, responsável por todos os casos que exigem a sua intervenção no município. Mais de Um Conselho Tutelar: Atendimento dos casos especificos de cada região delimitada, (conjunto de bairros, e zonas rural e urbana, etc.) limitando a atuação dos Conselhos ao atendimento dos casos em cada região delimitada.


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COMEMORAÇÕES DO MÊS DE DEZEMBRO 01

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Dia Internacional da Luta contra a AIDS Dia do Imigrante Dia do Numismata Dia Nacional do Samba Dia da Astronomia Dia Pan-americano da Saúde Dia Nacional das Relações Públicas Dia Internacional do Portador de Deficiência Dia da Propaganda Dia do Pedicuro Dia do Orientador Educacional Dia Mundial da Imaculada Conceição Dia da Família Dia da Justiça Dia da Criança Defeituosa Dia do Fonoaudiólogo Dia do Alcoólico Recuperado Declaração Universal Direitos Humanos

10 de dezembro:

Declaração Universal dos Direitos Humanos A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 (A/RES/217). Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo - Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros, delineia os direitos humanos básicos. Abalados pela barbárie recente e com o intuito de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Ucrânia, em 1945, as bases de uma futura "paz" definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos. Embora não seja um documento que

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Dia Internacional dos Povos Indígenas Dia Universal do Palhaço Dia do Arquiteto Dia do Engenheiro Dia do Cego Dia do Marinheiro Dia do Ótico Dia de Santa Luzia Dia do Engenheiro Avaliador e Perito de Engenharia Dia Nacional do Ministério Público Dia do Reservista Dia do Museólogo Dia do Mecânico Dia do Atleta Início do verão Dia do Vizinho Dia do Órfão Natal Dia da Lembrança Dia do Salva-vidas Dia de São Silvestre Reveillon

representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais. Especialistas em direito internacional discutem com frequência quais de seus artigos representam o direito internacional usual.

A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade,

tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios EstadosMembros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Segundo o Guinness Book o f Wo r l d R e c o r d s , a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas (337 em 2008). Em Maio de 2009, o sítio oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos dava conta da existência de 360 traduções disponíveis. História O Cilindro de Ciro é considerado a primeira declaração dos direitos humanos registrada na história.


5 As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história antiga e das crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos humanos foi o cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o grande, rei da Pérsia, por volta de 539 a.C.. Filósofos europeus da época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos como a Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra e da livre expressão, liberdade de religião, liberdade por necessidades e liberdade de viver livre do medo. A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos das pessoas e convocou a todos seus estadosmembros a promover respeito universal e observância do direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião[2].

Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazista tornaram-se conhecidas depois da Segunda Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinha definido suficientemente os direitos a que se referia[3][4] Uma declaração universal que especificasse os direitos individuais era necessária para dar efeito aos direitos humanos.[5]. O canadense John Peters Humphrey foi chamado pelo secretário-geral da Nações Unidas para trabalhar no projeto da declaração. Naquela época, Humphrey havia sido recém-indicado como diretor da divisão de direitos humanos dentro do secretariado das Nações Unidas[6]. A comissão dos direitos humanos, um braço das Nações Unidas, foi constituída para empreender o trabalho de preparar o que era inicialmente concebido como Carta de Direitos. Membros de vários países foram designados para representar a comunidade global: Austrália, Bélgica, República Socialista Soviética da Bielorrússia, Chile, China, Cuba, Egito, França, Índia, Irã, Líbano, Panamá, Filipinas, Reino Unido, Estados Unidos, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Uruguai e Iugoslávia[7]. Membros conhecidos incluíam Eleanor Roosevelt dos Estados Unidos (esposa do ex-presidente Franklin Delano Roosevelt), Jacques Maritain e René Cassin da França, Charles Malik do Líbano e P. C. Chang da China, entre outros. Humphrey forneceu o esboço inicial que tornou-se o texto de trabalho da comissão. A Declaração Universal foi adotada pela Assembleia Geral no dia 10 de dezembro de 1948 com 48 votos a favor, nenhum contra e oito abstenções (a maior parte do bloco soviético, como Bielorrússia, Tchecoslováquia, Polônia, Ucrânia, União soviética e Iugoslávia, além da África do Sul e Arábia Saudita)[8]. Significado e Efeitos Legais Significado Em seu preâmbulo, governos se comprometem, juntamente com seus povos, a tomarem medidas contínuas para garantir o reconhecimento e efetivo cumprimento dos direitos humanos, anunciados na Declaração. Eleanor Roosevelt apoiou a adoção da DUDH como declaração, no lugar de tratado, porque acreditava que teria a mesma influência na comunidade internacional que teve a Declaração de Independência dos EUA para o povo americano. Nisto, ela se provou correta. Mesmo não obrigando [governos] legalmente, a DUDH foi adotada ou influenciou muitas constituições nacionais desde 1948. Tem se prestado

também como fundamento para um crescente número de tratados internacionais e leis nacionais, bem como para organizações internacionais, regionais, nacionais e locais na promoção e proteção dos direitos humanos.

Efeitos legais Embora não formulada como tratado, a DUDH foi expressamente elaborada para definir o significado das expressões “liberdades fundamentais” e “direitos humanos”, constantes na “Carta da ONU” [estatuto da ONU], obrigatória para todos estados membros. Por este motivo, a DUDH é documento constitutivo das Nações Unidas. Ta m b é m , m u i t o s a d v o g a d o s internacionais tomam a DUDH como parte da norma consuetudinária internacional, constituindo-se numa poderosa ferramenta de pressão diplomática e moral sobre governos que violam qualquer de seus artigos. A Conferência Internacional de Direitos Humanos da ONU de 1968 anunciou que a DUDH “constitui obrigação para os membros da comunidade internacional” em relação a todas as pessoas. A DUDH prestou-se a fundamento para dois pactos internacionais obrigatórios, o Pacto Internacional de Direitos Humanos e Civis e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seus princípios estão detalhados em tratados internacionais tais como Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação c o n t r a a m u l h e r, C o n v e n ç ã o Internacional sobre os Direitos da Criança, Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e muitos outros. A DUDH é amplamente citada por governantes, acadêmicos, advogados e cortes constitucionais bem como por indivíduos que apelam a seus princípios para proteger seus direitos humanos.


6 Especial I

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

GRANDES COMPOSITORES Jacques Offenbach

Biografia Jacob Ebert, mais conhecido como Jacques Offenbach (Colônia, Alemanha, 20 de junho de 1819 - Paris, França, 5 de outubro de 1880), compositor e violoncelista francês de origem alemã da Era Romântica, foi um paladino da opereta e um percursor do teatro musical moderno. Aprendeu os primeiros elementos de música com seu pai, Isaac, chazan (cantor) da sinagoga da cidade. Aos doze anos, Jacob era um exímio violoncelista, e a família decidiu enviá-lo a Paris, onde iria receber uma melhor educação musical. Após um ano de estudos o jovem músico passou a atuar na orquestra do Théâtre national de l'Opéra-Comique, quando desenvolveu parceria musical e uma grande amizade com o pianista e compositor Friedrich von Flotow. O compositor adotou uma nova identidade, e trocou seu sobrenome para Offenbach, numa homenagem à cidade natal de seu pai, Offenbach am Main. Considerado pela crítica como o "Liszt do violoncelo", ele não só se dedicou a compor várias obras para esse instrumento, bem como participou de uma série de concertos nas principais capitais européias. Na corte londrina, apresentou-se para a Rainha Vitoria I e o príncipe Alberto. Em 1858, Paris começou a viver o período de frivolidade e decadência do Segundo Império. A cidade, administrada pelo Barão Georges-Eugène Haussmann, passava por um moderno processo de urbanização, caracterizado pela abertura de novas e amplas avenidas, chamadas boulevards. Os espetáculos teatrais começaram a explorar com humor, o espírito, a inteligência e o divertimento, característicos da vida parisiense. Foi nesta época que estreou a primeira

opereta de Offenbach, Orfeu no Inferno, onde um de seus temas musicais, o CanCan, adquiriu notoriedade internacional. A fama e a popularidade de Offenbach subiram às alturas. Num espaço de dez anos ele escreveu noventa operetas, a maioria de grande sucesso, como La Belle Hélène, La Vie Parisienne, La Grande-duchesse de Gérolstein e La Princesse de Trébizonde. Segundo Carpeaux, Offenbach regeu o cancan que as platéias dançavam, sendo um participante embriagado e espectador cínico da orgia. A derrota dos franceses na guerra franco-prussiana de 1870 e os incêndios da comuna de Paris colocaram um final na temporada de danças, risos e champanhe. Offenbach, apesar de suas raízes alemãs, considerava-se um genuíno parisiense, e entrou em profunda depressão após a humilhante derrota sofrida pela França, ante as tropas de Otto von Bismarck. Depois de um malogrado tour pelos Estados Unidos e com sua fortuna dilapidada, Offenbach passou a demonstrar um amargo arrependimento por ter desperdiçado seu talento, compondo músicas populares e de gosto duvidoso. Atraído pelas histórias fantásticas do escritor e compositor alemão Ernst Theodor Amadeus Wilhelm Hoffmann, ele se lançou febrilmente na tarefa de compor uma ópera séria que ficasse para a posteridade. Com 60 anos e muito doente, ele trabalhou com afinco para concluir Os contos de Hoffmann. O criador de operetas, não conseguiu realizar o grande sonho de assistir a montagem de sua primeira grande ópera de sucesso. Ele morreu em Paris, no dia cinco de outubro de 1880 e a estréia de sua jóia musical só iria ocorrer cinco meses após. A opera foi considerada o maior evento da temporada, atingindo um recorde de 101 apresentações.

Robert Schumann Biografia Robert Schumann (Zwickau, 8 de junho de 1810 — Endenich, Bonn, 29 de julho de 1856) foi um músico e pianista alemão. Nasceu na Saxônia filho de um livreiro, August Schumann e Johanna Schumann. Como o seu pai era bibliotecário,

Schumann, pode descobrir com facilidade a obra de Shakespeare, verdadeiro emblema para os jovens que se rebelavam contra a ortodoxia do Classicismo.Lendo também á obra mais atual de Lord Byron e também outros autores como Walter Scott e Jean Paul, escritor que Robert admirava ao ponto de em 1828, empreender uma peregrinação a Bayreuth para visitar o seu túmulo.

Em 1826 o seu pai morreu, fato que Robert jamais superou em razão do enorme sofrimento da sua perda. Pouco depois viajou até Leipzig, a cidade de Johann Sebastian Bach, a fim de matricular-se na faculdade de Direito. Mais tarde em Heidelberg, retomou o estudo das leis, inscrevendo-se na cátedra de Justus T h i b a u t . To d a v i a , o s v e r d a d e i r o s ensinamentos deste grande filósofo começariam após o horário escolar, quando este se reunia com o aluno para lhe confessar que era a música a sua verdadeira paixão. O facto de ter conhecido a pianista Ignaz Moscheles e o fascínio por Niccoló Paganini acabaram por lhe determinar o destino. Em 1830, em Leipzig passou a dedicarse exclusivamente à música, com auxílio de seu professor Friedrich Wieck e Heinrich Dorn, mestre de capela da catedral daquela cidade. Enquanto este último lhe ensinou composição e harmonia, o primeiro transmitiu-lhe o amor pelo piano. Porém, em casa de Wieck, Schumann descobriu um outro importante foco de afeto: Clara, consumidora entusiasta de poesia e prometedora do piano. Robert apaixonou-se perdidamente por ela, sendo algumas das suas obras dedicadas a ela. Somente a


7 (1886), Berlim (1898), e Viena (19191924). Em 1894 ele foi convidado por Cosima Wagner a reger Tannhäuser em Bayreuth, tornando-se amigo da viúva de Wagner. Entre 1886 e 1898 Richard Strauss assombrou o mundo com uma série de poemas sinfônicos e sinfonias. Em 1893 ele se casou com a soprano Pauline de Ahna, a primeira a cantar o papel de Freihild em sua primeira ópera, Guntram. Mas quando ele conheceu o poeta Hugo von Hofmannsthal por volta de 1909, uma nova fase se abriu na produção musical de Richard Strauss, dedicada principalmente à ópera.

Richard Strauss Biografia Richard Georg Strauss (Munique, 11 de junho de 1864 - Garmisch-Partenkirchen, 8 de setembro de 1949) foi um compositor e maestro alemão. Ele é considerado um dos mais destacados representantes da música entre o final da Era Romântica e o início da Idade Moderna. O seu pai, Franz Strauss, era primeiro trompista da orquestra da Ópera de Munique, tendo participado da estreia de Tristão e Isolda e Die Meistersinger, sendo muito elogiado pelo próprio Wagner, que gostava de ouvi-lo tocar solos das partes de trompa de suas óperas e pediu-lhe que revisasse as partes desse instrumento na partitura de Siegfried. Ainda criança, Strauss estudou violino e harpa com membros dessa mesma orquestra, e antes de completar dez anos, já havia escrito uma serenata para instrumentos de sopro. Em 1885 Richard Strauss tornou-se assistente do célebre regente Hans von Bülow em Meiningen e, um mês mais tarde, tornou-se regente titular daquela orquestra. Foi também diretor da Ópera de Weimar

Durante a Primeira Guerra Mundial Richard Strauss foi ardente partidário da dinastia dos Hohenzollern. Apesar disso, durante a década que se seguiu à derrota da Alemanha o músico foi acolhido internacionalmente com calor e respeito. Em 1923 Richard Strauss esteve no Brasil, onde deu memoráveis concertos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Após a subida ao poder de Hitler (1933), Richard Strauss aceitou ser nomeado diretor do Reichsmusikkammer (1934). Isso tem levado a suspeitas de simpatia com o nazismo, o que fez com que o compositor sofresse o desdém de outros músicos que protestaram veementemente contra o regime nazista, entre os quais Toscanini, Arthur Rubinstein e Otto Klemperer. É sabido que Strauss dedicou uma canção a Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista. Richard Strauss não seria antissemita. Isso pode ser provado pelo fato de ele ter colaborado com um escritor judeu, Stefan Zweig, autor do libreto de uma de suas óperas, Die Schweigsame Frau (Stefan

A Densitometria analisa seus ossos! A Densitometria Óssea torna-se o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea relacionado a padrões estabelecidos para idade e sexo. O Laboratório Oswaldo Cruz é capaz de diagnosticar em poucos minutos como anda a saúde de seus ossos.

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suicídio), e pelo fato de que ele fez tudo para defender sua nora, que era judia. Após a derrota de Hitler em 1945 os Aliados instalaram na Alemanha um comitê de denazificação, e Richard Strauss foi chamado a depor, mas o tribunal o inocentou de qualquer filiação ao partido nazista. Convidado a reger seus concertos em Londres em 1947, foi recebido entusiasticamente. Pouco depois Richard Strauss compôs sua última obra, Vier Letzte Lieder ("Quatro Últimas Canções"). Morreu pacificamente em sua casa em Garmish-Partenkirchen, a 8 de setembro de 1949. Encontra-se sepultado em Richard Strauss Villa , Garmisch, Baviera na Alemanha. Como compositor de óperas, pode-se dizer que a maioria das óperas de Richard Strauss tem por título um nome de mulher e está centrada num personagem feminino. O mesmo acontece com Puccini, mas há uma diferença. As heroínas de Puccini são criaturas dóceis e submissas, inteiramente dedicadas aos seus amantes, a quem são fiéis até à morte, com excepção de Turandot. Já nas óperas de Richard Strauss há todo tipo de mulher: a revoltada como Elektra; a megera, protótipo da femme fatale (Salomè); a doçura, a sabedoria e a delicadeza da Marechala de Der Rosenkavalier; a mulher doente de amor (Ariadne auf Naxos); o bom gosto e o refinamento da Condessa Madeleine em Capriccio, incapaz de escolher entre um poeta e um músico - e Strauss aproveita para fazer a apologia da poesia e da música, as duas artes irmãs nesta ópera. Um subtítulo geral para as óperas de Richard Strauss poderia ser "a mulher no divã" ou psicanálise feminina. O poeta Hugo von Hofmannsthal, amigo do compositor, compartilhava dos mesmos gostos e das mesmas tendências, eis por que a colaboração entre os dois foi tão frutífera. Musicalmente, Richard Strauss levou a atonalidade a paroxismos de histeria em Salomè e, principalmente, em Elektra, a mais atonal das partituras do compositor. No entanto, em Der Rosenkavalier, ele resolveu voltar atrás, misturando valsas e suaves melodias tonais com todo o arrojo das tendências musicais contemporâneas, e este foi mais ou menos o caminho que ele trilhou até o fim. Strauss nunca escondeu que seus compositores favoritos eram Wagner e Mozart, e de fato encontramos forte influência de ambos nas partituras de Richard Strauss, o que não impede que ele seja uma personalidade musical única.

CUIDE BEM DE SEUS OSSOS

adiar o casamento até 1840. Tendo o sonho de se tornar um solista, viu-se incapacitado devido a seu interesse pela composição, actividade que apreciava bastante. A sua tendência era revolucionária na época, não gostava das - usando suas próprias palavras - áridas escolas do contraponto e da harmonia. Teve na análise das obras de Mozart, Schubert e Beethoven, dentre outros, sua principal influência composicional. Em conjunto com amigos e intelectuais da época fundou o Neue Zeitschrift für Musik (Nova Revista para a Música). Um jornal voltado para a música, em 1834. Nos dez anos em que esteve à frente deste, teve uma rica produção artística. Foi diretor musical na cidade de Düsseldorf em 1850. Foi forçado a renunciar o cargo em 1854, devido ao seu estado avançado de doença mental,(ele estaria escutando a nota lá em todos os lugares, o que lhe perturbou profundamente) causado por uma séria inflamação do ouvido, que o afligia desde pequeno, tendo tentado suicídio nesse ano. Acabou internando-se num asilo e veio a falecer em 29 de julho de 1856 no Asilo de Endenich, perto de Bonn, Alemanha.


8 Especial II

por Renato Lobo grande amigo do Laboratório Oswaldo Cruz

2 de novembro - DIA DE FINADOS LÁZARO, SAI DESSA, RAPAZ! - 1 E Jesus gritou com voz forte: Lázaro, vem para fora! E o morto saiu, tendo mãos e pés amarrados com faixas, e o rosto envolto num sudário. Disse-lhes Jesus: Desliguemno e deixem-no ir. (João 11,43-44)

Um caso de melancolia numa casa de Betânia João 11 Morte, vela, sentinela sou Do corpo desse meu irmão que já se vai. Revejo nessa hora tudo o que ocorreu, Memória não morrerá. Longe, longe, ouço essa voz, Que o tempo não vai levar. Precisa gritar sua força, é irmão, Sobreviver! A morte ainda não vai chegar, Se a gente na hora de unir, Os caminhos num só, Não fugir nem se desviar!

na verdade, vai além da depressão, pelo menos, além daquilo que pode ser numerado num catálogo de doenças, conforme os americanos gostam de interpretar as oscilações humanas. Esse era Lázaro. E por que não eu? Passou o tempo. Guardo lembranças daqueles dias como um momento axial na minha vida. Momento axial é quando a gente desce tudo da prateleira, desenrola os tecidos no balcão e depois recoloca tudo no lugar outra vez. Mas recoloca diferente. Depois de um momento axial, você nunca mais é o mesmo. Tenho a vaga impressão de que foi isso o que aconteceu a Lázaro, ou sei lá quem tenha vivido aquela experiência de ida-e-volta que João nos conta de forma brilhante no capítulo 11 do seu Evangelho. A partir de hoje, quero conversar um pouco com você sobre Lázaro, aquele que era íntimo de Jesus, amado por ele, e que estava fragilizado, astenon, desidratado na alma, melancólico. Se puder, leia o capítulo 11 do Evangelho de João. O que precisa ser dito está lá. O que eu vou dizer é só rodapé.

(Milton Nascimento – Sentinela)

“Senhor, se estivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. (João 11,21)

Renato Lobo http://pede1moleque.blogspot.com (12) 3921.9825 - 8175.8083

Eu comecei a pensar no Lázaro do Evangelho de João num momento de muita fragilidade em minha vida. Havia escolhas. Escolhas nos deixam frágeis. Fragilidades fazem com que a gente regrida e se infantilize. Fui ler Lázaro e descobri que todos os meus sentimentos estavam lá. Verifiquei que havia, lá e cá, uma extremamente frágil humanidade tentando alinhavar, lá, o relato, cá, a vida. Há momentos, não tem jeito, em que a gente se sente desidratado na alma, esvaziado por dentro, despossuído de si mesmo e, se não bastasse, com mãos gigantes apertando o pescoço. É Lázaro. Era eu. Existe em grego uma palavra para esse sentimento: é a palavra “astenon”, que significa debilitado, frágil, enfermo. “Astenon” e seu plural “astenói” são muitas vezes repetidas no texto e ao longo do Evangelho de João. Talvez, a melhor tradução para astenon fosse mesmo “desidratado na alma”. Os místicos de todos os tempos conheceram esse sentimento e o chamaram de aridez, acedia, noite escura da alma. Eles não tinham conhecimento daquilo que hoje se popularizou com o nome depressão. Mas que

O Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, conhecido ainda como Dia dos Mortos, é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro. Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. O Dia de Finados para a Fé Protestante Os Protestantes em geral, afirmam que a doutrina da Igreja Católica, que recomenda a oração pelos falecidos, é desprovida de fundamento bíblico. Segundo eles, a única referência a este tipo de prática estaria em II Macabeus 12,43-46. Porém os protestantes não reconhecem a canonicidade deste livro.

Lázaro sai da sua tumba por Juan de Flandes (1500)

Namir de Paiva Pires

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Dia dos Fiéis Defuntos

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Tradição do dia de finados no México No México é comemorada a festa do dia dos mortos, uma festa bem caracteríistica da cultura mexicana e que atrai muitos turistas.


Especial III

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

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RÉVEILLON 2011 Curiosidades sobre o Ano Novo

Você sabia que o ano-novo se consolidou na maioria dos países há 500 anos? Desde os calendários babilônicos (2.800 a.C.) até o calendário gregoriano, o réveillon mudou muitas vezes de data. A primeira comemoração, chamada de "Festival de ano-novo" ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na Babilônia, a festa começava na ocasião da lua nova indicando o equinócio da primavera, ou seja, um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador onde os dias e noites tem a mesma duração. No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data que os espiritualistas comemoram o ano-novo esotérico). Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro. Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração desta grande festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C. Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano. Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano

começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o anonovo é comemorado do dia 1º de janeiro ao dia 3 de janeiro. A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de anonovo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina. Contagem decrescente os últimos minutos do dia 31 de Dezembro seja: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Feliz 2004!!!!!! A passagem de Ano Novo é o fim de um ciclo, início de outro. É um momento sempre cheio de promessas. E os rituais alimentam os nossos sonhos e dão vida

às nossas celebrações. Na passagem de Ano Novo, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para enchermos o coração de esperança e começar tudo de novo. E para que a festa corra muito bem, há algumas tradições e rituais que não podemos esquecer... - Fogos e barulho. No mundo inteiro o Ano Novo começa entre fogos de artifício, buzinadas, apitos e gritos de alegria. A tradição é muito antiga e, dizem, serve para espantar os maus espíritos. As pessoas reúnem-se para celebrar a festa com muitos abraços. - Roupa nova. Vestir uma peça de roupa que nunca tenha sido usada combina com o espírito de renovação do Ano Novo. O costume é universal e aparece em várias versões, como trocar os lençóis da cama e usar uma roupa de baixo nova. Origem do Ano Novo As comemorações de Ano Novo variam de cultura a cultura, mas universalmente a entrada do ano é festejada mesmo em diferentes datas. O nosso calendário é originário dos romanos com a contagem dos dias, meses e anos. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado em 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de Abril. O Papa Gregório XIII instituiu o 1º de Janeiro como o primeiro dia do ano, mas alguns franceses resistiram à mudança e quiseram manter a tradição. Só que as pessoas passaram a pregar partidas e ridicularizar os conservadores, enviando presentes estranhos e convites para festas que não existiam. Assim, nasceu o Dia da Mentira, que é a falsa comemoração do Ano Novo.

FELIZ 2011 - 2012


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MEDITAÇÃO DO MÊS SANTIAGO BOVISIO Nasceu na cidade de Bérgamo, ao Norte da Itália, no dia 29 de setembro de 1904 e, desde muito pequeno, manifestou extraordinárias faculdades de clarividência e profecia que, com o tempo, a disciplina e o conselho de instrutores físicos e astrais, alcançaram níveis excepcionais. Ainda jovem, ingressou na Ordem dos Cavalheiros do Fogo ramo europeu (C.H.E.F.), em Veneza. A 10 de janeiro de 1926, já com o grau de Cavalheiro Ordenado, fundou a União Savonaroliana em Buenos Aires. Mais tarde fundou, em Rosário, a Universidade Espiritualista Argentina, à qual aderiram grupos de diferentes origens. No dia 3 de março de 1937, junto com três companheiros, fundou Cafh, sigla da Sagrada Ordem dos Cavalheiros Americanos do Fogo de Hes. Preparava-se para empreender uma viagem terrestre às Serras Madre de Dios, a noroeste de Machu Pichu, para descobrir uma terra não pisada por pés humanos - prometida a Cafh pela Divina Mãe para construir uma Comunidade Mística secreta, OM HES, de Sacerdotes Ordenados, para dirigir, desde ali, a obra americana da Nova Era de Aquário (Hidrochosa) - quando a morte o surpreendeu num acidente rodoviário nos arredores de Rio Quarto, na manhã de 3 de julho de 1962.

CURSO “O BOM CAMINHO” Ensinança 13: Negação Afirmativa Aquele que deseja assumir a vida espiritual não o conseguirá se sua mente não mudar de atitude frente aos conhecimentos da vida, frente a sua relação com todos os demais indivíduos e com suas crenças. A mente está acostumada a afirmar várias coisas conhecidas, já determinadas, experimentadas e provadas. E se sente muito ufana e satisfeita com tal soberania. Ela afirma unicamente dentro do campo magnético de seu conhecimento, enquanto que nega sistematicamente tudo o que esteja fora dele. Assim, nos problemas metafísicos, a mente resolve tudo tomando por fé alguns postulados desconhecidos de seu credo e a isto chama “verdade”, negando os postulados de todos os demais credos a priori, sem sequer preocupar-se com considerar algo a respeito. Se uma fé nega outra, sem conhecimento de causa, é unicamente por má intenção, e somente a reta intenção leva ao conhecimento da verdade. Somente se a mente adotar uma atitude negativamente afirmativa poderá penetrar no segredo do que não conhece. Nenhuma negação é possível já que o verdadeiro conhecimento acrescenta, a um conhecimento imperfeito, o indispensável para completá-lo. A atitude da mente de negação afirmativa é um estado de expectação, de bom desejo para conhecer o que não se sabe. Além disso, aquele que não nega um conhecimento porque não o conhece, desde já o está afirmando potencialmente e está sintonizando sua mente com as possibilidades existentes para captá-lo e conhecêlo. A negação afirmativa encerra em si o conhecimento potencial do Universo.

(continua)

FINGIDOR (Diálogo com Fernando Pessoa) Todo poeta é mesmo um fingidor, E finge cada fúlgido momento Faz-se Pessoa em vida e em fingimento Faz-se persona e finge a própria dor... É por fingir que os versos que ele envida Trazem no fingimento a realidade A ponto tal que torna-se verdade O fingimento, e fingimento a vida É porque sonha na realidade E outras realidades sempre inventa Que finge tanto e tão completamente: Na tentativa inócua da verdade O coração obstinado tenta Porém a mente obstinada mente... Oldney Lopes


Especial IV

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

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ESCRITORES BRASILEIROS Erico Veríssimo

O escritor brasileiro Erico Veríssimo nasce em Cruz Alta, interior do Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1905, filho do farmacêutico Sebastião Veríssimo e da dona-de-casa Abegahy Lopes Verissimo, ambos de tradicionais famílias gaúchas. Os planos do pai para o filho Erico eram para que fosse estudar na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Mas quando chega aos 18 anos, a situação financeira da família é grave. Dona Abegahy começa a trabalhar, costurando para fora, e o jovem Erico vai para Porto Alegre estudar no Colégio Cruzeiro do Sul. Quando retorna a Cruz Alta, começa a trabalhar num armazém. Depois em um banco, onde consegue guardar uma quantia razoável para tornar-se sócio de uma farmácia. O empreendimento fracassa, mas Erico conhece Mafalda Halfen Volpi, a moça que morava em frente à farmácia. Como a farmácia não ia bem, monta nos fundos uma escola de inglês, que se torna ponto de encontro de estudantes e pensadores da época. Assim, Erico pôde ter mais contato com as coisas que lhe davam prazer: a literatura e a arte. Em Porto Alegre, procura sempre um grupo de amigos da revista Madrugada. São eles que conseguem a publicação de seus contos e desenhos nas páginas dos jornais Correio do Povo e Diário de

Notícias. Em 1930, muda-se para Porto Alegre e passa a conviver com escritores renomados. No final do ano, é contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da Revista do Globo e, no dia 15 de julho de 1931, casase com Mafalda. Em 1932, reúne seus contos e publica sua primeira obra: "Fantoches". Um ano depois, é a vez do romance "Clarissa", muito bem recebido pela crítica. Em 1935, ano do nascimento de sua primeira filha, Clarissa, lança "Caminhos Cruzados". A consagração da obra vem com o Prêmio Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras. No mesmo ano, tira primeiro lugar no Grande Prêmio de Romance Machado de Assis, da Companhia Editora Nacional para obras inéditas, com o título "Música ao Longe" e publica a biografia "A Vida de Joana D'Arc". Em 1936, o nascimento de seu filho Luis Fernando coincide com o lançamento de seu primeiro livro infantil, "As Aventuras do Avião Vermelho", e de "Um Lugar ao Sol", um retrato dos duros tempos de Cruz Alta. Cria também um programa de auditório para crianças na Rádio Farroupilha, "Clube dos Três Porquinhos".

«Eu queria fazer um livro não da vida como ela é, mas como eu queria que ela fosse. Um livro para a gente pegar e ler quando quisesse esquecer a vida real... Eu entendo a Arte como sendo uma errata da vida. A página tal, onde se lê isto, leiase aquilo...» Erico Veríssimo em "Um Lugar ao Sol".

«Aventuras de Tibicuera", livro infantil que lhe garante o prêmio do Ministério da Educação, sai em 1937. "Olhai os Lírios do Campo", um de seus maiores sucessos, é publicado em 1938 e atinge a tiragem de 62 mil exemplares. O próximo livro é "Saga", que proporciona ao escritor sua primeira noite de autógrafos. Em 1941, Erico passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado, e profere conferências em várias cidades americanas. Suas impressões sobre o país estão em "Gato Preto em Campo de Neve". No ano seguinte, a obra "O Resto é Silêncio" sofre duras críticas do clero. A discordância com a ditadura Vargas faz o escritor aceitar o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e muda-se com toda a família para Berkeley. Logo recebe o título de Doutor Honoris Causa do Mills College, de Oakland e seus romances "Caminhos Cruzados", "O Resto é Silêncio" e "Olhai os Lírios do Campo" são editados nos Estados Unidos. Mais tarde suas obras são traduzidas para francês, alemão, espanhol, finlandês, holandês, húngaro, indonésio, italiano, japonês, norueguês, polonês, romeno, russo, sueco e tcheco, o que fez de Erico Verissimo um dos escritores brasileiros mais lidos no mundo. No retorno ao Brasil, lança "A Volta do Gato Preto", um livro de observações sobre a vida americana. "O Tempo e o Vento", a obra que tanto sonhara, começa a ser escrita em 1947 e se transforma na trilogia apontada pela crítica como seu maior sucesso. Erico escreveu durante 15 anos a saga das famílias Terra e Cambará entre os anos de 1745 e 1945 sob três títulos: "O Continente", "O Retrato" - escrito em 1950 - e "O Arquipélago". Em 1953, a família Verissimo retorna aos Estados Unidos e Erico assume, em Washington, a direção do


12 Departamento de Assuntos Culturais da União Panamericana, na Secretaria da Organização dos Estados Americanos. Quando sua filha Clarissa casa-se, em 1956, com o americano David Jaffe, a família retorna ao Brasil. Mas em seguida parte para conhecer o México, o que resulta em uma obra de impressões sobre o país.

Com a mulher Mafalda e o filho Luis Fernando, Erico viaja, em 1959, para a Europa, onde faz palestras em Portugal nas quais defende a democracia, o que provoca choque com a ditadura salazarista. Este momento resulta em outro livro, "O Ataque". Nele estão reunidos três contos - "Sonata", "Esquilos de Outono" e "A Ponte" - e um trecho inédito de "O Arquipélago". Ele faz parte da coleção Catavento, da Editora Globo. No retorno ao Brasil, passam uma temporada com a filha em Washington, onde nascem seus três primeiros netos Michael, Paul e Edward - entre 1958 e 1962. Em 1961, quando escrevia a última parte da trilogia "O Tempo e o Vento", Erico sofre o primeiro infarto. Durante o período de recuperação, de quase um ano, faz as correções finais de "O Arquipélago". Em 1963 morre sua mãe, Abegahy. O golpe militar de 1964 inspira "O Senhor Embaixador", lançado em 1965 no Rio de Janeiro, onde Luis Fernando e Lúcia Helena Massa haviam se casado, um ano antes. Dessa união

nascem Fernanda, Mariana e Pedro. O escritor ganha o Prêmio Jabuti, na categoria romance, da Câmara Brasileira do Livro por "Senhor Embaixador" e visita Israel, que rende mais um diário de viagem. "O Prisioneiro" é lançado em 1967 e a Editora José Aguilar, do Rio de Janeiro, publica sua obra em cinco volumes, dos quais faz parte uma autobiografia com o título "O Escritor Diante do Espelho". Em 1968, é agraciado com o título de Intelectual do Ano, que lhe dá o troféu Juca Pato, em concurso promovido pela União Brasileira de Escritores. Em 1971, publica "Incidente em Antares". Os dois anos seguintes trouxeram mais condecorações: o Prêmio do Pen Club (Personalidade Literária do Ano) e o Prêmio Literário da Fundação Moinhos Santista, para o conjunto da obra. Em 1973, são editados o primeiro volume de suas memórias sob o título "Solo de Clarineta", e "O Contador de Histórias", uma homenagem aos 40 anos de atividade do escritor, reunindo depoimentos dos principais críticos brasileiros sobre Erico. Em 28 de novembro de 1975, não sobrevive a mais um infarto e deixa inacabado "Solo de Clarineta", que faria parte de mais uma trilogia. Várias de suas obras são adaptadas para a televisão e o cinema, com maior destaque para "O Tempo e o Vento".

Erico Veríssimo em 1937

Érico Veríssimo FRASES “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.” “A gente foge da solidão quando tem medo dos próprios pensamentos.” “O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença...” “Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.” "Ninguém deve culpar-se pelo que sente, não somos responsáveis pelo que nosso corpo deseja, mas sim, pelo que fizemos com ele." “Todos nós somos um mistério para os outros... E para nós mesmos.” “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.” “O objetivo do consumidor não é possuir coisas, mas consumir cada vez mais e mais a fim de que com isso compensar o seu vácuo interior, a sua passividade, a sua solidão, o seu tédio e a sua ansiedade.” “Na minha opinião existem dois tipos de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar.” “Para fugir ou para buscar. Os fugitivos cedo ou tarde descobrem que seus problemas são de natureza geográfica.” “O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais.”

MOVIMENTO VIDA

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