Oswaldo Cruz Cultural - Ed 21

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REVISTA

OSWALDO CRUZ

CULTURAL

Uma publicação do Laboratório Oswaldo Cruz de São José dos Campos Ano V - no 21 - Jun/Jul 2011 - Distribuição gratuita e dirigida

LABORATÓRIO

OSWALDO CRUZ

ESSE MUNDO NOSSO!

SEGUNDO DOMINGO DE MAIO

DIA DAS MÃES As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

05 de Junho - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE Preservar o meio ambiente é muito importante para que possamos ter um planeta saudável e rico em recursos naturais no futuro. Vamos aproveitar este dia e listar quantas ações podemos fazer para colaborar na preservação do meio ambiente. Se todo mundo fizer um

um montão para o mundo! Seguem algumas medidas que podemos facilmente tomar em casa e na escola: - água - energia - lixo -transporte

A maioria das fontes é unânime acerca da idéia da criação de um Dia da Mãe. A idéia partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia da Mãe, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a Sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas – e que são hoje considerados mundialmente com símbolos de pureza, força e resistência das mães.


2 Editoria

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

ESCLARECIMENTO Normalmente o editorial é um artigo que exprime a opinião da direção do próprio jornal, revista ou outro meio de comunicação escrita. Necessariamente é um chamado à reflexão sobre algum assunto atual e determina uma tomada de posição em relação ao fato. Ninguém melhor do que Federico Garcia Lorca, poeta espanhol que viveu e atuou no começo do século passado, para demonstrar a importância que o livro tem na vida humana e na relação com seus semelhantes. Mesmo numa época dominada pela informática, nada melhor do que um bom livro escrito para levarnos ao reino dos sonhos. Um país que possui 1 livraria por cada 70.000 habitantes e que tem uma media de leitura de 4,7 livros por habitante por ano, sendo apenas 0,9 não didáticos, evidencia uma carência absoluta de conhecimento e de cultura a ele associada, permitindo que os absurdos que acontecem nesta terra, em todas as esferas conhecidas, sejam tomados como “normais”. Garcia Lorca nos explica essa importância.

a direção

Expediente Editor Geral: Dr. Enrique Giana Produção: Departamento de Comunicação & Marketing Reportagem e Fotos: Claudia M. S. de Lima Editoração Eletrônica: Paulo J. S. de Lima Periodicidade: Bimestral Tiragem: 3.000 exemplares Distribuição gratuita e dirigida

www.oswaldocruz.com

meio pão e um livro! Palavras de Federico García Lorca ao Pueblo de Fuente de Vaqueros (Granada), na inauguração da biblioteca local. Setembro de 1931.

Quando alguém vai ao teatro, a um concerto ou a uma festa de qualquer tipo que seja, se a festa lhe agrada, se lembra e lamenta imediatamente que as pessoas de quem gosta não estejam ali. “Quanto minha irmã, meu pai, iriam gostar disto”, pensa, e não desfruta já do espetáculo senão através de uma leve melancolia. Esta é a melancolia que eu sinto, não pelas pessoas de minha casa, o que seria pequeno e ruim, mas por todas as criaturas que por falta de meios e por desgraça sua não desfrutam do bem supremo da beleza que é vida e é bondade e é serenidade e é paixão. Por isso nunca tenho um livro, porque presenteio todos quantos compro, que são infinitos, e por isso estou honrado e contente de estar aqui inaugurando esta biblioteca do povo, a primeira certamente em toda a província de Granada. Não só de pão vive o homem. Eu, se tivesse fome e estivesse desvalido na rua não pediria um pão; senão que

reivindicações culturais que é o que os povos pedem a gritos. Está bem que todos os homens comam, mas que todos os homens tenham saber. Que desfrutem todos os frutos do espírito humano porque o contrário significa convertê-los em máquinas a serviço do Estado, significa convertêlos em escravos de uma terrível organização social. Eu tenho muita mais pena de um homem que quer aprender e não pode, que de um faminto. Porque um faminto pode acalmar sua fome facilmente com um pedaço de pão ou com algumas frutas, mas um homem que tem ânsia de saber e não tem meios, sofre uma terrível agonia porque são livros, livros, muitos livros aquilo de que necessita, e onde estão esses livros? Livros! Livros! Aqui está uma palavra mágica que equivale a dizer: “amor, amor”, e que os povos deviam pedir como pedem pão ou como anseiam pela chuva para as suas plantações. Quando o ilustre escritor russo, Fedor Dostoievsky, pai da revolução russa muito mais do que Lenin, estava prisioneiro na Sibéria, afastado do mundo, entre quatro paredes e cercado por desoladas planícies de neve infinita, e pedia socorro através de uma carta à sua família distante, dizia apenas: “Enviem-me livros, livros, muitos livros para que a minha alma não morra!” Tinha frio e não pedia fogo, tinha sede e não pedia água: pedia livros, isto é, horizontes, isto é, escadas para subir ao cume do espírito e do coração. Porque a agonia física, biológica, natural, de um corpo, provocada pela fome, sede ou frio, dura pouco, muito pouco, mas a agonia da alma insatisfeita dura toda a vida. Já disse o grande Menéndez Pidal, um dos sábios mais verdadeiros da Europa, que o lema da República

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segundo domingo de maio - DIA DAS MÃES História As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimônias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo. Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo de Quaresma (40 dias antes da Páscoa) um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe. À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear-se a “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhes dava vida e os protegia do mal. Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a Igreja. Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e algumas apoiantes, que se uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia dedicado à paz; chegou a organizar em Boston um encontro de mães dedicado à paz. Autora de "O Hino de Batalha da República", era casada com Samuel Gridley Howe, um líder em educação progressiva e também um abolicionista convicto.

Julia Ward Howe

A maioria das fontes é unânime acerca da idéia da criação de um Dia da Mãe. A idéia partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia da Mãe, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a Sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas – e que são hoje considerados mundialmente com símbolos de pureza, força e resistência das mães.

reconhecido em 1907 é o mesmo amor que é celebrado hoje e, à nossa maneira, podemos fazer deste um dia muito especial. No Brasil a introdução desta data se deu no RIO GRANDE DO SUL, em 12 de maio de 1918, por iniciativa de EULA K. LONG, em SÃO PAULO, a primeira comemoração se deu em 1921. A oficialização se deu por decreto no Governo Provisório de Getúlio Vargas, que em 5 de maio de 1932, assinou o decreto nº 21.366. Em 1947, a data foi incluída no calendário oficial da Igreja Católica por determinação do Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Jaime de Barros Câmara.

TRIBUTO AO DIA DAS MÃES "O Cravo Branco de Anna Jarvis", a Criadora desse dia!

Segundo Anna Jarvis seria objetivo deste dia tomarmos novas medidas para um pensamento mais ativo sobre as nossas mães. Através de palavras, presentes, atos de afeto e de todas as maneiras possíveis deveríamos proporcionar-lhe prazer e trazer felicidade ao seu coração todos os dias, mantendo sempre na lembrança o Dia da Mãe. Face à aceitação geral, a Sra. Jarvis e os seus apoiantes começaram a escrever a pessoas influentes, como ministros, homens de negócios e políticos com o intuito de estabelecer um Dia da Mãe a nível nacional, o que daria às mães o justo estatuto de suporte da família e da nação. A campanha foi de tal forma bem sucedida que em 1911 era celebrado em praticamente todos os estados. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe. Hoje em dia, muitos de nós celebram o Dia da Mãe com pouco conhecimento de como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o amor e a honra

"É uma maldição que os homens tenham de mercadejar com tudo quanto é belo, santo e puro? Por favor, peça que retirem o "Dia das Mães" dos balcões e caixas registradoras. Enfeitem-no com Bondade e Alegria, contabilizem-no no coração ! Eles podem fazer isto !". Certo dia, em 1925, uma mulher alta e enérgica, de aspecto decidido, entrou num hotel de Filadélfia e encaminhou-se na direção de um grupo de senhoras da Associação das Mães de Veteranos de Guerra, reunidas na convenção. Censurou-as, denunciando-as por venderem o "cravo branco", símbolo do Dia das Mães, por preços extravagantes e extorsivos. Diversas pessoas tentaram interrompê-la, mas a sua invectiva era fria e obstinada. Finalmente foi chamado um policial. A dama foi presa sob a alegação de perturbar a ordem. Assim terminava mais um incidente na atribulada carreira de Anna Jarvis, a CRIADORA DO DIA DAS MÃES. Quando o juiz, constrangido, pôs Anna Jarvis em liberdade, um repórter foi visitá-la em sua casa, à Rua 12 Norte, em Filadélfia. A bela mulher de cabelos brancos e 60 anos de idade, estava sentada numa cadeira de espaldar reto e seu olhar estava posto no retrato de sua mãe. O jornalista perguntoulhe: - Por quê a senhora não desiste ? Está lutando contra o mundo, sozinha! Deveria orgulhar-se por ser a criadora do Dia das Mães. - O Dia das Mães foi transformado num comércio sórdido. O senhor leu o que escrevi ao Presidente Coolidge? O rapaz acenou afirmativamente. A carta fora publicada pelos jornais. Em um certo tópico, Anna Jarvis dizia: "Estou tentando, de todas as maneiras ao meu alcance, evitar que o Dia das Mães seja aviltado por certa classe de indivíduos e organizações que vêem nele apenas um


4 em símbolo do Dia das Mães. Foi a senhora quem insistiu para que todos mandassem mensagens de carinho às Mães, por telegrama ou carta. - O senhor está dizendo que o meu triunfo é, também, o meu fracasso. Está bem! Você tem razão, meu rapaz! Este é o paradoxo da minha vida. Mas não era o único paradoxo na vida de Anna Jarvis. Embora fosse uma mulher extremamente bela, jamais se casara. Nascera em 1864, em Grafton, Virgínia Ocidental, onde crescera, transformando-se numa beldade esbelta e ruiva. Por quê uma jovem assim teria permanecido solteira? Um amigo da família contou. "Anna teve um caso de amor mal sucedido e isso a deixou abalada e desiludida. Daí por diante deu as costas a todos os homens". Ao sair da Faculdade Mary Baldwin, em 1883, dedicara-se ao magistério em Grafton. Não que precisasse do salário; sua mãe, viúva, gozava de boa situação. Alguns anos mais tarde, Anna, sua mãe e sua irmã mais nova, Elsinore, que era cega, mudaram-se para Filadélfia. Anna empregou-se como assistente no departamento de publicidade de uma companhia de seguros. Assim viveu dos 20 aos 40 anos. Então, em 1905, a Sra. Jarvis faleceu. Foi um golpe terrível que, entretanto, marcou o início de nova e vital etapa na vida de Anna. Contava ela, então, 41 anos, era dona de uma bela casa, tutora da irmã cega e principal beneficiária da herança materna.

Enquanto decorriam os dias longos, o coração clamando pela presença materna, uma visão tomou corpo em seu espírito: a instituição de um dia consagrado às Mães.

Filadélfia. Esse foi o início da cruzada de Anna Jarvis. O ponto básico era, - ela insistia, - a homenagem não só às mães vivas, mas, também, às mães que já haviam morrido. De sua casa, - feita quartel-general, - ela dirigiu uma das mais estranhas e eficientes campanhas epistolares de que se tem notícia. Escreveu a governadores, congressistas, clérigos, industriais, clubes femininos - a qualquer um que pudesse exercer influência. As respostas a essas cartas foram em número tão considerável, demandavam tanta correspondência, - que Anna deixou o emprego que tinha, a fim de dedicar-se inteiramente à sua campanha. Quando verificou que sua casa se tornara pequena para servir de escritório, comprou a casa vizinha. Em breve era convidada a visitar outras cidades para falar perante diversas organizações. Escreveu e imprimiu folhetos sobre seu plano, distribuindo-os gratuitamente. Todas essas atividades consumiram boa parte de sua fortuna, mas Anna jamais permitiu que isso a preocupasse. Corriam os dias em que outras mulheres corajosas e enérgicas, - as célebres Sufragettes, - lutavam pelo direito do voto. Os objetivos de Anna Jarvis eram mais sentimentais, menos sujeitos a controvérsias. Como poderia um legislador combater alto tão doce, puro e cheio de beleza como um "Dia das Mães"? E a Virgínia Ocidental foi o primeiro Estado Norte-Americano a adotar oficialmente a data festiva. Anna Jarvis, inspirada por esses primeiros sucessos, continuou a escrever, a viajar, a fazer conferências. Em 1914, sua eloqüência persuadiu o Deputado J. Thomas Heflin, do Alabama, e o Senador Morris Sheppard, do Texas, a apresentarem uma proposta conjunta para que se observasse em toda a nação americana, o Dia das Mães. A proposta foi aprovada pelas duas casas do Congresso. O verdadeiro grande momento de Anna chegou quando o Presidente Woodrow Wilson assinou uma proclamação no qual recomendava que o Segundo Domingo de Maio (aniversário da morte da mãe de Anna), fosse observado no país inteiro como o Dia das Mães. Todavia, para Anna, esse triunfo não era suficiente. Ainda era preciso conquistar o resto do mundo! Assim, a correspondência, os discursos e os folhetos de exortação continuaram, agora em escala internacional. E o seu esforço foi notavelmente bem sucedido. Só no decurso de sua vida, 41 países adotaram o Dia das

chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas, promulgou oficialmente, pelo Decreto 21.366, o Segundo Domingo de Maio, o Dia das Mães. Infelizmente o triunfo de Anna Jarvis, em breve se tornava a sua grande frustração. Ela escrevia desesperada por centenas de jornais: "Estão comercializando o meu Dia das Mães! Não era isso que eu pretendia! Esse é um dia de sentimentos e não de lucros!" Anna não queria que a festa da mãe pobre fosse diferente da festa da mãe rica. Um simples cravo branco, a flor predileta de sua mãe, bastava para exprimir um Mundo de Afeto! Ela estava atônita, inesperadamente viu-se pobre e só. A escada do templo, de onde queria expulsar os vendilhões, tornarase uma rua comercial sem horizontes: dezenas de vezes dava a volta ao mundo. Todo o dinheiro de sua herança se fora. Então, fazendo apagar-se para sempre o seu belo sorriso, onde, durante anos tatalara asas a borboleta de ouro de suas esperanças, recolheu-se à sua casa, na Rua 12 Norte. Levando pela mão a passiva Elsinore, fechou com firmeza a porta às suas costas. Daí para a frente recusava-se a receber quem quer que fosse. Assim deixou-se levar pelas torrentes crepusculares dos anos, até a enseada da Praça Marshal em West Chester. - Antes não o tivesse feito! Lamento ter criado o Dia das Mães!

O Símbolo da Mãe - O Círculo central representa a Divina Consciência. - As quatro pétalas representam os quatro aspectos da Mãe - As doze pétalas representam os 12 atributos da Divina Mãe


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MEDITAÇÃO DO MÊS SANTIAGO BOVISIO Nasceu na cidade de Bérgamo, ao Norte da Itália, no dia 29 de setembro de 1904 e, desde muito pequeno, manifestou extraordinárias faculdades de clarividência e profecia que, com o tempo, a disciplina e o conselho de instrutores físicos e astrais, alcançaram níveis excepcionais. Ainda jovem, ingressou na Ordem dos Cavalheiros do Fogo ramo europeu (C.H.E.F.), em Veneza. A 10 de janeiro de 1926, já com o grau de Cavalheiro Ordenado, fundou a União Savonaroliana em Buenos Aires. Mais tarde fundou, em Rosário, a Universidade Espiritualista Argentina, à qual aderiram grupos de diferentes origens. No dia 3 de março de 1937, junto com três companheiros, fundou Cafh, sigla da Sagrada Ordem dos Cavalheiros Americanos do Fogo de Hes. Preparava-se para empreender uma viagem terrestre às Serras Madre de Dios, a noroeste de Machu Pichu, para descobrir uma terra não pisada por pés humanos prometida a Cafh pela Divina Mãe para construir uma Comunidade Mística secreta, OM HES, de Sacerdotes Ordenados, para dirigir, desde ali, a obra americana da Nova Era de Aquário (Hidrochosa) quando a morte o surpreendeu num acidente rodoviário nos arredores de Rio Quarto, na manhã de 3 de julho de 1962.

CURSO “O BOM CAMINHO” Ensinança 10: O Crer e as Crenças

Não se pode começar o Bom Caminho do Espírito sem ter fé, sem crer. Crer não é aderir a determinadas crenças. Todas as religiões têm suas crenças e umas afirmam o que outras negam. Em realidade, crer em uma ou outra coisa sobrenatural e desconhecida é sempre bom porque predispõe à fé, mas não é o essencial da fé. Crer é outra coisa. Crer é uma disposição peculiar e íntima da alma, sem a qual toda tentativa de ordem sobrenatural é impossível. Crer é um abrir-se do ser àquilo que ainda não sabe. É uma predisposição a aceitar o irracional. Chama-se irracional tudo aquilo que a mente não pôde comprovar com seus meios, já que ela não pode ter todo o material de conhecimento universal à sua disposição. E, se o tivesse, ser-lhe-ia impossível utilizálo totalmente. Crer é essa disposição segura da alma, disposta a aceitar, disposta a confessar sua limitação, disposta a encontrar-se com o desconhecido. Crer é sentir a verdade daquilo que não se conhece, mas que está na alma, que se manifesta sem ser conhecido. Crer é, em uma palavra, possuir a raiz da fé que é, em si, segurança sobrenatural. As crenças crêem nisto ou naquilo; reconhecem fatos

penetrando no campo espiritual superior. Mas a fé verdadeira é um todo, é luz da alma, é segurança de que todo o impossível pode ser possível, é um vôo sobre a razão para apoiar-se na intuição: esse divino dom da mente que a põe em direto contato com o Espírito e que abre o campo a possibilidades infinitas. A fé verdadeira é tanta luz e dá tanta segurança em si que faz possível à alma exclamar ante os prodígios e as mais estupendas revelações: “Não necessito ver o que já conheço por fé”. Somente os que crêem sem ver, segundo as palavras de Cristo, possuem a fé porque estão, de antemão, seguros da verdade de seu crer.

(continua)


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Especial I

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

Você consegue imaginar o mundo sem museus? De imediato, assim, pode até conseguir, mas pense bem e veja se não seria estranho. Não teríamos contato com objetos ou mesmo com fósseis de seres da Terra que tiveram seu tempo de uso e vida em outra época que não a nossa. Quando entramos em um museu, não estamos, ao contrário do que muitos pensam ou dizem, entrando em um espaço de coisa velha e mofo. Estamos, isto sim, adentrando em uma verdadeira máquina do tempo, a nos proporcionar uma viagem pelos séculos de um mundo e de uma humanidade, que sequer sonhávamos existir, porque sequer existíamos. Se não fossem os museus, jamais teríamos a oportunidade de ver, por exemplo, o compasso geométrico de Galileu Galilei, conservado, nos dias atuais, no Castello Sforzesco, em Milão. MUSEUS NATURAIS Engana-se quem pensa que um museu precisa ser obrigatoriamente um lugar com porta de entrada e objetos ou quadros expostos sob determinada luz e ambiente. Após a criação pela UNESCO, em 1972, da Convenção do Patrimônio Mundial, isto perde um pouco o sentido ou, pelo menos, um sentido que deveria ser revisto. Com a Convenção, pretende-se incentivar a preservação de bens culturais e naturais, avaliados como marcos estéticos da humanidade. Valorizam-se cidades ou locais que, além de serem referência histórica e de identidade das nações nas quais se situam, podem ser concebidos como um patrimônio mundial. A preservação desses lugares fica a cargo do seu país de origem, que recebe o apoio da UNESCO nas atividades de proteção, pesquisa e divulgação. No Brasil, são dezessete os locais considerados como patrimônio de todos os povos: Ouro Preto (Minas Gerais); Olinda (Pernambuco); São Miguel das Missões (Rio Grande do Sul); Salvador (Bahia); Congonhas do Campo (Minas Gerais); Parque Nacional de Iguaçu (Paraná); Brasília (Distrito Federal); Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí); Centro Histórico de São Luís (Maranhão), Diamantina (Minas Gerais), Pantanal Matogrossense (Mato Grosso do Sul), Parque Nacional do Jaú (Amazonas), Costa do descobrimento (sul da Bahia e norte do Espírito Santo), Mata Atlântica do Sudeste (da Serra da

compromisso de um museu é servir ao público e que um bom profissional não deverá jamais perder esse compromisso de vista.

de Fernando de Noronha e Atol das Rocas (Pernambuco e Rio Grande do Norte). ÚNICOS Os museus são uma contribuição única no mundo. Através dos anos, preservam os objetos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica. No caso das cidades ou locais preservados como patrimônio histórico e cultural, a própria arquitetura utilizada nas construções de moradias adquire, com o peso do tempo, uma dimensão de arte a ser preservada. E também cultuada. Pensem ainda nos seres que jamais poderíamos cogitar, não fosse o trabalho de exposição, em museus de história natural, dos esqueletos de animais préhistóricos. Sem dúvida uma fascinante viagem no tempo é o que os museus, em geral, costumam nos proporcionar. Isto porque tudo o que pode ser visto nos museus representa, na verdade, as riquezas naturais e culturais do mundo. O PROFISSIONAL DE UM MUSEU As pessoas que trabalham em museu são, acima de tudo, profissionais que buscam alta qualidade. Todo museu, seja especializado em arte, história ou tecnologia, tem como objetivo principal a primazia cultural. Nessa área, a performance profissional qualificada é fundamental: atenção a detalhes; capacidade de análise, concentração, observação e organização; criatividade, curiosidade, gosto pela pesquisa e pelos estudos; habilidade manual, interesse em adquirir conhecimentos em outros setores,

HISTÓRIA DOS MUSEUS A palavra “MUSEU”, de origem grega, significa “templo das musas”., e já era usado em Alexandria para designar o local destinado ao estudo das artes e das ciências. Hoje, o International Concil of Museums a instituição que conserva coleções de objetos de arte ou ciências, para fins de preservação ou apresentação pública. Os museus modernos foram criados no século XVII a partir de doações de coleções particulares como a de Grimani a Veneza. Mas, o primeiro museu como conhecemos hoje surgiu a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, conhecido como Ashmolean Museum. O segundo museu público foi criado em 1759, por obra do parlamento inglês, na aquisição da coleção de Hans Sloane (1660-1753), que deu origem ao Museu Britânico. O primeiro museu público só foi criado, na França, pelo Governo Revolucionário, em 1793: o Museu do Louvre, com coleções acessíveis a todos, com finalidade recreativa e cultural. O Séc. XIX surgem muitos dos mais importantes museus em todo o mundo, a partir de coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha), Museu Mauritshuis (Holanda). Somente em 1870, nos Estados Unidos, é fundado o Museu Metropolitano de Arte, em Nova York. No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco). Os outros museus brasileiros foram todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do acervo, o MASP Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.

Como anda a saúde dos seus ossos? Você sabia que os ossos do corpo humano se desgastam com o tempo e por vezes são bastante frágeis? O exame de DENSITOMETRIA ÓSSEA do Laboratório Oswaldo Cruz é capaz de diagnosticar com precisão a saúde dos seus ossos. Entre em contato conosco para saber mais a respeito.

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7 e artes decorativas européias, além de uma grande coleção de peças kitsch, também fazem parte do acervo do museu.

MASP

A convite do Museu d`Orsay de Paris, integra o “Clube dos 19”, do qual participam apenas os museus que possuem os acervos de arte européia mais representativos do século XIX, como Museu d´Orsay de Paris, Metropolitan Museum de Nova York, The Art Institute of Chicago, Museum of Fine Arts de Boston, Van Gogh Museum de Amsterdã, a Kunstaus de Zurique, Hermitage de St. Petersburg, a Galleria Nazionale d´Arte Moderna de Roma e National Gallery e Tate Gallery de Londres.

O mais importante museu de arte ocidental do Hemisfério Sul. Seu acervo é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN desde 1969, e possui atualmente cerca de 8.000 peças, dentre as quais destacam-se as pinturas ocidentais, principalmente italianas e francesas. Do século XIII aos dias de hoje, pode-se apreciar Rafael, Mantegna e Botticceli – da escola italiana – e Delacroix, Renoir, Monet, Cèzanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall – da chamada

O museu vem ampliando a sua coleção através de doações de pessoas

Possui também uma grande coleção de pinturas da escola portuguesa, espanhola e flamenga, além de artistas ingleses e latino-americanos, como Diego Rivera. Dentre a coleção de artistas brasileiros, destacam-se Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Almeida Junior. Possui também uma grande coleção de pinturas da escola portuguesa, espanhola e flamenga, além de artistas ingleses e latino-americanos, como Diego Rivera. Dentre a coleção de artistas brasileiros, destacam-se Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Almeida Junior.

A Densitometria analisa seus ossos! A Densitometria Óssea torna-se o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea relacionado a padrões estabelecidos para idade e sexo. O Laboratório Oswaldo Cruz é capaz de diagnosticar em poucos minutos como anda a saúde de seus ossos.

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Dentre as esculturas, destacam-se os mármores da deusa grega Higéia do século IV a.C. e a coleção de 73 esculturas de Degas, que só podem ser vistas integralmente no MASP, no Metropolitan Museum de Nova York, ou no Museu D`Orsay, em Paris. Também destacam-se os bronzes de Rodin, as peças de Ernesto di Fiori e Victor Brecheret, entre outros.


8 Especial II

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

Dez Mandamentos Ambientais

Preservar o meio ambiente é muito importante para que possamos ter um planeta saudável e rico em recursos naturais no futuro. Vamos aproveitar este dia e listar quantas ações podemos fazer para colaborar na preservação do meio ambiente. Se todo mundo fizer um pouquinho, podemos contribuir um montão para o mundo! Seguem algumas medidas que podemos facilmente tomar em casa e na escola: Água · Escovando os dentes - desligue a água enquanto faz a escovação. · Lavando a louça - desligue a água enquanto ensaboa pratos, copos, talheres e panelas. · Tomando banho - nada de banhos muito longos e quando estiver se ensaboando, desligue a torneira. Energia · Desligue as luzes - ao sair do seu quarto, sala ou cozinha não esqueça de apagar as luzes. Desligue aparelhos eletrônicos · não deixe a televisão, rádio ou computador ligado caso não esteja sendo utilizado. · Ar condicionado - utilize com moderação! · Lavando roupa suja - dedique dias da semana para lavar a roupa. Assim você utiliza a máquina de lavar em sua capacidade máxima, economizando energia e água ao mesmo tempo. · Passando roupa - também dedique dias da semana para passar roupa. Evitando assim, o liga e desliga. Lixo · Coleta seletiva - tenha uma atitude bacana. Programe a coleta seletiva na sua casa. É muito fácil, basta separar os lixos em: material orgânico, papel, metal, vidro e plástico.

produtos. Transportes As emissões de gases emitidos pelos transportes é muito nociva para a nossa atmosfera. Mas podemos tomar algumas atitudes para contribuir na diminuição da emissão de gases. · A caminho da escola - Utilizar os transportes coletivos é sempre mais saudável para o planeta. Por isto, quanto mais gente utilizar um mesmo veículo melhor. Se você vai de carro para a escola, que tal combinar um rodízio com os colegas que moram perto! Além de ser uma atitude consciente, você aproveita e faz novos amigos!

CUIDE DO MEIO AMBIENTE! ELE É SEU!!!!

Dez Mandamentos Ambientais Nossa espécie tem usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente para piorar as coisas que para melhorar. Agora precisamos fazer o contrário, para nossa própria sobrevivência. Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes ecológicas que julgar

Nossa espécie tem usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente para piorar as coisas que para melhorar. Agora precisamos fazer o contrário, para nossa própria sobrevivência. Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes ecológicas que julgar mais corretas e adequadas. Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo. 1 - Estabeleça princípios ambientalistas Estabeleça compromissos, padrões ambientais que incluam metas possíveis de serem alcançadas. 2 - Faça uma investigação de recursos e processos Verifique os recursos utilizados e o resíduo gerado. Confira se há desperdício de matéria-prima e até mesmo de esforço humano. A meta será encontrar meios para reduzir o uso de recursos e o desperdício. 3 - Estabeleça uma política ecológica de compras Priorize a compra de produtos ambientalmente corretos. Existem certos produtos que não se degradam na natureza. Procure certificar-se, ao comprar estes produtos, de que são biodegradáveis. Procure por produtos que sejam mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis ou que possam ser reutilizáveis. Evite produtos descartáveis não reciclados como canetas, utensílios para consumo de alimentos, copos de papel, etc. 4 - Incentive seus colegas Fale com todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma ambientalmente correta. Sugira e participe de programas de incentivo como a nomeação periódica de um 'campeão ambiental' para aqueles que se destacam na busca de formas alternativas de combate ao desperdício e práticas poluentes. 5 - Não Desperdice Ajude a implantar e participe da coleta seletiva de lixo. Você estará contribuindo para poupar os recursos naturais, aumentar a vida útil dos depósitos de lixo, diminuir a poluição. Investigue desperdício com energia e água. Localize e repare os vazamentos de torneiras. Desligue lâmpadas e equipamentos quando não estiver utilizando. Mantenha os filtros do sistema de ar-condicionado e ventilação sempre limpos para evitar desperdício de energia elétrica. Use os dois lados do papel, prefira o e-mail ao invés de imprimir cópias e guarde seus documentos em disquetes, substituindo o uso do papel ao máximo. Promova o uso de transporte alternativo ou solidário, como planejar um rodízio de automóveis para que as pessoas viajem juntas ou para que usem bicicletas, transporte público ou mesmo caminhem para o trabalho. Considere o trabalho à distância, quando apropriado, permitindo que funcionários trabalhem em suas casas pelo menos um dia na semana


9 uso de produtos tóxicos. Converse com fornecedores sobre alternativas para a substituição de solventes, tintas e outros produtos tóxicos. Faça um plano de descarte, incluindo até o que não aparenta ser prejudicial como pilhas e baterias, cartuchos de tintas de impressoras, etc. Faça a regulagem do motor dos veículos regularmente e mantenha a pressão dos pneus nos níveis recomendáveis. Assegure-se que o óleo dos veículos está sendo descartado da maneira correta pelos mecânicos. 7 – Evite riscos Verifique cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes ambientais e tome a iniciativa ou participe do esforço para minimizar seus efeitos. Não espere acontecer um problema para só aí se preparar para resolver. Participe de treinamentos e da preparação para emergências. 8 - Anote seus resultados Registre cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados. Isso ajuda não só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as vantagens das medidas ambientais adotadas. 9 – Comunique-se No caso de problemas que possam prejudicar seu vizinho ou outras pessoas, tome a iniciativa de informar em tempo hábil para que possam minimizar prejuízos. Busque manter uma atitude de diálogo com o outro. 10 - Arranje tempo para o trabalho voluntário Não adianta você ficar só estudando e conhecendo mais sobre a natureza. É preciso combinar estudo e reflexão com ação. Considere a possibilidade de dedicar uma parte do seu tempo, habilidade e talento para o trabalho voluntário ambiental a fim de fazer a diferença dando uma contribuição concreta e efetiva para a melhoria da vida do planeta. Você pode, por exemplo, cuidar de uma árvore, organizar e participar de mutirões ecológicos de limpeza e recuperação de ecossistemas e áreas de preservação degradados, resgatar e recuperar animais atingidos por acidentes ecológicos ou mesmo abandonados na rua, redigir um projeto que permita obter recursos para a manutenção de um parque ou mesmo para viabilizar uma solução para problema ambiental,

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ROBERTO CARLOS

Tendo iniciado a carreira sob influência do rock'n'roll que vinha dos Estados Unidos da América, despontou no início da década de 1960 com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, e versões de sucessos do então recente gênero musical - entre os quais, "Splish Splash", "O Calhambeque", "Parei na contramão" e "É Proibido Fumar" -, fundando as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil. Com o sucesso, estrelou ao lado de Erasmo e Wanderléa um programa na TV Record chamado Jovem Guarda, que daria nome ao movimento musical. Desta fase, destacaram-se inúmeros sucessos como "Não quero ver você triste", "Lobo Mau", "A garota do baile", "Não é papo pra mim", "Parei, olhei", "História de um homem mau", "Quero que vá tudo pro inferno", "Esqueça", É papo firme", "Mexericos da Candinha", "Eu te darei o céu", "Nossa canção", "Namoradinha de um amigo meu", "Eu sou terrível", "Quando", "Maria, Carnaval e Cinzas", "Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim", "Como é grande o meu amor por você", "Se você pensa", "As canções que você fez pra mim", "Ciúme de você", "Eu te amo, te amo, te amo", "As curvas da estrada de Santos", "As flores do jardim da nossa casa", "Sua estupidez".

Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941), mais conhecido como Roberto Carlos, é um cantor e compositor brasileiro. Ele foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, liderando o primeiro grande movimento de rock feito no Brasil. Além dos discos, estrelou um programa na TV Record, chamado Jovem Guarda (que batizou esse movimento de rock), e filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora" . Atualmente continua se apresentando com freqüência e produz anualmente um especial que vai ao ar na semana do Natal pela Rede Globo, mesma época em que costumavam ser lançado seus discos anuais.

Na virada para década de 1970, reformulou seu repertório rock'n roll e se tornou um cantor e compositor basicamente romântico, que não modificou desde então. Logo também mudava seu público-alvo, que deixou de ser o jovem e passou a ser o adulto. Nessa linha, emplacou mais grandes sucessos como "Detalhes", "Amada Amante", "Como dois e dois", "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos", "Quando as crianças saírem de férias", "Como vai você", "Proposta", "A Cigana", "O portão", "Eu quero apenas", "Além do horizonte", "Olha", "Os seus botões", "Ilegal, imoral ou engorda", "Amigo", "Falando sério", "Cavalgada", "Outra vez", "Força estranha", "Café da manhã", "Na paz do seu sorriso" , "Amante à moda antiga" , "Emoções", "Cama e mesa", "Fera ferida", "O côncavo e o convexo", "Caminhoneiro", "Verde e Amarelo", "Pergunte pro seu coração", "Dito e feito", "Tanta solidão", entre outras. Também a partir dessa fase despontaram composições de cunho religioso em sua obra, algumas também com bastante sucesso, como "Jesus Cristo", "Todos Estão Surdos", "A montanha", "O homem", "Fé", "Estou aqui", "Guerra dos Meninos", "Ele esta pra chegar" e "Nossa Senhora", entre outras.

Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Seus discos já venderam quase 130 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos -, incluindo gravações em espanhol e inglês, em diversos países. Fez milhares de shows em centenas de cidades, no Brasil e no exterior. Seu fãclube é um dos maiores de todo o mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Sua popularidade o tornou conhecido no Brasil e na América


10 Especial III

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

Históra da Literatura Brasileira Início O primeiro documento que pode ser chamado de Literatura Brasileira é a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Manuel I de Portugal, em que o Brasil é descrito, em 1500. Nos próximos dois séculos, a literatura brasileira ficou resumida a descrições de viajantes e a textos religiosos. A partir dali podemos dividir os períodos da seguinte maneira: Quinhentismo (século XVI) Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra. Barroco ( século XVII ) Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta é p o c a : B e n t o Te i x e i r a , a u t o r d e Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes. Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII ) O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado,

valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão. Romantismo ( século XIX ) A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar : individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar : O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza. Realismo - Naturalismo ( segunda metade do século XIX ) Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar : objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu. Parnasianismo ( final do século XIX e início do século XX ) O parnasianismo buscou os temas

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descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho. Simbolismo ( fins do século XIX ) Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens. Pré-Modernismo (1902 até 1922) Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos. Modernismo (1922 a 1930) Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira. Neo-Realismo (1930 a 1945) Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto

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Especial

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

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Harry Potter, a saga de um bruxo moderno! Harry Potter é uma série de aventuras fantásticas, escrita pela escritora britânica J. K. Rowling. Desde o lançamento do primeiro volume, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 1997, os livros ganharam grande popularidade e sucesso comercial no mundo todo, e deram origem a filmes, videojogos e muitos outros itens.

Somando os sete livros publicados, a série Harry Potter vendeu 400 milhões de exemplares mundialmente (até outubro de 2008), em mais de 67 línguas. O livro da série que mais vendeu foi Harry Potter e a Pedra Filosofal com cerca de 120 milhões de vendas. Graças ao grande sucesso dos livros, Rowling tornou-se a mulher mais rica na história da literatura. Os livros são publicados pela Editora Rocco no Brasil e pela Editorial Presença em Portugal. Grande parte da narrativa se passa na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e foca os conflitos entre Harry Potter e o bruxo das trevas Lord Voldemort. Ao mesmo tempo, os livros exploram temas como amizade, ambição, escolha, preconceito, coragem, crescimento, responsabilidade moral e as complexidades da vida e da morte, e acontecem num mundo mágico com suas próprias histórias, habitantes, cultura e sociedades. Todos os sete livros planejados foram publicados. O sétimo e último,

Os sete livros deram origem a oito filmes de grande bilheteria, com o último, Harry Potter e as Relíquias da Morte, sendo dividido em duas partes, uma com lançamento em Novembro de 2010, e a outra com lançamento em Julho de 2011.

pelos tios antes que ele possa lêlas. No seu décimo primeiro aniversário, Harry é informado por Hagrid, o guarda-caças de Hogwarts, que ele é um bruxo e por isso tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

História A história começa com o mundo dos bruxos, que tenta manter-se secreto dos Muggles - termo traduzido para o Brasil como "Trouxas" (aqueles que não são bruxos). Por muitos anos este mundo foi aterrorizado por Lord Voldemort (Tom Riddle). Na noite anterior a sua queda, Voldemort encontrou o esconderijo da família Potter, e matou Lilly e James Potter (Lílian e Tiago Potter, no Brasil). Entretanto, quando voltou sua varinha contra o bebê dos Potter, Harry (Harry James/Tiago Potter), o seu feitiço voltou-se contra ele. Com o corpo destruído, Voldemort tornou-se um espírito sem poder, procurando refúgio em lugares escondidos do mundo; Harry, enquanto isso, foi deixado com uma cicatriz em forma de raio em sua testa, o único sinal físico da maldição de Voldemort. Harry tornou-se conhecido como "O Menino que Sobreviveu" no mundo dos feiticeiros, por ter sobrevivido a maldição da morte e por ter derrotado Lord Voldemort.

Cada livro registra uma ano da vida de Harry em Hogwarts, onde ele aprende a usar magia e a fazer poções. Harry também aprende a ultrapassar muitos obstáculos mágicos, sociais e emocionais que enfrenta em sua adolescência e na segunda tentativa de ascensão de Voldemort ao poder.

Em seguida, o órfão Harry Potter é criado pelos seus tios cruéis e insensíveis, os Trouxas Dursley. Porém, quando o seu aniversário de

Temática e conteúdo Por ser uma série na qual cada livro equivale a cerca de um ano de vida do protagonista, seu conteúdo amadurece conforme Harry cresce. Os leitores que começaram a ler a saga ainda muito jovens também vão amadurecendo enquanto lêem. A estrutura da história, inclusive, torna-


12 videogames. Os problemas no mundo mágico são sólidos e reais como os do nosso mundo - preconceito, depressão, ódio, sacrifício, pobreza, morte. "Harry vai para seu mundo mágico, e este é melhor que o mundo que ele deixou? Só porque ele encontra pessoas melhores", explica Rowling.

Um dos temas mais recorrentes ao longo da série é o amor, retratado como uma poderosa forma de magia. Dumbledore acredita que a capacidade de amar permitiu que Harry resistisse às tentações de poder de Voldemort em seu segundo encontro, não permitiu que o vilão se apossasse do corpo de Harry em seu quinto ano, e será responsável pela derrota final de Voldemort. Em contraste, outro tema importante é a morte. "Os meus livros abordam bastante a morte. Começam com a morte dos pais de Harry. Há a obsessão de Voldemort em derrotar a morte e conquistar a imortalidade a qualquer preço [...]. Eu percebo porque é que Voldemort quer conquistar a morte. Todos nós temos medo dela", disse [10] Rowling. De fato, o nome de Voldemort significa "vôo da morte" em Latim e Francês, e "roubar a morte" em Francês e Catalão. Os livros colocam o bem

perseguição de Voldemort para evitar a morte, que inclui episódios como beber sangue de unicórnio e separar a sua alma através do uso de horcruxes, contrasta com o sacrifício de Lilian Potter, o amor por Harry e a magia extraordinária que o seu gesto deixou nele, um sacrifício que Voldemort nunca poderá entender ou apreciar. O preconceito e a discriminação são também amplamente abordados ao longo dos livros. Harry aprende que existem feiticeiros Sangue-Puro (oriundos de famílias onde só há bruxos) que abominam os sangue-ruim (bruxos de ascendência bruxa e trouxa ou ainda bruxos que vieram de uma família só de muggles) e os consideram inferiores. O meio termo são os bruxos Mestiços, ou seja, que tem um dos pais muggle (ou de família muggle), e o outro pertencente a comunidade bruxa. Os mais preconceituosos dentro da comunidade mágica levam estas designações mais longe, utilizando-as como um sistema de graduação para ilustrar o valor de um feiticeiro, considerando os de Sangue-Puro como sendo superiores e os sangue-ruim como desprezáveis. Fora os preconceitos em relação aos humanos, existe um afastamento dos nãohumanos e até parcialmente-humanos. Outro importante tema decorre sobre as escolhas. Em Harry Potter e a Câmara Secreta, Dumbledore faz, talvez, sua mais importante declaração sobre o assunto: "São as nossas escolhas, Harry, que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades".

melhor o diferenciam de Voldemort. Tanto Harry como Voldemort foram órfãos criados em ambientes difíceis, fora o fato de partilharem características que incluem, como Dumbledore afirmou, "um raríssimo dom ofidioglota — sabedoria, determinação" e "um certo desapreço por regras". Contudo, Harry, ao contrário de Voldemort, decidiu conscientemente adotar a amizade, a bondade e o amor, enquanto que Voldemort escolheu propositalmente rejeitá-los. Enquanto que tais idéias sobre amor, preconceito e escolha estão, como afirma J.K. Rowling, "profundamente cravadas em todo o enredo", a autora prefere deixar que os temas "cresçam organicamente", em vez de conscientemente tentar transmitir essas idéias ao leitor. A amizade e a lealdade são talvez os temas mais "orgânicos" de todos, aparecendo principalmente na relação entre Harry, Ron e Hermione, relação essa que permite que estes assuntos se desenvolvam naturalmente à medida que os três personagens crescem, que a sua relação amadurece e que as suas experiências acumuladas em Hogwarts testem a fidelidade dos três amigos. Essas provas tornam-se progressivamente mais difíceis, acompanhando o tom cada vez mais escuro e misterioso dos livros e a natureza geral da adolescência.

Dumbledore aborda esse tema novamente em Harry Potter e o Cálice de Fogo, quando diz a Cornelius Fudge que mais importante do que como se nasce, é o que a pessoa se torna ao crescer. Assim como para muitas personagens ao longo dos livros, o que Dumbledore considera "uma escolha entre o que está certo e o que é fácil", tem sido um marco na carreira de Harry Potter em Hogwarts e as suas escolhas

(Continua)

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