Revista Olhar n.9

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olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG

#9. DEZEMBRO 2012 QUADRIMESTRAL

OLHAR A MODA Enfrentar o inverno com glamour FIM DE SEMANA O melhor do Alentejo no Monte Chora Cascas OLHAR TECNOLÓGICO A realidade aumentada ao serviço da personalização das lentes oftálmicas

GANHE

VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ

60

%



sumário DEZEMBRO #9 EM TEMPO DE MUDANÇA

4 Olhar por si. Notícias e curiosidades. 10 Olhar a cultura. Escolhemos a pensar em si. 12 Olhar a moda. Propostas e tendências para os dias frios. 20 Olhar o shopping. Novas propostas em armações. 22 Olhar clínico. Saiba tudo sobre as lentes progressivas . 24 Olhar indiscreto. Marisa Liz. 26 Olhar o Grupo. A Optivisão na Vogue Fashion’s Night Out. 30 Olhar a segurança. Ao volante, a distração pode matar.

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32 Olhar a tecnologia. A realidade aumentada é uma nova ferramenta. 34 Olhar o perfil. Manoel de Oliveira. 36 Olhar o planeta. O buraco de ozono e o aquecimento global. 38 Olhar a ação. Saúde visual melhora o nível de jogo no golfe. 40 Olhar a ação. Onyria Palmares. 42 Olhar o horizonte. Monte Chora Cascas. 46 Olhar as lojas. A Optivisão está perto de si. 47 Olhar os descontos. Poupe dinheiro com os nossos vouchers. 49 Passatempo. Ganhe um relógio e vouchers Optivisão. 50 Último Olhar. Novo logótipo Moss.

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Vivemos tempos de mudança num planeta onde o aquecimento global continua a ser um problema que vai sendo adiado, apesar dos alertas da comunidade científica, como referimos nesta edição, onde também falamos do inverno e das tendências da moda para a estação, sem esquecer as últimas propostas de óculos. Nos dias frios, sabe ainda melhor o calor da hospitalidade de refúgios como o Monte Chora Cascas, que visitámos. E também apetece desfrutar do convívio numa partida de golfe num campo de eleição como o Onyria Palmares, onde as características do terreno exigem uma grande acuidade visual, o que nos remete para os optometristas que contribuem para judar os grandes jogadores a melhorarem o seu nível de jogo. A personalização das correções visuais está na ordem do dia, como descobrimos com a aplicação de realidade aumentada (RA) da Hoya, disponível nas lojas da Optivisão, uma ferramenta que também é capaz de ajudar na opção de todos quantos necessitam de lentes progressivas. O novo ano está aí e, com ele, perspetivam-se tempos em que teremos de ser mais dinâmicos e proativos. Do lado da Optivisão, como líderes de mercado, estamos conscientes das dificuldades. De há dois anos para cá, reposicionámos o nosso negócio de modo a responder aos tempos em que vivemos, não esquecendo nunca a qualidade implícita nos nossos serviços, que garante a notoriedade que voltámos a sentir quando os nossos modelos espalharam glamour durante a Vogue Fashion’s Night Out, que recordamos nesta edição cheia de temas variados e que esperamos que lhe proporcionem bons momentos de leitura. Maria Adelaide Penedo

Presidente do Conselho de Administração do Grupo Optivisão Diretor: Maria Adelaide Penedo. Direção editorial: Rui Faria (ruifaria@revistas.cofina.pt). Redação: Arruamento D à Rua José Maria Nicolau, 3, 1549-023 Lisboa. Tel. 210 494 146/210 494 145. cofinaconteudos.ptTextos: Catarina Nunes dos Santos e Rui Faria. Copy desk: Carla Sacadura Cabral. Fotografia: Getty Images; Nuno Antunes e Pedro Sampayo Ribeiro. Direção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica, S.A., Estrada Consigliéri Pedroso, 90, Casal de St.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento, S.A. Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal:315261/10. Registo na E.R.C. com o n.º 125.945. Tiragem: 80.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: Quadrimestral.

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olharpor si

NOVA AMEAÇA AOS PANDAS Os pandas são símbolos da biodiversidade e estão em risco de extinção, apesar de se multiplicarem os esforços para proteger estes animais que têm o seu santuário nas montanhas Qinling, na província chinesa de Shaanxi, onde vivem 275 pandas selvagens. A situação parece estável, mas um estudo de investigadores da Michigan State University, dos E.U.A., fez soar um novo alarme: o aquecimento global ameaça as florestas de bambu, o principal alimento dos pandas. Estas florestas poderão desaparecer até ao final do século devido às alterações climáticas que têm destruído plantas que têm um longo período de reprodução e crescimento.

O MELHOR CHARUTO DO ANO A revista Cigar Aficionado, a “bíblia” dos apaixonados por charutos, considerou, pela primeira vez, o melhor charuto do mundo um “puro” não cubano. O eleito foi o Alec Bradley Prensado, um blend de tabacos das Honduras e da Nicarágua, que deu origem a um Churchill, que encanta com os seus aromas e sabores a couro, chocolate e especiarias. Outra virtude é o preço. Custa menos de 9 euros nas lojas da CigarWorld (no El Corte Inglés), um valor que fica por metade do que custaria um cubano da mesma categoria.

OUTONO/INVERNO BURBERRY PARA ELA Uma gama de óculos inspirada nas silhuetas fortes e nos acessórios apresentados na coleção de pronto-a-vestir para a estação fria originou armações facetadas e hexagonais. Leves, compostas por duas cores, contrastam, de forma equilibrada, com os acabamentos geométricos e os prints gráficos característicos das tendências da estação. As paletas de cores variam entre o caqui + mostarda e o azul petróleo + mostarda e o azul petróleo + ameixa. As lentes são resistentes ao choque e aos riscos.

CARA DE BOLACHA É A NOSSA CARA. Não só a nossa, mas a de todos que gostam de bolachas. Há sempre uma preferida: a que gostamos de partilhar, a que saboreamos até à última migalha, a que nos conforta nos desgostos e a que devoramos nos momentos de euforia… Com a grande paixão por embalagens e com o sonho de dar vida a todas as receitas guardadas religiosamente no fundo da gaveta, foi só adicionar um pouco de persistência e envolver tudo muito bem, servindo com muito carinho e dedicação. Cada sabor foi personalizado com um nome feminino, conferindo-lhe uma identidade própria, um sabor único. Para adquiri-las consulte o site caradebolacha.com, ou visite a página do facebook www.facebook.com/carabolacha 4 Inverno 2012


Maison & Objet 2012, Paris

BRANCO SOBRE BRANCO

A Branco sobre Branco (www.brancosobrebranco.com) é uma empresa de renome nos mercados nacional e internacional na área da decoração de interiores e está representada em diversos países. Determinada, desde 2000, em criar projetos de interiores e peças de mobiliário com um estilo distinto e sofisticado, a dupla Paula Laranjo e Vera Moreira desenvolve o seu trabalho adaptando-se às necessidades de cada cliente e valorizando o detalhe e o pormenor. A presença anual no Salão Maison & Objet em Paris, a feira mais importante a nivel mundial na área da Decoração, tem como objetivo mostrar que em Portugal a qualidade e o nível de produção são muito bons, não ficando aquém de outros criadores e marcas estrangeiras. "Exibimos a marca Branco sobre Branco inteiramente ‘made in Portuga’l, como muito orgulho”.

HENDRICK’S FIT FOR TEA

HASSELBLAD LUNAR ILC

Há muitas formas de desfrutar de um gim, para além do habitual gin and tonic. A Hendrick’s aponta uma opção radical que passa por um cocktail que deve ser servido numa chávena de chá. Daí o seu “apelido” for tea. Quem quiser arriscar na diferença, pode avançar com uma receita que passa por três medidas de gim Hendrick’s, uma medida de sumo de limão, uma medida de xarope de groselha e cerveja de cereja. Junte os ingredientes num shaker, agite bem e sirva numa chávena de chá com gelo. Decore com duas framboesas e uma rodela de limão.

TENTAÇÕES DE CHOCOLATE A Godiva Chocolatier abriu três novas lojas onde se venera o prazer sofisticado do chocolate. Em Lisboa, a marca belga passou a ter portas abertas no Largo de São Carlos e nas Amoreiras, para além do espaço que surge no Edifício Aviz, na cidade do Porto. Em qualquer dos locais, é respeitada a tradição dos mestres chocolateiros a que é muito difícil resistir.

O nome Hasselblad é uma referência para quem fala de fotografia. Foi assim e continuará ser, porque a marca sueca continua a inovar. Em 2013, vai surgir a Lunar ILC, criada para celebrar a exploração espacial. Para além do bom gosto e da originalidade do design, o vanguardismo tecnológico marca a nova máquina fotográfica da Hasselblad. Para mais informações, ver www.hasselblad.com

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JAGUAR XF SPORTBRAKE

A Jaguar volta a apostar no segmento das carrinhas. A última novidade chama-se Sportbrake, foi construída com base na berlina XF e assume uma proposta clara nas motorizações diesel. Na gama, destacam-se três opções com motores a gasóleo, um de quatro cilindros (2.179 cc e 200 cv) e V6 de 2.993 cc com potências de 240 ou 275 cv. Destinado a uma utilização no campo do lazer mantém todas as características de luxo e o requinte que caracterizam a marca britânica.

CASINHA BOUTIQUE CAFÉ No número 854 da cosmopolita Avenida da Boavista, numa das zonas mais badaladas da cidade do Porto, surgiu a Casinha Boutique Café, um espaço multifacetado que surge num belo edifício do século XIX e funciona como restaurante, bar, coffehouse e loja de produtos gourmet made in Portugal. Quando as condições meteorológicas o permitem, o jardim é o local ideal para comer um gelado ou provar um bolo tradicional.

CZAR GRAND CUVÉE

DUAS RODAS Há cada vez mais pessoas a aderir às bicicletas e as cidades contam com um número crescente de ciclovias. Para responder a este interesse, surgiu uma nova loja onde não falta originalidade. Chama-se Inbicla e diz que é uma loja de “bicicletas & companhia”. A sua grande proposta passa por personalizar as bicicletas de cada cliente, tornando-as exclusivas e originais, de acordo com os seus gostos e desejos. Saiba mais em www.inbicla.com 6 Inverno 2012

A Murganheira é uma referência na produção de espumantes no nosso país e o Czar Grand Cuvée é um bom exemplo da excelência da sua produção. Criado para responder a uma encomenda do importador russo, surgiu um rosado com base na casta Pinot Noir, que é geralmente utilizada para a vinificação em branco. Com uma cor salmonada, é uma grande aposta para um aperitivo capaz de ficar na memória de quem o prova.


VESPAS ASIÁTICAS INVADEM O MINHO A vespa velutina nigrithorax, originária do sudoeste asiático, chegou à Europa em 2004, tendo entrado pelo porto francês de Bordéus. Expandiu-se rapidamente em França e em Espanha, tendo chegado ao norte de Portugal. Foi detetada no Concelho de Viana do Castelo e na região do Alto Minho. Esta vespa tem um impacto negativo na apicultura e na biodiversidade. Neste momento, é impossível erradicar de Portugal esta espécie exótica, mas desacelerar a sua progressão e diminuir o seu impacto são tarefas possíveis através da destruição de ninhos e da colocação de armadilhas.

RANKING DAS TENDÊNCIAS DO MERCADO NACIONAL Para estar up to date com as últimas tendências, elaborámos-lhe um ranking das marcas de óculos preferidas dos portugueses.

1.º

Top Optivisão

Moss

2.º

Pepe Jeans

3.º

New YorK Yankees

Top Sáfilo

1.º Gucci

2.º

Carrera

O CÓDIGO DE BARRAS FAZ 60 ANOS Hoje em dia, o código de barras faz parte do nosso quotidiano e parece que sempre existiu, mas surgiu apenas há sessenta anos. O pai deste método de identificação foi Norman Woodland, que encontrou a resposta à necessidade de um sistema capaz de permitir uma forma rápida e eficaz para a inventariação na indústria alimentar, então em expansão. Em 1952, o código de barras, inspirado no Código Morse, foi patenteado nos E.U.A. Cada grupo de algarismos identifica o país de produção, o fabricante e outras características do produto. Em 1974, foi usado comercialmente pela primeira vez para identificar um pacote de pastilhas elásticas.

3.º Dior

Top Luxottica

1.º

Ray-Ban

2.º Vogue

3.º

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ANNA SUI EYEWEAR Anna Sui Eyewear revela a sua nova coleção, inspirada nas jóias da época vitoriana, nos objetos de prata, num estilo que influenciou muito Ana Bolena. Incrustando pormenores de fantasia, elementos distintivos da marca, como o botão de rosa, o motivo borboleta fetiche, a nova coleção reinterpreta as características vanguardistas de sempre num estilo barroco. Especialmente para o lançamento da armação Rose Noire, estará disponível um coffret de edição limitada, um estojo para joias em forma de rosa, que inclui a armação, e ainda um elemento distinto para segurar o óculo. A coleção Anna Sui é distribuída pela Essilor Portugal e conta com uma vasta gama de armações de ótica e solares.

BOM GOSTO COM SABOR

A HOYA LANÇA HOYALUX ID LIFESTYLE V+

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo renovou todas as suas propostas de produtos gourmet para responder às exigências dos seus clientes e dos diversos mercados internacionais onde marca presença. A renovação passa por uma imagem mais apelativa dos seus doces, azeites e chás.

A lente inspirada nas pessoas e otimizada pela tecnologia. O Hoyalux iD LifeStyle V+ é o novo desenho de lentes progressivas baseado na experiência dos utilizadores. Testes de utilização das lentes, ensaios clínicos e estudos de comportamento contribuíram para aumentar os nossos conhecimentos sobre as necessidades visuais dos presbitas dos nossos dias. A Hoyalux LifeStyle V+ é, claramente, o resultado da inovação baseada nas pessoas. Está disponível em dois desenhos adaptados aos diferentes estilos de vida atuais e garante a máxima satisfação do utilizador, pois oferece a máxima acuidade visual, campos de visão mais amplos e uma visão ao longe otimizada que garante uma visão mais confortável e estável em todos os momentos.

HÁ PORTUGUESES FAVORITOS NA 34.ª EDIÇÃO DO DAKAR O Dakar de 2013 reuniu uma lista de 459 inscritos, entre carros, motos, quads e camiões. A 34.ª edição da prova, que se disputa no lado do Oceano Pacífico, tem partida marcada para a cidade de Lima, no Peru, a 5 de janeiro, e chegada a Santiago do Chile, no dia 20, depois de cruzar duas vezes a Cordilheira dos Andes para visitar a Argentina, onde terá lugar o dia de descanso, em San Miguel de Tucuman. Nas motos, Hélder Rodrigues sonha com a vitória. É o chefe de fila da nova equipa Honda, mas tem de bater as KTM de Cyril Despres, Marc Coma e Ruben Faria, que voltam a partir como grandes favoritas. Na Husqvarna, Paulo Gonçalves pode ser uma surpresa e a Yamaha sempre mostrou uma grande competitividade. Nos carros, Carlos Sousa é o único piloto nacional. Regressa ao Dakar com o Great Wall chinês e será um espectador atento à luta que se desenha entre os Mini que a x-Raid entregou a Stephane Peterhansel, Nani Roma e Krzysztof Holowczyc e os novos bugguies de Carlos Sainz e Al-Attiyah, sem esquecer as muitas pick-up Toyota presentes. Nos camiões, depois dos Iveco da equipa De Rooy quebrarem a invencibilidade que os Kamaz detinham desde 2007, os russos vão procurar a desforra. No entanto, Loprais vai estar à espreita com o seu Tatra.

PASSATEMPO DE VERÃO Muitos leitores da Olhar partilharam connosco algumas fotografias que recordam os seus dias de verão. Aqui deixamos algumas das imagens que nos enviaram...

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Inspirado nas pessoas

IDADE V O N

Otimizado pela tecnologia A Hoyalux iD Lifestyle V+ é um novo desenho progressivo baseado na experiência dos próprios usuários e nas contribuições realizadas por si. Otimizado pela exclusiva tecnologia Cross Linking Aspherization, e pelo exclusivo Modelo de Avaliação Binocular, Hoyalux iD LifeStyle V+, é claramente o resultado da inovação baseada nas pessoas. A Hoyalux iD LifeStyle V+ está disponível em dois desenhos adaptados aos diferentes estilos de vida atuais e que garantem a máxima satisfação do usuário. Para conhecer as novas características e benefícios de Hoyalux iD LifeStyle V+ aceda a www.hoya.pt e a www.lifestyle-v.com.


olhara cultura A arte da Cartier é recordada no Museu Thyssen-Bornemisza em Madrid

Manuel Amado expõe na Ermida de Belém

Martinho da Vila, 45 anos de carreira

Numa viagem a Madrid, é obrigatório visitar a exposição dedicada a Gauguin Londres celebra o talento de Valentino

GAUGUIN O Museo ThyssenBornemisza, em Madrid, tem patente, até 13 de janeiro, a exposição Gauguin and the Voyage to the Exotic, que propõe uma viagem ao exotismo do período em que o pintor viveu no Taiti. A mostra inclui ainda trabalhos de Matisse, Klee e Kandinsky, outros artistas cujas obras são marcadas pelos ambientes onde pintaram.

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VALENTINO Master of the Couture é uma exposição dedicada a Valentino, grande mestre da altacostura, que está patente ao público até 3 de março na Somerset House, de Londres. Estão expostas 130 peças que foram usadas por 130 das mais famosas mulheres do mundo reunidas numa instalação pensada para a exposição, que mostra ainda a minúcia de um vestido de noiva e um filme sobre os bastidores do atelier.

MARTINHO DA VILA Os 45 anos de carreira de Martinho da Vila são assinalados com o lançamento de 4.5 Atual, uma versão modernizada do primeiro disco lançado pelo brasileiro em 1969. Remasterizado e regravado, conta com novos temas. O resultado é uma viagem pelo calor do Brasil ao ritmo da alegria contagiante da harmonia simples do samba. Ouvir é um prazer e um convite para dançar...

THE ART OF CARTIER O Museo Thyssen-Bornemisza, em Madrid, reuniu cerca de quatrocentas peças da Cartier Collection numa exposição que mostra a evolução da arte dos mestres joalheiros que marcaram a moda na primeira metade do século XX, numa altura em que o exotismo fazia furor. A beleza de peças que nos remetem para a Índia, a China e o Egipto, a par da originalidade da Art Déco, pode ser vista até ao dia 17 de fevereiro...

MANUEL AMADO A Ermida Nossa Sr.ª da Conceição de Belém acolhe, até 13 de janeiro, um núcleo de sete óleos inéditos de Manuel Amado que representam interiores de igrejas portuguesas. É um regresso a algumas das nossas igrejas, designadamente em Santarém, São Martinho do Porto e Lisboa. Em todas as telas, denotam-se a mestria e o rigor do seu traço de arquiteto.


O mar é o tema de uma exposição a não perder na Gulbenkian

O espaço Taschen, no Chiado, merece uma visita Os The Script estarão em Portugal em Fevereiro

Desenhos de Teresa Gonçalves Lobo, no Museu da Água, em Coimbra

Os Awolnation vão regressar a Portugal para um concerto que promete

TERESA GONÇALVES LOBO “Dei por mim a brincar…” é uma exposição de Teresa Gonçalves Lobo que pode ser visitada até 14 de janeiro no Museu da Água, de Coimbra. Reúne cerca de sessenta desenhos de pequeno formato, o modo de expressão favorito da autora. A exposição pretende também apoiar, com 15% do valor das vendas, o Ninho dos Pequenitos, instituição criada há oitenta anos por Bissaya Barreto e que acolhe crianças desprotegidas.

AS IDADES DO MAR O mar é o tema da exposição que o Museu Calouste Gulbenkian apresenta até 27 de janeiro. Mais de uma centena de obras provenientes de 51 instituições trazem-nos grandes nomes da pintura do século XVI ao século XX, como Van Goyen, Lorrain, Turner, Constable, Friedrich, Courbet, Boudin, Manet, Monet, Signac, Fattori, Sorolla, Klee, De Chirico, Hopper, Henrique Pousão, Amadeo de Souza-Cardoso, João Vaz e Maria Helena Vieira da Silva e Menez, entre outros.

THE SCRIPT Os The Script são uma banda de pop rock e rock alternativo de Dublin, Irlanda. Danny O’Donoghue, Mark Sheehan e Glen Power vão estar no Coliseu dos Recreios para um concerto agendado para o dia 2 de fevereiro. The Man Who Can’t Be Moved e Breakeven, são os maiores sucessos do grupo que traz ao nosso país o seu último trabalho: #3.

AWOLNATION Depois do sucesso no Optimus Alive, os Awolnation vão regressar a Portugal para um concerto no TMN ao Vivo, que se realiza em Lisboa, no dia 5 de fevereiro. Depois de conquistar o topo da Billboard com Megalithic Symphony, a banda de Aaron Bruno tem dado a volta ao mundo. O seu regresso ao nosso país poderá vir a transformar-se num dos maiores concertos de 2013.

TASCHEN O espaço Taschen by Caracter ocupa o segundo piso da Companhia Nacional da Música (CNM), no n.º 60 da Rua Nova do Almada. É um espaço ideal para conhecer os excelentes títulos desta editora, que propõe livros de exceção em áreas como artes, arquitetura, cinema, fotografia, design, moda, lifestyle, automóveis e pop art.

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olhara moda Blazer, € 1.183, e calças, € 522, ambos Etro, e top em tule com brilhantes, preço sob consulta, Alberta Ferretti, tudo no Espace Cannelle. Colar, € 120, Casa Batalha. Óculos, mod. Elliot PJ 3103 C2, €133, Pepe Jeans

doce

seducão Materiais nobres inspiram uma atmosfera de desejo, contrariam os dias cinzentos de inverno e lançam-nos para o novo ano que aí vem. FOTOGRAFIA: CARLOS RAMOS PRODUÇÃO: SANDRA NASCIMENTO


(Ele) Fato, € 488, e gravata, € 45, ambos Miguel Vieira. Camisa, € 153, Trussardi. Óculos, mod Dash PJ3095 C1, €133, Pepe Jeans (Ela) Vestido, € 562, Alberta Ferretti, no Espace Canelle. Clutch, € 50, e gargantilha, € 80, ambos Casa Batalha. Óculos, mod OP285 C1, €102, Moss


Fato, € 540, Diesel. Camisa, € 153, e lenço, € 132, ambos Trussardi. Óculos, mod. Truman C1, €227, Rye&Lye


Vestido em seda, € 1.460, Etro, pulseira com strass, € 185, Blumarine, clutch, Diane von Fürstenberg, tudo no Espace Cannelle. Colar, € 125, e pulseira com flor e pérolas, € 65, ambos Casa Batalha. Óculos, mod. Twiga C1, €289, Rye&Lye


Vestido, € 389. Clutch, € 316, Diane von Fürstenberg, no Espace Cannelle. Anel, € 40, Casa Batalha. Óculos, mod OP286 C2, €102, Moss


(Ele) Fato, € 500, e gravata, € 45, ambos Miguel Vieira. Camisa, € 153, Trussardi. Óculos, mod. Keiby PJ7099 C3, €122, Pepe Jeans (Ela) Vestido em cetim, € 244, Trussardi. Óculos, mod. Anise PJ7102 C2, €112, Pepe Jeans Maquilhagem e cabelos: Joana Moreira. Assistentes de fotografia: Pedro Faria e Nuno Beja. Modelos: Débora Sabbo e Diogo Cerqueira (Central Models). A Olhar agradece ao Hotel Mercy todas as facilidades concedidas para a realização desta produção. (www.hotelmercy.com)


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1. Kenzo KZ3144 C02 2. Marc Jacobs MJ456/S 3. Prada VPR 17P Preรงos sob consulta


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1. Dior Taffetas1 HHV03BBUSJ 2. Ray Ban RB 5154 2372 3. Hachett HEB047


olharo shopping

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Sugestões de compra Venha experimentar as últimas novidades de armações disponíveis nas nossas lojas Da esquerda para a direita: 1. Mod OP 287 C1, €102, Moss 2. Mod PJ 7104 C2, €112, Pepe Jeans 3. Mod PJ 3095 C5, €133, Pepe Jeans 4. Mod PJ 3104 C2, €133, Pepe Jeans 5. Mod PJ 3095 C4, €133, Pepe Jeans 6. Mod OPS 520 C1, €79, Moss 7. Mod OPS 521 C3, €79, Moss 8. Mod OP 303 C1, Moss, €112 9. Mod OP 285 C2, €102, Moss 20 Inverno 2012



olharclínico

Não deve ter receio das lentes progressivas Os avanços tecnológicos das lentes progressivas permitem ultrapassar velhos mitos e esquecer receios sem fundamento, tanto mais que podem ser personalizadas à medida de cada um de nós 22 Inverno 2012

As lentes oftálmicas permitem-nos compensar os problemas de visão, estando disponíveis, no mercado, diversas soluções capazes de responder às mais distintas necessidades, variando na sua geometria, para dar resposta às exigências de cada situação. Pensa-se que as lentes oftálmicas serão utilizadas há vários séculos, mas, ao longo desse tempo, foi particularmente difícil produzir uma lente capaz de oferecer mais do que uma distância focal para responder às necessidades de quem, não vendo bem ao longe, começou a perder a acuidade visual a pequenas distâncias. Como a necessidade aguça o engenho, em 1786, o inventor norte-americano Benjamim Franklin apresentou uns óculos


com lentes bifocais, onde duas metades da lente eram montadas em cada lado da armação. A metade superior era utilizada para ver ao longe e a inferior, para a leitura (daí o nome de lente de Franklin). Entre o passado e o presente, há séculos de evolução tecnológica que permitiram chegar às chamadas lentes progressivas, que são comuns no mercado e que podem ser personalizadas de acordo com as necessidades de cada um. Mesmo assim, ainda hoje, há muitos que têm receio deste tipo de lentes. “A razão principal para o receio de muitas pessoas em adotarem as lentes progressivas tem a ver com um amigo ou um vizinho que as usou e não gostou, ou porque se deu mal, ou porque teve problemas que não foram suficientemente explicados ou resolvidos”, afirmou-nos o optometrista Eduardo Pinto. Este tipo de situações permaneceu na memória coletiva e tornou-se num mito, já que, na maioria dos casos, “ninguém tentou perceber porque é que essa correção não funcionou”, como alertou Eduardo Pinto, que considera que, “para explicar esses casos, é importante saber se foi uma graduação incorreta, uma deficiência na montagem das lentes ou até das próprias lentes”. VISÃO E PRODUTIVIDADE Sem respostas concretas para “explicar más experiências deste tipo, elas acabaram por criar alguma relutância à utilização lentes progressivas, o que deu origem a uma espécie de barreira psicológica que não faz grande sentido”, tanto mais que “as vantagens da utilização das lentes progressivas no dia a dia são muitas e passam por situações de que nem sempre nos apercebemos, como é o caso da produtividade no trabalho, algo que se tem tornado muito importante nos últimos tempos”, considerou Eduardo Pinto. “Uma lente progressiva garante um maior rendimento nas mais diversas atividades profissionais. Isso acontece com um professor, num escritório ou até com um motorista profissional, para apontar apenas alguns exemplos. Esse indivíduo acaba por ter uma maior produtividade do que aquele que use dois pares de óculos ou mesmo a lente chamada meia-lua, pois não tem a mesma necessidade de estar constantemente a alterar a sua postura para garantir uma visão ideal, nem tem de trocar de óculos inúmeras vezes durante um dia de trabalho.” A questão da postura é tanto mais importante quanto são conhecidos os problemas físicos que alguém mal sentado pode desenvolver ao nível da coluna vertebral, apesar de este ser um mero exemplo, já que cada profissão é um caso, o que, no momento da opção por umas lentes progressivas, tem uma grande relevância. OPTAR CORRETAMENTE “Quem vai usar pela primeira vez uma lente progressiva tem de tomar em linha de conta alguns pontos importantes”, considerou o optometrista. “No ato da prescrição da correção, é importante levar em linha de conta qual a atividade profissional da pessoa e, depois, avaliar as expectativas que ela tem relativamente à lente. A partir daí, é uma questão de procurar a correção que se adapte melhor para o caso em questão dentro da gama de lentes que melhor responde às necessidades da pessoa em causa”, explicou. Tudo isto tem a ver com a evolução tecnológica do mercado. “Atualmente, qualquer fabricante tem disponíveis lentes que podem ser personalizadas de modo a melhorar a sua adaptação, o conforto e o ângulo de visão”, porque, se não há duas pessoas iguais, as suas necessidades também não são as mesmas. Esta evolução tecnológica permitiu evitar situações que levavam muitas pessoas a queixarem-se que, “para usarem lentes progressivas, tinham de estar sempre em sentido para focar ao longe e oscilar muito a cabeça para ver melhor ao perto”, como recordou Eduardo Pinto. Com a personalização das lentes, passou a ser possível “garantir a facilidade em obter uma visão mais perfeita, mais ampla e mais relaxada, permitindo a qualquer pessoa desempenhar qualquer tipo função de uma forma tão natural quanto possível”. Outro grande mito associado às lentes progressivas passa pela sensação de queda, algo que a tecnologia também permitiu ultrapassar, “ao possibilitar que as linhas retas sejam

visualizadas como verdadeiras retas, o que evita que as escadas tenham um efeito curvilíneo que cria a sensação de queda, ao mesmo tempo que dá uma melhor perceção do degrau e da profundidade, facilitando muito a adaptação”, afirmou o optometrista. ARMAÇÕES E LENTES No momento de comprar umas lentes, pode surgir a dúvida na opção por umas minerais ou por orgânicas. “As minerais são, hoje em dia, as que melhor se adaptam a miopias elevadas, pois garantem altos índices de refração e permitem reduzir a espessura da lente. Quem tenha miopias superiores a cinco dioptrias fica mais satisfeito com uma lente mineral, seja numa armação de massa ou de metal, do que com uma lente orgânica que terá uma espessura lateral muito superior”, explicou Eduardo Pinto, ressalvando, no entanto, que, “neste momento, a oferta em termos de lentes progressivas minerais tem um leque de escolha muito mais reduzido do que o das lentes orgânicas, que estão muito mais evoluídas neste campo”. Já no que diz respeito à escolha de uma armação, “a tecnologia está tão avançada que podemos montar as lentes em qualquer tipo de armações e com as mais diversas dimensões, indo ao encontro do gosto de cada pessoa”, pelo que o tamanho deixou de ser importante, uma vez que, “mesmo nas armações mais pequenas, é possível garantir os corredores, também eles mais estreitos, sem que isso condicione a qualidade da visão”. ●

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olharindiscreto

Eu sou assim... Os pequenos e os grandes segredos de Marisa Liz Sempre na carteira? Uma fotografia da Beatriz. Nunca sai de casa sem? Sem saber para onde vou! [risos] Peça favorita da nova estação? Leggins. A cor que não passa de moda? Preto. Essencial para os olhos? Chocapic, porque tenho mais olhos que barriga… Sinónimos de sexy? O Tiago. Um defeito? Stressada [respondido pela banda]! Uma vaidade? Maquilhagem. O melhor presente que recebeu? A minha filha. A última compra? Um prego no pão Na mesa-de-cabeceira? A bruxa mimi. A última viagem? Funchal. Drama, comédia ou musical? Comédia. Gostava de trabalhar com? Já trabalho com as pessoas que quero. Ídolo de infância? Jim Morrison O carro de sonho? O meu, quando anda.... Referência de estilo? Alexander Mc Queen Destino perfeito? Cuba. Nos tempos livres? Namoro. Marisa rima com...Mariza! [risos] 24 Inverno 2012

Referência de estilo: Alexander MacQueen

Peça favorita: Leggins

Cor que não passa de moda: Preto.

Destino perfeito: Cuba

Uma vaidade: Maquilhagem



olharo grupo

Optivisão espalhou glamour na

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Vogue Fashions Night Out A Optivisão marcou presença na Fashion’s Night Out e espalhou glamour na noite mais fashion da cidade de Lisboa

26 Inverno 2012


As ruas de Lisboa voltaram a vibrar com a Vogue Fashion’s Night Out, uma iniciativa promovida pela revista Vogue Portugal que já se afirmou como uma tradição de elegância e glamour na noite lisboeta. E, este ano, a Optivisão marcou a sua presença no evento pela primeira vez. Quando os relógios marcavam as 19 horas, as portas das lojas mais fashion da cidade mantiveram-se abertas. Na altura em que a noite caiu, as luzes e os néones não conseguiam rivalizar com os flashes das máquinas fotográficas, que procuravam registar a passagem dos mais colunáveis e das caras mais bonitas. Muitas das figuras mais conhecidas do mundo da moda e milhares de pessoas animaram a noite. Invadiram a Avenida da Liberdade, seguiram pela Rua Castilho, percorreram as ruas do Bairro Alto, espreitaram Lisboa do alto do miradouro de São Pedro de Alcântara e a multidão tomou conta do Chiado. As lojas mais trendy fervilharam com promoções, com as mais diversas atividades e animação. A Optivisão esteve presente com o glamour e a boa disposição que fazem parte do ADN da marca. Foi uma oportunidade para os óculos Moss passearem na noite mais fashion da cidade, Catelli praemuniet agricolae. Incredibiliter per com a elegância do design que os impressionando caracterizam. O charme das modelos da Optivisão não passou despercebido e a sua interação com todos com quem se cruzaram foi marcada pela oferta de cartões de fidelização do grupo. Esta foi apenas mais uma das muitas surpresas que a Optivisão e a Moss já realizaram e várias outras estão preparadas para os próximos tempos.

Raquel Prates e João Murillo

Flor

A animação marcou presença

Eduardo Beauté e Luís Borges

Maria João Bastos e Filipa Pinto Coelho

Inverno 2012 27


olharo grupo

Filipa Abreu, Cristina Paiva e Isabel Jorge de Carvalho

Pedro Lima e Jorge Corrula Cl谩udia Vieira e Pedro Teixeira

Mi e T贸 Romano

Sofia Cerveira e Andreia Dinis

Humberto e Gabriela Barbosa

28 Inverno 2012



olhara segurança

A distração ao volante pode matar Se a maioria dos portugueses não tem consciência da importância dos rastreios regulares à visão, ainda menos tem noção de que uma pequena distração ao volante pode matar POR RUI FARIA 30 Inverno 2012


focal, criando a necessidade de recorrermos aos chamados óculos de ‘ver ao pé’”, acrescentou o cirurgião, como um alerta. VER COM OLHOS DE VER Porém, tão importante como ver bem, é ver com olhos de ver, já que a concentração é fundamental para quem guia. A distração pode causar acidentes graves, de consequências imprevisíveis. Mesmo assim, um estudo encomendado pela Ford Europa concluiu que quase metade dos condutores europeus admite que lê SMS quando está ao volante.

CERCA DE 95% DOS INQUIRIDOS RECONHECE ESTAR CONSCIENTE DO PERIGO QUE CORRE QUANDO CONDUZ E GERE OS SMS, MAS 61% DOS ITALIANOS, 55% DOS RUSSOS, 49% DOS ALEMÃES E DOS FRANCESES, 40% DOS ESPANHÓIS E 33% DOS INGLESES ADMITEM QUE CONTINUAM A ENVIAR E LER REGULARMENTE SMS QUANDO ESTÃO AO VOLANTE

Ao volante, a segurança começa por uma boa acuidade visual e os rastreios regulares são fundamentais. Mesmo os condutores mais jovens devem fazê-los “em cada três ou quatro anos, desde que não apresentem qualquer tipo de queixa”, referiu-nos José Carpinteiro, médico-cirurgião oftalmologista. Este período deve ser reduzido a partir dos 40 anos, que são uma barreira mais do que psicológica. “O cristalino, essa lente interocular, começa a alterar a sua forma, arredondando-se, o que provoca uma falsa miopia. Torna-se mais duro e altera o ponto

Este estudo foi realizado nos seis maiores mercados europeus, mas os resultados são quase transversais. As conclusões são tanto mais chocantes quanto cerca de 95% dos inquiridos reconhece estar consciente do perigo que corre quando conduz e gere os SMS. Mas 61% dos italianos, 55% dos russos, 49% dos alemães e dos franceses, 40% dos espanhóis e 33% dos ingleses admitem que continuam a enviar e ler regularmente SMS quando estão ao volante. Se, para muitos, conduzir e enviar SMS pode ser considerada como uma situação limite ao nível da perda de concentração na condução, uma simples distração pode ser fatal. Um estudo realizado pelos serviços de prevenção de acidentes na Suíça concluiu que falta de atenção e distração foram as principais causas de acidentes no país, representando uma percentagem de 26% dos acidentes com mortes ou feridos graves. Nem sempre é fácil precisar com exatidão os motivos que deram origem à perda de concentração dos condutores, mas, com base em depoimentos de testemunhas, foi possível avançar com hipóteses, embora não existam quaisquer dúvidas nos casos onde os relatórios da polícia indicam expressamente que o condutor estava a falar ao telefone. Este estudo refere ainda que falar ao telefone com o aparelho na mão (proibido em grande

parte dos países europeus) multiplica por quatro o risco de acidente, valor que pode chegar a seis nos primeiros minutos da conversa. Os sistemas de alta-voz também são causadores de perdas de atenção, influenciando o comportamento de quem conduz. Não é pelo facto de o condutor ter as duas mãos no volante que está mais concentrado. Estudos apontam para perdas de 50% no tempo de reação para um olhar apenas focado em frente, sem capacidade de perceção do que se passa em redor do veículo (visão periférica) e má avaliação de situações comuns de tráfego. Contudo, nada se compara com os riscos inerentes a quem escreve SMS ou no Twitter, etc., ao mesmo tempo que conduz. Escrever obriga atividades mental, motora e visual que deixam de estar focadas na condução do veículo, quando todos os reflexos são mais necessários. REALIDADE NACIONAL No nosso país, estão disponíveis estudos semelhantes, mas os dados estatísticos da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) mostra que a situação portuguesa não é muito diferente da que se regista na Europa. Em 2011, foram registadas, a nível nacional, 57.905 contraordenações a condutores que falavam ao telemóvel. Só no primeiro trimestre deste ano, foram já registadas 14.649 contraordenações pelo mesmo motivo, o que equivale a cerca de 163 por dia. Apesar do peso da fiscalização da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR), nada leva a crer que esta situação se tenha alterado. Se olharmos para os números divulgados pelo Comando Operacional da Guarda Nacional Republicana referentes à semana de 22 a 28 de outubro (um mero exemplo), verificamos que a GNR detetou 459 condutores a falar ao telefone enquanto conduziam, um número que não leva em linha de conta a atividade da PSP, que atua nos grandes centros urbanos. É um valor meramente indicativo, mas que mostra que esta prática está enraizada entre os automobilistas nacionais, que parecem indiferentes às coimas, que vão de 120 a 600 euros. Para além disso, não se esqueça de que não é por estar parado no semáforo, à espera que o sinal passe para verde que não é multado. Os semáforos fazem parte da via. Por isso, a alternativa para falar ao telefone ou enviar mensagens é estacionar o carro. l Inverno 2012 31


olhara tecnologia

O iPad facilita a toma de medidas para a personalização das lentes, de acordo com a armação escolhida (à esquerda em baixo) e com a fisionomia de cada cliente

HOYA INOVOU NO CAMPO DA REALIDADE AUMENTADA Graças à realidade aumentada, e através de um simples iPad, a Hoya permite aos seus clientes simularem como vão ver com as suas lentes antes de as adquirirem. É uma proposta inovadora que recorre às novas tecnologias para interagir com o mercado

32 Inverno 2012

A realidade aumentada (RA) não é mais do que a integração de informações virtuais com a visualização do mundo real e permite a interação de dois mundos. Esta tecnologia tem evoluído muito rapidamente e as suas aplicações são cada vez mais diversificadas em campos que vão da tecnologia de ponta ao quotidiano. No campo da ótica, a Hoya criou a aplicação HVC-Viewer que permite ao ótico demonstrar ao usuário como vai ver com os seus óculos. “A Hoya assume-se como um parceiro dos seus clientes. Mais do que um fornecedor de lentes oftálmicas, quer ter uma ação muito dinâmica sobre o mercado e aposta no desenvolvimento de ferramentas que coloca ao dispor do ótico, o seu cliente direto, e, através dele, do consumidor final”, afirmou Rute Pedro Menezes, key account manager da Hoya em Portugal. Esta aposta vai ao encontro de realidades do quotidiano, em que “somos cada vez mais invadidos com comunicações de preço e muitas vezes ficamos com a ideia de que o melhor negócio em termos pessoais não é o produto que compramos, mas ao preço a que o compramos, sem valorizar a sua verdadeira qualidade”, explicou Rute Pedro Menezes. Esta perspetiva leva-nos muitas vezes a esquecer que a compra de uns óculos “está muito ligada a uma questão tão importante como a saúde”, bem como à qualidade de vida, pelo que é fundamental pensar “na adaptação e na adequação do produto às necessidades individuais”. Contudo, a maioria dos clientes não tem a informação suficiente para tomar as melhores decisões na altura em que “opta por um determinado tipo de lente e não por outro”.


SABER ESCOLHER A ótica é algo que, em muitos casos, está para além do conhecimento de quem tem necessidade de óculos, mesmo daqueles que os usam há muitos anos. “Sabemos muito pouco sobre as lentes que usamos”, recorda a responsável da Hoya. “Sabemos que existe um antirreflexo, sabemos que a nossa graduação exige muitas vezes uma redução da espessura na nossa lente, mas não temos uma ideia precisa sobre o que tudo isto representa, embora seja o pouco que controlamos do processo de compra”, acrescentou Rute Pedro Menezes. Foi neste cenário que a Hoya sentiu necessidade de inovar como forma de proporcionar aos seus clientes aquilo que outro tipo de mercados é capaz de oferecer, ou seja, poder ver uma simulação aproximada ao produto que vai comprar. “Quem pretende adquirir um carro novo pode fazer um test-drive, quem compra roupa pode prová-la para ver se lhe fica bem, mas, ao comprar umas lentes, nunca as pode experimentar antecipadamente.” Para alterar este estado de coisas, num mercado onde o cliente não tem toda a informação que poderia permitir-lhe fazer a escolha segura, a Hoya apostou na tecnologia. Com a RA, aproximou o mercado dos seus clientes, apostando na interação entre o mundo real e a realidade virtual para fazer “aquilo que se passa noutros tipos de mercados, ou seja, poder observar uma simulação aproximada do produto que vou comprar”. Nasceu assim “uma ferramenta específica, capaz de responder ao desafio de mostrar a um cliente como é que ele vai ver com determinadas lentes”, o que pode ser visto como uma forma inovadora de “ultrapassar a situação de quem entra numa ótica com um orçamento ou o determinado valor de um anúncio que viu e encontra um profissional que tem dificuldade em explicar que aquele produto está disponível, mas tem determinadas características que o diferenciam de outros”, sublinhou Rute Pedro Menezes, que não esquece que, “se é fácil argumentar, também é necessário mostrar”. VER PARA CRER Esta aplicação, que permite à Hoya demonstrar aos seus clientes como vão ver antes de comprar os óculos, “tem um papel fundamental na opção de compra das lentes progressivas, em que há uma ideia generalizada de que é uma coisa horrível, a

A aplicação da Hoya permite mostrar, num iPad, como é que o cliente vê com cada tipo de lentes

que custa a adaptar e que vai provocar tonturas ou que vamos cair nas escadas”. A maioria destas situações são verdadeiros mitos urbanos que, se tiveram alguma base de sustentação, foram já resolvidos pelo avanço da tecnologia e, para combatê-los, a RA é uma ferramenta única. “Permite mostrar ao cliente o que se passa com uma lente progressiva e simular a realidade exatamente como ele vai viver ao usá-las”, afirmou Rute Pedro Menezes. “Podemos apontar a câmara para um escada para ele perceber qual vai ser o comportamento de uma lente progressiva ou porque é que é preciso mudar o movimento da cabeça nas distâncias intermédias entre o longe e o perto.” Contudo, esta aplicação vai muito mais longe ao responder às exigências que marcam a vida moderna. “Vivemos numa sociedade globalizada, mas todos nós procuramos soluções muito personalizadas”, considerou Rute Pedro Menezes. “Procuramos a globalidade da informação, mas, num momento de escolha, fazemos exatamente o inverso e queremos algo mais especifico, mais personalizado e que tenha mais a ver connosco.” Para quem exige essa exclusividade, a Hoya é capaz de “construir uma lente totalmente personalizada e adaptada às necessidades especificas do cliente, tendo em conta o tipo de armação a que se destina, a atividade profissional do utilizador, os seus hobbies e a relação entre as medidas da sua cara e as medidas da armação. Deste modo, construímos uma lente que se destina àquela armação e àquele usuário, e que já não serve para outra armação nem para outra pessoa”, referiu a responsável da marca. A RA também tem um papel importante neste campo, já que permite ao cliente “avaliar, de uma forma efetiva, as características do produto”, pois a “realidade aumentada permite visualizar o comportamento de uma lente standard, que não é minimamente personalizada para além das suas características e da sua graduação, em comparação com o desempenho de uma lente com um desenho personalizado”. Graças ao recurso à RA, é possível ao ótico recriar para o cliente “situações tão específicas como a leitura de um livro ou ver ao longe e ao perto”, o que acaba por ser “a melhor ajuda no momento da escolha de um produto, dado que o cliente pode ver, por exemplo, que mais cem ou duzentos euros podem significar uma melhoria e uma qualidade de visão diferente”. COM UM SIMPLES IPAD Para conseguir tudo isto, a Hoya conta com duas ferramentas para o iPad. “Uma muito mais interativa com o cliente final, que permite simular o que é uma lente, o que é o desenho desta lente, o que significa um desenho standard, e um personalizado, qual é a diferença de uma lente sem tratamento antirreflexo, ou a diferença de comportamento da lente perante a água, perante o pó e a gordura, ajudando-o, de uma forma muito intuitiva, a fazer a sua opção”, explicou Rute Pedro Menezes. “Depois, há uma componente mais técnica, mais virada para o ótico, que deve ser convenientemente explicada para o cliente continuar a ser uma parte ativa e participativa no processo”, acrescentou. A aplicação criada para o iPad facilita ao ótico “a toma de medidas que, depois, é passada para a Hoya através de uma plataforma informática específica, e a lente é fabricada com todas as características do cliente e da armação que ele tiver escolhido”. Desta forma, cada um pode ter acesso a lentes produzidas por medida, desenvolvidas a pensar no seu problema específico e capazes de responder às suas exigências de visão, mas também ao nível estético. l Inverno 2012 33


olharo perfil

MANOEL DE OLIVEIRA É através dos característicos óculos de armação fina que Manoel de Oliveira vê o mundo e tão bem o tem conseguido recriar nos seus filmes POR CATARINA NUNES DOS SANTOS O Gebo e a Sombra, é o último filme de Manoel de Oliveira

34 Inverno 2012

O Gebo e a Sombra é o mais recente trabalho de Manoel de Oliveira, tratando-se de uma adaptação muito pessoal que o realizador fez do livro homónimo de Raul Brandão. Esta longa-metragem teve a sua estreia mundial no início de setembro, no Festival de Veneza, e passou também na Cinemateca francesa, em Paris, no âmbito de uma homenagem prestada ao realizador português. Já entre nós, teve a sua antestreia no Salão Nobre do Palácio de S. Bento, numa especial homenagem prestada pela Assembleia da República ao cineasta centenário, a propósito da abertura do ano parlamentar. Ouve-se repetidamente que Manoel de Oliveira é o mais velho e único cineasta centenário em atividade, mas, na realidade, não é essa a característica que melhor o descreve. O realizador português é uma referência no mundo do cinema pela sua forte presença e pela


extensa e rica obra, com mais de cinquenta filmes realizados, curtas e longas-metragens, dos quais se destacam Douro, Faina Fluvial (1931), Aniki Bobó (1941), O Acto da Primavera (1963), Benilde ou a Virgem Mãe (1974), Amor de Perdição (1978), Le Soulier de Satin – O Sapato de Cetim (1985), Non ou Vã Glória de Mandar (1990), O Convento (1995), com John Malkovich e Catherine Deneuve, Inquietude (1998) ou O Princípio da Incerteza (2002) e, mais recentemente, Singularidades de Uma Rapariga Loura (2009) e O Estranho Caso de Angélica (2010). De momento, e demonstrando que a idade não é um entrave, o cineasta está a produzir A Igreja do Diabo, com estreia prevista para 2013.

Já se passaram mais de oitenta anos desde que Manoel de Oliveira realizou o seu primeiro filme. No entanto, o realizador português começou por sonhar tornar-se ator, tendo inclusivamente estudado na escola de cinema fundada por Rino Lupo, um cineasta italiano que, na época, vivia em Portugal. Em 1931, quando viu o documentário Berlim, Sinfonia de Uma Cidade, de Walther Ruttman, o apelo pelo mundo da realização manifestou-se mais intensamente e o português decidiu fazer um trabalho do género, com Douro, Faina Fluvial, que documenta a atividade fluvial do Rio Douro, na zona ribeirinha da cidade do Porto, usando uma câmara oito milímetros oferecida pelo pai. Esta primeira curta-metragem foi muito bem recebida pela crítica internacional, mas Manoel de Oliveira fez ainda uma incursão pelo mundo da representação, em A Canção de Lisboa (1933), antes de passar para trás das câmaras. Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu a 11 de dezembro de 1908, no seio de uma família abastada, ligada à indústria da cidade do Porto. Nascido dois anos antes da implantação da República em Portugal, Manoel de Oliveira cresceu num meio privilegiado, mas consciente da realidade do país. Acompanhou as mudanças de partidos no governo republicano, o golpe monárquico que teve lugar no Porto, em 1919, e o movimento militar de 1926, que deu origem ao Estado Novo, para não falar das duas grandes guerras mundiais. Estudou no Colégio Universal e, mais tarde, no Colégio Jesuíta de La Guardia, na Galiza, em Espanha. Já com dezassete anos, o português juntou-se ao pai e aos irmãos nos escritórios da família e acabou por deixar-se levar pelo encanto da vida boémia, sendo comum vê-lo nos círculos da alta sociedade portuense e nas revistas da época. Paralelamente, o desporto também assumiu um papel de destaque na vida de Manoel de Oliveira, que, desde cedo, revelou ser um atleta de excelência e se destacou como nadador e ginasta, chegando mesmo a ser campeão de salto à vara e a correr em provas de automóveis (corria num Ford V8 de 3.000 cc, com o qual chegou a vencer o Circuito Internacional do Estoril, em 1937). Contudo, foi a paixão pela Sétima Arte que levou a melhor, tendo o cineasta decidido estudar representação em 1928 e realizado a sua primeira curta-metragem com apenas 22 anos. Já com 33 anos, apresentou a emblemática longa-metragem Aniki Bobó, que recebeu uma menção honrosa em Cannes. Em 1955, partiu para a Alemanha, para aprofundar os seus conhecimentos técnicos e, desde então, não voltou a parar, realizando, em média, um filme por ano. Em 2008, no ano em que comemorou 100 anos, foi-lhe atribuída a sua primeira Palme d’Or, no Festival de Cannes, como forma de reconhecimento pela sua obra. A nível pessoal, destaca-se o casamento com Maria Isabel Brandão de Meneses de Almeida Carvalhais, com quem está casado há mais de setenta anos, e também a grande ligação com o seu neto Ricardo Trêpa, que tem participado como ator nos filmes do avô. Atualmente com 103 anos e prestes a fazer 104, Manoel de Oliveira é um homem de muitas artes e continua a dar provas de que é o maior cineasta português que o mundo alguma vez conheceu. l Inverno 2012 35


olharo planeta

O BURACO DE OZONO E O FUTURO DA VIDA NA TERRA Este ano, o buraco de ozono perdeu dimensão, mas os investigadores indicam que vai continuar a crescer e a alterar as condições de vida na Terra POR RUI FARIA O buraco de ozono, que está na origem de tantas alterações climáticas que afetam a vida de milhões de pessoas no nosso planeta, atingiu, este ano, na Antártida, uma dimensão que é a segunda mais pequena dos últimos vinte anos. A conclusão foi possível graças à análise das imagens recolhidas por satélites da NASA e da Agência Americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA). Segundo os especialistas, a explicação para esta situação passa pelo aumento da temperatura nos estratos mais baixos da atmosfera sobre o Continente Branco. Este aquecimento tem impacto na estratosfera, onde as partículas de ozono se dissolvem em contacto com os raios ultravioleta emanados do sol, numa zona que filtra os raios perigosos para a vida, embora também contribua para um aquecimento desta parte da atmosfera que é, normalmente, mais quente do que a chamada troposfera. Apesar da boa notícia, o sinal de alarme continua a soar. A redução do buraco de ozono caiu para 17,9 milhões de quilómetros quadrados, depois de ter atingido, no ano 2000, os 30 milhões de metros quadrados. Atualmente, tem uma dimensão semelhante à dos territórios de Canadá, Estados Unidos e México, e, segundo os estudos da NASA e da NOAA, mostra uma tendência para retomar o seu processo de crescimento, com todos os impactos que lhe estão inerentes em termos de alterações nas condições de vida na Terra.“O buraco de ozono é causado principalmente pelo cloro utilizado na indústria e os traços deste produto continuam a ser evidentes na estratosfera da Antártida”, referiu Paul Newmann, do centro Goddad, da NASA. “Este ano, as flutuações atmosféricas permitiram aumentar o aquecimento da estratosfera e as temperaturas mais elevadas ajudaram a reduzir

a dimensão do buraco de ozono”, explicou o investigador. A importância do escudo atmosférico natural que protege o planeta das radiações nocivas que nos chegam do sol (absorvendo cerca de 99% delas) continua a ser uma prioridade em termos de saúde, mas a sua degradação também provoca o efeito de estufa que tem implicações diretas nas condições meteorológicas. AQUECIMENTO GLOBAL O buraco de ozono é criado pela redução do estrato de ozono que se encontra na estratosfera. Desde os anos 80 do século passado, observou-se que alguns gases, como os clorofluorocarbonetos (CFC), emitidos para a atmosfera contribuem para a redução da massa de ozono e potenciam o efeito de estufa que contribui de forma clara para o aquecimento global. Combater este flagelo tem sido quase impossível. Os lobbies económicos e industriais estão mais interessados na rentabilidade económica a curto prazo do que na preservação do Ambiente. E os resultados estão à vista, seja no caso do furacão Sandy, que varreu o estado de Nova Iorque e paralisou Manhattan, ou, noutra dimensão, o tornado que varreu a zona de Silves, no Algarve. Para além destas situações calamitosas que potenciam o mediatismo, há outras menos conhecidas mas muito mais gravosas. O aumento do nível dos oceanos é apenas um exemplo, como se revela num estudo realizado pelo grupo intergovernamental de especialistas de alterações climáticas (IPCC) italiano, que refere que o nível dos mares vai subir entre 90 e 95 centímetros até ao final do século. Uma teoria que não está muito longe das previsões de investigadores norteamericanos, que constatam que as águas que banham a Ilha de Manhattan, Queens e Bronx têm aumentado três centímetros por ano devido ao aquecimento global, referindo que, em 2050, as inundações podem tornar-se frequentes e que o Rio Hudson pode invadir a grande metrópole, um alerta que teve grande impacto nas eleições norte-americanas que reelegeram Barak Obama.. l



olharacção

UMA VISÃO SAUDÁVEL AJUDA AOS RESULTADOS NO GOLFE A optometria desportiva tem evoluído muito nos últimos anos e campeões como Ian Pouter não abdicam dos seus óculos de sol, enquanto outros como Ernie Els melhoram o seu nível graças a uma nova forma de olhar POR RUI FARIA


“O golfe é um jogo que se joga num campo com cinco polegadas [cerca de treze centímetros], a distância entre as orelhas”, afirmou uma vez Bobby Jones, um dos maiores jogadores de sempre. A força mental e a concentração são tão importantes como o swing, e fazem a diferença entre um campeão e um bom jogador, Todos os jogadores sabem que quanto mais se trabalha, mais sorte se tem no momento decisivo de um jogo, mas esse trabalho vai muito para além do tempo que se passa no driving range. A componente física tem, atualmente, um papel mais importante do que nunca e é no ginásio que se consegue garantir a flexibilidade que permite aumentar a distância de um shot e garantir a frescura física que, ao longo de uma partida, evita que a fadiga condicione a concentração. Os maiores jogadores são verdadeiros atletas, com uma compleição física invejável, mas, mesmo esses, não prescindem de outro tipo de ajudas, para além do treinador ou do fisioterapeuta. Os psicólogos assumem um papel importante no desenvolvimento dos níveis de concentração e na forma de gerir o stressl. OPTOMETRISTAS DE DESPORTO No entanto, recentemente, os maiores jogadores do mundo começaram a procurar outro tipo de ajuda junto de optometristas especializados, como a SV:EYE, uma organização ótica irlandesa que se dedica a melhorar as performances de atletas de alta competição e que desenvolveu técnicas específicas para os mais diversos desportos,. Susan Parker, a responsável pela SV:EYE, trabalha há cinco anos com profissionais de golfe de toda a Europa, onde se incluem cinco

membros de equipas que participaram na Ryder Cup e vencedores de dois Majors, um dos quais Ernie Els, que ganhou este ano o British Open. “Os olhos podem ser as janelas da alma, mas também são fundamentais para o nível do jogo”, afirmou Susan Parker. Muitos jogadores acreditam que têm uma boa acuidade visual apenas porque são capazes de ver na perfeição a bandeira a mais de duzentos metros, mas raramente se preocupam com pormenores tanto ou mais importantes. É fundamental verificar se a acuidade visual é igual com os dois olhos, se um jogador tem uma perceção correta da distância a que está do local onde quer colocar a bola, se essa perceção se altera com as condições de um dia de sol ou com o céu nublado. Estes são apenas alguns exemplos de uma lista que cresce rapidamente se atendermos a cada fase do jogo, já que a visão tem um papel fundamental quando nos alinhamos para um shot, quando se faz o stance e ficamos com a ideia de que não estamos alinhados com o objetivo e, sobretudo, quando se chega ao green, onde é necessário ler as linhas, verificar as alterações que o terreno vai provocar na bola ou até se os putts são mais eficazes no início ou no final de uma volta. “Estou convencida de que muitos dos erros que vemos num campo de golfe são explicáveis por erros de visão”, considerou Susan Parker. “Mesmo um grande jogador, que treina intensivamente o controlo da distância dos shots com cada ferro que tem no saco, não está imune ao erro. Se o caddie lhe indicar uma distância de 180 metros e ele tiver uma perceção de que são apenas 170 metros, vai certamente ficar curto na sua pancada.

ÓCULOS DE SOL SÃO IMPORTANTES Para além da importância da proteção face aos raios UV para quem pratica desportos de ar livre, os óculos de sol são muito importantes num campo de golfe. O aumento do contraste melhora a visibilidade do local para onde pretendemos bater a bola, quer no fairway, quer nos shots ao green, onde é fundamental definir com precisão o local onde queremos que a bola caia para rolar em direção ao buraco.A Demetz tem propostas específicas para os jogadores de golfe e os seus produtos podem ser encontrados em qualquer loja Optivisão.

ATENÇÃO ÀS CORREÇÕES VISUAIS Qualquer jogador de golfe deve ter atenção às suas necessidades específicas. Da mesma forma que um set de clubs é muito mais eficaz se for feito um fitting que o faça adequar às características morfológicas e tipo de swing do jogador, também é importante dar a mesma atenção aos óculos, de forma que não condicionem a visão periférica e evitem distorções da imagem. O mesmo acontece com as lentes de contacto, que devem ser adaptadas ao jogo, já que as exigências da visão são diferentes.

OLHO DOMINANTE Outro detalhe de grande importância é o olho dominante, tanto mais que um jogador com o olho esquerdo dominante tem uma tendência natural para jogar em draw e, no green, veem o buraco mais à esquerda do que ele está, enquanto os que têm o olho direito dominante favorecem o fade e têm mais tendência para falhar os putts à direita. Uma vez que, para cerca de 70% da população, o olho dominante é o direito, no momento do stance para o putt, é o que está mais longe do buraco e isso pode distorcer a leitura do green. A SV:EYE também destaca a importância do funcionamento muscular dos nossos olhos. Eles têm nove músculos cujo funcionamento estrutural é, em tudo, semelhante aos que temos nas pernas e nos braços, pelo que também é importante exercitá-los, uma vez que o olho de um indivíduo normal não tem tantas exigências como o de um desportista de elite. Por isso, foram desenvolvidos diversos exercícios para cada necessidade específica, que, no caso do golfe, ajudam a melhorar a visão periférica e a concentração. Um deles é bem simples: escreva números de um a dez numa bola de golfe e, depois, lance-a ao ar e vá lendo cada número, aumentando progressivamente o ritmo. l

PROTEÇÃO ESPECIAL PARA JOGADORES DE GOLFE NAS LOJAS OPTIVISÃO Óculos feitos a pensar nos jogadores de golfe, disponíveis nas lojas Optivisão. São ultra-leves e confortáveis, para um uso polivalente. Plaquetes nasais flexíveis e hastes direitas com terminais anti deslize. Entregue num estojo semi-rígido, com lentes transparentes e vermillon, especialmente concebidas para a prática desta modalidade e inclui também fita regulável. Opcional: kit óptico para receber lentes graduadas

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UMA JOIA ENTRE A SERRA E O MAR Aos pés da Serra de Monchique, virado para a bela Baía de Lagos, o Onyria Palmares é um dos melhores campos de golfe do Algarve POR RUI FARIA

O novo campo de golfe de Palmares foi inaugurado há cerca de um ano e tem o desenho de Robert Trent Jones Jr., que alterou radicalmente o layout que Frank Pennink criara em 1975, a ponto de ser quase impossível detetar traços do antigo percurso, num desenho que passou a contar com três voltas de nove buracos, Alvor, Lagos e Praia, com ambientes claramente diferenciados, desenhados ao sabor da ondulação do terreno, que foi moldado de forma a desafiar o jogador que tem de ser preciso para que a bola não fuja do centro do fairway. O tee do 1 está no Percurso Alvor, a norte da propriedade, seguindo pelo pinhal virado para as serras do barlavento algarvio. Com o aproximar do final dos primeiros nove buracos, o jogador tem de optar por manter a concentração ou deixar a vista perder-se na beleza da paisagem com a Ria de Alvor como fundo. O Percurso Lagos (do tee do 10 ao 18) começa com uma grande descida em direção ao mar, com uma vista arrebatadora sobre a Baía de Lagos, que se estende até à Ponta da Piedade, com os fairways ladeados por pinheiros e amendoeiras seguindo em direção aos dois únicos lagos existentes no campo (12, par 3 e 15, par 4), antes da subida até à clubhouse.Como o nome indica, o Percurso Praia segue paralelo à costa, entre as areias da Meia-Praia e a linha do caminho-de-ferro. É um verdadeiro links, talvez o mais apelativo, sobretudo pelas suas características naturais. É aí que surge o longo par 5 (508 metros das amarelas), talvez o mais difícil do campo. Aberto há cerca de um ano, o campo está maduro. A manutenção é irrepreensível, até nos fairways, que, sendo largos, exigem uma boa precisão para colocar a bola para o shot seguinte e evitar algumas armadilhas criadas por ondulações, que, não sendo evidentes, acabam por causar surpresas. Os greens estão imaculados. São duros e não é fácil parar a bola na pancada de aproximação e, para além, de rápidos exigem atenção na leitura das linhas. O Onyria Palmares é desafiante e reúne todas as condições para agradar a jogadores de todos os handicaps e, no final da volta, a clubhouse é o local ideal para deixar fluir a conversa, atrás de um copo, tanto mais que conta com uma esplanada que pode ser considerada como um dos mais belos miradouros da costa algarvia. ● 40 Inverno 2012

ONYRIA PALMARES Meia Praia, 8601 Palmares GPS 37° 7’ 33.52 N, 8° 38’ 27.15 W Tel. 282 790 509 www.living@onyriapalmares.com



olharo horizonte

reino

do bom gosto O Monte Chora Cascas é um espaço de bom gosto à medida de todos quantos procuram um refúgio para descansar ou namorar, longe do alarido dos locais que todos conhecem... POR RUI FARIA

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Montemor-o-Novo é uma terra de calma e casas brancas, onde se vive a tranquilidade de uma cidade indiferente ao corrupio do trânsito da estrada que segue para a vizinha Évora ou no caminho de Espanha. Pode não ser um dos primeiros destinos quando pensamos num local para descansar ou para namorar, mas tudo muda de figura se pensarmos num pequeno paraíso que dá pelo nome de Monte do Chora Cascas. A cerca de três quilómetros da cidade, na estrada que segue para Alcácer do Sal, este turismo rural destaca-se num anfiteatro que, nesta altura do ano, está atapetado a verde. No interior dos edifícios de traça alentejana, respira-se um ambiente de bom gosto, feito com o cuidado de cada detalhe, num objetivo de garantir o conforto e o bem-estar. O estilo requintado e intemporal de Sónia Estima Marques, a proprietária, surge como uma “montra viva” de artigos e serviços de decoração, livros,


peças de arte, antiguidades e até produtos gourmet, que divulgam parceiros nacionais e internacionais do inovador conceito Chora Cascas Choice. Na sala, a tijoleira do chão recorda-nos que estamos no Alentejo, a madeira do teto dá calor, o belo piano cativa e os cadeirões que surgem junto da lareira convidam à conversa com um copo na mão, que cada hóspede pode servir à sua vontade. Os seis quartos são todos originais. Têm o nome de anjos da guarda (Sitael, Omael. Nithael, Haziel, Aniel e Rochel), cujas iniciais formam a palavra “sonhar”. Todos assumem a personalização e a exclusividade, vincadas por tonalidades próprias e ambientes distintos, mas todos acolhedores e confortáveis. O pequeno-almoço é servido na grande mesa com a cozinha à vista. É o Club CC, um espaço de refeições amplo e informal. Para além disso, os hóspedes também podem recorrer ao Honesty Bar & Petiscos, onde, para além das bebidas, são servidas as mais diversas iguarias, capazes de responder aos apetites mais intempestivos. O nome tem a ver com o sistema self-service, onde o cliente anota o que consome. O bom gosto do interior tem uma correspondência natural no exterior, que se desenvolve à volta da piscina, estendendose para o court de ténis. Quando as condições meteorológicas o permitem, o alpendre convida à preguiça nas cadeiras ou nos divãs, onde apetece deixar o tempo passar com um livro na mão. É um espaço ímpar, de onde podem espreitar-se as muralhas e os torreões do castelo de Montemor-o-Velho.

às invasões francesas e foi quartel-general do Marquês de Saldanha durante a guerra liberal. Já bastante degradado, acabou por ser deixado ao abandono. No século XV, a importância de Montemoro-Novo tinha muito a ver com a proximidade de Évora, um local onde a corte passava longos períodos. Diz-se que foi nos Conselhos Gerais que ali se realizaram, em 1496, que D. Manuel nomeou Vasco da Gama almirante da armada que partiu para a Índia. Atualmente, a arquitetura da cidade remete-nos para o antigo fulgor de uma “vila notável”, como a classificou D. Sebastião, destacando o “lugar antigo e de grande povoação. Cercada e enobrecida de igrejas, templos, mosteiros e muitos outros edifícios e casas nobres”. As casas senhoriais ainda surpreendem o visitante e o antigo Convento de S. João de

O bom gosto que se descobre no Monte Chora Cascas tem o nome de Sónia Estima Marques e contibui para criar um ambiente de conforto que convida ao descanso num ambiente onde apetece deixar o tempo passar. Na encosta as torres do velho castelo de Montemor-o-Novo parecem velhas sentinelas qem espeitam o horizonte

EM MONTEMOR Se a curiosidade for espicaçada, vale a pena partir à descoberta de uma cidade injustamente esquecida pela maioria dos que passam pela estrada, na rota de outras paragens mais apelativas. Montemor-o-Novo guarda as memórias da PréHistória, do Período Romano e da ocupação mourisca, recordada pelo Rio Almansor, que mantém vivo o nome de Abu Yusuf Ya’qub al-Mansur (1160-1199), um califa da Dinastia Almóada que marcou a época de ouro do al-Andaluz. O castelo medieval testemunha os tempos bélicos que marcaram a reconquista cristã. Foi um dos palcos na Guerra da Restauração e, embora ferido de morte com o terramoto de 1755, sobreviveu Inverno 2012 43


Do alto da muralha do castelo, a cidade de Montemor-o-Novo (em cima) parece um labirinto de casas brancas. No interior da praça do forte, há um sítio arqueológico e um centro de interpretação, que merece uma visita antes do passeio pelas vielas da antiga urbe (em baixo) alentejana

Deus (hoje, biblioteca e galeria de exposições) integra a Igreja Matriz, que venera João Cidade (1495-1550), um dos notáveis de Montemor-o-Novo, que assumiu a assistência aos pobres e doentes e fundou a Ordem dos Hospitaleiros sob o nome monástico de João de Deus, tendo sido canonizado em 1630 pelo Papa Urbano VIII. ESPAÇO DO TEMPO No Convento de São Domingos, surge um museu com curiosas peças arqueológicas e etnográficas e, no Convento da Saudação, funciona o Espaço do Tempo, um polo de criatividade idealizado por Rui Horta, um antigo bailarino e coreógrafo, que dançou, ensinou e dirigiu espetáculos nos mais prestigiados palcos do mundo. O Espaço do Tempo é uma estrutura transdisciplinar que procura dar condições de trabalho a artistas de todas as origens e que pretendam trabalhar nas áreas de teatro, cinema, vídeo, arquitetura e dança. É uma lufada de modernismo numa cidade 44 Inverno 2012

onde vivem artistas como o realizador de cinema de animação José Miguel Ribeiro, a escultora Virgínia Fróis, músicos, pintores, ilustradores e escritores, que vincam o ambiente cultural que contrasta com a vida rural da maioria da população. Por isso, não é surpreendente encontrar a Fonte das Letras, um espaço que é muito mais do que uma livraria e onde é possível encontrar os mais recentes títulos ou parar para beber um café, já que se assume como ponto de encontro para as mais diversas tertúlias e exposições temporárias. Um bom gourmet tem de conhecer o L’And Restaurant, na Herdade das Valadas (na EN 4, em direção a Arraiolos). A carta, elaborada com a criatividade do chef Miguel Laffain, respeita os sabores tradicionais, ao mesmo tempo que lhes imprime uma apresentação irrepreensível. VIAGEM MILENAR O Monte Chora Cascas pode ser um interessante ponto de partida para um passeio diferente. A região tem um rico património megalítico cuja idade remonta ao período que vai de 4.000 a 2.000 a.C. Descobri-lo é viajar no tempo. Os menires fálicos surgem no meio dos olivais, sugerindo ritos de fertilidade, os dólmens são memória do culto dos mortos e os cromeleques têm um significado místico. Em Santiago do Escoural, surge um centro interpretativo das grutas onde, nas galerias mais profundas, surgiram sinais de ocupação humana com cerca de 50 mil anos e, nos níveis superiores, a sua evolução por vários milénios, traduzida nas pinturas rupestres em que os equídeos e os bovinos são predominantes. Quem passa por Santiago do Escoural não pode deixar de ir ao Manuel Azinheirinha,


O Cromeleque dos Almendres, na estrada para Évora, é um local de culto pré-histórico

onde a comida é o espelho das tradições e dos sabores alentejanos. Seguindo em direção a Valverde, numa estrada que cruza o montado, chega-se às proximidades do Dólmen do Zambujeiro, que fica afastado da estrada. É o maior do país e conta com uma longa passagem que conduz a câmara formada por enormes pedras. A sua magnificência merecia maiores cuidados na preservação de um património ímpar e que parece votado ao abandono. O Cromeleque dos Almendres, cujo melhor acesso é pela estrada que vai de Montemor-o-Novo para Évora (EN 114), terá sido um local de culto. Noventa e cinco pedras formam uma elipse. Bem perto, surge um grande menir com dois metros e meio de altura, hoje, escondido nas traseiras de uma cooperativa agrícola. É um pequeno circuito que vai de Montemor-o-Novo até às Portas de Évora. É mal conhecido e, infelizmente, pouco cuidado, apesar de toda a sua relevância cultural. A não perder...l

ONDE FICAR

Monte Chora Cascas EN 253, Montemor-o-Novo GPS 38º37’56.78’’ N 8º14’44.54’’ W www.wonderfulland.com/ch oracascas Tel. 266 899 690 e-mail: mcc@montechoracascas.com Este turismo rural conta com seis quartos duplos (para um máximo de doze pessoas) e tem condições para o Monte Exclusivo, destinado a grupos de familiares ou amigos. Como ir Na A 6 (em direção a Évora/Espanha), na saída 3 (Montemor/Coruche),

seguir as indicações para Alcácer do Sal, até encontrar a sinalética azul de turismo rural. Na rotunda com a escultura de uma chave, virar à esquerda para turismo Rural. O Monte Chora Cascas fica a oitocentos metros à direita.

ONDE COMER

L’And Restaurant L’And Vineyards Resort, Herdade das Valadas EN4, Montemor-o-Novo GPS 38º64’71.48’’ N 8º 21’62,61’’ W Tel. 266 242 400 Cozinha contemporânea com a assinatura do chef Miguel Laffain, que não deixa de respeitar a tradição

em propostas como o lombo de borrego merino assado. Não encerra.

Manuel Azinheirinha

Rua Dr. Magalhães de Lima, 81 Santiago do Escoural GPS 38º54’25,86’’ N 8º16’82,18’’ W Tel. 266 857 504 O Alentejo no seu melhor. Desde as infindáveis e irrecusáveis entradas até especialidades como o javali estufado com puré de maçã ou as bochechas de porco preto com migas. A sala é pequena. Convém reservar. Encerra segunda-feira ao jantar e à terça-feira.

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