Revista Olhar n.2

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olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG ● #2. INVERNO 2010 TRIMESTRAL

ESPECIAL NEVE Saiba como preparar as suas férias na neve FIM-DE-SEMANA Regresso às terras do Gerês num reencontro com a Natureza MODA A alegria da cor e da fantasia em tempo de festas familiares

GANHE VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ

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sumário Inverno #2

VAMOS ACREDITAR

4 Olhar por si. Pequenas grandes novidades e outras curiosidades. 8 Olhar a cultura. Livros, exposições e concertos a não perder.

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10 Olhar a moda. Propostas e tendências para os dias frios de Inverno. 16 Olhar o Shopping. Novas propostas no campo dos óculos e da tecnologia. 20 Olhar o Grupo. Making of do cartaz da nova campanha da Optivisão, com Helena Coelho. 22 Olhar a actualidade. Foi descoberto um planeta muito semelhante à Terra. 24 Olhar as pessoas. Entrevista a Alain Mikli sobre o projecto Olhares Tácteis. 28 Olhar clínico. Cuidados a ter com os olhos nas férias na neve.

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30 Olhar a acção. Prepare-se para partir para uns dias de esqui. 32 Olhar a saúde. Dieta para os desportos de Inverno. 34 Olhar gourmet. Vinhos e azeite que vale a pena provar. 36 Olhar as lojas. Conheça a loja Optivisão mais perto de si. 37 Olhar indiscreto. Segredos de Helena Coelho, embaixadora da Moss. 38 Olhar o perfil. John Lennon, o mito por trás dos óculos redondos. 40 Olhar o horizonte. À redescoberta do Gerês. 46 Passatempo. Ganhe uns binóculos Paralux 47 Olhar os descontos. Vouchers que o ajudam a poupar dinheiro. 50 Último Olhar. Novos óculos para visão 3D.

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O ano está no fim e não poderia ter terminado da melhor forma. São muitas as razões para estarmos satisfeitos e seguros de que temos seguido o caminho certo. Em 2010, abordámos novas formas de comunicar com os nossos clientes. A revista Olhar foi do agrado de todos e queremos continuar a surpreender os nossos leitores com rubricas de interesse e, por esse motivo, apresentamos desde já duas novas rubricas: Olhar a saúde e Olhar gourmet. A actualidade estará sempre presente no nosso espírito e nada melhor, atendendo a que estamos a entrar no Inverno, do que falar da neve e dos cuidados que deverão ter-se na prática de desportos de neve, os quais, cada vez mais, fazem parte dos hobbies dos leitores, seja dentro ou fora de Portugal. O Natal está à porta e, este ano, o espírito natalício dos portugueses ameaça ser ultrapassado pela crise, a famigerada crise de que tanto se fala. Vamos procurar contorná-la no próximo ano, acreditando que são as empresas os principais impulsionadores do desenvolvimento económico, sem nunca esquecer a nossa responsabilidade no que respeita à solidariedade e à ajuda ao próximo. Esta é a nossa máxima. O trabalho conjunto para o objectivo comum de fortalecer e desenvolver o Grupo Optivisão e a capacidade de reinventarmos a nossa marca e renovarmos a nossa oferta são traços que nos têm diferenciado, são a nossa força. Votos de boas festas a todos… Maria Adelaide Penedo

Presidente do Conselho de Administração do Grupo Optivisão

Directora: Maria Adelaide Penedo. Direcção editorial: Rui Faria (ruifaria@revistas.cofina.pt). Redacção: Av. João Crisóstomo, 72, 1069-043 Lisboa. Copy desk: Carla Sacadura Cabral. Fotografia: Getty Images e Pedro Sampayo Ribeiro. Direcção de Arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Edição: Presselivre-Imprensa Livre SA. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42-A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica S.A., Estrada Consiglieri Pedroso, 90, Casal de St.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento, S.A., Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal: 315261/10. Registo na ERC com o n.º 125.945. Tiragem: 74.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: Trimestral.

Inverno 2010 3


olharpor si BIOTRUE™, Bausch + Lomb lançou o Biotrue™, a nova solução para manutenção das lentes de contacto, inspirada pela biologia dos olhos, para ajudar a manter as lentes de contacto limpas e hidratadas durante todo o dia. O Biotrue™ tem propriedades excepcionais de desinfecção, tem um pH equilibrado e igual ao da lágrima saudável, utiliza ácido hialurónico (lubrificante natural dos olhos), permite manter as proteínas benéficas activas por mais tempo e dissolve as desnaturadas que se acumulam nas lentes.

ESTRELA PORTUGUESA Aldea (www.aldearestaurant.com) é o primeiro grande restaurante de inspiração portuguesa em Nova Iorque. Liderado pelo chef luso descendente George Mendes, foi galardoado com uma estrela na última edição do Dining Guide Michelin New York 2011.

PRADA LINEA ROSSA A nova campanha publicitária de óculos Prada Linea Rossa aposta em caras do desporto, fotografadas por Brigitte Lacombe - o piloto de F1 Mark Webber; Bode Miller, o esquiador que venceu em todas as disciplinas; Aksel Lund Svindal, o norueguês que depois de um terrível acidente garantiu uma medalha de ouro olímpica e Giuliano “Razzo” Razzoli, o primeiro italiano a vencer o título olímpico depois de Alberto Tomba.

DIOR PANTHER1 OS ÓCULOS DE SOL Os óculos de sol Dior Panther 1 seduzem pelo seu estilo couture e pela armação arredondada oversized em acetato. O padrão pantera define o apelo irresistível e elegante do modelo, que também é celebrado por outras criações de Dior. Disponíveis em pantera e preto, pantera e marfim, pantera e azul, pantera e vermelho, e pantera com sombra castanha, para além dos clássicos pretos e havana escuro. 4 Inverno 2010

Optivisão viajou até à Turquia Outubro de 2010

é uma data a recordar na história do Grupo Optivisão. Nesse mês, o Grupo realizou a Assembleia de Franquia em Istambul, na Turquia. Reuniu mais de 190 franquiados e o espírito de grupo e coesão estiveram presentes em todos os momentos da viagem. A beleza e o misticismo da cidade de Istambul envolveram todos os participantes.


PRADA SWING SUNGLASSES O Joe’s Pub Jazz Club em Nova Iorque foi o local escolhido para a apresentação da nova colecção Prada Swing Sunglasses. A nova colecção cápsula de óculos de sol revela uma silhueta sofisticada e arrojada, que suscita a lembrança dos anos 50, com as linhas simples da moda Prada dos anos 90.

COM A BÊNÇÃO DE SANTA APOLÓNIA Mais do que um local onde a noite se estende até às seis da manhã, com uma programação onde não falta o arrojo dos DJ ou alguns concertos mais ou menos arrojados, o Clube Ferroviário, perto de Santa Apolónia, também se afirmou como um espaço de encontro nos fins de tarde. É um local ideal para beber um copo ou para uma refeição ligeira ao fins de tarde, com vista para o rio. Rua de Santa Apolónia, 59. Tel. 21 815 31 96. Bem perto do velho clube que começou por reunir os ferroviários, o restaurante A Bica do Sapato ou o incontornável Lux, fazem com que Santa Apolónia se tenha afirmado como uma novo destino da movida lisboeta.

ESSILOR EL 18940 Inspirada nos loucos anos 60, uma armação quadrada, simultaneamente ousada e retro com um toque de modernidade. As hastes são adornadas com um logo de assinatura que é impossível não ver e adorar. Disponíveis em preto, azul, castanho e roxo.

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FRAMES OF LIFE PARA ELA Oval puro (GA 789), uma nova edição do clássico, armações redondas para óculos graduados, fortemente inspiradas nos anos 20. Hastes caracterizadas por uma dobradiça tubular de plástico e por um acabamento decorativo. Disponíveis em tons de ruténio/preto, castanho luminoso/castanho e havana/prata mate.

CONHECER E COMER O Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva (www.pavconhecimento.pt), no Parque das Nações, em Lisboa, tem patente ao público até Janeiro de 2011 a exposição Amazónia Expedição. Neste espaço, começou a funcionar o Café (Ciência), projectado para o Grupo Lágrimas pelo arquitecto Carrilho da Graça. Serve pratos do dia, saladas, sanduíches e sumos, para além de menus temporários inspirados nas exposições do museu.

HOYALUX ID MYSTILE

SEJA UMA ESTRELA COM A HELLO KITTY

As lentes japonesas Hoya são uma opção acertada para quem procura uma visão natural e confortável. As lentes Hoyalux iD MyStile são a resposta para quem procura uma lente feita “por medida”, afirmando-se como a lente progressiva mais personalizada do mercado.

Pode ser uma estrela com os novos modelos da Hello Kitty. Tão divertidos como a mais famosa gata do Mundo, são decorados com estrelas nas armações metálicas. Exclusivas da Optivisão, as novas armações Hello Kitty são a solução ideal para alegrar os dias cinzentos que se avizinham.

O MAIOR BALÃO IBÉRICO

HUGO BOSS ORANGE Após o sucesso da Boss Black e das colecções de eyewear Hugo Boss, a colecção eyewear Orange está a fazer sua estreia. Boss Orange reflecte o espírito jovem e moderno da marca, em consonância com as tendências de design mais inovadoras. 6 Inverno 2010

A empresa A Vida é Bela (www.avidaebela.com) adquiriu o maior balão de ar quente da Península Ibérica e um dos maiores da Europa. Com capacidade para 26 pessoas, está incluído no Presente Emoções, a última novidade a chegar ao mercado. O preço, de 74,90 euros por pessoa por uma viagem de 60/90, é a proposta da empresa.


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olhara cultura

MULHERES QUE AMARAM DEMAIS Helena Sacadura Cabral regressou à biografia, um género que domina com mestria. Mulheres que Amaram Demais é um livro que reúne mulheres tão diferentes como Marie Curie, que amou a Ciência; Gala Dalí, que se entregou à Arte; Marlene Dietrich, que amou os homens; Madre Teresa de Calcutá, que se entregou a Deus. São exemplos de um trabalho que inclui ainda Gabrielle Chanel, Marguerite Yourcenar, Jacqueline Kennedy Onassis, Wallis Simpson e Golda Meir.

ADEUS AOS MADREDEUS

Castelos na Areia é o terceiro álbum dos Madredeus após a reformulação do grupo, em 2008, quando passaram a ser conhecidos como Madredeus & A Banda Cósmica. Este será o seu último trabalho. “Os concertos não abundam, a rádio e a televisão pouco arriscam na divulgação deste tipo de música e a venda de CD é irrisória”, refere o comunicado da banda fundada por Pedro Ayres Magalhães. COLECÇÃO BERARDO EM VILAMOURA A exposição Dez Monumentais Esculturas Britânicas, da Colecção Berardo, está patente no Serro da Vila, em Vilamoura, até ao dia 11 de Setembro de 2011. A maioria das esculturas foi adquirida recentemente à Cass Sculpture Fundation e constitui um conjunto escultórico singular, representativo de três gerações de escultores da chamada “nova escultura inglesa”.

LONGE DO MEU CORAÇÃO Longe do Meu Coração, o novo romance do jornalista Júlio Magalhães, surge como um relato realista e dramático da emigração portuguesa nos anos 60. O protagonista é Joaquim, mais um de tantos quantos saíram do país a “salto”, em busca de uma vida melhor, que encontrou em Paris uma realidade bem diferente daquilo com que sonhava e barreiras difíceis de ultrapassar. 8 Inverno 2010

SKUNK ANANSIE Os Skunk Anansie são uma das melhores bandas da actualidade em espectáculos ao vivo e estão de regresso a Portugal para concertos nos coliseus do Porto e de Lisboa, nos dias 7 e 8 de Fevereiro respectivamente. Depois do grande sucesso no Optimus Alive10, a banda liderada por Skin volta a encontrar-se com os seus numerosos fãs naquele que deve ser um dos primeiros grandes concertos do ano.


TRADIÇÕES DE MACAU O Museu do Oriente, em Lisboa, tem patente ao público, até 30 de Janeiro de 2011, a exposição fotográfica Desporto em Macau, 1930-1970, representativa das diversas modalidades desportivas. O conjunto de fotografias a preto-e-branco integra o acervo fotográfico do Centro de Documentação António Alçada Baptista, sendo o testemunho de uma memória desportiva que continua bem viva, sobretudo no GP de Macau.

THE SCRIPT

CONCERTO DE ANO NOVO Os coliseus de Lisboa e do Porto retomam a tradição do grande concerto de Ano Novo. A Strauss Festival Orchestra e o Strauss Festival Ballet Ensemble voltam a interpretar os títulos mais conhecidos de Johann Strauss, onde não faltarão valsas, polcas e marchas. Os espectáculos estão agendados para dia 7 no Porto e dia 8 em Lisboa.

DEOLINDA Desde que editaram o seu disco de estreia, Canção ao Lado, em 2008, os Deolinda esgotaram os auditórios por onde passaram nos últimos dois anos. Depois de terem actuado em grandes salas e em importantes festivais por cerca de vinte países, após a nomeação para Best Portuguese Act dos MTV European Awards, os Deolinda preparam-se para subir aos palcos dos coliseus em Janeiro de 2011. No dia 22 de Janeiro, terá lugar o concerto no Porto e a 26 será a vez de Lisboa.

Os irlandeses The Script actuam ao vivo no Coliseu de Lisboa no dia 14 de Fevereiro de 2011, depois do sucesso que marcou a sua passagem pela Aula Magna, em 2010. A banda de Danny O’ Donoghue, Mark Sheehan e Glen Power acaba de editar o seu segundo álbum, Science & Faith. O sucesso foi imediato e o trabalho entrou directamente para o top de vendas no Reino Unido.

ALABAMA GOSPEL CHOIR Um grupo de 25 artistas consegue reproduzir todo o percurso do gospel, num registo que recua até às raízes desta música que combina uma parte mais visceral com uma essência mais espiritual. O grupo Alabama Gospel Choir, no qual se destaca Francine Murphy, nomeada para três Grammy, vai estar na Sala Suggia da Casa da Música, no Porto, no dia 3 de Janeiro de 2011. No dia 6, o grupo actua em Lisboa, no Tivoli. Inverno 2010 9


olhara moda

I want candy Em época festiva, divirta-se num mundo colorido onde as crianças é que mandam

10 Setembro 2010


Ana Isabel: vestido, Carolina Herrera. Óculos, Moss. Anéis coloridos, tudo Max Bijoux. Pulseira coloridas, tudo Primark. Menina: vestido, Lacoste. Óculos, Pepe Jeans. Laço, H&M. Urso, na Kare. Móveis e acessórios de decoração, tudo na Kare.


Ana Isabel: vestido e clutch, ambos Gant. Sandálias, Mango. Colar colorido, H&M. Óculos em massa, Rye & Lye. Menina: vestido em veludo, H&M. Meias, Calzedonia. Sapatos, Melissa. Bandolete com laço em veludo, H&M. Óculos, Moss. Móveis e acessórios de decoração, tudo na Kare.


Ana Isabel: vestido e cinto com laço, ambos H&M. Óculos em massa, Pepe Jeans. Menina:vestido, H&M. Óculos, Pepe Jeans. Móveis e acessórios de decoração, tudo na Kare.


Menina: vestido, H&M. Óculos, Moss. Ana Isabel: camisa com laço, Lacoste. Óculos em massa, Pepe Jeans. Saia e cinto com laço, ambos H&M. Anéis coloridos, tudo Max Bijoux. Clutch com sombras para os olhos, Dior. Sandálias, Mango. Móveis e acessórios de decoração, tudo na Kare.


Menina: camisola com colares estampados, Victoria Couture. Óculos, Hello Kitty. Realização: Joyce Doret. Maquilhagem e cabelos: Joana Moreira. Fotografia: Frederico Martins. Modelos: Ana Isabel (L’Agence) e Beatriz Nascimento. A Olhar agradece à Kare (www.kare-design.com) e à Lx Factory (R. Rodrigues Faria, 103, Lisboa) a todas as facilidade concedidas.


olharo shopping

1. Mod. AS 516, preço sob consulta, Anna Sui. 2. Mod. SPR 05N, € 189, Prada. 3. Mod. BO 0008, € 124, Boss Orange. 4. Mod. GG 2887/S, € 375, Gucci. 5. Mod. ET 9370, preço sob consulta, Esprit. 6. Mod. SPR 06M, € 189, Prada. 7. Mod. 347/S, € 270, Marc Jacobs. 8. Mod. 5035, € 112, Pepe Jeans.

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1. Mod. AA 017, € 109, Hello Kitty. 2. Mod. MA 01, € 109, Hello Kitty. 3. Mod. 2014, € 97, Pepe Jeans. 4. Mod. K 101, € 69, Moss. 5. Mod. MM 035, € 139, Hello Kitty. 6. Mod. K 102, € 69, Hello Kitty. 7. Mod. K 101, € 69, Moss. 8. Mod. K 102, € 69, Moss. Fotografia: Frederico Martins Realização: Joyce Doret

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olharo shopping LEICA M9 TITANIUM

CITIZ NOVA IORQUE Os amantes do sabor quente do café conhecem a Nespresso, mas a marca não pára de surpreender, mesmo no detalhe do design das suas máquinas. Depois do lançamento das CitiZ, com um aspecto elegante e funcional, que remete para as tendências retromodernas dos anos 30, a marca foi mais além em termos de design com a CitiZ Nova Iorque ou até mesmo com a CitiZ Paris.

Mais do que uma marca, a Leica é um ícone da fotografia, e a nova M9 Titanium tem tudo para ser também um objecto de colecção. Serão produzidas apenas quinhentas unidades desta máquina assinada por Walter da Silva, chefe de design do Grupo Volkswagen. O corpo é construído em titânio, com aplicações de couro, e as lentes, em safira, foram redesenhadas para melhor se adaptarem ao aspecto da máquina.

MONTBLANC JOHN LENNON A Montblanc assinalou os setenta anos sobre o nascimento de John Lennon com a edição especial de uma caneta que incorpora vários elementos que evocam a música dos anos 60, como as ondas na resina, que recordam os discos de vinil, e o clip, que tem a forma do braço de uma guitarra. O aparo em ouro de dezoito quilates tem gravado o símbolo da paz e, na cinta que surge na base da tampa, encontramos o auto-retrato que Lennon também utilizava como assinatura. DENON DP-A100 Os CD não mataram o vinil e os MP3 não fizeram esquecer os velhos discos. Ainda há muito boa gente que não prescinde do seu gira-discos e a oferta continua a dar resposta à procura, como o atesta o DP-A100 lançado pela Denon na gama de produtos com que celebra o seu centésimo aniversário. São produtos exclusivos, mas vão surgir algumas unidades em Portugal, onde a marca é representada pela Videoacústica. 18 Inverno 2010



olharo grupo

a Helena Coelho

marca Moss, um exclusivo das lojas Optivisão, continua a sua comunicação ligada ao mundo da moda através de campanhas arrojadas e com impacto, embora de grande sensibilidade e bom gosto. Este ano, a modelo Helena Coelho foi escolhida para dar a cara pela marca. Celebrando a beleza feminina através da nudez, as campanhas são protagonizadas, em cada ano, por uma embaixadora diferente. Após um primeiro ano com Isabel Figueira, chegou agora a vez da embaixadora Helena Coelho assegurar a continuidade do sucesso e da aceitação da Moss junto do público feminino mais exigente. A nova campanha pretende superar o impacto da do ano passado sob o mesmo tema “vestida por Moss”, associando os óculos da marca a uma

é a nova cara Moss

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A nova campanha foi desenvolvida pela Euro RSCG. A sensualidade de Helena Coelho, com Guarda Roupa Moss, foi fotografada por Carlos Ramos.

peça da moda e essencial para o guarda-roupa de qualquer mulher. A sensualidade de Helena Coelho, com Guarda-Roupa Moss, estará no ar antes do final de 2010, em cartazes de exterior, na rádio e nos pontos de venda. De inspiração urbana e contemporânea, a Moss é uma marca para homem e para mulher, de linhas clássicas e intemporais, e com designs modernos. A nova colecção eyewear atraente, é com um aspecto jovem e cosmopolita, como a sua embaixadora, num cruzamento de estilos e de cores cativantes. A Optivisão, tem vindo a apostar em caras conhecidas do público para a comunicação das suas marcas exclusivas. A primeira aposta foi na actriz Rita Pereira, que desde 2006 tem vindo a representar os óculos Hello Kitty, em exclusivo para a Optivisão. l Inverno 2010 21


olhara actualidade

Pode haver vida em Gliese 581g Cientistas da Universidade da Califórnia, Santa Cruz e da Carnegie Institution for Science, em Washington, anunciaram a descoberta de um novo planeta muito semelhante à Terra, onde pode ter-se desenvolvido vida. POR RUI FARIA

g

liese 581 g é um nome que parece saído de um qualquer filme de ficção científica. No entanto, é bem real e refere um novo planeta descoberto por uma equipa de “caçadores” que trabalhou no observatório W. M. Keck, no Havai, utilizando o maior telescópico óptico do Mundo, numa pesquisa apoiada pela NASA e pela National Science Foundation. Os investigadores baptizaram o planeta como Mundo Zarmina, mas como a International Astronomical Union (IAU) não tem nenhum acordo para a designação de planetas extra-solares, manda a regra que seja adoptado o nome da estrela em torno da qual orbita, para além de uma referência que o identifique. Assim, como o novo planeta orbita em torno de Gliese, uma pequena estrela vermelha, que tem um terço da massa do Sol, e a 87.ª mais próxima dele, passou a ser conhecido como Gliese 581 g. O g diferencia-o dos restantes planetas que surgem no mesmo sistema estelar. De acordo com os cientistas, Gliese 581 g está integrado num sistema onde surgem pelo menos mais seis planetas e a sua órbita

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está a uma distância que o coloca no centro da denominada “zona habitável”, tornando possível a existência de água na sua superfície, tanto mais que o seu diâmetro poderá ser entre 1,2 a 1,4 vezes superior ao da Terra, o que permite que a gravidade seja suficiente para reter a água na atmosfera. A descoberta foi anunciada no final do Verão, sendo o corolário de mais de uma década de investigação sobre este sistema estelar situado a mais de vinte anos-luz de distância da Terra. Os cientistas consideram Gliese 581 g como o planeta mais semelhante à Terra em relação a todos quantos são conhecidos fora do sistema solar, onde já foram identificados cerca de 490 que gravitam em torno de 420 estrelas. Mas, se nenhum dos planetas conhecidos apresenta tantas semelhanças com a Terra, “o facto de o termos detectado com tanta facilidade e tão próximo de nós, leva a crer que planetas deste tipo sejam bastante comuns”, admitiu Steven Vogt, professor de Astronomia e Astrofísica na Universidade de Califórnia, Santa Cruz. De acordo com as observações efectuadas, um ano em Gliese 581 g dura apenas 37 dias, o tempo que o planeta demora a completar uma rotação completa ao seu “sol”. O planeta tem sempre o mesmo lado virado para a estrela, tal como a Lua tem sempre a mesma face virada para a Terra, pelo que, no lado exposto ao sol, é sempre dia e, na outra face, a obscuridade é permanente.. l

Terra

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Vénus

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Mercúrio

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NOVA DISCUSSÃO

A descoberta de Gliese 581 g parece dar força àqueles que defendem que cada estrela poderá ter pelo menos um planeta habitável na sua órbita. Esta discussão já não é nova e parece ainda muito cedo para avançar com conclusões mais arrojadas dado o pequeno número de estrelas monotorizado pelos “caçadores de planetas”, pelo que, mais uma vez, fica adiada a eterna questão sobre o facto de estarmos, ou não, sós no Universo. No entanto, todos aqueles que defendem os OVNI e afirmam que “eles andam por aí”, vão agarrar-se às palavras de Steven Vogt, que admitiu que “o número de sistemas estelares com planetas potencialmente habitáveis é da ordem dos dez a vinte por cento e, quando se multiplica este número pelos milhões de estrelas da Via Láctea, obtemos um número gigantesco”.


PLANETA HABITÁVEL

A classificação de “planeta potencialmente habitável” referida pelos cientistas equivale a dizer que poderá haver formas sustentadas de vida, mas tal não significa que seja adequado para os humanos. No entanto, Steven Vogt reconhece que, “se a atmosfera for composta por amónia, poderá ser difícil, mas, se for composta por gases convencionais, como o oxigénio e o dióxido de carbono, há razões para admitir que possa existir vida tal como a conhecemos”. Seja como for, esse tipo de vida não seria fácil para humanos, já que a amplitude térmica é muito grande, variando do calor escaldante ao frio gélido, embora as temperaturas médias sejam negativas, oscilando entre os 31º e os 12º Celsius negativos. O local mais temperado do planeta será a zona de transição entre a luz e a escuridão. No entanto, a divisão claramente definida dos hemisférios pode ser uma vantagem para o aparecimento de vida, que “teria uma grande variedade de climas estáveis para evoluir, de acordo com a longitude onde se encontrassem”, acrescentou Steven Vogt.

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olharas pessoas

Possibilitar aos cegos o acesso às artes visuais A exposição internacional de fotografia Olhares Tácteis, de Alain Mikli, reuniu doze fotografias aéreas da Terra, da autoria de Yann Arthus-Bertrand, transformadas em “imagens tácteis” em relevo, que permitiram aos deficientes visuais senti-las e, ao mesmo tempo, compreendê-las, graças a uma breve explicação escrita em braile. 24 Inverno 2010


Em que se inspirou para a sua criação táctil das fotografias de Yan Arthus-Bertrand? Que material utilizou para reproduzi-las em relevo e por que razão o escolheu? O Yan pediu-me para trabalhar as fotografias porque queria levar a sua arte a todos, sem limitações, desafiando-

me assim a encontrar um processo que permitisse mostrar as imagens a cegos e deficientes visuais. A primeira questão que me veio à cabeça foi se ele estaria bom da sua, pois eu tinha mais o que fazer. Não levei a sério a sua primeira abordagem. Seis a oito meses depois, perguntou-me se eu já tinha a solução, pois tinha uma exposição daí a quinze dias. Só então percebi que estava realmente a falar a sério e são de espírito. Eu e a minha equipa lançámo-nos ao trabalho e a solução surgiu. O acetato de celulose é o material que utilizamos para o fabrico de óculos e que, por isso, conhecemos muito bem. Apercebemo-nos de que, através de um novo processo em que na altura eu estava a trabalhar, este nos permitia criar relevo de várias espessuras, de forma a reproduzir as imagens. O acetato de celulose é uma matéria de origem vegetal, resistente às variações climáticas, agradável ao tacto e anti-alérgico, portanto, ideal para este tipo de utilização. Por que decidiu centrar a sua comunicação na deficiência visual e dirigi-la especialmente aos cegos? A minha comunicação não é para cegos, mas para o deficiente visual que usa óculos. Os óculos são considerados como uma prótese, um objecto de não prazer. Muitas

FOTOGRAFIAS: VAHAN STEPANYAN/PAN ARMENIAN PHOTO.

Apercebemo-nos de que, através de um novo processo em que na altura eu estava a trabalhar, este nos permitia criar relevo de várias espessuras.

A exposição internacional de fotografia Olhares Tácteis, de Alain Mikli, decorreu no Museu do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, integrada na iniciativa Sentidos Sem Barreiras, numa organização da Câmara Municipal de Lisboa e do Oculista das Avenidas, em parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). A exposição reuniu doze fotografias aéreas da Terra, da autoria de Yann Arthus-Bertrand, transformadas em fotografias tácteis em relevo, criadas a partir de placas de acetato de celulose. Alain Mikli é um criador de óculos francês que conduz os destinos do Grupo Alain Mikli International sob o lema “made in passion” e que, com as marcas Mikli e Starck Eyes, coloca a biomecânica ao serviço da visão. Alain Mikli esteve em Portugal para a inauguração da sua exposição, altura em que falou com a Olhar.

pessoas têm vergonha de usar óculos porque é um objecto geralmente conotado com uma mensagem muito negativa. Quis transformar toda a negatividade em prazer, diferença, vantagem e, para mim, a comunicação que veiculo expressa o ponto de vista oposto. Toda a minha comunicação assentou sempre no lema “óculos para ver, como para serem vistos”. Por um lado, como um objecto prático e útil; por outro, no sentido de serem vistos, ligados ao prazer, à estética e à moda.

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deficiência visual, coordenando estas operações. Foi ele quem organizou a vinda da exposição a Portugal, juntamente com o nosso representante no vosso país. Disseram-nos que é fã de Mariza, o que é recíproco, já que ela usa uns óculos criados por si. É apreciador de fado e, em especial, desta cantora? Gosto do fado em geral e de Mariza em particular. Não ouço fado todos os dias porque é um pouco triste, mas ouço várias vezes por ano. Não compreendo as palavras, mas gosto bastante da nostalgia que transmite. É uma expressão muito forte, que vem do fundo do coração. Gosto de todas as expressões que são sinceras. Mariza tem qualquer coisa de peculiar que dá ao fado uma contemporaneidade, uma característica mais actual e calorosa. Dá uma vida mais deslumbrante ao fado.

Que mensagem gostaria de deixar aos deficientes visuais e aos cegos portugueses? Penso que os cegos têm a vantagem de não ver as coisas horríveis, feias

Penso que os cegos têm a vantagem de não ver as coisas horríveis, feias e desinteressantes que vemos na televisão e na rua.

Nesta visita a Portugal, acompanha-o Ayméric Vildieu, responsável pela área de deficiência visual da Casa Mikli, que é cego. Desde quando colabora consigo e quais os objectivos desta área específica? Ter um departamento para cegos pode parecer um estratagema de marketing, uma manobra promocional e falha de sinceridade, mas este departamento não foi constituído por minha vontade expressa; antes, surgiu por um desafio que me foi colocado, o de possibilitar que os cegos tivessem acesso às artes visuais, 26 Inverno 2010

o que começou com a fotografia. É um mundo que não conheço, posso imaginálo, tentar compreendê-lo, fazer uma experiência de privação de visão, mas isso não me permite conhecer esse mundo, pois uma pessoa levantar-se e deitar-se sempre sem ver é outra coisa. Nesse mundo, eu é que tenho um handicap. O Ayméric Vildieu é o meu guia nesse universo, um guia atento, profissional e intuitivo, que me permitiu levar a cabo esse desafio e fazer este tipo de intervenções. Desde 2006 que Ayméric Vildieu colabora comigo em tudo o que se relaciona com a

e desinteressantes que vemos na televisão e na rua. No seu universo, desenvolvendo todos os outros sentidos, têm a vantagem e a sorte de ter tempo para viver, de poderem descobrir-se com mais prazer e profundidade. Estamos num tempo em que o ritmo é demasiado rápido, há muitas mensagens vazias de sentido e julgamos que sabemos muito e não sabemos nada. Eles têm tempo para apreender e destrinçar as mensagens. Em conclusão, não há que terem qualquer vergonha do seu handicap, deve ser assumido com orgulho e prazer. l


AYMÉRIC VILDIEU É O EMBAIXADOR DO COMPROMISSO DE ALAIN MIKLI

Ayméric Vildieu é cego, mas também é o responsável pela área de deficiência visual da Casa Mikli, tendo colaborado na exposição Olhares Tácteis, no âmbito do objectivo de “ser o embaixador do compromisso de Alain Mikli, de tornar as artes visuais acessíveis a cegos e deficientes da visão”. Quais são os principais objectivos do departamento que lidera? Os objectivos do departamento são os de permitir aos cegos o acesso às artes de cariz visual, nomeadamente as que se encontram em museus, proporcionando-lhes uma sensação e ilusão visual, e incentivá-los a continuar a lutar pela sua integração na sociedade e a superar as barreiras culturais com que se deparam. Quais as suas responsabilidades actuais? Estudei tradução, tenho uma licenciatura em inglês e outra em francês como língua estrangeira e no âmbito da docência. Fui inicialmente contratado pelo Grupo Alain Mikli International como tradutor, assegurando a tradução de toda a documentação do grupo. A partir de 2008, passei a ser responsável pelas acções com cegos a nível internacional. O meu objectivo é ser o embaixador do compromisso de Alain Mikli de tornar as artes visuais acessíveis a cegos e deficientes da visão. Está actualmente patente uma mostra de imagens tácteis no Centro George Pompidou, em Paris. Até quando? Qual tem sido a adesão do público? Desde 2009 que estamos presentes no Centro George Pompidou, sendo a primeira intervenção directa num

museu. Começámos a trabalhar com Yan ArthusBertrand, a nível da fotografia, e depois surgiu um novo desafio, pois Alain Mikli quis tornar a pintura igualmente acessível aos cegos. Contactou o Centro Pompidou em 2007 e, depois de dois anos de trabalho árduo, abriu ao público uma exposição que inclui dez representações tácteis de obras de pintura moderna e contemporânea, utilizando a mesma técnica que permitiu aos cegos apreender a perspectiva e a sombra, que experienciámos pela primeira vez, pois delas só tínhamos uma noção teórica. Esta exposição estará patente até Dezembro de 2011. Tem registado um enorme êxito, temos tido cobertura mediática mundial e a comunidade cega francesa tem recebido muito bem esta mostra. Experimentámos quadros de que ouvimos falar e, pela primeira vez, tivemos a experiência física deles. O objectivo é estar no maior número de museus possível. Alain Mikli não quer versões simplistas. Através da nossa técnica, queremos apresentar as obras na sua complexidade, porque os cegos não são estúpidos, merecem apreender Arte. Para quem vê, também é complexa a apreensão de um quadro de Picasso; assim o é para os cegos. A técnica inventada por Alain Mikli é uma janela que se abriu para os cegos. Não é ainda uma porta, lá chegaremos, mas o que temos é muito precioso.

Que mensagem pode deixar aos cegos portugueses? A mensagem que gostaria de deixar para os cegos portugueses é a de irem para além das suas expectativas, aprenderem por si próprios, não serem dependentes, não sentirem comiseração por si próprios e recusarem a piedade. Conquistem o seu poder e a sua competência. Não vivemos na escuridão. Eu apreendo o Mundo de outra forma, por outros sentidos e canais. Faço muito mais coisas do que muitas pessoas sem cegueira ou do que as que têm de outro tipo... A diferença consiste na forma como as pessoas se vêem a si próprias. Se te vês como um pobre cego, serás tratado assim; se te respeitares, serás respeitado. Isso só depende dos cegos ou dos deficientes visuais, não da sociedade. Se queres aceder à Arte, consegui-lo-ás, serás sempre recompensado pela

tua atitude positiva. As coisas e as situações dependem do ponto de vista. Se me deixares sozinho numa cidade desconhecida, como falo cinco línguas, encontrarei o meu caminho. Se me deixares numa cidade em que não conheça a língua, como estou habituado a ter orientação, serei menos incapacitado que tu. O evento Sentidos Sem Barreiras, que o Oculista das Avenidas se orgulhou de promover em Portugal, em consonância com o ano europeu consagrado ao combate à exclusão social, expressou a sua convicção de que nenhumas barreiras devem ser interpostas entre os seres humanos.

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olharclínico

Se vai para a neve, cuide dos seus olhos

Partir de férias para a neve exige alguns cuidados no que respeita a protecção dos olhos. Para evitar males maiores, falámos com o Professor Pedro Monteiro, director de Mestrado em Optometria da Universidade da Beira Interior, que nos avançou com diversos conselhos úteis... “A neve é a superfície mais brilhante à face da Terra e, para além disso, também não podemos esquecer a componente dos raios ultravioleta, o que constitui alguma perigosidade para a superfície ocular”, afirmou-nos o Professor Pedro Monteiro, director do Mestrado em Optometria da Universidade da Beira Interior. Deste modo, antes da partida para umas férias na neve, é fundamental contar com “uns óculos com lentes escuras, com protecção eficaz contra os raios ultravioleta. Apesar de muitos dos componentes dessa radiação serem absorvidos pela atmosfera, aquilo a que chamamos o ‘ultravioleta próximo’, ou UVA, pode provocar danos na retina em casos de exposições prolongadas, o que acontece com a neve, onde há uma grande reflexão que pode ser danosa para o tecido retiniano”, acrescentou-nos o optometrista. Actualmente, a oferta de óculos de sol, mesmo aqueles que garantem protecção contra os raios ultravioleta, é tão grande em termos de design como ao nível da coloração das lentes. No entanto, “apesar de alguns fabricantes afirmarem que há umas cores melhores do que outras, eu considero que o fundamental é a eficácia da protecção ultravioleta”, considerou o Professor Pedro Monteiro, embora reconheça que “a lente que absorve os raios ultravioleta não deve ter transmitância na zona do azul, porque o azul está próximo da banda de transmissão dos UV, pelo que são desaconselháveis”. Quem tem necessidade de utilizar lentes progressivas ou bifocais, tem sempre algumas dificuldades para arranjar uns óculos de sol capazes de maximizarem a protecção contra os UV. Mas, se essas lentes “são uma comodidade”, como nos admitiu o optometrista, “no caso de quem pratica desportos de neve, o mais importante é a visão ao longe e, quanto muito, a visão intermédia, pelo que todos quantos tiverem dificuldade em encontrar uma protecção eficaz com este tipo de lentes devem optar por uma lente monofocal só para visão ao longe, desde que, com essa lente, possa ter o filtro mais adequado para os UV”. Contudo, como referiu ainda o Professor Pedro Monteiro, trata-se de um problema menor, porque “quem vai de férias para praticar desportos de neve, não vai ler enquanto está a fazer esqui”... MAIS DO QUE OS ÓCULOS Se os óculos de sol são obrigatórios em quaisquer férias num destino de neve, a protecção dos olhos não se fica por aqui. Como o seu nome indica, os óculos de sol protegem os olhos dos raios solares, mas também importa garantir uma protecção “contra a afecções térmicas provocadas pela velocidade com que uma pessoa se desloca a fazer 28 Inverno 2010

esqui, na presença de ar muito frio”, pelo que é fundamental contar com uma boa máscara. Da mesma forma que os desportos de neve abrangem todas as idades, também as protecções para os olhos devem ser alargadas a todos, sem esquecer as crianças. “Estes problemas são transversais a todas as idades, mas são ainda mais válidos no caso das crianças”, sublinhou o Professor Pedro Monteiro. “A visão das crianças está em desenvolvimento até aos seis anos de idade e, como tal, qualquer afecção que a radiação ultravioleta possa provocar na retina pode causar danos maiores do que num adulto.” No caso daqueles que usam lentes de contacto, os cuidados a ter na neve “dependem do tipo de desporto que se vai praticar”, admitiu o optometrista. “No caso de desportos de alta montanha, sobretudo o montanhismo e o alpinismo a grandes altitudes, há alguns problemas provocados pelo congelamento dos líquidos das lentes de contacto, embora, em casos normais da prática de esqui, isso não seja muito comum”, admitiu. Contudo, mesmo assim, “é importante que quem usa lentes de contacto tenha sempre umas lentes de substituição, o que, hoje, nem é problemático, depois do aparecimento das lentes descartáveis”.l


CURSO DE OPTOMETRIA DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR “O curso de Optometria da Universidade da Beira Interior teve início em 1988, o que aconteceu em simultâneo com a Universidade do Minho”, recordou-nos o Professor Pedro Monteiro. Tudo começou com base “num curso de Física aplicada no ramo da óptica e, a partir daí, tem vindo a evoluir até ao último paradigma de Bolonha, que nos levou a fazer a alteração em 2006, altura em que obtivemos a licenciatura em Optometria Ciências da Visão”. Com a licenciatura, passou a ser

possível “o aparecimento de optometristas com a capacidade do domínio do processo visual como um todo a nível superior, porque, para se conseguir a compreensão total do processo visual, é também necessária a aplicação de conceitos matemáticos que só podem ser adquiridos ao nível do ensino superior”. Depois da adaptação ao Processo de Bolonha e com a integração da Faculdade de Ciências da Saúde – o que levou a que “o curso fosse mais orientado para o ramo da saúde do

que para a Física –, temos tido um acréscimo de alunos e temos preenchido, todos os anos, a totalidade de vagas, o que representa cerca de 45 novos alunos em cada ano, para além de alguns outros que se transferem de outros cursos”. Contudo, para além da licenciatura em Optometria Ciências da Visão, a Universidade da Beira Interior também conta com um curso de mestrado, “que teve início no ano de 2007”, após a aplicação do Processo de Bolonha.

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olhara acção

Saiba como preparar as suas

férias de neve

Umas férias de neve podem ser uma experiência inesquecível desde que se cumpram algumas regras que passam não só por normas de conduta em pista, mas também pela escolha do vestuário e pelo equipamento adequado.

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o final de umas férias de neve, há muitos que chegam com um ar risonho e um tom bronzeado que faz os amigos roerem-se de inveja; e outros, com uma constipação, umas boas nódoas negras ou até uma lesão mais grave. No entanto, a diferença começa muitas vezes antes da partida. Há regras básicas que importa ter presentes... Começando pelo vestuário, é fundamental contar com um bom fato de neve. Leve, mas capaz de cortar o vento. Os fatos em Gore-Tex® são resistentes à água, garantem um bom isolamento e deslizam em caso de queda. Na altura de escolher a cor, não se assuste com as opções coloridas, pois são as melhores para permitir que seja visto à distância quando estiver na pista, o que acaba por ser um factor de segurança. Por baixo do fato, o melhor é vestir roupa térmica, mais leve do que a lã e muito mais quente. Vestir muitas camisolas vai deixá-lo “enchouriçado”, o que condiciona os movimentos. Os acessórios são igualmente importantes. É impossível manter o corpo quente se a cabeça e as mãos estiverem frias. Por isso, compre um gorro em tecido polar e umas luvas impermeáveis, resistentes e reforçadas nas palmas das mãos. Lembre-se de que é fundamental proteger os olhos de toda a família (não esqueça as crianças) com uns bons óculos de sol, mas também com uns bons óculos de neve para utilizar na pista. A escolha de equipamento nunca é fácil, tanto mais que a oferta é tão grande como diversos são os preços. Caso não seja um

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“profissional” da neve, pode poupar tempo e paciência se optar por alugar o equipamento na estância que elegeu. Se optar por esta hipótese, deve fazer a reserva antecipadamente, para evitar problemas à chegada. COMO COMPRAR No entanto, caso opte por adquirir todo o equipamento, o melhor será encontrar alguém com experiência para aconselhá-lo. Importa saber que as botas devem ser flexíveis na parte frontal e rígidas nas zonas laterais. O conforto é indispensável e é fundamental que calcem como uma luva, pois, se estiverem muito largas ou demasiado justas, podem causar lesões. Por isso, os especialistas costumam afirmar que, para os iniciados, o melhor é utilizarem várias botas alugadas antes de elegerem umas para comprar. A compra dos esquis ainda é mais problemática, porque existem características específicas para cada utilizador e até para cada tipo de percurso. Os peritos gostam mais deles largos, compridos ou flexíveis, de acordo com a forma como pretendem deslizar pela neve. Para além disso, a altura do utilizador é muito importante na escolha, assim como o seu nível de experiência, pelo que deve ser verdadeiramente honesto no momento da compra, na altura em que o vendedor lhe mostrar os easy carving, destinados a quem está a iniciar-se, os polivalentes, para quem tem alguma experiência, ou os free-ride, destinados a passeios fora das pistas, e os race carve, exclusivos para os mais experientes.

A escolha dos bastões também não é linear, porque há várias opções na forma e no comprimento, o que exige um conselho seguro. O esqui tem regras de comportamento que devem ser respeitadas para evitar situações desagradáveis, para si e para os outros, para além de minorar a hipótese de acidentes. Ponha de lado a ideia de aprender sozinho. Se o tentar, é garantido que vai aleijar-se. Mesmo que já tenha feito esqui há alguns anos, inscreva-se numa escola e cumpra escrupulosamente as instruções do monitor. Se é iniciado, assuma-o e use apenas as “pistas verdes”, com declives pouco acentuados e curvas largas. Só deve optar pelas “pistas azuis” quando se sentir mais confiante para gerir a velocidade. Deixe as “pistas vermelhas” para quem já tem experiência de anos na neve. PARA TODAS AS IDADES O esqui é um desporto para todas as idades. As crianças costumam adorar a neve, mas os bebés não devem ser levados para a montanha, pois os seus ouvidos ainda não estão preparados para se adaptarem a alterações na pressão atmosférica. Depois de começarem a andar, as crianças podem começar a aprender a esquiar, mas até, aos sete, oito anos de idade, a maioria não evolui muito. Não vale a pena forçá-los, tanto mais que há outras alternativas e a maioria das estâncias de esqui conta com educadores para entretêlos durante toda a tarde e fazer um grande boneco de neve até pode ser bem mais engraçado para os mais pequenos... l


PROTEJA OS OLHOS

Na alta montanha, é fundamental utilizar uns bons óculos de sol. Não se esqueça de que as crianças também devem proteger os olhos dos raios solares que são reflectidos pelo branco da neve. Na Optivisão, encontrará um óptico com a experiência necessária para aconselhá-lo na escolha da melhor opção, quer no campo dos óculos de sol mais adequados a uma utilização na neve, mas também no que respeita os óculos de neve. Pode parecer que são todos iguais e que qualquer um serve, mas empresas como a Demetz (www.demetz.fr) propõem modelos específicos (imagens à direita) para o tipo de desporto que mais lhe interessa, produzindo óculos para esqui, mas também para snowboard.

FLY - noir brillant ORAMRX Cat 2

SPEEDICE - noir marronMRX Cat 4

M800 Maori Rosso

M602 Jaune

M606 Blanc

M600 Chrome Flash Or

M600 Rose

M800 Maori Blue

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olhara saúde

A dieta da neve Optou por um polar térmico contra o frio. Escolheu os esquis para fazer um bom carving. Comprou uns goggles anti-reflexo. Falta adquirir energia, velocidade e resistência. Quando se fizer à montanha, comece pela pista nutricional. POR PAULA ROCHA.

O corpo precisa de combustível para manter-se em actividade. Da mesma forma que abastecemos um veículo consoante a distância e a velocidade que pretendemos, planeamos a dieta à luz de um dia-a-dia sedentário ou marcado por subidas e descidas de montanha, sem esquecer o peso adicional de equipamento e a severidade das condições climatéricas. Se o corpo dá sinais de comportamento e de necessidades distintos, porque haveria de ser a alimentação sempre igual? A palavra-chave é: adaptar. “Os desportos em altitude e a temperaturas baixas são exigentes. O que se come e se bebe durante a prática de exercício físico influencia directamente a performance”, revela a nutricionista Adelina Alves Correia. ENERGIA: COM MAIS OU MENOS VELOCIDADE Sabendo que, neste tipo de desportos, a principal fonte de energia utilizada pelos

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músculos é o glicogénio, basta adquiri-lo através dos hidratos de carbono, como frutas, vegetais, massas, cereais, certo? Errado. A solução não está (só) em aumentar os hidratos de carbono. A estratégia passa por distingui-los. Os hidratos de carbono proporcionam energia a diferentes “níveis de velocidade”, rápida, moderada ou lenta, dependendo da rapidez com que fazem subir os níveis de açúcar no sangue. O índice glicémico (IG) é o indicador que permite medir estes parâmetros e detectar a forma como os alimentos afectam a performance (ver caixa). “O tipo de hidratos de carbono consumidos antes ou durante o exercício é crucial para os atletas envolvidos em desportos de neve”, confirma Bob Morrel, membro do comité clínico da Federação Internacional de Esqui. E justifica, por exemplo, “uma refeição à base de hidratos de carbono de elevado IG antes do


exercício vai provocar um pico de açúcar no sangue (pico de energia), mas, em contrapartida, pode prejudicar o desenvolvimento da performance a longo prazo. O efeito dos hidratos de carbono de elevado IG dura aproximadamente apenas uma hora”. Ao fim deste período, o açúcar (energia) desvanece-se à mesma velocidade com que surgiu, dando lugar a reacções de compensação. A fadiga é o sinal mais evidente. De forma a evitá-la, procure “comer fraccionadamente, levando consigo barras energéticas, gel energético, sanduíches, frutos secos e marmelada”, exemplifica Adelina Alves Correia. Estes snacks permitem ir repondo as reservas de hidratos de carbono que se gastam, quer durante o exercício, quer na manutenção da temperatura corporal. ALERTA: CONTROLAR AS PERDAS DE CALOR E DE ÁGUA Durante a estadia na neve, a temperatura, a humidade e o vento influenciam a perda de calor. Em situações extremas, este fenómeno chama-se hipotermia, quando o corpo já não consegue gerar ou conservar calor suficiente face àquele que perde. “Alimentação adequada, com o aporte energético indicado e uma correcta hidratação”, permitem manter a temperatura corporal. “Comida quente é uma excelente opção, nomeadamente à base de refeições leves, compostas por sopas, massas, arroz, carnes magras”, reforça a pós-graduada em Nutrição Humana. A pensar na desidratação, que aumenta em altitude, “meio litro de água por cada hora nas pistas” é uma regra a ter em mente. “Equivale a cerca de um copo de água a cada quinze minutos de exercício. Em actividades superiores a uma hora, deve optar-se por bebidas isotónicas, dado que permitem a reposição de hidratos de carbono.” De fora ficam a cafeína (presente em chá, cola e café) e o álcool (vasodilatador, aumenta a perda de calor pelo corpo), ou seja, as bebidas diuréticas, que aumentam a perda de água. Repor os líquidos é, sobretudo, importante após o exercício. “Uma forma simples de avaliar a desidratação é pela cor da urina. Se, em vez de incolor ou muito clara, for escura e concentrada, pode indicar desidratação”, explica a nutricionista. Após as pistas, nada como repetir a estratégia. “Meio litro de água ou, em caso de exercício mais intenso, a mesma quantidade de bebida isotónica.” l

O TOP 5 DOS SUPLEMENTOS

Adelina Correia apresenta os melhores suplementos para quem pratica desportos de neve. Vitamínico rico em ferro (em altitude, o corpo produz mais glóbulos vermelhos e, para tal, precisa de ferro) e magnésio (previne cãibras e dores musculares), antioxidante (reforça o sistema imunitário, prevenindo lesões, inflamações, recuperações tardias), bebida isotónica (repõe os hidratos de carbono), batidos, com proteína whey (imediatamente após as pistas, uma proteína whey rica em hidratos de carbono de absorção rápida é eficaz na prevenção da fadiga e na manutenção do tecido muscular, evitando a sua degradação pós-treino e promovendo um aumento da força e da massa muscular), barras energéticas (promovem a performance).

OS HIDRATOS DE CARBONO NÃO SÃO TODOS IGUAIS Com base no índice glicémico (IG), aumentam os níveis de açúcar (energia) no sangue a diferentes velocidades. Elevado IG

Moderado IG

Baixo IG

Cereais Mel Batatas Arroz branco Pão branco

Esparguete Inhame Arroz integral Trigo integral Passas de uva

Banana Maçã Grãos de soja Lentilhas Aveia em flocos

ALIMENTE A PERFORMANCE NA NEVE

DIETA PARA A NEVE

Ingredientes: 30 g de massa; azeite virgem extra q.b.; 75 g de frango sem pele; 10 g de cebola; 10 g de cenoura; 15 g de aipo, alho q.b., 25 g de rúcula, 20 g de maçã golden.

Pequeno-almoço: 1 chávena de chá de ervas 2 fatias de pão de centeio, de mistura ou integral Queijo magro 2 ovos mexidos 1 peça de fruta

Massa com frango e salada de rúcula e maçã (1 pessoa)

Preparação: Cozer a massa em água a ferver durante 10 minutos; escorrer e regar com azeite. Saltear o frango em azeite bem quente. Saltear os legumes em cubos num outro recipiente com azeite; adicionar o frango e deixar cozinhar mais uns minutos. Retirar e servir a acompanhar com a massa. À parte, juntar a rúcula e os cubos de maçã. Análise nutricional: aproximadamente 500 kcal por pessoa.

A nutricionista Adelina Correia traça o seguinte plano alimentar para deslizar em segurança.

A meio da manhã: 1 banana 1 mão-cheia de frutos secos ou duas bolachas de aveia Almoço: Sopa de legumes Frango cozido ou grelhado 1 porção de arroz ou massa

Salada e legumes cozidos 1.º lanche: Barra energética 2.º lanche (après-ski): 1 chocolate quente Scones e doce Jantar: Sopa de legumes Peixe assado no forno 1 porção de arroz Salada e legumes cozidos Ceia: 1 iogurte natural 2 colheres de sopa de muesli

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olhargourmet

OLIVEIRA RAMOS

CONDESSA DE SANTAR

FERREIRA

DUQUE DE BRAGANÇA VINHO DO PORTO 20 ANOS

DÃO BRANCO 2009

Em Portugal, estão a surgir excelentes vinhos brancos e o Condessa de Santar 2009 é um dos bons exemplos. Produzido com Encruzado e Cercial, foi fermentado em barrica. O aroma é subtil e o casamento com a madeira de carvalho francês é muito agradável num vinho que nos remete para frutos cítricos. Fresco, tem um final de boca prolongado.

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AZEITE VIRGEM EXTRA

QUINTA DOS CARVALHAIS

ESPUMANTE ROSÉ RESERVA BRUTO 2006

Mantendo a excelente qualidade a que já habituou os seus apreciadores, surge com uma cor mais escura, mas o mesmo aroma e a presença dos frutos vermelhos que fazem deste rosé uma grande opção como aperitivo, mas também um bom companheiro para pratos de peixe e, sobretudo, de peixes fumados.

Os chamados Tawnies são vinhos do Porto largamente envelhecidos. São blends de várias idades e, por isso, não ostentam data de colheita. Ferreira Duque de Bragança foi engarrafado em 2009 e mostra uma grande complexidade. Fino no sabor e delicioso na fruta, é um excelente parceiro para queijos fortes.

M DE MINGORRA

COLHEITA TARDIA 2009

QUINTA DO CARMO RESERVA 2007

Na Quinta do Carmo, o Reserva é produzido apenas nos melhores anos e a colheita de 2007 acaba de chegar ao mercado. As castas Aragonês, Cabernet Sauvignon e Syrah foram vinificadas separadamente. O vinho estagiou dezoito meses em carvalho francês. É um vinho elegante, complexo no nariz e com aromas de frutos vermelhos.

Produzido por Henrique Uva na Herdade da Mingorra, perto de Beja, o M é um colheita tardia produzido a partir da casta Semillon. Na prova deste colheita tardia, somos surpreendidos pelo sabor denso e pelas notas cítricas e florais. É um vinho feito à medida de quem aprecia experiências sofisticadas, sendo um excelente acompanhamento para um delicado fois gras.

João Portugal Ramos deu início à produção de vinagre e de azeite. O novo Oliveira Ramos Premium conquistou a medalha de ouro no Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra de 2010. Produzido com as variedades Galega, Cobrançosa e Pictual, tem um sabor complexo e elegante, sendo produzido em pequenas quantidades, o que o torna exclusivo.


Varilux®

Essilor®, Varilux® e Visão de Alta Resolução™ são marcas registadas pela Essilor International.

Visão natural a qualquer distância

O olho humano é um espantoso sistema de processamento de informação. Sempre em movimento, é capaz de focar objectos de modo instantâneo a qualquer distância. Em dado momento, resultado da evolução natural, surgem dificuldades em ver bem ao perto e começa a ser necessário esticar os braços para ler... As lentes Varilux® solucionam este desconforto, proporcionando uma visão precisa ao perto, ao longe e em zonas intermédias. Vários anos de pesquisa sobre a fisiologia do olho permitiram à Essilor ® revolucionar, de modo a conceber e a produzir as lentes Varilux ® que possibilitam uma Visão de Alta Resolução™ . Com as lentes Varilux ® os seus olhos focam perfeitamente e sem esforço, alcançando uma visão natural a todas as distâncias. Peça as suas lentes Varilux ® e verifique se são as originais! Tal como as lentes Essilor®, gravadas com o símbolo , também as lentes Varilux® são autenticadas com a assinatura .


olharas lojas

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Fotografia: Mário Príncipe; Maquilhagem: Sónia Pessoa; Realização: Ana Campos

olharindiscreto Sexy: Paul Newman

Na mesa-de cabeceira

Paris: A última viagem

A cor que não passa de moda

Eu sou assim... Helena Coelho revela-nos alguns dos seus pequenos grandes segredos...

Chapéu-de-chuva: um gesto...

Água: sempre na carteira

Peça favorita: óculos Moss

Sempre na carteira: “Cartões, telemóvel, chaves, um livro e uma garrafa de água.” Nunca sai de casa sem: “Sem pensar que, um dia, sairei de casa sem me esquecer de alguma coisa.” Peça favorita da nova estação: “Uns óculos de sol em massa castanha, grandes, da Moss, apesar de existirem várias cores...” A cor que não passa de moda: “ Preto, o eterno clássico.” Essencial para os olhos: “Para os homens? A verdade…” Sinónimos de sexy: “Paul Newman.” Um defeito: “Alguns.” Uma vaidade: “Tento desviar-me quando me cruzo com ela.” O melhor presente que recebeu: “Um guarda-chuva de um desconhecido, quando a única alternativa que tinha era chegar ao trabalho completamente molhada, dos pés à cabeça.

Ficou o gesto… Vivo de gestos.” A última compra: “Última, última? Pão fresco, que compro no mercado tradicional de Setúbal.” Na mesa-de-cabeceira: Iluminações. Uma Cerveja no Inferno, de Jean-ArthurRimbaud, e Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar. A última viagem: “Paris.” Drama, comédia ou musical? “Depende do realizador.” Ídolo de infância: “Não tive.” O carro de sonho: “Não tenho.” Uma referência de estilo: “Jane Birkin.” Um destino perfeito: “O cheiro do Mediterrâneo, a fauna das Galápagos, o silêncio e as cores da Serra da Arrábida.” Nos tempos livres... “Cozinho, leio e faço jardinagem ao final da tarde, antes de ir caminhar pela serra.” Helena rima com... “Poema.” l

A fauna das Galápagos

Referência de estilo: Jane Birkin

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olharo perfil


JOHN John Lennon foi o mais icónico dos Beatles. Nascido há setenta anos, foi um autor e um compositor inspirado, um activista político e um artista que, trinta anos após o seu assassinato, continua a alimentar paixões.

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vanguardismo intelectual de John Winston Lennon sempre contrastou com os seus óculos redondos (“à velho”) que se tornaram na imagem de marca deste britânico nascido a 9 de Outubro de 1940, no seio de uma família da classe média de Liverpool. A sua infância foi conturbada. Os pais separaram-se quando tinha apenas dois anos de idade. John viveu com a mãe, em casa da tia Mimi Smith, e tinha dezassete anos quando aquela morreu num acidente de viação. No Verão de 1956, John Lennon conheceu Paul McCartney, e os dois começaram então a escrever canções e a formar diversos grupos que antecederam os Beatles. Sempre irreverente, ainda nos primeiros anos dos Beatles, ficou famoso o desafio irónico que lançou à audiência do Royal Variety Performance, na presença da rainha. “As pessoas que estão sentadas nos lugares mais baratos podem bater palmas... Aos restantes, basta chocalhar as jóias.” John Lennon foi sempre polémico e, no auge da beatlemania que fazia sentir-se durante uma digressão nos Estados Unidos, afirmou que os Beatles eram “mais populares do que Jesus”, o que desencadeou uma vaga de protestos e ditou o final do périplo americano da banda. Pouco a pouco, cansou-se da beatlemania e mostrou interesse em afastar-se, mesmo antes de a banda se dissolver, em 1970. Foi um período de mudanças. Separou-se de Cynthia Powell, com quem casara em 1962, integrou o elenco do filme How I Won the War, de Richard Lester, e publicou dois espirituosos livros ilustrados, cheios de subentendidos, A Spaniard in the Works e In His Own Write. A visita à Indica Gallery, em 1966, onde Yoko Ono

realizava uma exposição, marcou o início de um romance que terminou com o casamento, em 1969, altura em que Lennon alterou o seu nome para John Ono Lennon. As relações do casal com a comunicação social degradaram-se rapidamente. Por um lado, Yoko Ono foi responsabilizada pela dissolução dos Beatles e, por outro, a irreverência do casal foi mal aceite por todos quantos até aí reverenciavam John Lennon. John e Yoko abraçaram causas pacifistas, protestando contra a Guerra do Vietname, apoiaram os direitos dos afroamericanos e a emancipação feminina, num período em que John Lennon devolveu a sua ordem de membro do Império Britânico (MBE) ao Palácio de Buckingham, em protesto contra o envolvimento do Reino Unido na guerra entre a Nigéria e o Biafra. São deste período músicas como Imagine e Give Peace a Chance. O nascimento de Sean, o segundo filho de John, afastou-o da ribalta, o que contrastou com o abandono a que votara Julian, nascido quando a carreira musical monopolizava a vida de Lennon. Em 1980, ao fim de cinco anos de isolamento, voltou ao trabalho e, em colaboração com Yoko, produziu algumas das melhores músicas da sua carreira a solo: Woman, Watching the Wheels e Just Like Starting Over. No dia 8 de Dezembro de 1980, Marc Chapman, um tresloucado fã, esperou-o junto ao Dakota Building, em Nova Iorque, e matou-o à porta da casa onde residia. Morreu o homem, mas o mito perdurou, como o provam loucuras como a compra do seu Rolls Royce Phantom V, que um coleccionador adquiriu em 1985 por 2,3 milhões de dólares, ou o seu nome atribuído ao aeroporto internacional de Liverpool. l

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olharo horizonte

Por terras do

Geres

O Gerês é um local onde o tempo passa devagar, ao ritmo calmo de rios como o Cávado, que corre, indolente, a caminho do mar, passando aos pés do Aquafalls, um hotel rural que se afirma como um refúgio ideal para namorar ou descansar. POR RUI FARIA.

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Gerês só salta para as primeiras páginas dos jornais durante a época dos fogos, quando as chamas martirizam uma das mais belas regiões do país, que todos conhecem de nome, mas que poucos já visitaram com olhos de ver. No entanto, vale tanto a pena ir ao Gerês como regressar a esta terra de vales profundos e serras agrestes, onde o verde é a cor dominante e a beleza da paisagem, um deleite para o olhar. Quem procura um local para recuperar do stress do dia-a-dia, pode encontrar um refúgio feito à medida. Chama-se Aquafalls Spa Hotel e parece empoleirado numa encosta sobranceira ao Rio Cávado, oferecendo uma deslumbrante vista sobre a albufeira da Barragem da Caniçada. Chegar a São Miguel da Caniçada não é fácil. A estrada é feita de curvas e contracurvas, mas, se, por um lado, nunca há facilidades no caminho para locais especiais, por outro, um refúgio que se preze não pode surgir ao virar da curva, junto a uma qualquer auto-estrada e o grande encanto do Aquafalls começa no seu isolamento. Mas o hotel não fica no fim do mundo. Está a noventa quilómetros do Porto e a apenas trinta de Braga. Quem desce a estrada para a Barragem da Caniçada, mal se apercebe que, à sua direita, escondidos, como se de um condomínio privado se tratasse, surgem onze bungalows onde a sobriedade do granito se mistura com o calor da madeira, numa combinação tão atraente como o conforto oferecido pelas 22 espaçosas suites juniores e seniores, onde não falta conforto, bom gosto e amplas, e funcionais salas de banho. UM SPA DE ELEIÇÃO No edifício principal, bem integrado na paisagem, surge o restaurante, a sala de pequenos-almoços e o bar, com uma varanda que convida à calma, com a paisagem do vale do Cávado como pano de fundo. A piscina exterior parece estender-se na direcção da albufeira, uma sensação semelhante à que surge na piscina interior, onde o ambiente zen parece abraçar a paisagem. O spa é uma referência do hotel, com a chancela de qualidade da prestigiada empresa

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A Serra do GerĂŞs ĂŠ um recanto de verde, mais ou menos esquecido no meio de serranias e gargantas onde correm rios e riachos. O granito dos velhos espigueiros e os garranos selvagens espreitam quem passa pelas estradas feitas de curvas e contra curvas


uma apaixonada pelo Gerês, que conta no seu currículo com trabalhos como a remodelação de vários espaços do Vilalara Thalassa Resort, no Algarve. O respeito pela privacidade de todos os hóspedes é uma regra de ouro do Aquafalls, que se nota em detalhes como a entrega do jornal do dia ou do pequenoalmoço que pode ser depositado num compartimento dos bungalows, com acesso pelo interior, o que evita a abertura da porta.

Arcos de Valdevez é uma terra de calma, onde apetece passear ao longo das margens do Rio Vez, que recorda lendas dos tempos da fundação da nacionalidade.

de cosmética Sisley, tendo já sido considerado pela revista inglesa Tatler como um dos 101 melhores spas do Mundo. Dispõe de 1.200 metros quadrados para acolher todos quantos procurem cuidar do corpo e da mente. Neste espaço, surgem duas salas de tratamento duplas e cinco individuais (todas com banho), para além de ginásio, sala de personal training, banho turco e piscina interior aquecida. Este é apenas mais um exemplo do cuidado colocado ao nível do pormenor pelos proprietários, a família Medeiros, que nutrem um grande amor pela região, tendo recorrido ao bom gosto da arquitecta Rosário Rodrigues, também ela 42 Inverno 2010

DESFRUTAR DA NATUREZA Os cuidados com a saúde e com a mente também passam pelo ar puro que se respira na Serra do Gerês e nem sequer é necessário sair do espaço do hotel para desfrutar da Natureza. Os cerca de 30 mil metros quadrados ocupados pelo Aquafalls são um verdadeiro jardim, onde surgem as mais variadas árvores e os mais diversos arbustos característicos da região, muitos dos quais plantados durante os trabalhos de construção, quando muita da pedra que foi retirada do terreno foi aproveitada para criar uma cascata cujo curso de água cruza a propriedade a que deu o nome. Quem gosta de passear, está bem perto do confluente da Caniçada, na zona onde duas pontes cruzam o Cávado e o seu afluente Caldo, onde a barragem criou um grande lago. A ponte mais a oeste cruza uma vila que ficou submersa e que reaparece nos anos em que a água escasseia. Outra alternativa para quem não quer andar muito passa pelo santuário de São Bento da Porta Aberta, que cresceu no século XIX no local onde os monges beneditinos de Santa Maria de Bouro erigiram uma ermida em honra do seu padroeiro. A vida de São Bento é recordada numa série de painéis de azulejos da autoria de Querubim Lapa, surgindo como uma narrativa sobre a vida do monge que nasceu na cidade italiana de Núrsia, no ano de 480, tendo sido aclamado como “padroeiro da Europa” após a sua morte, em 547. DO GERÊS À PORTELA DO HOMEM As Caldas do Gerês são outra opção. A vila surge no meio de uma garganta densamente arborizada, sendo uma


reputada estância termal procurada pela riqueza em flúor das suas águas, indicadas para o tratamento de doenças do fígado e do aparelho digestivo. Vale a pena visitar o Centro de Informação do Parque Nacional da Peneda-Gerês, instalado paredes-meias com o estabelecimento termal. Aí, poderá encontrar um mapa que o ajuda a prosseguir o passeio. Vale a pena seguir em direcção à Portela do Homem, trepando a estrada que serpenteia a encosta. A serra é como um museu botânico, com algumas espécies únicas, como o lírio e o feto do Gerês. Nas zonas de altitude, encontram-se vestígios de uma flora pós-glaciar e espécies como o zimbro e a erva-divina, acompanhados do teixo, para já não falar nos bosques de bétula ou de vidoeiro. As encostas, sujeitas à influência atlântica, cobrem-se de carvalho-negral, carvalho-roble e matas de azevinho. Com alguma sorte, poderá observar-se uma ou outra ave de rapina planando no céu. No entanto, a águia-real (quase extinta), a águia-de-asa-redonda, a águia-calçada, o milhafre-real e o bufo-real são cada vez mais raros. Quem apreciar uma boa caminhada, tem cerca de três quilómetros para desentorpecer as pernas e uma viagem no tempo no caminho para o Campo do Gerês, onde surgem os vestígios da Geira, a antiga via romana que ligava Bracara Augusta à cidade espanhola de Astorga. Vai encontrar alguns marcos miliários, que os romanos utilizavam para marcar as distâncias.

Sobranceiro ao Rio Cávado, o Aquafalls é um resort feito à medida de todos quantos procuram momentos de relax, num ambiente de conforto e de grande intimidade.

POR CAMINHOS DA RAIA O passeio poderá prosseguir em direcção à Portela do Homem, seguindo a rota de velhos contrabandistas que se deslocavam a Espanha. Alguns quilómetros mais à frente, surge uma via rápida (é espanhola e não tem portagem) que dá acesso à Barragem do Alto-Lindoso, outra antiga fronteira. Daí, pode seguir-se em direcção a Mezio e, depois, para o Soajo, onde é curioso espreitar a velha eira comunitária e os 24 espigueiros graníticos que, durante séculos, serviram para preservar os cereais. O mais antigo foi construído em 1782 e muitos deles ainda são utilizados. Mais à frente, numa estrada que corre à sombra de venerandos Inverno 2010 43


Empoleirado numa encostra agreste da Serra Amarela, o restaurante Abocanhado é uma construção assinada pelos arquitectos António Portugal e Manuel Maria Reis. A paisagem sobre o vale é de cortar a respiração e o menu, uma verdadeira tentação

ONDE FICAR Aquafalls Spa Hotel Lugar de São Miguel, Caniçada, Vieira do Minho. Localização GPS: 41º 38’ 53.26’’ N – 8º 12’ 22.55’ Tel. 253 649 000 www.aquafalls.pt

COMO IR De Braga, deve seguir-se pela EN 103 na direcção de Vieira do Minho. Perto de Tabuaças, vira-se à esquerda, seguindo as indicações da barragem da Caniçada; a cerca de 4 km do paredão, há uma indicação para o Aaquafalls Spa Hotel.

ONDE COMER O Abocanhado, na Aldeia de Brufe, a 12 km de Terras de Bouro, a uma altitude de 800 metros, oferece uma vista tão grandiosa como saborosos são os pratos propostos. Lugar de Brufe, Terras de Bouro Tel. 258 944 158 www.oabocanhado.com

O Matadouro, sobre o Rio Vez, nas instalações de um velho matadouro, tem sugestões como a posta mirandesa, o arroz de pica-no-chão (cabidela), a vitela barrosã e o cabritinho da serra. EN 202, Pedrosas, Guilhadeses, Arcos de Valdevez Tel. 258 515 000 44 Inverno 2010

castanheiros, elegantes plátanos e vários pinheiros, escondendo as casas rodeadas de vinhedos, surge Arcos de Valdevez, uma vila muito simpática junto ao Rio Vez, dominada pelas torres das suas duas igrejas, a matriz e a da Senhora da Lapa. Foi junto da vila que, em 1140, D. Afonso Henriques defrontou o exército de Afonso VII de Leão, numa batalha tão violenta que, diz-se, horas depois, o sangue dos combatentes, levado pelo Rio Vez, chegou ao Lima. Hoje, Arcos de Valdevez é uma terra calma e prazenteira. Por ali, vale a pena conhecer o restaurante Matadouro, sobranceiro ao rio. A posta barrosã e o bacalhau à violeta (frito e coberto de cebolada) são os pratos característicos. A SERRA AMARELA Este passeio é agradável, mas longo, pelo que a alternativa, para quem não queira percorrer tantos quilómetros de curvas e mais curvas, após a visita à estrada romana, poderá regressar às Caldas do Gerês e rumar à Serra Amarela, mais precisamente à Aldeia de Brufe, onde surge, encavalitado na encosta, o restaurante O Abocanhado. A vista é tão impressionante como o edifício traçado pelos arquitectos António Portugal e Manuel Maria Reis (já premiado internacionalmente), e os pitéus propostos são aplaudidos por todos quantos se deslocam a este ermo para desfrutar o cabrito ou a vitela barrosã, que pastam calmamente pelas encostas. Estas são apenas algumas sugestões, embora o Gerês tenha tanto para ver, sobretudo a nível paisagístico, que quase apetece partir à descoberta sem destinos programados. l



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O deserto do Saara chega até ao Magrebe e, na sua zona mais ocidental, conta com alguns ergs (cordilheiras de altas dunas) que permitem sentir a verdadeira dimensão do grande deserto. No país africano cuja capital está mais próxima de Portugal, há grandes ergs que se têm afirmado como importantes destinos de todos quantos procuram férias de aventura. A vila fronteiriça (a sul de Zagor a), onde o Rio Dr aa submerge na areia para só r eaparecer 540 quilómetr os depois, junt o da costa atlântica, foi o local de onde o exér cito de Ahmed-el-Mansour saiu para conquistar Tombuctu, no século XVI. Este é o ponto de acesso mais comum a um erg, onde as dunas chegam a ultrapassar os trezentos metros de altitude.

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A resposta deve ser enviada por e-mail, para passatempoolhar@optivisao.pt,até ao final de Dezembro de 2010, indicando nome, morada completa e número de telefone (obrigatório). O primeiro leitor daOlhara dar a resposta mais completa num texto com o máximo de 500 car acteres, g anha uns binócul os prismáticos P aralux 8x40 e t odos os participantes g anham um conjunt o de vouchers de desconto nas suas lojas Optivisão. PASSATEMPO ZOO – OPTIVISÃO Na última edição da revista Olhar, convidámos os nossos leitores a sugerirem um nome para o tigre da Sibéria que a Optivisão apadrinhou no Jardim Zoológico. Entre todas as respostas que recebemos, surgiu a proposta “Olhinhos”, enviada por Gonçalo Filipe Martins Soares, de Lisboa. Parabéns ao vencedor.

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Com uma vista deslumbrante para a Caniçada e o Cávado, o Aquafalls Spa Hotel é um design boutique hotel de 5 es trelas, que se integra harmoniosamente na paisagem. Um dos 101 melhores spas do Mundo, segundo a Tatler, o Aquafalls tem 22 suites e dois quartos distribuídos por onze bungalows. O seu spa by Sisley, único na P enínsula Ibérica, é a sua jóia da cor oa. Restaurante, bar, piscinas exterior e interior, ginásio, ténis, minigolfe e demais valências e actividades complementam os seus atractivos.

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último olhar

Os óculos de cartão têm os dias contados Os óculos com armações em cartão são como que uma imagem de marca da tecnologia 3D, cujo crescimento tem vindo a ser meteórico, surgindo com propostas nos mais diversos suportes. Hoje, já ninguém duvida que o futuro do audiovisual passa pelo 3D, mas também parece seguro que os óculos que ainda associamos a esta forma de ver imagens tridimensionais não vão fazer parte desse mesmo futuro. A fabricante italiana Luxottica vai lançar, até ao final do ano, a sua primeira linha de óculos com lentes graduadas sob a marca Oakley, e as suas vantagens são incomparáveis. Passam pela qualidade da armação e por lentes com “uma grande claridade visual ao ampliar a visão periférica do utilizador, fornecendo um ângulo de alinhamento mais real das imagens tridimensionais”, refere o comunicado do fabricante. Os novos óculos foram desenvolvidos nas instalações da DreamWorks Animation, os grandes estúdios de animação norteamericanos, e a linha que vai chegar ao mercado “será a primeira do Mundo com óculos 3D com lentes de correcção”, assegurou a Luxottica. l 50 Inverno 2010




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