TCC arqurbuvv Projeto arquitetônico centro hípico para criação e comercialização de cavalos

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PROJETO ARQUITETÔNICO: Centro Hípico para Criação e Comercialização de Cavalos

ONIARE COIMBRA COSTA


UNIVERSIDADE VILA VELHA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

ONIARE COIMBRA COSTA

PROJETO ARQUITETÔNICO: CENTRO HÍPICO PARA CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE CAVALOS

VILA VELHA 2015


ONIARE COIMBRA COSTA

PROJETO ARQUITETÔNICO: CENTRO HÍPICO PARA CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE CAVALOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Vila Velha como requisito parcial para obtenção do Grau em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Clóvis Aquino de Freitas Cunha.

VILA VELHA 2015


ONIARE COIMBRA COSTA

PROJETO ARQUITETÔNICO: CENTRO HÍPICO PARA CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE CAVALOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Vila Velha, como requisito parcial para obtenção do grau em Arquitetura e Urbanismo.

COMISSÃO EXAMINADORA

___________________________________ Prof. Clóvis Aquino de Freitas Cunha Universidade Vila Velha Orientador

___________________________________ Prof. Augusto Cezar Gomes Braga Universidade Vila Velha Avaliador Interno

___________________________________ Méd. Vet. Antonio Rodrigues Oliveira Filho CRMV: 3200 BA Avaliador externo convidado

Parecer da Comissão Examinadora em ___ de ________________ de 2015: _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________


Dedico este trabalho aos meus pais Ozeniltom Pereira Costa, Adalgiza Coimbra N. Costa, aos meus irmĂŁos Adriano e Arianne, pelo seu amor e carinho e por sempre acreditarem nos meus sonhos e na minha capacidade. Dedico a toda minha famĂ­lia e amigos. A meu professor ClĂłvis Aquino de Freitas Cunha de tantas diferentes e significativas formas, Obrigado!


AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus o grande arquiteto do universo por ter me ajudado a chegar até aqui, pela sua presença em minha vida, pela força, coragem e dedicação. Ao Meu Deus, seja dada toda honra e toda glória! Obrigado por não desistir de mim. Aos meus pais Ozeniltom Pereira Costa, Adalgiza Coimbra N. Costa pelo exemplo, pois me ensinaram as coisas simples da vida e a vive-la com dignidade, aos meus irmãos, familiares pelas orações, compreensão, renúncia e apoio em todos os momentos. Meus padrinhos Afrânio Cosme e Ozenildes Pereira Costa que me fizeram acreditar num universo de esperança por um mundo melhor. Ao empresário e pecuarista Aluyr Tassizo Carletto e sua esposa Marizete Carletto por ter viabilizado minhas pesquisas de campo. Agradeço ao médico veterinário Antonio Rodrigues Oliveira Filho pelo apoio tecnico a respeito do bem estar animal. Aos orientadores e professores Clóvis Aquino De Freitas Cunha, Augusto Cezar Gomes Braga pelo esforço em conduzir esta monografia, dando-me força para prosseguir e não desistir enchendo-me de coragem e determinação para traçar um caminho em busca dos meus ideais. A todos os colegas que compartilharam conosco os anos de estudos e expectativa no cotidiano da vida acadêmica. A todos os professores do curso de arquitetura e urbanismo pelos ensinamentos ao longo do curso.

“Valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” Fernando Pessoa


“Cada vez que você é honesto e conduz a si próprio com honestidade, uma força de prosperidade impulsionará você em direção a um grande sucesso. Cada vez que você mente, mesmo uma

pequena

mentira

inofensiva,

existem

fortes

forças

empurrando você em direção ao fracasso.” Joseph Sugarman


Resumo

Este trabalho visa demonstrar todos os critérios a serem seguidos para o projeto arquitetônico e paisagístico de um Centro Hípico. Para a implantação do projeto foi escolhido o município de Itamaraju – Bahia que possui grande parte de sua economia ligada ao agronegócio. O mercado ligado ao cavalo a cada ano está ganhando mais espaço tendo uma movimentação econômica que ultrapassa a casa dos bilhões. Como o município possui o segundo maior rebanho equino da região foi proposto à implantação de um Centro Hípico que explorasse todo o potencial econômico e social que a cidade possui relacionado ao setor. O projeto visa à funcionalidade, sustentabilidade, economia e o bem estar do animal, funcionários e usuários do local; Para realização do trabalho foi buscado informações em bibliografias de criações e manejo dos equinos, também foram feitas visitas in loco onde foi feito todo o registro fotográfico da área, com analise e coleta de dados que possam influenciar na implantação do projeto. Nos estudos de casos, foram analisados projetos de arquitetos nacionais e internacionais, dando ênfase na fluidez dos espaços e as tipologias existentes nesse tipo de edificação, como informações técnicas e materiais utilizados. Com base nas informações coletadas o projeto arquitetônico do centro hípico foi desenvolvido, seguindo todos os parâmetros de uso e ocupação do solo do município, além de informações técnicas quem vão garantir o bem estar das pessoas e animais, para garantir uma boa funcionalidade do espaço foi pensado numa setorização bem definida dividida em 5 setores.

Palavra - chave: Criação; Comercialização; Hípica;


ABSTRACT

This work aims to demonstrate all the criteria to be followed for an Equestrian Center’s architectural and landscape design. To implement the project, Itamaraju city in Bahia was chosen due to its economy linked to agribusiness. The market linked to horse is every year gaining space having an economic boost that goes beyond the billions. As the city has the second largest horse herd in the region, it was proposed an Equestrian Center that explores all the economic and social potential that the city has to the sector. The project aims to functionality, sustainability, economy and the welfare of the animals, employees and members. To carry out the work was used information from horse creations and management bibliographies, site visits to have all the photographic record the area, with analysis and data collection that may influence the project implementation. In the case studies, national and international architect’s projects were analyzed. Emphasizing the fluidity of spaces and the existing typologies in this type of building as technical information and materials used. Based on the information collected, the architectural design of the riding center was developed following all usage parameters and municipal land occupation, as well as technical information that will ensure the wellbeing of people and animals, to ensure good functionality of space was thought of a well-defined sectorization divided into five sectors. Key words: Creation; Marketing; Equestrian;


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fóssil de Equinos. ............................................................................................................ 18 Figura 2 - Evolução do cavalo desde o ancestral HYRACOTHERIUM ao atual, Equus. ....... 19 Figura 3 - Batalha travada junto ao Golfe de Isso - Alexandre e Bucéfalo. .............................. 21 Figura 4 - Domesticação. .................................................................................................................. 21 Figura 5 - Centauro. ........................................................................................................................... 22 Figura 6 - Relação homem e cavalo. .............................................................................................. 23 Figura 7 - Manada em disparada. .................................................................................................... 24 Figura 8 - Visão. ................................................................................................................................. 25 Figura 9 - Vibrissas. ........................................................................................................................... 26 Figura 10 - Cascos. ............................................................................................................................ 27 Figura 11 - Olfato como reconhecimento mútuo. .......................................................................... 27 Figura 12 - Reconhecimento interespécies equino/caprino. ....................................................... 28 Figura 13 - Audição. ........................................................................................................................... 28 Figura 14 - Cavalo se alimentando. ................................................................................................. 29 Figura 15 - Equoterapia. .................................................................................................................... 31 Figura 16 - Cavalo Andaluz. ............................................................................................................. 32 Figura 17 - Soro antiofídico............................................................................................................... 33 Figura 18 – Tabela 01 - Contribuição econômica dos diversos seguimentos do agronegócio do cavalo (2006). ................................................................................................................................ 35 Figura 19 - Gráfico1: Principais destinos das exportações de cavalos vivos do Brasil. ......... 37 Figura 20 - Gráfico 2: Maiores países exportadores de carne de cavalo. ................................. 38 Figura 21 - Gráfico 3: Grau de instrução do administrador. ........................................................ 39 Figura 22 - Estrutura e Instalações de centros equestres. .......................................................... 42 Figura 23 - Picadeiro Descoberto/Coberto. .................................................................................... 47 Figura 24 - Piquete. ............................................................................................................................ 48 Figura 25 - Redondel manual. .......................................................................................................... 50 Figura 26 - Redondel mecânico ....................................................................................................... 50 Figura 27 - Disposições para cocheiras (cavalariças). ................................................................. 51 Figura 28 - Exemplo de organização dos boxes/Ventilação. ...................................................... 52 Figura 29 - Boxes, pé direito alto otimizando a ventilação e iluminação natural. .................... 53 Figura 30 - Tronco de Isolamento.................................................................................................... 56 Figura 31 – Banho/Tosa. ................................................................................................................... 57 Figura 32 - Ferrando o cavalo. ......................................................................................................... 58 Figura 33 - Organização funcional de um centro equestre.......................................................... 61 Figura 34 - Setorização geral do Jockey Clube do Espírito Santo. ............................................ 63 Figura 35 - Restaurante Espeto de Prata. ...................................................................................... 63 Figura 36 - Selaria Itaparica. ............................................................................................................ 64 Figura 37 - Guarita. ............................................................................................................................ 64 Figura 38 - Espaço para eventos. .................................................................................................... 65 Figura 39 - Blocos de Cavalariças. .................................................................................................. 65 Figura 40 - Bloco de Cavalariças. .................................................................................................... 66


Figura 41 - Boxes. .............................................................................................................................. 66 Figura 42 - Boxes. .............................................................................................................................. 67 Figura 43 - Boxe. ................................................................................................................................ 67 Figura 44 - Local para banho. .......................................................................................................... 68 Figura 45 - Cavalariças/Pátio interno/Local para Banho.............................................................. 68 Figura 46 - Cobertura (Shed)/Reservatório. ................................................................................... 69 Figura 47 - Depósito de arreios........................................................................................................ 69 Figura 48 - Depósito de feno. ........................................................................................................... 70 Figura 49 - Local para tratamento/enfermaria com tronco de contenção e boxe para isolamento. .......................................................................................................................................... 70 Figura 50 - Picadeiro principal/Hipismo Clássico. ......................................................................... 71 Figura 51 - Picadeiro para provas de 3 tambores e laço em dupla............................................ 71 Figura 52 - Picadeiro destinado a aulas para iniciantes de Hipismo. ........................................ 72 Figura 53 - Picadeiro para treinamento de alunos iniciantes ou avançados. ........................... 72 Figura 54 - Garagem/ Estacionamento. .......................................................................................... 73 Figura 55 - Haras Polana. Campos do Jordão, SP. ...................................................................... 74 Figura 56 - Implantação da Hípica................................................................................................... 75 Figura 57 - Boxes, Haras Polana. Campos do Jordão, SP. ........................................................ 76 Figura 58 - Shaft. ................................................................................................................................ 76 Figura 59 - Cobertura (Shed). .......................................................................................................... 77 Figura 60 - Vista externa do Pavilhão de Baias. ........................................................................... 78 Figura 61 - Fachada principal. .......................................................................................................... 78 Figura 62 - Pavilhão das baias/ Picadeiro coberto........................................................................ 79 Figura 63 - Fachada principal/ Pedras aparentes. ........................................................................ 79 Figura 64 - Estrutura de madeira aparente. ................................................................................... 80 Figura 65 - Pavilhão de Baias/Depósito de arreios. ...................................................................... 80 Figura 66 - Redondel/Fachada externa. ......................................................................................... 81 Figura 67 - Tabela Resumo dos Estudos de Caso. ...................................................................... 81 Figura 68 - Localização da cidade nos País e no Estado. ........................................................... 83 Figura 69 - Monte Pescoço, principal ponto turístico da cidade. ................................................ 84 Figura 70 - Prefeitura municipal. ...................................................................................................... 85 Figura 71 - Faculdade Local. ............................................................................................................ 86 Figura 72 - Praça da independência/Igreja São Cosme e Damião. ........................................... 86 Figura 73 - Praça 02 de Julho. ......................................................................................................... 87 Figura 74 - Praça Castelo Branco. .................................................................................................. 87 Figura 75 - Praça Rotary Clube, local destinado à implantação de eventos efêmeros. ......... 88 Figura 76 - Comercio local. ............................................................................................................... 88 Figura 77 - Comercio local. ............................................................................................................... 89 Figura 78 - Comercio local. ............................................................................................................... 89 Figura 79 - Acesso principal do parque de exposições................................................................ 90 Figura 80 - Guarita/Recepção. ......................................................................................................... 91 Figura 81 - Pavilhão de leilões. ........................................................................................................ 91 Figura 82 - Planta de localização da área. ..................................................................................... 92 Figura 83 - Localização do terreno perante a cidade. .................................................................. 93 Figura 84 - Vista aérea da área. ...................................................................................................... 93


Figura 85 - Rodovia 284 km 07/Sem pavimentação. .................................................................... 94 Figura 86 - Rodovia 284 km 07/Sem pavimentação. .................................................................... 94 Figura 87 - Pasto/ Monte Pescoço. ................................................................................................. 95 Figura 88 - Foto do local. .................................................................................................................. 95 Figura 89 - Foto do local. .................................................................................................................. 96 Figura 90 - Foto do local. .................................................................................................................. 96 Figura 91 - Foto do local. .................................................................................................................. 97 Figura 92 - Foto do local. .................................................................................................................. 97 Figura 93 - Disposição do bloco da cavalariça. ............................................................................. 99 Figura 94 - Monte Pescoço. ............................................................................................................ 100 Figura 95 - Fluxograma inicial. ....................................................................................................... 101 Figura 96 - Implantação inicial. ...................................................................................................... 102 Figura 97 - Implantação geral......................................................................................................... 102 Figura 98 - Vias de circulação. ....................................................................................................... 103 Figura 99 - Picadeiro coberto. ........................................................................................................ 104 Figura 100 - Fachada lateral/Picadeiro coberto. ......................................................................... 105 Figura 101 - Fachada fundos/Picadeiro coberto. ........................................................................ 105 Figura 102 - Salão de eventos. ...................................................................................................... 106 Figura 103 - Fachada lateral/Salão de eventos........................................................................... 106 Figura 104 - Fachada fundos/Salão de eventos.......................................................................... 107 Figura 105 - Croqui cocheira. ......................................................................................................... 108 Figura 106 - Disposição das cocheiras. ........................................................................................ 108 Figura 107 - Pavilhão de cocheiras. .............................................................................................. 109 Figura 108 - Pavilhão de cocheiras. .............................................................................................. 109 Figura 109 - Vista frontal das cocheiras. ...................................................................................... 110 Figura 110 - Galpão/Depósitos. ..................................................................................................... 111 Figura 111 - Vila dos trabalhadores. ............................................................................................. 111 Figura 112 - Casa do gerente......................................................................................................... 112 Figura 113 - Entrada/Guarita. ......................................................................................................... 112 Figura 114 - Croqui casa sede. ...................................................................................................... 113 Figura 115 - Implantação casa sede. ............................................................................................ 114 Figura 116 - Implantação campo de futebol................................................................................. 114 Figura 117 - Casa sede. .................................................................................................................. 115 Figura 118 - Fachada leste casa sede. ......................................................................................... 115 Figura 119 - Fachada sul casa sede. ............................................................................................ 116 Figura 120 - Fachada norte casa sede. ........................................................................................ 116 Figura 121 - Interiores espaço gourmet. ....................................................................................... 117 Figura 122 - Vista aérea do centro hípico. ................................................................................... 118 Figura 123 - Via principal e jardins. ............................................................................................... 118 Figura 124 - Via principal, piquetes e jardins. .............................................................................. 119 Figura 125 - Quadro de espécies. ................................................................................................. 119 Figura 126 - Quadro de iluminação. .............................................................................................. 120 Figura 127 - Quadro de mobiliário. ................................................................................................ 120 Figura 128 - Quadro de áreas e setorização. .............................................................................. 121


LISTA DE SIGLAS

ADAB - Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia. APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. ECAC – Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo no Brasil. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15 1.0 – OBJETIVOS ............................................................................................................... 16 1.1.1 - Geral ..................................................................................................................... 16 1.1.2 – Específicos ........................................................................................................... 16 1.1.3 – Justificativa ........................................................................................................... 17 2.0 - CAVALOS, SUA ORIGEM, NATUREZA E RELAÇÃO COM O SER HUMANO. ........ 18 2.1. – A ORIGEM ............................................................................................................. 18 2.2 – DOMESTICAÇÃO. .................................................................................................. 20 2.3 - COMPORTAMENTOS RELEVANTES DO CAVALO E SUA NATUREZA. ............... 23 2.4 – EQUOTERAPIA. ..................................................................................................... 29 3.0 – A IMPORTÂNCIA DO CAVALO. ................................................................................ 31 3.1 – A IMPORTÂNCIA DO CAVAVALO NA FORMAÇÃO DO BRASIL. .......................... 31 3.2 – IMPORTÂNCIA DO CAVALO NO AGRONEGÓCIO. ............................................... 33 4.0 - ESTRUTURA DE CENTROS EQUESTRES ................................................................ 40 4.1 - A ESCOLHA DO LOCAL. ......................................................................................... 40 4.2 – MEDIDAS DA PROPRIEDADE. .............................................................................. 41 4.3 – ATIVIDADES E INSTALAÇÕES. ............................................................................. 41 4.4 – CONDICIONANTES QUE GARANTAM UM BOM FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO EQUESTRE. .................................................................................................... 42 4.4.1– MANEJO. .............................................................................................................. 42 4.4.2 – CONFORTO E QUALIDADE DO ESPAÇO. ......................................................... 43 4.4.3 – SEGURANÇA. ...................................................................................................... 43 4.4.4 – INFRAESTRUTURAS. ......................................................................................... 44 4.4.5 - ATIVIDADES E INSTALAÇÕES PARA EQUINOS ................................................ 45 4.4.6 – PICADEIROS. ...................................................................................................... 46 4.4.7 – PIQUETES. .......................................................................................................... 47 4.4.8 – CERCAS. ............................................................................................................. 48 4.4.9 – REDONDEL. ........................................................................................................ 49 4.5 – CAVALARIÇAS. ...................................................................................................... 50 4.6 - BAIAS e BOXES. ..................................................................................................... 52 4.7 – TIPOS DE PISO PARA BAIAS E BOXES. ............................................................... 54 4.8 – TIPOS DE MATERIAS PARA CAMA. ...................................................................... 54 4.9 - LOCAL DE TRATAMENTO/ENFERMARIA: ............................................................. 55 4.10 – LOCAL DE BANHO/LIMPEZA E TOSA. ................................................................ 56


4.11 – LOCAL DESTINADO À FERRAÇÃO. .................................................................... 57 4.12– DEPÓSITOS. ......................................................................................................... 58 4.13 - ADMINISTRAÇÃO. ................................................................................................ 59 4.14 – ALOJAMENTOS PARA FUNCIONARIOS. ............................................................ 60 5.0 – ESTUDOS DE CASOS ............................................................................................... 62 5.1 – APRESENTAÇÃO. .................................................................................................. 62 5.2 - JOCKEY CLUBE DO ESPÍRITO SANTO. ................................................................ 62 5.3 – HARAS POLANA – MAURO MUNHOZ ARQUITETOS ASSOCIADOS. .................. 73 5.4 – BLACKBURN ARCHITECTS, P.C – ARQUITETO JONH BLACKBURN. ................ 77 6.0 – CARACTERIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO. ................................. 83 6.1 – LOCALIZAÇÃO. ...................................................................................................... 83 6.2 – O TERRENO. .......................................................................................................... 92 7.0 – DIRETRIZES PROJETUAIS. ...................................................................................... 98 7.1 – PROGRAMA DE NECESSIDADES. ........................................................................ 98 7.2 – PARTIDO ARQUITETÔNICO DO PROJETO. ....................................................... 100 7.3 – DESCRIÇÃO DO PROJETO. ................................................................................ 101 8.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS. ..................................................................................... 122 9.0 – BIBLIOGRAFIA. ....................................................................................................... 123 10.0 – APÊNDICE. ............................................................................................................ 125


INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso visa demonstrar todos os parâmetros a serem seguidos para o projeto arquitetônico e paisagístico de um Centro Hípico para criação, treinamento e comercialização de cavalos. Para implantação do projeto foi escolhido o munícipio de Itamaraju – Bahia, levando em consideração o grande número de pessoas adeptas a prática de equitação tanto para o trabalho ou lazer. O partido arquitetônico para o projeto e a criação de uma arquitetura que fugisse das tipologias tradicionais desse tipo de edificação, mas que essas inovações não afetem o bem estar do animal e a funcionalidade do espaço, outro ponto a ser considerado na elaboração do projeto e a valorização da paisagem do Monte Pescoço principal ponto turístico da cidade. Ao longo dos espaços vai haver o plantio de espécies de plantas nativas da região a fim de diminuir os impactos causados pelas futuras instalações. O centro vai oferecer aulas de equoterapia para dar suporte no tratamento de pessoas portadoras de necessidades especiais, realizando um trabalho conjunto com a APAE da cidade. O projeto também visa à geração de emprego e renda para o município que possui boa parte de sua economia ligada ao agronegócio, bem como a relação da escala de comercialização que envolve o criador e o consumidor. A metodologia de pesquisa para elaboração do projeto foi feita com estudos da área escolhida, fazendo a coleta de todos os dados necessários para implantação do centro desde o clima, topografia, acesso à água e visuais. Assim foram feitas fotografias do local: onde será implantado o projeto, instalações existentes, acessos e visuais.

A pesquisa bibliográfica para o trabalho foi baseada em livros sobre as características e manejo do cavalo, para conhecer seus hábitos, pois os animais não se comunicam como nós, então devemos conhecer suas necessidades para que o projeto saia com qualidade. Foi realizado pesquisas de campo com pessoas relacionadas ao cavalo desde veterinários, praticantes de algum esporte envolvendo o animal e criadores. Também foi feito o diagnóstico da cidade onde foi mostrado um 15


breve histórico e estudos sobre a economia local, foram tiras fotos das praças, prefeitura e comercio local.

Nos estudos de casos foram analisados projetos de arquitetos que já trabalharam ou trabalham nesse nicho de mercado, buscando referencias no Brasil e no exterior, assim foi analisado a fluidez dos espaços, tipologias existentes nesse tipo de edificação, informações técnicas e materiais mais utilizados nas construções.

A partir desses dados coletados foi o realizado o projeto arquitetônico que se relacione com a paisagem do local a fim de evitar impacto negativo na área de implantação e proporcionando acima de tudo o conforto para o animal e as pessoas que trabalham no local e usuários do espaço.

A setorização do projeto deve ser bem definida seguindo as orientações climáticas e do uso e ocupação do solo, sendo assim, o centro foi dividido em cinco setores (setor social, setor administrativo, setor de serviços, setor privado e setor de apoio); Por se tratar de um projeto com um programa e dimensões bastante extensos foram escolhidos alguns projetos com foco no detalhamento do setor social, setor administrativo, setor de serviços e setor privado.

1.0 – OBJETIVOS

1.1.1 - Geral

Realização de um projeto arquitetônico que fugisse das tipologias tradicionais desse tipo de edificação, com foco principal fazer uma análise comparativa do curso benefício da construção e manutenção do centro hípico, sem que agredisse o meio ambiente, visando a funcionalidade do espaço e a geração de emprego e renda. 1.1.2 – Específicos

·

Revisão

bibliográfica

descrevendo-se

as

principais

características

e

comportamentos dos equinos. 16


·

Pesquisas sobre características do manejo dos equinos

·

Construção e manutenção do centro hípico apontando suas vantagens e desvantagens.

·

Estudos de casos com análise de projetos de arquitetos que atuam nesse nicho de mercado.

·

Aspectos ambientais: Climatologia e impacto ambiental.

·

Analise dos materiais empregados na implantação do centro hípico.

·

Desenvolvimento do projeto arquitetônico.

1.1.3 – Justificativa

Estabelecer relação entre a criação de equinos, custo, serviços, estabelecendo resultados que possibilitem o crescimento do agronegócio, trazendo integração de um público diversificado no intuindo de reunir pessoas que estejam envolvidas em eventos como: exposições, rodeios e cavalgadas entre outros, interessados no assunto que envolve a equideocultura que só vem a alavancar a economia do setor. Visando o bem estar social aos portadores de necessidades especiais o centro hípico vai prestar serviço de equoterapia dando apoio a APAE local, e notável os benefícios no tratamento de diversas deficiências, pois os movimentos que o cavalo passa para o usuário e como se ele estivesse caminhando, aumentando assim sua autoestima. Para implantação do projeto foram utilizados materiais de fácil acesso como madeira de reflorestamento, tijolos e vidro, a fim de evitar gastos com materiais que não encontram na cidade. Ao longo do projeto vai haver jardins com espécies frutíferas aliado com plantas nativas da mata atlântica resgatando assim a mata nativa do local, em todos os espaços vai conter iluminação artificial com postes, balizadores e arandelas com design colonial entrando em harmonia com mobiliários de eucalipto tratado, lixeiras e bicicletário.

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2.0 - CAVALOS, SUA ORIGEM, NATUREZA E RELAÇÃO COM O SER HUMANO.

2.1. – A ORIGEM

Segundo Cintra (2011) o elemento que contribuiu para se conhecer a origem do cavalo é saber o tempo que a natureza demorou em fazer do cavalo o animal que ele é hoje. Seguindo esse pensamento, na evolução natural o mais forte é quem sempre sobrevive, então, o cavalo como é hoje foi a melhor forma que a natureza encontrou para que esse animal conseguisse chegar até os tempos atuais. Nos primeiros anos da existência dos equinos eles habitavam as florestas e se alimentavam das folhas. À medida que os anos se passaram o cavalo passou a se alimentar das pastagens e ao convívio com outros animais, sendo sempre predado e nunca foi predador, característica que permanece até hoje. O cavalo é um animal herbívoro, que sempre conviveu em manadas e sempre foi uma presa, características essas que fizeram com que o animal adquirisse excelentes instintos. Figura 1 - Fóssil de Equinos.

Disponível: http://www.revistacriacionista.com.br/imagens/i _artigos/Fossil.jpg Acessado: 04/04/2015.

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A evolução do cavalo é dividida em sete períodos como pode ser observado na figura 2.

Figura 2 - Evolução do cavalo desde o ancestral HYRACOTHERIUM ao atual, Equus.

Fonte: CINTRA (2011,1ºEd., p. 7).

Os equídeos descendem de um animal que habitou a terra a cerca de 55 milhões de anos atrás denominado de Eohippus que media cerca de 40 cm de altura e 70 cm de comprimento e quatro dedos. Ainda no período eoceno surgiu o Propahaotherium a cerca de 49 milhões de anos atrás possuindo 70 cm de altura e 1m de comprimento e quatro dedos. Cerca de 35 milhões de anos atrás surgiu Mesohippus sendo um animal com 60 cm de altura por 1m de comprimento com três dedos e dentição parecida com a do seu ancestral. No período mioceno surgiu o Parahippus há 25 milhões de anos atrás com 3 dedos com a arcada dentária mais adaptada para o consumo de pastagens, possuía 80cm de altura e 1,3m de comprimento. Há cerca de cinco milhões de anos no período plioceno surgiu o Pliohippus com apenas um dedo e arcada dentária bem adaptada para o consumo de forragens com cerca de 1,2 m de altura e 1,5m de comprimento. No período pleistoceno a cerca de dois milhões de anos atrás surgiu o Onohippidium apenas um dedo com grande velocidade com 1,5m de altura e arcada dentaria totalmente adaptada com o consumo de pastagens.

19


Nesse período também surgiu o Equus,

que vai anteceder diretamente os

cavalos modernos, ele surgiu a cerca de um milhão de anos na América do Norte. Há 11.000 anos, no período holoceno, o Equus proveniente da América do Norte se espalhou por todo o mundo, surgindo assim diferentes espécies de cavalos cada uma influenciada pelos fatores climáticos e topográficos do local. No período terciário os cavalos desaparecem das Américas por motivos desconhecidos, onde passou a se desenvolver no velho continente, mas precisamente na Europa e Ásia. Acreditasse que eles foram para o velho continente por terra passando pelo estreito de Bering.

2.2 – DOMESTICAÇÃO.

Com base em Alcides Torres (1992) a domesticação do cavalo foi dada ao árias ou protomongoes a 3.000 A.C se tornando conhecida no ocidente na Idade do Bronze. Foi no período das guerras nas invasões da Grécia (2.000 a.C.), e do Egito (1.600 A.C) que os ocidentais passaram a conhecer o cavalo. De acordo com Cintra (2011) desde a sua domesticação nos anos 4.500 e 2.500 a.C., entre a China e Mesopotâmia marcou o início da relação entre o “homem e cavalo” primeiramente o cavalo foi utilizado como fonte de alimento no qual contribuiu para sua domesticação, depois o homem descobriu o cavalo como animal de tração e trabalho (usado no trabalho do campo é para puxar os arados), usado para transporte, para batalhas que teve maior destaque na Idade Média, depois passou a ser utilizado para competições equestres e como lazer (cavalgadas). O cavalo exerceu um papel muito importante na formação do mundo como conhecemos hoje, desde as civilizações mais antigas até a idade moderna todas as conquistas feitas por diferentes povos deram-se no dorso dos cavalos como Bucéfalo cavalo de Alexandre o Grande (Figura 3), o Marengo, de Napoleão Bonaparte e a cavalaria dos Mongóis liderada por Gengis Khan.

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Figura 3 - Batalha travada junto ao Golfe de Isso - Alexandre e Bucéfalo.

Disponível: http://quico97.no.sapo.pt/batalha_Isso.jpg Acessado: 04/04/2015. Figura 4 - Domesticação.

Disponível: http://2.bp.blogspot.com/lMQR05qA1AY/T6ntX4_qcVI/AAAAAAAAi00/p2ndaZCQrwE/s16 00/article-0-12FCA020000005DC-968_634x479.jpg Acessado: 07/04/2015.

Nenhuma cavalaria até o século XX jamais havia perdido uma batalha onde foi possível aumentar as conquistas dos homens e assombrar os povos que não

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conheciam este animal, surgindo assim figuras mitológicas como o Centauro (Figura 5) e as Amazonas (CINTRA.2011).

Figura 5 - Centauro.

Disponível: https://mfw15.files.wordpress.com/2010/03/centauro.j pg Acessado: 04/04/2015.

Segundo Cintra (2011) um passo importante para garantir a relação entre o “Homem e o Cavalo” e fazer com que o animal o reconheça como líder, que por muitas vezes ele tentará assumir esse papel. Então deve - se manter o controle de uma forma que o animal não se sinta submetido à vontade do homem, mas que ele aceita a liderança sem que haja qualquer conflito entre os dois, nunca buscando sua aceitação por meio de castigos, mas sempre buscando sua aceitação de forma natural usando os meios de comunicação que eles usam entre si, vindo pela confiança que o animal terá com o homem, construindo uma amizade para toda vida (Figura 6).

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Figura 6 - Relação homem e cavalo.

Fonte: Arquivo Pessoal.

2.3 - COMPORTAMENTOS RELEVANTES DO CAVALO E SUA NATUREZA.

Cintra (2011) menciona que o cavalo é um ser social acostumado a viver em liberdade sempre reunido em grupos, formando assim as manadas que podem ser de machos e fêmeas. Muitas pessoas acham que o garanhão e o líder da manada por ser o animal de maior destaque entre o bando, porém estão enganados nos tempos mais calmos são as éguas que acabam por assumir o papel de liderança, que por sua vez a mais velha tende assumir esse papel, o garanhão1 tende a assumir a função de vigilância, defesa e reprodução. Somente em casos de perigo o garanhão assume a liderança saindo em disparada com a manada (Figura 7) até que estejam novamente em segurança, podendo haver o confronto direto com o predador. O cavalo por ter os sentidos bem 1

GARANHÃO: s.m Cavalo inteiro destinado à reprodução.

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aguçados ele consegue pressentir o perigo antes mesmo dele estar perto, sempre estando a um passo à frente do predador.

Figura 7 - Manada em disparada.

.

Disponível: http://www.1papacaio.com.br/modules/Wallpapers/gallery/wall1280/animais/c avalos/cavalos_correndo1280.jpg Acessado: 08/04/2015.

Nos rebanhos existe uma hierarquização social a ser seguida onde o mais forte sempre terá o papel de líder na manada, cada cavalo tem seu papel bem definido no rebanho evitando que haja brigas entre eles. Essa hierarquização e definida pela força, coragem e idade, fazendo com que o animal sempre tem um líder para indicar seus passos e atitudes, se o cavalo não reconhecer esse líder ele tende a assumir esse papel. Portanto para compreender melhor os equinos, faz-se importante relacionar alguns aspectos da sua natureza como indica (CINTRA. 2011).

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Sentidos Os cavalos podem se comunicar de diversas maneiras podendo usufruir de todos os sentidos como visão, tato, olfato, audição e paladar.

Visão Dono de uma visão excelente o cavalo pode reconhecer algumas cores, possuindo uma visão dicromática enxergando muito bem o verde e o azul e cores derivadas desses tons. Por possuir grandes olhos em cada lado da cabeça (Figura 8), permite que ele tenha uma visão independente podendo olhas em direções opostas ao mesmo tempo. Figura 8 - Visão.

Disponível: 2.bp.blogspot.com/-JlMNcZu9Bds/UADTIPSs1I/AAAAAAAAALc/WL_txe9YLKk/s1600/DSCF2914.JPG Acessado: 08/04/2015

Tato O tato do cavalo e divido em três partes diferentes as vibrissas, cascos e percepção cutânea se diferenciando de outras espécies.

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·

Vibrissas: são pelos táteis localizados no focinho com função de diferenciar e reconhecer objetos e saber quando o focinho encostou-se a algum objeto como o cocho (Figura 9).

·

Cascos: Existe um ditado em inglês que fala “no foot, no horse” (sem patas, sem cavalo – na tradução livre para o português) os cascos dos cavalos possuem uma grande sensibilidade tátil, possuindo diversos vasos sanguíneos e filetes nervos (Figura 10).

·

Percepção Cutânea: O equino possui um músculo cutâneo que fica perto da pele e logo abaixo dela, cobrindo boa parte do seu corpo. Esse musculo está envolvido no acontecimento do cala frio com intuito de aumentar a temperatura superficial do animal

Figura 9 - Vibrissas.

Disponível: http://www.torange-pt.com/photo/2/13/Nariz-el%C3%A1bios-s%C3%A3o-cavalo-vermelho-1239711796_61.jpg Acessado: 08/04/2015.

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Figura 10 - Cascos.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Olfato O cavalo tem a capacidade de sentir o cheiro de qualquer predador a 2km de distância, eles se identificam pelo odor onde acabam por cheirar uns aos outros sucessivamente. O garanhão tem a capacidade de sentir o cheiro da égua a 200m de distância podendo sentir sua presença bem antes de tê-la visto. Ele também tem a capacidade de identificar outras espécies pelo olfato (Figura 12) como cachorros, cabras ovelhas e o homem. Um habito utilizado para deixar o cavalo mais calmo antes da montaria e deixar que ele sinta o cheiro do arreio antes de serem colocados, assim como deixar que o animal sinta o cheiro do cavaleiro antes da montaria é um sinal de conhecimento mútuo (Figura 11). Figura 11 - Olfato como reconhecimento mútuo.

Disponível: http://www.torangept.com/photo/2/13/Nariz-e-l%C3%A1bioss%C3%A3o-cavalo-vermelho-1239711796_61.jpg Acessado: 08/04/2015.

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Figura 12 - Reconhecimento interespécies equino/caprino.

Fonte: Fonte: CINTRA (2011,1ºEd., p. 22).

Audição Esse animal possui uma audição muito desenvolvida o que acaba por permitir que ele ouça qualquer som a longas distância, podendo ainda distinguir os sons que podem vir de direções opostas e ficar atento a elas ao mesmo tempo. O cavalo tem uma grande capacidade de perceber os sons de baixa intensidade fazendo que ele responda a comandos de voz mais baixos do que os comandos em voz alta. Figura 13 - Audição.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Paladar Os animais de maneira geral possuem o paladar mais aguçado do que os humanos, podendo identificar qualquer alimento que não seja adequado para ingestão. Os equinos tem preferência por alimentos que sejam doces que é muito utilizado como agrado, o sal e muito importante na alimentação servindo mais como necessidade fisiológica não como preferência de gosto.

Figura 14 - Cavalo se alimentando.

Disponível: http://thumbs.dreamstime.com/x/comendo-ocavalo-9510762.jpg Acessado: 08/04/2015.

2.4 – EQUOTERAPIA.

A atividade da equoterapia foi oficializada em 1989 com o surgimento da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE), o reconhecimento pelo concelho de medicina ocorreu em 1997, até o SUS incorporou a equoterapia em seu sistema. Equoterapia é usada como recurso no tratamento de pessoas portadoras de necessidades especiais nas áreas cognitiva, psicomotora e sócio – afetiva (Figura 15). A utilização desse método para tratamento já e bastante utilizada em todo o mundo provando cada vez mais sua eficácia, no Brasil existe cerca de 231 centros 29


de equoterapia, onde sua maioria se concentra nas regiões Sul e Sudeste e nas regiões Centro – Oeste e Bahia ainda apresentam poucos centros e as demais regiões ainda não possuem nenhuma instalação. Todo o centro deve ser equipado com profissionais de diversas áreas (saúde, educação e responsáveis pela saúde do animal) como médicos, psicólogos, terapeutas, assistentes sociais, instrutores de equitação e veterinários. Esse seguimento emprega cerca de 2.500 pessoas, Segundo o ECAC, (2006). De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia – ANDE BRASIL, o centro de equoterapia deve possuir instalações adaptadas aos portadores de necessidades especiais como: sala de espera com brinquedoteca e banheiros acessíveis, sala para reunião, sala para atividades pedagógicas com atendimento familiar, além de enfermaria (DRACEMA, 2006). Não menos importantes são as instalações destinadas ao cavalo como: boxes e baias que sejam confortáveis para os animais, pois é de suma importância que a integridade física e mental do animal esteja em perfeita condições. Também é necessário picadeiro coberto e descoberto com escadas e rampas para montar e apear do cavalo, anexadas a esses espaços estão os depósitos, redondel e os piquetes (DRACEMA, 2006). E notável a eficácia da equoterapia no tratamento de diversas deficiências tanto motora como cerebral, onde o cavalo pode transmitir aos praticantes todos os movimentos como se ele estivesse caminhando, além do aumento da autoestima (Figura 15).

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Figura 15 - Equoterapia.

Disponível: http://ulbrato.br/encena/uploads/equoterapia.jpg Acessado: 08/04/2015.

3.0 – A IMPORTÂNCIA DO CAVALO.

3.1 – A IMPORTÂNCIA DO CAVAVALO NA FORMAÇÃO DO BRASIL.

Como descreve Torres (1992) a chegada do cavalo no Brasil data- se de 1535 em Pernambuco, 1543 em São Paulo e 1549 na Bahia, foram introduzidos no país pelos donatários Tomé de Souza, Martim Afonso e Duarte Coelho. Diversos animais foram trazidos não só pelos donatários, mas também pelos invasores. Com a chegada de D.João VI em 1808 ele trouxe consigo os cavalos da caudelaria do Álter Real para o Rio de Janeiro (Cintra (2011). De um modo geral os Europeus em especial Portugueses e Espanhóis trouxerem cavalos da raça Andaluz (Figura 16) que em questão de quantitativo pouco influi, porem em questão de qualidade foi à raça que mais se destacou sendo grande responsável pela formação de boa parte das raças nacionais como o Mangalarga Marchador e Paulista, Campolina e Campeiro, dentre outras (TORRES,1992). Em boa parte dos países colonizados pelos espanhóis e portugueses são encontrados cavalos dos mesmos tipos, tendo preferência pelo Andaluz por causa 31


da sua beleza, inteligência e docilidade. É interessante notar que todo o rebanho brasileiro possui o sangue da raça Barbo originário do Norte da África, até o Andaluz possui o sangue dessa raça (TORRES, 1992). Figura 16 - Cavalo Andaluz.

Disponível: http://www.curtacavalos.com/wpcontent/uploads/2012/08/imagens-cavalos-andaluz.jpg Acessado: 11/04/2015.

De acordo com o ECAC (2006), o cavalo exerceu e ainda exerce diversas funções no país. No aspecto estratégico, o cavalo colaborou para manutenção da soberania da nação fazendo parte das forças armadas e da polícia. No aspecto econômico, desempenhou as funções de sela (para o vaqueiro e o peão, nas lidas comuns à pecuária); de carga (nos combois ou comitivas); e, de tração (“motor” de veículos de carga e moendas). No aspecto social – englobando vaidades, orgulho e diferenciação social – o cavalo desempenhou seu papel tanto na função de sela quanto de tração de veículos. A partir da segunda metade do século XIX, destacam-se no aspecto social, as atividades de esportes e lazer, como corrida e salto. (ECAC, 2006, p.14).

A criação de equinos no Brasil sempre esteve ligada com a criação do gado bovino desde a época do Brasil colônia, sendo que o rebanho de equinos destinado à lida com o gado representa cerca de 85% do rebanho brasileiro(CINTRA.2011).

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Conforme o ECAC (2006) a criação de cavalos no Brasil colonial teve também uma grande importância no período da guerra no século XVII e parte do século XVIII (Guerra Luso – Holandesa, batalha travada por Portugal para recuperar o poder de suas províncias na África, tomadas pelos os Holandeses). O Brasil foi um grande exportador de cavalos para as tropas portuguesas onde Portugal possuía uma grande necessidade de animas para suas tropas para utilização como meio de transporte e arma, para intimidar seus adversários. O cavalo também teve forte contribuição militar servindo não só como instrumento de guerra, mas também como instrumento para educação e esporte, e na produção de imunológicos (Figura 17).

Figura 17 - Soro antiofídico.

Disponível: http://revistaescola.abril.com.br/img/cienci as/141-cobras.jpg Acessado: 11/04/2015.

3.2 – IMPORTÂNCIA DO CAVALO NO AGRONEGÓCIO.

O Brasil é o terceiro maior criador de cavalos do mundo com cerca de seis milhões de animais ficando atrás apenas da China e México. É o terceiro maior consumidor de produtos veterinários do mundo perdendo apenas para os Estados Unidos e 33


Japão. No estudo de autoria do ECAC (2006) indica que o cavalo teve grande importância na formação socioeconômica e política do Brasil como escrito anteriormente. Onde possui poucas literaturas que possam descrever a configuração do atual perfil do agronegócio ligado ao cavalo. Portanto o mercado equestre no Brasil ainda é muito pouco explorado em comparação aos Estados Unidos e Europa, tendo muitos campos a serem explorados, até o Governo tem dado pouca importância ao assunto ao contrário dos bovinos, ovinos, suínos e aves, os cavalos não possuem muito destaque nas pesquisas e censos do governo. Com tudo, o ECAC (2006) a foi o pioneiro no estudo para revelar o quanto importante o agronegócio ligado ao cavalo e para o Brasil tendo uma grande importância social e econômica, tendo uma movimentação econômica de 7,3 bilhões de reais ao ano (tabela 01- figura. 18) com 640 mil empregos diretos numero que poderia alcançar 3,2 milhões se fossem contabilizados os empregos indiretos.

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Figura 18 – Tabela 01 - Contribuição econômica dos diversos seguimentos do agronegócio do cavalo (2006).

Em evidência os segmentos que serão explorados na proposta projetual.

Fonte: ECAC (2006, p.7), Adaptado pelo autor.

Nos primeiros anos da década de 1990 trouxe para os criadores uma dura realidade onde se viu o preço dos cavalos, que antes possuíam preços bastante elevados despencarem absurdamente, ao contrario das décadas de 70 e 80, anos de grande ascensão do mercado do cavalo. Com a crise a disponibilidade de animais a preço baixo veio a desesperar muitos criadores fazendo com que eles investissem no aprimoramento genético dos animais, os criadores que investiram no 35


melhoramento genético da tropa conseguiram vencer a crise, tendo animais reconhecidos internacionalmente (CINTRA. 2011). Com isso pessoas que antes não tinham acesso ao cavalo porque era algo considerado “elitizado” como afirma CINTRA (2011, p. 4) “antes, cavalos para criar, hoje, cavalos para utilizar”, passaram a comprar seus primeiros exemplares, o que fez surgir o setor de lazer que só vem a crescer a cada ano (CINTRA. 2011). Junto a esse novo seguimento do lazer veio o surgimento de muitos outros como as pensões, baias de aluguel e pequenos centros hípicos, pois as pessoas tinham o acesso ao cavalo, mas não tinham ondem colocar. Muitas cidades passaram a ter muitos cavalos ligados ao lazer impulsionando o comércio local e a indústria do cavalo. Diversas cidades passaram a organizar eventos ligados ao lazer como cavalgadas, rodeios (Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos) evento de maior destaque no senário nacional, no qual todo o parque com mais de 110 hectares foi projetado nos anos 80 por Oscar Niemayer. Outro setor que vem ganhando seu espaço é o surgimento de cursos especializados na equinocultura como a (Universidade do Cavalo) que oferece cursos tanto em nível superior, quantos cursos mais curtos para capacitação e especialização, a qualificação profissional e de suma importância nas diversas modalidades relacionadas ao cavalo. Muitos setores ligados diretamente ao cavalo foram alavancando cada vez mais como o de produtos veterinários (que antes era muito comum o uso de remédios usados para bovinos e humanos serem usados nos equinos), setor de produtos de beleza (xampus e condicionadores), selarias, equipamentos para transporte, rações e a mídia que tem um papel crucial no agronegócio que vem sempre destacando os eventos ligados ao cavalo entres outros setores ligados diretamente e indiretamente ao cavalo (CINTRA. 2011). Segundo o ECAC (2006) o Brasil também se destaca no ramo das exportações e importações de cavalos vivos. Os Estados Unidos representa cerca de 50% de nossas exportações a Angola aparece em segunda lugar com cerca de 23% e o Uruguai com 7,1% como pode ser observado no gráfico 1(Figura 19). 36


Figura 19 - Gráfico1: Principais destinos das exportações de cavalos vivos do Brasil.

Fonte: MDIC; ECAC (2006, p.56), Adaptado pelo autor.

Os Estados Unidos é o principal fornecedor de cavalos para importações, seguido por Chile e Bélgica que são importantes fornecedores para o Brasil. Os estados brasileiros que mais se destacam nas exportações de animais vivos e o estado de São Paulo com a maior participação nas exportações, seguido pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Outros estados que não possuíam nenhuma tradição nas exportações agora aparecem com volumes significativos nas importações brasileiras como o Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso. O Brasil também apresenta um volume considerável nas exportações de carne de cavalo, sendo que quase toda nossa carne e destinado para o mercado externo sendo que no mercado interno o número e muito baixo, pois os brasileiros por hábito não possuem o costume de comer a carne de cavalo que apresenta baixo teor de gordura se comparado com a carne bovina. Os maiores exportadores de carne de cavalo do mundo são a Argentina, Canadá, Polônia, Estados Unidos e Brasil esses países responderam a 87% do volume de exportações, como visto no gráfico 2 (Figura 20), outros países também se destacam no que se refere a importações da carne equina como França, Bélgica e Itália correspondendo a 64,6% do volume de importações. 37


Figura 20 - Gráfico 2: Maiores países exportadores de carne de cavalo.

Fonte: FAO; ECAC (2006, p.58), Adaptado pelo autor.

Cintra (2011) define que o mercado de cavalos no Brasil poder ser divido em quatro categorias.

1. Cavalos destinados ao esporte: Vaquejada, Hipismo, Corrida e adestramento dentre outras. 2. Cavalos destinados para criação: Seguimento que passou por um declínio nos anos 90, mas que hoje já está estabilizado e vem acompanhando a mudanças de mercado. 3. Cavalos destinados ao lazer: Com a crise que os criadores de cavalo passaram, viram os preços dos cavalos despencaram facilitando as pessoas terem acesso aos animais que antes era algo para as classes mais favorecidas, isso fez com que surgisse o cavalo para o lazer como descrito anteriormente. 4. Animais destinados ao trabalho: Cavalos utilizados para o trabalho com o gado, onde representa maior parcela do rebando brasileiro, mas representa uma pequena parcela no consumo da indústria equestre.

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Na maioria das propriedades a criação de cavalos representa uma atividade secundária onde seus proprietários são profissionais de diversas áreas ligadas ao setor urbano como: médicos, advogados, empresários, entre outros. Esse ponto determina o baixo percentual de criadores que residem nas propriedades onde se localizam os cavalos, mesmo não residindo no local, toda a gerencia é realizada pelo proprietário que na maioria das vezes apresenta um alto grau de instrução ECAC (2006), como apresentado no gráfico 3 (Figura 21)

Figura 21 - Gráfico 3: Grau de instrução do administrador.

Fonte: CEPEA; ECAC (2006, p.22), Adaptado pelo autor.

Como citado anteriormente o agronegócio ligado ao cavalo no Brasil ainda é um campo a ser explorado, possuindo muitos setores que movimentam uma quantia considerável de dinheiro, a cada ano os criadores estão investindo cada vez mais no melhoramento genético do plantel com números consideráveis de exportações e importações de equinos. Grande parte dos investimentos no setor fica por conta das associações de criadores, que na maioria das vezes o Governo tem dado pouco incentivo para o setor.

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4.0 - ESTRUTURA DE CENTROS EQUESTRES

4.1 - A ESCOLHA DO LOCAL.

De acordo com Rezende, Frazão (2012) a escolha do local para os recintos destinados a criação e competições de cavalos deve seguir alguns critérios que são de suma importância para se garantir total conforto paro o animal e as pessoas. ·

Primeiro ponto a ser seguido para a escolha do local é obedecer aos instrumentos e leis de ordenamento do solo como (PDM), as leis ambientais, saúde animal e salubridade.

·

Segundo, as instalações não devem ficar em locais que são grandes geradores de ruídos como rodovias, fábricas, aeroportos, áreas de transporte e energia entre outras, a fim de garantir o bem estar animal.

·

O local deve ter vias de acesso para que os veículos utilizados para o trabalho possam se locomover facilmente pelo local, o centro equestre deve proporcionar um local para estacionamento e área de manobras para os diversos tipos de veículos como passeio, serviço, caminhões e de emergência.

A maioria dos centros equestres se localiza em zonas rurais onde proporciona melhores condições de trabalho com o cavalo garantindo sempre o bem estar animal e das pessoas envolvidas no meio. Mas atualmente muitos centros equestres se localizam em áreas urbanas mostrando como o cavalo se tornou mais popular nos últimos anos, onde as pessoas buscam esses espaços para ter um maior contato com a natureza e o animal.

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4.2 – MEDIDAS DA PROPRIEDADE.

A área destinada para o funcionamento de um centro equestre deve seguir algumas diretrizes de total importância para um bom funcionamento levando em consideração algumas variáveis que serão pontuadas a seguir:

·

As modalidades equestres que serão desenvolvidas (lazer, competição, treinamento, dentre outras).

·

Quantidade de animais

·

Número de usuários: Funcionários, Praticantes e frequentadores (público em geral).

O tamanho da propriedade destinada à criação e competição de cavalos deve seguir alguns parâmetros relacionados à quantidade de animais, levando em consideração a unidade de medida utilizada o Hectare: 10.000 m². ·

Instalações para 20 cavalos: Área de 1,5 hectares no mínimo;

·

Instalações de 20 a 60 cavalos: Área de 3 hectares no mínimo;

·

Instalações com mais de 60 cavalos: Mínimo de 3 hectares, acrescentando 1 hectare a cada 20 cavalos.

Como esses locais não possuem o mesmo objetivo, o número de animais não deve ser o único critério a ser utilizado, sendo consideradas outras diretrizes como o relevo, clima, acessos e alojamentos para as pessoas (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

4.3 – ATIVIDADES E INSTALAÇÕES.

Rezende, Frazão (2012), afirma que os espaços de atividades e instalações de um centro equestre devem variar muito levando em consideração o tamanho e objetivos determinados como descritos na (Figura 22).

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Figura 22 - Estrutura e Instalações de centros equestres.

Fonte: Rezende, Frazão (2012, p.5,6), Adaptado pelo autor.

4.4 – CONDICIONANTES QUE GARANTAM UM BOM FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO EQUESTRE.

4.4.1– MANEJO.

O trabalho diário com o cavalo deve ser uma tarefa destinada a pessoas competentes que primeiramente gostem de cavalos, devem ser tranquilas, interessadas e sempre buscar novos conhecimentos. O bem estar do animal exige cada vez mais pessoas qualificadas e se estas pessoas não forem, e de total importância que as mesmas busquem essa capacitação (CINTRA. 2011). 42


O equino e um animal vulnerável quando relacionado ao humor de quem o trata, quando o tratador ou qualquer outra pessoa ligada ao cavalo não souber separar sua vida social a profissional o animal terá mais problemas que benefícios levando o animal a situações de desequilíbrio mental. Na criação de cavalos existem dois sistemas básicos, o sistema extensivo onde o cavalo e criado a campo livre e o sistema de semi – estabulado ou intensivo. O sistema extensivo utiliza-se do método natural onde o animal e criado a campo onde proporciona melhor qualidade de vida, em muitas criações devido ao alto valor do animas eles são criados no sistema semi – estabulado ou intensivo a fim de dar maior assistência, mais os animais são estabulados somente por algumas horas ou em alguma fase da vida deles (TORRES, 1992).

4.4.2 – CONFORTO E QUALIDADE DO ESPAÇO.

Todas as instalações de um centro equestre deve se localizar em um local que seja agradável, bem arejado e iluminado e limpo, um espaço que não seja só agradável para os cavalos, mas também para os funcionários e usuários do local. Os espaços internos como estábulos, picadeiros e instalações anexadas devem ser bem dimensionados e com boa iluminação, ventilação natural. E que evite locais com grande contraste entre luz e sombra. Os espaços externos de convívio social devem possuir espaços de apoio para os funcionários e praticantes proporcionando qualidade e conforto para todos, de modo a serem pensadas no projeto arquitetônico trazendo uma infraestrutura de melhor qualidade (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

4.4.3 – SEGURANÇA.

Várias medidas devem ser tomadas para garantir total segurança de um centro equestre, além das medidas para construção de qualquer edificação, ela vai 43


abranger algumas diferenças levando em questão a função que será exercida no local (REZENDE, FRAZÃO, 2012):

1. Escolha de um local que permita o acesso a todos os espaços sem que haja o cruzamento com as vias muito movimentadas.

2. Separação

entre

as vias

destinadas

a

veículos,

cavalos

e

dos

frequentadores do local.

3. Aplicação das medidas e legislações de segurança contra incêndios como: A escolha dos materiais que serão utilizados e de suma importância e devem seguir alguns parâmetros como portas corta-fogo nos locais de armazenamento das forragens a previsão de separadores rígidos e a presença de extintores de incêndio em todos os espaços.

4. Evitar a existência de locais com partes salientes (Pontas, e quinas) que possam causar algum acidente com o cavaleiro e o cavalo, tanto nas cavalariças como nas vias de circulação.

5. Sistemas de para-raios conforme as orientações da norma (ABNT 5419/05).

4.4.4 – INFRAESTRUTURAS.

A infraestrutura geral para um bom funcionamento de centro equestre, segundo os autores (REZENDE E FRAZÃO, 2012):

1. Drenagem: Um ponto muito importante no ambiente de estudo, pois e responsável por preservar os pisos entre outras funções. Os cuidados para garantir seu bom funcionamento são prioritários.

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2. Vias de Acesso: A via principal tem que ter ligação com todas as partes do centro para facilitar os serviços que ali serão empregados, também deve abranger vias que garantam a circulação de caminhões de manutenção, as vias destinadas a circulação de cavalos devem ficar separadas das vias destinadas aos veículos e aos trajetos das pessoas.

3. Sistema de Irrigação: Destinado para os espaços verdes e para os campos ao ar livre e picadeiros, para evitar a formação de poeira, assim como garantir água para as plantas.

4. Sistema de resfriamento: Usados nos locais para recepção e administração e instalações de apoio as praticantes e funcionários e áreas destinadas ao público em geral. O resfriamento moderado da sala destinada aos arreios pode ser utilizado para desumidificar o ambiente e preservar os utensílios de couro.

5. Instalações elétricas: Devem possuir potência suficiente para iluminação de todas as áreas do local como: zonas de estacionamento, áreas para o público e funcionários, picadeiros cobertos e ao ar livre, vias de circulação e demais instalações.

6. Sistema sonoro: Sistema indispensável nos locais direcionados a provas equestres, devendo abranger todos os espaços que darão apoio à competição como áreas para aquecimento e boxes.

4.4.5 - ATIVIDADES E INSTALAÇÕES PARA EQUINOS

Torres (1992) defende que a construção de instalações para cavalos devem obedecer ao máximo de simplicidade possível sem embelezamentos inúteis. Criando espaços que sejam funcionais que visam o conforto animal e a facilidade no seu trato, a escolha para o tipo certo de instalações deve levar em

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consideração o número de animais, serviços que serão empregados, clima, topografia do terreno e principalmente o quanto o cliente está disposto a gastar. Agora serão citados alguns equipamentos que estão presentes nos Centros Equestres como: picadeiros, piquetes, redondel, baias, boxes, enfermaria e depósitos.

4.4.6 – PICADEIROS.

São áreas que podem ser ao ar livre ou coberta (Figura 23), sua forma normalmente é retangular onde diversas atividades são desenvolvidas como: ·

Prática de esportes e trabalho com cavalos;

·

Aulas de equitação;

·

Treino; Dentre outras funções; As dimensões desses espaços seguem uma variável de acordo com as

atividades que serão realizadas Ex: picadeiro para competições 60 x 20 m, picadeiro para treinamento podendo ser de 30 x 15 m ou 40 x 30 m. O melhor local para implantação de picadeiros descobertos fica no sentido Norte-Sul para diminuir a ação dos ventos dominantes, nos picadeiros cobertos recomenda-se sua implantação no sentido Leste - Oeste a fim de evitar muita incidência de sombra no local (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

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Figura 23 - Picadeiro Descoberto/Coberto.

Disponível: http://www.castrolaboreiro.com/wpcontent/uploads/2014/02/centro-hipicomelgaco.jpg

Disponível: http://www.chsa.com.br/home/wpcontent/gallery/picadeiro-deadestramento/110515-hsaderby124pq.jpg

Acessado: 13/04/2015.

Acessado: 13/04/2015.

4.4.7 – PIQUETES.

Piquetes são espaços destinados à criação de cavalo no sistema extensivo (campo aberto) onde a área do mesmo é dimensionada levando em consideração a referência de 1 hectare por cavalo (Figura 24). O primeiro ponto a ser analisado para implantação dos os piquetes ou pastos e a topografia do terreno que não pode ter muita declividade, deve ter uma qualidade de solo favorável para produção de pastagens de ótima qualidade, ter água em abundância e arborização para que haja sombra (CINTRA. 2011).

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Figura 24 - Piquete.

Disponível: http://www.harasvistaverde.com.br/blog/wp-

content/uploads/2013/07/pastagensFoto-12-Matrizes-PotrosVista-Verde.jpg Acessado: 13/04/2015.

4.4.8 – CERCAS.

Não menos importante e o tipo de cerca que será utilizado pra delimitar os piquetes tais como (CINTRA. 2011):

1. Cerca de Arame Liso: Atualmente esse tipo não é mais tão utilizado, pois pode causar ferimentos ainda maiores que o arame farpado, ou outros tipos de cerca.

2. Cerca de Arame Farpado: O cavalo costuma respeitar bem esse tipo de cerca.

3. Cerca de Réguas de Madeira: Tipo de cerca mais utilizada, além da beleza ela e uma cerca bastante segura desde que seja feita com madeira de boa qualidade. 48


4. Cerca Elétrica: Tipo mais barato e com grande eficiência para cavalos. Antes havia muitos preconceitos ao uso desse tipo de cerca, mas hoje essas restrições perante seu uso já não existem mais.

5. Cerca Elétrica Mista: Utilizada para cercas elétricas de divisa e piquetes de garanhões.

6. Cerca Viva: Bastante utilizada em diversas fazendas e haras, mas e pouco recomendável, pois isola os animas do contato social com outros animas, deixando o animal mais inquieto.

4.4.9 – REDONDEL.

Curral de forma circular com diâmetro de 7 a 25 metros com piso normalmente de areia, grama ou terra batida. Destinados ao trabalho com cavalo como mencionado a seguir: ·

Aquecimento do animal antes do trabalho;

·

Alongamento dos membros;

·

Doma racional;

·

Secá-los depois do banho;

O trabalho no redondel pode ser feito manualmente por uma pessoa (Figura 25) que utiliza uma guia comprida ligada ao cabresto ou cabeçada do cavalo, esse trabalho pode ser feito também com guias mecânicas que são estruturas com divisórias individuais para os cavalos que giram em volta de um eixo (Figura 26). Muito utilizada quando se quer trabalhar com mais de um animal ao mesmo tempo (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

49


Figura 25 - Redondel manual.

Figura 26 - Redondel mecânico

Disponível:

Disponível:

www.riachogrande.net/fotos/hipismo/redondel.jpg

i.ytimg.com/vi/bPn1bfgfjZI/maxresdefault.jpg

Acessado: 13/04/2015.

Acessado: 13/04/2015.

4.5 – CAVALARIÇAS.

Uma das instalações mais importantes no haras ou hípica, possuindo espaços e serviços que vão garantir seu bom funcionamento, equilíbrio e a saúde animal. Deve se localizar num local afastado das demais instalações. E, se possível, num local alto e protegido dos ventos frios e encostas de barranco. Deve ficar num nível mais alto que o entorno cerca de 20 a 25 cm de altura tendo seu acesso feito por rampas para evitar a penetração de água da chuva (TORRES, 1992). A disposição das baias e boxes de ser de acordo com sua forma (Figura 27), se a construção for dupla em forma de I deve seguir a orientação Norte – Sul. Se for simples fileira a parte aberta deve ser voltada para o nascente. Se tiver a forma de U de quadrado ou L com aberturas voltadas para o Norte (TORRES, 1992), a posição das demais áreas de anexos como zonas de lavagem, de tosquia, enfermaria e demais serviços de apoio, devem ser bem planejadas para garantir uma boa funcionalidade, economia e boa manutenção, pois sem elas o manejo com o animal fica prejudicado. Os depósitos e estrumeira devem se localizar adequadamente próximos as baias e boxes, a fim de diminuir os custos com a mecanização de carros e carrinhos de mão (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

50


As instalações das cavalariças devem seguir alguns parâmetros para garantir total segurança e uma boa funcionalidade; Segundo REZENDE E FRAZÃO (2012). ·

Projeto de prevenção e combate a incêndios;

·

Ventilação adequada para remoção da humidade e eliminar o excesso gás carbônico, cheiro da urina, suor e fermentação dos alimentos;

·

Iluminação natural e artificial;

·

Abastecimento de água para atender os cavalos e lavagem das instalações e animas;

·

Pavimentação com revestimento rígido e antiderrapante, com boa drenagem;

·

Aparelhos para proteção do cavalo contra insetos.

Figura 27 - Disposições para cocheiras (cavalariças).

Fonte: TORRES (199, 3º Ed., p,266), Adaptado pelo autor.

51


4.6 - BAIAS e BOXES.

·

Baia: Deve ter dimensões restritas entre 1,50 m a 1,80 m. Tem por característica a eliminação das portas e divisórias baixas entre as baias e facilidade de vigilância. Mas seu ponto negativo é a imobilidade do animal, e riscos para funcionários que tem que abordá-los por trás, podendo acontecer algum acidente (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

·

Boxes: Os boxes possuem dimensões maiores onde o animal possui melhor acomodação (Figura 28), o cavalo tem maior liberdade podendo se movimentar (deitar e rolar) livremente pelo recinto (REZENDE, FRAZÃO, 2012). As dimensões dos boxes deve ter no mínimo 3 x 4 m, sendo o ideal 4 x 4 m podendo variar de acordo com a raça e porte do animal. Boxes com dimensões inferiores a 3 x 4 pode acarretar grande desconforto para o animal (CINTRA.2011). Os corredores devem proporcionar que o animal entre e saia livremente de seus alojamentos (Figura 29), as dimensões podem variar sendo 2,40 m o conveniente para estábulos simples e 4,50 m para estábulos duplos. O beiral da cobertura deve possuir no máximo 2 m no intuito de proteger os boxes da chuva, vento e sol, com altura de 2,50 m no mínimo do chão para evitar que ocorra algum acidente (TORRES, 1992).

Figura 28 - Exemplo de organização dos boxes/Ventilação.

Fonte: Rezende, Frazão (2012, p.16), Adaptado pelo autor.

52


As Baias e Boxes devem seguir os seguintes parâmetros para construção:

1. Paredes devem ser lisas e bem reforçadas com uma altura mínima de 1,40 m e máxima de 2,20 m de altura, todas as quinas e pontas deverão ser arredondadas e componentes metálicos não oxidáveis;

2. Pavimentação resistente e antiderrapante;

3. Iluminação e ventilação natural em abundancia (Figura 28) sem provocar grandes zonas de sombra nem correntes de ar. As aberturas devem se localizar acima do dorso do animal para evitar a ventilação direta sobre o mesmo.

4. Instalações elétricas tomadas e aparelhos de iluminação situadas no exterior das baias e boxes e afastados do alcance dos animas.

5. Equipamento: Argolas metálicas fixas nas paredes para amarrar o cavalo. Os cochos devem ficar em lados opostos nos boxes, cada um numa extremidade a fim de incentivar a movimentação do animal no recinto. Figura 29 - Boxes, pé direito alto otimizando a ventilação e iluminação natural.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/04/2015.

53


4.7 – TIPOS DE PISO PARA BAIAS E BOXES.

De acordo com Cintra (2011) existem quatro tipos de pisos para baias e boxes: ·

Piso de Concreto: Considerado o melhor tipo de piso, o piso deve possuir uma queda de 1:70 (1 a 1,5 cm por metro) para escoamento da urina, deve possuir também um ralo em um dos canto para escoamento da água.

·

Piso de Areia: Esse material pode ser utilizado tanto como piso ou cama, devendo ser implantado uma caixa de filtragem no centro, assim os cantos devem possuir uma queda destinando a urina ou água para caixa de filtragem.

·

Piso de Terra Batida: Bastante econômico e fácil de ser implantado mais que carece de uma boa manutenção.

·

Piso de Borracha: Formado por placas de borracha antiderrapante colada sobre uma superfície de concreto.

4.8 – TIPOS DE MATERIAS PARA CAMA.

A cama para baia é boxe é de extrema importância devendo sempre proporcionar conforto para o animal, pois é dentro desses recintos que o animal passa boa parte do tempo, onde ele come, defeca, dorme e descansa (CINTRA. 2011). ·

Tipos de materiais.

1. Maravalha: Raspas de madeira, possui boa absorção da urina é de fácil limpeza. Considerada um dos melhores tipos de cama.

2. Pó de Serra: Resíduo feito a partir da moagem da madeira, tendo boa absorção da umidade.

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3. Feno: Comum à utilização de feno de espécies gramíneas que não servem para alimentação só para cama.

4. Capim: Não muito utilizado somente algumas propriedades utilizam desse tipo. 5. Palha de Arroz: Bastante utilizada, porém alguns cavalos costumam se alimentar dela o que pode trazer alguns malefícios como cólica e distúrbios digestivos. 6. Palha de Café: Não muito utilizada, mas pode servir como opção, retém umidade por mais tempo e não possui o risco do animal se alimentar como a palha de arroz. 7. Bagaço de Cana: Material muito bom, desde que seja hidrolisado e bem seco a fim de evitar a ingestão do animal. Como a palha de arroz pode trazer malefícios para o animal como a cólica.

4.9 - LOCAL DE TRATAMENTO/ENFERMARIA:

Local equipado com tronco de isolamento (Figura 30) para imobilizar o animal com dimensões de 4 x 5 m, para serem realizados procedimentos veterinários, podendo ser de madeira ou metal. Esse espaço deve ser equipado com bancada de trabalho, pia com água quente/fria, tomadas elétricas para ligar os equipamentos (autoclave) e armários para guardar medicamentos. Deve possuir área mínima de 35 m², em centros equestres maiores possuiu uma ante - sala chamada de farmácia, onde são guardados os medicamentos. O local deve possuir boa iluminação natural e artificial. Nas paredes e pisos deve haver a preocupação com os revestimentos que devem ser de fácil limpeza e desinfeção (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

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Figura 30 - Tronco de Isolamento.

Disponível:

http://www.acupunturaveterinaria.com.br/wpcontent/uploads/2008/06/eap-em-equinos-2.jpg Acessado: 14/04/2015.

4.10 – LOCAL DE BANHO/LIMPEZA E TOSA.

Espaço destinado à limpeza do animal (Figura 31) devendo ser protegida do vento, chuva, equipada com ponto de água quente/fria. Deve haver a preocupação com tipo de pavimentação que deve ser antiderrapante, evitando assim acidentes com os animais e funcionários, deve possuir um sistema de drenagem eficiente. A tosquia (Figura 31) normalmente é realizada no inverno época que o animal costuma ficar mais “peludo”, procedimento feito para manter o animal mais bonito e evitar doenças de pele. São realizados em locais que dispõem de boa iluminação natural e artificial, deve possuir tomada para os aparelhos de tosquia (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

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Figura 31 – Banho/Tosa.

Disponível: http://revistadinheirorural.terra.com.br Acessado: 14/04/2015.

Disponível: http://pad1.whstatic.com/images/thumb/0/06/ClipYour-Horse-Step-1.jpg/670px-Clip-Your-HorseStep-1.jpg Acessado: 14/04/2015.

4.11 – LOCAL DESTINADO À FERRAÇÃO.

Os cavalos são ferrados com uma frequência bem variável de acordo com o trabalho praticado, a depender desse trabalho há um desgaste maior das ferraduras, tendo uma margem de 30 em 30 dias ou de 40 a 40 dias para troca das ferraduras (Figura 32). O tipo de piso deve ser antiderrapante e que possibilite a perfeita avaliação dos aprumos do animal. A depender do porte do centro esse serviço e realizado por um profissional externo, podendo sua instalação ser usada para tosquia do animal (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

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Figura 32 - Ferrando o cavalo.

Disponível:

http://cptstatic.s3.amazonaws.com/imag ens/enviadas/materias/materia8481/ferr ageamento-de-cavalos-cursos-cpt.jpg Acessado: 14/04/2015.

4.12– DEPÓSITOS.

Os depósitos são de extrema importância para garantir o bem estar e saúde do animal, sendo que todos os centros equestres devem possuir um local para armazenar alimentos, camas, arreios e outros acessórios com largura mínima das portas de 2,20 m para permitir a circulação de veículos de carga e transporte (CINTRA. 2011). ·

·

Tipos de Depósitos:

Depósito de Feno: Deve se localizar em um espaço de fácil acesso, bem ventilado e protegido da ação direta do sol e chuva. Alguns centros utilizam um mezanino acima das baias ou boxes otimizando as instalações. Se o depósito estiver no nível do solo o feno deve ser armazenado em cima de estrabos de madeira cerca de 20 cm acima do piso.

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·

Depósito de Ração: Como no depósito de feno o local deve possuir boa ventilação natural com estrabos a 20 cm do nível do solo, a ração deve ser colocada a uma distancia de 10 cm afastada da parede.

·

Depósito de Camas: Local deve ser bem ventilado e protegido da ação direta do sol e chuva, assim como os depósitos de feno e ração, a fim de manter a cama em boas condições para utilização.

·

Depósito de Arreios: Destinado a armazenar acessórios dos cavalos (selas, mantas e cabeçadas), deve ser um local bem arejado para boa conservação dos artigos de couro que são frágeis com a ação da umidade.

O depósito deve incluir bancada/lavatório pra limpeza dos arreios, cavaletes para colocar as selas e cabides para cabeçadas e armários para guardar outros utensílios.

·

Estrumeira: local destinado a colocar o estrume do animal localizado na direção dos ventos dominantes e com boa distância das áreas sociais, possuindo um via de fácil acesso para retirada dos dejetos.

4.13 - ADMINISTRAÇÃO.

A administração de um centro equestre não possui muitas diferenças com outros tipos de empresas. O espaço é destinado aos funcionários da área administrativa, proprietário e gerente do local. O projeto arquitetônico deve levar em consideração a funcionalidade do espaço para que atenda de maneira eficiente suas necessidades, deve ser um local bem agradável com banheiros e salas separadas de acordo com a função de cada um, com recepção e banheiros para atender os clientes e usuários (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

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4.14 – ALOJAMENTOS PARA FUNCIONARIOS.

O cuidado com o animas requer assistência de 24 horas por dia então e necessário que haja alojamentos destinados a todos os funcionários fixos e passageiros, equipado com toda infraestrutura para garantir total conforto para eles, com quarto com camas, televisão, ventiladores ou ar-condicionado, banheiros, cozinha e refeitório (REZENDE, FRAZÃO, 2012).

O centro hípico é disposto de diversas instalações citadas neste capitulo, que garantam acima de tudo á saúde animal e a boa funcionalidade do espaço, sendo construída e adaptada levando em consideração à dimensão do centro, á região de implantação, o clima, solo e facilidade de acesso a determinado material. Devendo sempre haver a preocupação com a ventilação natural dos espaços e projetar ambientes que sigam as medidas adequadas para garantir total conforto ao animal e aos funcionários e usuários do centro. A partir do fluxograma na (Figura 33) pode ser observado o sistema básico de organização funcional de um Centro Equestre de acordo com as informações citadas anteriormente.

60


Figura 33 - Organização funcional de um centro equestre.

Fonte: Rezende, Frazão (2012,p.7), Adaptado pelo autor.

61


5.0 – ESTUDOS DE CASOS

5.1 – APRESENTAÇÃO.

Para realização desse estudo foi feita uma visita ao Jockey Clube do Espirito Santo e também foram escolhidos dois arquitetos um brasileiro e outro norte americano que já desenvolveram e desenvolvem projetos de centros hípicos, cujas informações foram obtidas através de fontes oficiais da internet.

5.2 - JOCKEY CLUBE DO ESPÍRITO SANTO.

Localizado no município de Vila Velha, às margens da Rodovia do Sol, no final da Praia de Itaparica e ao lado do Shopping Boulevard fazendo divisa com o canal de Guaranhus. Possui nas suas dependências alojamento para os funcionários o Restaurante Espeto de Prata (Figura 35) a Selaria Itaparica (Figura 36) e espaço para realização de eventos (Figura 38) com estacionamento amplo para visitantes e usuários do local e garagem para caminhões (Figura 54). O jockey possui 7 blocos de cavalariças (Figura 39,40) todos dispostos com pátio interno (Figura 45) e boxes com dimensões de 4x4 e 3,5x3,5 (Figura 43) m com depósitos de arreios (Figura 47), rações e feno (Figura 48) e local para banho (Figura 44) e ferração, além de contar com espaço para tratamento/enfermaria (Figura 49) com tronco de contenção e boxe para isolamento de cavalos doentes. Possui 4 picadeiros descobertos sendo um destinado a aulas para iniciantes no hipismo (Figura 52), outro para alunos mais avançados e competições profissionais e amadoras de hipismo clássico (Figura 50), um para provas de 3 tambores e laço em dupla (Figura 51) e outro para treinamento de alunos iniciantes ou avançados (Figura 53). O espaço dispõe ainda de quadras para praticantes de tênis, fazendo que o jockey se torne um local agradável para toda a família, onde as pessoas possam fugir da 62


rotina da cidade podendo praticar um passeio a cavalo e descansar nas sombras das árvores. Figura 34 - Setorização geral do Jockey Clube do Espírito Santo.

Disponível: Google Earth, adaptado pelo autor. Figura 35 - Restaurante Espeto de Prata.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 36 - Selaria Itaparica.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 37 - Guarita.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 38 - Espaรงo para eventos.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 39 - Blocos de Cavalariรงas.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 40 - Bloco de Cavalariรงas.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 41 - Boxes.

Fonte: Arquivo Pessoal.

66


Figura 42 - Boxes.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 43 - Boxe.

Fonte: Arquivo Pessoal.

67


Figura 44 - Local para banho.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 45 - Cavalariรงas/Pรกtio interno/Local para Banho.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 46 - Cobertura (Shed)/Reservat贸rio.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 47 - Dep贸sito de arreios.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 48 - Depósito de feno.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 49 - Local para tratamento/enfermaria com tronco de contenção e boxe para isolamento.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 50 - Picadeiro principal/Hipismo Clรกssico.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 51 - Picadeiro para provas de 3 tambores e laรงo em dupla.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 52 - Picadeiro destinado a aulas para iniciantes de Hipismo.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 53 - Picadeiro para treinamento de alunos iniciantes ou avanรงados.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 54 - Garagem/ Estacionamento.

Fonte: Arquivo Pessoal.

O jockey apresenta uma setorização bem definida com instalações com boxes amplos (porem os boxes não permitem que os animais tenham contato visual uns com outros), depósitos, picadeiros e alojamentos para funcionários, instalações básicas para qualquer espaço destinado aos cavalos. Como o ponto principal do jockey é a modalidade de hipismo clássico e o projeto do centro hípico será destinado à criação de cavalos para o lazer da raça Mangalarga Marchador, os picadeiros serão diferentes de acordo com as necessidades da raça, mas no geral o jockey possui todas as instalações que serão usadas no projeto do futuro centro hípico.

5.3 – HARAS POLANA – MAURO MUNHOZ ARQUITETOS ASSOCIADOS.

O Haras Polana localizado entre os municípios de Campos do Jordão e São Bento na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. O Centro Hípico foi projetado em 2001, sendo que as cavalariças (cocheiras) foram implantadas no fundo do vale cercado por uma grande massa de vegetação da Serra da Mantiqueira, a obra das cocheiras foi concluída em 2001, a conclusão do restante da infraestrutura foi prevista para 2008 quando o espaço ganhou um restaurante, sede social, casa para o treinador. O centro foi destinado à criação de cavalos das raças árabe, anglo-árabe e brasileiro. 73


Figura 55 - Haras Polana. Campos do Jordão, SP.

Disponível: http://www.mauromunhoz.arq.br/ Acessado: 21/04/2015.

O ponto de partida para o arquiteto Munhoz foi a “quebra de paradigmas” onde ele queria criar uma instalação que fugisse das tipologias tradicionais das construções destinadas ao cavalo. Para ele essas inovações não podiam afetar a funcionalidade do espaço e o bem estar do animal que são os pontos principais para garantir que o projeto saísse com a qualidade desejada. Um dos pontos inovadores do projeto foi o fechamento das paredes de alvenaria das cocheiras a uma altura de 1,40 m, segundo o arquiteto essa decisão partiu pela constatação que o cavalo e um animal de planícies, onde sua maior forma de defesa e sair em disparada, o cavalo sente-se melhor quando possui um grande plano de visão. Acima das paredes foi usado barras de aço corten para fazer a separação entre as cocheiras substituindo o muxarabi e permitindo total transparência.

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Figura 56 - Implantação da Hípica.

Disponível: http://www.polana.com.br/wp-content/uploads/2012/12/mapa.jpg Acessado: 21/04/2015.

Outro ponto inovador foi às portas de correr que “flutuam” apoiadas na alvenaria ao em vez de abrir para fora como normalmente e usado. Todas as alvenarias tiveram seus cantos arredondados a fim de evitar acidentes com o cavalo e cavaleiro. As paredes foram pintadas com uma tonalidade que se aproximasse com a cor da terra e revestimentos sem brilho, para que o animal se sinta mais a vontade e não se assuste com o brilho. Em alguns casos a natureza e exaltada no espaço em outros a tecnologia que acaba por ganhar maior destaque. O piso recebeu uma composição de borracha na circulação coberta para evitar que os animais sofram demais com o atrito nos cascos, no picadeiro coberto possui uma camada de brita e solo - cimento formando a base de impermeabilização e depois uma camada de poliéster, betonita e areia garantindo maior elasticidade para absorção dos impactos do animal. Os boxes ganharam borrifadores que espirram água com citronela baixando a temperatura do 75


local e afastando os insetos, sob o forro funciona uma rede técnica com um shaft horizontal. Figura 57 - Boxes, Haras Polana. Campos do Jordão, SP.

Disponível: http://www.mauromunhoz.arq.br/ Acessado: 21/04/2015. Figura 58 - Shaft.

Disponível: http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/mauro-

munhoz-arquitetos-associados-centro-hipico-19-09-2005 Acessado: 21/04/2015.

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A cobertura em duas águas possui espaço entre elas criando um pequeno shed proporcionando a ventilação cruzada no espaço. O telhado possui um balanço de 4,5 m e nas faces laterais toda a estrutura do telhado fica aparente revelando os oitões dando assim a sensação de obra inacabada. Nas áreas de circulação possui um forro de madeira e nos boxes possui um pé direto mais alto. Figura 59 - Cobertura (Shed).

Disponível: http://www.mauromunhoz.arq.br/ Acessado: 21/04/2015.

5.4 – BLACKBURN ARCHITECTS, P.C – ARQUITETO JONH BLACKBURN.

A “BLACKBURN ARCHITECTS”, P.C e um escritório de arquitetura fundado em 1983 com sede em Washington, DC, prestando serviços desde projetos residências, comerciais é interiores, escritório especializado na arquitetura de centros de equestres. John Blackburn é considerado o principal líder nesse nicho de mercado com mais de 160 projetos que variam entre celeiro, instalações de treinamentos, centros de equitação terapêutica a grandes centros equestres, para ele o projeto equestre deve abordar três princípios: as necessidades do cavalo, as características do sítio (terreno e clima), e os objetivos de proprietário. ·

Alguns de seus Trabalhos: 77


·

PEGASO FARM – Mettawa, Illinois/EUA.

Fazenda privada com quase 10 hectares, possui várias áreas húmidas e diversas espécies de árvores. O projeto se destaca pelo estilo modernista fugindo das tipologias tradicionais desse tipo de arquitetura, possui um celeiro, sala de estar, espaço para treinamento e outras edificações destinadas a serviços auxiliares.

Figura 60 - Vista externa do Pavilhão de Baias.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

Figura 61 - Fachada principal.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

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Figura 62 - Pavilhão das baias/ Picadeiro coberto.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

·

OAKHAVEN RANCH – Austin, Texas/EUA.

Com 90 hectares no Texas Hill Country as instalações foram construídas aproveitando os materiais do local, com pedras aparente, estruturas de madeira pesada e acabamento em madeira natural, marcando a relação da arquitetura com a paisagem local. Possui ventilação natural contínua e uma claraboia translucida na face norte fornece iluminação natural filtrada e ventilação natural vertical. Figura 63 - Fachada principal/ Pedras aparentes.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

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Figura 64 - Estrutura de madeira aparente.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

Figura 65 - Pavilhão de Baias/Depósito de arreios.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

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Figura 66 - Redondel/Fachada externa.

Disponível: Escritório de Arquitetura Blackburn - http://blackburnarch.com. Acessado: 13/05/2015.

Figura 67 - Tabela Resumo dos Estudos de Caso.

Local (Haras)

Pontos relevantes considerados na proposta projetual.

JOCKEY CLUBE DO ESPÍRITO

Shed proporcionando a

SANTO-VILA VELHA, ES- BRASIL

ventilação cruzada no espaço. Depósitos de arreios e feno. Diversidade de Usos. Espaço para eventos. Atendimento dos funcionários. Setorização bem definida. Estrutura de madeira e alvenaria.

Haras Polana – Campos do Jordão, Fluidez espacial dos boxes. SP – Brasil.

Estrutura em Madeira e concreto. 81


Barras de aço corten acima das paredes. Shed proporcionando a ventilação cruzada no espaço. O telhado possui um balanço de 4,5 m. PEGASO FARM – Mettawa,

Estilo modernista.

Illinois/EUA.

Quebra das tipologias tradicionais. Estrutura em Madeira. Abertura é iluminação zenital.

OAKHAVEN RANCH – Austin,

Aproveitamento dos materiais do

Texas/EUA

local. Pedra aparente e estrutura de madeira. Relação da arquitetura com o entorno. Claraboia translucida.

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6.0 – CARACTERIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO.

6.1 – LOCALIZAÇÃO.

O local onde será implantado o centro hípico situa-se no município de Itamaraju, localizado no extremo sul da Bahia.

Figura 68 - Localização da cidade nos País e no Estado.

Disponível: www.google.com. Acessado: 18/05/2015.

Itamaraju antes conhecido como povoado Dois Irmãos, foi emancipado do municipio de Prado em 5 de outubro de 1961 partindo da ideia do prefeito José Gomes de Almeida. Cidade que já foi o maior produtor de cacau nos anos 70 a 90, é hoje está na 5º colacação entre os municípios com maior arredação do extremo sul, com o quarto maior centro comercial da região, possui a quarta maior população da região com 67.191 habitantes, também possui o maior território do extremo sul baiano com 2.580 km. Possui vegetação de Mata Atlântica e o Rio Jucuruçu cortando toda a sua extenção (IBGE, 2010).

83


A economia de Itamaraju está diretamente ligada a agropecuária onde detem uma grande parcela do montante do município. Segundo informações da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) itamaraju possui o maior rebando bovino da Bahia com cerca de 185.101 cabeças de gado, segundo o IBGE (2010) a cidade possuiu o maior rebanho equino da região com cerca de 4.875 cabeças sendo o terceiro maior rebanho do extremo sul, perdendo apenas para Itanhém com 5.651 e Guaratinga com 4.947. A criação de cavalo em Itamaraju como em grande parte do país está ligada a criação de gado (animas destinados ao trabalho diario na fazenda). Junto aos municípios de Prado e Porto Seguro são os maiores produtores de mamão do tipo “formosa” do país.O município faz parte das famosas “Serras Baixas” descritas na carta de Pero Vaz de Caminha em 1500 na ocasião do descobrimento do Brasil.

Figura 69 - Monte Pescoço, principal ponto turístico da cidade.

Disponível: http://3.bp.blogspot.com/HE84V_Tx07Y/T4__PFAp0pI/AAAAAAAAAuA/4hsmsPnE7m0/s1600/nc+ (99).JPG. Acessado: 18/05/2015.

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A prefeitura possui um painel em sua fachada (Figura 70) contendo ilustrações em relevo de todas as tradições é cultura da cidade como: São João (Festa Junina), criação de gado, cacau, mata atlântica, agropecuária dentre outras.

Figura 70 - Prefeitura municipal.

Disponível: http://itamarajunoticias.com.br Acessado: 18/05/2015.

A cidade possui uma faculdade particular (Figura 71) que ofereçe os cursos de administração, direito, enfermagem e serviço social. De grande importância não só para o municipio mas para cidades vizinhas como Itabela e Prado, por serem cidades bem proximas diversos estudantes vem todos os dias para Itamaraju para assistirem as aulas.

85


Figura 71 - Faculdade Local.

Disponível: http://zipix.com.br/wp-content/uploads/2013/05/facisafoto.jpg. Acessado: 18/05/2015.

Figura 72 - Praça da independência/Igreja São Cosme e Damião.

Disponível: www.zipix.com.br Acessado: 18/05/2015.

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Figura 73 - Praรงa 02 de Julho.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 74 - Praรงa Castelo Branco.

Fonte: Arquivo Pessoal.

87


Figura 75 - Praça Rotary Clube, local destinado à implantação de eventos efêmeros.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Além da agropecuária a cidade possui o comercio bastante forte que apresenta o maior montante na economia local, com diversas lojas de seguimentos variados desde casas de produtos agrícolas, lojas de roupas, supermercados, padarias dentre outros seguimentos. Figura 76 - Comercio local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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Figura 77 - Comercio local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 78 - Comercio local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

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·

Parque de Exposições Manoel Pereira

A cidade que tem grande parte de sua renda per capita em função da agropecuária sofre com o abandono do poder público juntamente com o sindicato de produtores rurais, deixando o único espaço destinado a exposições agropecuárias se deteriorar a cada dia (Figura. 79, 80,81), visto que antigamente a cidade realizava umas das maiores exposições do extremo sul da Bahia. Como o projeto vai ser de caráter privado e o parque pertence ao município, e devido ao porte do Centro Hípico o parque não possui área suficiente para sua implantação, o projeto vai possuir um programa extenso com picadeiro coberto e descoberto, pavilhão de cocheiras, piquetes entre outras instalações. O local não apresenta nenhuma fonte de água natural como rio ou córrego, ponto de suma importância para criação de cavalos. E como o parque deve receber eventos ligados não só ao cavalo foi optado por uma área que será exclusiva para criação de cavalos.

Figura 79 - Acesso principal do parque de exposições.

Fonte: Arquivo Pessoal.

90


Figura 80 - Guarita/Recepção.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 81 - Pavilhão de leilões.

Fonte: Arquivo Pessoal.

91


6.2 – O TERRENO.

O projeto será implantado seguindo alguns critérios: ·

Localizado na área rural.

·

Próximo à área urbana.

O local faz parte da “Fazendas Reunidas Santa Amaro” – Vale do Jucuruçu propriedade as margens do Rio Jucuruçu e cortada pela Rodovia 284 km 07 Itamaraju/Jucuruçu/Ba rodovia sem pavimentação (Figura 85), localizada a 10 km da cidade de Itamaraju. A propriedade possui 2.557 hectares, fazenda destinada à criação de gado de corte. Possui a vista privilegiada do Monte Pescoço (Figura 87).

Figura 82 - Planta de localização da área.

Fonte: Elaborado pelo autor.

92


Figura 83 - Localização do terreno perante a cidade.

Disponível: Google Earth, adaptado pelo autor.

Figura 84 - Vista aérea da área.

Disponível: Google Earth, adaptado pelo autor. 93


Figura 85 - Rodovia 284 km 07/Sem pavimentação.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 86 - Rodovia 284 km 07/Sem pavimentação.

Fonte: Arquivo Pessoal.

94


Figura 87 - Pasto/ Monte Pescoรงo.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 88 - Foto do local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

95


Figura 90 - Foto do local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 89 - Foto do local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

96


Figura 91 - Foto do local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 92 - Foto do local.

Fonte: Arquivo Pessoal.

97


A propriedade detém de todas as qualidades necessárias para implantação de um centro hípico, possui uma topografia plana com pequenas ondulações que permite um melhor condicionamento físico para os animas, possui um solo de boa qualidade e água em abundância e bastante arborização.

7.0 – DIRETRIZES PROJETUAIS.

7.1 – PROGRAMA DE NECESSIDADES.

O programa de necessidades do centro hípico foi elaborado a partir de pesquisas bibliográficas, entrevistas com proprietários de haras e pessoas ligadas ao meio, e visitas a centros hípicos. Seguindo essas diretrizes o centro hípico foi dividido em 5 setores: ·

Setor Social: Arquibancada, sanitários, área de convivência, estacionamento para visitantes, picadeiro coberto e descoberto, pomar e playground.

·

Setor de Serviços: Pavilhão com boxes, lavador, local para ferração, piquetes, estacionamento para carga e descarga e boxes para animais em tratamentos, embarcadouro e equoterapia.

·

Setor Administrativo: Depósitos de ração, feno, cama e arreios, galpão, estrumeira, vestiário, farmácia/enfermaria, edificação para administração e serviços, alojamentos para funcionários e refeitório.

·

Setor privado: Casa sede e campo de futebol.

·

Setor de apoio: Piquetes, pastagens e jardins.

98


O projeto para instalações hípicas é bem extenso devendo haver uma setorização bem definida. O centro vai abrigar cerca de 100 cavalos com área mínima de 3 hectares, vai ser construído 45 boxes, divididos em 6 pavilhões com 6 boxes cada, sendo 3 boxes destinados a animais em tratamento. De acordo com item (4.5 – Cavalariças, Pg. 50 e 51) a respeito da orientação do bloco da cavalariça as formas de U, de quadrado ou de L (Figura 93), são a s formas mais aconselhadas para o número acima de 40 animais.

Figura 93 - Disposição do bloco da cavalariça.

Fonte: TORRES (199, 3º Ed., p, 266), Adaptado pelo autor.

Será abordada uma arquitetura simples, mas que fuja da arquitetura tradicional desse tipo de edificação, criando espaços que sejam funcionais e que garantam o conforto animal acima de tudo. O aproveitamento dos materiais encontrados na região será um ponto chave no projeto, a fim de evitar gastos desnecessários. As vias de circulação serão separadas de acordo com a setorização do centro, com uma via principal tendo ligação a todos os setores, vias de circulação para caminhões de manutenção e as vias de circulação para pedestres e animais separadas das demais circulações. Todas as instalações serão dispostas de boa ventilação e iluminação natural, o centro irá criar animas nos dois sistemas básicos, o sistema extensivo onde o cavalo e criado a campo livre e intensivo onde os animas são estabulados nos boxes ou baias. 99


7.2 – PARTIDO ARQUITETÔNICO DO PROJETO.

O partido arquitetônico do projeto se deu pela valorização do cone visual que a propriedade possui do Monte Pescoço (Figura 94), principal ponto turístico da cidade.

Figura 94 - Monte Pescoço.

Fonte: Arquivo Pessoal.

Levando em consideração a vista para o monte pescoço todos os setores do projeto foram pensados de maneira que privilegiasse esse potencial, que poderá ser apreciado de todos os ângulos do centro hípico. Outro fator determinante para concepção do partido foi plantio de espécies de plantas nativas da mata atlântica com o objetivo de recuperar a mata nativa do local que foi desmatada para criação de pastos, além de diminuir os impactos causados pelas futuras instalações.

100


A escolha dos materiais para elaboração do partido foi de suma importância. Onde foi buscado produtos que fossem de fácil acesso na região como a madeira, tijolo e vidro, sendo os materiais escolhidos para as edificações do projeto, dando assim um aspecto rustico aliado com contemporâneo, mantendo assim as tipologias construtivas da região.

7.3 – DESCRIÇÃO DO PROJETO.

O projeto do centro hípico foi desenvolvido de acordo com os estudos teóricos e técnicos apresentados anteriormente. A partir do programa de necessidades foi realizado um fluxograma com a setorização inicial (Figura 95) seguindo os parâmetros de uso e ocupação do solo estabelecido pelo município. De acordo com levantamento de dados os primeiros traços e croquis da implantação (Figura 97) e volumetria passaram a ser desenvolvidos, foi um processo complicado no início por se tratar de um projeto com um programa bastante extenso, mas à medida que as ideias foram se encaixando o projeto começou a ganhar forma. Figura 95 - Fluxograma inicial.

Fonte: Elaborado pelo autor.

101


Figura 96 - Implantação inicial.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 97 - Implantação geral.

Fonte: Elaborado pelo autor.

102


Com Base no item (7.1 – Programa de necessidades, Pg. 98 e 99). As vias de circulação foi um ponto chave no planejamento do local onde foram separadas de acordo com a setorização do projeto, dividida em 3 tipos de circulação (Figura 98), via principal via de serviços internos e as vias destinadas a pessoas e animais.

Figura 98 - Vias de circulação.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Com o projeto definido, fez-se uma divisão do projeto em 5 setores (Prancha 1/11) seguindo o item (7.1 – Programa de necessidades, Pg. 98 e 99). Esses setores que nortearam a implantação do projeto onde cada setor foi implantado de maneira que não haja conflito entre eles.

103


·

Setor Social: Estacionamento exclusivo para visitantes com 100 vagas, playground, picadeiro coberto (Figura 99) com banheiros e arquibancada para assistir as provas de equitação e local para ficarem os juízes e um espaço de apoio para que os animais fiquem antes de iniciar as provas, além do picadeiro descoberto que possui em anexo um espaço gourmet com área para churrasco e banheiros, e uma vista privilegiada para o monte pescoço. Nesse setor ainda possui o salão de eventos (Figura 102) com estrutura de bar, cozinha, sanitário masculino e feminino, salão e palco para leilões com local para o leiloeiro além de um espaço de apoio para que os animais fiquem antes de começar o leilão.

Figura 99 - Picadeiro coberto.

Fonte: Elaborado pelo autor.

104


Figura 100 - Fachada lateral/Picadeiro coberto.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 101 - Fachada fundos/Picadeiro coberto.

Fonte: Elaborado pelo autor.

105


Figura 102 - Sal達o de eventos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 103 - Fachada lateral/Sal達o de eventos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

106


Figura 104 - Fachada fundos/Salão de eventos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

·

Setor de Serviços: Pavilhão de cocheiras (Figura 107) localizado num local afastado das demais instalações, ficando num nível mais alto que o entorno, cerca de 20 cm, possui toda estrutura adequada para garantir uma boa funcionalidade do espaço, equilíbrio e a saúde animal, as paredes dos boxes possuem divisórias em aço corten para que haja um contado maior entre os animais as paredes externas possuem 1,60 m permitindo assim que o animal tenha um grande plano de visão, para orientação das cocheiras foi escolhido as formas I e L (Figura 106), perto das cocheiras deve possuir um espaço para armazenagem de ração e feno para facilitar o reabastecimento dos boxes diariamente, anexo aos depósitos possui um local para ferração dos animais. O setor também abrange estacionamento para carga e descarga, boxes para animais em tratamento, redondel sendo dois cobertos e 1 descoberto, além do embarcadouro para os cavalos com estacionamento para os

107


caminhões e trailer e equotetapia serviço de apoio aos portadores de necessidades especiais da cidade.

Figura 106 - Disposição das cocheiras.

Fonte: TORRES (199, 3º Ed., p, 266), Adaptado pelo autor.

Figura 105 - Croqui cocheira.

Fonte: Elaborado pelo autor.

108


Figura 107 - Pavilh達o de cocheiras.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 108 - Pavilh達o de cocheiras.

Fonte: Elaborado pelo autor.

109


Figura 109 - Vista frontal das cocheiras.

Fonte: Elaborado pelo autor.

·

Setor Administrativo: Possui uma administração com recepção, sanitário masculino e feminino para visitantes e funcionários, almoxarifado, sala para o gerente e dono do centro, sala de reunião e anexo a administração possui uma enfermaria para atender os funcionários e visitantes do local. Perto do picadeiro coberto possui o vestiário masculino e feminino para os visitantes que vão participar de alguma prova de equitação com sanitários e chuveiros, local para os armários e uma sala de espera. Outros espaços que compõe esse setor são os depósitos de ração, feno, arreios, materiais para cama, galpão e estrumeira, perto da entrada principal possui uma guarita (Figura 113) com uma casa para o porteiro com 2 quartos. Outro espaço desse setor e a vila dos trabalhadores (Figura 111) que possui uma praça central e 5 casas sendo 3 delas com uma suíte e um 1 quarto, banheiro social, sala de estar e jantar, varanda, despensa, área de serviço, horta e garagem. Possui um dormitório para funcionários passageiros com 6 quartos, 3 banheiros, sala de estar e jantar, varanda, área de serviço e garagem. Na vila também se localiza a casa do gerente (Figura 112) que possui 3 quartos sendo uma suíte e 2 quartos, banheiro social, cozinha americana, sala de 110


estar e jantar, varanda, área de serviço, horta e garagem. A vila ainda possui um refeitório com espaço de festa para os funcionários, banheiro masculino e feminino e cozinha. Figura 110 - Galpão/Depósitos.

Fonte: Elaborado pelo autor. Figura 111 - Vila dos trabalhadores.

Fonte: Elaborado pelo autor.

111


Figura 112 - Casa do gerente.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 113 - Entrada/Guarita.

Fonte: Elaborado pelo autor.

112


·

Setor Privado: Nesse setor vai compor a Casa sede e o campo de futebol (Figura 116). A casa sede (Figura 118) localizada próxima à entrada possui no térreo uma sala de jantar/estar com um jardim interno entre elas, dividindo os dois espaços, cozinha americana, varanda fazendo o contorno em toda edificação, banheiro masculino e feminino, dois depósitos, área de serviço, espaço gourmet com mesa de sinuca e churrasqueira, no lado externo da casa possui uma piscina com sauna, academia e garagem. No 1º pavimento possui 4 quartos com suíte, sendo 3 com closet, os quarto virados para o leste possuem a vista de todo o centro hípico, além de varandas privadas, os quartos virados para sul não possuem varanda privada, mas contém vasos de plantas que acabam por criar uma barreira entre os quartos, possui hall de entrada, espaço de convivência com 2 banheiros masculino e feminino com varanda e uma escada para o 3º pavimento. No 3º pavimento possui o observatório com jardim suspenso, local mais alto de todo o centro onde possui uma vista privilegiada de todo o centro hípico e o monte pescoço, nesse pavimento ainda possui uma área técnica com os reservatórios de água. Para o projeto dessa casa foi escolhido uma estrutura em madeira, com alvenaria de tijolo e esquadrias de vidro dando um ar de rustico e contemporâneo para o projeto quebrando um pouco das tipologias tradicionais das casas de campo, como pode ser observado nas plantas baixas em especial no térreo (Prancha 3/11) que possui uma planta livre.

Figura 114 - Croqui casa sede.

Fonte: Elaborado pelo autor.

113


Figura 115 - Implantação casa sede.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 116 - Implantação campo de futebol.

Fonte: Elaborado pelo autor.

114


Figura 117 - Casa sede.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 118 - Fachada leste casa sede.

Fonte: Elaborado pelo autor.

115


Figura 119 - Fachada sul casa sede.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 120 - Fachada norte casa sede.

Fonte: Elaborado pelo autor.

116


Figura 121 - Interiores espaço gourmet.

Fonte: Elaborado pelo autor.

·

Setor de Apoio: Destinado aos piquetes, pastagens e jardins (Figura 122). Os piquetes e pastagens de acordo com o item (4.4.7. – Piquetes, Pg. 47 e 48). São espaços para criação de cavalos no sistema extensivo (Campo aberto), são espaços de suma importância, pois são neles que os animas costumam se alimentar e viver, local de apoio às cocheiras. Os jardins (Figura 123) vão compor todos os espaços internos do centro com pomar com espécies frutíferas (Figura 125) e espaços com plantas nativas da mata atlântica de acordo com item (7.2 – Partido arquitetônico do projeto, Pg. 100 e 101), com intuindo de resgatar a mata nativa do local e embelezar o espaço, por todos os jardins vai haver iluminação artificial com postes, balizadores e arandelas (Figura 126) com aspecto colonial entrando em harmonia com o projeto, também vai haver ao longo dos espaços mobiliários de eucalipto tratado, lixeiras e bicicletário (Figura 127).

117


Figura 122 - Vista aĂŠrea do centro hĂ­pico.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 123 - Via principal e jardins.

Fonte: Elaborado pelo autor.

118


Figura 124 - Via principal, piquetes e jardins.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 125 - Quadro de espĂŠcies.

Fonte: Elaborado pelo autor.

119


Figura 126 - Quadro de iluminação.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 127 - Quadro de mobiliário.

Fonte: Elaborado pelo autor.

120


Figura 128 - Quadro de áreas e setorização.

Fonte: Elaborado pelo autor.

121


8.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.

O presente trabalho foi realizado com objetivo de alcançar uma proposta de projeto sobre o Centro Hípico, buscou-se características do cavalo através de pesquisas bibliografias sobre a história, manejo, sua influência no agronegócio brasileiro e instalações necessárias para garantir o conforto do animal e dos usuários tanto dos funcionários quanto de clientes, garantindo a funcionalidade do espaço. Foi constatado que a cultura envolvendo o cavalo só tem a crescer a cada ano, onde muitas cidades realizam eventos como: exposições, rodeios e cavalgadas com intuito de reunir pessoas que estão envolvidas no meio e outros que tenham interesse no assunto, trazendo integração de um público diversificado. Com base nos estudos teóricos e técnicos o projeto arquitetônico foi desenvolvido, a proposta apresenta uma setorização bem definida com 5 setores (setor social, setor administrativo, setor de serviços, setor privado e setor de apoio). O projeto do centro hípico apresenta um programa e dimensões bastante extensas por isso foram escolhidos alguns projetos para se fazer o detalhamento.

122


9.0 – BIBLIOGRAFIA.

ADAB. Agencia Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia. Disponível:<. http://www.adab.ba.gov.br/>. Acesso em 18 maio 2015. ARCOWEB – Disponível em:<. http://arcoweb.com.br/>. Acesso em: 13 maio 2015. CINTRA, AG de C. O cavalo: características, manejo e alimentação. São Paulo: Roca, 2011. CORTI, FÉLIX. Cavalos saiba como comprar e tratar. Guaíba, 1998.

DRACENA. Sugestão de Instalações de Centro para Equoterapia. São Paulo, Simpósio de Ciências e Zootecnia, UNESP. 2009.

Escritório de Arquitetura Blackburn – Disponível em:<. http://blackburnarch.com>. Acesso em: 13 maio 2015. EDWARDS, Elwyn Hartley et al. Cavalos. Rio de Janeiro, Ediouro, 1994. Haras e Centro Hípico Polana

- Disponível em:<. http://www.polana.com.br/>.

Acesso em: 21 abril 2015. IBGE.

Instituto

Brasileiro

de

Geografia

e

Estatística.

Disponível:<.

http://www.cidades.ibge.gov.br>. Acesso em 18 maio 2015. JORDÃO, C. RIBEIRO. Projeto de um centro de treinamento hípico. Franca, Universidade de Franca, SP, 2012.

LIMA, RAS; SHIROTA, R.; BARROS, GSC. Estudo do complexo do agronegócio cavalo no Brasil. CEPEA–Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Piracicaba: ESALQ/USP, 2006.

Mauro Munhoz Arquitetura – Disponível em:<. http://blackburnarch.com>. Acesso em: 21 abril 2015. 123


NEUFERT, ERNST. A Arte de Projetar em Arquitetura: princípios, normas e prescrições de necessidades, dimensões de edifícios, locais e utensílios; tradução da 21 ed. Alemã. Ed. São Paulo, Gustavo Gili do Brasil, 1976.

REZENDE, FRAZÃO. Equitação: Conceção de Instalações. Instituto Português do Desporto e Juventude, l. P. 2012.

TORRES, A. Di P.; JARDIM, W. R. Criação do cavalo e outros equinos. Nobel, 1992.

UNIVERSIDADE DO CAVALO Disponível em: <http://www.universidadedocavalo.com.br/ctc.php.> Acesso em: 13 maio 2015.

124


PROJETO ARQUITETÔNICO: CENTRO HÍPICO PARA CRIAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE CAVALOS

10.0 – APÊNDICE.

PRANCHAS PROJETUAIS 125


L NA CA

L NA CA

PIQUETE

PIQUETE PIQUETE

PIQUETE TORRE RESERVATÓRIO

TORRE RESERVATÓRIO

PIQUETE

PAVILHÃO DE COCHEIRAS

DEPÓSITOS E SERVIÇOS

POMAR + PLAYGROUND

PIQUETE

VISITANTES

COCHEIRAS COCHEIRAS

SALÃO DE EVENTOS

ESTACIONAMENTO

COCHEIRAS

SETOR PRIVADO

PIQUETE

SETOR DE APOIO

ADM/ENFERMARIA

CASA SEDE

SETOR ADMINISTRATIVO

EMBARCADOURO

PIQUETE

COCHEIRAS

DEPÓSITO/ GALPÃO

CURRAL

ESPAÇO GOURMET

DEPÓSITOS

PIQUETE

SETOR DE SERVIÇOS O IR O DE A RT C BE PI O SC DE

ATEN.VETÉ

V

RES HADO ABAL R T S O ILA D

REFEITÓRIO

SETOR SOCIAL

PIQUETE

REDONDEL

ESTRUMEIRA

PIQUETE

QUADRO DE ÁREAS E SETORIZAÇÃO SETOR

PIQUETE

FUNÇÃO ÁREA DO TERRENO

EMBARCADOURO VISITANTES

SETOR SOCIAL

ESTRUTURA PARA RECEBER OS VISITANTES PARA COMPETIÇÕES, LEILÕES E DEMAIS EVENTOS.

8.434,36 m²

SETOR DE SERVIÇO

SERVIÇOS INTERNOS DESTINADOS AO CAVALO E CAVALEIRO.

9.678,04 m²

SETOR ADMINISTRATIVO

ADMINISTRAÇÃO DO HARAS, ENFERMARIA, DEPÓSITOS,VESTIÁRIO,ALOJAMENTOS , ESTRUMEIRA E GUARITA.

2.178,64 m²

POMAR + PLAYGROUND

VESTIÁRIO

SETOR PRIVADO

CASA SEDE E CAMPO DE FUTEBOL.

3.077,83 m²

SETOR DE APOIO

PIQUETES, PASTAGENS E JARDINS.

7.982,73 m²

PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA

23.368,87 m²

TOTAL

31.352,00 m²

PIQUETE

TCC

CASA PORTEIRO

$ GUARITA

2015

ENTRADA

ENTRADA RODOVIA 284 km 07/ SEM PAVIMETAÇÃO

JUCURUÇÚ

ITAMARAJU

RODOVIA 284 km 07/ SEM PAVIMETAÇÃO

ITAMARAJU

#$

1

2 ESCALA - 1 : 2000

31.352,00 m²

PICADEIRO COBERTO

PIQUETE

JUCURUÇÚ

ÁREA

ESCALA - 1 : 2000

%

!"

1/11 $

$

$

$$


TABELA DE PISOS DESCRIÇÃO

REFERÊNCIA

L NA CA

PISO EXTERNO EM PEDRA GOIANA SEM ACABAMENTO

PIQUETE PIQUETE TORRE RESERVATÓRIO

PIQUETE

PISO EXTERNO EM PEDRA FOLHETA PISO INTERTRAVADO

PISO EXTERNO INTERTRAVADO

3

PISO EM PEDRA FOLHETA

PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

PISO EM PEDRA GOIANA

POMAR + PLAYGROUND

4 PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

PIQUETE

&

TCC 2015

ENTRADA JUCURUÇÚ

RODOVIA 284 km 07/ SEM PAVIMETAÇÃO

ITAMARAJU

2 1

ESCALA - 1 : 2000

$

! ! "#

%

2/11


B

2870 1140

275 1165

JARDIM

3145

990 990 500

15

460

15 135 15

990

835

15 135 15

460

15

185 15

1940

411 410

15

C C

370

15

440

585

J1 J2 J4 J3

335

P4

Tipo JANELA COM JANELA COM JANELA COM JANELA COM

ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER -

2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS

L

H

60 150 300 300

60 60 100 60

Q 3 6 2 7

115 15

2020

280

3,45

460 15

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

Tipo PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR. PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER. PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER... PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER.. PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER,

L

H

70 80 220 280 400 700 800

210 210 220 220 220 220 220

Q 5 11 1 2 3 1 1

600

15

P2

1055

Comentários

500

115

P5

15

3,45

PROJEÇÃO COBERTURA

J3

PROJEÇÃO COBERTURA

1110 15 197

Comentários

C

QUADRO DE ESQUADRIAS - PORTAS

15 185 15

15

390

!

TCC

" (

615

ESCALA - 1 : 2000

645

4

586 585 1206 1205

15

15

15

J4

PISO INTERTRAVADO

15 600

0,15 0,15

586 406

300

P2 15 200 15 816 815

J1 115

15

1119,5 15 135 15

571 570

435

615

15

QUADRO DE ESQUADRIAS - JANELAS

275

P2

0,15

565 564

3015

950

J2

15

545 15

15

VARANDA 0,15

0,10

ESCALA - 1 : 200

500

460

0,10

PISCINA

15 185

600 420

420 15

15 150 15

500

P1

15

3265

708

3

3,45

DESCE

J1 J1 J2

0,15

J4 15

J2 P1 P1

SOBE

400

185

P6

P2

15 200 15 150 15 150 15 200 15

15

A

P2 460

3,45

P5

280

J3

280

15

1135 600

305 290

1108

300

P1

P1

P2

0,15

300

J3

995

735

15 15 135 15

515

165

100

P2

J3

15 185 15

J3

715

600

15

A

Caixa D'Água

6,75

365

15 J2 235

365

115

J2

0,15

3,45 P7

P5

Caixa D'Água

PROJEÇÃO COBERTURA

365 15

115

15120

A

P4

J3

QUADRO DE ÁREAS

3,45

15 200 15

1867

TÉRREO:

715,18 m²

1ºPAVIMENTO:

598,76 m²

2ºPAVIMENTO:

363,89 m²

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA:

1677,83 m²

2015

1880

1

ESCALA - 1 : 200

B

&

2

ESCALA - 1 : 200

!

3/11

'

B

350

115

P2 350

115

15

J3

15

745

365 PROJEÇÃO COBERTURA

15

15

115

700

P3

15

P2

402

P2

15

A

DESCE

15

300

J2

15

235

402

JARDIM

515

15

SOBE

460

185

15

P2

1200

A

15

365

500

250

15

C

500

3 2º PAV.

0,15

A

15

365

365

15

1165

15 135 15

246 245

150

835 15 215 216 15 246 245

15 135 15

15 215 216 15

B

1165

# # $%

!


B 1305

70

185

PROJEÇÃO 1º PAV.

920

70

1165

1060

885

70

PROJE.RUFO

630

PROJE. CAIXA D' ÁGUA

PROJE.RUFO

A

70 70

0,15

2

70

TELHADO COLONIAL i =30%

i =30% TELHADO COLONIAL

PROJE. CAIXA D' ÁGUA

TELHADO COLONIAL i =30%

i =30% TELHADO COLONIAL

185 885

RUFO

330

ÁREA DE SERVIÇO

COZINHA

275

55

SALA DE JANTAR

SALA DE ESTAR

275

330

1285

SUÍTE

920

30

70

BANH.

ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA

55

3,45

1060 70

PROJEÇÃO 1º PAV.

A

TRELIÇA

660

BANH.

1235

30

330

300

275

330

SUÍTE

275

FORRO

FORRO

660

625

Caixa D'Água

6,75

55

OBSERVATÓRIO

55

1285

Caixa D'Água

70

CUMEEIRA

RIPA CAIBRO TERÇA

350

300

350

625

TELHADO COLONIAL i = 30%

630

LAMBRISE DE MADEIRA

RUFO

RUFO TELHADO COLONIAL i = 30%

70

920

TELHADO COLONIAL i = 30%

DETALHE 01

LAMBRISE DE MADEIRA

1061 1060

70

920

1165

70

1060

ESCALA - 1 : 20

RUFO

140

2020

1950 CALHA

PROJEÇÃO 1º PAV.

625

70

395

-1,15

BANH.

70 15

B

CLOSET

931 930 1071 1070

330

300

SUÍTE

70

1285

30

30 150

55 150

VARANDA

275

ESPAÇO GOURMET 0,15

SALA DE ESTAR

330

55

275

CLOSET 3,45

55

GARAGEM PISCINA

SUÍTE

275

VARANDA

330

WC

330

0,15

330

330

ESPAÇO GOURMET

Caixa D'Água

FORRO 330

VARANDA

330

WC

660

3,45 55

660

SUÍTE

275

330

FORRO

690

1285

55

1285

360

350

350

LAMBRISE DE MADEIRA

CIRC.

PROJE. CAIXA D' ÁGUA

TELHADO COLONIAL i = 30%

625

625

RUFO

PROJE. CAIXA D' ÁGUA

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

300

TELHADO COLONIAL i = 30%

ESCALA - 1 : 200

2020

1

2090

ESCALA - 1 : 200

300

3

C TELHADO COLONIAL i =30%

C

TCC

0,15

#$

% #$

!

2015 5

ESCALA - 1 : 200

4

!

"

4/11

ESCALA - 1 : 200 !

!

!

!!


TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

LAMBRISE DE MADEIRA LAMBRISE DE MADEIRA

LAMBRISE DE MADEIRA

LAMBRISE DE MADEIRA

5 1

2 ESCALA - 1 : 200

ESCALA - 1 : 200

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30% TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

6

"#

$ "#

TCC 2015

!

3

ESCALA - 1 : 200

4

ESCALA - 1 : 200

5/11


A

A

TELHADO COLONIAL i = 30% 1325

70 700

705

70

10 TELHADO COLONIAL i = 30%

70 350

ESCALA - 1 : 2000

1185

1045

9

70

300

15

B

TÉRREO:

202,61 m²

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA:

202,61 m²

PROJEÇÃO TÉRREO

PROJEÇÃO DA COBERTURA 515

ESCALA - 1 : 200

QUADRO DE ÁREAS

0,15

15

5

TELHADO COLONIAL i =30%

450

J5

70

TELHADO COLONIAL i =30%

15 150

P2

15

0,00

635

TELHADO COLONIAL i =30%

PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA

i =30% TELHADO COLONIAL

CUMEEIRA

0,15 J5

415 345

i =30%

15

1750

1750

330

15

B

B

0,15

365 350

500

i =30% TELHADO COLONIAL

1890

MEIO -FIO

15 150 15

J1 J3 P2

90

70

PROJEÇÃO TÉRREO

15

15 375

J4 P1 P2

90

P2

J2

410

400

260

J4

P2

P2

100

P1

J4

260

15 375

15

J1

15 300 15 200 15

1750

B

350

15

15 150 15

350

350

70

415

690

910 15

1050 910

70

15

910

400

70

15

1325

70

1465

415 1325

QUADRO DE ESQUADRIAS - JANELAS

A

Comentários

A

J1 J2 J3 J4 J5

6 2 1

ESCALA - 1 : 200

TIPO JANELA COM JANELA COM JANELA COM JANELA COM JANELA COM

ESCALA - 1 : 200 Comentários P1 P2

TELHADO COLONIAL i = 30%

200

! (

30

235

COZINHA

ÁREA DE SERVIÇO

'

3

ESCALA - 1 : 200

4

ESCALA - 1 : 200

60 100 100 100 100

2 1 1 3 2

Tipo

L

H

PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR. PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR

60 80

210 210

Q 2 6

TCC 2015

315

FORRO DESPENSA 0,15

250

30

100 100 50

515

250

VARANDA 0,15

315

30 0,15

250

220

CIRC.

SALA ESTAR/JANTAR

60 120 150 220 300

Q

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

220

235 515

170 6050

BANH.

FORRO

2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS

H

QUADRO DE ESQUADRIAS - PORTAS

ESCALA - 1 : 200

CAIXA D'ÁGUA

ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER -

L

7

8 ESCALA - 1 : 200

ESCALA - 1 : 200 "#$""$#%"&

6/11


B J1

295

HALL 0,15

625

3

15 150 15

1930

15

500

330

550

10

300

10

300

10

300

10

300

15

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA:

971,23 m²

J1 J2 J3 J4

B

ESCALA - 1 : 200 TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

TERÇA

JANELA COM JANELA COM JANELA COM JANELA COM

Comentários

60 100 150 300

60 60 60 60

Q 12 2 1 2

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

Tipo

L

H

PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR, PORTA DE MADEIRA, TIPO ABRIR. PORTA DE MADEIRA,TIPO ABRIR PORTA DE MADEIRA (2 FOLHAS), TIPO ABRIR PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER. PORTA DE VIDRO TEMPERADO E MADEIRA COM ESQUADRIA (4 FOLHAS), TIPO CORRER

60 60 80 80 300 400 800

200 210 200 210 220 300 420

RUFO &

505

475

420

ÁREA DE APOIO 0,15

2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS 2 FOLHAS

H

Q 6 1 2 9 3 2 1

TCC 2015

55

100

PALCO 0,70

ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER ESQUADRIA DE CORRER -

L

QUADRO DE ESQUADRIAS - PORTAS

255

255 120 100

JANELA 970

30 165

465

300

300 30 165

SALÃO DE FESTAS 0,15

DESCRIÇÃO

TELHADO COLONIAL i = 30%

465 475

970

10 15

15

TRELIÇA

505

971,23 m²

Comentários

1805

TELHADO COLONIAL i = 30%

970

TÉRREO:

QUADRO DE ESQUADRIAS - JANELAS

RIPA CAIBRO

$

ESCALA - 1 : 200

465

QUADRO DE ÁREAS

370

130 15

273

P2 260

PROJEÇÃO DA COBERTURA

1

2

300 30 165

ESCALA - 1 : 200

5085

0,15

ESCALA - 1 : 2000

10

A

385

P5

10

3280

SALÃO DE FESTAS

475

180 BANH.MASC.

10

340

370 P6

P4

0,70 P6

J1 J1 J1 J1 J1

15

385

P5

10 300 10 300

15 P4 150 5

195 370 175

J2

15

P1 P1 P1

300

500

15

15

BANH. FEM.

CAIXA D'ÁGUA

5

10

0,15

CAIXA D'ÁGUA

0,15

10

P7

692

RUFO

295

10

10 P4

0,70

P3

RUFO

102 130 128 100

RAMPA i =12.5 %

1495

PROJEÇÃO DA COBERTURA

1110

1910

A

15

375

300

365

10

300

15

300

180

P4

0,15

P4

P4

10

505

P4 P4

300

J4

J4

P4

10

1910

J2

295

970

J3

565

605

15

185

500

420

15

DETALHE 02

300

700

465

15

30 165

655

15

15

370

275

PROJEÇÃO DA COBERTURA

195

370

15

J1 J1 J1 J1 J1 P1 P1 P1

P3

255

SOBE

175

15

J1

15 150 15

15

625

P5

15

LAMBRISE DE MADEIRA

1805

475

3280

TELHADO COLONIAL i = 30%

505

TELHADO COLONIAL i = 30%

5085

4

ESCALA - 1 : 20

! ! "#

%

7/11


B

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

5225 70

380

380

70

5085

70

70

PROJEÇÃO SALÃO DE EVENTOS

30

PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA

PROJEÇÃO DA COBERTURA

PROJEÇÃO RUFO

2050

1290

1910

1910

1290

i =30% TELHADO COLONIAL

3 A

ESCALA - 1 : 200

TELHADO COLONIAL i =30% TELHADO COLONIAL i = 30%

PROJEÇÃO DA COBERTURA

PROJEÇÃO RUFO

TELHADO COLONIAL i = 30% LAMBRISE DE MADEIRA

30

LAMBRISE DE MADEIRA

PROJEÇÃO CAIXA D'ÁGUA

70

70

380

PROJEÇÃO SALÃO DE EVENTOS

380

70

5085

70

5225

B

A

2050

CUMEEIRA

1

TELHADO COLONIAL i = 30%

ESCALA - 1 : 200

4 TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

ESCALA - 1 : 200 TELHADO COLONIAL i = 30%

LAMBRISE DE MADEIRA

TELHADO COLONIAL i = 30%

6

LAMBRISE DE MADEIRA

$

% $

TCC 2015

#

2

ESCALA - 1 : 200

5

ESCALA - 1 : 200

8/11 !"


B

VISTA/EXTERNA

2805 450

15

240

15

450

15

160

A

VISTA/INTERNA

450

CIMENTO QUEIMADO PRETO

40

450

0,35

0,35

160

0,35

0,35

0,35

COCHO DE ÁGUA

0,35

80

5

15

80

15 15

6

480

A

50 49

450

40

15

COCHO DE RAÇÃO

480

40

450

80

49 50 40

15

80

TIJOLO 160

450

15

15

80

TIJOLO

ARANDELA

450

15

15

450

15

450

15

450

15

ESCALA - 1 : 100

450

15

450

15

450

15

2805

ESCALA - 1 : 100 0,35

240

B

VISTA BOXE

TIJOLO

1 160

TINTA ACRÍLICA LARANJA

ESCALA -1 : 125 QUADRO DE ÁREAS

4

COCHEIRAS 01:

134,64 m²

COCHEIRAS 02:

134,64 m²

COCHEIRAS 03:

134,64 m²

DEPÓSITOS E SERVIÇOS:

272,92 m²

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA:

676,82 m²

COCHEIRAS O1

ESCALA - 1 : 100

TELHADO COLONIAL

TELHADO COLONIAL

TELHADO COLONIAL

COCHEIRAS O2

i = 30%

i = 30%

i = 30%

COCHEIRAS O3

740

60 80 60 400

240

&

260

130 30

80 180 140

80 180

240 130 30

160 0,35

140

80 180

30

130

260

GRADIL AÇO CORTEN

140

240

80 60 400

400

320 130 30

0,35

740

80 ARADELA GRADIL AÇO CORTEN

240

80 180

0,35

140

160

320

400

80

740

740

60

195

195

145

TELHADO COLONIAL i = 30%

145

DEPÓSITOS E SERVIÇOS

2015

0,35

0,25

$

3

2 ESCALA -1 : 125

TCC

ESCALA -1 : 125

! "!!" !#

%

9/11


RINCÃO

PROJEÇÃO COBERTURA

86 120 108

TELHADO COLONIAL i =30%

CUME

COBE RT

URA

EIRA

TELH ADO CO i =30 LONIAL %

70 166 400

3080

5

3450

CUMEEIRA

3855

ESCALA - 1 : 200

TELHADO COLONIAL i =30% PROJEÇÃO DEPÓSITOS

PROJEÇÃO COBERTURA

ESCALA - 1 : 200

TELHADO COLONIAL i =30%

ESCALA - 1 : 200

i =30% TELHADO COLONIAL

ESCALA - 1 : 200

7 i =30% TELHADO COLONIAL

1170

8 3597

CUMEEIRA

SEÇÃO 03 SEÇÃO 01

ESCALA - 1 : 500

SEÇÃO 05

%

&

ESCALA - 1 : 200 400 470

1170

9

70

166 252 1170

86 120 108

%

TCC 2015

200

6

TELHADO COLONIAL i =30%

1

TELHADO COLONIAL i =30%

5940 5941

6872

SEÇÃO 04

PROJEÇÃO DEPÓSITOS

SEÇÃO 02

PROJEÇÃO COBERTURA

2380

2950

i =30% TELHADO COLONIAL

470

200

4

i =30% TELHADO COLONIAL

252

1170

A RTUR IAL COBE O Ã OLON EÇ DO C A PROJ H L TE i =30%

3

2

PROJ EÇÃO

COCH EIRA

200

448

A

i =30 ADO % COLO NIAL TELH ADO CO i =30% LONIAL TELH

CUMEEIRA

PROJ EÇÃO

RINCÃO

220

TELHADO COLONIAL i =30%

EEIR CUM

i =30 ADO % COLO NIAL

i =30% TELHADO COLONIAL

i =30% LONIAL CO ADO H L TE

i =30% LONIAL CO ADO H L TE NIAL COLO ADO H L E T i =30%

RINC ÃO

PROJEÇÃO COCHEIRAS

TELH

S EIRA COCH ÇÃO E J O PR

200

i =30% TELHADO COLONIAL

220

448

#

$

!"

10/11


TELHADO COLONIAL i = 30%

1

TELHADO COLONIAL i = 30%

ESCALA - 1 : 200

TELHADO COLONIAL i = 30%

2

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

ESCALA - 1 : 200 TELHADO COLONIAL i = 30%

3

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

TELHADO COLONIAL i = 30%

ESCALA - 1 : 200

#$

% #$

TCC

"

2015 !"

11/11 "

"

"

""


UVV

2015


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