Revista Digital Olho Latino - nº22

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Revista Digital Olho Latino nº 22 Da Bienal de São Paulo à Cidade Sagrada de Caral

Revista Digital Olho Latino nº 22 - dezembro de 2010 ISSN 1980-4229 Edições Anteriores: www.olholatino.com.br/revistadigital Editor: Paulo de Tarso Cheida Sans Jornalista responsável: Luciene Sans Conselho Editorial: Alex Roch Celina Carvalho Euclides Sandoval Luciene Sans Tiago Carvalho Sans Arte e diagramação: Luciene Sans Obra da capa de dezembro de 2010: Ai Weiwei - Círculo de Animais. Os artigos e reportagens assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de responsabilidade exclusiva de seus autores. Não pode ser reproduzida sem autorização do editor. Revista Digital Olho Latino é uma publicação do Museu de Arte Contemporânea Olho Latino. Alameda Prof. Lucas Nogueira Garcêz, 511 Parque das Águas - Estância de Atibaia, SP. CEP: 12941-650 www.olholatino.com.br Contato: museu@olholatino.com.br

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Nesta edição digital, a Revista Olho Latino enfoca a 29ª Bienal de São Paulo que está aberta em seus últimos dias no Pavilhão Bienal no Ibirapuera. O artigo faz um balanço sinóptico da mostra que contou até o momento com mais de 500 mil visitantes. É um evento grandioso que volta a ter espaço de esperança para reconquistar o patamar que alcançou em seu auge em estar entre as três principais mostras do gênero no mundo. Merece atenção a mostra “Espaços Liberados” que reúne gravuras de alunos e professores da Especialidade de Gravura da Faculdade de Arte da Pontifícia Universidade Católica do Peru. A exposição está na Galeria de Arte da Faculdade de Artes Visuais da PUC-Campinas. É uma mostra representativa sobre a potencialidade da arte da gravura peruana, vinculada à PUCP, instituição esta que tem tradição e reconhecimento internacional no ensino da arte. Seus professores têm conquistado diversos prêmios em bienais e salões internacionais. Seus ex-alunos têm profícua carreira artística e isso registra a sua importância. A versão da mostra peruana contou com a organização de Zoila Reyes em conjunto com docentes da PUC Peru. O ensaio fotográfico está a cargo de Celina Carvalho, que em sua visita ao Peru, brinda-nos com imagens da Cidade Sagrada de Caral, a civilização mais antiga do continente americano, datada aproximadamente de 5 mil anos. Descoberta em 1905, seu estudos intensificaram-se recentemente. Suas ruínas estão sendo pesquisadas e estudadas por antropólogos. Vale apreciarmos a beleza do local com sua inesquecível paisagem no foco da artista. Desejamos uma boa leitura e um Feliz Ano Novo com muita Paz, Saúde e Arte para todos os leitores. Muito obrigado pelo apoio no decorrer de 2010. Paulo Cheida Sans

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APRESENTAÇÃO

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A fantasia reveladora nas gravuras de Marlene Crespo Paulo Cheida Sans

CAPA

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A navegação possível da 29ª Bienal de São Paulo Paulo Cheida Sans

EXPOSIÇÃO

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Gravuras da PUC Peru na PUC Campinas Luciene Sans

FOTO

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A Cidade Sagrada de Caral

Celina Carvalho Olho Latino nº22

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APRESENTAÇÃO

A fantasia reveladora

nas gravuras de Marlene Crespo

divulgação

Paulo Cheida Sans

Marlene Crespo.

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arlene Crespo é natural de Campos, RJ. Licenciou-se em Letras neolatinas pela Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de janeiro. Estudou desenho com Alice Soares e Cristina Balbão, em Porto Alegre (1964-68), e gravura com Romildo Paiva em São Paulo (1982/ 95), cidade na qual reside. A artista se mantém fiel ao modo de se expressar artisticamente desde a década de 1960. As suas criações merecem atenção especial pela característica intuitiva e expressiva da artista e sua figuração é de um simbolismo puro e ingênuo, fazendo 4

da simplicidade uma qualidade significativa em suas obras. O universo criativo da artista enfoca, principalmente, duas vertentes nítidas. Uma é a predileção em representar animais diversos e seres despojados. Outra é o enfoque do feminino que transparece nas linhas, sulcagens e na representação da “mulher”. A sua predileção por temas singelos e a objetividade em representá-los faz a artista ser uma das principais expoentes da gravura brasileira. Arte esta que não segue rótulos e tendências importadas. É a simplicidade de observação e representação que faz a sua obra ser extremamente representativa da visão do povo brasileiro. Realizou cursos com importantes artistas, participou de inúmeras mostras, conquistando um currículo repleto de êxitos, contudo, o seu modo autodidata parece não ter sofrido influências que a desviassem para uma produção artística que não Olho Latino nº22


Marlene Crespo - Orixá - xilogravura.

registrasse o seu estilo de interpretação. Marlene extrai o essencial do foco temático, expressando poeticamente a inocência e a ingenuidade. Aborda o tema, trazendo à luz a aparência singela e o aspecto do “bem”, emanados pelos traços e contrastes de claro e escuro em suas gravuras, expressando suavidade e harmonia entre as formas. Na apresentação da coletiva Arte Hoje, realizada em Porto Alegre, o crítico Carlos Scarinci observa que o grafismo da artista é delicadamente feminino ao abordar as

transformações – “gênese e destruição – de seres captados por uma visão quase infantil. Isso dá a seus trabalhos um hálito poético, irreal, que parece apontar o caminho de uma arte cheia de fantasia, reveladora de extratos profundos da realidade”. Marlene Crespo é uma das principais representantes da gravura brasileira por ter uma criação autêntica e mítica que apresenta fantasias com substrato poético dignificando as possibilidades do ato de gravar. * * *

Exposição: “Meu Caminho” de Marlene Crespo. Período da mostra: 15 de outubro a 16 de dezembro de 2010. Visitação: de segunda a sexta, das 09h às 22h. Local: Espaço Cultural da Biblioteca Nadir Kfouri - PUC SP. Endereço: Rua Monte Alegre, 984 - São Paulo, SP. Olho Latino nº22

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CAPA

A navegação possível da 29ª Bienal de São Paulo

Paulo Cheida Sans

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permanência e outros contra, enfim, este mês de dezembro, no o assunto foi mencionado pela mídia próximo dia 12, chega ao fim a 29ª Bienal Internacional de São e foi um dos poucos destaques da Paulo, cujo tema, inspirado no verso Bienal, caracterizada como retorno aos grandes eventos peculiares à do poeta Jorge de Lima, é “há Fundação Bienal de São Paulo. sempre um copo no mar para o Por trás do grande evento foi homem navegar”. A mostra reúne desenvolvido um um total de 850 obras projeto que visou dar de 161 expositores A 29ª Bienal faz fim às crises representantes de 35 surgir a esperança de uma nova fase para que financeiras, voltar às países. as próximas bienais origens, visando A polêmica das aves voltem a ser um dos alcançar maior marcou o evento que principais eventos do prestígio perante a certamente será gênero do mundo. sociedade, vista que a lembrado como a 28ª Bienal de São Bienal dos Urubus. As Paulo, realizada em 2008, apelidada três aves faziam parte da instalação de a Bienal do Vazio, tinha alcançado Bandeira Branca, de Nuno Ramos, o menor nível possível de uma até dia 08 de outubro, pois foram retiradas da Bienal por determinação estrutura endividada e de uma idéia curatorial evasiva em deixar um da justiça. andar vazio para chances a reflexões. Os três urubus foram criados em Considerando a situação deixada cativeiro e o artista fez todo o pela Fundação Bienal em 2008, possível para assegurar pode-se dizer que a 29ª Bienal de adequadamente a participação deles 2010 deu a volta por cima e está no período da mostra. A polêmica prestes a fechar com um saldo foi instaurada, uns a favor da 6

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Nuno Ramos - Bandeira Branca.

muito positivo, como disse seu atual diretor presidente, o empresário Heitor Martins, que assumiu a instituição desde maio de 2009. Em reportagem à Folha de S. Paulo, Martins disse que a Bienal está com suas contas em dia: “Quando entrei, peguei um déficit em torno de R$ 4 milhões”(1). Além disso, os números computados até o momento, faltando alguns dias para o término, mostram que, aproximadamente, 530.000 pessoas visitaram o evento e Olho Latino nº22

que 301.000 participaram das atividades educativas. Esse público visitante supera em muito o número de 180.000 visitantes da 28ª Bienal de 2008. Vale lembrar que a Bienal está com entrada gratuita e isso é um ganho tremendo para ser mais acessível e visitada. A 29ª Bienal contou com a curadoria geral de Moacir dos Anjos, sendo auxiliado pelo Agnaldo Farias e com a participação dos seguintes curadores estrangeiros convidados: Rina Carvajal (Venezuela), Sarat 7


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Nelson Leirner - instalação com uma paca empalhada com uma réplica em madeira do modelo de avião criado por Da Vinci.

Maharaj (África do DSul), Fernando Alvim (Angola),Yuko Hasegawa (Japão) e Chus Martinez (Espanha). O programa educativo foi coordenado por Stela Barbieri. O setor Educativo está abrangente e atua serenamente, oferecendo o Seminário Internacional Educação, Arte e Política, curso para professores da rede pública estadual e atividades para públicos diferentes no decorrer do evento. O evento, mesmo com uma comunicação visual interna acanhada na identificação dos artistas e países, pode esclarecer dúvidas dos visitantes, graças à participação prestativa dos monitores. Pontos positivos existiram e são fatos palpáveis de uma 29ª Bienal que não termina com o 8

encerramento da mostra. Está previsto a itinerância de núcleos da mostra para circular em 2011 em cidades como Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e em municípios de São Paulo. Na visão de um apreciador mais rigoroso, diria que a 29ª Bienal de São Paulo foi uma significativa mostra para a juventude, estudantes, universitários e artistas iniciantes não acostumados a visitar as Bienais de São Paulo e exposições em Museus e Centros Culturais. Muitos costumam visitar sites, blogs e acham que é a mesma coisa do que ir a um Museu. Além disso, andar por três andares por vinte e sete mil metros quadrados de exposição num pavilhão projetado por Oscar Niemeyer contagia qualquer um. Olho Latino nº22


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Luciene Sans

A mostra apresenta uma boa representação sinótica da arte contemporânea brasileira. Participam 51 brasileiros, muitos nomes consagrados que já estiveram em outras Bienais de São Paulo estão novamente sendo lembrados como: Flávio de Carvalho, Hélio Oiticia, Lygia Pape, Nelson Leirner, Cildo Meireles e outros. Isso transparece o cuidado curatorial em não se arriscar demasiadamente. A escolha de nomes consagrados assegura a qualidade da mostra, sendo uma espécie de defesa para não comprometer o nível do evento. É mais difícil atestar em novos valores para um evento desse porte, sendo mais fácil optar por nomes mais conhecidos e reconhecidos pela mídia. Por um lado garante-se a qualidade, mas por outro, atrofia-se a abertura de ascensão para outros artistas merecedores de destaque, mas que não tem chance de participar de um mega-evento como este. Assim, perpetua-se o já “conhecido” e o “já esperado” com poucas frestas para novos talentos. Apontamos um dos destaques da representação nacional o artista paulista Henrique Oliveira. Este artista, desde a sua exposição na Casa da Cultura Latino-Americana da Universidade de Brasília, em

Efrain Almeida - Efrain Almeida.

2006, já apresentava como recurso material madeiras e tapumes e esboçava um futuro artístico promissor. A sua ascensão é notória, de dentro do espaço expositivo passou a utilizar o material em locais externos, num entra e sai de janelas e portas, como mostrou com êxito na 7ª Bienal do Mercosul em 2009. Para a 29ª Bienal de São Paulo, a sua criação atinge o apogeu. Fez caminhos que induzem a uma viagem uterina. O artista se inspirou na obra “A Origem do Mundo” de Gustave Coubert. Esta pintura causou polêmica na época, século XIX, ao ter uma figura de mulher de pernas abertas. A instalação de 9


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Henrique Oliveira - A Origem do Terceiro Mundo.

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Anna Maria Maiolino - Arroz e feijão.

Oliveira nos remete a uma grande vagina, feita com madeiras, lascas, tapumes num cromatismo que realça o interior de um organismo com entrâncias, túneis que aludem a um útero, caverna e aconchego. Formavam-se filas de interessados para adentrarem na obra de Henrique. A obra insufla o sentido lúdico e a interação com o visitante. A afinidade O público demonstrou muita afinidade e simpatia com a obra. Anna Maria Maiolino, italiana radicada no Brasil, apresenta a instalação “Arroz e Feijão” numa enorme sala com uma mesa de jantar de grande porte composta com pratos contendo terras que fazem germinar sementes de arroz e feijão durante a exposição. No final Olho Latino nº22

do ambiente há um monitor de TV que mostra uma boca mastigando a comida, numa espécie de alusão à morte e à vida, como moto contínuo entre a tradição e o renascimento. A primeira versão dessa instalação foi exposta na Galeria da Aliance Française do Rio de Janeiro em 1979. Depois, no ano seguinte, foi apresentada no Núcleo de Arte Contemporânea da Universidade da Paraíba, em João Pessoa. A instalação do escocês Douglas Gordon reúne dezoito anos de realização e produção de vídeos. O repertório produzido sendo apresentado com mais de 50 monitores de TV gerou um painel representativo de vídeos do artista, feitos a partir de transformações do corpo e da obra do artista, por meio 11


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Ai Weiwei - Círculo de Animais.

de fotografias, vídeos e esculturas. A instalação tem vida própria, sendo outra obra, independente de cada vídeo, valendo mais o conjunto, deixando assim por ser uma apresentação estritamente retrospectiva. O artista chinês Ai Weiwei expõe o “Círculo de Animais”, composta por esculturas inéditas de doze figuras do zoodíaco. As peças foram feitas em bronze e tem como referência o conjunto de cabeças originalmente instaladas no antigo Palácio Imperial de verão em Pequim, no Século XVIII. Estas foram parcialmente destruídas pelos exércitos inglês e francês durante a Segunda Guerra do Ópio. O artista exilou-se temporarialmente em Nova York e sua experiência das culturas tradicional da China e 12

Ocidental o destaca como um escultor de forte tendência política, enfocando em suas obras fontes do patrimônio político e sociocultural de seu país. Sua instalão é uma atração à parte, pelas dimensões e expressividade das peças. A instalação da artista italiana Tatiana Trouvé intitulada “350 Pontos em Direção ao Infinito” é composta por diversos pêndulos de metal presos por fios que são atraídos por ímãs escondidos no chão. A visão que se tem dos fios entrelaçados em várias direções é da formação de uma espécie de teia que desafia as leis da gravidade. Enfim, a 29ª Bienal está muito aquém das Bienais realizadas nas décadas de 80. Novos tempos, novas circunstâncias, novos esquemas, mas a arte, no sentido mais amplo de Olho Latino nº22


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Douglas Gordon - instalação com mais de 50 monitores.

representação nobre e de qualidade, deve ser sempre a meta da Bienal, com ou sem verba porque o público desconhece os bastidores e o que vale é a mostra, independe de disque-disque de empresários, curadores, galeristas e artistas. O ditado popular nos ajuda a entender: “depois de uma tempestade vem a bonança”. Depois de uma 28º Bienal como tempestade acontece a 29ª Bienal como salvação, caracterizandose como a “Bienal do retorno”.

Tatiana Trouvé - 350 Pontos em Direção ao Infinito.

Embora seja uma bonança modesta, fazendo alusão ao seu próprio tema, “há sempre um copo no mar para o homem navegar”, faz surgir a esperança de uma nova fase para que as próximas bienais voltem a ser um dos principais eventos do gênero do mundo. * * * Referência: 1. Disponível: http://blogs.estadao.com.br/ jt-variedades/ultimos-dias-da-29%C2%AAbienal-de-artes . Acesso: 10/12/2010.

Evento: 29ª Bienal de São Paulo Período da mostra: 25 de setembro a 12 de dezembro de 2010 Expositores: 161 expositores representantes de 35 países. Visitação: De 2ª à 4ª feira: das 9h às 19h; 5ª e 6ª feira: das 9h às 22h; Sábado e Domingo: das 9h às 19h. Entrada gratuita. Local: Pavilhão da Bienal. Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, Parque do Ibirapuera – São Paulo, SP. Realização: Fundação Bienal de São Paulo. Site: www.29bienal.org.br Olho Latino nº22

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ACERVO EXPOSIÇÃO

Gravuras da PUC Peru na PUC Campinas

Luciene Sans

Vista parcial da mostra.

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exposição “Gravuras: Espaços Liberados” foi aberta no dia 24 de novembro, às 20h, na Galeria da Faculdade de Artes Visuais – CLC - da PUCCampinas. A mostra reúne 50 obras realizadas por professores e alunos do Curso Especialidade de Gravura da PUC Peru. É uma exposição que 14

apresenta gravuras de vários tipos, como xilogravuras, linogravuras, calcogravuras, serigrafias, litografias e algumas com procedimentos mistos, feitas com várias técnicas ao mesmo tempo. A mostra busca promover a criação mediante a gravura em uma confluência de tradição e técnicas de Olho Latino nº22


vanguarda. Desta maneira se reúnem os caminhos liberados na arte, que confirmam uma aliança para o aprendizado de suas diferenças. Na abertura da mostra, a profa. Zoila Reyes da PUC Peru esteve presente, representando os expositores, para explicar aos interessados a importância da gravura peruana. A realização da mostra faz parte do projeto “Curadorias de Artes Visuais”, vinculado ao Centro de Cultura e Arte da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da PUC-Campina, desenvolvido pelo Prof. Paulo Cheida Sans.

Zoila Reyes - Cuerpo - xilografia.

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Olga Flores - Látigo urbano - serigrafia.

Para Cheida, “a PUC Peru desenvolve um trabalho primoroso na área artística”. É uma universidade com significativa experiência cultural, tendo em seu corpo docente excelentes artistas gravadores premiados em vários países. Um exemplo de destaque da mostra é a profa. Cristina Dueñas, artista que foi premiada numa das mais importantes Bienais de Gravura do mundo, a de San Juan em Porto Rico. Participam da exposição os seguintes gravadores: Alberto Agapito, Carolina Salinas, Claudia Martinez, Cristina Dueñas, Diego 15


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Jéssica Nicho Mayor - Que perdona y cure - intaglio. Olho Latino nº22

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Vista parcial da mostra.

Gianella, Fabiola Vizcardo, Maritza Danos, Máximo Antezana, Miguel Mendoza, Nancy La Rosa, Olga Flores, Santiago Quintanilla, Verónica Noriega, Zoila Reyes e outros. Vale conferir a qualidade das obras e as técnicas dos expositores e conhecer ainda mais a diversidade cultural da América Latina em que vivemos. * * * Veronica Noriega - Yo-rastro - água-forte.

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Santiago Quintanilla - sem título - técnica mista.

Exposição: “Gravura: Espaços Liberados” - Artistas Gravadores da Especialidade de Gravura da Pontifícia Universidade Católica do Peru. Curadoria: Paulo Cheida Sans. Expositores: Alexandro M. Frisancho, Alvaro N. Simons Pizarro, Ana Carolina A. Robles, Ana Galina Paredes Padilla, Ana Masias, Angela S. Romero, Augusto Ballardo Arce, Bettina A. Paredes Rodriguez, Carolina Salinas, Claudia Martinez, Cristina Dueñas, Debrah Montoro, Diego André G. Kosaka, Diego F. Tenorio Puppo, Diego Gianella, Diego Orihuela Ibañez, Fabiola Vizcardo, Fabli Ofelia Soto Arias, Franco Alonso Galliani Garcia, Gabriela V. Rubio Noriega, Helga Maruxia Elsner Torres, Ivet Silvana Salazar Dias, Jéssica Nicho Mayor, Jimena Chávez Delion, Jorge Efraín B. Schwartz, José Armando Hopkins, Karla Peralta, Luis O. Rojas Barrantes, María A. Ugaz Vasquez, María Claudia O. Minaya, María Estefanía M. Calderón, María Isabel M. Valdivia, María José A. Granados, Mariana S.Salazar Arnillas, Maritza Danos, Mauricio E. S. Hernandez, Mayra Cristina F. Pescoran, Melissa Matias Flores, Miguel Angel P. Uchuya, Miguel Mendoza, Mónica Galvan, Nancy y J. Salas La Rosa, Olga Flores, Pamela F. M. Gianoli, Paulo Novoa Olazo, Rodrigo Tafur, Santiago Quintanilla, Solange Calderon Chia, Valentina Mayolo, Vania Castagnino Ugolotti, Veronica Noriega, Zoila Reyes. Período da mostra: 24 de novembro a 15 de dezembro de 2010, de segunda a sextafeira, das 13h às 17h e das 19 às 22 h. (Entrada gratuita). Local: Galeria de Arte da Faculdade de Artes Visuais Horário de visitação: de segunda à sexta - feira, das 13 às 17 h e das 19h às 22h. Endereço: Prédio H 7 – CLC - Campus I da PUC-Campinas – Rodovia “D. Pedro I” – Km 136 – Campinas, SP. Olho Latino nº22

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FOTO ARTIGO

A Cidade Sagrada de Caral

divulgação

Celina Carvalho

Celina Carvalho.

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stas são fotos da cidade de Caral, Peru, que representam a celebração atual de uma cultura que tem cinco mil anos, sendo uma das zonas geográficas consideradas como berço da civilização mundial. A recente descoberta de vida indica a sobrevivência e a variedade ambiental que nosso povo latino possui. O sopro do vento na areia fina redescobre a própria essência, o misticismo, o deslumbre, o encantamento de cada passo dado, de cada pedra encontrada, de cada flor que embeleza a paisagem. Siga as trilhas de areia que demarcam fronteiras e encontre o horizonte infinito, belo e cheio de cultura e de natureza.

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Celina Carvalho - Caral I - Técnica utilizada pelos arqueólogos para iniciar uma escavação.

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Silvio Zamboni

Celina Carvalho - Caral II - Pedra sobre pedra, essa é uma das construções circulares que a civilização utilizava como anfiteatro.

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Celina Carvalho - Caral III - Método utilizado pelos arqueólogos para manter as construções protegidas das ventanias características do local.

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Silvio Zamboni

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Celina Carvalho - Caral IV - A riqueza da vegetação de cores vivas coabita com a região acinzentada mais infértil. Olho Latino nº22

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Celina Carvalho - Caral V - A cada passo dado, uma pedra saltada relembra o passado com a persistência da vegetação em sobreviver na terra areosa.

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Celina Carvalho - Caral V - Marco simbĂłlico, conhecido como Huanca, utilizado como centro de referĂŞncia.

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Celina Carvalho - Caral V - O marco referencial antigo ao lado do sĂ­mbolo patrimonial atual, que ostenta uma bandeira enfincada na areia fina, sendo homenageados por meio de uma festa que celebra o passado no presente.

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Colaboradores desta edição:

Celina Carvalho - Formada em Educação Artística pela PUC-Campinas. Organizou várias exposições nacionais e internacionais. Diretora Adjunta do Museu de Arte Olho Latino.

Luciene Sans - Jornalista, poeta e assessora de imprensa do Museu Olho Latino. Jornalista responsável pela Revista Digital Olho Latino.

Paulo Cheida Sans - Professor do Curso de Artes Visuais da PUCCampinas. Doutor em Artes Visuais pela Unicamp. Curador do Museu Olho Latino.

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