AUTOJORNAL 12/11/2011

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O JORNAL l MACEIÓ, 12 DE NOVEMBRO DE 2011 l SÁBADO

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Auto O Jornal Lançamentoss do salão de Milãoo que devem vir para o Brasil 2E3

Cobalt: Novo Sedã da Chevrolet 4E5

Um popular esportivo de verdade O Palio Sporting vem com motor 1.6 16V com 115/117 cv de potência

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MOTOS

Novidades à milanesa Salão de Milão exibe as melhores motos do mundo que devem chegar ao Brasil

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o mundo dos carros, os Salões de Paris e de Frankfurt se dividem como os motorshows mais importantes. Mas, entre as motos, o Salão de Milão reina quase absoluto – os salões de Paris e de Tóquio também têm alguma importância. Conhecido como EICMA, sigla em italiano que significa

Exposição Internacional de Ciclomotores, Motocicletas e Acessórios, o evento anual acontece entre 8 e 13 de novembro. E, dentre todas as 69 edições, a de 2011 é uma das que mais interessa ao público brasileiro. Com o bom momento do mercado nacional, existe a possibilidade de que muitos dos lançamentos cheguem por aqui. A Ducati é uma das que mostra a importância do Brasil em seus planos. Um dos principais lançamentos da marca no evento será a Streetfighter 848, modelo que foi apresentado em primeira mão no Salão Duas Rodas, realizado no mês passado em São Paulo. Se trata de uma naked com motor de 848 cc e 132 cv de potência. O modelo deve ser vendido no Brasil no ano que vem. A Ducati também guardou para Milão a sua nova superesportiva, a 1199 Panigale. Além do nome que homenageia a cidade de origem da marca, o modelo receberá um motor totalmente novo. Será um V2, mas com potência suficiente para encarar as concorrentes de quatro cilindros. O chassi terá inovações herdadas do modelo de competição da Moto GP. A compatriota MV Agusta é

outra que vem com duas novidades. A esportiva F3 chega como modelo de produção, equipada com motor de três cilindros de 126 cv. Ela havia sido apresentada no Salão do ano passado, mas só agora começa a ser produzida. Para aproveitar o novo propulsor, a marca também fez uma versão naked da F3, que fará a sua primeira aparição para o público em Milão. A Brutale 675 chega com o mesmo conjunto mecânico da companheira, mas com 13 cv a menos, e mantém os avançados itens tecnológicos, como o controle de tração com oito regulagens.


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Ainda entre as marcas europeias, a BMW vai focar no segmento de max-scooters. São esperados dois modelos derivados da Concept C, apresentada no motorshow de 2010. Ambas devem ser equipadas com uma versão do motor de dois cilindros que está na F800 R, mas com menor cilindrada, provavelmente com 600 cc. A marca bávara também vai apresentar a renovada S 1000 RR, um dos modelos mais famosos de sua atual linha. A superesportiva ganhou um novo mapeamento do motor, com nova curva de aceleração, o que melhorou o desempenho em baixas rotações, enquanto a suspensão foi recalibrada. Marcas menores do continente também vão marcar presença em Milão. A sueca Husqvarna – hoje controlada pela BMW – vai apresentar a nova 900R, modelo urbano com suspensão ajustável em altura para poder encarar uma trilha. A KTM, montadora austríaca conhecida pelos modelos trail, vai lançar a Freeride 350, uma espécie de porta de entrada para o mundo off-road da marca. Além do apelo

de competição, ela poderá ser homologada para o uso urbano. A inglesa Triumph vai chegar com uma nova bigtrail para enfrentar a BMW R1200 GS. A Tiger Explorer vai ter um

motor de três cilindros de 1200 cc adaptado do 1050 cc que equipa a naked Speed Triple. Entre as japonesas, destaque para a Honda. O seu principal lançamento será a

Integra, modelo que a marca chamou de crossover das motos, por aliar a praticidade de uma scooter com a capacidade dinâmica das motocicletas. O modelo chega com um motor totalmente novo que ainda equipará duas novas motos da marca. É um bicilíndrico de 670 cc com 51 cv de potência e trabalhado para ser mais eficiente que o seu antecessor. A Integra será equipada com a segunda geração da transmissão automatizada de dupla embreagem da Honda. De acordo

com a marca, o câmbio está menor, mais compacto e mais adequado ao uso diário. As outras nipônicas virão com menos lançamentos. A Yamaha terá a nova max-scooter T-Max e a superesportiva YZF-R1 reestilizada, com aprimoramentos mecânicos. A Kawasaki mostra a versão de mil cilindradas da Versys para competir no terreno das big trails. Já a Suzuki será a mais modesta. Vai se limitar a exibir a GSX-R 1000 com suas pequenas alterações estéticas.


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TRANSPORTE

Assim ele é que se mostra Sedã compacto Cobalt investe nos detalhes para tentar transmitir imagem de carro médio

O importante não é a relação custo/benefício de um produto. É o valor que os consumidores acreditam que o produto acrescenta em sua vida”. Com essa frase, o diretor de Marketing da Chevrolet, Gustavo Colossi, abriu sua explanação sobre o Cobalt, o novo sedã compacto da marca. O modelo foi totalmente desenvolvido no Centro Tecnológico da Gene-

ral Motors em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, mas deverá ser produzido em outros três países e vendido na Europa, África, Oriente Médio e América do Sul. No Brasil, ocupará nas concessionárias Chevrolet os lugares dos esquecidos veteranos Astra sedã e Corsa sedã – o Classic, sedã básico ainda mais veterano mas bom de vendas, continua em linha. Segundo Colossi, o Cobalt é voltado para a classe média que melhorou de vida e não se contenta mais com os modelos 1.0 litro. “Esse consumidor busca um valor que possa ser percebido por ele e pelos outros”, defende o diretor de

Marketing da Chevrolet, No Cobalt – os executivos da marca pronunciam “Côbalt”, com “o” fechado –, o trabalho dos projetistas para ampliar a percepção de valor do carro aparece de várias maneiras. No design externo, é evidente a preocupação em fazer que o carro pareça maior do que é. Com seus 4,48 metros de comprimento,

1,73 m de largura, 1,51 m de altura e 2,62 m de distância entre-eixos, o novo sedã da Chevrolet nem difere tanto dos concorrentes Honda City, Kia Cerato, Ford New Fiesta sedã, Volkswagen Polo sedã, Fiat Linea, Renault Symbol e o também novato Nissan Versa. Mas o aspecto encorpado da carroceria e a linha de cintura alta efetivamente transmitem

a sensação de maior tamanho. poluentes, o Aumark 1031 usa a tecnologia EGR para a recirculação dos gases de escape. Além dele, a Foton traz o Aumark 1051 – com 6,5 toneladas e motor Cummins 3.8 de 140 cv – e o Aumark 1089 – de 8,5 toneladas e propulsor de 152 cv de potência –, ambos leves.


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Auto O Jornal A frente proeminente reproduz a atual identidade estilística da marca, apresentada em 2008 no Malibu – com a grade ampla onde uma única barra horizontal na cor do veículo ostenta um vistoso logo da gravatinha dourada. O faróis são grandes, tem formato trapezoidal e ascendente, misturando linhas retas e curvas. O friso lateral cria um ressalto que dá uma impressão de “estufado”, o que também aumenta a sensação de que é um carro maior. Na traseira, lanternas sóbrias ladeiam a tampa do porta-malas, que também parece um tanto “inflada”. O aspecto geral do Cobalt é assumidamente clássico – segundo a General Motors, uma demanda das pesquisas feitas com consumidores do segmento de sedãs compactos. Se não exprime maiores ousadias, o estilo denota alguma imponência e robustez. No design interno, a preocupação foi a mesma – fazer com que o Cobalt pareça um carro de um segmento supe-

rior. O habitáculo é realmente generoso para o segmento de sedãs compactos e todas as linhas internas e revestimentos foram pensados para reforçar a sensação de amplitude. O painel tem estilo moderno e combina contagiros e indicador de nível de combustível analógicos com um velocímetro digital, ambos com uma iluminação azul – similar à do Agile. Informações como autonomia e distância percorrida também estão disponíveis no painel, cercadas de luzes-espia. São 18 porta-objetos, inclusive porta-garrafas nas portas e um amplo nicho sobre o porta-luvas, que se reproduz parcialmente à esquerda do motorista. Alguns cromados espalhados pelo interior reforçam o requinte a bordo. O porta-malas é o maior do segmento – são 563 litros. O motor 1.4 litro de quatro cilindros Econo.Flex – o mesmo que move o Prisma – teve inovações no sistema de admissão e de escape, segundo a General Motors. Tem potência de 102 cv com

etanol e 97 cv com gasolina, em 6.200 giros. O torque é de 13 kgfm com etanol e 12,8 kgfm com gasolina em 3.200 rpm. O câmbio é manual de

cinco velocidades – a versão automática chegará no segundo trimestre de 2012, junto com o novo motor 1.8 Econo.Flex.

Enquanto a MiniStar tem um motor de 970 cc com 53 cv, a linha Star tem um propulsor de 1.310 cc com 77 cv de potência.


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LANÇAMENTO

Relações delicadas Fiat lança segunda geração do Palio cheia de cuidados para não atropelar os outros compactos da marca

O novo Palio traz elementos do Uno na frente curta e nas linhas retas com contornos arredondados, presentes na entrada de ar sob o para-choque e no recorte interno dos faróis. A referência ao Punto vem no alongamento

cromados, que parecem bigodinhos, que ladeiam a marca Fiat. Apesar dessa aparente “mistureba”, o resultado é bem original. Não dá para dizer que o novo Palio é uma evolução do anterior. É simplesmente outro carro.

zir oscilações laterais e longitudinais. Atrás, é por eixo de torção. A altura livre para o solo foi reduzida em 3 mm e foram adotados pneus de menor atrito. A carroceira é maior que a do antigo Palio em todas as dimensões. O comprimento

dos faróis sobre o para-lamas, no perfil em cunha acentuada e nas lanternas altas, que cobrem toda a coluna traseira. E ainda tem detalhes que remetem ao pequeno 500, como os frisos

A plataforma é a derivada da utilizada no novo Uno, com o entre-eixos alongado. A suspensão foi retrabalhada. É McPherson na dianteira com braços inferiores, para redu-

de 3,88 m, a largura de 1,70 m, a altura de 1,51 m e o entre-eixos de 2,42 m têm mais 3 cm, 6 cm, 8 cm e 5 cm, respectivamente. A ampliação da altura e do entre-eixos foi fundamental para melhorar habitabilidade do modelo. Não chega a credenciá-lo a brigar, em relação ao espaço, com o Volkswagen Fox, mas o aproxima do rival nesse sentido. O fato é que o crescimento e a melhora do Palio foram limitados pela necessidade de evitar um confronto com o Punto, um modelo mais rentável para a Fiat. Essa “intimidação” é bem perceptível no acabamento interno. O design do habitáculo é bem criativo e caprichado, inclusive pela possibilidade de personalização. Mas os materiais não inspiram muita confiança. Os recortes e os encaixes das peças são menos cuidadosos que,

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Fiat adiou enquanto pôde. Mas a segunda geração do Palio era inevitável. Em 15 anos de mercado, o modelo manteve uma média invejável de 14 mil vendas mensais. Mas depois de quatro face-lifts, a idade pesou: no último ano, a média caiu para perto de 9 mil unidades/ mês. Mas a substituição não é simples. É preciso movimentos muitos estudados para renovar totalmente um carro sem perder o mercado já conquistado nem provocar “fogo amigo” em modelos da mesma marca, como Punto e Uno, que trafegam em segmentos muito próximos. O posicionamento dessa segunda geração é exatamente entre os dois outros compactos da Fiat. Inclusive esteticamente.

por exemplo, no Uno. A grande distância para o ótimo acabamento do Punto afasta qualquer possibilidade de migração “casual” entre os dois modelos. O novo Palio ocupa exatamente o mesmo ponto que o antigo na escala de modelos da Fiat. Tanto que os preços mudaram muito pouco, inclusive em relação a conteúdo. Houve um aumento de 3 a 4%, exceto na versão de entrada, que ficou míseros R$ 10 mais barata. Começa com o Attractive 1.0 por R$ 30.990 e traz de série direção hidráulica, limpador/desembaçador traseiro e computador de bordo. O Attractive 1.4 custa R$ 34.290 e adiciona, além do motor maior, o terceiro apoio de cabeça atrás, chave canivete com telecomando, faróis de neblina, vidros elétricos dianteiros e travas elétricas. Na sequência, vêm as versões com motor 1.6 16V, que podem recebem câmbio automatizado, com trocas na direção e cruise control, por R$ 2.500. A Essence começa em 37.990 e acrescenta, de série, apenas o ar-condicionado. A versão Sporting estreia na linha a R$ 39.990 e agrega ainda minissaia dianteira, spoiler traseiro, rodas de liga leve de 16” e volante em couro. A Fiat espera que, com a nova geração, o Palio volte a dar a mesma resposta que apresentava antes da chegada do novo Uno, ano passado. A ideia que emplaque entre 6 mil e 8 mil unidades por mês, além das 6 mil habituais do Palio Fire – que, aliás, se mantém com o mesmo visual do atual. No melhor dos cenários, o Palio recupera a média histórica de 14 mil unidades/ mês, sem provocar baixas significativas no Uno e no Punto.


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O desempenho em alta cai bem em uma versão “esportiva”. Só que, em regimes mais amenos, o baixo peso do modelo impede qualquer ressentimento em relação à chegada tardia do torque, aos 4.500 rpm. Por isso, o primeiro pico de torque, em torno de 2.250 giros, já é suficiente para acender o modelo. E o fato de o câmbio automatizado agora ter comando em alavancas atrás do volante torna a condução ainda mais divertida. Mas o novo Palio se presta também a ações mais utilitárias. O espaço interno é bem mais generoso que a versão anterior e o banco traseiro não é mais afundado – o que melhora a vida dos

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ocupantes. O design interno é de bom gosto e os comandos mais importantes ficam concentrados nas três hastes que se projetam da coluna de direção e nos botões do volante multifuncional. Este bom projeto perde muito do brilho pela qualidade dos materiais empregados no acabamento interno. Os painéis das portas, o carpete, o forro do teto e até os tecidos são pouco agradáveis ao toque e aos olhos. Outro descuido foi com o porta-malas. O fundo é desnivelado e o sistema de rebatimento do banco traseiro é um tanto tosco. Um contrassenso em um carro bem desenhado, de bom comportamento dinâmico e muito bem concebido.


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GiroRápido Augusto Paladino igor93279039@hotmail.com

A volta da onda A Peugeot relançou para o mercado brasileiro a série especial Quiksilver para o compacto 207. A reedição será limitada a 500 unidades. O 207 Quiksilver ganha detalhes esportivos, como rodas de liga leve de 15 polegadas diamantadas, faróis de máscara negra, volante em couro, saída do escapamento cromada e maçanetas internas, manopla do câmbio, pedais e tampa de combustível em alumínio, além de outros itens exclusivos. O modelo é equipado com motor 1.6 flex e carroceria quatro portas, e será vendido por R$ 44.300.

Aristocracia no deserto A Startech, divisão da alemã Brabus – preparadora oficial dos modelos da Mercedes-Benz –, desenvolveu um programa de personalização para o crossover inglês Range Rover Evoque. Batizada de Startech Refinement Program, a novidade será apresentada durante o Salão de Dubai, que acontece nos Emirados Árabes Unidos até o próximo dia 14. As versões de duas e quatro portas do Evoque poderão ser equipadas com rodas exclusivas de até 21 polegadas, suspensão rebaixada em 35 milímetros, escapamento esportivo e interior totalmente personalizado.

Todo poderoso A Opel quer construir o Astra mais potente de todos os tempos. A subsidiária alemã da General Motors lançará, em 2012, o Astra OPC. O motor turbocharged de 2.0 litros é capaz de gerar 280 cv e produz 40,79 kgfm de torque máximo. A versão OPC também se diferencia pelos elementos esportivos, como para-choque dianteiro redesenhado com entradas de ar maiores, dupla saída de escape, saias laterais, aerofólio no teto e rodas de 20 polegadas. O interior ganhou bancos de couro com formato exclusivo. O chassi e o sistema de freios também foram melhorados. Como é praxe na marca, o modelo alemão ganhará um correspondente inglês, que será vendido como Vauxhall Astra VXR.

Fantasmas à solta Mais de 500 unidades do luxuoso sedã Rolls-Royce Ghost foram convocadas para recall, por causa de um defeito em uma bomba d’água auxiliar elétrica, que pode superaquecer e até pegar fogo. E não foram apenas os cobiçados modelos da marca inglesa que sofreram com o problema. Algumas unidades do BMW 760Li, que usa o mesmo V12 biturbo de 6,6 litros fornecido para a Rolls-Royce, apresentaram ocorrência idêntica.

Felino em gestação A Jaguar já trabalha em um novo sedã para ocupar a base de sua gama premium. O modelo, que será o substituto do X-Type, terá concorrentes de peso na Europa, como BMW Série 3, Audi A4 e Mercedes-Benz Classe C. O novo carro vai se juntar ao XF e ao XJ para dar sequência ao processo de reestruturação da marca. Para economizar nos custos e alcançar mais eficiência energética, a marca inglesa deve optar pela tração dianteira. O novo modelo será menor que os sedãs médios alemães e terá o porte do futuro Audi A3 sedã, mais barato e mais fácil de ser introduzido em mercados asiáticos e nos Estados Unidos.

Trabalho italiano A Ferrari já trabalha na renovação da conversível Califórnia. Para a linha 2012, não só o visual ganhará mudanças. O motor V8 4.3 litros também receberá alterações. Ao que tudo indica, o modelo ficará mais potente, saltando dos atuais 460 cv para 490 cv. Ao mesmo tempo, a suspensão será recalibrada. Já a carroceria receberá materiais de alumínio e fibras de carbono, diminuindo o peso final. No interior, a Ferrari virá equipada com o novo sistema multimídia, que integra uma tela com a memória interna de 40 GB e compatibilidade com telefones com o sistema Android. Atualmente a Califórnia corresponde por quase 50% de todas as Ferrari vendidas no mundo.

Sinal de alerta A Harley-Davidson convocou proprietários de 1.352 motocicletas vendidas no mercado brasileiro. O chamado é ocasionado por uma possível falha no sistema de luz de freio. O interruptor do equipamento será trocado. O recall abrange motos do segmento touring comercializadas entre 2009 e 2011, e inclui unidades da Road King Classic, Street Glide e CVO Ultra Classic Electra Glide, além de mais seis modelos.

Reforço de potência O Fiat Freemont vendido no mercado europeu ganhou o motor Pentastar 3.6 litros V6 de 280 cv, que já equipa o Dodge Journey. O propulsor vem acompanhado por uma transmissão automática de 6 velocidades e tração integral. Até então, o crossover era oferecido somente com motorização turbodiesel 2.0 litros Multijet, com 140 cv e 170 cv de potência. Já no Brasil, o modelo utiliza um quatro cilindros 2.4 litros de 172 cv. O Freemont V6 europeu será vendido em duas versões de acabamento, Urban e Lounge.

Negócio da China A fábrica nacional da JAC Motors, em Camaçari, na Bahia, só deve ficar pronta em 2014, mas a marca chinesa já entrou no clima brasileiro e preparou uma edição especial dos compactos J3 e J3 Turin. A série especial “Brasil” acrescenta película protetora para os vidros, bancos de couro e tapetes personalizados com o logo da versão, que também será estampado na traseira. Os preços continuam os mesmos das versões comercializadas no país: R$ 37.900 para o hatch e R$ 39.900 para o sedã.


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MUNDO AUTO

Pela lente do humor Apenas com mudança de imagem, Ford mais que duplica as vendas do Ka 1.6 com a versão Sport

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a essência, o Ka sempre foi um carro de entrada. Desde o seu lançamento no Brasil em 1997, quando ainda era um subcompacto, o modelo da Ford vendia basicamente a versão 1.0. Hoje, no segmento em que atua, rivaliza apenas com Volkswagen Gol G4 e Fiat Uno duas portas. Mas, na hora de fazer mais uma reestilização no modelo, em junho, a Ford resolveu “ressuscitar” o modelo. E, de quebra, rentabilizar isso. Desenvolveu a configuração Sport, apelou para a referência ao mito Mustang e ousou na divertida publicidade do carro. E o resultado veio rapidamente. Antes da renovação, a versão

topo de linha com motor 1.6 do modelo vendia 2% do share total, algo em torno de 108 carros por mês. Agora, o Ka Sport já significa 5% do total, uma média de 290 unidades mensais. Ou seja, só com uma mudança de olhar, a Ford multiplicou os resultados do Ka 1.6. E conseguiu isso quase sem modificar o total de exemplares do Ka emplacados a cada mês. Antes de junho, a marca americana botava cerca de 5.400 novos exemplares do compacto nas ruas. Agora, o número subiu para quase 5.800. Um crescimento de apenas 7%. Ou seja, a conquista de espaço da versão Sport se deu praticamente apenas na redistribuição das versões dentro do mix total. Além da estratégia publicitária bem-humorada, a tática foi explorar melhor a esportividade do Ka. Em relação à versão de entrada, ganhou apenas alterações estéticas,

como as faixas que percorrem toda a carroceria, rodas maiores, spoilers dianteiros e traseiros, saias laterais e rodas de 15 polegadas exclusivas. Ou seja, deu uma roupagem diferente para o urbano Ka. No interior, as modificações foram mais modestas. Se limitaram a novos bancos, mais confortáveis e com apoios laterais, volante diferente e novo grafismo do painel de instrumentos – que também remete às faixas do exterior. No geral, serviu para dar uma cara mais masculina para o compacto, tecla que a Ford bateu algumas vezes durante o lançamento do modelo reestilizado em junho. Na mecânica manteve o motor 1.6 que já equipava a versão topo de linha do Ka. Com etanol no tanque, ele rende 107 cv a 5.500 rpm e 15,3 kgfm de torque a 4.250 giros. De acordo com a Ford, ele é capaz de levar o pequeno carro de apenas 968 kg a 100 km/h em 11,2 segundos e superar os 180 km/h de velocidade máxima. O câmbio é sempre

o manual de cinco marchas. Na linha 2012, introduzida no meio do ano com a última reestilização, a engenharia da Ford instalou um novo sistema de

tura interna do porta-malas e bancos traseiros rebatíveis. Os únicos opcionais são a já tradicional dupla formada por airbags frontais e freios

isolamento independente das molas em relação aos amortecedores. Com isso, o ruído interno foi melhorado. Em termos de equipamento, o Sport é bem menos criativo. Vem equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, rádio/ CD/MP3/Bluetooth rodas de liga leve de 15 polegadas, aber-

ABS vendidos por R$ 1 mil. Ou seja, completo, vai a R$ 36,9 mil. É bastante para um carro que leva apenas duas pessoas com conforto e outras duas apenas em viagens curtas. Entretanto, na gaiata ótica da bem-sucedida propaganda da Ford, é uma bagatela perto do próprio Mustang ou de um dragster...


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MERCADO

Venda de importados genuínos cai 41,2% em outubro Indecisão entre o anúncio e a suspensão do Decreto 7.567 faz venda de importados despencar

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omente duas das 2 7 m a rc a s a s s o c i a das à Abeiva – Associação Brasileira das Empresas importadoras de Veículos Automotores obtiveram taxa de crescimento em seus dados de emplacamentos em outubro último, ante o mês de setembro. As importadoras filiadas à entidade encerraram outubro com 13.264 unidades emplacadas, 41,2% menos em relação a setembro, quando 22.569 veículos foram entregues aos consumidores finais. “Obviamente o consumidor brasileiro se retraiu. No primeiro momento após o anúncio do decreto houve uma corrida às concessionárias de importadoras. Mas logo no início de outubro, o setor sentiu duro golpe.

Embora estejamos satisfeitos com o Supremo Tribunal Federal, ao suspender a aplicabilidade imediata do Decreto 7.567, depois de 45 dias, as nossas associadas não tiveram tempo de se programar”, avalia José Luiz Gandini, presidente da Abeiva. Na comparação com o mês de outubro de 2010, quando foram emplacados 10.562 veículos, o total de 13.264 unidades ainda significa superávit de 25,6%. No acumulado de janeiro a outubro, as associadas à Abeiva chegaram a 165.114 unidades emplacadas, 98,3% mais em relação a igual período de 2010 [83.254 veículos]. Com os totais de emplacamentos em outubro e no acumulado de janeiro a outubro, as associadas da Abeiva passaram a representar 5,03% [contra 7,69% em setembro] e 5,92%, respectivamente, do mercado interno brasileiro. “O ciclo de importação – pedido, confirmação do pedido, produção e período de transporte – é de no mínimo 90 dias. Assim, mesmo com a

suspensão do IPI no dia 20 de outubro, o setor ficou impossibilitado de trazer mais unidades para o País, já que

os próximos pedidos passam a desembarcar somente na segunda quinzena de janeiro de 2012. Ou seja, já estarão em vigor as novas alíquotas do IPI”, explica Gandini. Na avaliação de Gandini, a tendência das vendas em novembro e dezembro é de retomar a média mensal de 2011. “Devemos alcançar, nos últimos dois meses do ano, um total de 35 mil unidades. Com isso, chegaremos a 200 mil unidades emplacadas no ano”, esclarece. O presidente da Abeiva acredita que os próximos quatorze meses serão difíceis para todas as associadas à entidade. “Mas, cada qual à sua maneira, as filiadas vão permanecer ativas no

mercado brasileiro. Vamos tentar majorar nossos preços com o menor porcentual possível, já pensando em 2013”, enfatiza Gandini. Segundo o presidente da entidade, a Abeiva passa a se preocupar agora com os rumores do mercado automotivo brasileiro de que o Decreto 7.567 pode se estender até 2016. “Espero que não mudem as regras do jogo ao final de 2012, prazo de validade do Decreto 7.567. Mas, as próprias manifestações do ministro GuidoMantega, de ampliar ainda mais os índices de nacionalização e de localizaçãoregional, superior a 65%, sinalizam endurecimento ao setor de importação”, disse Gandini.


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MOSTRUÁRIO

Um degrau acima O novo 208 tem a missão de recuperar o prestígio da Peugeot no segmento dos compactos

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Peugeot tem um propósito claro para o novo 208, que será apresentado oficialmente no próximo Salão de Genebra, em março de 2012. A marca do leão rampante quer recuperar o prestígio que o 206 mantinha no segmento dos veículos compactos na Europa – e que o substituto 207 não conseguiu sustentar. O 206 emplacou uma média de 540 mil unidades anuais. Desde que foi lançado, em 2005, o 207 teve média anual de 400 mil unidades. Por isso, o 208 foi desenvolvido como um antídoto para o desempenho inferior de seu antecessor imediato. Uma das principais diretrizes do projeto foi o aprimoramento da dirigibilidade, quesito frequentemente criticado no 207 e muitas vezes apontado como fator mais importante para seu fracasso comercial. Para desenvolver seu novo carro-chefe, a Peugeot buscou

inspiração em um dos grandes êxitos comerciais da marca francesa, o 205. O compacto produzido de 1983 a 1998 vendeu 5,3 milhões de unidades ao redor do mundo e ainda

são também ficou mais firme e rígida. Graças às dimensões reduzidas – 7 cm mais curto e 1 cm mais baixo em relação ao 207 –, o novo compacto é mais leve, com 975 kg – 110 kg

é reverenciado por sua direção segura e aproveitamento do espaço interno. Seguindo o exemplo do 205, a Peugeot trabalhou na redução de peso do 208, para proporcionar ao motorista um controle mais eficiente e preciso. A suspen-

a menos em relação ao precursor. O 208 ficou com 3,96 metros de comprimento e 1,49 metro de altura, mas preservou os 2,54 metros de distância entre-eixos do 207. A partir da nova plataforma, a Peugeot rearranjou os espaços da carroceria e redistribuiu os elementos da cabine. Com isso, a capacidade do porta-malas aumentou 15 litros, chegando aos 285 litros, enquanto o espaço para pernas na fileira traseira cresceu 5 cm. A motorização também contribuiu para reduzir o peso do compacto e melhorar a dirigibilidade. No lugar dos motores de quatro cilindros

que equipam o 207, a Peugeot optou por propulsores de três cilindros. Serão duas opções a gasolina – de 1.0 litro e 68 cv e 1.2 litro e 82 cv – e cinco variantes a diesel, todas com índices de emissão de CO2 abaixo de 99 g/km. Os motores serão auxiliados por sistema start/ stop, para reduzir o consumo de combustível. O compacto também deve ganhar uma versão híbrida com motor turbodiesel. Para melhorar a ergonomia, o 208 adotou um volante menor e mais leve, resolvendo outro ponto criticado pelos europeus no 207. A disposição do painel de instrumentos também foi corrigida, com os mostradores mais visíveis. O motorista também conta com uma tela sensível ao toque, que concentra todas as informações sobre o veículo e está localizada no centro do console – é a mesma central de comandos já utilizada no crossover 3008. Em relação ao design, o 208 segue o estilo adiantado pelo sedã grande 508 e por conceitos como HR1 e SR1. Os faróis da dianteira invadem o capô e as lanternas traseiras lembram a cabeça de uma ave. Um vinco profundo nasce nas portas dianteiras e se estende

até o conjunto ótico traseiro. Se na Europa o 208 tem a missão de recuperar o volume de vendas do 206, o compacto desempenhará outro papel no Brasil, onde será lançado em 2013. A função do novo carro será atualizar a gama de modelos da Peugeot. O 206, produzido no Brasil desde 2001, passou por uma reestilização em 2008 e foi rebatizado de 207. Mas o 207 europeu nunca chegou por aqui. O 208 pode se tornar um dos pilares do programa de expansão da marca francesa para o Brasil, anunciado em outubro. O complexo industrial mantido pelo grupo PSA – que engloba também a Citroën – em Porto Real, no Sul do estado do Rio de Janeiro, receberá investimentos de R$ 3,7 bilhões até 2015 e terá sua capacidade de produção duplicada nos próximos quatro anos, até 300 mil unidades anuais. O 208 também terá o papel de reverter a tendência de queda da Peugeot no mercado nacional. Em 2009, a marca francesa terminou o ano com 3,2% de participação. A ofensiva das fabricantes coreanas e chinesas fez a participação da marca cair para 2,7% no acumulado de janeiro a outubro deste ano.


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O JORNAL l MACEIÓ, 12 DE NOVEMBRO DE 2011 l SÁBADO

Auto O Jornal

TRANSPORTE

Bom de bico A inédita linha Atron mantém a tradição dos caminhões bicudos da Mercedes-Benz no Brasil

A

obrigatoriedade do padrão Euro 5 a partir de janeiro de 2012 motivou uma série de renovações na gama de caminhões da Mercedes-Benz. Como quase todas as empresas do setor, a marca da estrela de três pontas não se limitou apenas a adotar a motorização adequada aos novos índices de emissão de poluentes. A fabricante alemã optou por atualizar também design, interior e oferta de equipamentos de seus modelos para o mercado brasileiro. Uma das novidades, no entanto, tem a missão de preservar uma tradição da marca no Brasil. A inédita linha Atron substitui a consagrada linha L para alguns modelos – mantendo a clássica configuração de cabine semiavançada, com o motor à frente do cockpit, e popularmente conhecida como “caminhão bicudo”. A nova linha inclui

veículos médios, semipesados e pesados. O semipesado Atron 2324 6X2 é uma das apostas da Mercedes-Benz. O modelo substitui o L 1620 6X2, que foi lançado em 1996 e ostenta o título de caminhão mais vendido do Brasil por oito vezes. Graças ao baixo custo operacional e à manutenção simplificada, o bicudo 6X2 é bastante apreciado por trabalhadores autônomos, também atraídos pelo valor de

revenda e pela resistência do caminhão em condições severas de utilização, como transporte de cargas em estradas. A marca evita estimar volume de vendas, por causa da dificuldade em prever o comportamento do mercado diante do aumento de preços imposto pela vigência do Euro 5. A Mercedes-Benz calcula que a adoção dos motores Euro 5 com o sistema de pós-tratamento dos gases de escape por redução catalí-

tica seletiva (SCR), somada ao design renovado e ao novo padrão de acabamento interno, irá encarecer os preços da linha Atron em torno de 6% a 8%, na comparação com a gama L. Mais dois modelos completam a oferta de bicudos da marca: o médio Atron 1319 4X2 substitui o L 1318 e o pesado Atron 1635 4X2 cavalo mecânico assume o posto ocupado pelo LS 1634. O pesado Atron 2729 6X4, com a frente chapada, fica no lugar do L 2726. Além da aplicação para transporte rodoviário de cargas, os caminhões Atron podem ser empregados em operações fora-de-estrada, em setores como construção civil e mineração. Os modelos rodoviários ganharam reforço de policarbonato no conjunto óptico, para proteger os faróis em caso de impactos e condições adversas, como poeira e altas temperaturas. A linha 2012 recebeu ainda painel de instrumentos, volante e

bancos reformulados, para proporcionar mais ergonomia e espaço interno ao condutor em médias e longas distâncias. Assim como os renovados Accelo, Atego, Axor e Actros, o estreante Atron tem a missão de colocar a Mercedes-Benz de volta ao primeiro lugar entre as fabricantes de caminhões no Brasil. A liderança foi perdida há nove anos para o grupo MAN/Volkswagen. Nos últimos anos, o “best seller” L 1620 6X2 também não tem exibido o fôlego que sustentou em seu auge. Em 2007, o modelo perdeu a dianteira nas vendas para o Volkswagen Delivery 8.150, posto ocupado no ano seguinte pelo Volkswagen Constellation 24.250. Com o L 1620 caminhando para fechar 2011 em 5º lugar – com 4.699 unidades comercializadas até outubro –, a Mercedes-Benz aposta nos requisitos do Atron para manter o apreço do consumidor brasileiro pelos bicudos.


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