IV ENCONTRO EDUCAÇÃO INCLUSIVA UFS

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comunicação e do ambiente social. No entanto, existe um abismo entre a lei e sua efetivação, tornando-se necessário a existência de ferramentas para dar suporte à efetivação das mesmas, assim, tornando possível o ingresso, permanência e conclusão dos estudos de pessoas com deficiência nos diversos níveis e graus. Todas as instituições educacionais e em especial as públicas tem o dever de serem inclusivas, e o desimpedimento legal do acesso ao ensino superior da pessoa com deficiência está regulamentado na Portaria nº1.679 de 02 de dezembro de 1999, assegurando as condições básicas que permitam a mobilidade e a utilização de equipamentos nesses espaços de ensino. A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade por meio de transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços internos e externos, equipamentos, aparelhos e utensílios, mobiliários e meios de transporte), nos procedimentos técnicos e principalmente na mentalidade de todas as pessoas, como também das pessoas com necessidades especiais. Inclusão e exclusão são facetas de uma mesma realidade: discutir mecanismos para viabilizar a inclusão social, econômica, digital, cultural ou escolar significa admitir a lógica intrinsecamente excludente presente nos atuais modos de organização e produção social que se quer modificar (MATISKEI, 2004). A partir de 2009 podemos observar a crescente inserção de alunos com deficiência na Universidade Federal de Sergipe, atualmente atendendo cerca de 108 alunos, onde a maior incidência são as deficiências de natureza física seguidas pela deficiência auditiva e visual, por último dislexia e esclerose múltipla. Essa ampliação se deu em parte pela influência da resolução de nº 80/2008/CONEP que estabeleceu um programa de ações afirmativas, garantindo cotas para pessoas com deficiência. Diante disso o projeto Acesso e Permanência da Pessoa com Deficiência nos Diversos Graus e Níveis de Ensino foi desenvolvido como intuito de promover ações de pesquisa ensino e extensão na área de inclusão no ensino superior, contribuindo para a formação de uma cultura inclusiva.

2. METODOLOGIA A metodologia se desenvolveu diante da imbricação entre pesquisa ensino e extensão, através do levantamento dos problemas de acessibilidade física, pedagógica e 47


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