IV ENCONTRO EDUCAÇÃO INCLUSIVA UFS

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Para que o processo de aprendizagem aconteça de forma efetiva com pessoas que possuem algum tipo de deficiência, é necessário que aconteça essa adaptação, esse movimento que deve ocorrer sempre da família em relação ao filho, da escola em relação ao aluno e da sociedade em relação à pessoa com deficiência. Para isso essas instituições precisam colocar-se no lugar de quem vivencia isso, enxergando com os olhos de quem sente na pele. (STREDA, V. e STREDA, C, 2010, p. 9)

Na aquisição da leitura de crianças com Síndrome de Down é de extrema relevância dar significado ao ato de ler, com significado, para que possam compreender com mais exatidão. Assim, Freire (1982) profere que a leitura apresentada à criança deve ser minuciosamente decifrada, trabalhada, pois na maioria das vezes as crianças têm um contato imediato com a palavra, mas a compreensão da mesma não existiu. Para tanto se faz necessário apresentar o que foi descrito por tal palavra, de forma que esse objeto proporcione sentido a ela, pois dessa maneira a busca e o gosto pelo mundo das palavras, isto é, da leitura e da escrita, se intensifica. Os estudos de Ferreiro e Teberosky (1999) foram de grande valia para a compreensão do processo de aquisição da escrita e da leitura em crianças e adultos nãoescolarizados. Suas pesquisas constataram que, para chegar ao conhecimento da escrita, o alfabetizando organiza uma lógica, uma sequência no pensamento, formula hipóteses de como se escreve. Ao encontrar respostas para suas dúvidas, vai compreendendo que a escrita representa a fala e que há um sistema, ou seja, uma organização própria para escrever que o levará à apropriação da escrita e da leitura passando por diferentes níveis. Logo, a leitura ganha vida e a criança adquire o hábito de sua prática.

Considerações Finais

Diante das pesquisas bibliográficas dos levantamentos sobre a aquisição da leitura e da escrita de crianças com Síndrome de Down, concluiu-se que elas merecem uma atenção especial devido à má formação do cromossomo 21, o que a diferencia em alguns aspectos físicos, biológicos e cognitivos. Entretanto esses aspectos não significam dizer que são incapazes de aprender. Elas têm capacidade dentro dos seus limites à expressão verbal e escrita. Caberá a escola, na figura de seus professores identificarem as dificuldades e as características próprias desses sujeitos, considerando que cada criança possui seu 159


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