Revista Mais Automotive 81

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81 R$ 11,50

ANO 14

#81

A revista do empresário da reparação

Aula prática

Mais Automotive

VEJA QUAIS ESTADOS IRÃO ADOTAR A INSPEÇÃO AMBIENTAL NO ANO QUE VEM

GOVERNADOR DE SÃO PAULO VETA LEI QUE REGULAMENTARIA AS OFICINAS NO ESTADO GESTORES DA REPARAÇÃO REVELAM ESTRATÉGIAS PARA ENCONTRAR MÃO DE OBRA QUALIFICADA

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Job: 00334-023 -- Empresa: M&C Saatchi F&Q -- Arquivo: 00344-023-Rev Mais Automotive 205x275_pag001.pdf

Registro: 43572 -- Data: 15:47:34 29/08/2011


AO LEITOR

diretor geral Ricardo Carvalho Cruz rccruz@novomeio.com.br diretor de jornalismo Claudio Milan claudio@novomeio.com.br diretor comercial Paulo Roberto de Oliveira paulo@novomeio.com.br direção de marketing e desenvolvimento de negócios Carla Nórcia carla.norcia@novomeio.com.br

fale com a gente nosso endereço Rua São Tomé, 119 – 11º e 12º andares Vila Olímpia 04551-080 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3089-0155 Redação Dúvidas, críticas e sugestões a respeito das informações editoriais publicadas na revista. Envie releases com os lançamentos de sua empresa e notícias que merecem ser divulgadas ao mercado. jornalismo@novomeio.com.br Fone: (11) 3089-0168 Notícias Receba diariamente por e-mail as últimas notícias sobre o mercado automotivo. Cadastre-se para receber o Novo Meio by Mail em nosso site: www.novomeio.com.br Publicidade Anuncie na Mais Automotive e tenha sua mensagem divulgada na única publicação do mercado dirigida aos empresários da elite da reparação automotiva. comercial@novomeio.com.br Fone: (11) 3089-0176 Marketing Vincule sua marca aos projetos e eventos mais criativos e importantes do mercado de autopeças e reposição. Informe-se sobre reprints das reportagens publicadas na revista. marketing@novomeio.com.br Fone: (11) 3089-0159 Assinatura Assine a Mais Automotive e receba em primeira mão informações sobre a evolução do mercado brasileiro de reparação e conheça ferramentas para garantir o crescimento de sua empresa. Receba os números atrasados para completar a sua coleção. Informe-se sobre as vantagens do Clube do Assinante. assinatura@novomeio.com.br Grande São Paulo Fones: (11) 3089-0155 Outras regiões: 0800 55 6247 Recursos humanos Venha trabalhar com a gente e encontre espaço para mostrar seu talento. curriculos@novomeio.com.br Fone/Fax: (11) 3089-0155 www.novomeio.com.br

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www.maisautomotive.com.br Ano 14 #81 2011 Distribuição nacional

A revista Mais Automotive é uma publicação bimestral da Editora Novo Meio Ltda., de circulação dirigida aos proprietários de centros automotivos, centros de reparação, concessionárias de veículos nacionais e importados e seus clientes. Tem como objetivo divulgar notícias, opiniões e abordar temas que venham contribuir para o desenvolvimento do setor.

diretor responsável Ricardo Carvalho Cruz

redação jornalismo@novomeio.com.br editor: Claudio Milan repórteres: Larissa Andrade e Patrícia Malta de Alencar

editoração artes@novomeio.com.br projeto gráfico e direção de arte: Sérgio Parise Jr. designer gráfico: Ivan Ordonha assistente de arte: Priscila Wu

Reviravolta e surpresa O mercado foi pego de surpresa com o veto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à lei que regulamentaria a atividade das oficinas mecânicas em São Paulo. A aprovação da lei pela Assembleia Legislativa paulista, em 25 de maio último, foi recebida com entusiasmo pelas lideranças do setor e ninguém esperava pela reviravolta que a proposta acabou experimentando no Poder Executivo. Nesta edição, mostramos as razões que levaram o governador Alckmin a vetar a lei. A nós, leigos, surpreende o número de inconstitucionalidades apontadas pelo despacho assinado pelo chefe do Executivo paulista – considerando-se que o projeto havia passado pelas devidas instâncias de apreciação durante seu processo de tramitação. Mas, apesar da frustração momentânea, a ideia permanece viva. Além da possibilidade, por enquanto remota, de reverter a situação na própria Assembleia Legislativa, agora a proposta é partir para a esfera nacional, a partir do apoio de congressistas em Brasília. A Mais Automotive, como faz desde 2008, quando o projeto de lei paulista foi tema de reportagem de capa,

publicidade comercial@novomeio.com.br diretor comercial: Paulo Roberto de Oliveira representação comercial: Rafael Cury Bergamini ME

vai continuar acompanhando a evolução dessa proposta, importante para

marketing marketing@novomeio.com.br direção de marketing e desenvolvimento de negócios: Carla Nórcia assistentes: Bruna Pascucci e Claudia Paulino estagiária: Alessandra Siqueira

da reparação automotiva sobre as oportunidades de evolução e aprimoramento

assinaturas assinatura@novomeio.com.br

cada dia mais complexos sistemas veiculares embarcados.

tecnologia heraclito@novomeio.com.br Heráclito Kunzendorff

regulamentar uma atividade que é fundamental para a economia brasileira – e igualmente determinante para a própria segurança do consumidor final. Enquanto isso, seguimos nossa rotina de informar os empresários e gestores de seus negócios. Nesta edição, apresentamos alguns exemplos de indústrias de autopeças e sistemas automotivos que investiram em centros de treinamento para qualificar os profissionais do segmento. Uma estratégia louvável em um mercado que cada vez mais depende de mão de obra capacitada, detentora de conhecimentos sólidos, capazes de permitir a manutenção e reparação dos a Mão de obra esta que representa um desafio crescente para os gestores da reparação, como mostra outra reportagem que você vai ler nesta edição. Conversamos com empresários do segmento para saber que caminhos estão trilhando para repor a perda de bons profissionais em suas equipes ou

jornalista responsável Claudio Milan (MTb 22.834)

Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação à qualidade e veracidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

AUDITADO PELO INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

simplesmente preencher novas vagas abertas pela demanda em expansão. Demanda que deverá crescer ainda mais no ano que vem, quando novos estados irão aderir à inspeção ambiental, outro assunto de nossas páginas. Esse foi um breve resumo dos temas que você começa a acompanhar a seguir, assuntos que elegemos para este nosso novo encontro. E não deixe de interagir com nossa redação para sugerir os assuntos que você quer ler na Mais Automotive. Escreva para jornalismo@novomeio.com.br e faça valer seu, para nós sagrado, direito de expressão.

Claudio Milan claudio@novomeio.com.br 3

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SUMÁRIO

34

Nesta

EDIÇÃO Indústrias de autopeças investem em centros de treinamento para qualificar e fidelizar reparadores.

12

20

Obrigatoriedade da certificação pelo Inmetro chega a mais peças de reposição.

06 16 48 50 51 52 54 58 60 61

MAIS ESSA SUSTENTABILIDADE COMPORTAMENTO IQA ADMINISTRAÇÃO SINDIREPA FÓRUM MAIS CARRO AUTOMOBILISMO MAIS EQUIPAMENTOS

Rede de Oficinas do Alto Tietê comemora oito anos com foco no empreendedorismo.

24

28 Gestores da reparação contam como encontram mão de obra qualificada.

Governador de São Paulo veta lei de regulamentação das oficinas no estado.

42 Estados divulgam Planos de Controle da Poluição Veicular e anunciam inspeção em 2012.

Capa Sérgio Parise Jr.

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Sumario MA 81.indd 4

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MAIS ESSA

Crédito para retíficas O Sindimotor e a Associação Paulista

aos empresários paulistas, do setor de

de Retífica de Motores (Aparem) assina-

retífica e reparação de motores, linhas

ram acordo com a Agência de Fomento

de crédito para a aquisição de novos

Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento

maquinários, com taxas de juros mui-

para oferecer às retíficas e reparadoras

to atraentes (a partir de 0,65% ao mês

de motores uma linha de crédito especí-

mais IPC/Fipe), e longos prazos para

fica para a compra de máquinas, ferra-

pagamento, que podem chegar até 60

mentas e equipamentos novos. A Nossa

meses. Através da Nossa Caixa Desen-

Caixa Desenvolvimento é um banco de

volvimento também é possível aos asso-

desenvolvimento do Governo do Esta-

ciados das entidades solicitarem a linha

do de São Paulo que tem por objetivo

de crédito do Programa BNDES de Sus-

fomentar os negócios e que oferece

tentação de Investimento (PSI).

Bieletas

Formação

e bombas

profissional

A Autho Mix lança novos produtos nas

A Nytron e o Senai de Belo Horizonte

linhas de bieletas e bombas-d’água. As duas

(MG) firmaram parceria com o objetivo de

linhas passam a integrar um portfólio de mil

formar profissionais interessados em sin-

itens para o mercado de reposição. Os vare-

cronismo de motor. O curso é ministrado

jistas e aplicadores que quiserem conhecer

por instrutores do Senai e a Nytron e forne-

mais os produtos Autho Mix podem entrar

ce material didático, ferramental específico

em contato com o serviço de atendimento

e motores. Haverá aulas práticas e teóricas

pelo telefone (11) 2168-6110, pelo e-mail

sobre princípios de funcionamento do mo-

sat@authomix.com.br ou diretamente nas

tor do ciclo Otto e Diesel; tipos e caracte-

filiais das distribuidoras Roles e RPR.

rísticas do sistema de sincronismo e diagrama de válvulas; tipos de correias dentadas,

As novidades, como as bombas-d’água, integram um portfólio total de mais de mil itens

De olhos

principais problemas, causas e soluções; importância da utilização das ferramentas nos motores modernos e das regulagens de válvulas para o fluxograma do motor; importância do sincronismo para o desempenho do motor e emissões de poluentes; e dicas para evitar erros de montagem.

Ford implementa sistema de alerta aos motoristas com sono ao volante

Uma das inovações implementadas pela Ford em alguns de seus modelos mundiais é o “Driver Alert”. Usando avançada tecnologia e algoritmos sofisticados, ele analisa o comportamento do motorista e dispara um aviso ao detectar sinais de sonolência ou direção irregular. O sistema é composto de uma pequena câmera frontal conectada a um computador de bordo. A câmera fica montada na parte de trás dos retrovisores e é programada para identificar as faixas de ambos os lados da pista. O computador monitora a

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abertos

Lançamentos em série A Decar, que atua com a marca própria

embreagem passa por testes constantes de

DC no mercado de autopeças, apresentou

estanqueidade e durabilidade. E os kits de

as linhas de cubos de roda, de atuadores

eixos de comando surgem em duas versões:

hidráulicos e o kit eixo comando válvulas

completa, com os tuchos

(93337976) para Corsa, Celta e Prisma 1.0

do motor, e parcial,

8V 06, todos equipados com motor VHCE

sem tuchos.

Flexpower. Confeccionada em aço forjado e em conformidade com as especificações das montadoras, a linha de cubos de roda se diferencia dos similares encontrados no mercado de reposição, que são dominados por Atuador hidráulico está entre as novidades apresentadas

cubos de roda fabricados em ferro fundido nodular. A linha de atuadores hidráulicos de

Pastilhas Fiat A TMD Friction do Brasil apresentou

Doblò: > novembro de 2009;

estrada à frente e prevê onde o

ao mercado de reposição novas pasti-

Stilo 1.8: > fevereiro de 2010;

carro deveria estar posicionado

lhas de freio dianteiras da marca Cobreq

Uno Mille Economy:

em relação às faixas. Ele compara

para 16 modelos da Fiat, montadora da

> outubro de 2010;

essa medida com a posição real do

qual é fornecedora de produtos origi-

Uno Mille Economy Way:

veículo e, se a diferença for gran-

nais. As aplicações são as seguintes:

> agosto de 2010;

de, dispara um aviso. Primeiro,

Punto (todos):

Fiorino: > julho de 2010;

aparece uma mensagem de texto

a partir (>) de julho de 2009;

Bravo Essence 1.8 16V:

no painel de instrumentos, acom-

Idea 1.4: > julho de 2009;

> dezembro de 2010;

panhada de um alerta sonoro de

Idea 1.8: > maio de 2010;

Bravo Essence 1.8 16V Dualogic:

dez segundos. Se o motorista con-

Palio 1.8: > julho de 2009;

> dezembro de 2010;

tinua mostrando comportamento

Palio Weekend 1.8:

Bravo Absolute 1.8 16V:

inseguro, é ativado um aviso mais

> julho de 2009;

> dezembro de 2010.

forte, que o motorista precisa

Siena 1.8: > julho de 2009;

responder apertando um botão.

Strada 1.8: > julho de 2009;

A tecnologia está disponível nas novas gerações dos modelos Focus, Mondeo, S-MAX e Galaxy, recentemente lançadas na Europa e ainda indisponíveis no Brasil.

Fabricante fornece para linha de montagem da montadora italiana

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MAIS ESSA

Reciclagem de vidros Está em trâmite na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná o Projeto de Lei nº 524/2011, do deputado estadual Gilberto Ribeiro (PSB-PR), que trata da correta destinação dos vidros automotivos inutilizados, material de difícil decomposição e que representa sérios riscos ao meio ambiente. “Atualmente, apenas 5% das mais de 5 mil toneladas de para-brisas que são depositados na natureza mensalmente são reciclados”, comenta Kleber Carreira, presidente do Instituto Autoglass, voltado à reciclagem e educação socioambiental. A entidade comemora a iniciativa do deputado. Segundo ele, a situação é preocupante em

Ranking de reparabilidade O Cesvi Brasil (Centro de Experi-

nesse ano. A definição utilizada para

mentação e Segurança Viária) divul-

esse índice vem do fato de que os

gou os melhores colocados no CAR

veículos são classificados em grupos.

Group 2011 – índice que avalia o custo

Cada grupo representa uma faixa de

e o tempo de reparo de um veículo. O

valores relacionados a seu custo pon-

índice de reparabilidade é atualizado

derado de reparo. Em uma escala de

anualmente devido às alterações dos

10 a 60, quanto melhor a reparabilida-

valores da cesta básica de peças e à

de, menor será o número do grupo de

entrada de novos veículos no ranking.

classificação do veículo. Os premiados

A Citroën e a Volkswagen foram as

de 2011 de acordo com cada catego-

montadoras que mais se destacaram

ria foram:

Hatch compacto – C3 HB (Citroën), Ka

Picape média – S10 Cabine Simples

(Ford) e Novo Fox (Volkswagen).

(Chevrolet).

Hatch compacto off-road – Sandero

Sedan compacto – Novo Polo Sedan

Stepway (Renault).

(Volkswagen).

Hatch médio – Bravo (Fiat).

Sedan médio – C4 Pallas (Citroën).

Hatch médio off-road – SX4 (Suzuki).

SW compacto – Novo SpaceFox

Minivan compacta – C3 Picasso (Citroën).

(Volkswagen).

Minivan média – C4 Picasso (Citroën).

SW médio – Mégane Grand Tour

Picape compacta – Nova Saveiro Cabine

(Renault).

Simples (Volkswagen).

Utilitário – Transit Furgão Curto (Ford).

face do crescimento da frota. “Se considerarmos que a idade média da frota passou de 8 anos e 10 meses em 2009 para 8 anos e 8 meses em 2010, o problema da reciclagem de vidros se agrava e, o pior, nada está sendo feito para adequar a situação”. Na esfera federal, tramita o Projeto de Lei nº 477/2009, do então senador Gerson Camata, já aprovado no Senado em 2010 e que, atualmente, está em análise na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS). Apesar da resistência de muitos reparadores às montadoras francesas, Citröen se destacou no CAR Group 2011

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Novidades

Cilindro

no aniversário O Grupo Sogefi está comple-

nologia de plissagem presente no

tando 30 anos. Em meio às come-

material, que permite uma área de

morações, a empresa reservou

filtragem maior. A outra novidade

duas novidades para o mercado

é a chegada ao mercado brasileiro

de reposição brasileiro. A primeira

da marca Purflux, super premium, já

é o lançamento da linha de Filtros

consolidada internacionalmente e

do Óleo High Performance FRAM,

com atuação destacada na Europa.

produto que apresenta durabilidade

A empresa explica que estes produ-

20% maior do que os filtros tradi-

tos, que concentram alta tecnologia,

cionais. De acordo com o fabricante,

terão foco no mercado de reposição

o benefício é resultado da alta tec-

para a frota de veículos importados.

mestre A TRW lançou a caixa Cilindro Mestre + Fluido para Freio Grátis, uma embalagem promocional que traz um frasco de 200 ml de Fluido para Freio DOT3 grátis. Com a iniciativa, além de proporcionar praticidade ao reparador, a empresa pretende incentivar os procedimentos corretos, uma vez que, para realizar a manutenção em freios, o aplicador também deve trocar o fluido. O produto já está disponível no mercado com quatro códigos diferentes, para atender a diversos modelos das marcas Fiat e GM.

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MAIS ESSA

Motores de partida A Delco Remy apresenta novos componentes originais para a manutenção dos motores de partida. São eles a bobina de campo e portaescovas para as séries 38MT e 39MT – 12 e 24V; e carcaça com bobina e porta-escovas para a linha 29MT – 12 e 24V. Com estes itens, o reparo dos motores

Sistema híbrido A Ford e a Toyota anunciaram parce-

desempenho que eles esperam desses veí-

ria para o desenvolvimento de um novo e

culos. As montadoras entendem que a co-

avançado sistema híbrido para picapes e uti-

laboração permitirá trazer a solução híbrida

litários esportivos. As duas empresas se des-

para os consumidores de forma mais rápida

tacam no cenário mundial pelos resultados

e com custo mais acessível do que se traba-

que vêm obtendo com a tecnologia. Ago-

lhassem sozinhas. Dentro do acordo, ambas

ra, assumem o compromisso de colaborar,

irão reunir o melhor da tecnologia híbrida

como parceiras igualitárias, em um novo sis-

e o conhecimento desenvolvido por cada

tema híbrido que leve o consumo eficiente

uma de forma independente para a criação

de combustível da tecnologia híbrida para

de um sistema híbrido conjunto, que será

um novo grupo de consumidores de picapes

usado em picapes de tração traseira, para

e utilitários esportivos, sem comprometer o

lançamento no final da década.

de partida torna-se ainda mais ágil, evitando que veículos e máquinas fiquem parados, perdendo tempo e dinheiro.

Parceria

no posto A Bosch agora é fornecedora exclusiva de palhetas e baterias para a Jet Oil, franquia automotiva dos pos-

SUVs e picapes Ford e Toyota dividirão nova tecnologia híbrida

tos Ipiranga. Os consumidores já podem encontrar nas mais de 660 unidades da rede em todo o país as linhas completas de baterias Silver e palhetas ECO, Twin e Aerotwin. “Há, ainda,

Vedando vazamentos A Rislone passa a oferecer nos

admissão, blocos, cabeçotes e bu-

previsão de futuramente fornecer-

mercados da América do Sul e

jões. Basta despejar o conteúdo do

mos equipamentos de diagnose para

Central seu selante para sistemas de

frasco no radiador, deixar o motor

baterias, fluido de freio e sistema de

arrefecimento de veículos. O Liquid

em marcha lenta por cinco minutos,

ar-condicionado, o que vai ocorrer, ini-

Copper Block Seal and Radiator

esfriar e complementar com líquido

cialmente, num piloto realizado na ci-

Stop Leak é formulado para vedar

refrigerante. O produto pode ser

dade do Rio de Janeiro”, revela Denis

grandes vazamentos de sistemas de

usado em qualquer veículo refrige-

Lima, coordenador de Trade Marketing

resfriamento de juntas, radiadores,

rado a água, sem necessidade de

de Palhetas e Baterias.

núcleos do calefator, coletores de

retirar o anticongelante.

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QUALIDADE

Novos padrões de segurança Inmetro publica nova portaria incluindo mais oito autopeças na lista de certificação compulsória pelo instituto Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Ilustração Ivan Ordonha

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C

om o objetivo de garantir um pa-

E ainda posiciona o Brasil num nível que a

vai se sentir mais seguro. Em agosto, por

drão de qualidade mínimo para

nossa frota exige porque a certificação de

exemplo, houve um acidente que foi muito

as autopeças vendidas no Brasil,

produtos já era prevista em outros países,

rumoroso no ABC paulista. Escaparam as

o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia,

na União Europeia, nos Estados Unidos,

rodas de um caminhão e isso matou duas

Normalização e Qualidade Industrial) vem

Austrália e até na vizinha Argentina”.

pessoas. Ninguém foi fazer uma inspeção

estabelecendo a obrigatoriedade da certi-

No caso das autopeças, ninguém dis-

para ver por que essas rodas se soltaram.

ficação para diferentes componentes auto-

cute a necessidade de oferecer ao con-

Mas já imaginou se a gente descobrir que

motivos, o que obriga fabricantes e impor-

sumidor apenas produtos de qualidade

são rodas não homologadas, que foram

tadores a cumprir uma série de requisitos.

– até porque a segurança deve sempre

fabricadas com um padrão de qualidade e

A portaria 301, de 21 de julho de 2011,

estar em primeiro lugar –, mas existem

manufatura inadequado, como costuma

tornou compulsória a certificação dos se-

diferentes níveis de qualidade. “Eu acho

acontecer?”, questiona Bento.

guintes itens para o mercado de reposição:

que nós temos um bom trabalho pela

O Instituto já tem regulamentadas as

amortecedores de suspensão, bombas elé-

frente para fazer o consumidor se acos-

certificações de conformidade para catali-

tricas de combustível, buzinas, pistões de

tumar com essa ideia. O cuidado que ele

sadores, rodas automotivas, fluidos de freio

liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava,

tem que tomar é, ao comprar uma peça,

e vidros de segurança. Estão em processo

anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas.

exigir a certificação”, alerta Bento.

de regulamentação baterias chumbo-ácido

O selo será obrigatório para os produ-

“O primeiro impacto da medida será

para automóveis e motocicletas; terminais

tos a serem aplicados em veículos fabrica-

inibir a importação de porcarias, colocan-

e barras de direção; e pastilhas e lonas de

dos ou importados a partir de 1º de janeiro

do todo e qualquer tipo de fabricante no

freios. Essas autopeças já “estão no forno”,

de 2000, ficando isentos os componentes

mesmo patamar. Quem quiser fazer uma

segundo Bento. “Nosso objetivo é certificar

para linha de montagem e recall. Com isso,

autopeça, vai ter que se certificar. Há um

o maior número possível de produtos. Então

a medida atenderá a 71% da frota circu-

impacto, então, para o consumidor final,

temos um longo trabalho pela frente, mas

lante. A iniciativa faz parte das ações de

de melhoria da qualidade. Com isso, ele

vamos priorizar os itens de segurança”.

combate à pirataria e de incentivo à manutenção preventiva promovidas pelo GMA, o Grupo de Manutenção Automotiva. QUALIDADE O Inmetro certifica esses componen-

Como o Inmetro desenvolve a certificação - O Comitê Brasileiro de Avaliação

estipulados: avaliação em laboratório,

da Conformidade, um conselho

rastreabilidade no sistema de qualida-

assessor do Inmetro, define quais

de, auditoria, fiscalização do mercado

serão os itens que entrarão no plano

e visitação periódica às fábricas.

de regulamentação, de acordo as

- O fabricante recebe um atestado que

à sociedade. Antônio Carlos Bento, coor-

prioridades do instituto.

lhe permite comercializar o componen-

denador do GMA, vê a certificação como

- São estudadas as normas técni-

te certificado e um selo, que deverá

extremamente importante. “A ideia cen-

cas sobre o assunto, nacionais e

ser gravado ou colado em cada peça

tral é balizar a produção das autopeças.

internacionais, para a elaboração

fabricada ou na sua embalagem.

Queremos assegurar ao consumidor que

do regulamento.

- Resta à fiscalização inibir o

a peça colocada em seu carro foi produ-

- O instituto realiza diversos testes para

comércio ilegal das peças que não

garantir a adequação aos quesitos

possuírem o selo.

tes para garantir ao consumidor a qualidade imprescindível à função que cada uma das peças exerce no veículo, pois é missão do instituto prover essa confiança

zida obedecendo aos requisitos mais básicos de segurança e de maneira uniforme.

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QUALIDADE

CATALISADOR

Divulgação

na certificação compulsória, recentemente houve uma apreensão em um

A peça foi o primeiro item auto-

distribuidor que tinha 400 peças no es-

mobilístico a ser certificado de forma

toque. “Ele perdeu tudo. Quem ainda

compulsória pelo Inmetro. A obriga-

tem, neste momento, eu espero que,

toriedade começou a vigorar em abril

para a sorte financeira do seu negócio,

deste ano, o que significa que desde

não tenha produto estocado que dure

então não podem mais ser vendidos

até julho de 2013 [prazo para elimina-

no mercado nacional catalisadores

ção dos estoques], o que seria uma in-

sem o selo do Inmetro. Já o regula-

sanidade, ter dois anos de estoque, e

mento para as rodas de aço e alumí-

quando estiver chegando perto dessa

nio entra em vigor em 19 de novem-

data, precisa começar a gerenciar isso

bro deste ano, quando, então, todo

direitinho”, afirma Bento.

Cesar Samos, proprietário da Mecânica do Gato e diretor do Sindirepa-SP

item fabricado ou importado terá que

O Instituto de Pesos e Medidas do

atender às normas respectivas. E a

Estado de São Paulo (Ipem-SP) foi o

Preto. Dos 858 produtos verificados,

partir de julho de 2014, esse novo rol

responsável pela “Operação Conver-

106 estavam irregulares.

de peças também não poderá mais ser

sor Catalítico”, que fiscalizou a venda

Além da fiscalização ativa, Bento

de nenhuma forma comercializado.

de catalisadores sem o selo do Inmetro

lembra que é possível fazer denúncias.

Para não incorrer em ilegalidade, o

em 36 estabelecimentos comerciais na

“O fabricante tem todo o interesse que

coordenador do GMA recomenda aos

Grande São Paulo, em 8 de junho. Do

a certificação entre o mais rápido pos-

empresários do mercado de reposi-

total, oito foram autuados. No interior

sível. Então, se alguém detectar algu-

ção que cuidem do seu estoque. “Para

do estado, foram 9 das 39 lojas visita-

ma irregularidade, podemos fazer isso

a fiscalização do Inmetro, encontrar

das em 26 de julho. A “Operação Con-

chegar até o Inmetro. As autoridades

uma peça em estoque depois do pra-

versor Catalítico Interior” foi realizada

aduaneiras também estão instruídas”.

zo será considerado ilegal”. No caso

em Bauru, Campinas, Ribeirão Preto,

O coordenador do GMA afirma que

do catalisador, que já está enquadrado

São José dos Campos e São José do Rio

o grupo tem se esforçado para pulverizar essa informação entre todos os segmentos do mercado, “para que quando chegue a hora, ninguém mos-

Produtos já

regulamentados

tre estranheza”, afirma. REPARAÇÃO

Portaria 346, de 3 de outubro de 2008

Portaria 301, 21 de julho de 2011

• Conversores catalíticos (catalisador)

• Amortecedores de suspensão

Para Cesar Samos, dono da Me-

Portaria 445, de 19 de novembro

• Bombas elétricas de combustível (Otto)

cânica do Gato e também diretor do

de 2010

• Buzinas ou similares

Sindirepa-SP, a certificação vai disci-

• Rodas

• Pistões de liga leve de alumínio

plinar o mercado. “Hoje temos muita

Portaria 78, de 3 de fevereiro de 2011

• Pinos e anéis de trava (retenção)

gente importando peça, então você

• Fluido para freios

• Anéis de pistão

Portaria 246, de 30 de maio de 2011

• Bronzinas

encontra o produto de um fabricante

• Vidro de segurança temperado

• Lâmpadas

tradicional, com determinado padrão de qualidade, por um valor ‘x’, e outro por um valor dez vezes mais barato.

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Para o consumidor é a mesma coisa, mas quando você instala a peça, você vê que não é”. Quem deve fazer o filtro, portanto, é a própria oficina. “Às vezes, o consumidor pressiona o mecânico; e em algumas oficinas menores, o próprio cliente acaba trazendo as peças. Agora a certificação vai até ajudar na hora de argumentar, pois você vai poder falar que essa peça tem determinado valor porque é uma peça com qualidade certificada”, afirma Samos. Quanto à qualidade e ao preço, Samos

Prazos de adequação

do mercado

A cada portaria publicada pelo Inmetro, incluindo novos itens na certificação compulsória, estes são os prazos que devem ser atendidos pelo mercado: • Para fabricação e importação: 18 meses • Para fabricantes e importadores esgotarem seus estoques antigos: 24 meses • Para varejistas e atacadistas comercializarem: 36 meses

alega não ter sentido nenhuma diferença, uma vez que já trabalhava com marcas boas de catalisadores. “Pra gente não mudou nada, mas você vê que o cliente

der cada vez melhor seu cliente, lhe

ele é o maior interessado em utilizar uma

que comprou aí pelo mercado começa a

explicando sobre a certificação, para

peça de boa procedência”, explica Bento.

perceber que existe diferença. Já tivemos

se diferenciar dos profissionais que

O reparador que instala uma peça sem

vários casos aqui, principalmente no ano

fazem “trambicagem”. “Tem muita

qualidade, que pode causar um acidente

passado, de clientes que chegavam com

gente sendo enganada. Tem mecânico

de trânsito, pode ser legalmente respon-

um catalisador novo que não funcionava,

que joga pedrinha no catalisador para

sabilizado pelas consequências do ato.

de marcas desconhecidas, que não têm

dizer que está estragado, tira e fica

Samos também acha importante a

compromisso com a qualidade. Eles tive-

com a peça boa, colocando uma pior.

divulgação da certificação. “O consu-

ram que gastar duas vezes”.

Aí eles reformam o catalisador por

midor não presta atenção nisso, fica

Para Marcos Papandrea, proprietário da

fora, pintam e põem no carro de ou-

só na discussão de preços. Depois que

Ica Scap, o selo do Inmetro vai somente di-

tro, dizendo que é novo. Para mim isso

aprova o orçamento, acabamos não

minuir a pirataria. “Mesmo com o certifica-

é roubo. O bom mesmo era, quando

tendo abertura para essa discussão.

do, ainda aparece alguma coisa, pois se fal-

a pessoa trocar por um novo, levar o

Mas era bom divulgar para os mecâ-

sifica tudo, não é? Eu, graças a Deus, sei de

velho embora. Tem sempre que procu-

nicos também, para que eles fiquem

quem eu compro. Mas tem loja ‘fundo de

rar a peça com o selo do Inmetro, com

atentos e para a proteção deles mes-

quintal’ que trabalha com qualquer coisa”.

o certificado de garantia da fábrica, a

mos, da garantia do trabalho dele”.

Ele vê reflexo do selo no preço, mas

nota fiscal da loja e, quando for trocar,

acha que o consumidor entende. Já o pro-

levar o usado embora!”.

vas regras funcionarão da seguinte forma:

cesso de substituição, para o especialista, que troca de 30 a 40 catalisadores por mês,

Para os novos produtos listados na portaria 301/11, os prazo de adaptação às no-

PRAZOS

a fabricação e importação destas peças, a partir de janeiro de 2013, deverão necessa-

não teve qualquer impacto. “Eu não tinha mais em estoque porque fui trocando aos

Agora, cabe ao mercado se adaptar.

riamente atender aos requisitos do Inmetro;

poucos, já que demorou um ano para re-

“O reparador tem, de um lado, o cuidado

a comercialização de fabricantes e importa-

gulamentar a certificação, então os antigos

com o seu negócio, que é não ter em es-

dores para o mercado de reposição deverá

foram saindo da loja. Mas ficam com um

toque peças não certificadas, e do outro,

atender à portaria a partir de julho de 2013;

ano de garantia do mesmo jeito”, afirma.

a responsabilidade com a qualidade da

e do varejo para o reparador ou para o con-

manutenção do veículo do cliente. Então

sumidor final, a partir de julho de 2014.

O empresário vem tentando aten-

15

Qualidade MA 81.indd 15

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SUSTENTABILIDADE

verde

como a Revendedora da Goodyear inaugura primeira loja de baixo impacto ambiental da marca, em Gravataí (RS)

Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Fotos Divulgação

grama U

ma parceria com a

ram perto do trabalho. A novidade,

revendedora Bellen-

segundo Miguel Dantas, gerente de

zier Pneus permitiu à

sustentabilidade da Goodyear do

Goodyear inaugurar

Brasil, está alinhada com a estraté-

em Gravataí, no Rio Grande do

gia da empresa. “Estamos falando

Sul, sua primeira unidade de

de algo que pode reduzir os impac-

baixo impacto ambiental. Os

tos que geramos no meio ambiente

investimentos da loja vão desde a

e ainda traduzir isso em um benefí-

reutilização da água da chuva até o

cio econômico para o negócio, que

incentivo do uso de bicicleta como

resvala também para benefícios so-

transporte dos funcionários que mo-

ciais”, afirma o gerente.

16

Sustentabilidade MA 81.indd 16

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Nilva Bellenzier, diretora da

DIA A DIA

Bellenzier Pneus, que engloba

Vidros duplos nas janelas também contribuem para a redução do con-

12 centros automotivos, cinco

Foram muitos os conceitos

sumo de energia elétrica, ameni-

truckcenters, três recapadoras e

implantados na loja-modelo da

zando o frio e o calor no ambiente

outros 21 credenciados, teve um

Bellenzier. O não desperdício é um

interno. As portas da loja, um dos

insight quando decidiu abrir a loja

deles, praticado por meio da reutili-

poucos materiais em madeira, são

de Gravataí, na RS-118, uma via

zação da água da chuva e gerando

certificadas pelo Conselho Brasileiro

de bastante movimento, que liga

uma economia de 30 mil litros por

de Manejo Florestal (FSC). “Quan-

toda a região do Vale dos Sinos a

mês. Três caixas-d’água sob o solo

do nós fizemos a obra, tivemos a

Porto Alegre e à BR-101. “A gen-

captam a água escoada pelo telha-

preocupação de utilizar madeiras

te vinha acompanhando, através

do verde e pelos pisos de grama ou

de reflorestamento,

da Goodyear, a conscientização

de concreto drenante, que permi-

além de selecionar

que ela foi promovendo em re-

tem maior absorção pelo solo. Essa

as empresas que

lação ao meio ambiente. Então

água é aproveitada principalmente

prestaram serviços

eles confeccionaram um manual

nos sanitários, na limpeza do piso

por serem éticas e

de boas práticas e quando eu o

interno e para regar as áreas ver-

terem preocupação

recebi pensei, ‘Eu vou fazer uma

des. O telhado verde proporciona

com a preservação

loja nova, por que não fazer den-

conforto térmico, melhorando as

do meio ambien-

tro dessa concepção?’”.

condições termoacústicas no inver-

te”, lembra Nilva.

Nilva contatou a Goodyear,

no e no verão, elimina CO2 e ainda

A Bellenzier fez

que ofereceu suporte por meio

serve de suporte para ninhos de

o plantio de árvores

de uma consultoria, e chamou

pássaros. “Essa prática do telhado

nativas ao redor da

também dois estudantes da Uni-

verde está se espalhando ao redor

loja e construiu um bicicletário para

versidade do Rio Grande do Sul,

do mundo, principalmente na Eu-

seus funcionários. “Estimulamos os

que elaboraram o projeto da

ropa”, explica Dantas.

que moram mais próximos a virem

loja-conceito. “Eles pensaram

Nos painéis da fachada são

de bicicleta”, explica Nilva. Os fun-

em tudo o que podíamos fazer

utilizadas lâmpadas de LED – que

cionários são os responsáveis pela

para diminuirmos ao máximo o

economizam até 90% mais ener-

coleta seletiva do lixo e pela reci-

impacto ambiental e promover

gia que as comuns – e no espaço

clagem dos subprodutos da reca-

a sustentabilidade. Eles amplia-

interno, opções também mais eco-

pagem. “Essas são ferramentas de

ram a concepção que tínha-

nômicas, além de sensores de apro-

negócios que temos para atender

mos”, afirma Nilva.

ximação em depósitos e banheiros.

nossos clientes. Diretamente, elas

Nilva Bellenzier, diretora da Bellenzier Pneus

100% dos funcionários da Goodyear receberam educação sobre o tema sustentabilidade, começando pelo presidente até o ‘chão de fábrica’ Miguel Dantas, gerente de sustentabilidade da Goodyear do Brasil

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SUSTENTABILIDADE

proporcionam um prolongamento

eu estaria mentindo. Estamos cons-

depois, para o resto da vida, vai ser

da vida útil do pneu, o que faz com

truindo isso. Os funcionários vão

lucro. Temos que considerar que

que você tenha menos necessida-

criando uma consciência e também

desde o início já é um lucro para

de de ir ao meio ambiente retirar

levam isso para suas famílias”.

o planeta também”, afirma. Para

matéria-prima e utilizar energia na produção de novos produtos. En-

Dantas, essa loja é um reflexo da REFERÊNCIA

tão as ferramentas de gestão dentro da loja também

teve como estratégia trazer a susAgora, Nilva pretende expan-

tentabilidade para dentro do negó-

esse

dir o projeto para toda a rede. “À

cio. “Nós temos um manual de boas

posicionamento

medida que formos fazendo lojas

práticas para as nossas revendas. A

da Goodyear de

novas, esse passou a ser um pa-

Bellenzier queria fazer a diferença

trabalhar a susten-

drão; para as que já estão em fun-

na região em que atua e a empre-

tabilidade”, explica

cionamento, faremos adaptações.

sa coaduna com a nossa filosofia”.

Dantas.

Por exemplo, em quase todas as

Mas o gerente explica que eles não

Para Nilva, esse

lojas já trocamos a iluminação in-

colocam pré-requisitos para os re-

é um trabalho que

terna; e quando reformarmos a

vendedores. “Nosso jeito de fazer é

tem que ser cons-

fachada, vamos trocar as lâmpa-

por meio do engajamento. Quando

truído: “Nós es-

das por LED e usaremos tintas com

a gente percebe que nossos par-

tamos educando.

menos produtos químicos. Gra-

ceiros têm o mesmo olhar que a

Temos feito pales-

dativamente iremos nos adaptan-

gente, disponibilizamos facilidades

tras com todos os

do”. Dantas explica que toda vez

para que eles venham para o nosso

funcionários,

de

que uma revenda manifesta inte-

caminho”, afirma Dantas.

todas as nossas lojas, para criar

resse em abrir uma nova agência,

Segundo ele, é importante

essa consciência dentro da empre-

tudo é construído a quatro mãos.

que a loja sirva de exemplo para

sa. Já no ano passado, quando fi-

“A gente quer que mais parceiros

os demais parceiros da empresa e

zemos a convenção da Bellenzier,

nossos sigam esse caminho”.

também para a sociedade como

corroboram

Miguel Dantas, gerente de sustentabilidade da Goodyear do Brasil

filosofia da Goodyear, que sempre

que reúne toda a rede, trouxemos

O custo da loja, segundo Nilva,

um todo. “Sustentabilidade é

o Miguel Dantas e fizemos pales-

cresceu em torno de 15% sobre

um dos nossos valores e isso se

tras, procurando conscientizá-los.

o valor original da obra. “Mas em

traduz de várias formas, do pon-

Já fizemos melhorias nos processos,

menos de três anos a gente tira a

to de vista dos produtos e das

mas se eu disser que já está 100%

diferença com a economia gerada,

ferramentas de gestão. Isso está dentro do nosso business. Esta-

À medida que fomos fazendo lojas novas, esse passou a ser um padrão; para as que já estão em funcionamento, faremos adaptações Nilva Bellenzier, diretora da Bellenzier Pneus

mos há três anos em um processo, que em março concluímos, em que 100% dos funcionários da Goodyear receberam educação sobre o tema sustentabilidade, começando pelo presidente até o ‘chão de fábrica’”. Nessa seara, a educação e o engajamento, com certeza, são os motores da sociedade.

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REPARAÇÃO

Choque de gestão

A Rede de Oficinas Mecânicas do Alto Tietê comemora seu oitavo aniversário investindo em melhorias Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Fotos Divulgação

Douglas Tadeu de Carvalho, analista de projetos do Sebrae-SP e gestor do novo projeto que beneficia o grupo Romat

O

grupo Romat (Rede de Ofi-

Segundo Douglas Tadeu de Carva-

cinas Mecânicas do Alto

lho, analista de projetos do Sebrae-SP

Tietê) é fruto do Projeto

e gestor desse novo projeto, a cadeia

Empreender do Sebrae-SP. Criado há

de comércio e serviços automotivos é

oito anos, hoje conta com cerca de

prioridade da entidade, conforme esta-

20 integrantes das cidades de Ferraz

belece o plano plurianual programado

de Vasconcelos (SP) e seus arredores.

até 2015. “O Romat surgiu no Empre-

Neste ano, os empresários ganharam

ender, em uma parceria do Sebrae com

mais uma iniciativa do Sebrae. Ainda

a Facesp e a Associação Comercial. Para

sem nome, o projeto, que terá dura-

esse projeto precisávamos de grupos

ção até o fim de 2011, prevê oficinas,

maduros porque construímos para eles

missões, consultoria e um evento de

um projeto específico de conhecimento

captação de mercado.

em gestão”, afirma o analista.

20

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PROGRAMAÇÃO O projeto contempla três oficinas de empreendedorismo, fluxo de caixa e mercado. “São temas ligados à gestão que a gente quer que os empresários prestem atenção. A oficina de empreendedorismo é para tratar a parte comportamental do empresário e conhecer as características do empreendedor; a de fluxo de caixa é para que ele dê a devida importância à parte financeira da empresa – às vezes escuta-

Integrantes do Romat participam de aulas de empreendedorismo

mos o empresário falando: ‘puxa, entrou

das duas missões empresariais, como

montam um posto para cada item a ser

dinheiro, mas no final do mês a gente não

benchmarking. Uma foi a ida do grupo

avaliado no carro, como amortecedor e

vê onde esse dinheiro foi parar’. Isso ocorre

ao Encontro Regional de Reparadores em

injeção. “Essa é uma ação de acesso a

porque ele não tem controle e não sabe se

Birigui, para que eles pudessem trocar

mercado, para converter os participantes

o negócio está tendo lucro ou prejuízo; e

ideias; e a outra ainda não aconteceu,

em clientes. Mas é solidário também por-

na oficina de mercado a gente o prepara

mas pode tanto ser a visita a uma fábrica

que o que se cobra para fazer o check

para conhecer o cliente e os quatro Ps: Pro-

quanto a participação em uma feira do

up são alimentos, que depois são doados

duto, Praça, Preço e Promoção. Também

setor. É também promovido um evento

para casas beneficentes”, diz o gestor.

alinhamos o serviço que ele presta empi-

de acesso a mercado, que será o Check

Por fim, são realizadas consultorias

ricamente, sem conhecer seu cliente e seu

Up Solidário. Durante o evento, que pro-

NAN (negócio a negócio) – que consis-

mercado”, explica Carvalho.

vavelmente será realizado em outubro,

tem em pelo menos três consultas indi-

participam os parceiros do grupo, que

viduais em cada empresa e, depois, uma

Além

das

oficinas,

são

realiza-

consultoria coletiva, que abordará desde finanças até o marketing. “O NAN começa com um levantamento e diagnóstico dos processos de gestão da empresa, quanto à liderança, finanças, marketing, estoque, etc. Eles já preencheram os dados, eu vou tabular e, então, visitar as empresas para passar um prognóstico”. CONTINUIDADE Este novo projeto é mais amplo que o Romat, porque poderá agregar mais empresas e dará continuidade ao Empreender com a diferença, segundo Carvalho, que neste há um resultado a ser alcançado no final. “No início do Reparadores integrantes do Romat ao lado da agente do Projeto Empreender, Débora Assis (de azul)

projeto foi feita uma medição, a T-0,

21

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REPARAÇÃO

em que a gente pediu para eles aprontarem quantos clientes tinham, quanto tiveram de receita, etc., para que pudéssemos estabelecer alguns indicadores. Ao final do projeto, vamos medir de novo esses mesmos indicadores (T-1), para verificar, então, qual foi o resultado, se evoluímos, se as medidas foram efetivas ou não. Essa metodologia nós chamamos de Gestão Estratégica Orientada para Resultados”. Débora Assis, agente do Projeto Empreender, pelo qual o Romat foi criado, explica que este projeto inicial do Sebrae tinha como foco reunir

individuais e trabalhamos dentro do

já perceberam a importância de participar.

empresas do mesmo ramo para que,

grupo. Temos pessoas que são ótimas

“Nesse grupo temos o Chiquinho, que foi

juntas, fizessem o que não podiam fa-

em gestão dentro do grupo e outras

campeão do premio MPE Brasil no ano pas-

zer sozinhas, como promover palestras

que não, então eles podem se ajudar”,

sado, representando o estado de São Paulo

de capacitação do interesse deles, por

explica a agente.

na categoria comércio. O sucesso que ele

exemplo. “O foco principal era apren-

Hoje o Romat não tem mais o apoio

tem obtido é muito importante para o res-

der a gerir o negócio, porque eles são

financeiro inicial do Sebrae no Projeto

to porque leva motivação para todo mun-

ótimos mecânicos, mas não são em-

Empreender, mas Assis continua com

do, incentiva a competitividade”.

presários. Pegamos essas dificuldades

o grupo, sendo paga pela Associação

“Temos oficinas em vários patama-

Comercial. “O grupo já tem um caixa

res, algumas mais antigas, que estão

hoje e tem parceiros também, como

num patamar excelente, como o Chiqui-

as empresas que patrocinam o Check

nho, e gente que ainda está começan-

Up”, completa. Para este novo projeto

do. O Chiquinho está no grupo desde o

do Sebrae, que ainda não tem nome,

início e, como líder, leva os pequenos,

o valor orçado do financiamento foi

alertando sobre o que eles têm que fazer

de R$ 75 mil a R$ 150 mil. As ações

para crescerem. Então, todo mundo que

programadas devem acontecer até o

entra no grupo só ganha, não tem nada

final deste ano, mas a ideia de Carva-

a perder”, complementa Assis. Francisco

lho é que o grupo continue no projeto

Severiano Alves, o Chiquinho, da Mecâ-

em 2012.

nica Chiquinho, concorda. “Já passou um monte de gente no grupo, mas eu

FEEDBACK

continuo lá. Alguns saíram pela dificuldade de acompanhar as reuniões e de

“O grupo teve sucesso nesses oito anos. Tivemos desistências também, mas Chiquinho, que faz parte do grupo desde o início, leva motivação para todos com o seu sucesso

mostrar resultados frente às cobranças que o gestor do grupo faz”.

muitos voltaram depois que entenderam

O erro, segundo ele, é a pressa em

como é trabalhar em conjunto”, diz Dé-

ver resultados: “Muitos pensam que,

bora Assis. Para Carvalho, os empresários

por estar no projeto, terão resultados

22

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Alex Fabiano de Morais, atual presidente do Romat (à dir.) e sua equipe na Show Motor

Para o proprietário da Show Motor Automotiva, é preciso enxergar os concorrentes como parceiros, não como “leões”

em um ano. Mas de dois anos para fren-

acontece na oficina. Na segunda vez que

te é que eles começam a ter resultado.

voltei para o grupo é que eu consegui

A maioria deles não fica por isso”. O

ver realmente que isso fazia diferença,

empresário premiado está animado com

que parcerias dão certo”, afirma Mo-

o novo projeto e acredita que quanto

rais. O presidente do grupo percebe sua

mais pessoas participarem, melhor será.

evolução, principalmente na parte de

Com Alex Fabiano de Morais, pro-

controle de dados e na gestão financei-

prietário da Show Motor Automotiva e

ra. “Eu fazia as coisas de uma maneira e

atual presidente do Romat, a história foi

através das palestras consegui melhorar,

um pouco diferente. Ele entrou, saiu do

assim tudo ficou bem mais fácil”.

grupo e retornou há cerca de cinco anos.

Para Chiquinho, a participação do Se-

“No primeiro momento eu saí porque

brae é sempre no sentido de ver o sucesso

não consegui enxergar a necessidade de

do microempreendedor. “Se ele aposta

fazer parcerias, eu achava que o mundo

no empreendedor, tem tudo para esse

era leão comendo leão, mas depois eu

empresário colher bons resultados. No

percebi que o pessoal estava lá realmen-

mercado competitivo que estamos hoje,

te tentando ajudar porque tem mercado

se não tiver uma boa gestão, boa quali-

e carro para todo mundo trabalhar sosse-

dade, você fica para trás”. E o prêmio é

gado sem haver concorrência”.

o resultado desse investimento. “Significa

Os integrantes do grupo se ajudam

que estou aplicando uma boa gestão na

cotidianamente para tentar aprimorar a

empresa. O que eu aprendo, coloco em

gestão do seu negócio. “A gente tem

prática e isso me dá resultados, me torna

essa aproximação, essa liberdade de

competidor. Esse prêmio mostra para os

conversar no dia a dia sobre tudo o que

outros integrantes do grupo aonde eles podem chegar”, completa o empresário. Mas ficam os alertas dos mais experiente para os novatos: “Tem gente que entra e quer ver resultado imediato, mas a gente não consegue isso, consegue resultados a médio e longo prazo”, reforça Morais. “O empresário precisa gostar do que faz e aplicar o que aprender. Uma boa parte dos empresários não aplica”, o que não resolve nada, alerta Chiquinho, com razão. No próximo ano, Douglas Carvalho, gestor do Sebrae, acredita que o projeto continuará ativo, agregando novos empresários da região do Sebrae Tietê, que reúne os municípios de Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano.

23

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LEGISLAÇÃO

Marcha a ré do Executivo Aprovada pela Assembleia Legislativa paulista e comemorada pelo mercado, lei de regulamentação das oficinas acaba vetada pelo governador sob a justificativa de inconstitucionalidades diversas Por Patrícia Malta de Alencar patricia@novomeio.com.br Fotos Divulgação

A

pós comemorar a aprova-

apontadas diversas justificativas para o veto

ção, por votação unânime

total. Antonio Fiola, presidente do Sindicato

na Assembleia Legislativa de

da Indústria de Reparação de Veículos do Es-

São Paulo, do projeto de lei

tado de São Paulo (Sindirepa-SP), avalia que

322/08, que regulamentava a atuação das

a negativa foi uma “tremenda frustração”.

oficinas mecânicas no estado, o mercado

“Num país que tem tantas leis desnecessá-

foi surpreendido com o veto do governa-

rias e depois de passar por todas as comis-

dor Geraldo Alckmin, que não sancionou a

sões da Assembleia, por todos os deputados

lei. A chegada de um instrumento que pro-

estaduais, chegar no governador e sofrer o

porcionaria organização ao segmento, ga-

veto é muito triste”, afirmou o representan-

rantindo mais segurança ao consumidor e

te dos reparadores. O projeto de lei tinha

valorizando os empresários que trabalham

como objetivo melhorar a qualificação da

com seriedade, mereceu ampla cobertura

mão de obra do setor, bem como garantir

da edição 80 da Mais Automotive.

maior qualidade de serviços aos consumi-

No despacho da autoridade, foram

dores. Segundo Fiola, os estabelecimentos

24

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em atividade não teriam dificuldades para

constitucional, uma vez que a Constituição

3 milhões de vezes o valor do IPCA-e

se adequar às exigências, então a medida

Federal “considera livre o exercício de qual-

(Índice Nacional de Preços ao Consu-

apenas inibiria a abertura e funcionamento

quer trabalho, ofício ou profissão, atendi-

midor Amplo Especial), que substituiu a

das oficinas “boca de lixo”.

das as qualificações profissionais que a lei

antiga UFIR. Isso quer dizer que o valor

estabelecer” – nesse caso, o que a lei fede-

da multa deveria ser estabelecido entre

ral competente estabelecer.

R$ 442,49 e R$ 6.337.285,64.

O presidente do Sindicato não se sente derrotado, porém, e seguirá com a iniciativa. “No despacho do governador você pode ver que a alegação mais forte

A obrigação de fixação em

A atribuição de poder

é a de que o projeto deveria ser nacional,

local visível ao consumidor

sancionatório administra-

o que nos motiva. Nós vamos entrar em

do atestado de legalidade

tivo à Polícia Militar, para

Brasília. Estamos contatando alguns de-

sindical patronal e do certificado atestan-

elaboração de autos de infração visando

putados federais, mas ainda não temos

do o cumprimento da lei emitido pelo

à imposição de multa, tampouco está de

um nome que vai abraçar o projeto”.

respectivo sindicato – estabelecendo san-

acordo com a sua competência prevista

O autor do projeto de lei, deputado

ção em caso de descumprimento de seus

constitucionalmente, que é a de preser-

Olimpio Gomes, lamentou o veto sem

preceitos –, viola, segundo o despacho,

vação da ordem pública. Sem falar no es-

perder o bom humor, e anunciou que

frontalmente “a liberdade de associação

tabelecimento de prazo de 90 dias para

também seguirá tentando a aprovação do

profissional ou sindical” prevista na Car-

que o Poder Executivo regulamente a lei,

projeto ainda na esfera estadual: “Aqui

ta Magna. A atribuição da fiscalização da

o que também iria de encontro à legisla-

na Assembleia Legislativa a gente já tem

lei aos sindicatos também é incompatível

ção e jurisprudência vigentes.

até uma máxima: só não tem projeto ve-

com a prescrição constitucional de que

tado quem não tem projeto”.

a essas entidades cabe, ao con-

Por fim, o governa-

trário, “a defesa dos direitos

dor chama a aten-

e interesses da categoria”.

ção para o fato de

ARGUIÇÃO

a matéria já estar, em parte, disO governador do estado de São Paulo,

O valor míni-

ciplinada: “O Código de Defesa

Geraldo Alckmin, levantou diversas razões

mo da multa,

do Consumidor considera prática

para justificar o veto ao projeto de lei nº

previsto

no

abusiva a colocação no mercado

322/08. Elencamos, a seguir, cada um dos

projeto, foi de R$ 500 e, o

de consumo de servi-

apontamentos constantes no despacho.

máximo, R$ 10 mil. O

ço em desacordo

Código de Defesa

com as normas

O primeiro deles é que o es-

do Consumidor,

expedidas pelos

tado não teria competência

porém, determi-

órgãos oficiais

para legislar sobre matérias

na que a multa

competen-

reservadas à União. Neste caso enquadram-

seja graduada

tes ou pela

se os dispositivos sobre os direitos dos con-

em montante

Associa-

sumidores; sobre a fixação de requisitos de

não inferior a

qualificação profissional; e sobre a invoca-

200 e não

ção de responsabilidade civil e penal.

superior a

A restrição ao exercício da atividade profissional foi um ponto considerado in-

Deputado Olimpio Gomes, autor do projeto vetado pelo governador Geraldo Alckmin

25

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12/9/2011 17:25:54


LEGISLAÇÃO

ção Brasileira de Normas Técnicas ou ou-

aprovaram meu projeto seriam capazes,

na Assembleia Legislativa é projetinho com

tra entidade credenciada pelo Conselho

agora, de rejeitá-lo, mantendo o veto do

nome de escola, nome de prédio público e

Nacional de Metrologia, Normalização e

governador”. Para Gomes, o estado per-

coisas assim, ornamentais. O projeto é fac-

Qualidade Industrial (Conmetro)”.

deu a oportunidade de valorizar a vida: “A

tível, tem pertinência legal e constitucional

lei inibiria o trabalho de indivíduos despre-

e não está ferindo o sistema federativo”.

FUTURO Apesar dessas observações, fica claro

parados que, ao mexer num veículo, po-

A Mais Automotive continuará acompa-

dem decretar uma sentença de morte para

nhando o trâmite do projeto na Assembleia

uma família alguns quilômetros depois”.

que o projeto não foi, portanto, contesta-

Quanto aos itens pontualmente ar-

do em seu fim último, que é exigir a qualifi-

guidos pelo governador para justificar o

cação profissional dos que atuam no setor,

veto, o deputado Olímpio Gomes não tem

mas foi, por outro lado, pela forma como a

preocupação. “Se você for a uma livraria,

proposta foi colocada. “Meu trabalho ago-

vai encontrar uma pilha de livros jurídicos

ra é tentar derrubar o veto aqui na Assem-

dizendo que você pode fazer uma coisa e

bleia Legislativa”, afirma o deputado. Após

uma pilha dizendo que não pode. O go-

o veto, o projeto retorna à Assembleia e

verno pegou a pilha dizendo que não

é designado um relator. Para Olímpio Go-

pode. Se você for na ótica do go-

mes, seja qual for o relator, como a votação

verno do estado de São Paulo, a

do projeto foi unânime, este parlamentar

única coisa que você vai aprovar

do estado de São Paulo e na Câmara, para manter os leitores atualizados. Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP

teria que ser coerente com o voto anterior e fazer um relatório refutando o veto do governador para que o projeto seja novamente apreciado no plenário. Neste caso, se a maioria dos deputados entender de novo que o projeto é válido, a própria Assembleia Legislativa, na figura

O que o projeto de lei

nº 322/08 previa

do seu presidente, sanciona a lei e a põe

- A oficina precisaria ter “um res-

- Os serviços realizados nas oficinas te-

em execução. “Mas nós temos quase 400

ponsável operacional pelos serviços

riam que atender às normas da ABNT; os

vetos na fila para serem apreciados antes

executados nos veículos automoto-

equipamentos utilizados, às exigências

res”, que assumiria o serviço pres-

do Inmetro, bem como às especificações

tado pela oficina perante a lei, com

técnicas dos fabricantes de autopeças.

do meu. Então, eu não posso ter falsas expectativas que isso possa acontecer em 15 dias ou um mês. Vou ter que lutar, brigar, espernear e tentar chegar na opinião pública para ela ajudar a pressionar”, alega. Para complicar ainda mais, o deputado lembra que existe na casa uma questão política. “Na Assembleia Legislativa, hoje,

responsabilidade civil e criminal; e também “um profissional que atenda

- As oficinas deveriam possuir o ates-

os requisitos de capacitação de

tado de legalidade sindical patronal

norma técnica expedida pela ABNT”,

e o certificado de cumprimento dos

ou seja, que dispõe sobre os critérios

dispositivos desta lei fixados em local

mínimos de nível de escolaridade,

visível ao consumidor.

capacitação e tempo de experiência

o governo tem a maioria, 66 dos 94

para a sua qualificação,

- A fiscalização do cumprimento desta

deputados são da sua base aliada,

mas essas duas exigências

lei seria feito pela Polícia Militar ou, uma

que votam qualquer coisa que ele

poderiam ser cumpridas

vez firmados convênios entre o estado e

queira ou não votam o que ele não

por uma pessoa só.

os municípios, por guardas municipais.

quiser. Então, esses mesmos que

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Legislação MA 81.indd 26

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20/5/2011 15:42:28


GESTÃO

Procuram-se Oficinas revelam suas estratégias para encontrar profissionais qualificados, um desafio cada vez maior para os gestores do segmento

M

ão de obra qualificada

nal TOP PRIME, Sandra Estefan. “Qual-

o mercado. Hoje é muito comum você

sempre foi um desafio

quer que seja o porte da empresa, está

ver pessoas que ficam no máximo seis

para a reparação inde-

cada vez mais difícil montar uma equipe

meses em cada emprego”.

pendente, mas a situ-

em que se possa reter os colaboradores

Para a administradora da Mecânica

ação se agravou com a chegada dos

ou até mesmo buscá-los no mercado.

Kyodai, Elaine Endo, a primeira dificul-

veículos eletrônicos na década de 90,

Raramente atendo uma empresa em

dade surge antes mesmo da contrata-

exigindo um conhecimento que mui-

que os funcionários não estão olhando

ção desse profissional; a barreira inicial

tos mecânicos não tinham – até hoje, nem todos têm, pois há certa resistência ou até mesmo falta de recursos financeiros ou tempo para voltar às salas de aula. Com

o

mercado

aquecido,

a

Senai aproxima estudantes

situação se torna ainda mais delicada, já que há uma demanda crescente por

Principal formador de profissionais para

encaminhados por essas empresas porque

esses profissionais e poucos estão dis-

a reparação automotiva, o Senai também

sabemos que eles serão aproveitados”. No

poníveis, levando as oficinas a assedia-

faz a ponte entre seus alunos e o mercado

último processo seletivo, 19 das 32 vagas

de trabalho. Ciente da grande demanda

foram preenchidas por esses alunos.

por reparadores, o coordenador de cursos

Valdir de Jesus conta que as outras vagas

do Senai Conde José Vicente de Azevedo

são oferecidas para a comunidade e os

(SP), Valdir de Jesus, conta que a escola

candidatos interessados passam por um

dá preferência para os alunos encaminha-

processo seletivo. “A concorrência é

dos por oficinas ou concessionárias no

muito grande, entra aquele que tem melhor

momento da seleção para os cursos de

escolaridade, que é o aluno de classe média.

rem os funcionários umas das outras e, ao mesmo tempo, investirem mais em seus mecânicos para mantê-los. Para pequenas e médias empresas, esses são desafios contundentes, afinal, grande parte do sucesso do negócio está exatamente nas mãos da equipe.

aprendizagem, que duram dois anos e são

Só que a pessoa faz o curso, mas não quer

Este é um cenário que não se res-

voltados a jovens de 14 a 23 anos. “Eles

seguir a carreira de mecânico, serve como

tringe ao setor automotivo, conforme

podem ser encaminhados por empresas

um trampolim para fazer um curso de enge-

explica a sócia-diretora da Consultoria

ou até contratados durante o curso ou ao

nharia ou tecnólogo. Muitos fazem porque

Especializada em Gestão Organizacio-

término. Damos preferência para alunos

o pai entende que o Senai vai dar uma boa

28

Gestão MA 81.indd 28

12/9/2011 17:27:24

d


s

bons mecânicos Por Larissa Andrade larissa@novomeio.com.br Fotos Divulgação

é chegar até ele. “Quando precisamos

muito efetivas nesse segmento, fazen-

contam com agências que não só fa-

de um mecânico, vamos até o Senai ou

do com que a oficina tenha um grande

zem essa ligação entre o empregador

procuramos pela internet, mas pela in-

desafio para que as vagas em aberto

e o empregado, mas também verificam

ternet não temos muito retorno porque

na empresa cheguem ao conhecimento

referências e se o perfil desejado se en-

esses profissionais não usam muito essa

dos profissionais interessados.

caixa com o dos candidatos. Ou seja, o

ferramenta”. Elaine diz que nem as

Elaine ainda compara o segmento

tradicionais agências de emprego são

com o de empregadas domésticas, que

contratante já tem alguma segurança no momento de contratar, quando,

do mercado base para ele”. Com isso, até mesmo na escola

duas vezes aqui esse ano com uma lista de

Entre em contato com o Senai

responsável pela formação há dispersão.

vagas que vai desde auxiliar mecânico até assis-

Conde José Vicente de Azevedo (SP)

Além do curso de aprendizagem, o Senai

tente administrativo. Eles ofereceram 80 vagas

oferece o curso técnico, também gratuito e

e preencheram todas com o pessoal do Senai.

• Orientadora profissional

com dois anos de formação. O técnico tem

Alguns acabaram de entrar na escola, mas

Ana Carolina

uma formação mais ampla, que engloba desde

eles sabem que já são diferenciados”. O GOE,

apescolar113@sp.senai.br

a matéria-prima utilizada no veiculo, passa pelo

Grupo de Oficinas Especializadas, também deve

• Coordenador de estágio

processo de fabricação das autopeças, monta-

organizar um mutirão como esse em breve.

Eduardo Pedreira

gem e também o pós-venda.

Jesus diz que “para o curso de aprendizagem e

estagio113@sp.senai.br

Esses dois cursos, chamados de regulares,

técnico, só não sai empregado quem não quer”.

• Coordenador de cursos

contam com cerca de 1.000 a 1.100 alunos.

A demanda é tão grande que, no passado, as

Valdir de Jesus

Esses estudantes são bastante assediados

empresas chegavam à escola procurando estu-

vjesus@sp.senai.br

pelas empresas, que entram em contato com

dantes que estavam se formando; agora, elas

• Em outros estados, confira o site:

os coordenadores de estágio, responsáveis por

já estão de olho em quem acabou de ingressar.

www.senai.br

fazer a ponte. “O grupo Sinal, da Fiat, já veio

“Já querem garantir esse aluno”.

29

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GESTÃO

Apagão de mão de obra é generalizado A imprensa brasileira tem noticiado nos

preencher parte dos postos de trabalho

formando, mas falta o profissional médio,

últimos meses a dificuldade enfrentada

nos últimos seis meses.

que já tenha alguma experiência. Esse

por empresas de diferentes setores para

Para o presidente da ISA Distrito 4 (coli-

problema não tem sido contornado e

o preenchimento de vagas em suas equi-

gada à International Society Automation),

ocorre uma sobrecarga dos colabora-

pes de profissionais. A pesquisa “O que

Jorge Ramos, uma parcela da responsa-

dores existentes”, diz Ramos. Segundo

falta ao trabalhador brasileiro”, realizada

bilidade por esse apagão no país é do

dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Eco-

recentemente pela Federação das Indús-

governo. “Claro que existiu falha do go-

nômica Aplicada), se a economia crescer

trias do Estado do Rio de Janeiro, mos-

verno, porque no Brasil os investimentos

3% até 2015, haverá demanda para

trou que 60,9% das empresas pretendem

das empresas são muito guiados pelos

1,168 milhão de engenheiros, enquanto

aumentar o quadro de funcionário nos

investimentos governamentais”.

o número de diplomados será de apenas

próximos meses. No entanto, o estudo

Um exemplo recorrente na mídia são os

1,099 milhão. Caso o crescimento seja

também constatou que, deste grupo,

engenheiros. “Tem gente muito expe-

de 7% ao ano, o déficit será de quase

53% não tiveram sucesso na tentativa de

riente se aposentando e tem gente se

700 mil profissionais.

no caso da reparação automotiva, mui-

muito profissional que é só ‘trocador de

to e os candidatos são encaminhados

tas vezes o candidato diz ter um conhe-

peça’. Para suspensão e motor não é

através da central do sistema. “O que

cimento que na verdade não tem.

tão difícil encontrar”, conta o encarre-

dá mais retorno para gente é o classi-

gado de oficina Carlos Alberto de Lima,

ficado. Preferimos uma pessoa neutra,

da Silcar. Para contratar um novo fun-

porque às vezes os mais experientes já

cionário, o estabelecimento recorre a

vêm com vícios. O número de candi-

indicações, classificados no jornal e ao

datos é grande, mas os que atendem

COMUNICAÇÃO Em Brasília, o maior problema é profissionais

SINE (Sistema Nacional de Emprego),

nossas necessidades são poucos. Se eu

atualizados. “Nossa principal dificul-

um programa do governo em que as

colocar um anúncio no jornal, vão apa-

dade é injeção eletrônica, porque tem

empresas indicam suas vagas em aber-

recer uns 30, mas os que conhecem um

exatamente

encontrar

scanner são dois ou três, isso se apareAlém de oferecer qualificação, Senai funciona como ponte entre os alunos e o mercado

cer algum”, diz Lima. Para o proprietário do Pit Stop Car Center, com duas lojas em Salvador (BA), Nilton Soares, o jeito mais eficiente de chegar ao reparador é o SIM (Sistema de Intermediação de Mão de Obra), uma iniciativa do governo estadual que funciona no mesmo modelo do SINE. Além disso, ele anuncia em jornais e procura indicações no Senai da região. “Pelo jornal, só consegui-

30

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mos uma ou duas respostas. E, às ve-

tes na internet, não se deve ignorar

sário verificar se o candidato atende as

zes, ainda aparecem dificuldades como

esse meio. “Há pessoas conectadas

exigências técnicas e se tem um perfil

o candidato garantir que tem determi-

à internet que podem divulgar tais

adequado à visão da empresa, confor-

nada qualificação e, na verdade, não

vagas, como os filhos desses profis-

me alerta a consultora Sandra Estefan.

tê-la. Outro caminho é a procura por

sionais”. Anunciar as oportunidades

“Eu aconselho muito o teste prático

pessoas indicadas”, conta.

nos perfis da empresa em redes sociais

para todo tipo de profissional. Se você

A especialista Sandra Estefan diz

pode ser uma boa alternativa, assim o

precisa de uma pessoa técnica, tem

que, nessa área, relacionamento é fun-

empresário atinge fornecedores, co-

que aplicar alguns testes para saber

damental. “Para esse perfil de profis-

laboradores e clientes, expandindo a

até onde ela pode evoluir, porque às

sional, agências não são o meio ideal.

rede que receberá a informação.

vezes ela não tem todo o conhecimen-

É um tipo de profissional que você vai buscar em campo, a partir de um

to, mas tem potencial”. SELEÇÃO

networking, através de contato com

Encontrar um candidato que talvez não tenha tantos conhecimentos prá-

outros profissionais e também indo até

Depois de atrair os candidatos à

ticos, mas esteja disposto a aprender,

os cursos profissionalizantes, onde es-

empresa, é o momento de selecionar

também não é tão simples. “Aqui em

tão as pessoas que têm interesse em se

o profissional ideal, tarefa que requer

Salvador é muito normal a dificuldade

aprimorar, e aí você oferece uma vaga,

tempo, paciência e preparação. Não

para contratar, porque o pessoal, além

por exemplo, anunciando em painéis”.

adianta contratar o primeiro interessa-

de desqualificado, é desinteressado.

Sandra explica que, embora os me-

do que aparecer só porque a oficina

Quando você oferece treinamento,

cânicos ainda não estejam tão presen-

está com muito movimento, é neces-

muitos não percebem que estão Oficinas devem fazer testes práticos antes da contratação

31

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12/9/2011 17:27:37


GESTÃO

tendo oportunidade de aprender, a

representar a garantia do sucesso da

maioria acha que aprender é fazer um

parceria que está começando. Afinal,

a especialista Sandra

favor para o dono da oficina”, diz Nil-

se o empresário contrata um mecâni-

Estefan recomenda

ton Soares, do Pit Stop Car Center.

co com perfil mais individualista, por

a contratação de

exemplo, será que ele estará dispo-

uma consultoria,

No sul do país, a situação não é tão diferente. O proprietário da Mecânica

nível para ajudar os colegas

Schifelbein, Cesar Schifelbein, diz que

quando necessário?

Para essa avaliação,

isso vem acontecendo principalmente por conta da transformação pela qual o mercado vem passando. Se, antes, as oficinas eram um negócio que passava

Número de

de pais para filhos, hoje a segunda ge-

desempregados em queda

ração já não mostra interesse em seguir na mesma área. “O Senai prepara os jovens, mas há um grande desinteresse e, a cada cem, apenas um vai evoluir nesse meio. E esse um é absorvido muito rápido devido à grande de-

A taxa de desocupação de julho de 2011 foi estimada em 6% para o

manda”. Com uma estrutura enxuta, o

conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. O índice, o menor apurado para o mês de julho desde 2002, mostra que é cada

empresário decidiu investir na forma-

vez menor o contingente de profissionais disponíveis no mercado de

ção de um jovem interessado na área

trabalho, o que reforça a dificuldade para o preenchimento de vagas

quando seu único funcionário saiu da

em todos os setores da economia, inclusive o automotivo e seus

empresa. “Ele trabalhava de telemoto

diferentes segmentos.

e fez um curso no Senai. Estava deci-

Veja no gráfico abaixo a evolução da taxa de descocupação

dido a entrar no mercado e começou

nos meses de julho para o conjunto das seis regiões

a procurar as oficinas. Muitas vezes,

metropolitanas pesquisadas.

foi recusado porque não tinha experiência, mas demonstrou um interesse muito grande e ganhou credibilidade

6,9

0,0

2010

2,0

2009

4,0

essa iniciativa é fundamental e pode

8,0

6,0

tram dificuldade em fazer essa avaliamais técnica do negócio. No entanto,

8,1

8,0

que a empresa deseja. Muitos enconção, já que possuem apenas uma visão

9,5

6,0

2011

10,0

2008

do profissional também se encaixa ao

10,8 9,5

2007

o empresário deve analisar se o perfil

11,2

2006

va isso através dos testes realizados,

12,8

2005

cimento técnico adequado e compro-

12,0

11,9

2004

Se o candidato apresenta o conhe-

14,0

2003

fomos dando oportunidades”.

2002

comigo. Ele foi se preparando e nós

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego.

32

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mesmo que a oficina seja de pequeno porte. “O que costumamos fazer

Chegar até os reparadores é um dos desafios da Mecânica Kyodai

com nossos clientes é a formatação da equipe. Aconselho contratar uma consultoria porque será uma visão externa. E o ideal é ter uma pessoa de fora já selecionando, acompanhada de uma pessoa da área administrativa da empresa, as duas vendo se o candidato tem o perfil adequado. Não vejo a parte técnica como primeiro critério, porque, às vezes, o profissional não tem todo o conhecimento, mas tem potencial”. TREINAMENTO

fazem treinamentos bastante técni-

diz que a retenção dos talentos é

cos”, compara.

mesmo responsabilidade da empre-

Com a dificuldade de encontrar

O gaúcho César Schifelbein vem

profissionais qualificados no merca-

treinando sua equipe e não se arre-

cios. Quando se trata de funcioná-

do, não sobram muitas opções para

pende. Mas, além de possibilitar que

rio de nível operacional, é preciso

a oficina que procura funcionários: a

o funcionário realize treinamentos e

oferecer benefícios de fato, como

saída é treinar e investir. Nilton Soa-

esteja constantemente atualizado, ele

assistência médica, mas de forma

res, proprietário do centro automo-

também investe na fidelização desse

diferenciada, um plano que possa

tivo Pit Stop, de Salvador, é um entre

profissional. “Para o rapaz que tra-

oferecer para a família”.

os que mudaram a visão em relação

balha conosco, sempre procuramos

ao tema. “Eu não tenho a cultura

dar remuneração compatível dentro

planos de incentivo e ações de

de treinar, mas estou passando a fa-

das nossas possibilidades. Investimos

integração, como um churras-

zer isso”. Ainda assim, ele diz que

nele, proporcionamos conhecimento

co mensal, aluguel de qua-

o funcionário não costuma valorizar

para que veja retorno e estamos pro-

dra de futebol, atitudes

essa iniciativa da empresa.

curando transformá-lo num profissio-

que possam mostrar que

nal. Damos preferência para ele por-

a empresa valoriza suas

que ele investe na gente também”.

pessoas. E essa valo-

Para Sandra Estefan, o caminho é exatamente esse. “As empresas

sa. “Você precisa oferecer benefí-

A especialista também indica

não têm alternativa. Eu não acho

Já Soares, da Pit Stop, oferece

rização é fundamen-

desvantagem treinar o pessoal. É

comissões para mecânicos de algu-

tal. Afinal, não muito

verdade que há o risco do profis-

mas áreas por serviços realizados.

longe da sua oficina

sional sair, mas se a oficina fizer de

Assim, ele os mantém motivados

pode haver um con-

maneira adequada, estimulante e

e a estratégia também serve de in-

corrente à espera de

souber reter, estará investindo em

centivo para que aqueles que ainda

uma

um treinamento que é muito es-

não possuem determinado conhe-

para levar o capital

pecífico. A gente vê muito isso em

cimento técnico passem a buscá-

mais valioso de

concessionárias, onde as fábricas

lo. A consultora Sandra Estefan

seu negócio.

oportunidade

33

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CAPA

Sala de

aula prática Indústrias investem em centros de treinamento para levar reparadores para dentro da fábrica e ensinar sobre seus sistemas e produtos

Por Larissa Andrade e Patrícia Malta de Alencar jornalismo@novomeio.com.br Fotos Divulgação e Novo Meio

A

discussão sobre a falta de

dindo para a criação de unidades na

acesso dos reparadores às

própria indústria, com aulas teóricas

informações técnicas sobre

e práticas intensivas, aproveitando a

sistemas e produtos auto-

estrutura do fabricante para a trans-

motivos é uma queixa antiga dos repa-

ferência desse valioso conteúdo.

radores, especialmente quanto ao con-

Por trás dessa postura, está uma via

teúdo de propriedade das montadoras.

de duas mãos: ao passo que o mecâ-

Do lado das indústrias de autopeças, a

nico sente-se mais seguro, com infor-

realização de cursos e treinamentos

mações de primeira mão da indústria,

minimiza o problema. Melhor ainda

esta ganha aproximação e fideli-

quando esse conhecimento é transfe-

zação de seus clientes, além de um

rido na própria fábrica, nos centros de

melhor tratamento do seu produto, o

treinamento dessas empresas.

que resultará em menos retornos de

O que começou com visitas em campo,

garantia, promovendo uma melhor

na oficina do cliente, está se expan-

imagem da empresa no mercado.

34

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ATITUDE Especialista em injeção eletrônica, a Pivatto Car, localizada em São Bernardo do

Monroe Axios oferece treinamentos sobre amortecedores e peças de borracha para suspensão

Campo (SP), costuma receber convites para participar dos cursos nos centros de treinamento das indústrias. Mas quando eles não chegam, o sócio-proprietário, Gabryel Elias, corre atrás. “Algumas indústrias enviam as informações sobre os treinamentos e de outras nós vamos atrás. Como somos espe-

cos. “Existem muitos equipamentos e ban-

de cinco a nove participantes no máximo.

cialistas em injeção, recebemos informações

cadas de teste das mais modernas. A Bosch

Trabalhamos em células de três alunos para

sobre os cursos dessa área. A frequência va-

tem a preocupação de ter todos os equipa-

cada equipamento ou procedimento”.

ria, mas temos normalmente um por mês”.

mentos comercializados no CT, que incluem

Robson Lima Barbosa, supervisor da

Um dos CTs onde a equipe da Pivatto

a linha undercar, analisadores de gases,

área técnica da oficina Mary Rei, de Salva-

já marcou presença é o da Bosch, que tem

scanners e simuladores para freios hidráu-

dor (BA), visitou a fábrica da Bosch em Ca-

50 anos de tradição no país. O primeiro CT

licos em ABS”, diz a chefe de Treinamento

maçari (BA) neste ano, mas não teve chan-

Técnico e Comercial da divisão Automotive

ce ainda de conhecer o CT. “Lá a gente só

Aftermarket da Bosch, Lucia Cuque.

aprendeu como se faz uma vela e recebeu

No CT da Bosch, o reparador encon-

alguns conhecimentos técnicos sobre a li-

Na Bosch, em 2011, 683 alunos

tra cursos presenciais de equipamentos de

nha de produção”. O que ele queria, po-

passaram pelo programa até o

diagnóstico e de sistemas, além de seminá-

rém, eram informações sobre a prática da

mês de julho.

rios, que funcionam como um treinamen-

reparação propriamente. “Os defeitos que

to conceitual em que são apresentadas as

só a fábrica tem acesso”, diz. Mas ele acha

tecnologias da marca. Cuque explica que o

que a visita valeu a pena, mesmo assim.

da indústria ficava na planta antiga, mas foi

catálogo de treinamento é oferecido de ma-

“Sempre é interessante e o patrão incenti-

transferido para Campinas em 1974. Mun-

neira irrestrita para o mercado, exceto o cur-

va que a gente vá. Normalmente eu vou e

dialmente, a fabricante tem 44 centros de

so de common-rail, aberto exclusivamente

depois repasso a informação para todos”.

treinamento em 36 países. A estrutura no

a quem adquiriu o ferramental para esse

São 15 pessoas na oficina em que Barbosa

2

Brasil chama a atenção: são quase 800 m

sistema. “Os cursos variam de oito a 32 ho-

trabalha, mas é ele quem transmite o que

com quatro salas teóricas e três boxes práti-

ras e o número de alunos é um diferencial:

aprendeu para os funcionários das três unidades da Mary Rei. DINAMISMO Oferecer a oportunidade de realizar

Na Bosch, foco do treinamento é a parte prática, já que o reparador é um profissional sinestésico

um treinamento prático também é um dos objetivos dos Centros de Treinamento e Desenvolvimento Monroe e Monroe Axios, conhecidos como Cetedem. O primeiro, localizado na fábrica de Mogi Mirim (SP), já tem mais de 20 anos de his-

35

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CAPA

tória e envolve amortecedores, enquanto o segundo, em Cotia (SP), foi inaugurado em 2000 e enfoca as peças de borracha para suspensão. “Esses centros possuem uma sala com capacidade para 50 alunos

O CT da Mahle possui 22 tipos de motores a diesel, álcool, gasolina, flex e eletrônico

e nós também temos um local para treinamento prático, com protótipos, porque a melhor linguagem para o reparador é a prática”, explica o coordenador de Treinamento Técnico, Juliano Caretta. São quatro os treinamentos oferecidos nos dois Cetedem. Aquele voltado ao aplicador tem duração média de dois dias e foi

teórico também são unificados. O centro de

cas de óleo parceiros para fazer a demons-

desenvolvido pensando em profissionais

treinamento propriamente abriu somente

tração”, explica Simone Minhoto Queirós,

que já conhecem o produto e as técnicas de

em abril deste ano, na sede da fábrica, em

supervisora de marketing da Tecfil.

manuseio e instalação. Outro treinamento

Guarulhos (SP), mas, antes disso, palestras

que também pode ser realizado pelo apli-

e treinamentos presenciais já eram praxe na

cador é o de analista de garantia, que tem

empresa. “Antes tínhamos um treinamen-

Na fábrica da Tecfil já foram

como principal objetivo ajudar o profissional

to que incluía uma apresentação e os repa-

treinados 11 mil profissio-

a detectar possíveis defeitos na peça.

radores rodavam a fábrica inteira, linha por

nais; no novo CT, desde abril

E o principal diferencial do CT é exa-

linha, para saber como é que faz o filtro, a

deste ano, passaram mais de

tamente esse: contar com uma estrutu-

importância de fazer a troca na hora corre-

cem reparadores.

ra que permite o treinamento prático,

ta e de olhar o manual do carro. Aí surgiu

já que os cursos pontuais, realizados

a ideia de a gente dar um pouco mais de

de maneira itinerante, costumam ter

dinamismo para esses treinamentos. En-

O CT possui 300 m², um elevador para

apenas a parte teórica. Lucia diferencia:

tão precisávamos de uma área para fazer

automóveis e outro para motos, além de

“um forma, o outro informa”.

os testes nos filtros, porque antes a gente

um arsenal de equipamentos e ferramentas

sempre tinha que correr para postos ou tro-

específicas para a troca de filtros. O espaço

Na Tecfil, os conhecimentos prático e

foi criado como um modelo de oficina, para que os reparadores percebam a importância da organização e limpeza do ambiente, que tem, ainda, áreas de segurança demarcadas, pia próxima do local de trabalho, sala de espera, banheiros feminino e masculino Na Tecfil, os reparadores apredem a trocar os filtros de óleo, ar, combustível e ar-condicionado

e uma TV que é utilizada para apresentar vídeos institucionais e material de apoio ao curso. O novo treinamento mostra como retirar um filtro antigo e colocar o novo, utilizando as ferramentas adequadas e descartando corretamente o resíduo do óleo usado e do óleo novo. A importância, Roberto Rualonga, gerente de assistência técnica

36

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12/9/2011 17:29:15


da Tecfil, explica. “A troca errada pode até

de determinada montadora e participam

passa a sua experiência aos aplicadores,

fundir o motor”. Este mesmo treinamento

até 20 pessoas por aula. O treinamento

deixa os alunos montarem e desmonta-

também é feito pela equipe de campo , nas

dura cerca de seis horas e inclui café da

rem o motor e os ensina sobre o funcio-

oficinas visitadas pelo Brasil todo.

manhã, almoço, brindes e um certificado.

namento das peças dentro do propulsor.

Aberto ao público, seja o mecânico,

Na Mahle Metal Leve, o Centro de Trei-

O curso é bem prático e trabalha com o

o chefe de oficina, o dono ou o frentista

namento de Motores, localizado na unida-

dia a dia dos mecânicos. A ação gera um

do posto de combustível, os inscritos são

de de São Bernardo do Campo (SP), há 12

convidados inclusive a trazer peças com

anos oferece cursos para mecânicos, clientes

defeitos ou que tiveram dificuldade de

e colaboradores. O objetivo, segundo a em-

tirar ou colocar, para que sejam avaliadas

presa, é divulgar as peças e ensinar a aplica-

na prática. A maioria dos participantes

ção correta em cada motor. O curso envolve

ainda é de São Paulo, pela proximidade,

aulas teóricas e práticas ministradas pelo

mas Rualonga afirma que tem aumentado

instrutor Antônio Carlos Ferreira, com carga

a procura por reparadores de outros esta-

horária de 16 horas para mecânicos e oito

resultado positivo ao passo que ajuda os

dos, e a supervisora de marketing com-

horas para os demais. O CT possui 22 tipos

profissionais a tirarem dúvidas de como

plementa informando que, se houver um

de motores das novas gerações de veículos

aplicar as peças e como utilizar as ferra-

grupo grande interessado, de fora de São

a gasolina, diesel, álcool, eletrônicos, flex e,

mentas de forma adequada.

Paulo, a empresa pode auxiliar no trans-

recentemente, incluiu motocicletas.

porte. As aulas são divididas por veículos

O professor, que há mais de 40 anos

Desde 2000 foram realizados 776 treinamentos no CT da Mahle: 8.977 alunos participaram.

Os mecânicos interessados no curso devem procurar um dos distribuidores

Varejo também aposta em CT Diante da dificuldade dos próprios clientes em realizar a manutenção dos veículos em suas oficinas, o empresário Alexandre Lima, proprietário da Auto Peças Universitária (RS), decidiu investir em informação técnica. “Há 15 anos, com o advento da injeção eletrônica, percebemos que tanto os mecânicos como os balconistas precisavam estar atualizados. Então, começamos uma parceria com o Senai para oferecer treinamento subsidiado. Essa parceria durou dez anos”. Mas a demanda continuava crescendo e Lima decidiu criar o Centro de Treinamento Apul, que hoje conta com três locais fixos (Santa Maria, São Leopoldo e Porto Alegre), e dois vendedores que percorrem o estado do Rio Grande do Sul palestrando. “Existem poucas iniciativas da indústria, geralmente concentradas nos

16 cidades, que reuniram 486 profissionais. Três especialistas

grandes distribuidores. O varejo e o mecânico estão esquecidos e

ministram os cursos e cada um dos centros de treinamento

para o pessoal do interior é ainda mais difícil”.

conta com scanner, analisador de gases, equipamento de

No primeiro semestre de 2011, foram realizados 31 cursos em

limpeza de bico, opacímetro e osciloscópio.

37

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12/9/2011 17:29:20


CAPA

da marca para solicitar o treinamento. O curso de motores contribui com a capacitação profissional e a padronização das práticas de manutenção de motores. À Mahle, traz a segurança de estar treinando

Cetedem, da Monroe, conta com protótipos para aulas práticas

os profissionais aplicadores das suas peças. Fecha-se, assim, um ciclo de qualidade. PÚBLICO-ALVO Embora seja importante participar dos treinamentos promovidos pelas indústrias, o empresário da reparação acaba desfalcado

tário da oficina era quem repassava a infor-

que estar sempre atualizados porque

quando a oficina está cheia. Por isso, muitas

mação. Quando dividimos os treinamentos

muita coisa muda rapidamente”.

vezes, ele mesmo prefere se deslocar. Mas

por função, em 2005, isso diminuiu um

Por conta da localização, a maioria

quando o proprietário exerce apenas uma

pouco e eles preferem mandar o profissio-

dos participantes é das regiões sul e

função administrativa e não é o chefe da

nal da área. Hoje temos uma linguagem

sudeste do Brasil. “Os únicos que não

oficina, esse conhecimento técnico pode

específica para cada profissional”.

recebemos são os do norte e nordeste,

se perder no caminho. Gabryel Elias conta

É o caso do chefe de oficina do Cen-

pelo alto custo de passagem e desloca-

que, na Pivatto, “quem mais participa des-

tro Automotivo Podium, José Geraldo

mento. Então nós vamos até lá com o

ses cursos é o chefe de oficina, que repassa

do Carmo, de São Paulo (SP), que já

mesmo nível de informação, mas sem

as informações para os outros”.

fez diversos treinamentos. Ele visitou as

a parte prática”, relata Juliano Caretta.

fábricas da Bosch, MK e Baterias Mou-

Já na Bosch, os visitantes que frequen-

ra, onde fez treinamentos específicos.

tam cursos do ciclo Otto são, princi-

Carmo fica sabendo das oportunidades

palmente, de São Paulo, Mato Grosso,

pelo próprio vendedor, que ao visitar a

Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do

oficina faz o convite à equipe. Mas ele

Sul; enquanto o ciclo Diesel atrai repa-

também faz uma crítica. “Lá a gente

radores de todo país.

No Cetedem da Monroe, cerca de 2.500 pessoas participam dos cursos todos os anos.

aprende mais a parte teórica da mecâ-

Para atender os clientes estabeleci-

nica. Tem prática também, Para as indústrias, o cenário ainda é

mas prática mesmo você

um pouco diferente, mas vem mudando.

só aprende no dia a dia

“Eu consigo separar dois públicos bem

da oficina”, opina. Carmo

distintos. Na linha leve normalmente é o

se encarrega de transmitir

proprietário da oficina quem vem, o que é

o conhecimento adquirido

uma pena. No caso da linha diesel, quem

para os demais funcioná-

vem é o reparador. Na leve eles têm uma

rios. Às vezes ele perde o

estrutura menor, então talvez exista uma

dia inteiro de trabalho, mas

preocupação maior do proprietário de ser o

o patrão, segundo ele, “é o

informações para a redação da Mais Automoti-

multiplicador”, diz Lucia Cuque. Na Mon-

que mais o incentiva”. “Eu

ve pelo e-mail jornalismo@novomeio.com.br

roe Axios, foram promovidas mudanças no

acho interessante apren-

curso para evitar essa situação.“O proprie-

der. Hoje em dia, temos

Divulgue

seu CT Se sua empresa dispõe de um centro de treinamento para atender os reparadores, envie as

38

matCapa MA 81.indd 38

12/9/2011 17:29:27


Indústria de equipamentos foca nos próprios clientes A Alfatest, fabricante de scanners, opacímetros, recicladores de arcondicionado, etc., já teve um CT aberto para o mercado, mas hoje voltase para a sua própria clientela. “Tínhamos uma escola, que durou uns dez anos. Naquele espaço, passaram mais de 25 mil mecânicos. Hoje, damos aulas somente para nossos clientes aprenderem a usar os produtos que comercializamos”, explica o supervisor de Pós-Vendas da empresa, Raffaele Ventieri Neto. Para ele, o que mudou é que, naquela época, o mercado era carente desse tipo de conhecimento, enquanto hoje escolas como o Senai se encarregam de formar e informar os reparadores. A eles, então, ficou o cuidado de dar uma atenção maior para os próprios clientes. “Temos uma sala de treinamento com recursos audiovisuais para 30 alunos por vez; e uma baia com todos os equipamentos, onde ensinamos em cima de situações do dia a dia do reparador”.

dos em regiões mais afastadas, as indústrias

indústrias, há outros que nem chegam a ser

fazer uma crítica. “A indústria, em minha

apostam em palestras regionais, realizadas

informados sobre a realização desses even-

opinião, fecha o mercado de uma forma

em hotéis ou espaços oferecidos por dis-

tos, como é o caso do proprietário da Me-

que você tem que ficar catando informação

tribuidores, por exemplo. Por outro lado,

cânica e Guincho Araújo, Ricardo Araújo de

de um lado para o outro. Convidam para

mesmo aqueles que estão próximos não

Almeida. “É difícil nos chamarem, só quan-

conhecer a fábrica, mas, chegando lá, dão

podem se afastar muito tempo de suas fun-

do tem um produto novo e vão apresentá-

palestra, não curso específico”.

ções. Para equilibrar essa equação, a Bosch

lo. Tenho 25 anos de experiência no ramo e

desenvolveu uma solução. “Aqui eles têm

sei que isso é escasso”, lamenta.

Outros, como Emerson Nei de Moura, do Wilson Centro Automotivo, de Porto

oportunidade de diagnosticar, reparar o

Quem fica de fora, sente. Sidney Go-

Alegre (RS), nem ficam sabendo. “Eu nunca

produto, testar, desmontar, montar. O que

mes do Amaral, um dos mecânicos da

estive numa fábrica, mas se tivesse abertura

fizemos para minimizar o tempo deles lon-

Auto Center 686, localizada em Andaraí

da indústria, com certeza eu iria”, afirma.

ge da oficina foi tirar a parte do conteúdo

(RJ), acha pouca a oferta de cursos e trei-

Para divulgar seus cursos, a Monroe

teórico e criar os cursos online para que eles

namentos disponíveis. “Eu já fui à NGK e à

utiliza, principalmente, seus consultores,

façam isso antes de vir para cá. O aplicador

Bosch há alguns anos. Mas treinamento de

que visitam as lojas da rede e oferecem

é um profissional sinestésico, ele precisa to-

injeção eletrônica, que é a minha área espe-

o treinamento; por conta disso, a maior

car a peça, realizar o procedimento”.

cífica, no Rio de Janeiro, não tem. Todos os

parte dos “alunos” faz parte do Programa

cursos do Senai que existem eu já fiz, e eles

Monroe Club, mas os cursos também che-

não colocam nada novo. Para aprender, eu

gam ao reparador independente. A Bosch

DIVULGAÇÃO

compro manuais. É dessa forma que eu te-

desenvolve um catálogo de treinamentos,

Se alguns reparadores vêm aproveitan-

nho feito requalificação há anos”. Ele sente

que é distribuído para toda rede de oficinas

do ao máximo os cursos oferecidos pelas

falta dessas oportunidades e aproveita para

Bosch e para alunos que compareceram

39

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12/9/2011 17:29:36


CAPA

ao CT anteriormente, além de divulgar um e-mail marketing. A agenda de cursos também está disponível no site da empresa. Os sindicatos da área têm importante participação na promoção dos treinamen-

Tecfil treina todos os funcionários da fábrica para que conheçam os produtos da marca

tos. Enio Guido Raupp, presidente do Sindirepa-RS, explica que eles, que estão distantes de muitas indústrias – grande parte localizada em São Paulo – promovem ciclos de dicas e novidades. “Temos uma parceria muito boa com o Senai, que tem salas de aula pelo interior. Nós conseguimos ocupar essas salas e levamos representantes das fá-

nizar caravanas para ir a São Paulo, Minas

tema, têm contato com equipamento

bricas para falarem sobre as novidades da

Gerais. E todo mecânico independente

de diagnóstico e scanner que muitas

indústria de peças e tecnologia. Participam

é um microempresário, se ele sai da em-

vezes não têm na oficina, então conse-

as fábricas que querem que o reparador te-

presa, ele para de trabalhar. É também por

guem ver o que está acontecendo no

nha consciência e, com isso, o uso da garan-

isso que fazemos essas reuniões noturnas

mercado. Outra coisa interessante é

tia diminui muito”, afirma o presidente.

ou aos sábados, durante o dia. A gente

que ele toma conhecimento de outros

sempre tem que se adequar a eles para

programas disponíveis, então às vezes

que consigam participar”, completa.

pede para ficar”, conta Lucia Coque.

Eles criaram uma “câmara dos fabricantes”, da qual participam indústrias

O sucesso do CT em Campinas é tan-

como Bosch, NGK e Fras-le, trazendo seus técnicos para os cursos gratuitos. Se não

FEEDBACK

informação fica difícil. “Teríamos que orga-

to que a Bosch já planeja desenvolver centros regionais, mas não antecipa

for assim, Raupp acredita que o acesso à Como principais resultados dessa iniciativa, as indústrias apontam a fideli-

onde eles serão instalados ou quando acontecerá a inauguração.

zação do reparador, um relacionamento

Na Tecfil, a inauguração do CT foi

mais próximo com a ponta da cadeia e re-

uma resposta à solicitação do merca-

dução na garantia por aplicação incorreta.

do. “O curso realizado dentro da fá-

“O aplicador é o formador de opinião, é

brica traz mais confiança para os par-

quem representa o produto no mercado.

ticipantes”, afirma Rualonga; e, para

Bosch

Se tiver informação, ele consegue rever-

Queirós, o outro lado da moeda é mes-

www.superprofissionaisbosch.com.br,

ter uma situação em que o cliente pede

mo a aproximação com o cliente. “As

treinamento.automotivo@br.bosch.com

uma peça de outra marca”, ressalta Julia-

pessoas que vêm não necessariamente

ou (19) 2103-1419

no Caretta. O coordenador conta que o

utilizam o nosso produto. Mas é uma

reparador dá um feedback imediato após

oportunidade de mostrá-lo, alguns fi-

o treinamento ao preencher uma ficha de

cam conhecendo nessa ação”.

Como participar dos treinamentos

Monroe e Monroe Axios www.sa-tenneco-automotive.com Tecfil www.treinamentotecfil.com.br ou 0800-11-6964 Mahle www.br.mahle.com

avaliação. “O resultado mostra que 98% avaliam o curso como ótimo ou bom”.

Trazer o reparador para dentro da indústria é, portanto, uma iniciativa em que

Na Bosch, Lucia Cuque diz que a

tanto os fabricantes quanto os profissionais

resposta dos reparadores aos cursos

saem ganhando. E quando a distribuição

realizados no CT também é positiva.

de benefícios é equilibrada, o próprio mer-

“Se eles vêm fazer treinamento de sis-

cado como um todo sai fortalecido.

40

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12/9/2011 17:29:46


Untitled-1 1

12/9/2011 11:42:44


INSPEÇÃO

Planos de Controle de Poluição Veicular divulgados em todo o Brasil mostram que Inspeção Ambiental Veicular deve chegar a 11 estados

Inspeção nacional Por Larissa Andrade larissa@novomeio.com.br Foto Divulgação

O

mercado brasileiro de

pelo Conama

garantir que as emissões da frota es-

manutenção automoti-

(Conselho Na-

tejam dentro dos parâmetros estabe-

va aguarda, com gran-

cional

lecidos pela legislação, apenas as loca-

de expectativa, que as

Ambiente) para o início das visto-

lidades em que se constatou impacto

maiores cidades do país implemen-

rias é abril de 2012 e 11 estados já

importante das emissões veiculares na

tem, a partir do ano que vem, seus

confirmaram que vão inspecionar

poluição do ar estão instituindo a IAV

programas de Inspeção Ambien-

suas frotas – ou parte delas.

– aquelas que ainda não registraram

tal Veicular. O prazo estabelecido

de

Meio

Como o objetivo da inspeção é

esse impacto de maneira agressiva po-

42

Inspeção MA 81.indd 42

12/9/2011 17:33:31


derão adotar outras iniciativas para

ANDAMENTO

como tratar a poluição veicular no estado. E os estados que apontarem

melhorar a qualidade do ar. Exatamente para determinar as

Entre os PCPVs apresentados, o

a necessidade de inspeção têm até

estratégias de cada estado no con-

do Rio Grande do Sul foi considerado

25 de abril para fazê-la. As conversas

trole dos poluentes emitidos pela

referência. Desde então, a engenhei-

foram bem claras em relação ao pra-

frota circulante, o Conama esta-

ra química Sabrina Feltes – que inte-

zo”, explica Sabrina.

beleceu que cada estado brasileiro

gra a equipe técnica do plano – vem

Em alguns estados, já foi confir-

seria obrigado a desenvolver um

participando de oficinas com outros

mado que a inspeção não ocorrerá

PCPV (Plano de Controle de Polui-

estados do país para ajudá-los na

– pelo menos nos próximos anos.

ção Veicular) indicando tamanho

elaboração de seus planos. “Alguns

“Muitas vezes, até pela frota ser pe-

e características da frota, monito-

estados vinham tendo dificuldades

quena, avançar para um programa

ramentos sobre a qualidade do ar,

em relação ao Inventário de Fontes

de inspeção não seria pertinente”,

além de um Inventário de Fontes

Móveis e ao plano propriamente

explica Sabrina. Nesses estados, ou-

Móveis. O prazo para a entrega

dito. Tanto é que o prazo de entre-

tras soluções foram propostas, como

desse documento venceu no último

ga foi até prorrogado, terminando

o incentivo ao uso do transporte

dia 30 de junho.

agora em junho. Nós estivemos em

público e a criação de ciclovias.

NEGÓCIOS

Brasília para uma oficina técnica

Naqueles em que a inspeção co-

e avançamos quanto à elaboração

meça no próximo ano, os empresá-

dos inventários. Também disponibi-

rios e gestores da reparação devem

A divulgação dos PCPVs estaduais

lizamos ferramentas para fazer os

se preparar para uma nova deman-

tem sido acompanhada atentamen-

cálculos. Em um segundo momento,

da, que certamente se concretizará.

te pelo mercado de manutenção au-

na própria oficina, Rudolf Noronha,

A seguir, você fica sabendo quais

tomotiva, já que, a exemplo do que

gerente de Qualidade do Ar, do Mi-

são os estados que pretendem im-

acontece na cidade de São Paulo,

nistério do Meio Ambiente, deixou

plantar a Inspeção Ambiental Veicu-

a implantação de um programa de

claro que o inventário não era o

lar, ou I/M, como ferramenta para o

inspeção resulta em forte aqueci-

plano, pois o plano deveria mostrar

controle da poluição do ar.

mento do setor. Na capital paulista, pesquisa realizada pelo SindirepaSP mostra que a Inspeção Ambiental Veicular provocou um aumento de 36% no movimento das oficinas

Maiores frotas do país

ouvidas – um número significativo que deve se refletir nos estados que

São Paulo

18,3 milhões

estabelecerem em seus PCPVs a ado-

Minas Gerais

6,0 milhões

Paraná

4,5 milhões

Rio Grande do Sul

4,3 milhões

Rio de Janeiro

3,9 milhões

ção do chamado I/M – Programa de Inspeção e Manutenção. De acordo com a Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente), todos os estados brasileiros já tinham entregado seus

Fonte: IBGE e Departamento Nacional de Trânsito (dados de maio de 2009)

PCPVs até meados de julho, com exceção do Amapá, Pará e Roraima.

43

Inspeção MA 81.indd 43

12/9/2011 17:33:55


INSPEÇÃO

MATO GROSSO DO SUL

RIO GRANDE DO SUL Aprovado no final do ano passado, o

meçará em dezembro de 2011 e deverá

PCPV gaúcho é bastante abrangente

abranger todo o estado – em etapas já

O PCPV foi publicado em 1º de

tanto no que se refere ao inventário de

estabelecidas pelo plano. Na primeira,

julho e aponta a necessidade

gases poluentes por veículos quanto

serão inspecionados veículos dos ciclos

da I/M (Inspeção e Manuten-

nas soluções propostas. Mas ainda há

Diesel e Otto e motos da região metropo-

ção de Veículos). Um dos mo-

indefinições sobre o funcionamento da

litana de Porto Alegre, fabricados entre

tivos é a alta participação de

I/M (Inspeção e Manutenção de Veículos).

1997 e 2010. No ano seguinte serão

veículos a diesel na frota total,

Ainda não foi estabelecido, por exemplo,

englobadas as regiões de Serra, Missões

já que a economia é baseada

quem será o responsável pela implanta-

e Central, ampliando para a frota fabri-

no agronegócio. A frota do

ção do programa: se o próprio governo

cada entre 1987 e 2011. A última fase,

estado é estimada em 747 mil

ou empresa privada a ser selecionada por

que inclui 100% da frota do estado, será

veículos. As microrregiões de

licitação. De qualquer forma, a I/M co-

implementada em 2013.

Campo Grande e Dourado con-

com a frota circulante total dos

4 milhões

municípios da microrregião de

3 milhões

Campo Grande; em janeiro de

2 milhões

20 09

20 08

20 07

06 20

05 20

04

estado passarão pela inspeção.

0

20

em 2014, todos os veículos do

1 milhão

01

de Dourados e Três Lagoas; e,

20

2013, atingirá as microrregiões

Fonte: PCPV Rio Grande do Sul

5 milhões

03

I/M começará em abril de 2012

20

das emissões de poluentes. A

Progressão da frota em circulação

02

e são responsáveis por 60%

20

centram, juntas, 62% da frota,

GOIÁS Aprovado em agosto, o PCPV goiano

as cidades-polo serão definidas por

para contratação da empresa que rea-

estabelece que toda a frota auto-

questões geográficas. O objetivo é que

lizará o serviço de inspeção. O Detran

motiva do estado será avaliada e os

cada um desses centros de avaliação

será parceiro da Semarh no processo

veículos reprovados terão até 15 dias

cubra um raio de 90 quilômetros. Ao

e só concederá o documento anual do

para se adequar às exigências. As cida-

todo, 28 cidades-polo vão cobrir 97,8%

veículo após ter a aprovação do nível

des com mais de 20 mil veículos terão

de toda a frota estadual. O restante

de poluentes que ele emitir. O PCPV

instalações fixas de análise e serão

será atendido por unidades móveis de

ainda não foi divulgado e as infor-

polos regionais. Contudo, nas regiões

controle da poluição veicular.

mações foram passadas em nota pela

norte, nordeste e oeste do estado,

Haverá agora um processo de licitação

assessoria de imprensa.

44

Inspeção MA 81.indd 44

12/9/2011 17:34:13


ESPÍRITO SANTO Com frota de 1,2 milhão, sendo os automóveis 52%

da frota do governo e táxis, com fabricação entre 1995

desse total, o Espírito Santo viu o número de veículos

e 2010. Três anos após o início dessa primeira fase, será

mais do que dobrar entre 2001 e 2010. A região me-

feita uma avaliação que demonstrará os resultados e

tropolitana, formada por Cariacica, Viana, Vila Velha,

decidirá sobre uma possível ampliação do programa, seja

Vitória e Serra, concentra 44,7% da frota do estado e,

quanto à região de abrangência ou quanto à frota alvo.

por conta disso, é considerada prioritária na implanta-

A inspeção ambiental ficará a cargo do Detran/ES, que

ção da I/M.

também será responsável pela suspensão do licencia-

A frota alvo inicial é formada por veículos diesel, veículos

mento dos veículos reprovados.

PARANÁ Publicado em maio deste ano, o PCPV pa-

região de Londrina e região de Marin-

tropolitana de Curitiba (para municípios

ranaense estabelece a implantação da I/M

gá; sendo que a região metropolitana

com frota superior a 25 mil veículos) ape-

no estado. Segundo dados do Detran/PR de

concentra 36% da frota do estado e, por

nas para veículos diesel licenciados entre

março de 2010, o número total de veículos

conta disso, registra índices mais altos de

1970 e 2011. No ano seguinte, incluirá

no estado é de 5,1 milhões; e só a capital

emissão de poluentes (28% do total). A

veículos do ciclo Otto e motocicletas licen-

concentra 1,2 milhão de veículos. Em dez

região metropolitana é prioritária para

ciados entre 2005 e 2012. O cronograma

anos, a frota mais que dobrou de tamanho.

implantação da I/M, mas cada município

estabelece que apenas em 2018 todas as

Para identificar os focos de emissões de

definirá a frota-alvo submetida.

regiões serão abrangidas.

poluentes, o plano foi divido em cinco

Embora a lei determine 25 de abril como

A inspeção será anual e obrigatória,

macrorregiões: litoral, região metropoli-

prazo, o PCPV paranaense estabelece que

além de estar vinculada ao processo de

tana de Curitiba, região de Ponta Grossa,

a I/M começará em 2013 na região me-

licenciamento do veículo.

Progressão da frota em circulação 6 milhões 5 milhões 4 milhões Fonte: PCPV Paraná

3 milhões 2 milhões 1 milhão

1 20 1

20 10

20 09

20 08

20 07

20 06

20 05

20 04

20 03

20 02

20 01

0

45

Inspeção MA 81.indd 45

12/9/2011 17:34:26


INSPEÇÃO

PARAÍBA

SERGIPE

O PCPV já foi enviado ao Ministério do Meio Ambiente

De acordo com informações divulgadas pelo

e inclui a realização da I/M. A frota do estado é de

G1, o PCPV de Sergipe prevê a implantação da

cerca de 700 mil veículos, que devem ser submetidos

I/M até dezembro de 2013, mas isso dependerá

à inspeção a partir do segundo emplacamento. As ve-

de haver dados sobre a qualidade do ar, de

rificações serão realizadas por uma empresa privada,

estruturação de bancos de dados sobre a frota,

selecionada por meio de licitação.

análise econômica e análise de emissões.

Rio de Janeiro Com pouco mais de 5 milhões de veículos li-

a cinco passageiros –, a aprovação no teste

ções das lanternas, farol, pneu, limpador

cenciados em 2010, a frota do Rio de Janeiro

de emissão de gases é obrigatória para o

de para-brisa, etc. No caso de reprovação

vem registrando crescimento de cerca de 5%

licenciamento. Para os demais veículos, que

em qualquer um destes itens, o veículo é

nos últimos anos. A maior parte (2,7 milhões

não forem aprovados no teste de emissão,

reprovado e deverá corrigir o problema,

de veículos) é movida a gasolina, 789 mil são

deverá constar no Certificado de Registro e

voltando para uma nova inspeção num

flex e 788 mil são movidos a GNV.

Licenciamento de Veículo o termo “Gases

prazo de até 30 dias. Só após aprovação

O PCPV do estado estabelece que todos

Inapto”. Os veículos que não estão incluídos

na inspeção visual é que o veículo passa

os veículos licenciados no Rio de Janeiro

como de uso intensivo só estão obrigados à

pela inspeção de emissões.

devem fazer a inspeção no licenciamento,

medição de gases poluentes a partir do seu

A inspeção já acontecia no Rio de Janeiro

inclusive motos. No caso dos veículos de

terceiro licenciamento anual.

em toda a frota desde 2010. O estado conta

uso intensivo – incluindo-se nesta categoria

Um dos principais diferenciais da inspeção

com 49 centros de inspeção, sendo que al-

ônibus; micro-ônibus; caminhões; veículos de

no Rio de Janeiro está na análise visual de

guns devem passar por mudanças para aten-

aluguel e veículos com capacidade superior

componentes de segurança, como condi-

der às regras estabelecidas pelo Conama.

Progressão da frota em circulação 6 milhões 5 milhões Fonte: PCPV Rio de Janeiro

4 milhões 3 milhões 2 milhões 1 milhão

20 10

20 09

20 08

20 07

20 06

20 05

20 04

03 20

20 02

20 01

0

46

Inspeção MA 81.indd 46

12/9/2011 17:34:40


TOCANTINS

SÃO PAULO

O PCPV do estado foi publicado

uso passarão pela inspeção anual-

em junho e revela que a frota é de

mente. Os detalhes de implantação

400 mil veículos, sendo a metade

do programa serão conhecidos a

formada por motos e 30%, automó-

partir da conclusão do edital, previs-

veis. Apenas seis cidades têm frota

ta para janeiro de 2012. O objetivo

superior a 15 mil veículos. De acor-

do estado é já prever também a

do com o PCPV, todos os veículos em

inspeção de segurança.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) elaborou um PCPV que prevê a inspeção veicular, segundo a assessoria de imprensa

Progressão da frota

do órgão. O documento,

por tipo de veículo

no entanto, ainda não foi divulgado. São Paulo

400 mil

tem a maior frota do

300 mil

país, com mais de 18,3

200 mil

milhões de veículos, e

100 mil

já adota a inspeção em caráter obrigatório na ca-

10

pital. Alguns outros municípios já têm iniciativas

20

09 20

08 20

07 20

06 20

em caráter educativo.

Fonte: Denatran (2011)

Motocicleta

3 milhões

maior frota da região metropolitana. Atualmente, Minas

2 milhões

tem a segunda maior frota do país, com 6,5 milhões de

1 milhão

20 09

de fontes fixas (empreendimentos) e móveis (veículos

0

2

de um estudo de emissão de poluentes atmosféricos

20 0

veículos, sendo 65,9% automóveis. Após a realização

20 08

Belo Horizonte, Contagem e Betim, que registram a

4 milhões

20 07

que determinava a implantação da I/M nas cidades de

20 05

O estado já havia publicado seu PCPV no ano passado,

Progressão da frota por tipo de veículo

20 04

MINAS GERAIS

3

Automóvel

20 0

Caminhonete

20 06

05 20

04 20

03 20

02 20

20

01

0

automotores), verificou-se que, na capital mineira, 98% dos poluentes emitidos são de responsabilidade dos veículos, índice extremamente elevado.

Automóvel

Motocicleta

Pesados (Diesel)

Fonte: Denatran (2010)

47

Inspeção MA 81.indd 47

12/9/2011 17:34:54


COMPORTAMENTO

vania.rh@ig.com.br

Vânia Lúcia de Oliveira

M

ontar uma equipe de trabalho requer inves-

objetivos individuais sobrepõem-se aos da organização.

timento, competência e muita dedicação,

As empresas que trabalham com este perfil de profis-

pois à medida que os projetos tornam-se

sionais podem se tornar reféns deles. Ter um profis-

mais complexos, as pessoas tendem a ser mais exigidas. É

sional magoado ou ressentido tem seu preço. Muitas

comum constatarmos que as tendências do mercado e as

vezes é melhor pagar para não tê-lo.

necessidades dos consumidores favorecem uma avaliação

Os “não concordo” sugam nossas energias, pois estamos

contínua dos perfis dos profissionais de nossos quadros e os

sempre tentando convencê-los de algo que não desejam

que serão necessários para obtenção dos resultados.

acreditar. Assim, por mais difícil que seja, é melhor desligar

Os chamados GAPs são identificados como indicadores que

o profissional antes que ele se torne um descontente injus-

mostram a distância entre o que temos e os profissionais que

tiçado perante seus colegas de trabalho.

precisaremos desenvolver. Nesta análise os “não concordo”

As empresas precisam de equipes que possuam propósitos

precisam ser identificados de forma cuidadosa, pois podem

coletivos e atuem de forma que se complementem em suas

influenciar o envolvimento dos demais membros da equipe,

atribuições, reconhecendo as competências uns dos outros,

Eles não

CONCORDAM... comprometendo a motivação e a visão de futuro de todos.

sem invejarem as conquistas obtidas individualmente.

Colaboradores que demonstram descontentamento com

Cito inveja como um sentimento que diminui o mérito do

a empresa e julgam-se injustiçados por ela tornam-se obs-

outro, avaliando-o como de menor importância no pro-

táculos para toda a equipe, pois tudo que fazem passa a

cesso. Existem aqueles que, ao contrário da inveja, sentem

ser medido sob a forma de recompensa salarial.

admiração e respeito pelo colega e inspiram-se nele.

Acreditam que ganham pouco pelo que fazem e reivindi-

Neste caso, os “não concordo” podem ser pessoas que

cam melhorias a cada novo desafio ou projeto apresenta-

trazem uma visão diferente e contribuem para inovações e

do, comparando-se a outros colaboradores. Além de fal-

melhorias, reconhecendo as qualidades de seus pares.

tarem com ética profissional, pois avaliam o trabalho dos

Esses não mencionam nomes ao defender seu ponto

outros, deixando de olhar para o seu próprio desenvolvi-

de vista; ao contrário dos “não concordo”, que sempre

mento, criam comparações que geram a desvalorização

discordam do que o outro está fazendo ou falando,

e a competição interna, ou, ainda, geram descrédito em

procurando sempre ter razão ao invés de buscar resul-

relação à política de cargos e salários da empresa. Seus

tados para a empresa.

Vânia Lúcia de Oliveira é consultora organizacional, MBA em gestão estratégica de pessoas e executive coach pela Sociedade Brasileira de Coaching 48

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telefones: (12) 9126-0413 / (12) 3917-3336.

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novo catálogo de produtos 2012

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NOTÍCIAS DA QUALIDADE

Toma posse

diretoria do IQA

E

Marcio Migues foi reeleito, por unanimidade, para a presidência do Instituto da Qualidade Automotiva m agosto, o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) realizou em São Paulo a cerimônia de posse

da Diretoria Executiva, Conselho Diretor e Conselho Fiscal para o biênio 2011 – 2013. Na Diretoria Executiva, Marcio Migues foi reeleito, por unanimidade, para a Presidência do Instituto, que tem novo diretor: Edson Brasil, do Sindipeças e Delphi. No Conselho Diretor, a novidade é a eleição de Divulgação

Sérgio Pin como presidente, cargo ocupado até então por Ali El Hage, que se aposenta do Instituto após 12 anos de atuação. Ao final da cerimônia de posse da nova diretoria, Ali El Hage foi homenageado pelos serviços prestados no desenvolvimento da qualidade no setor. “O IQA cresceu muito

Diretoria empossada atuará ao longo do biênio 2011 – 2013

Treinamentos das normas VDA

graças ao trabalho do Ali, e temos muito a

Nem todos os treinamentos oferecidos

investir em um treinamento oficial são

agradecer a ele”, afirmou Marcio Migues.

no mercado são iguais. No caso das nor-

diversas, mas a principal é a certeza

Feliz pelas realizações, Ali El Hage se des-

mas VDA-QMC, que regem os padrões

de conhecer a norma tal como ela é

pediu com a certeza de ter plantado uma boa

de qualidade de processos e produtos

ensinada na Alemanha. “Nossos instru-

automotivos das montadoras e indús-

tores são homologados pela VDA, e o

trias de autopeças alemãs, apenas o IQA

treinamento está 100% alinhado com as

é representante oficial para ministrar os

necessidades das montadoras atuantes

treinamentos no Brasil e Argentina. Os

no Brasil”. Outra vantagem é contar com

treinamentos em VDA ministrados pelo

um certificado VDA-QMC/IQA válido e

IQA são oficiais e equivalentes aos rea-

reconhecido internacionalmente, além

lizados na Alemanha, pela própria VDA.

de um registro internacional, a Carteiri-

falta a inspeção técnica veicular para atingir

Segundo Alexandre Xavier, gerente de

nha VDA-QMC. Os treinamentos ocorrem

o sonho da segurança veicular no trânsito”,

Novos Negócios do IQA, as vantagens de

a partir de setembro de 2011.

semente, que germinou e em breve trará os frutos que sempre desejou. “Deixo um instituto estruturado, forte, saudável e melhor preparado. Já conseguimos ampliar as certificações compulsórias para um maior número de componentes de segurança e agora só

disse El Hage em discurso de despedida. 50

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ADMINISTRAÇÃO

www.anthropos.com.br

Luiz Marins

J

im Collins, um dos mais importantes pen-

com produtos e serviços que façam os clientes

sadores da administração moderna, é o

optarem por ela.

autor da frase abaixo. De fato, pessoas

Gente excelente anda o quilômetro extra. Faz

excelentes excedem a sua súmula de atri-

mais do que a maioria: faz a diferença. São

buição. Não fazem somente o que é exigido.

pessoas que se comprometem com o sucesso

Elas assumem responsabilidades.

de cada cliente, de cada fornecedor, de cada

É importante lembrar que uma pessoa responsá-

colega de trabalho. Esse comprometimento res-

vel é aquela que “responde” pelas coisas. Não

ponsável é a marca das pessoas que foram con-

dá desculpas. Não se exime de fazer o que tem

taminadas pelo vírus da excelência.

que ser feito para que um objetivo seja atingi-

E o mais importante é que pessoas excelentes,

do. E como é responsável, faz tudo dentro dos

comprometidas e responsáveis são mais feli-

limites da ética.

zes, porque têm o reconhecimento das outras

“Gente excelente não tem emprego.

TEM TRABALHO” Pessoas responsáveis têm perseverança. Não

pessoas; porque têm a consciência tranquila de

desistem. Elas ultrapassam seus limites. Não

ter ido além do simples cumprimento da função,

choram. Passam do plano do choro ao plano da

porque têm o espírito de servir. Como são mais

ação e modificam a realidade.

felizes, trabalham com mais alegria e como tra-

Por isso, temos hoje a exigência de trabalhar

balham com mais alegria são promovidas com

com gente excelente em nossas empresas. Com

maior rapidez — e eis aí uma das razões pelas

um mercado de muitos concorrentes, qualida-

quais pessoas excelentes e responsáveis têm sem-

de semelhante e preços similares, vencerão as

pre mais sucesso na vida pessoal e profissional.

empresas que tiverem funcionários excelentes,

E você? Tem um emprego ou responsabilidade?

capazes de surpreender e encantar clientes,

Pense nisso. Sucesso!

Luiz Marins é diretor da Anthropos Consulting 51

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SINDIREPA-SP

Oficinas de APRENDIZADO Sindirepa-SP faz convênio com CIEE que viabiliza contratação de estagiários nas oficinas

O

Sindirepa-SP firmou convê-

O CIEE facilita o trâmite e a con-

nio com o CIEE – Centro de

tratação do estudante e tem como

por Redação Novo Meio jornalismo@novomeio.com.br

leva o documento já assinado pela instituição de ensino.

Integração Empresa-Escola,

proposta oferecer condições especiais

As empresas com até dez funcioná-

instituição filantrópica de assistência so-

às empresas associadas ao Sindirepa-

rios podem contratar um estagiário de

cial que atua em âmbito nacional com

SP, com 20% de desconto do valor da

ensino médio. No caso do quadro de

mais de 330 unidades voltadas ao de-

contribuição mensal (sujeita a reajuste

colaboradores ser superior a dez empre-

senvolvimento de programas de estágio.

anual pelo IGPM), custo que a empre-

gados, a proporção permitida é de 20%

A iniciativa vai facilitar a contratação de

sa desembolsa mensalmente por esta-

do total de profissionais. Com relação

estagiários pelas oficinas nas mais dife-

giário contratado.

ao estágio de nível técnico, não há limite para contratação de estagiários.

rentes áreas, como administrativa e técnica, incluindo profissionais da reparação,

PROCEDIMENTO

Para saber mais e preencher o cadastro, acesse o link direto do portal

além de permitir que o setor de reparação forme a sua mão de obra especializada

A empresa entra em contato com

de empresas do CIEE www.empresas.

com a vantagem de desonerar a folha de

o CIEE, preenche o cadastro e o con-

ciee.org.br/portal/empresas/ ou entre

pagamento, uma vez que o estágio não

sultor faz uma visita ao local do está-

em contato com a central de atendi-

gera vínculo trabalhista. Desta forma, o

gio para avaliar o perfil da vaga. Após

mento pelo telefone (11) 3046-8222.

empregador pode rescindir o contrato a

o empresário escolher o candidato, o

É importante que a oficina mencione

qualquer momento sem nenhum ônus.

CIEE prepara o contrato e o estagiário

que é associada ao Sindirepa-SP.

Além da versão impressa, o Sindirepa-SP também disponibiliza os fascículos em seu portal (www.sindirepa-sp.org.br) para download gratuito.

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Sindirepa MA 81.indd 52

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Dibianchi MD38.indd 1

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FÓRUM

Mercado Fórum realizado em parceria pela Editora Novo Meio, SincopeçasSP e Sindirepa-SP discute os rumos da reposição independente Por Claudio Milan e Patrícia Malta de Alencar jornalismo@novomeio.com.br Fotos Divulgação

M

ais de 60 empresários,

po em que varejos e oficinas continuam

gestores e profissionais da

com movimento aquecido.

reposição automotiva bra-

Por isso, um dos pontos de partida

sileira se reuniram em São Paulo para a

do fórum foi discutir alternativas para a

primeira edição do Fórum Novo Meio

cadeia de negócios da reposição inde-

Sincopeças Sindirepa de 2011.

pendente. Para enriquecer esse debate,

O evento teve como tema uma questão

o evento foi aberto com uma apresenta-

que interessa a todos: “Para onde caminha

ção da professora Edith Wagner, diretora

o mercado?”. A ideia surgiu das oscilações

da Pró-Marketing Inteligência de mer-

de negócios verificadas nos últimos meses,

cado. Oferecendo complemento ao as-

especialmente nos segmentos de indústria

sunto, o convidado seguinte foi Rodrigo

e distribuição, que têm assistido a momen-

Carneiro, vice-presidente da Associação

tos de redução nas vendas ao mesmo tem-

Nacional dos Distribuidores de Autope-

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em debate ças – segmento que tem sido bastante

Sincopeças-SP, Francisco De La Torre.

gratuitas e os empresários da reparação

afetado pelas transformações na cadeia.

O próximo evento, que terá o mes-

interessados em participar do fórum de-

As exposições foram enriquecidas pelas

mo tema, será realizado em 17 de outu-

vem entrar em contato com a redação

participações do presidente da Andap,

bro na cidade de São José do Rio Preto,

da revista Mais Automotive pelo e-mail

Renato Giannini, e pelo presidente do

interior de São Paulo. As inscrições são

jornalismo@novomeio.com.br.

Gigante internacional Um dos assuntos mais discutidos no fórum foi

redes como a Midas não progrediram aqui

trouxe ao mercado. “É melhor a gente ter um

a chegada ao Brasil da rede norte-americana

porque o timing estava inadequado. A Midas

concorrente que trabalha de forma clara do

de varejos de autopeças AutoZone.

quis consolidar uma rede de aplicação num

que aquele que vai do seu lado com práticas

O mercado brasileiro tem assistido à queda

momento em que o mercado proporcionava

obscuras. A concorrência da AutoZone vem

da informalidade, impulsionada por medidas

muita vantagem para quem trabalhava infor-

para levar nosso mercado a um estágio de

como a Substituição Tributária e o Sped fiscal.

malmente. Hoje, essas vantagens sumiram”,

desenvolvimento maior do que atravessamos

Essa transformação pavimentou o caminho

analisou Rodrigo Carneiro, da Andap.

hoje. E isso é reflexo do desenvolvimento

para a chegada dos gingantes internacionais.

Apesar de propiciar o desembarque de

do mercado. Nesta sala há varejistas que

“A AutoZone está no Brasil porque percebeu

fortes concorrentes, ninguém no fórum

continuarão crescendo”, disse Francisco De

que o momento é adequado. No passado,

questionou os benefícios que a formalização

La Torre, presidente do Sincopeças-SP.

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FÓRUM

Agente logístico é alternativa A quebra da cadeia de negócios rígida e vertical do mercado de reposição independente de autopeças é um fenômeno antigo, mas que ainda não foi perfeitamente assimilado por todos os participantes do setor. Na abertura do I Fórum Novo Meio Sincopeças Sindirepa de 2011, a professora e diretora da Pró-Marketing Inteligência de Mercado e Consultoria em Marketing, Edith Wagner, apresentou modelos para a organização da cadeia.

Reposição destrói valor Os empresários de toda a cadeia inde-

para todos. E, ao analisar os formatos

R$ 8? Você paga R$ 12 por um café e um

pendente precisam gerir melhor seus

bem-sucedidos de franquias no Brasil,

pão de queijo e faz isso satisfeito. É uma

negócios. Esta foi uma das principais men-

aproveitou para exemplificar seu ponto

decisão sua. Já a troca do disco você faz

sagens da apresentação do vice-presidente

de vista. “A Casa do Pão de Queijo é um

às vezes porque não dá mais para ‘dar

da Andap, Rodrigo Carneiro, no Fórum

case fantástico. Você vai a uma loja ou

passe’. Porque o passe no disco de freio,

Novo Meio Sincopeças Sindirepa.

quiosque no shopping, no aeroporto ou

que acontecia muito antes, hoje está

O executivo mostrou diferentes caminhos

na rodoviária, come um pão de queijo,

mais caro que o disco de freio. Vejam

para a formação de redes no setor e

toma um capuccino e paga R$ 12.

o quanto a gente destruiu de valor no

destacou a necessidade urgente de orga-

Quanto custa um disco de freio do Corsa?

nosso negócio”.

nizar o mercado a aprimorar a gestão das empresas. “As indústrias estão se matando entre si. A distribuição vem tendo um nível de desinteligência notório na comercialização dos produtos. E o varejo precisa ter

Vice-presidente da Andap alertou para redução drástica das margens e a necessidade de gerir melhor os negócios no setor

um nível de articulação melhor e buscar alternativas para se fortalecer”. Rodrigo Carneiro lembrou que o mercado tem destruído valor nos últimos anos, o que tem resultado em baixa remuneração

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Troca de conhecimento Um dos diferenciais do Fórum Novo Meio Sincopeças Sindirepa é reunir formadores de opinião de todos os elos da cadeia de reposição automotiva. Presentes entre os mais de 60 participantes do evento, os empresários da reparação contribuíram para enriquecer os debates, trazendo questões importantes de seu dia a dia.

Presença de empresários da reparação ampliou abrangência do debate

“Atualmente, apenas 3% dos meus clientes compram a

Powered Motors.

peça na loja e trazem para

Para Rodrigo Carneiro, é

minha oficina instalar. Nos 97%

importante discutir sobre quem

restantes eu compro a peça

faz o financiamento desse

e tenho minha margem. Eu

segmento. “Até quando se

preciso de informação técnica.

suporta isso? É uma questão a

É preciso fazer um link entre

ser analisada com profundida-

fábrica, distribuidor e oficina.

de e clareza. Sobre a falta de

Temos uma enorme dificuldade

informação, se somos um dos

para saber o código da peça.

maiores mercados automotivos

E eu tenho que dizer que o

do mundo, como ainda não

site Reparador Fiat para nós,

temos um sistema de informa-

de oficina, é uma maravilha.

ções preciso? É evidente que

Agora, os distribuidores e

necessitamos de um sistema

fabricantes têm esses códigos.

de informação que nos propor-

Falta estabelecer esse link com

cione confiabilidade, credibi-

os reparadores”, cobrou Pedro

lidade, que demande menos

Scopino, da Auto Mecânica

para a garantia, que contribua

Scopino. “Até porque quem

para a prestação de uma boa

financia todo esse setor são as

qualidade de serviço. Mas

oficinas, quem arca com o par-

isso não existe no mercado

celamento ao consumidor final

brasileiro ainda. Aí a AutoZone

são as oficinas. Nós estamos fi-

pode preocupar, porque ela

nanciando”, acrescentou Silvio

vem com o seu sistema de

Ricardo Cândido, da Peghasus

informações, porque ela tem”.

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MAIS CARRO

NOVA

geração

Apresentada em agosto, a linha 2012 da Ranger traz poucas novidades. Mas isso vai mudar. No ano que vem, Fotos: Divulgação

a Ford começa a fabricar na Argentina a nova geração da picape, que já fez muito sucesso no mercado brasileiro e hoje está fora de combate diante de uma concorrência moderna. Exibido recentemente no Salão de Buenos Aires, o modelo trazia o novo motor common rail Duratorq TDCi 2.2, o mais compacto da nova família de propulsores diesel da marca. Ele rende 126 hp de potência e oferece torque de 330 Nm. Esse será o principal motor oferecido no mercado brasileiro. Na Austrália, onde a nova Ranger já é vendida, ainda há duas outras opções: o Duratorq TDCi 3.2 e o Duratec 2,5, este a gasolina. Já a transmissão será manual de seis velocidades. A alavanca de câmbio curta, similar à dos automóveis, é posicionada ergonomicamente no console central e reforça a esportividade da picape. A caixa de transferência com controle eletrônico permite selecionar a tração 4x2 ou 4x4 por meio de um botão no painel.

Ford prepara mudanças radicais para a Ranger

AREJANDO

a casa

A GM está promovendo uma renovação em sua linha. Os cansados Vectra, Astra e Corsa estão se despedindo do mercado. O primeiro será substituído pelo Cruze. Para o lugar dos outros dois, vem aí o Cobalt, que deve chegar às concessionárias da marca no máximo até novembro. Porém, na comparação com os antecessores, é possível que, a princípio, falte motor. Embora a GM não tenha anunciado os detalhes técnicos do novo modelo, especula-se que ele virá, inicialmente, com o 1.4 de 102 cv que equipa, entre outros, o Ágile. Desenvolvido pela engenharia da General Motors do Brasil, o Cobalt será produzido na planta de São Caetano do Sul (SP). A montadora destacou que um dos principais atrativos Conceito apresentado no Salão de Buenos Aires será base para o Cobalt brasileiro

do carro será o espaço interno.

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MAIS CARRO

MINIVAN

chinesa

Após o bom desempenho do J3, a JAC Motors apresenta seu segundo modelo para o mercado brasileiro: a minivan J6. O novo carro chega com amplo espaço de bagagem – segundo a JAC, o maior porta-malas do Brasil – e interessantes soluções internas para proporcionar melhor conforto dos passageiros. São duas versões: com cinco e sete lugares. Essa última, denominada Diamond, não está disponível na China e foi desenvolvida pela operação brasileira. Ambas vêm de série com itens como ar-condicionado com regulagem eletrônica de temperatura, freios com ABS e sistema EBD, air bag duplo, pneus 205/55 aro 16”, faróis de neblina dianteiros e traseiros e sensor de estacionamento. O J6 é equipado com motor de quatro cilindros, 2.0 DOHC 16V, J6 é a nova aposta da JAC para o Brasil

Espaço

que desenvolve 136 cv de potência.

DE SOBRA

Carros grandes são tradição da Chrysler no Brasil desde a década de 70, quando produzia aqui a linha Dodge Dart e suas variações. Em 1993, a marca inaugurou o segmento das minivans espaçosas, com a Voyager. Agora, está de volta ao segmento com a Chrysler Town & Country, líder de mercado nos Estados Unidos. Importada do Canadá e oferecida aqui apenas na versão Limited, irá custar cerca de R$ 174 mil. Para mover um carro grande, um grande motor. A T&C terá o Pentastar V6 de 3,6-litros que desenvolve 283 cv de potência e 353 Nm de torque. A transmissão automática de seis marchas é item de série. E, para garantir a satisfação dos passageiros em viagens, a minivan conta com duas telas de DVD com fones sem fio, entrada auxiliar para equipamentos eletrônicos, disco rígido de 30 GB e sistema multimídia com acionamento por comando de voz e tela touchscreen. A montadora espera vender 200 unidades até o final do ano e 800 em 2012.

Chrysler volta ao segmento das minivans espaçosas 59

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AUTOMOBILISMO

nono@nonofigueiredo.com.br

A

Nonô Figueiredo Stock Car V8 é a principal categoria do au-

ram que evoluir para acompanhar as mudanças impostas à

tomobilismo brasileiro, com provas transmi-

Stock Car no decorrer de sua existência, os reparadores e

tidas pela maior rede de televisão do país.

empresários da manutenção de veículos foram obrigados

Quem acompanha as provas pela TV ou frequenta os au-

também a buscar atualização, rever seus conhecimentos e

tódromos, talvez não se dê conta do quanto essa catego-

traçar novas estratégias de negócios, assim como nós hoje

ria evoluiu desde que foi criada, em 1979.

traçamos diferentes estratégias de corrida.

No início, o grid era formado apenas pelos resistentes Chevrolet

O automobilismo nada mais é do que um reflexo das trans-

Opala, equipados com o conhecido motor 4.1 de seis cilindros

formações tecnológicas e conceituais que verificamos no

em linha. Ainda que preparados, eram relativamente seme-

universo automotivo, incluindo o mercado de manutenção.

lhantes aos modelos de rua. No final da década de 80, os car-

Se é verdade que as pistas são um laboratório para a evolu-

Na velocidade

DA EVOLUÇÃO

ros ganharam uma carenagem um pouco mais aerodinâmica,

ção do automóvel, também é fato que toda essa evolução

mas lá ainda estavam os velhos Opala. Depois vieram os Ome-

tecnológica precisa ser acompanhada por aqueles que de-

ga, em substituição aos modelos pioneiros. O grande passo de

pendem do carro para sua sobrevivência.

evolução foi dado em 2003, quando chegaram os motores V8

Como piloto, acompanho atentamente as novidades de-

norte-americanos, com potência limitada a 450 cavalos. No-

senvolvidas para meu carro, muitas vezes tendo que ade-

vas montadoras entraram para a categoria, como Volkswagen,

quar meu estilo de pilotagem às evoluções criadas por

Peugeot e Mitsubishi. Hoje, um moderno carro de Stock Car

meus engenheiros e projetistas. Só assim é possível atingir

não lembra em nada os clássicos Opala dos anos 70.

os resultados propostos pelo time.

A mesma evolução experimentada pela categoria foi vivenciada

O mesmo desafio é imposto diariamente aos empresários da

pelos reparadores. Ao longo do tempo, os conhecidos carbura-

manutenção veicular. Acompanhar a evolução muitas vezes

dores deram lugar à injeção eletrônica – e a eletrônica embar-

significa rever conceitos e estar aberto às mudanças. Afinal,

cada se espalhou por todos os cantos do veículo.

ninguém quer correr o risco de ficar para trás, seja nas pistas,

Assim como os pilotos e mecânicos do automobilismo tive-

seja no mundo dos negócios.

Nonô Figueiredo é piloto da equipe Cosan Mobil Super Racing da Copa Caixa Stock Car.

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#

Nesta edição Softwares de gestão auxiliam empresários a gerenciar a oficina e impactam na fidelização do cliente

a evolução da sua oficina começa aqui Mais Equipamentos MA 81.indd 1

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GESTÃO profissional Softwares alertam reparadores sobre a necessidade de manutenção preventiva de veículos do cliente e atendem à legislação tributária Por Larissa Andrade larissa@novomeio.com.br Fotos Divulgação

H

á sete anos, o país contava

tor, Marco Antonio del Corso.

com 119,5 mil oficinas, nú-

Mas ele alerta que grande parte desses

mero que caiu para 92,1 mil

softwares gratuitos, disponíveis inclu-

Com mais de cem clientes no país, o

no ano passado; enquanto nesse mesmo

sive para download pela internet, não

Super Oficina oferece pacote de treina-

intervalo de tempo, o número de auto-

é homologada para a emissão do ECF

mento presencial e a distância para os

móveis passou de 24 para 37 milhões,

(cupom fiscal), que é obrigatório em

clientes, focando no treinamento EAD

alta de 54%. Embora os números mos-

todo o país. “Claro que existe muita

pela flexibilidade de horários. O produ-

trem movimentos contrários, eles revelam

diferença entre os estados com relação

to foi desenvolvido para o segmento

que o mercado de reparação vem se con-

à fiscalização, mas alguns como Minas

automotivo, podendo atender oficinas,

centrando, sobrando cada vez menos es-

Gerais e Paraná estão sendo muito rígi-

concessionárias e lojas de autopeças e

paço para a gestão amadora do negócio.

dos nessa cobrança”.

tem como diferencial um banco de da-

Para se adequar às novas práticas e exi-

Esse é um dos pontos aos quais o empre-

dos robusto open source “firebird”, que

gências, o empresário teve que investir

sário da reparação deve estar atento no

garante segurança e reduz a chance de

em qualificação, equipamentos e tam-

momento de compra de um software de

corrupção de dados.

bém na gestão, visando aumentar a pro-

gestão, mas também não é o único. Im-

O Super Oficina é customizado confor-

dutividade e a profissionalização de todos

plantação, treinamento, suporte, cotação

me a realidade dos processos da empre-

os processos e procedimentos. A infor-

de preço junto aos fornecedores e com-

sa. “Sabemos que em cada empresa há

matização do estabelecimento foi inevitá-

pra online, possibilidade de customização

um método de trabalho. Existem aqueles

vel, abrindo campo para o surgimento de

de acordo com o porte da oficina, entre

métodos padrão, mas nosso diferencial é

softwares desenvolvidos especialmente

outros aspectos devem ser analisados.

adaptar o produto e se uma evolução é

para as oficinas, capazes não apenas de

Veja a seguir exemplos de softwares para

desenvolvida, todos recebem essa me-

emitir ordens de serviço, mas que atuas-

oficinas disponíveis no mercado brasileiro.

lhoria sistêmica e de processo”, explica

SUPER OFICINA

sem também indicando o momento da manutenção preventiva, aliando as questões contábeis, entre outros fatores pertinentes ao negócio. “O perfil das oficinas mudou muito para atender as inovações tecnológicas do mercado. Tínhamos muitos clientes que eram conhecidos como ‘boca de porco’ e que usavam software para emitir OS e NF para quem pedia. A visão de gestão chegava no ‘contas a pagar/receber’ e, na melhor das hipóteses, fluxo de caixa. Hoje, existem mais de 50 softwares para oficinas e metade com versões gratuitas, isso para demonstrar o grau de comoditização que alcançou esse recurso”, explica o diretor da Work Mo-

Super Oficina é software customizado de acordo com os processos da empresa

2

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Ultracar oferece desde módulo de Gestão do Cliente até Compras Online

o diretor, Leonardo Lobo.

varia entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, com

é acompanhar o veículo sendo reparado

O sistema possui módulos financeiro,

mensalidades de R$ 150 a R$ 270 e tam-

dentro da oficina, mostrando para qual-

de estoque e vendas, além de módulo

bém manutenção do PAF-ECF, que está

quer usuário onde o carro está, quem

que exporta para NFe e módulo já cre-

em torno de R$ 380 anuais.

está trabalhando nele, se faltam peças

denciado e homologado para o PAF-ECF. “Exporta-se a NFe em ‘txt’ para o emis-

ou está esperando autorização de comULTRACAR

sor NFe gratuito do governo ou trabalho

plementar, se está atrasado em relação à data de entrega, entre outras funções”,

integrado com Acbr Monitor (Projeto

A empresa tem 20 anos de atuação na

explica o diretor, Fábio Moraes.

OpenSource). Como o Super Oficina é

área de informatização do setor auto-

Há também o serviço de Compras

um software administrativo, ele prepara

motivo e uma equipe de 40 colabora-

Online, que permite uma comuni-

todas as informações pertinentes ao go-

dores que atende oficinas mecânicas,

cação direta com fornecedores pre-

verno conforme sua exigibilidade e ex-

funilaria, pintura e centros automotivos.

viamente cadastrados, agilizando o

porta essas informações para softwares

Atualmente, são mais de 2 mil clientes

trabalho do responsável por compras

de apoio. Usamos o software gratuito da

no Brasil. A solução efetua todos os con-

da oficina. E a Ultracar também ofe-

Receita porque o mesmo está em cons-

troles administrativo e financeiro, com

rece o Módulo IQA, desenvolvido em

tante manutenção, e o banco de dados

recursos que vão desde controle de or-

parceria com o instituto, que possi-

do sistema possui todas as informações

dem e serviço até Sped Fiscal, compras

bilita às oficinas se qualificarem para

dessas notas emitidas em conformidade

online, produtividade online e Módu-

as certificações e auditorias do IQA.

com seus estoques e informações finan-

lo IQA. Além disso, a Ultracar também

O módulo Gestão do Cliente faz

ceiras”, ressalta.

conta com o projeto Web Site, ou seja, a

o monitoramento da manutenção

Quando o assunto é manutenção pre-

empresa desenvolve um site para a ofici-

preventiva pelos serviços realizados

ventiva, o software envia alertas e in-

na de acordo com modelos já estabeleci-

e pelas peças trocadas, além de es-

forma a situação atual do veículo ou

dos, adequando ao perfil da empresa.

treitar o relacionamento com o clien-

componente de acordo com os dados

Também é oferecido um treinamento di-

te convidando-o, por e-mail, a fazer

cadastrados quando o veículo entra no

reto na oficina, que varia de cinco a dez

uma troca de óleo ou para lhe desejar

pátio da oficina. “É recolhida sua quilo-

dias, dependendo da necessidade. Poste-

feliz aniversário, por exemplo.

metragem e há uma base de dados de

riormente, há um suporte técnico por te-

São oferecidos três sistemas pela empre-

perfis do veículo (componentes, peças,

lefone e MSN, que é disponibilizado tam-

sa: Express Mecânica, Express Funilaria e

serviços, etc.) previamente cadastrada e

bém por acesso remoto, onde o técnico

Padrão, atendendo empresas de peque-

sua respectiva ‘vida útil’. Estes dados são

visualiza a tela do cliente em tempo real.

no, médio e grande porte. O custo varia

diariamente checados e confrontados

Entre os módulos disponíveis, há alguns

de acordo com o tamanho da oficina e

com o veículo do cliente”.

que se destacam, como o “Produtividade

são oferecidos descontos para aquelas

Para micro e pequenas empresas, com

online” (disponibilizado apenas para o

sindicalizadas ou relacionadas a alguma

até 15 computadores, a implantação

Software Express Funilaria). “Sua função

entidade com que a Ultracar tem parce-

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gratuitos para os usuários do WorkMotor”, explica del Corso. Para provar que o software traz resultados práticos no faturamento da oficina e tranquilizar o empresário da reparação, a empresa lançou o Desafio WorkMotor. Se a oficina colocar os dados do cliente corretamente (dados de revisões e garantias) e avisá-lo que o QueridoCarro estará disponível gratuitamente para o cliente, se fizer uma campanha (e-mail marketing, mala direta, telefonemas) por bimestre com base no CRM e se 30% das compras forem cotadas no CotaJÁ, caso o emWorkmotor integra ferramentas que prometem aumentar o faturamento do negócio

presário não recupere o valor do software em um ano, esse valor é devolvi-

ria. O sistema Padrão é aquele disponibi-

compra); financeiro e CRM. “O Guia

do. “Nosso objetivo é deixá-lo seguro

lizado pelo PID (veja mais no box).

de Peças é um catálogo eletrônico que

na aquisição e é obvio que com essas

tem a lista de peças do distribuidor

ações ele não vai só recuperar o inves-

junto com as informações do catálogo

timento, mas aumentar o faturamento

da fábrica, e essas informações podem

significativamente, além da imagem da

Com mais de 15 anos de tradição e

ser importadas para dentro do Work-

empresa e da fidelidade dos clientes”.

3 mil clientes no país, o diferencial

Motor. E o CotaJÁ é uma ferramenta

O valor do software varia de acordo

do WorkMotor é ser o único softwa-

de cotação onde o WorkMotor manda

com o número de usuários/computado-

re automotivo homologado PAF-ECF

a necessidade de compra da oficina,

res. Para uma oficina com dois compu-

credenciado em todas as secretarias

online, para ser cotada nos fornecedo-

tadores, a versão Plus com cupom fiscal

estaduais do Brasil. Exatamente por

res de preferência da oficina e organiza

custa R$ 1.960 e pode ser paga em até

conta da questão tributária, o diretor,

tudo numa tabela. Esses recursos são

24 vezes pelo cartão BNDES.

WORKMOTOR

Marco Antonio del Corso, conta que o treinamento para novos clientes é fundamental. “Com as mudanças tributárias – ECF, Sintegra, SPED, NFe,

Parceria com os Sindirepas

NFSe –, as dúvidas são muito grandes

Ciente da importância da informati-

oficina. A NFe já é uma obrigação,

nesse mercado, que é formado por

zação dos reparadores, o Sindirepa-

mas antes mesmo disso é impor-

micro e pequenas empresas. Sem o

SP firmou há alguns anos uma par-

tante a oficina iniciar o processo de

devido treinamento ele não consegue

ceria com a Ultracar e lançou o PID

informatização. Desta preocupação

implantar o sistema”. A empresa ofe-

(Programa de Inclusão Digital). “A

nasceu o PID”, explica o diretor da

oficina recebe o Software Ultracar

Ultracar, Fabio Moraes.

Padrão sem nenhum custo imediato

O software auxilia o gestor da em-

e nem posterior. Em contrapartida, a

presa a controlar finanças, estoque,

oficina deve ser filiada ao Sindirepa

orçamentos, peças e serviços; e

e estar com suas mensalidades

as oficinas passam a participar

em dia. A intenção principal é fazer

de um grupo de empresas que

com que as pequenas empresas

trocam experiências sobre gestão e

rece um pacote de horas em treinamentos e vídeos explicativos. Projetado para atender todos os departamentos da oficina, o software contempla o atendimento, que envolve o cadastro do cliente, carro, orçamento/ OS; estoque, que é integrado com o ca-

possam ter acesso a um sistema

organização. O projeto funcionou tão

tálogo eletrônico Guia de Peças; contas

de gestão e comecem um processo

bem que hoje já há parcerias entre

a receber e contas a pagar; compras,

de organização e documentação

a Ultracar e os Sindirepas de Minas

integrado com o CotaJÁ (trazendo em

das informações que passam pela

Gerais, Ponta Grossa (PR) e Pará.

uma tabela as melhores condições de

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