Jnnf 462 suplemento abril 2018

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VISITA PASTORAL À Paróquia de São Pedro de Nariz

SUPLEMENTO Integrante do Nº 462

Excerto da Mensagem de D. António pela Visita Pastoral: “Ser cristão a sério, a partir do batismo, é viver em função da nossa vocação/missão. “É hora de propor de novo a todos, com convicção, a santidade ‘medida alta’ da vida cristã” (cf. NMI 31). Temos um tesouro a oferecer. Hoje, o apelo a viver o Evangelho passa de uns para os outros, muitas vezes, por contágio. Necessitamos pessoas que nos ajudem a crescer na fé e a apaixonar-se por Jesus vivo e Ressuscitado, a partir da sua própria experiência de relação pessoal com Ele. A vida comunitária, a vida espiritual e a vida apostólica devem ser capazes de inspirar experiências novas. Comunidades que, em conjunto, partilham, rezam, celebram e ajudam a discernir sobre os sinais e a vontade de Deus tornam-se oásis para o florescimento de uma vida cristã autêntica. Que a visita pastoral procure criar condições de encontro com Cristo, procurado na interioridade, seguido no Evangelho e reconhecido no rosto dos irmãos, através de uma vida de oração, de liturgia e compromisso social.”

23 a 25 de Fevereiro

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fevereiro

16h00 Visita ao Centro Social Paroquial de São Pedro de Nariz 18h30 Oração do Terço – Verba 19h00 Eucaristia – Verba 20h00 Jantar 21h00 Assembleia Paroquial – Igreja Matriz

Ecos da Assembleia paroquial Mensagem de acolhimento pelo Conselho Pastoral Paroquial a D. António Moiteiro na Assembleia Paroquial

Comunidades que, em conjunto, partilham, rezam, celebram e ajudam a discernir sobre os sinais e a vontade de Deus tornam-se oásis para o florescimento de uma vida cristã autêntica.

Excelentíssimo Reverendíssimo Sr. Bispo de Aveiro Em nome do Conselho Pastoral da Paróquia de São Pedro de Nariz, queremos dar as boas vindas ao Senhor Bispo, Dom António Manuel Moiteiro Ramos, que, nesta visita pastoral, nos venha trazer esperança e alento para os momentos difíceis, além de sustento e renovação da nossa fé. É com muita alegria que o recebemos de braços e corações abertos, esperando que Sua Excelência Reverendíssima, possa ver de perto a realidade, mas que, sobretudo, possa ver o que existe além de cada rosto e de cada coração, intercedendo a Deus por nós e por nossas famílias. Senhor Bispo, que a visita Pastoral que hoje iniciou à nossa Paróquia, (paróquia esta que iniciou em 15 de Janeiro as Comemorações do seu Jubileu – 1819-2019), e a sua presença nos diversos setores da comunidade, possa verificar as dificuldades e necessidades da nossa comunidade cada vez mais envelhecida e nos proporcione, com a sua sabedoria, a mudança interior, com a valorização de ações justas e boas para o crescimento da paróquia de Nariz como um todo, no fortalecimento da fé, e mais que isso, a procura pela compreensão cada vez maior do que é ser um católico empenhado na luta por um mundo melhor. Possam os nossos jovens e crianças, e também os pais, incentivados pela sua visita, buscar a sincera participação na Igreja e o respeito pelas coisas santas que muitos têm abandonado, para que, assim, surjam, no meio da seara que o Senhor semear, novas vocações sacerdotais e religiosas. Que sua presença não seja para nós uma mera formalidade, mas sim um momento de sermos e nos declararmos Povo de Deus, justificando nossas palavras com ações que elevem nossos espíritos e engrandeçam o nome de Jesus. Pedimos a Maria Santíssima, que o abençoe no seu trabalho diocesano junto aos fiéis, desatando os nós que a vaidade humana cria, espalhando flores onde houver espinhos. Bem-vindo, Dom António Moiteiro, a Paróquia de São Pedro de Nariz o acolhe de Coração aberto.

Ecos da Assembleia paroquial Excerto das Palavras dirigidas por D. António Moiteiro na Assembleia Paroquial

O que é uma assembleia paroquial? É sobretudo para que em diálogo convosco eu possa conhecer o que é São Pedro de Nariz. A partir de vós. Aquilo que sois. Para que isto aconteça, vou dizer-vos aquilo que a Igreja diz que deve ser uma comunidade cristã. Esta só existe quando ela viver três dimensões: Anunciar o Evangelho – “Ide, fazei discípulos e anunciai o Evangelho”. Toda a criatura. Esta é a primeira missão que a comunidade cristã tem – anunciar o Evangelho; A celebração – uma comunidade só existe quando anuncia a sua fé, mas quanto bem celebra. Celebramos a fé, sobretudo através dos Sacramentos. Por excelência, a Eucaristia, que ilumina todos os outros sacramentos. A comunidade cristã não é só aquela que anuncia e que celebra, mas é acima de tudo aquela que testemunha a partir dos mais pobres. A comunidade cristã é também fora de portas, o nosso testemunho, o nosso estilo de vida, a nossa maneira de ser. Podemos dizer que para haver um cristão ou uma comunidade cristã, o cristão tem de anunciar o Evangelho, tem que o celebrar e tem que o viver. Se pensarmos numa paróquia, é a mesma coisa, assim como a Diocese. Qual é para mim uma das maiores preocupações, como bispo? Sobretudo duas: formar os cristãos que temos; e que as paróquias tenham padres, para que seja possível anunciar o Evangelho àqueles que não são cristãos. É preciso formar. É preciso aprofundar a fé. Se não aprofundamos a fé, vamos perdendo o vigor, o ardor da fé.

Visita Pastoral | Suplemento do Nº 462 | 1 | abril 2018

Venho para conhecer a realidade da comunidade. A minha missão é ajudar as comunidades cristãs a crescer na fé e para isso nós temos de dialogar.


• Anunciar, celebrar e viver. • O Centro Social Paroquial deve ser o rosto caritativo da Igreja, e ser presença de Jesus. • As estruturas da paróquia devem ter presentes sempre estas três dimensões. • É preciso como paróquia ter presente a realidade caritativa. Prestar e ajudar as pessoas.

• É fundamental que uma paróquia tenha consciência dessa realidade. • Na vida de Jesus, o que temos? • Jesus anunciou o Evangelho, através dos seus discursos, das suas palavras; • Jesus celebrou a Eucaristia, na última Ceia;

• Jesus doou a sua vida, teve uma atenção especial pelos pobres, expulsando os demónios e curou os doentes. • Sermos discípulos de Jesus nestas três dimensões é fundamental. • Nesta Visita Pastoral celebrarei onde está a presença de Jesus Cristo.

(Depois o Senhor Bispo esteve a conhecer as diferentes estruturas e movimentos da comunidade, ao qual deixou alguns desafios nesta mesma noite) 1. A formação de adultos é o caminho da renovação de uma paróquia. Isto é fundamental; 2. Incentivar o aprofundamento bíblico na comunidade, apostando muito na formação; 3. Como Paróquia devemos procurar praticar a Caridade, e organizar algo no âmbito da Caridade mais efectivo; A dinâmica paroquial encontra-se em mudança, envolvendo mais a comunidade, criando um espírito comunitário.

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4. O mal de uma paróquia não é que hajam realidades/lugares diferentes, o mal está quando não construímos comunhão. Construir comunhão é darmos as mãos. Se não houve ajuda mútua, se não houver comunidade e comunhão, não há cristãos. Sem comunidade, não se constrói comunhão. 5. Os Conselhos são para partilhar as inquietações da comunidade, nas alegrias e nas tristezas, mas são estruturas fundamentais para gerar comunhão.

fevereiro

15h00

Celebração da Santa Unção aos doentes da paróquia – Igreja Matriz Ecos da Celebração Excertos da Homilia na Eucaristia da Santa Unção Dirijo-vos estas palavras simples. Os mais velhos, na catequese, aprenderam que era a Extrema Unção, o último dos Sacramentos. É possível, que aqui se dissesse o mesmo, e ainda usavam outra expressão: “Até já lá foi o padre”. Depois do Concílio, a Igreja fez a distinção entre duas realidades importantes: a primeira, o sacramento para aqueles que estão doentes; e depois, o sacramento com a sagrada comunhão, em forma de viático, isto é, para aquele que vai fazer a última viagem da sua vida. Enquanto que a Santa unção só nós os padres é que podemos administrá-la, o Diácono, não. O sagrado viático até o M.E.C. o pode fazer, como alimento para a última viagem. O Sacramento da Santa Unção, e todos os sacramentos são presença de Deus na nossa vida. O Sacramento por excelência é a Eucaristia, pois Jesus expressa-se como alimento, mas também está presente nos outros sacramentos. Todos os sacramentos são presença de Jesus na nossa vida. Também o sacramento da Santa Unção dos Doentes, é um Sacramento de fé. Um sacramento em que nós celebramos, quando a gente precisa, quando a gente está doente, é que precisamos de ajuda, da ajuda dos familiares, e da ajuda de Deus. Vós, os mais velhos, precisais do carinho e da ajuda dos mais filhos. Os mais novos também precisam que os ajudem, até dar comida à boca. Depende das doenças. Jesus no momento da doença, não nos abandona. O que fez Ele na sua vida pública? Curou doentes, perdoou os pecados. Se os sacramentos são presença de Jesus na nossa vida, são sacramentos de fé. Pela fé nós os celebramos. Agora quando o celebrarmos, peçais a Deus força para a vossa doença, coragem para vos associardes a Jesus. Há uma frase que em vós, tem hoje muita actualidade, e que Jesus diz: “Se alguém quiser seguir-me, peque na sua cruz e venha comigo”. Qual é a maior cruz da vida? A doença. Qual é a cruz da vida? A velhice. Quando a gente começa a envelhecer, a estrada começa, em vez de se alargar, começa a estreitar. Nós precisamos da ajuda do Senhor, e é isso que neste Sacramento vamos receber. Deus pode intervir, mediante a nossa fé.

O Sacramento da Santa Unção, e todos os sacramentos são presença de Deus na nossa vida.

16h30

Bênção da Sala da Infância Missionária

17h00

Encontro com as crianças, adolescentes e jovens da Paróquia – Salão Paroquial Ecos do Encontro

Visita Pastoral | Suplemento do Nº 462 | 2 | abril 2018

Mensagem da Coordenação da Catequese Antes de mais, queremos manifestar a nossa amizade e dizer que estamos muito gratos por recebê-lo na nossa Paróquia, D. António. Temos aqui uma assembleia de crianças, adolescentes e jovens desejosos por conhecer melhor Jesus, e temos também um grupo de catequistas empenhados, que dedicam, com muito amor e alegria, o seu tempo para os ajudar a concretizar esse desejo. Às vezes sentimos alguma dificuldade, pois a sociedade actual invade-nos constantemente com ofertas variadas para ocupar o nosso tempo, mas quando aqui nos reunimos em nome de Jesus Cristo, rapidamente percebemos como é bom partilhar, amar e darmo-nos uns aos outros. Sim, porque esta é a essência da catequese, a partilha mútua de experiências e de sentimentos que nos ajudam a descobrir Deus em cada um de nós. Catequizar é instruir e ensinar, mas acima de tudo é testemunhar com alegria. É pegar nas nossas vidas, e encontrar Deus nelas. É isso que tentamos dar aos nossos catequizandos, mas é também isso que muitas vezes eles nos ajudam a descobrir. Muito obrigada mais uma vez pela sua visita, ela representa para nós um incentivo para continuar esta missão a que somos chamados.

Ecos do Encontro Excertos das palavras dirigidas por D. António às crianças, adolescentes e jovens da Comunidade Onde nasceu Jesus? Em Nazaré. Onde ele morreu? Em Jerusalém. A terra de Jesus é uma terra pequena. Será assim como um terço do nosso país. E está divida em três partes. Na Galileia, a norte, foi aí que Jesus viveu. A meio, está a Samaria. Ao Sul, está a Judeia, cuja capital é Jerusalém. Então, Jesus nasceu em Belém, foi viver para a Galileia, e acabou por morrer em Jerusalém, onde estava a casa de oração para louvar a Deus.


Porque é que Jesus terá morrido pregado na Cruz? Por causa dos nossos pecados. Foi para nos salvar, por causa dos nossos pecados. Jesus morreu pelas outras pessoas, para que fizéssemos sempre o quê? O Bem. Sabem qual é o maior pecado que nós temos? Quando queremos mal aos outros. O que Jesus veio fazer com a sua morte, foi o quê? O Mal, o ódio. O ódio é eu querer mal aos outros. Jesus morreu na Cruz para nos dizer assim: Eu ofereço a minha vida por vós. Quando eu sou capaz de oferecer a vida pelos outros, eu estou a salvá-lo. Também estamos a ser salvadores quando fazemos bem aos outros. Jesus neste momento está morto ou está vivo? Está vivo. Onde? No nosso coração e na Igreja. Na Igreja, no sacrário. Por isso, quando entramos numa igreja, devemos entrar com silêncio, com respeito, e se vamos falar com alguém assim devemos ir. Jesus está vivo no sacrário, logo quando vamos à Igreja, a primeira coisa que devemos fazer é ajoelhar diante do sacrário. Nós ajoelhamo-nos diante de Jesus. Porque Ele está lá vivo. Mas Ele também está vivo, na Palavra. Nós estamos na celebração, a dizer Palavras de Jesus. Jesus ainda está vivo, de outra forma, que é dentro de nós, como vós dissestes. O mal é tirá-lO do nosso coração. Para os mais velhos, eu sei que a catequese pode ser “uma seca”. Sabem porquê? Porque se eu cresço na idade e não cresço na fé, posso até ser adulto, mas a nível de fé ser uma criança. É necessário crescer na fé, para que sejam cristãos segundo a idade que têm. A catequese é para nos ajudar a mim e a vós para descobrir quem é Jesus. (depois o Sr. Bispo foi respondendo às diferentes perguntas das crianças, adolescentes e jovens) Deixamos uma das perguntas e resposta: Gosta de ser Bispo? O que gosta mais de fazer no seu dia-a-dia? O que eu mais gosto é de estar convosco, respondeu o Sr. Bispo. 18h00

Eucaristia – Vessada Ecos da Celebração Mensagem ao Sr. Bispo na Capela de Vessada

O que gosta mais de fazer no seu dia-a-dia? O que eu mais gosto é de estar convosco, respondeu o Sr. Bispo.

Hoje é para nós um dia de alegria, e queremos desde já manifestar a nossa gratidão por receber a sua visita, D. António, aqui na nossa Capela de Vessada. A nossa Capela começou a ser construída em 1983, e foi aqui celebrada a Primeira Eucaristia no dia 6 de janeiro de 1985, antes mesmo da conclusão da sua construção. No dia 4 de maio de 1989, foi a sua inauguração, contando com a presença dos nossos saudosos Padre Artur, então nosso pároco, e D. António Marcelino, então Bispo da Diocese de Aveiro. O nosso Padroeiro é S. José, cuja simplicidade, fidelidade e dedicação nos vai inspirando. A festa em sua honra tem lugar no primeiro domingo de Maio. Ele é também conhecido como o “Padroeiro dos Trabalhadores”, por isso, é ele que também nos inspira a servir sempre com gosto e devoção, para que a nossa Capela continue a ser um local de encontro, oração e construção de comunidade. Muito obrigado pela sua visita Sr. Bispo. 21h00

Encontro com crismandos e Sacramento da reconciliação Ecos do Encontro Algumas palavras de D. António no Encontro com os Crismandos e suas famílias

Sr. Bispo: Que sacramentos já receberam? O Baptismo, a Eucaristia, e já receberam outro, a Confissão / Reconciliação. Vocês já receberam três. Eu já recebi mais um e outro. O da Confirmação e o da Ordem. Hoje já celebrámos também aqui o Sacramento da Santa Unção, aqui na paróquia a 130 pessoas, durante a tarde. Os três Sacramentos – Baptismo, Eucaristia e Crisma – significam aquilo que civilmente, nós chamamos de responsabilidade penal. Pois há diferença, dado que ainda não têm maturidade com 17 anos, mas a partir dos 18 já o têm. Quando eu tinha vossa idade, a responsabilidade era aos 21 anos. A idade adulta marca a nossa vida, e estes três sacramentos é que fazem de nós, cristãos responsáveis/adultos na fé. Quais são os sacramentos que precisa de celebrar para ser adulto na fé? Precisamos do baptismo, para nos introduzir na filiação de Deus, e na Igreja. Precisa do Crisma para testemunhar Jesus Cristo, de quem é irmão e filho de Deus. E precisa da Eucaristia para comungar e alimentar a sua fé. Só há vida adulta na vossa vida se houver Eucaristia e Crisma e Confissão. A questão da confissão é diferente. Devemo-nos confessar depois de sermos baptizados. Amanhã vocês irão atingir a maturidade cristã. Vós ides atingir a maior responsabilidade da vida cristã. Só quando se atinge a maturidade da fé é que os outros sacramentos têm sentido na vida do cristão. O Crisma, o que é? Primeiro, se eu vos perguntasse o que me perguntaram em mim noutro lugar: qual é o Deus em que acredita? O Deus em que eu acredito, o Deus que me foi revelado e dado a conhecer por Jesus. Quem é o que é o nosso Deus? O nosso Deus é aquele que invocamos habitualmente – pai, Filho e Espírito Santo. Nós só sabemos que é este Deus, porque foi Jesus que o disse. No Antigo Testamento não sabíamos. Nós sabemos que Deus é Pai. Sabemos que esse Filho, Jesus, disse que era Ele. Quem me vê a mim, vê o Pai. Agora, a terceira Pessoa, é o Espírito Santo. Aqui há alguma dificuldade em entender quem é o Espírito Santo. Deus Pai quando quis salvar o mundo, quem nos deu? Deu-nos o Seu Filho Jesus. O Espírito é a presença do Filho de Deus no meio de nós, para que não fiquemos sozinhos. Quem nos deu então, depois da Ressurreição e Ascensão de Jesus ao Céu? Deu-nos o Espírito Santo. Antes da consagração, coloco as mãos sobre o Pão e o Vinho. Para que eles se convertam no corpo e sangue de Jesus. Nós pedimos a Deus que envie o seu Espírito. Se eu quero comungar hoje, como é que o Pão e o Vinho, são o Corpo e Sangue de Jesus? Pela acção do Espírito Santo. (Depois, seguiu-se o Sacramento da Reconciliação dos Crismandos).

Visita Pastoral | Suplemento do Nº 462 | 3 | abril 2018

P. Pedro: Ex.mo Sr. Bispo, eis aqui os crismandos que ao longo destes anos se foram preparando e assim continuam para receber o Sacramento da Confirmação.


25

fevereiro

11h00

Eucaristia com Sacramento do Crisma Ecos do Encerramento Homilia de Encerramento por D. António Moiteiro Meus irmãos e meus amigos, mais uma vez é com muita alegria que convosco celebro eucaristia, e também aceito este grupo de jovens crismandos, que são sempre os continuadores da nossa vida. Vós sois o presente desta paróquia, mas também sois o futuro da humanidade. Não há futuro, não há humanidade sem juventude. Eu também já fui jovem. É uma questão de idade, mas significa que os vossos sonhos ajudam a tornar o mundo mais belo. Os vossos sonhos ajudam a que este mundo e que vivemos se torne mais solidário, mais amigo. E o sacramento do Crisma, que é o sacramento do Espírito Santo é isso mesmo. É o amor de Deus, é a vida de Deus no coração de cada um de vós para ajudar a transformar a humanidade. A Palavra de Deus que acabámos de escutar hoje é também para todos nós. E quando nós chegámos à quaresma, o primeiro e o segundo domingo, têm sempre o mesmo tom nas leituras. A seguir à quarta-feira de cinzas, o primeiro domingo da quaresma traz as tentações de Jesus consoante o evangelista do ano. O segundo domingo da quaresma traz sempre a Transfiguração. Jesus que se transfigura, que se transforma, que anuncia de antemão que a morte não tem a última palavra, mas que a morte é vencida pela ressurreição de Cristo. É por isso que no final do evangelho Jesus recomendou aos seus discípulos que não falassem da Transfiguração a não ser depois de Ele ter ressuscitados dos mortos. Os apóstolos perguntavam entre si o que significava ressuscitar dos mortos. Se a Igreja na Quaresma apresenta nestes dois domingos, sempre a mesma temática, por alguma razão é. Depois das cinzas em que nós nos lembramos que é preciso fazer penitência, a necessidade da conversão, a mudança de vida. O primeiro domingo com as tentações, mostra que nós também no caminho da nossa vida também somos tentados. Que as tentações que Jesus sofreu são aquelas que nos acompanham ao longo da nossa vida, e na forma como Jesus as venceu, nós, imitando-o, também podemos mudar a nossa vida. No dia de hoje vem a Transfiguração. Porquê? Olhemos para o dia de Páscoa. É o dia do anúncio, da vitória de Jesus sobre a morte. É o dia em que Jesus ressuscita para nos dizer a nós que a última palavra é uma palavra de vida, não de morte; que a última palavra é uma palavra de alegria, não de tristeza. Então, olhamos para a Páscoa que é Jesus Ressuscitado, somos convidados a percorrer a Quaresma ouvindo aquilo que Jesus tem para nos dizer, ouvindo aquilo que é o Seu Evangelho, ouvindo aquilo que Jesus propõe aos seus discípulos. Para quê? Para nós também irmos pondo em prática, para crescermos na comunhão com Deus, para que a verdadeira Páscoa seja este encontro de cada um de nós com o Ressuscitado que vem ao nosso encontro. Vem até nós. Nós temos de nos preparar, de nos converter. As leituras hoje trazem alguns sinais que eu gostaria de partilhar convosco. Primeiro sinal é o sinal de jesus transfigurado. Jesus sobe ao monte com aqueles discípulos mais íntimos. E diz o texto que Jesus se transfigura, se transforma, e que as suas vestes se tornaram tão brancas, que ninguém sobre a terra assim poderia branquear. O que é que esta visão quer significar? Primeiro, é Jesus que se transforma, que se transfigura, para pensarmos na Páscoa, na sua Ressurreição. Depois, aparece outro sinal, dois sinais num, Moisés e Elias. Moisés com as tábuas da lei, os mandamentos; e Elias, o maior dos profetas do Antigo Testamento. Então, aparecem mas não é a eles que nós devemos escutar. Veio do Céu uma voz que dizia – não foi Moisés e Elias que falaram – este é o meu Filho, escutai-O. São as mesmas palavras que o Pai diz quando Jesus é baptizado. Agora o Pai, diz àqueles discípulos, que se queremos ser cristãos, se queremos seguir Jesus, devemos escutar Jesus. É o apelo que a Palavra hoje nos propõe. A primeira leitura ainda traz outro sinal, que é Isaac, que vai ser sacrificado, onde leva um molho de lenha para o sacrifício. Deus tinha pedido a Abraão o seu filho. Mas Abraão sabia que Deus não ia faltar à sua Palavra. Este jovem a caminho do monte é a imagem de Cristo a caminho do Calvário. Mas Isaac é também a imagem de cada um de nós, que pretende o encontro com Deus. Esse encontro de Deus que vem curar, que vem salvar. É um amor que vem curar aquilo que em nós não é cristão, não é vontade de Deus. Caminhamos apoiados em Jesus, para que a Páscoa seja em nós a Ressurreição. Por isso, necessitamos de alimentar o nosso estilo de vida, mais austero, mais generoso, mais simples, que foi no fundo o estilo de vida em Jesus, que faz dele testemunha do amor de Deus com a humanidade. É este caminho que nos é proposto neste Domingo. Propõe neste amor que Deus não poupou o Seu Filho, mas entregou-O à morte por todos nós. Para quê? Para que Ele interceda por nós. Para que Jesus seja a fonte da vida para cada um de nós. O Crisma, queridos jovens, é para serdes testemunhas de Jesus Ressuscitado, de um Deus que nos ama, de um Deus que está vivo, e na vossa vida devereis procurar escutar Jesus. Nós devemos escutar Jesus na nossa vida. O que é mais importante para nós? O que é, não sei. Mas todos nós devemos descobrir, todos nós temos de ir, descobrindo qual é a vontade de Deus na nossa vida para pôr em prática.

Ecos da Visita Pastoral Desafios lançados à comunidade no Encerramento, por D. António Moiteiro Terminamos hoje de modo mais solene a Visita Pastoral a Nariz. Queria lançar à comunidade dois desafios. O primeiro desafio é construir a Comunhão. É fundamental para aqueles que não são cristãos, para aqueles que não vêm à Igreja, para aqueles que andam afastados, é fundamental o rosto da comunidade que nós possamos cultivar. Nós temos Construir de ser atraentes para que outros possam vir, nós temos de viver uma fé que seja alegre e contagiosa, para que outras a Por fim, e viver possam viver. É fundamental construir a comunhão, construir a comunidade. Eu estou convencido que, a capacidade que deixou-nos as nossas paróquias tiverem de construir a comunhão e a comunidade é aí que está o futuro da Igreja, da Paróquia. Eu sei, em comunhão os seguintes que vós tendes estruturas de participação aqui na vossa paróquia. Reforçai-as, procurando viver em Comunhão uns com os outros. Colaborai uns com os outros. Todos somos membros de uma Comunhão, de uma comunidade, desta Igreja que desafios está aqui na vossa paróquia. à nossa Formação Outro desafio que vos queria lançar é o desafio da formação. Sobretudo o desafio da formação dos adultos. Encontrei aqui comunidade: um grupo bom de cursilhistas, um grupo de acção da Infância Missionária, um grupo da Irmandade, e vários grupos, e é dos adultos bom que possais estar unidos, vivendo a união e a comunhão, mas através de uma solida formação. Nós temos de dar razões da nossa fé. A formação é absolutamente necessária. Deixei o desafio ao P. Pedro, que seja lançada uma formação bíblica, na Palavra de Deus. Vamos pedir ao Senhor que nos conceda essa graça. É com alegria que também sinto que vejo esta comunidade a crescer. Mas não chega, temos de ser mais, ser mais comunhão, ser mais filhos de Deus, mais de Deus.

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Ecos da Visita Pastoral

Visita Pastoral | Suplemento do Nº 462 | 4 | abril 2018

Mensagem final da comunidade, pelos jovens, ao D. António Moiteiro Bom dia D. António Moiteiro, Estamos muito gratos por tê-lo tido connosco estes dias na nossa paróquia. Ao longo destes dias pode conhecer a nossa realidade... As crianças do nosso Centro Social e Paroquial, os nossos idosos, as crianças, adolescentes e jovens da catequese… Os lugares de Verba, da Vessada e de Nariz… Bem sabemos que a realidade que vivemos na nossa paróquia, não é perfeita... A nossa catequese e comunidade perde crianças todos os anos, certamente as nossas respostas socio-caritativas não conseguem chegar a todos aqueles que precisam, no fundo não somos uma comunidade tão unida como deveríamos ser... A nós, jovens, preocupa-nos o nosso futuro profissional e pessoal, mas também o futuro da nossa comunidade. Tentamos, S. Pedro de Nariz – réplica oferecida como lembrança da Visita Pastoral. à nossa maneira, ser exemplo de Esperança e fermento de Fé nos mais novos… Mas nem sempre o conseguimos. Esperamos que os ecos e lembranças da sua visita se tornem, também, fermento de Fé e Esperança em todos os elementos da nossa comunidade e nos ajudem a trilhar este caminho até Cristo. Mais uma vez agradecemos a sua visita e para que se lembre de nós entregamos-lhe este lembrança. Obrigada D. António Moiteiro! 12h30

Almoço – Convívio Paroquial


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