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Loures Notícias de

ANO 2 | Nr.14 MENSAL | 6 JUNHO 2015 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Loures Parque muda política

Cabo Verde em Loures

Loures campeão nacional

A Loures Parque anunciou a diminuição de alguns horários e a criação de novos lugares de estacionamento gratuitos.

Caboverdianos completamente integrados em Loures. Conheça melhor esta comunidade, com grande implementação no Concelho.

O GS Loures sagrou-se campeão nacional da II Divisão, no escalão de juniores, fazendo companhia na próxima época ao Sacavenense na I Divisão.

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APRESENTAÇÃO

A2S À PROCURA DE PROJECTOS

Esta nova associação pretende dinamizar novos projectos agrícolas, sociais e patrimoniais recorrendo a fundos comunitários. Pág. 3


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EDITORIAL

Crónicas saloias

Um “mudo” ao poder Pedro Santos Pereira Director

Ficha Técnica

As batalhas já começaram para as próximas legislativas. Quatro meses antes já só se discute o futuro, esquecendo-se que existe um presente. Como qualquer doente em regime de semi-internato, como é o nosso caso, há que ter em conta os tratamentos diários, pois corre-se o risco de, daqui a quatro meses, a enfermidade piorar e estarmos, novamente, em regime de internamento. Mas que importa, o poleiro é aliciante (pelo

menos para alguns inconscientes) e quem está nele nem de regime ambulatório necessita. Com este burburinho constante e desgastante, ainda estamos a quatro meses do acto em si, e com os constantes tiros no pé, vindos de todos os quadrantes, só me resta dizer que se existisse um candidato “mudo” (num dos dois partidos que costumam vencer as eleições), as probabilidades de vitória seriam enormes. Saber estar em silêncio quando

não se tem nada para acrescentar, para mim, ainda é uma virtude. Um sinal de humildade, de consciência e de inteligência que, infelizmente, não está ao alcance de todos. Mas não é só na classe política, pois esta só nos reflecte, no mundo em que vivemos todos percebemos de tudo, de política, de economia, de desporto, de religião, de comunicação, de psicologia, de cozinha, do que for necessário… Somos todos “experts” e polivalentes,

Director: Pedro Santos Pereira Redacção: Constança Lameiras Colaborações: Ana Rodrigues, Anabela Pereira, André Julião, Filipe Amaral, Florbela Estêvão, Florinda Loureiro, Francisco Rocha, João Alexandre, José Reis Santos, Joyce Mendonça, Lucília Bahleixo, Martim Santos, Patrícia Duarte e Silva, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rodrigo Moreira, Rui Pinheiro, Sónia Carvalho, Teotónio Gonçalves Fotografia: Cátia Isaías, João Pedro Domingos, Miguel Esteves, Nuno Luz Direcção Comercial: Luís Bendada (Director) Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 126 489 Depósito Legal nº 378575/14

excepto quando toca a trabalhar, aí já cada um tem as suas competências e só sai delas se for “obrigado”. Não nos deixemos iludir e continuemos atentos ao dia-a-dia, porque o percurso faz-se caminhando. E nós aqui em Loures temos um problema sério em mãos por resolver que, eventualmente, só com a ajuda popular poderá ser resolvido a nosso favor. Refiro-me à EGF e à sua privatização, um processo obscuro que ainda não terminou.

Estejamos alerta, pois está em causa a Saúde, a Economia e o Social do Concelho. As concelhias dos partidos de Loures que metam mãos à obra, já que estão todas de acordo e deixem as legislativas para daqui a três meses. Um mês é um bom período de reflexão e os lourenses, de certeza, que a irão fazer na altura própria.

Contactos

Geral 219 456 514 | noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Editorial pedro_pereira@ficcoesmedia.pt Comercial filipe_esmenio@ficcoesmedia.pt

Notícias de Loures


Loures Notícias de

ACTUAL

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”Saloio com muito gosto” Este é o lema da A2S, uma associação inter-municipal com fundos comunitários, que tem como objectivo dinamizar o sector agrícola e patrimonial dos concelhos envolvidos, Loures, Mafra e Sintra. No dia 21 de Maio, na Quinta do Vale em Santo Antão do Tojal, foi apresentada a A2S, uma associação que apoiará projectos dos três municípios envolvidos, Loures, Mafra e Sintra, a obterem fundos comunitários. Com moderação de Mário Fidalgo, vice-presidente da Federação Minha Terra e com discursos do Secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, dos presidentes de Loures e Mafra, Bernardino Soares e Hélder Sousa Silva, dos vereadores Pedro Ventura (CM Sintra) e António Pombinho (CM Loures), da Directora Regional da Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, Elizete Jardim, a Coordenadora da A2S, Márcia Mendes e Diogo Batalha da Aldeia da Mata Pequena, foram dados diversos contributos sobre formas de actuação que esta Associação poderá ter. Para culminar seguiu-se uma degustação com produtos saloios. A A2S é presidida pelo vereador António Pombinho e coordenada por Márcia Mendes que, no final da apresentação, nos explicou melhor o funcionamento e os objectivos da Associação. O que é necessário para concorrer a este programa ao A2S? Em primeiro lugar é necessário que haja uma intenção, uma ideia de desenvolver um projecto no território. Esse projecto tem de ir ao encontro das áreas em que actuamos, portanto são pequenos, sempre pequenos projectos. Projectos que têm por objectivo a diversificação das actividades nas produções agrícolas, as cadeias de comercialização e distribuição, portanto, tudo o que exista para ir ao encontro destas temáticas são elegíveis para poderem ser financiados. Depois daremos todo o apoio na sua concepção e será apresentado à Associação que, se for viável, irá atribuir o financiamento que será dado pelas autoridades de gestão. Funcionam como um filtro? No fundo, nós vamos tentar captar agentes que

estão no território para desenvolver projectos de acordo com estas temáticas, que são elegíveis no âmbito dos fundos e, para nós, na ordem do território. Para a A2S são importantes as zonas rurais, o património, o turismo e definimos que é importante a capitalização e a inclusão social, esperando que todos os projectos que apareçam sejam nestas áreas… Dentro dessas vertentes… Exacto… E há limites em termos financiamentos? Sim, os projectos são sempre “pequenos projectos”, no máximo podem ir até aos 200 mil euros e é suposto criarem postos de trabalho e terem metas específicas e concretas.

cionarmos pouco, vamos receber pouco dinheiro, se proporcionamos fazer muito, provavelmente iremos ter que renegociar, para dimensionar o projecto à escala do apoio que será atribuído. Mas vamos ter que dizer nesta segunda fase, o quê que vamos fazer para concretizar a nossa estratégia. O que vai ser definido no próximo mês e meio toda a estratégia? Sim. Depois, a partir daí, iremos fazer animação territorial, ouvindo todos os interessados e alertá-los para as possibilidades que têm com este novo pacote, porque quanto mais rápidos formos na elaboração dos projectos, mais rapidamente poderemos concorrer a outros pacotes financeiros.

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29/05/15

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E já se sabe qual é a taxa de comparticipação? Não. Agora estamos numa fase em que vamos ter que dizer à autoridade de gestão o que é que queremos fazer, vamos ter que detalhar a nossa estratégia, tanto dentro do património como nas zonas rurais vamos ter que dizer o que queremos fazer. E consoante aquilo que dissermos à autoridade de gestão, será desencadeado um processo de negociação, que determinará a verba que teremos disponível para colocar nos projectos. Tudo irá ser feito em função das propostas que nós proporcionarmos fazer, ou seja, se propor-

AF_Skoda finaciamento 126x170mm_Carlar_v1_HI.pdf

Qual é o objectivo principal da A2S? É dar a possibilidade a estas pessoas de beneficiar dos fundos, que elas nunca puderam beneficiar.

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E criar postos de trabalho? Exactamente. A parte cultural também é elegível? Em princípio sim, dependerá daquilo que vier da negociação, mas no passado tem vindo a ser elegível, tanto na parte social como na parte cultural. Agora iremos ver se existirão algumas restrições. Pedro Santos Pereira

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LOCAL

Protecção Civil recebe mais investimento Com um trabalho quase invisível, o Serviço de Protecção Civil de Loures é garante de que há resposta às situações mais complicadas. A autarquia vai voltar a investir num sector anteriormente «mal-amado».

Ricardo Andrade

Comissário de Bordo

Algo já está a mudar!! Há alguns anos atrás escrevi um artigo para o jornal “Notícias da Portela”, em que perspectivava a alteração do modo como, em Portugal, se fazia campanha eleitoral e a forma como nos anos vindouros se alterariam alguns desses hábitos. Não era nem um conjunto de sugestões nem mesmo uma crítica de fundo aos mecanismos que, há época, os partidos políticos utilizavam para fazer campanha. Era apenas uma análise do que me parecia, à data, ser a forma como muito iria mudar nas campanhas em Portugal. Muitas vezes penso ainda na actualidade que esse artigo acabou por ter. Inúmeras vezes pego ainda nesse artigo para constatar o que já mudou nas nossas campanhas. Diversas vezes me inspiro ainda nessa reflexão para defender alterações que julgo serem positivas para as campanhas eleitorais no nosso país. Nestas linhas que agora escrevo não farei o ponto de situação desse “deve e haver” do que mudou na forma de fazer campanha em Portugal. Temos ainda muito tempo para esse exercício! Mas confesso que tenho sido um espectador particularmente atento à forma como, a ainda alguns meses das Eleições Legislativas, se começam a saber, com muito maior antecedência do que o normal, conteúdos dos programas eleitorais com que as principais forças políticas nesta nossa terra à beira-mar plantada se candidatarão às próximas eleições. Confesso que vejo com enorme agrado o que me parece ser mais uma alteração de mentalidades. Admito que não esperava ainda para este processo eleitoral uma forma, que julgo, mais atempada e responsável de transmitir aos eleitores o que são os propósitos de candidatura por parte de quem pretende dirigir os destinos do nosso país e corresponder às expectativas dos eleitores. Não sendo eu nem apolítico nem apartidário mas, procurando ser o mais justo e insensível possível, tenho que concluir o meu raciocínio acerca do que pode ser uma mudança deste paradigma e transmitir a ideia de que penso ter sido o actual Governo de Portugal e o Partido Social Democrata alguns dos principais responsáveis por esta alteração. Porquê? Porque não tenho dúvidas que sem a forma aberta e frontal, preconizada pelo actual Primeiro-Ministro e Presidente do PSD, de debater dia após dia a situação do nosso país esta mudança nunca teria sido possível. Porque acredito que se outros ainda estivessem à frente do nosso País a postura seria igual à que foi num passado não muito longínquo… uma postura marcada pela gestão de informação e pela incapacidade de falar verdade aos portugueses doa a quem doer! Continuemos assim e as campanhas eleitorais e a política em Portugal ainda mudarão muito e muito rapidamente!

É uma espécie de trabalho invisível o que o Serviço de Protecção Civil de Loures desempenha no dia-a-dia, trabalhando com afinco para que não seja preciso dar pela sua presença. Parece um paradoxo, mas não é falácia nem falsa modéstia. O Serviço de Protecção Civil é uma estrutura de coordenação de actividades de diversas entidades, no caso de haver uma emergência extraordinária. Rui Alves, coordenador do Serviço de Protecção Civil de Loures explica melhor o conceito: «O que nós fazemos é estabelecer um centro de coordenação, onde estão os representantes das entidades envolvidas – Estradas de Portugal, Brisa, Autoestradas do Atlântico, PT, EDP, Serviços Municipalizados -, e os responsáveis de diversos serviços da Câmara. A nossa missão é, em função das necessidades, alocar os meios para fazer face à situação. Os meios dos bombeiros, da polícia e de outras entidades podem não ser suficientes e aí entra o Serviço Municipal de Protecção Civil». Existem duas formas fundamentais da Protecção Civil operar: ou através da activação do Plano Municipal de Emergência, que, como o próprio nome indica, só se aplica em situações excepcionais e já consagra todas as medidas a desenvolver, ou através da convocatória das entidades cuja colaboração seja necessária. O plano de emergência foi activado, pela última vez, a 18 de Fevereiro de 2008, data em que a fúria das águas afogou o concelho e deixou muitas pessoas sem nada e muitas empresas sem actividade. «Havia que alocar mais meios e esses meios vieram de outras áreas», conta Rui Alves. «Havia estradas cortadas e muitas situações para dar resposta, muita gente ficou quase sem nada», acrescenta. Formar e ensinar os mais pequenos Este trabalho quase invisível é feito, acredite-se ou não, apenas por 16 técnicos, cinco dos quais em rotatividade semanal, afectos ao sistema de atendimento de emergência 24 horas. Os equipamentos são da Câmara Municipal

ou de outras entidades e à Protecção Civil cabe identifica-los e assegurar a sua disponibilidade em caso de acidente. «O nosso trabalho é essencialmente prepararmonos e preparar as pessoas para as situações», defende Rui Alves. Para essa preparação, a Protecção Civil conta com um equipamento de excelência – a Escola de Prevenção e Segurança – que visa preparar os mais novos para situações complicadas. «O equipamento está vocacionado para as crianças do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, sendo que tem quatro salas temáticas: a dos sismos, a das cheias, a dos incêndios florestais e a dos acidentes domésticos», explica o coordenador. Uma escola diferente que, desde o início do ano, já recebeu 147 visitas e cerca de 3100 alunos. Quando a escola não tem visitas, são os próprios técnicos da Protecção Civil a deslocar-se às escolas para dar formação a professores e auxiliares. «Este ano, já realizámos junto das escolas 24 acções de formação», revela Rui Alves. Além disso, a Protecção Civil reactivou o grupo de trabalho de gestão da rede hidrográfica, «extremamente importante, porque os maiores riscos de acidentes que temos no concelho são as cheias», defende o responsável. Esse grupo incorpora, além da Protecão Civil, serviços da Câmara, serviços municipalizados, um representante da Agência Portuguesa para o Ambiente, o SIMTejo, as Estradas de Portugal, a Brisa, a Autoestradas do Atlântico, a Associação dos Beneficiários da Várzea e

os 10 presidentes de Juntas de Freguesia do concelho. «A missão deste grupo de trabalho é fazer um diagnóstico da rede hidrográfica, ver o que cada entidade tem necessidade de fazer, dentro das suas responsabilidades, e depois fazer um ponto de situação, normalmente duas vezes por ano, a 1 de Outubro e em finais de Março, início de Abril», explica Rui Alves. «O nosso concelho, pela própria geografia, é muito atreito a este tipo de problemas, pelo que este grupo de trabalho é muito importante», acrescenta. Re-investir na prevenção e protecção O estabelecimento de planos de emergência e de auto-protecção dos edifícios municipais, nomeadamente as escolas, tem sido uma das prioridades do Executivo camarário desde que entrou em funções. Segundo Bernardino Soares, presidente da autarquia, «trata-se de um trabalho que incide, em primeiro lugar, sobre a prevenção, definindo regras para situações de emergência e que previnam essas situações e, por outro lado, manter e melhorar a capacidade da coordenação». Neste sentido, a Câmara está a criar um centro de coordenação operacional, que possa de facto exercer essa função. Além da disponibilização de um espaço e do investimento em equipamento de comunicações, a Câmara começou a fazer briefings semanais internos, briefings mensais com os serviços da autarquia envolvidos e ainda reuniões trimestrais com as

entidades externas envolvidas, casos da PSP, GNR, EDP, Estradas de Portugal e outras. O espaço foi «cedido» pelo SIMAR e os investimentos já estão em curso, embora não se conheçam em pormenor os montantes envolvidos. Outro investimento recuperado pela equipa de Bernardino Soares foi o apoio às corporações de bombeiros. «Só da parte da Câmara, esse investimento ronda o milhão e setecentos mil euros e pensamos continuar a recuperar o que foi um corte muito elevado feito nestas transferências para os bombeiros», revela o presidente. «Neste momento, já aumentámos em 110 mil euros a transferência anual para os bombeiros e pensamos que ainda é insuficiente, mas temos vindo a progredir, mesmo com as actuais condições financeiras», diz o edil. Além disso, a autarquia fechou recentemente um protocolo com as associações de bombeiros de Loures e Odivelas e com o SIMAR, para que os bombeiros fiquem responsáveis pela manutenção e vigilância dos marcos de incêndio no concelho. «Com isso, tem sido possível fazer o cadastro rigoroso desses marcos e pontos de água, que não estava completo e tem sido ainda possível detectar aqueles que não se encontram a funcionar», desvenda Bernardino Soares. «Temos já hoje uma estimativa dos investimentos que é preciso fazer nestas infraestruturas – 120 mil euros -, que não será todo feito este ano, embora sejam definidas prioridades para começar a reparar os que estão avariados, a fazer a sua selagem correcta, pondo fim a utilizações indevidas de água a partir dos marcos de incêndio», acrescenta. Por outro lado, conta ainda o edil, «do empréstimo que vamos contrair, alguns dos projectos que estão previstos são obras de protecção civil para solidificar barreiras que estão instáveis e que é preciso garantir que não caem, obras pouco visíveis, mas que não podemos abandonar à sua sorte, colocando em risco pessoas e bens». André Julião


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LOCAL

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Estacionamento mais barato e pedagógico Mais lugares gratuitos, menor tempo tarifado e tarifas mais baixas. Estas são algumas das alterações ao estacionamento em Loures, Moscavide, Portela, Sacavém e Prior Velho. As medidas não põem em causa a sustentabilidade da Loures Parque, garantem os responsáveis.

O estacionamento nas freguesias de Loures, Moscavide e Portela e Sacavém e Prior Velho tem novos tarifários, novos horários e mais lugares gratuitos. O anúncio foi feito, em conferência de imprensa, por Tiago Matias, vereador com os pelouros do planeamento e gestão urbanística da Câmara Municipal de Loures e Nuno Abreu, presidente da Loures Parque. Após mais de um ano a consultar os munícipes e a ouvir várias entidades e associações, o município e a Loures Parque anunciaram finalmente as medidas decorrentes da auscultação. Moscavide, um dos locais mais problemáticos, foi abordado com cuidado. «Apesar dos constrangimentos existentes, nomeadamente a grande pressão automóvel e a proximidade da estação do Metro, foi possível assegurar a disponibilidade diária de bolsas de estacionamento gratuito em Moscavide», anunciou Tiago Matias. «As medidas propostas

foram objecto de análise conjunta com os executivos das juntas de freguesia, mas também com a Associação de Comércio e Serviços e todos os intervenientes mostraram o seu acordo para com as mudanças propostas», acrescentou o vereador. Destacando os acordos alcançados entre freguesias de diferentes cores políticas, Nuno Abreu, presidente da Loures Parque referiu que o «processo foi altamente participado pelas populações e as soluções que permitiu apresentar são ajustadas à especificidade de cada zona do concelho». A solução encontrada assenta em três pilares: mais estacionamento gratuito, redução de horários e redução de tarifas, mas cada zona teve intervenções específicas. Cada problema com a sua solução «No caso da freguesia de Loures, parece-nos importante referir a criação de mais 80 lugares de estacionamento gratuito, que se vêm juntar aos cerca de 1400 lugares gratuitos já existentes», adiantou Nuno Abreu. «Em relação a Moscavide, destaca-se a criação de duas novas bolsas de estacionamento e ainda uma oferta de estacionamento gratuito durante todo o dia, embora não seja toda no mesmo local», acrescentou o presidente da Loures Parque. Numa solução bi-partida, o executivo camarário e a Loures Parque vão agora isentar a zona perto do mercado durante a manhã e

a zona junto ao Metro (parques da Azinhaga do Jogo da Bola) na parte da tarde. «Passamos, por isso, a oferecer 260 lugares gratuitos em Moscavide, embora uns no período da manhã e outros no período da tarde», reforça Nuno Abreu. «Na Portela, procedemos à oferta de mais 60 lugares de estacionamento gratuito, tendo libertado o estacionamento do Jardim Almeida Garrett e reduzido os horários de estacionamento pago», garante o responsável. «Concluímos que, no parque de estacionamento que dá resposta às piscinas e aos equipamentos da Associação dos Moradores, o horário que existia (das 08h00 às 20h00, de segunda-feira a sábado e aos domingos de manhã) era desajustado das necessidades da rotatividade», acrescenta. Neste sentido, o horário de estacionamento pago naquele local situa-se agora entre as 16h00 e as 20h00, de segunda a sexta-feira e das 10h00 às 18h00, aos sábados, sendo gratuito aos domingos. «No Prior Velho, vamos oferecer, na Rua Henrique Barros, mais 72 lugares de estacionamento gratuito», concluiu Nuno Abreu. «Raspadinhas» mais baratas e pagamento por telemóvel Além destas alterações, o preço por hora de cada «raspadinha» - títulos de estacionamento précomprados – passa de 50 para 40 cêntimos e os munícipes vão ser incentivados a pagar o estacionamento através do Meo

Parking, uma plataforma para pagamento do estacionamento através de telemóvel, que, apesar do nome, funciona com todas as operadoras e está em funcionamento desde o Verão de 2014. Em suma, para Nuno Abreu, estas alterações vieram «criar, no concelho de Loures, 559 novos lugares de estacionamento gratuito, sendo 211 ao longo de todo o dia e 348 alternados entre o período da manhã e o período da tarde». Com uma aposta na pedagogia em detrimento do autoritarismo,

o responsável máximo da Loures Parque anunciou ainda que esta nova atitude «permitiu reduzir, em 2014, em 29 por cento, o número de autos passados e, em 45 por cento, o número de bloqueios e remoções de viaturas». Isto, apesar do aumento de cinco por cento na utilização dos parquímetros. «Estas alterações não colocam, de forma alguma, em risco o equilíbrio e a sustentabilidade económica e financeira da empresa», defende Nuno Abreu.

ALTERAÇÕES AO ESTACIONAMENTO LOURES Mais 50 lugares gratuitos – Rua General Norton de Matos Mais 28 lugares gratuitos – Rua 4 de Outubro REDUÇÃO DE HORÁRIOS DE ESTACIONAMENTO PAGO - Quinta da Tinalha (agora das 09h00 às 18h00) - Largo Benjamim Mateus (agora de 2ª a 6º, das 09h00 às 18h00) - Junto ao Pavilhão Paz e Amizade (agora de 2ª a 6º, das 09h00 às 18h00) REDUÇÃO DE TARIFAS - Junto à Escola Secundária Dr. António Carvalho Figueiredo (agora €1) - Junto ao Pavilhão Paz e Amizade (agora €0,50) MOSCAVIDE 116 lugares gratuitos – Parque alternativo do Mercado (2ª a 6ª, das 09h00 às 14h00) 143 lugares gratuitos – Parques alternativos da Azinhaga do Jogo da Bola (2ª a 6ª, das 14h00 às 18h00) REDUÇÃO DE HORÁRIOS DE ESTACIONAMENTO PAGO - Zona 311 (agora, das 09h00 às 19h00) PORTELA Mais 61 lugares gratuitos – Parque do Jardim Almeida Garrett REDUÇÃO DE HORÁRIOS DE ESTACIONAMENTO PAGO - Zona das piscinas (agora, de 2ª a 6º, das 16h00 às 20h00 e sábados, das 10h00 às 18h00) REDUÇÃO DE TARIFAS - Zona das piscinas (oferta de 30 minutos) - Zona envolvente ao Centro Comercial (oferta de 30 minutos) SACAVÉM E PRIOR VELHO Mais 72 lugares gratuitos – Rua Professor Henrique de Barros REDUÇÃO DE TARIFAS - Parque da Rua da Guiné (agora €0,50) - Parque junto à Av. Salgueiro Maia (agora €0,50)


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LOCAL

Tribunal de Loures ampliado Rui Pinheiro Sociólogo

Já começaram as obras de ampliação do Tribunal de Loures. Este era um dos tribunais em que urgiam medidas devido à centralização de serviços, inerente ao novo mapa judiciário. Com umprazo de 10 meses de execução as obras iniciaram-se no final de Abril e terão um custo de 2,9 milhões de euros. Esta medida permitirá a exclusão dos tão propalados contentores, mas outro dos pontos sensível ao funcionamento deste órgão judicial era a falta de funcionários que, por enquanto, ainda não foi solucionado.

Fora do Carreiro Fará sentido acertar as fronteiras? O Município de Loures foi recentemente espoliado de território por acção do ex-Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa e a gravíssima omissão e desistência do ex- Presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira, que fizeram, através de um golpe de política duvidosa por desrespeito aos cidadãos, integrar toda a zona do Parque das Nações, até à foz do Rio Trancão, no Município de Lisboa. Foi uma conduta política inqualificável, que a história e as populações hão-de julgar devidamente. Não esquecendo este vergonhoso episódio, aquilo de que aqui trato, é de uma abordagem diferente, sob os pontos de vista dos objectivos, dos métodos e da elevação da acção política com o respeito democrático indispensável pelas populações. Não se propõe enganar ninguém, nem usurpar nada.

O mapa das fronteiras entre Loures e Vila Franca de Xira, evidenciam que do Município de Vila Franca de Xira existem uma espécie de dois enclaves, adentro do Município de Loures. Um na zona de Santa Iria de Azóia/Póvoa de Santa Iria, junto ao Rio Tejo e, outro, na zona do MARL entre Santa Iria de Azóia, S. Julião do Tojal e Vialonga. Diz-nos o senso comum que fará sentido eliminar estes “enclaves” e, assim, não aplicar um PDM a um lado da rua e, outro, ao outro lado da rua, a vizinhos fronteiros, harmonizar as fronteiras e a melhorar a gestão do território. A inexistência de disputas territoriais e emoções locais sobre o tema, poderia levar a um processo de racionalização, diálogo, consulta popular e redefinição técnica, no interesse de ambas as partes. O excelente trabalho de contactos, frontalidade democrática e cooperação que o Presidente Bernardino Soares tem conseguido estabelecer com os demais líderes das Câmaras Municipais da Área Metropolitana de Lisboa, são outro elemento de relevância política, institucional e de oportunidade, capaz de sustentar a iniciativa e o entendimento entre os autarcas e autarquias de ambos lados das ditas fronteiras e se, para tanto, contarem com o apoio ou aquiescência das gentes locais. Talvez valha a pena pensar nisto.

Lourense distinguido pela Marinha O Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante Luís Manuel Fourneaux Macieira Fragoso, entregou o Prémio Marinha Portuguesa ao Mestre Hélio Rasteiro, residente em Loures. A dissertação de Mestrado de Hélio Rasteiro assume a temática “Planeamento como processo essencial na Política e na Estratégia” e levanta pontos fundamentais para o não desenvolvimento de Portugal. A mesma incide sobre as estratégias definidas para o tempo de uma legislatura, afirmando que Portugal anda a desaproveitar o Mar há mais de 30 anos, poden-

do no futuro perder a soberania do mesmo por falta de capacidade de ocupação e meios. A dissertação defende ainda que Estratégia Nacional para o Mar 2006-2016, do XVII Governo, não passou de declarações de intenção, percebendo passados 7 anos que não havia planos de acção. O estudo também assume uma crítica/constatação ao Povo português, que só se lembra do Mar em épocas balneares, defendendo que para se vencerem os desafios actuais é fundamental vencer a crise de vontade, de confiança e de cultura estratégica da classe política. Com a dimensão de 1.7 milhões de Kms², o Mar de Portugal corresponde a aproximadamente 19 vezes a área terrestre nacional, sendo 97% do território por-

tuguês de natureza marítima. Assume ainda maior importância por apresentar uma posição central atlântica no eixo das rotas marítimas de três Continentes. A importância de um desenvolvimento sustentável com base na Aquacultura, Energias renováveis marinhas, Biotecnologia marinha e investigação sub-aquática são essenciais para o futuro de Portugal. A sessão solene teve lugar no Instituto Superior de Ciência Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, por ocasião da comemoração do 109.º aniversário do mesmo.

Bio Cooking A Biocoop – Produtos de Agricultura Biológica, CRL realizou no passado dia 23 de Maio, nas suas insta-

lações, em Figo Maduro em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, um evento de culinária intitulado BIO COOKING. Exclusivamente com produtos biológicos, seleccionados e confeccionados pelos alunos, tendo o respectivo evento servido também como avaliação para os mesmos. Com esta parceria pretendeu-se promover uma alimentação saudável, com produtos biológicos e a sua aplicação quer na cozinha do dia a dia, quer para momentos especiais, assim como esclarecer as mais variadas dúvidas sobre os produtos biológicos versus produtos convencionais e sua respectiva preparação. No evento foi visível e admirável a interacção entre o público e os cozinheiros, tendo resultado num dia muito produtivo e educativo.



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COLECTIVIDADE

Futebol Clube do Prior Velho Pedro Cabeça Advogado

Em Junho temos de esquecer que é preciso pensar no Futuro Aí vêm o sol e o verão para fazerem esquecer que é preciso pensar no Futuro. Acabou a época desportiva distribuindo-se pelos clubes de Lisboa, o Campeonato e a Taça, em comemorações no Marquês pontuadas de um vermelho vivo pincelado de pedras e garrafas arremessadas em tontas comemorações, mas adiante… que isso são outros futebóis. Afinal antes das férias, aproveitando o calor relaxante, convém relembrar que nos últimos anos assistimos a um humilhante momento histórico de uma governação, que por mais que se tente pincelar com maquilhagem de feira, qual croquete fora de validade, foi um desastre irrevogável (irrevogável dos tempos em que a palavra não tinha sido reinventada pelo novo acordo “ortoportas” e ainda queria dizer que não se pode revogar; Definitivo; Que não torna atrás -"irrevogável", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013 e não in Dicionário sms para Passos de 2013). Apesar do Calor gostava que não esquecêssemos que temos um país cansado, com um governo que nos esgotou, que salta e pula como se tivesse surgido de novo e não fosse o mais esgotado Governo da história de Portugal (pior do que o governo dos Reis “miúdos”, que esses ainda tinham tutores competentes), num completo fim de ciclo que agravou a desvalorização da política e fez letra morta da consciência social. Pois… isso da questão social é lá importante? O que é um país na linha? E em linha? O desespero de quem vive só pode ser sentido por quem vive no país real que não seja o País das Maravilhas, que alguns escribas (trovadores?) pagos com moedas de prata e ouro ajudam a vender “como quem vende sabonetes” de cheiros mágicos e inexistentes, como a roupa mágica do “Rei vai Nú”. A verdade é que passamos a vida a ver pintar cenários. E este vai ser um verão de apresentações de cenários de glamour, com os partidos mais à esquerda a tentar sobreviver promovendo e preferindo o actual governo assumidamente alheado das políticas de esquerda, a um governo do Partido Socialista, por uma mera opção estratégica de sobrevivência partidária. Afinal parece que o objectivo não é lutar por políticas de esquerda, é apenas uma luta pela implementação de uma sociedade que lute pela sobrevivência de certos partidos condicionados aos princípios estipulados em “animal Farm” (ex: Nenhum animal dormirá em cama com lençóis; Nenhum animal matará outro animal sem motivo; Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros). Enfim apesar do verão é preciso não esquecer que neste momento o “país exige da representação Democrática, na pluralidade dos seus actores, uma capacidade para compromissos alargados, transparentes e assumidos – até para estimular e acompanhar o indispensável compromisso Social. “ Vêm ai o Verão da promoção do fútil, temos mesmo de suspender a nossa actividade e deixar o nosso pensamento embalar na brisa “caliente” de um cérebro que nem precisa de questionar. Afinal em Junho temos a certeza que “Felizes são os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Que finaliza o “ Loures em Congresso” e as suas conclusões para programar o futuro do Concelho na próxima década, enfim como diria Marx “Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes".

É o mais antigo, resistente, importante e emblemático clube desportivo, cultural e social da Vila do Prior Velho, sendo um genuíno clube bairrista de todos e para todos. Fundado em 28/01/1957, portanto há 58 "Primaveras", existindo graças a um grupo indígena de amigos, desportistas e dirigentes de outras extintas associações locais, que se reuniam na barbearia do Mário "Barbeiro" e jogavam a "Laranjinha", num espaço contíguo ao Páteo do Zé "Da Casimira", os quais e em boa hora, constituíram este nosso Clube, com a fusão e união de outras três colectividades, sendo elas "Os Terríveis", "Os Rápidos" e o "Grupo Desportivo do Futebol Prior Velho", afim de conjuntamente e no interesse mútuo, conseguirem mais valias, força e as necessárias parcerias, para uma nova era e progressão. Uma instituição que com visão, sentido cooperativista, no superior interesse público e no acompanhamento, apoio e desenvolvimento salutar a todos os níveis, dos nossos jovens e potenciais atletas, sempre

soube a partir do "Nada" levar avante este grandioso objectivo de carácter colectivo. É também nosso dever, agradecer a todas as direcções, órgãos sociais e amigos, que com a sua incansável dedicação, donativos, trabalho gratuito e espírito de sacrifício, deram o seu melhor ao longo destes difíceis anos, mantendo "Vivo" este sonho e sempre renovado objectivo, o que muito nos congratula, dignifica e transversalmente, verdadeiramente sempre interessou e interessa, a todas as contemporâneas e vindouras gerações. Destaque para o nosso sócio nº 1, José Alberto Lopes Francisco, pelo muito que tem ajudado e prestigiado o Clube, bem como, pela sua dedicação e serviços prestados aos jovens da nossa terra, ao futebol, ao desporto e à cultura em geral. Este ilustre sócio, que mesmo doente está sempre pronto a colaborar e a transmitir-nos a sua vasta experiência e conhecimentos, foi também um dos sócios fundadores do Clube. Tem 35 anos de arbitragem ao nível nacional, tendo sido

delegado, monitor, observador, fundador da A.P.A. e posteriormente também da A.P.A.F. (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), fundador e dirigente do Grupo Recreativo e Cultural Priorenses, sendo por todos estes motivos e justamente, em 26 de Julho de 2006, condecorado com a Medalha Municipal de Mérito Desportivo. “Para este querido sócio e Bom Amigo, que irá completar 74 Primaveras no próximo dia 14 de Junho, esta nossa singela lembrança, mas sentida homenagem. Muitos parabéns e votos de muitas felicidades e anos de vida”. São estes os desejos do Clube na voz do Presidente da Assembleia Geral, José Carlos de Almeida Fernandes Dias. Durantes estes longos 58 anos, que tanto custaram, este Clube, tem feito gratuitamente, toda a espécie de sacrifícios para se alavancar, proporcionando às classes mais jovens e carenciadas uma prática salutar e uma oportunidade na vida, sendo realmente escandaloso e revoltante, vermos desde Outubro de 2008, o

Assembleia Geral Em conformidade com os artigos nos 3, 4, 5, 6, 7 e 8 dos nossos actuais Estatutos, Regulamento Geral Interno e ainda, em pleno uso dos Direitos e Deveres de todos os Sócios, convocam-se os mesmos, para uma ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA a realizar no próximo dia 30 de Julho de 2015, 5ª feira com inicio às 20 00 horas e na nossa sala de convívio, do ringue do Futebol Clube do Prior Velho, sito na Rua Maestro Lopes Graça, no 3, (junto à igreja local). De acordo também com os nossos Estatutos e Regulamento Geral Interno, esta Assembleia Geral, terá inicio às 20,00 horas com a leitura da Acta da Assembleia anterior, na presença de (50% + 1) dos nossos Sócios efectivos, ou em 2ª convocação às 20H30m, deliberando-se então, com qualquer que seja o número de Sócios presentes e com a mesma ordem de trabalhos, que será a seguinte: 1 — Breves informações gerais. 2 — Apresentação por ordem de chegada, de todas as listas concorrentes aos nossos Órgãos Sociais, respectivos Corpos Gerentes e seus principais objectivos, votação e imediata eleição, para o período bienal 2015/2017. - Esta convocatória, será publicada num jornal regional, afixada em diversos lugares públicos e em www.facebook.com/futebolclubepriorvelho. Nota — Todas as listas concorrentes para este efeito e conforme nossos actuais Estatutos, deverão para o conjunto dos 3 Órgãos Sociais, serem compostas com pelo menos 13 Sócios efectivos, as quais, deverão ser entregues ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, até às 18,00 horas do próprio dia 30 Julho de 2015. - Pela importância vivenciada e a bem do nosso Clube, solicitamos e muito agradecemos, a presença e superior colaboração de todos. Prior Velho, 30 de Maio de 2015 Pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Carlos de Almeida Fernandes Dias

campo, instalações desportivas e sanitárias, que tanto custaram a construir, brutalmente destruídas, estando há mais de 6 anos inoperantes, com toda esta juventude e população, privadas deste raro e excelente parque desportivo, que possui condições e medidas oficiais, para desenvolvermos, ao mais alto nível, todas as principais modalidades. No entanto, a actual Direcção e Órgãos Sociais tudo têm tentado fazer, apesar das nossas exíguas condições económicas actuais, no sentido de se recuperar urgentemente o Clube, quer no respeitante ao desporto e diversas actividades lúdicas, para todos os gostos e idades, bem como das nossas instalações e Campo de Futebol. Inclusive já foram feitos alguns melhoramentos e importantes parcerias. Contudo, é preciso fazer mais e é necessário o apoio de outras “forças vivas” da Freguesia e do Concelho para resolver este problema que afecta gravemente a juventude e população do Prior Velho no Desporto, Saúde e Cultura.


Loures Notícias de

COMUNIDADES

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Um cheirinho a «Morabeza» no concelho A comunidade cabo-verdiana de Loures tem uma dimensão significativa, embora não seja possível contabilizar exactamente o seu número preciso. Está enraizada no concelho há muitos anos e caracteriza-se por ser uma comunidade aberta a todos e muito participativa. Mário de Carvalho, presidente da Associação Caboverdeana, contou ao NL como vivem os cabo-verdianos em Loures e as dificuldades por que a comunidade tem passado nos últimos anos de crise em Portugal. Qual a dimensão da comunidade cabo-verdiana do concelho de Loures? Loures é a sexta maior região de Portugal, com 10 freguesias, onde temos uma comunidade cabo-verdiana muito forte e presente. Não há uma estatística em termos de números, porque o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) trabalha em termos nacionais. Actualmente, temos cera de 46 mil cabo-verdianos com residência em Portugal.

No entanto, este número varia diariamente, porque os que conseguem adquirir a nacionalidade portuguesa já não fazem parte dessa estatística. Por outro lado, os que não têm documentos e são ilegais também não são contabilizados. Infelizmente, ainda há uma grande percentagem de cabo-verdianos ilegais aqui em Portugal. Mas, dada a dimensão do concelho e da relação que o mesmo tem com a comunidade cabo-verdiana e com a própria imigração, o Governo caboverdiano está muito atento aos cabo-verdianos que vivem em Loures. Como pode caracterizar-se essa comunidade? Genericamente, sabemos que a sociedade portuguesa enfrenta hoje graves dificuldades por causa da crise. O que se passa em Loures e que é similar aos outros concelhos é que a nossa comunidade, grosso modo, sempre esteve ligada à construção civil. Com a crise da construção civil, muitos começam a sair de

Portugal e a situação agravase com a restauração. Com a parceria especial entre Portugal e o Brasil, uma grande parte dos brasileiros veio trabalhar na restauração, que, em termos concorrenciais, são mais fortes que os cabo-verdianos. A crise começa, portanto, na construção civil, alarga-se à restauração e também à limpeza. Muitas das senhoras cabo-verdianas em Portugal estavam ligadas às firmas de limpeza e tarefas domésticas. No entanto, com a entrada de imigrantes do leste da Europa, os postos de trabalho dessas senhoras foram sendo ocupados. Nós, os cabo-verdianos, sempre lutámos contra a seca, a crise constante em Cabo Verde e estamos sempre preparados para enfrentar as dificuldades. Qual a religião dominante entre a comunidade cabo-verdiana de Loures? A religião católica é a religião predominante em Cabo Verde, como tal, o concelho de Loures não foge a essa realidade. O cabo-verdiano é um povo crente e há liberdade religiosa em Cabo Verde, onde há diversas igrejas, templos e religiões. Há livre escolha, mas o catolicismo é a religião dominante. De que ilhas são maioritariamente os cabo-verdianos de Loures? Loures, Amadora e Sintra são concelhos vizinhos e muito similares. A maior ilha que temos em Cabo Verde é a ilha de Santiago. Historicamente, há uma gran-

de percentagem de imigração dessa ilha para Portugal. Trata-se de uma comunidade fechada ou mais aberta e integrada na população? O concelho de Loures é uma referência na nossa imigração em Portugal. Os cabo-verdianos de Loures, como todos os que estão em Portugal, caracterizam-se como uma comunidade aberta, participativa e que está presente, em termos culturais, nas ruas de Loures. Se formos ver os eventos culturais que têm lugar com frequência em Loures, poderemos ver a participação da comunidade cabo-verdiana. No caso dos partidos políticos, também. Por outro lado, Cabo Verde é, em si, um país aberto. Somos o único país do continente africano que tem uma parceria especial com a União Europeia. Estamos presentes na OUA e somos uma nação diaspórica e presente em toda a parte do mundo. Têm muitos associados do concelho de Loures? Não temos tantos, infelizmente, como gostaríamos de ter. Fomos a primeira associação dos caboverdianos na sua diáspora, em finais dos anos de 1960. Aqui nasceu a Casa do Brasil, o SOS Racismo e tantas outras associações. Por isso, faria um repto a todos os cabo-verdianos que escolheram Loures para viver que façam parte da nossa associação e que participem nos jantares e nos almoços que organizamos, às terças e quintas-feiras, com música ao

vivo, e nos eventos, em geral, de várias ordens, que temos na Associação Caboverdeana. Que tipo de actividades desenvolvem para manter vivas as tradições, a cultura e a língua de Cabo Verde? A língua é a identidade de um povo. Nós expressamo-nos através do crioulo. A nossa língua oficial é o português, mas o crioulo é o que temos na alma, é o que falamos quando nos encontramos com os amigos em qualquer parte do mundo. Para manter viva a nossa tradição, na Associação Caboverdeana, temos um curso de crioulo, direcionado para profissionais que usam esta língua para falar no âmbito das suas profissões, casos de agentes da PSP e da GNR, que utilizam o crioulo como ferramenta de trabalho. Isto porque facilita, de certa forma, que um agente fale com as pessoas de alguns bairros em crioulo. Temos também um curso de dança, onde se ensina a dançar o Funaná e o Batuko, exposições, actuações de artistas cabo-verdianos ao vivo, entre outros. São tudo eventos para manter viva a nossa tradição. Na área da literatura, todas as sextas-feiras, temos o lançamento de um livro aqui na Associação Caboverdeana. Neste momento, temos um ciclo de histórias que está a decorrer, com grandes historiadores cabo-verdianos e que termina em Dezembro. Somos uma associação aberta a todos. André Julião


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Tosco Biografia do autor Tosco (Lisboa, 1981) é uma das figuras mais inovadoras do panorama do graffiti de linha gráfica não convencional em Portugal. A pintar no espaço urbano desde o final da década de 90, reordenou a sua linhagem em 2007 para uma nova direcção, apurando um estilo marcadamente pessoal. Trabalhando o contraste gráfico do preto e branco, dá vida a figuras de um primitivismo expressionista, edificando uma dimensão mitológica lúgrebe, plena de humor negro. O desenho é a base de todo o seu universo, a base das peças que pinta nas paredes. Durante algum tempo trabalhava directamente na parede, de forma espontânea, mas hoje prefere seguir um esboço, ideias apontadas. Apesar da aparência caótica, o seu trabalho é reflectido. Actualmente vive e trabalha em Dublin.

Biografia da obra A obra AVC, trata-se de uma pintura surreal a preto e branco pintada com aerosol. Feita no Bairro da Quinta do Mocho, o seu significado é transversal. Acidente Vascular Cerebral ocorre quando uma parte do cérebro deixa de ser irrigada pelo sangue provocando vários tipos de problemas. Nas pessoas que sofreram um AVC devem, por si próprias e o mais cedo possível, procurar a autonomia e desempenhar um papel activo na sua recuperação. É natural que tenham receio de experimentar novas ocupações. De início, devem ser estimuladas a realizar tarefas simples que estejam ao seu alcance, sendo-lhes dada a ajuda suficiente para que obtenham bons resultados.

OS ARTISTAS DA QUINTA DO MOCHO


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  C4i, um objectivo europeu      

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Formar para desconstruir mitos

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Artigo opinião, Bernardino Soares

Artigo opinião, Pedro Calado

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«TAMBÉM EM TORNO DAS MIGRAÇÕES EXISTEM CAVERNAS E MITOS.» Pedro Calado

Alto-comissário para as Migrações

AD LUCEM da em perceções. Nesta alegoria, com mais de 2000 anos, é com base nas sombras que são projetadas no fundo de uma caverna que os cidadãos vão construindo a realidade. As sombras de uma realidade que, na verdade, acontece fora dessa caverna, mas para a qual os indivíduos vivem de costas voltadas. E mesmo que alguns – em minoria – compreendam onde está verdadeiramente a vida a acontecer, é impossível convencer os outros que pensam observá-la nas sombras. Assim vive a maioria nesta caverna platónica: assentando em perceções e mitos (feitos de

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As migrações são um tema sobre o qual todos(as) temos uma opinião. É um assunto de crescente importância social, política e mediática em que, frequentemente, a construção dos discursos assenta em vivências de proximidade e na perceção que nos chega pelas experiências pessoais, mas também, e cada vez mais, pelos meios de comunicação social. Muitos pensadores têm refletido sobre este tema. Alguns são mesmo intemporais. Revisitemos, a este respeito, a Alegoria da Caverna de Platão que tão bem nos explica a construção da realidade basea-

www.oi.acidi.gov.pt

sombras) a construção da sua realidade. Também em torno das migrações existem cavernas e mitos. Já em 2005, o então Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, lançou uma brochura de leitura muito simples intitulada “Mitos e Factos sobre Imigração”. Nela se discorriam sobre oito mitos acerca da imigração: os imigrantes retiram empregos aos autóctones, os imigrantes consomem recursos públicos, os imigrantes são um perigo para a nossa cultura, entre outros. À data, aquilo que se pretendia era refutar com dados e com argumentos baseados em factos, os preconceitos construídos nas sombras. À data, todos esses mitos foram facilmente contrariados. Por isso mesmo, em 2014, quisemos, no agora Alto Comissariado para as Migrações, retomar este tema, lançando em dezembro na Assembleia da República o estudo “Monitorizar a

Integração de Imigrantes em Portugal. Relatório Estatístico Decenal” do Observatório das Migrações. E o que nos diz esse estudo? Fundamentalmente que, mesmo em tempos de crise internacional, a imigração continua a ser fonte de contributos positivos nas mais variadas áreas para Portugal: atenua o envelhecimento demográfico, aumenta a natalidade, cria postos de trabalho através de investimentos e iniciativas empresariais, contribui para a sustentabilidade da segurança social, entre outros. Ao longo de mais de 200 páginas, e apenas com factos, muitos dos potenciais mitos sobre imigração são rebatidos com dados estatísticos e administrativos de 19 fontes oficiais e com investigação séria. A necessidade de mostrar que a realidade, nesta caverna em que frequentemente vivemos, é diferente daquela que percecionamos, é um desafio tão mais

importante em tempos de crises como a que vivemos. A história ensina-nos que são estes os tempos em que esta pedagogia mais se torna necessária. Felizmente em Portugal temos sabido gerir de forma muito sensata este tema, noutras latitudes profundamente fraturante. Administração central, autarquias, sociedade civil mas, igualmente, cada um de nós enquanto cidadão tem este dever. Não fossemos nós – frequentemente - o Outro. Não alimentar os rumores como Loures nos propõe, implica desconstruir as sombras e observar a realidade de frente, desenvolvendo a narrativa correta em torno das migrações. Obrigado por contribuírem para que se coloque a cabeça fora da caverna. O nosso país resulta, também, numa parte substancial, do muito positivo contributo dos imigrantes em Portugal. Obrigado por nos relembrarem disso. Com factos. Com luz.

2 DESCONSTRUIR BOATOS PARA CONSTRUIR UMA EUROPA MAIS JUSTA E FELIZ

As migrações humanas, que tiveram lugar em todos os tempos da história da humanidade, têm, nas últimas décadas, registado um dinamismo sem precedentes na maioria dos Estados-membros da União Europeia. Desde que a circulação de seres humanos se tornou mais simples, que a

partida dos países natais para outros, onde aparentemente pudesse ser construída uma vida melhor, passou a ser mais comum. Esta movimentação geográfica trouxe aos países de acolhimento alguns problemas de integração. Culturas diferentes,

hábitos diferentes e uma certa dose de preconceito inerente ao ser humano no que toca à diferença emergiram, deixando para trás a ideia de que viver numa sociedade plural é uma mais-valia e não um problema. Questões como a crise económica que se abateu sobre a Europa nos últimos anos agra-

varam esta perceção de que os imigrantes são personagens à margem da sociedade local e que podem retirar alguns benefícios aos autóctones. O EXEMPLO DE BARCELONA Em 2012, a cidade de Barcelona estudou esta matéria e identificou vários rumores acerca dos seus imigrantes. Depois de processada a identificação, procuraram-se dados concretos que justificassem esses mesmo rumores e concluiu-se que, caso os imigrantes saíssem todos da cidade, a taxa demográfica, por exemplo, diminuiria a números insustentáveis para o desenvolvimento local. Perante este facto, o Município de Barcelona assumiu como prioritárias as políticas de acolhimento e integração de imigrantes, visando fazer de Barcelona “a cidade campeã da inclusão social e da igualdade de oportunidades para os seus habitantes”. Alterar a perceção que os catalães tinham dos imi-

grantes e valorizar os benefícios sociais, económicos e culturais da imigração foi o caminho escolhido. Procuraram-se rumores infundados sobre as diferentes comunidades e definiu-se uma estratégia de comunicação positiva que desconstruísse esses estereótipos e informasse a população natal sobre a importância da comunidade imigrante na sua cidade. O sucesso deste projeto foi tão grande que o Conselho da Europa abriu uma linha de financiamento para cidades candidatas a replicarem este tipo de abordagem, sendo cofinanciado pela Comissão Europeia no âmbito do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros. Chamaramlhe C4I – Communication for Integration e Loures foi um dos locais escolhidos para conceber e executar uma campanha de comunicação que possa promover a interculturalidade como uma riqueza e não como uma ameaça.


«ESTA EDIÇÃO MOSTRA OS FACTOS QUE CONTRARIAM OS RUMORES.» Bernardino Soares

Presidente da Câmara Municipal de Loures

LOURES – 1 MUNICÍPIO, 122 NACIONALIDADES Desde há muito que Loures tem recebido no seu território cidadãos das mais variadas proveniências. Desde as migrações internas, do Minho ao Alentejo, às migrações externas, Loures soube afirmar-se como um concelho acolhedor e são hoje muitas as comunidades que enriquecem o nosso território. A existência de associações representativas de cidadãos oriundos do Minho, de Loriga, do Alentejo ou de Armamar são motivo de grande

O PROJETO LOCAL LOURES LIVRE DE RUMORES Ao assumir o compromisso de transformar LOURES num território LIVRE DE RUMORES, a Câmara Municipal pretende provocar mudanças de comportamento e atitudes, mas, acima de tudo, mudanças de pensamento e reflexão numa perspetiva de longo prazo, em que a diversidade cultural do concelho seja considerada uma riqueza efetiva. A proposta é a de identificar os principais boatos/estereótipos/mitos que circulam acerca dos cidadãos estrangeiros residentes no concelho e rebatê-los com factos e dados estatísticos que possam acabar com comentários e atitudes racistas e xenófobas. Para que este objetivo seja cumprido torna-se necessário o envolvimento de todos: entidades, organizações, empresas, cidadãos. Porque, de facto, só quando cada um de nós se transformar em “agente anti-rumor”, estaremos em condições para construir um mundo onde todos os seres humanos sejam livres e iguais. Nesse âmbito, foi já iniciado um trabalho de aproximação a parceiros locais com os quais se discutiram formas de abordagem ao problema e que receberam formação para se tornarem “agentes anti-rumor”. Foi lançada uma página na rede social facebook (https://www.facebook.com/ loureslivrederumores?ref=hl) onde são partilhadas notícias, testemunhos pessoais e estudos sobre o tema da imigração no sentido de dar a conhecer dados e situações concretas que promovam a alteração de uma realidade que ainda reconhecemos como pouco aberta à diferença.

FORMAÇÃO DE AGENTES ANTI-RUMOR

orgulho. Como também o são os cidadãos oriundos dos países de expressão portuguesa, da India, da China e das demais nacionalidades que tornam Loures um concelho rico em diversidade de gentes e de culturas. No momento em que se encerra o projeto C4i – Comunication for integration – projeto do Conselho da Europa que visa desmistificar rumores sobre a imigração, apresentamos neste jornal um conjunto de infografias com o

tempo e perdure além da duração do próprio projeto.

objetivo de combater um conjunto de ideias feitas e boatos relativamente aos imigrantes. Desde a ideia de que os imigrantes são os maiores beneficiários dos apoios do Estado até à de que oneram o Serviço Nacional de Saúde, são muitos os preconceitos sobre a imigração e os imigrantes, que os dados desmentem. Esta edição mostra os factos que contrariam os rumores. E porque entendemos que é fundamental inte-

grar, estamos a preparar o plano municipal de integração de imigrantes, que visa integrar plenamente todos aqueles que chegam ao nosso concelho, trabalhando com as associações locais, com as universidades e sobretudo com a população. Desde o tempo dos saloios que Loures sabe ser um concelho que acolhe, valoriza e responsabiliza todos aqueles que cá residem e trabalham e é assim que queremos continuar, porque, todos somos Loures.

o sistema de segurança social, para a criação de emprego, o mercado de arrendamento de habitação e o saldo demográfico, uma vez que os imigrantes permitem atenuar o envelhecimento da população, contrariando a redução de nascimentos e a diminuição da população em idade ativa.

de e da interculturalidade, reconhecendo as mudanças migratórias das últimas décadas e o perfil e participação das novas gerações, o Município de Loures está a coordenar a realização de um Plano Municipal para a Integração de Imigrantes (PMII). Pretendendo uma ampla participação dos parceiros locais – associações de moradores, de imigrantes e outras de natureza social, cultural e religiosa, outros agentes da sociedade civil, entidades públicas e privadas, todos os cidadãos e as próprias comunidades de imigrantes sem associação formalmente constituída – realizou-se, no dia 18 de março, a primeira reunião de parceiros, dirigida pela vereadora do Departamento de Coesão Social e Habitação da Câmara Municipal de Loures, Maria Eugénia Coelho.

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O projecto C4i Communication for Integration – de Loures teve início em 2014 com um conjunto de formações que prepararam técnicos do município e parceiros do projeto (associações de imigrantes, escolas, paróquias, empresas e coletividades) para a identificação dos principais estereótipos e falsos rumores que circulam sobre os imigrantes e a diversidade cultural no concelho e dificultam a interação e convivência, podendo originar atitudes discriminatórias e racistas. São objetivos específicos do projeto identificar os principais estereótipos que se mantém em torno das diferentes comunidades de imigrantes e minorias étnicas, compilar informação objetiva e rigorosa que os desminta, quer sejam dados estatísticos quer sejam exemplos de processos de integração bemsucedidos; constituir uma rede de atores sociais que, coordenada pela autarquia, assuma o compromisso de impulsionar uma estratégia de combate a esses mitos e falsos rumores sobre os imigrantes; desenhar e implementar uma estratégia de sensibilização que se consolide ao longo do

FACTOS E NÚMEROS DA IMIGRAÇÃO

O diagnóstico local e nacional em números e indicadores estatísticos são decisivos para analisar os impactos da imigração no concelho e no país. Ao nível do concelho, foram realizados inquéritos à população que confirmaram que a maioria desses preconceitos tem origem em falsos rumores que os estudos e as estatísticas mais recentes desmistificam com facilidade. A nível nacional, o Observatório das Migrações publicou, em dezembro de 2014, o estudo “Imigração em números”, que veio confirmar a importância das contribuições dos imigrantes para

PLANO MUNICIPAL PARA A INTEGRAÇÃO DE IMIGRANTES

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Para aprofundar as boas práticas de acolhimento e integração de imigrantes desenvolvidas no concelho, concertar a atuação das diferentes entidades nesta matéria e definir políticas e projetos promotores do diálogo intercultural, da valorização da diversida-

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2015

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JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

Rede Loures Livre de Rumores

Conferência Final C4i

Dia Inter. da Paz

Oficinas de sensibilização

Dia Mundial dos Refugiados

Dia das Nações Unidas

Visita à Galeria de Arte Pública

Dia Inter. dos Povos Indigenas

Dia Inter. de Solidariedade com o Povo Palestino

Dia Municipal do Diálogo Intercultural

Dia Mundial da Acção Humanitária

Dia dos Direitos Humanos

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SOPA LETRAS Diverte-te a descobrir a seguintes palavras: DIVERSIDADE CRIATIVIDADE ETNIA INOVAÇÃO LOURES LIVRE RUMORES INTEGRAÇÃO IGUALDADE INTERCULTURALIDADE CIDADANIA MIGRANTE

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CULTURA

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Paisagens & Patrimónios O mausoléu romano de Bucelas Florbela Estêvão

Arqueóloga e museóloga

Mausoléu romano da Quinta da Romeira de Baixo, freguesia de Bucelas, onde de pode observar a facha sul com o seu podium e no interior os nichos para as urnas funerárias. Na freguesia de Bucelas, mais precisamente nas proximidades do portão da Quinta da Romeira de Baixo, existe uma estrutura edificada que corresponde a um antigo monumento funerário romano, datado dos séculos II e III d. C., de acordo com as investigações arqueológicas promovidas pela Câmara Municipal de Loures e realizadas em 2003. Com efeito, trata-se de uma construção notável atendendo à sua antiguidade e estado de con-

servação, apesar de arruinada, sendo por isso um raro exemplar da arquitectura funerária romana em Portugal. Começo por referir que a actual Quinta da Romeira de Baixo é um conjunto habitacional de interesse, antiga casa senhorial que pertenceu aos Marqueses de Arronches e mais tarde aos Duques de Lafões. Além da casa principal merece especial destaque uma pequena capela quinhentista, que conserva, no seu

interior, alguns frescos. A referida capela está localizada junto de um tanque de grande dimensão, sendo possível, de uma janela lateral deste templo, visionar a partir do seu interior o espelho de água, o que é algo pouco vulgar. Mais afastada do conjunto habitacional está a ruina do antigo mausoléu romano, cuja função e cronologia eram desconhecidas até à data das escavações arqueológicas. O mausoléu apresenta uma planta quadrada e conserva, praticamente, os dois alçados laterais e uma abóboda em arco que os encima. A sua monumentalidade é acentuada pela existência de um podium (plataforma elevada) de cantaria, constituído por blocos de calcário, podium esse que ostenta na fachada sul do referido monumento uma moldura, único elemento decorativo presente no exterior do mesmo. O acesso ao interior do mausoléu seria feito através de uma abertura situada na fachada norte do edifício. No interior, são visíveis nos alçados laterais vários nichos dispostos simetricamente, três de cada lado, os quais eram revestidos a estuque. Recolheram-se durante os trabalhos arqueológicos alguns fragmentos de estuque pintado, o que aponta para a possibilidade de terem existido pinturas a fresco a decorar o interior deste espaço fúnebre. Qual seria a função dos nichos laterais? Sendo um edifício funerário, os nichos serviam para a colocação das urnas de incineração que continham as cinzas, provavelmente provenientes dos restos mortais dos familiares dos proprietários. Estamos, portanto, perante um provável monumento erigido à memória dos familiares falecidos, associado ao ritual de

incineração. Sabe-se que no mundo romano os ritos de incineração e de inumação co-existiram em determinados períodos, havendo porém fases em que um podia predominar sobre o outro. O ritual da incineração atingiu uma maior representatividade nos séculos I e II d.C., o que, juntamente com a arquitectura do monumento e com os escassos fragmentos de objectos encontrados, nos permite ter uma ideia sobre a provável cronologia desta construção. Possivelmente este monumento estaria integrado num complexo maior, ou seja, faria talvez parte de uma villa romana, que teria a sua zona rústica e a sua zona urbana (pars urbana ou casa do senhor), além, naturalmente, de uma zona destinada à necrópole, como era habitual nesta época. Assim, a presença de uma estrutura imponente como é este mausoléu pode sugerir que os proprietários da hipotética villa seriam abastados. Convém mencionar que fontes escritas indicam a existência de uma antiga via romana que, vinda de Loures passava por Bucelas, Vila de Rei e Santiago dos Velhos, ou seja, praticamente “à porta” deste mausoléu. Por outro lado, a Quinta da Romeira de Baixo está num local aprazível, o que reforça a possibilidade da existência de uma villa; existe ali um declive suave, tem boa exposição solar e está na proximidade de vários cursos de água, bem como de uma estrada romana, como já foi anteriormente referido. Na verdade, a presença romana em Bucelas é atestada não só por este monumento mas, também, por duas inscrições funerárias existentes no adro da Igreja Matriz de Bucelas. Uma

das inscrições está adossada a um muro, junto a um lanço de escadas que conduz ao adro, relativamente próxima da entrada da igreja e que nos diz que “Lúcio (?) Mundício Severo (?), filho de Caio (?), inscrito na tribo Galéria. Aqui jaz. Mandou fazer o epitáfio.”. Uma outra, mais imponente, está actualmente no adro, perto da capela-mor, mas já esteve colocada no Largo do Rossio. Trata-se de um cipo com uma inscrição funerária dedicada a Júlio Justo, mandada fazer pelos pais ao jovem que exerceu em vida um cargo na administração romana da cidade de Lisboa: “Aos deuses Manes de Lúcio Júlio Justo, filho de Lúcio, inscrito na tribo Galéria, edil, de 28 anos. Lúcio Júlio Reburro, o pai e Júlia Justa, a mãe, ao filho modelo de piedade.” Na época romana, a zona de Loures, incluindo a região de Bucelas, integrava o território rural do municipium de Olisipo, ou seja, da cidade de Lisboa. A sua rede hidrográfica, na qual se destaca o Trancão, navegável em parte do seu curso, a riqueza dos solos para as actividades agrícolas, a implantação de uma rede viária cujos principais eixos integravam os mais importantes itinerários da faixa atlântica da Província Lusitânia, além da proximidade do Tejo, contribuíram para a implantação de vilas romanas (villae), como é exemplo a villa de Frielas. O mausoléu da Quinta da Romeira de Baixo é assim mais um marco na paisagem da nossa memória, recordando-nos que nestas terras habitaram outras gentes, que tinham crenças e costumes muito diferentes dos nossos. E essa espessura temporal do espaço não pode perder-se.


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CULTURA

Ninho de Cucos

Kizomba Se te faz feliz… João Alexandre Músico e Autor

Nem só pelas compras de luxo nas boutiques de gama alta da Av. da Liberdade, em Lisboa, se faz notar a influência angolana em Portugal. Na verdade essa influência crescente ultrapassou há muito o domínio do plano económico-financeiro… A kizomba é um estilo musical e de dança originário de Angola. Dizem alguns tratar-se de uma fusão do semba com o zouk. Em Portugal a palavra "kizomba" é usada para qualquer tipo de música derivada do zouk, mesmo que não seja de origem angolana. Numa perspectiva mais histórica, refere a wikipedia que, “kizomba também significa festa do povo, tendo o nome origem nas danças dos negros que resistiram à escravidão. Era congregação, confraternização, resistência. Um chamado à luta por liberdade e por justiça. Kizomba era festa e resistência cultural de um povo. Era a exaltação da vida e da liberdade”. Atribui-se a Eduardo Paim (elemento de uma banda angolana, os SOS que misturavam o merengue com outros estilos dançantes em 1980) a responsa-

bilidade da introdução da kizomba em Portugal. A kizomba é reconhecida como um ritmo africano, desenvolvido principalmente desde os fins dos anos 70, numa batida 4/4 forte e grave do bombo. Como nasceu num continente de efervescente historial musical, a kizomba é porventura o resultado de uma certa evolução: gerações jovens, ao ouvir música tradicional como o semba, sentiram que estava a faltar algo – um toque moderno e sensual. Adicionando um ritmo lento e extremamente sensual terá nascido a kizomba. A kizomba é, portanto, uma mistura de ritmos, cores e sabores, “uma dança plena de calor e de sensualidade que propicia uma verdadeira cumplicidade e empatia entre o par”. Dançar kizomba é considerado como uma experiência única. Muito juntos, ao pé um do outro, parceiros movem-se de uma maneira sensual, onde conduzir e ser conduzido encontra uma nova dimensão. Ao ouvir o ritmo alegadamente sensual, cada um dos pares move-se de forma suave, não raramente de insinuação e apelo

sexual devido aos movimentos bastante sugestivos. Essa insinuação é tida como normal e apreciada como parte integrante da experiência musical proporcionada pelo ritmo único do kizomba e que libertino, incita à folia. Uma dança a dois, quente, suave, contagiante e sensual, que propicia uma verdadeira cumplicidade entre os corpos. As letras têm muitas vezes como base os temas da paixão, da traição e do erotismo, com utilização de rimas triviais e não muito elaboradas. Estas letras e as melodias de teclado, ao estilo pop mais popularucho dos anos 80, remetem-nos em alguns momentos para a música pimba. A música pimba agradece e muitas vezes se cola e se cruza com a kizomba. A kizomba é sem dúvida um dos casos de maior sucesso na implantação de um estilo que é, em simultâneo, música e dança em países europeus e americanos. Profissionais angolanos, nesta arte de dançar, emigram para estes países pelas oportunidades criadas em escolas de dança com dificuldade em dar resposta a uma procura enorme

por parte de interessados em aprender as técnicas. A kizomba domina os programas de entretenimento das tv’s generalistas em prime time por via das novelas, de concursos de cantores e de dança ou até dos telejornais. As principais rádios do país inundam as suas playlists com temas de kizomba levando-nos a pensar que quase não existe outro estilo musical. Em grande medida a kizomba substituiu a house music nas discotecas mais mediáticas. Está na berra entre “famosos”, escuta-se na feiras e nas filas de trânsito à entrada das grandes cidades. Cresce no Brasil pela voz de Kelly Key, que lhe dedica o último álbum editado em Fevereiro e que tem no single “controle” cerca de meio milhão de visualizações no youtube. As actuações de artistas como Anselmo Ralph, Nelson Freitas e Badoxa, entre outros, esgotam salas em todo o país. Para saber dançar Kizomba é costume dizer-se … “basta pisar o solo angolano”. Pensando no caso dos muitos portugueses que para lá se têm deslocado nos

anos recentes, esse será o último propósito … o que os move mesmo são dólares independentemente de crises de petróleo porque kizomba… já a temos por cá em overdose. Se te faz feliz, consome-a!

Loures virou capital do folclore Grupos folclóricos e de música tradicional afluíram à cidade de Loures e fizeram dela a capital do folclore. No passado dia 30 de Maio, o Grupo Folclórico e Etnográfico “Verde Minho” levou a efeito o XXII Encontro de Culturas, enchendo de alegria e colorido a Cidade de Loures desde o Município até ao Parque da Cidade defronte da fachada do Pavilhão de Macau. Abrir esta tarde Cultural esteve o Grupo de Bobos Zés Pereiras das Mercês e dos Baionenses; seguido do Rancho Folclórico e Etnográfico de Palmeira, Braga, o Rancho Meãs do Campo, Montemor-o-Velho, o Rancho Folclórico de Alvarelhos, Trofa, O Grupo de Danças e Cantares do Club Novo Banco, Lisboa e o organizador Grupo Folclórico e Etnográfico “Verde Minho” em Loures. Esta iniciativa que trouxe ao Concelho de Loures bastante público e constitui já uma referência cultural na região, contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira, da vereadora Maria Eugénia Coelho, do presidente da freguesia de Loures, Manuel Glória, da presidente da união de freguesias Sto. António dos

Cavaleiros e Frielas, Glória Maria Trindade, do presidente da freguesia de Santo Antão do Tojal, João Florindo, da Federação do Folclore Portuguesa, a vice -presidente Maria Manuela Carriço, do vice-presidente das Colectividades do concelho de Loures, José Carneiro. O Grupo Folclórico e Etnográfico “Verde Minho” encontra-se sediado na localidade de A-das-Lebres, Freguesia de Santo Antão do Tojal, no concelho de Loures, e é uma associação cultural constituída por minhotos e amigos que vivem na região de Lisboa e que procuram manter as suas raízes culturais e as tradições da sua região de origem. Ensaiam na Associação Luiz Pereira Motta aos Sábados, pelas 20,30 H, O XXII Encontro de Culturas, organizado pelo Grupo Folclórico

e Etnográfico “Verde Minho”, constitui uma das iniciativas mais salientes no âmbito da cultura tradicional portuguesa que se realiza na região de Lisboa, constituindo simultaneamente um momento privilegiado de confraternização entre pessoas provenientes de diferentes regiões do país tendo como palco a cidade, porventura, mais característica e representativa da cultura saloia, Loures. O Grupo Folclórico e Etnográfico Danças e Cantares Verde Minho ao ser convidado para aderir à Federação do Folclore Português, viu reconhecido o seu trabalho dos últimos anos que era atingir esse objectivo ao recolher, preservar e divulgar a cultura tradicional alto-minhota. Teotónio Gonçalves


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CULTURA

AGENDA

CULTURAL Até Dezembro de 2016 Exposição Móveis Olaio Museu de Cerâmica de Sacavém Entrada gratuita

5-7.06 – 10-20 horas

AMBTUR – Feira de Ambiente e Turismo Parque Urbano de Santa Iria de Azóia Entrada gratuita

5 e 6.06

Recriação histórica da Batalha de Aljubarrota Ecoparque de S. João da Talha Entrada gratuita

5 e 6.06

Os Santos de Sacavém Quinta de S. José Com Kika, Pedro Raposo e Rancho Folclórico da Bobadela Entrada gratuita

6.06 – 15 horas

Há Prova no Museu Museu do Vinho e da Vinha - Bucelas Degustação de vinhos de Bucelas Gratuito mediante inscrição

6, 7, 12, 13, 14, 20, 21 e 27.06 Arraial Saloio 2015 Parque da Cidade – Loures Entrada gratuita

6-12.06

Certame Multicool 2015 Av. Luís de Camões – Cidade Nova Artesanato, cultura, animação e desporto Entrada gratuita

7.06 – 10-19 horas

X Feira Saloia e Gastronomia Regional Rancho Folclórico do GD Lousa, Rancho Folclórico e Etnografia “Os Ceifeiros da Bemposta” – Infantil,

Artesanato, Gastronomia e Feira Saloia Entrada gratuita

10.06 – 9 horas

4º Prémio de Ciclismo – 2º Prémio Juvenil Lousa

10.06 – 15-20 horas

II Festival Intercultural Cidade Nova Música, dança, comidas típicas e jogos Entrada gratuita

10.06 – 15.30 horas

Prova aberta crono-escalada (ciclismo) Lousa – Salemas

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DESPORTO

Futebol com várias subidas de divisão Loures campeão nacional da II Divisão Nacional

Filipe Esménio Comunição

Mel de Cicuta As crianças são muito importantes, são mais antigas que as figuras de Foz Coa (Mário Viegas) Escrevo este texto a 1 de Junho. Dia Mundial da Criança. Dia em que todos nos preocupamos com as nossas crias e tentamos agradar-lhes. No Natal e no seu aniversário também. O problema, se é que existe problema são os outros 363 ou 364 dias do ano. Acredito que a maioria dos pais faz o melhor que pode, mas temos lentamente destruído a instituição família. Vivemos todos em casas separadas e muitas das vezes em zonas longínquas dos avós dos pequenos. Uma boa parte de nós trabalha 10 horas diárias ou mais, já sem incluir as deslocações. As creches alargam cada vez mais os horários de funcionamento e, os nosso filhos, são criados por especialistas, por técnicos de qualidade que dão o seu melhor mas, não é a mesma coisa. Depositamos os nossos filhos nas creches, não nos admiremos de depois sermos depositados nos lares. É assim, simples e higiénico. A carga de trabalho, o número de horas e a falta de envolvência afectiva distorcem o produto mais importante que alguma vez criámos, os nossos filhos. Muitos dirão que é mesmo assim, que a vida a isso obriga, que a necessidade de sobreviver se sobrepõe ao resto e, no fundo, todos fazemos o que podemos. Mas há escolhas. Há sempre escolhas. Escolhemos desde a roupa à comida, do colégio à casa onde vivemos, escolhemos o que fazemos com o tempo em que não estamos a trabalhar. Escolhemos quase tudo e nem nos apercebemos. Estamos centrados em nós e abdicamos de alimentar, por vezes ele que foi o maior acto de altruísmo da nossa vida. Ser pais. Já escrevi mais vezes sobre os nossos herdeiros, não me consigo conformar com a ideia de que uma criança tem de estar seis meses doente, seis meses bem de saúde. Não me consigo conformar que existam crianças que ficam 12 horas confinadas a um mesmo espaço. Não me consigo conformar… e espero que dos que pensam como eu algo de novo surja, outro paradigma, que nos permita viver de outra forma. Num modelo em que pais e filhos privem mais horas e vivam melhores vidas. Vidas mais felizes, mesmo que seja com menos dinheiro. Por si e pelos seus filhos… faça as escolhas certas.

O Grupo Sportivo de Loures, no escalão de juniores, sagrou-se campeão nacional da II Divisão vencendo na final o Feirense. Um empate em Santa Maria da Feira, a um golo, foi o suficiente para o tão almejado título, após a vitória caseira por 2-1. Com esta promoção o Loures participará na próxima temporada no Campeonato Nacional da I Divisão, fazendo companhia ao Sacavenense que alcançou a manutenção neste escalão. O trajecto para a I Divisão não foi um passeio, tendo começado com um apuramento in extremis na Série D, obtido na última jornada após uma vitória por 3-2 sobre o Elvas e beneficiando do empate a zero entre Marinhense e Alverca, os dois primeiros classificados na penúltima jornada. O confronto directo entre estas três equipas, que terminaram empatadas com 36 pontos, beneficiou o Marinhense, primeiro lugar e o Loures, segundo classificado, deixando de fora o Alverca, que ficou na terceira posição. Após esta primeira fase de cortar a respiração a equipa carrilou, tendo feito a 2ª fase de uma forma irrepreensível, alcançando 27 pontos em 30 possíveis, o que significou nove vitórias em 10 jogos. Para trás ficaram o Portimonense e o Tondela, também promovidos, além do Marinhense, Barreirense e Angrense que não alcançaram a promoção. Pinheiro de Loures campeão

O Pinheiro de Loures sagrouse campeão do campeonato de futebol da II Divisão Distrital de Lisboa, alcançando, desta forma, a subida à I divisão, no escalão de seniores. Uma temporada exemplar em que

garantiu o título de campeão a duas jornadas do fim e a subida a três rondas do termo. A vantagem sobre o segundo classificado foi notória, 5 pontos, numa época que arrancou com nove vitórias consecutivas e a liderança desde a primeira jornada. Uma ascensão anunciada desde o começo após a descida na época transacta. Desejamos que na próxima temporada os bons resultados se mantenham. Bobadelense sobe à Divisão de Honra

Também em seniores o Bobadelense subiu à Divisão de Honra, garantindo a primeira posição na Série 2, apesar de ainda faltar uma jornada para o seu terminus. A diferença da equipa da Bobadela para os demais foi demasiado evidente, tendo neste momento 8 pontos de avanço. Após esta fase irá disputar o título de campeão da I Divisão Distrital com o vencedor da Série 1, que poderá ser o Vialonga ou o Jeromelo. Sanjoanense sobe em juniores A Sanjoanense classificou-se na primeira posição, da Série 2, do campeonato de futebol da II Divisão Distrital de Lisboa. Após uma luta titânica com o Despertar e o Aveiras, a equipa de São João da Talha,

alcançou o lugar cimeiro através do confronto directo, pois obteve os mesmo 58 pontos do Aveiras, que também sobe directamente e mesmo 58 que o Despertar, que disputará um play off de promoção. Mas a época ainda não terminou, pois a equipa da Sanjoanense irá disputar o título de campeão distrital da II Divisão com o Montelavarenses, numa eliminatória a duas mãos nos dias 6 e 13 de Junho, sendo que o primeiro jogo será fora e o segundo, o decisivo, em casa.


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DESPORTO

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No futsal uma subida garantida e duas por garantir AM Portela ainda com aspirações de subir à I Divisão

AMSAC campeão distrital da I Divisão de juniores B

A uma jornada do fim, que se disputa hoje, a AM Portela ainda aspira à subida de divisão. Neste momento tem os mesmos pontos do Fabril do Barreiro e terá de vencer nesta última jornada e esperar uma escorregadela do seu adversário. Mesmo não subindo directamente poderá existir uma vaga extra de subida, uma vez que o Rio Ave, que havia alcançado a manutenção, estará em vias de desistir. De qualquer forma a AM Portela terá de vencer o último, disputado hoje no Vila Verde, para garantir a segunda posição, que lhe poderá dar direito a uma eliminatória extra para a ascensão de divisão com uma equipa da Zona Norte. Isto partindo do princípio que não existirão mais desistências, o que neste momento não é claro, pois há outras equipas da I Divisão onde os rumores sobre o seu fim vão abundando e, nesse caso, o segundo lugar dará acesso directo ao principal escalão do futsal português.

A equipa de Santo António dos Cavaleiros garantiu o título da I Divisão Distrital e consequente subida à Divisão de Honra em juniores B. Uma promoção onde poderá ter a companhia do Infantado, que a uma jornada do fim tem 3 pontos de avanço sobre o Sassoeiros. Para que tal se consume, bastará um empate na derradeira partida, em casa frente à AMSAC, num jogo que se espera difícil, mas que poderá promover as duas equipas do Concelho.

Loures em movimento Vários foram os certames organizados durante o passado mês na área da ginástica e da dança. A Gimnofrielas organizou a I Gala de Dança, que teve lugar no dia 16 e que reuniu participantes de várias escolas de dança do Concelho, numa variedade de danças que foram desde o folclore, a dança contemporânea, danças de Salão, Kizomba, Flamengo e Dança do Ventre.

com a apresentação dos grupos de ginástica do Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide. Para o final ficaram as exibições dos clubes participantes. No dia 31 de Maio, na Flamenga, realizou-se Certame Multicool, que juntou ginástica e dança num espectáculo que animou a tarde. A mesma instituição organizou, também, no dia 30, entre as 15 e as 21 horas a II Gala Infantil e a VI Gala Gímnica, que teve lugar no Pavilhão Paz e Amizade, com a participação de participarão vários clubes do Distrito de Lisboa. No dia 29 de Maio decorreu no Jardim Almeida Garrett, na Portela, o XI Festival de Ginástica da Portela, com a organização da Junta de Freguesia e o apoio da Câmara Municipal. O evento começou às 18 horas com uma aula de Fitness aberta a todos os interessados e prosseguiu

Gala de Natação Sincronizada Realizou-se no passado domingo, dia 31 de Maio às 21 e 30 horas, na Piscina Municipal de Santo António dos Cavaleiros a Gala de Natação Sincronizada, organizada pela GesLoures. Este evento contou com a presença de atletas desta variante das Piscinas Municipais da Portela, Santa Iria de Azóia e Santo António dos Cavaleiros, assim como a presença da atleta Bárbara Costa (faz parte do projecto olímpico Rio de Janeiro 2016), a equipas

campeã nacional em juniores e juvenis e a equipa terceira classificada em infantis. Um espectáculo de grande beleza composto por desfile de abertura, esquema de escolas, esquema da equipa de competição, solo da atleta Bárbara Costa e esquemas de encerramento.


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SAÚDE

Consuma os produtos hortícolas e produtos frutícolas com segurança alimentar O consumo de alimentos hortofrutícolas frescos, como fruta e legumes tem vindo a aumentar cada vez mais ao longo dos tempos, fazendo parte de uma alimentação saudável. O seu consumo é de extrema importância, sendo uma grande fonte de nutrientes, proteínas e fibras. No final do ano de 2014, a Direcção Geral de Saúde reescreveu a Roda dos Alimentos, adaptando-a às actuais necessidades da população, tendo diminuído as porções de Cereais e Tubérculos, Óleos e Gorduras, Lacticínios, Carne, Peixe e Ovos e Leguminosas Secas, e aumentado as porções de Hortícolas e de Frutas, o que só prova, mais uma vez, a sua importância para uma alimentação saudável e rica em nutrientes, proteínas e fibras. Dado que muitos alimentos podem ser consumidos crus, é de extrema importância que estes sejam muito bem higienizados antes de serem consumidos, pois podem conter micro-organismos causadores de problemas de saúde nos consumidores, como a Salmonella e a E.coli. Todos esses micro-organismos, quando ingeridos, podem causar problemas graves na saúde dos consumidores, principalmente nas crianças, cujo sistema imunitário é mais fraco. Assim, é de extrema importância saber quais os perigos para a saúde aquando uma errada higienização, (lavagem e desinfecção) esta deve ser realizada, de modo a eliminar quaisquer tipo de micro-organismos que se possam encontrar nos alimentos e assim reduzir os riscos inerentes à sua ingestão. Os alimentos hortofrutícolas crus podem apresentar vários riscos biológicos, físicos e químicos para a saúde pública. Os riscos biológicos prendem-se com a presença de micro-organismos patogénicos, tais como bactérias, vírus ou parasitas. Muitos desses micro-organismos estão naturalmente presentes no solo, tais como bactérias Clostridium botulinum, Bacillus cereus e Listeria monocytogenes, responsáveis por intoxicações e infecções alimentares. Os vegetais crus também podem transmitir algumas viroses, por exemplo, hepatite A ou rotavírus. A água de rega contaminada, fertilização orgânica ou presença de animais no campo também podem contribuir para contami-

nação microbiana de produtos hortofrutícolas. As saladas, quer de vegetais quer de fruta, podem estar contaminadas com parasitas e causar sintomas como, por exemplo, diarreia, dores abdominais, vómitos e febre. Os riscos físicos resultam de presença de qualquer objecto estranho num alimento como, por exemplo, areia, partículas de madeira, metais, pedaços de vidro, plásticos, pedras, entre outros, responsáveis por lesões, por vezes bastante graves. Os produtos hortofrutícolas também podem estar contaminados com substâncias químicas tóxicas quer de origem biológica (micotoxinas, solaninas), ou devido à utilização de pesticidas, ou problemas de poluição ambiental. As micotoxinas são compostos tóxicos sintetizados por algumas espécies de fungos, como Aspergillus, Penicillium e Fusarium, que se desenvolvem nas culturas vegetais no campo ou após colheita nos produtos vegetais durante a conservação. O uso excessivo de alguns fertilizantes, nomeadamente de nitratos ou nitritos, pode originar problemas para saúde humana, visto que estes compostos são tóxicos e carcinogénicos. Durante e após a colheita dos hortofrutícolas podem ocorrer os acidentes, nomeadamente fugas de lubrificantes de tractores ou de máquinas, das quais também pode resultar a contaminação química dos alimentos. Metodologia para a desinfeção dos alimentos De forma a mantermos uma alimentação saudável é necessária uma variedade de frutas legumes e verduras, o que é de facto muito importante para a saúde do ser humano. No entanto, o que poucos sabem é que como complemento a essa alimentação saudável não devemos deixar de lado a higienização desses alimentos. Alimentos como frutas legumes e verduras, precisam de uma higienização apropriada, especialmente aqueles que forem servidos crus. A higienização dos frutos, legumes e verduras é a prática mais comum para se obter um produto mais seguro. A eficácia da operação de lavagem pode ser aumentada com a inclusão de anti-microbianos ou desinfetantes na água de lavagem. É de primordial importância que essa

água seja de boa qualidade, pois se esta não apresentar esse requisito passa a ser uma fonte de contaminação primária. Tanto a lavagem como a desinfecção são fundamentais para garantir as exigências estéticas para assegurar a qualidade dos vegetais face às contaminações física, biológica e química. Apesar de o limão e o vinagre serem dois produtos muito utilizados para a desinfecção dos alimentos, estes mostram não serem os mais eficazes, pelo que devem ser realizados os passos a seguir descritos de modo a proceder a uma higienização correcta e eficaz dos alimentos consumidos crus. Lavar as mãos com água e sabão frequentemente, antes de iniciar a preparação dos alimentos e após qualquer interrupção. Não esquecer que certos animais de estimação (cães, pássaros e, principalmente, tartarugas), são hospedeiros de micro-organis-

mos perigosos que podem passar para as mãos das pessoas e dessas aos alimentos. A higienização envolve duas etapas: 1.ª Limpeza (primeira lavagem) – Retiramos a sujidade inicial que os alimentos possam apresentar: • Retire as partes estragadas; • Lave criteriosamente com água potável e corrente os vegetais folhosos (alface, agrião, etc.), folha a folha e as frutas e legumes, um a um; desfolhar as verduras, com a torneira fechada, de forma a efectuar um consumo consciente de água 2.ª Desinfecção (segunda lavagem) – Retiramos a sujidade que não vemos a olho nu (micro-organismo): • Adicione um produto à base de hipoclorito de sódio, exclusivo

para a desinfecção de frutas e legumes existentes no mercado, num recipiente com água de acordo com as instruções; • Enxague com água corrente; • Os produtos hortofrutícolas estão prontos a ser servidos ou guardados no frigorífico, dentro de sacos plásticos próprios para o armazenamento de alimentos. Nas frutas com casca, retire a mesma, se não tiver segurança em relação aos pesticidas que foram usados durante o cultivo, uma vez que grande parte dos químicos usados se acumulam na casca.

Unidade de Saúde Pública ACES Loures Odivelas Fernando Dias – Técnico de Saúde Ambiental Ilya Fomin, Márcia Raposo e Margarida Sousa – Estagiários de Saúde Ambiental

Fontes: http://www2.spi.pt/agrovalorizacao/docs/Manual_II.pdf http://www.asae.pt/?cn=59605963AAAAAAAAAAAAAAAA http://www.dgs.pt/em-destaque/nova-abordagem-da-roda-dos-alimentos.aspx http://nutrimento.pt/activeapp/wp-content/uploads/2015/03/Cartaz_Por%C3%A7%C3%B5es-novaRODADOSALIMENTOS.pdf http://nutricionistaliciavendruscolo.blogspot.pt/2013/04/voce-sabe-como-lavar-sua-salada.html


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Saiba escolher o melhor Pão para si Anabela Pereira Nutricionista

O pão é um dos alimentos mais comuns na dieta dos portugueses. No entanto, numa época em que o excesso de peso é um problema de saúde pública, o pão é muitas vezes o bode expiatório do peso a mais, sendo retirado da alimentação por ser considerado o vilão. O importante, nesta questão do pão e do peso, é a escolha do tipo de pão, a quantidade que se come e o que coloca no mesmo. O pão é uma importante fonte de hidratos de carbono, um dos principais fornecedores de energia.

Dependendo da farinha utilizada pode fornecer proteínas, vitaminas e minerais. É constituído por farinha, água, fermento e sal, embora a indústria, hoje, lhe acrescente muitos outros aditivos, principalmente aos pães embalados. Para se fazer uma boa escolha, existem critérios a ter em conta de forma a garantir que estamos perante um alimento de elevado valor nutricional. Escolha um pão com farinha integral na sua composição, e para isto é importante ler os rótulos.

O primeiro ingrediente da lista é sempre o que existe em maior quantidade. Tenha atenção, pois alguns pães anunciam em letras garrafais na embalagem - Pão Integral - mas nem sempre é usada a farinha integral, na verdade o que a indústria faz, é usar farinha de trigo refinada e adicionar-lhe farelo de trigo, o que não é, de todo, a mesma coisa. Opte pelo pão bem cozido. O mal cozido, pode fermentar nos intestinos, causando gazes e inchaço abdominal. Confecione o seu próprio pão.

Quer seja no forno do fogão, quer em aparelhos caseiros próprios para o efeito, poderá escolher os ingredientes mais tradicionais, como a farinha, a água e o sal, ou enriquecê-lo com outros ingredientes, como frutos secos, azeitonas ou sementes. Escolha padarias cuja adição de sal no pão seja baixa. No nosso país é frequente a venda de pão com elevado teor deste mineral, bastante prejudicial à saúde quando em excesso. Se sofre de doença celíaca – intolerância à ingestão de glúten

- opte por pães feitos com farinha de soja ou farinha de milho em detrimento do pão de trigo, centeio ou aveia. Tente encontrar um pão com a menor quantidade de aditivos. Preste atenção ao teor de açúcar. A maioria dos pães tem açúcar ou mel. Pode ser difícil encontrar um sem açúcar, por isso compare o teor de açúcar na lista de ingredientes de várias marcas até encontrar o menor. Lembre-se, as nossas escolhas alimentares reflectem-se na nossa saúde.

Pão Integral com Sementes de Girassol Ingredientes • • • • • •

450 g de farinha de trigo integral para pão 100g de sementes de girassol 1 colher (café) de sal 2 colheres (chá) de fermento biológico seco 450 ml de água morna 1 colher (sopa) de farinha de trigo integral para polvilhar

Preparação 1. Unte com margarina uma forma de pão com capacidade para 900 g ou forre-a com papel vegetal. Reserve-a num local aquecido enquanto prepara a massa. 2. Numa tigela grande, peneire a farinha e o sal. 3. Acrescente o fermento seco e faça um buraco no centro. Despeje a água morna no buraco feito na farinha. 4. Usando as mãos ou uma colher de pau, misture tudo e bata vigorosamente por cerca de 2 minutos ou até a massa desprender-se dos lados da tigela. Ela tem de ficar mole e pegajosa. 5. Transfira a massa para a forma já preparada, tape com um pano e deixe fermentar num local aquecido por cerca de 30 minutos. 6. Pré aqueça o forno a 200°C. 7. Destape a massa e polvilhe uniformemente a superfície com um pouco de farinha. Coloque no forno 30 a 40 minutos ou até o pão ter crescido bem e estar dourado. Ao tirá-lo da forma ele deve parecer leve e produzir um som oco quando você bater com os dedos na sua base. Desenforme o pão e, se necessário, devolva-o ao forno por mais 5 minutos para endurecer as laterais e a base.


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SAÚDE

Bullying que adultos para amanhã? Patrícia Duarte e Silva Psicóloga Clínica

Bullying é um anglicismo e é o termo utilizado para descrever actos de violência física e/ou psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticados por um indivíduo ou um grupo dentro de uma relação desigual de poder. O bully, em português, significa o “valentão”. Já parámos para pensar que os comportamentos que vemos nas nossas crianças/adolescentes são apenas um espelho dos acontecimentos da nossa sociedade? Somos todos os dias bombardeados com notícias sobre mortes sem motivos válidos, discussões que correram mal, situações que se descontrolaram… Os acontecimentos mais recentes levantam várias questões. A mais importante, talvez, é equacionarmos os motivos latentes

que terão levado aqueles jovens a tomarem aquelas atitudes, a terem aqueles comportamentos. A tendência natural é a de empatia para com a vítima, focamo-nos na atitude e não no problema, o que nos leva por vezes a não colocarmos as perguntas certas. Os estudos descrevem estes agressores como jovens emocionalmente destruturados, sem capacidade para se exprimirem de forma adequada, recorrendo à violência física como forma de lidar com a sua própria dor. As famílias de onde são oriundos são muitas vezes destruturadas, com fraco investimento afectivo, falta de imposição de limites, permissividade e o modelo agressivo predomina na resolução de conflitos. Gostam da sensação de poder que o papel de agres-

sor lhes transmite. Em algumas investigações concluiu-se que 80% dos agressores eram vítimas de violência em casa ou na própria escola. Existe, por conseguinte, uma reprodução dessa violência vivida e experienciada. Cada vez mais, o viver em família é um acto isolado, o quarto é a casa de cada jovem. Tem à sua disposição as tecnologias necessárias para comunicar com o mundo. Esta falta de interacção, comunicação e troca de afectos faz com que os pais, deparados com situações limite, se questionem se afinal conheciam os seus próprios filhos. Uma criança vítima de bullying tem um risco mais alto de desenvolver problemas de saúde e dificuldades sociais na vida adulta e os agressores um maior risco de

consumir substâncias, de terem problemas de abuso, depressão e ansiedade. Conclusões de um estudo realizado, em Portugal, relatam que os maus tratos sofridos por alunos na escola não são um fenómeno limitado à infância e à adolescência. Estende-se até à idade adulta, seja em forma de “cicatriz” invisível, seja através da continuação de atitudes agressivas e desrespeito pelos colegas no local de trabalho. Alguns sinais que enquanto pai deve estar atento: • Isolamento do seu filho em relação aos pares; • Evitamento contínuo e sistemático de sair sozinho de casa ou não querer ir sozinho para a escola ou recusar actividades

que antes apreciava; • Quebra no rendimento escolar ou dificuldades de concentração; • Queixas de roubo dos seus pertences • Alterações no padrão de sono e nos hábitos alimentares; • Situações em que aparece muitas vezes em casa com a roupa danificada ou rota. É um erro afirmar que o bullying é um processo normal da idade, que em todas as gerações sempre houve vítimas e agressores, como forma de desculpabilizar os nossos filhos ou nos desculpabilizamos por não intervirmos. Há que actuar, há que encaminhar e intervir nas crianças de hoje, que serão os adultos de amanhã.


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LOCAL

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Dia Municipal do Bombeiro O Dia Municipal do Bombeiro em Loures foi assinalado nos dias 23 e 24 de Maio, com um vasto programa de iniciativas. Uma homenagem da Câmara de Loures, que pretende, deste modo, distinguir o trabalho meritório dos bombeiros voluntários do concelho, bem como divul-

gar as actividades desenvolvidas pelas sete corporações. No dia 23, realizou-se entre as 9 e as 13 horas, no auditório da escola secundária António Carvalho Figueiredo, em Loures, o seminário “A segurança dos bombeiros nos teatros de operações”.

Bairro da Petrogal acolheu encontro de gerações No dia 16 de Maio, a partir das 9.30 horas, o Bairro da Petrogal acolheu as celebrações do Dia da Família. Actividades lúdicas, animação cultural, gastronomia e muito mais, num verdadeiro encontro de gerações… Apesar da Família ser considerada como o elo vital da nossa sociedade, averdade é que, por vezes, a sua importância é esquecida ou minimizada. Falamos da Família, quer seja através dos laços de sangue, quer da simples partilha do mesmo espaço físico como habitação, passando naturalmente pela vertente social, educacional e geracional. Com o fim de promover o convívio entre gerações e o estreitar de laços entre casais, filhos, netos e outros elementos do agregado familiar, a Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Bobadela juntou-se às celebrações do Dia da Família, tendo promovido um vasto conjunto de actividades, que tiveram lugar no Bairro da Petrogal.

Biblioteca do Concelho nomeada para prémio espanhol Um hotel em Tavira, uma biblioteca em Loures e um espaço comercial e cultural no Funchal estão entre os finalistas do Prémio Fomento de las Artes y del Diseño (FAD) de Arquitetura. De acordo com informação disponibilizada na página do prémio na Internet, entre os 37 finalistas a concurso, divididos em cinco categorias, cujos vencedores serão conhecidos a 2 de Julho, estão nove obras portuguesas. Entre os cinco finalistas da categoria Design de Interiores estão a Biblioteca São Paulo, na freguesia da Apelação, Loures, a Casa da Cultura de Pinhel e um apartamento na Calçada da Estrela, em Lisboa. Na categoria Arquitectura, na qual competem seis obras, estão o Ozadi Tavira Hotel, em Tavira, o escritório Casinha no Porto, na cidade Invicta, e a Casa E/C, uma casa de férias na Ilha do Pico, no Arquipélago dos Açores. Em Paisagismo, categoria na qual há

Das 15 às 18 horas, decorreram, no Parque da Cidade de Loures, demonstrações asseguradas pelos corpos de bombeiros do concelho. A partir das 21 horas ocorreu uma sessão pública de homenagem aos bombeiros do concelho de Loures, no Pavilhão

dois finalistas, está o Armazém do Mercado, situado no centro do Funchal, na Ilha da Madeira. Em Pensamento e Crítica, em que são distinguidas obras dedicadas à arquitectura, surgem o Jornal Arquitectos, da Ordem dos Arquitectos, e "O Lugar dos Ricos e dos Pobres no Cinema e na Arquitectura em Portugal", da Dafne Editora, entre os nove finalistas. O livro, editado no ano passado, partiu de um ciclo de cinema da Cinemateca Portuguesa, com o núcleo de cinema da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, coordenado pelo arquitecto José Neves em 2007/2008, que reuniu personalidades como os cineastas Paulo Rocha, Fernando Lopes, João Botelho e Pedro Costa, com arquitectos como Nuno Portas, Souto de Moura e Nuno Teotónio Pereira, entre outros. Na categoria Intervenções Efémeras, na qual há três finalistas, não há nenhum projecto português. O FAD é uma associação privada sem fins lucrativos criada em Barcelona, com o objetivo de promover o desenho e a arquitetura na vida cultural e económica do país, articulando-se com várias associações profissionais relacionadas com estas disciplinas.

Bairro dos Covões legalizado A Câmara Municipal de Loures entregou no dia 30 de Maio o alvará de loteamento do Bairro Covões, na Bobadela, uma Área Urbana de Génese Ilegal com 48 fogos. O acto público teve lugar na Rua General Sarmento Pimentel, com a presença de Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures. Com cerca de 2,4 hectares, o bairro de caraterísticas residenciais apresenta uma tipologia edificativa composta por moradias, encontra-se dotado de redes de infra-estruturas (redes de abastecimento de água, saneamento e electricidade) e de um significativo espaço verde público. O projecto de reconversão define áreas para espaços verdes de utilização colectiva que serão objecto de arranjo paisagístico, composto por percursos e zonas de estar, abertas à comunidade, estando prevista a sua ligação à Quinta dos Remédios. No concelho de Loures estão por concluir cerca de uma centena de processos de reconversão AUGI, sendo que 59 têm a sua conclusão condicionada à entrada em vigor do novo Plano Diretor Municipal.

Paz e Amizade, com a actuação da Orquestra Municipal Geração Bora Nessa de Loures. No domingo, dia 24, as demonstrações pelos corpos de bombeiros do Concelho, no Parque da Cidade, tiveram início às 10 horas. A parte da tarde, a partir das 16

horas, foi marcada por um desfile apeado e motorizado, entre a Rua da República e o Parque da Cidade, em Loures. Uma homenagem aos Soldados da Paz, numa altura em que os perigos de incêndio aumentam, que se espera tenha sido motivadora para os tempos que aí vêm.


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LOURES

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MEALHADA

Apartamento 4 assoalhadas, com varanda, arrecadação, 1 lugar de parqueamento. Boa exposição solar. Junto a transportes e comércio. Classe energética C.

Magnífica Moradia com 250m2 de construção,T3 com 4wc, garagem e jardim. Acabamentos de qualidade, fácil acesso, próxima de zonas comerciais. Excelente conservação, localizada na zona nobre de Loures. Classe energética B-.

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FANHÕES

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LOURES

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LOURES

SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS

Excelente espaço comercial, centro de Loures, luz natural, WC, Optimo estado de conservação. Classe energética C.

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CABEÇO DE MONTACHIQUE

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Lote de terreno com viabilidade para construção de moradia com 2 pisos, anexo e garagem. Com área de implantação de 100m2. Inserido em urbanização para 22 moradias. O sonho é seu, cada imóvel é desenhado de acordo com as suas necessidades, estilo, capacidade financeira e respeitando o terreno que possui ou vai adquirir.

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60.000 €


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