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ANO 1 | Nr.04 MENSAL | AGOSTO 2014 | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

SportingTV dirigido por Lourense José Quintela em entrevista ao Notícias de Loures explica como tudo aconteceu.

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Município distingue personalidades Mais uma vez o Município de Loures atribuiu medalhas a personalidades e empresas que marcam o nosso concelho.

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Campeão do Mundo mora em Loures Rodrigo Matos, reside em Sacavém e sagrou-se campeão do mundo de ginástica acrobática juntamente com o seu par Beatriz Gueifão.

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População reclama mais transportes Comissão dos Utentes de Transportes de Santo António dos Cavaleiros e Frielas (CUTSACF) luta contra a falta de acessos ao Hospital Beatriz Ângelo.

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FESTIVAL DO CARACOL: UM SUCESSO

DE LOURES PARA O MUNDO

O Festival do Caracol despertou o interesse nos Lourenses, em milhares de visitantes e até no programa de televisão Norte Americano “Bizarre Foods”, apresentado por Andrew Zimmern. Pág. 4

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EDITORIAL

Crónicas saloias

Julho de altos e baixos Pedro Santos Pereira Director

Julho foi um mês intenso. Mês do aniversário do Município, mês de actividades, mês de afirmação de Loures no País e no Mundo, mês de alguns mal entendidos. Comecemos pela afirmação cada vez maior de Loures no País e, agora, no Mundo, traduzido no maior evento organizado pela Câmara Municipal, o Festival do Caracol Saloio. Um Festival, que a exemplo de anos anteriores, continua a sua senda de sucesso. Os números ainda não foram divulgados, portanto não se pode aferir se houve ou não um crescimento, mas um dado é claro, a capital do caracol é

definitivamente Loures. O espaço televisivo que este Festival teve foi, indubitavelmente, uma forma de afirmação definitiva. Como se já não fosse pouco os vários directos das televisões generalistas, que seguramente terão este evento marcado na agenda do próximo ano, ainda houve a cobertura de Andrew Zimmern, o apresentador de "Bizarre Food", um programa de referência para os apaixonados de gastronomia do Travel Channel. Um programa difundido a nível mundial, que poderá trazer ao concelho um aumento de turistas internacionais no próximo ano. É justo

deixar os parabéns à equipa de comunicação da Câmara, pelo trabalho efectuado este ano, que em muito terá ajudado a pôr Loures no mapa mundial, quanto mais não seja por alguns minutos. Outro grande momento este mês foram as celebrações do aniversário do Município, do qual destaco as Condecorações Municipais. Independentemente de concordarmos ou não com os distinguidos, eu pessoalmente não discordo, gostaria de salientar o local da Cerimónia, na rua em frente aos Paços do Concelho, que se engalanou para receber

pessoas e instituições que muito têm feito em prol do concelho. A mim agradou-me a escolha, foi uma condecoração de pessoas para as pessoas. Saliento também a diminuição de distinguidos, quando o tema é excelência a restrição tem de ser maior, valorando assim as medalhas e os medalhados. Passo agora para uma situação menos agradável, a não saída da Pontinha do Hospital Beatriz Ângelo. Um comunicado que não me chegou, via ARSLVT, apesar de ser dirigido à minha pessoa, director do Notícias de Loures. Penitencio-me perante todos os

leitores por ter dado uma informação que não correspondia à verdade, deixando-me imbuir por algo que me parecia evidente, tal eram as sessões de esclarecimento efectuadas, com a presença de autarcas de responsabilidade no Concelho. Estranho ainda mais o silêncio dos mesmos perante tal situação. Parece que as sessões não existiram! Reconhecer o erro é uma forma de progredir, caso ele exista. Nós cometemos um, assumimo-lo e reconhecemo-lo, assim outros o façam.

Ficha Técnica

Contactos: 219 456 514 | notíciasdeloures@ficcoesmedia.pt

Director: Pedro Santos Pereira Redacção: Ana Rodrigues, André Julião, Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: Anabela Pereira, Florbela Estêvão, João Alexandre, José Reis Santos, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rodrigo Moreira, Rui Pinheiro Fotografia: João Pedro Domingos, Nuno Luz Direcção Comercial: Luís Bendada (Director), Pedro Graña Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC - 126 489 Depósito Legal nº 378575/14


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Condecorações do Município

Loures 2014

O Município de Loures comemorou o seu 128º aniversário, celebrado no dia 26 de Julho e, pelas 21h30, junto aos Paços do Concelho decorreu a Cerimónia das Condecorações Municipais. Oito distinguidos, divididos entre personalidades, empresas e associações, que pelo seu percurso ajudaram a elevar o concelho. A Cerimónia das Condecorações Municipais distinguiu personalidades e entidades que se notabilizaram no domínio das suas funções ou actividades, e dividiram-se em 6 categorias: Medalha de Honra do Concelho, Medalha Municipal de Mérito e Dedicação, Medalha Municipal de Mérito Cultural e Educativo, Medalha Municipal de Mérito Empresarial, Medalha Municipal de Mérito Desportivo e Medalha Municipal de Serviços Distintos. O presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, presidiu à sessão solene de atribuição de condecorações municipais cumprimentando todos os que foram homenageados pelo município. Ana Rosa Sirgado da Silva Santos Barreto foi condecorada com a Medalha Municipal de Serviços Distintos, tendo sido entregue pela vereadora Maria Eugénia Coelho. A Medalha Municipal de Mérito Desportivo foi atribuída à Equipa de Juniores do Sport Grupo Sacavenense. A medalha foi entregue pelo vereador Ricardo Lima ao vice-presidente do grupo Carlos Miguel. Os condecorados com a Medalha Municipal de Mérito Empresarial foram a Science4you e a Montiqueijo – Queijos de Montemuro, Lda. Hugo Garcia, manager da Science4you, representou a empresa e recebeu a medalha pelas mãos da vereadora Sónia Paixão. A Montiqueijo foi representada por Dina Duarte, administradora da empresa, que recebeu a distinção pelo vereador António Pombinho. O Vice-Presidente, Paulo Piteira, entregou a Medalha Municipal de Mérito Cultural e Educativo, atribuída ao Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira. Tiago Diogo, elemento da direcção do Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira, deixou umas palavras de agradecimento à Câmara Municipal de Loures e à União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, pelo apoio que tem sido fornecido sempre que solicitado, afirmando que foi “com orgulho e alegria que o grupo

recebeu esta condecoração”. A Medalha Municipal de Mérito e Dedicação é atribuída a Abílio Fernando dos Santos de Sousa (a título póstumo), tendo sido entregue aos seus filhos, Carlos Sousa e Fernando Sousa, pelo vereador Ricardo Leão. Por último, Maria Fernanda Banha Duarte Castro Fontes foi condecorada com a Medalha de Honra do Concelho, juntamente com Carlos Manuel Paniágua da Silva Féteiro. As medalhas foram entregues pelo vereador Fernando Costa e pelo presidente da Câmara Municipal

de Loures, Bernardino Soares, respectivamente. A medalha de Manuel Paniágua da Silva Féteiro foi entregue ao seu neto Ricardo Boléo. A noite continuou com apontamentos artísticos das bandas do concelho e Associação Gato Ruim, contando ainda com o Grupo Coral e Orquestra Ligeira da SF União Pinheirense. Uma noite especial para todos os distinguidos, tal como para os entes mais próximos, que de certo perdurará na memória dos mesmos. Ana Rodrigues

Discurso de abertura da Cerimónia

Bernardino e Ricardo Boléo (neto de Manuel Paniágua)

Momento de entretenimento

Fernando Costa, Fernanda Banha e Bernardino Soares

Paulo Piteira e Grupo de Teatro Amador Corações de Vale Figueira


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Festival do Caracol Saloio: um sucesso Entre 10 e 27 de Julho junto ao Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, decorreu o maior festival de caracol do ano – Festival do Caracol Saloio. Este ano comemorou-se a sua 15ª Edição e, para os fãs do caracol, o festival esteve à altura. O caracol foi Rei, tendo sido a iguaria principal e criatividade foi o que não faltou aos pratos.

Há 15 anos que Loures é o céu para quem aprecia caracóis. A edição deste ano teve mais de 80 mil visitantes de vários concelhos do país. Esta iniciativa contou com espectáculos de música ao vivo, todos os dias e com stands de artesãos, que procuravam mostrar o que Loures tem de melhor. Estiveram dez tascas no recinto do festival que, todos os anos, procuram trazer novidades e conquistar mais clientes, incentivando-os à vinda na próxima edição. O Snack Bar Apolo 78 é a única tasca que está no festival desde a 1ª Edição, da qual foram condecorados como “Rei do Caracol Saloio”. Tascas Mas qual será o segredo do “Rei do Caracol Saloio”? Segundo Vítor Almeida, responsável do Snack Bar Apolo 78, “os verdadeiros segredos não se contam. Acima de tudo o segredo é a qualidade, uma boa escolha e a lavagem do caracol”. Criatividade não faltou na 15ª Edição do Festival e o Snack Bar Apolo 78 trouxe uma novidade: o Bombom (chocolate negro, caracol e orégãos). Nos anos anteriores já tinham conquistado o estômago dos visitantes com o NatApolo (pastel de nata com caracol) e com a EmpadApolo (empada de caracoleta). O Festival do Caracol Saloio atrai milhares de pessoas e, por vezes, obriga à espera para saborear um bom

prato de caracóis. O aborrecimento é muito, mas Vítor Almeida tem o dom de provocar sorrisos nos clientes ao dizer: “Hoje há caracóis”. No fim, todas as senhoras são brindadas com uma flor gerbera. A tasca RR Café Snack estreou-se no Festival do Caracol Saloio e prometeu continuar nas próximas edições. O responsável do RR Café, o Sr. Pereira, conta que, apesar de ser a primeira vez, já tem uma preparação anterior “já trabalhei em outros cafés que fizeram parte das tascas do festival do caracol”. A aderência correspondeu às expectativas e os caracóis também, “as pessoas dizem que o meu caracol é o melhor do festival”, afirma o Sr. Pereira. Neste café não há segredos e contou que o truque para um bom caracol está “na grandeza do simples”. Procurou que o caracol mantivesse as suas características e a atenção está no tempo de cozedura do caracol. Mas afinal o que mais se vendeu? “Todos começam por experimentar um prato de caracóis cozido, mas depois arriscam nas especialidades, que são diversas de restaurante para restaurante”, disse o responsável do RR Café. Opiniões A 15ª Edição do Festival do Caracol recebeu a presença de milhares de pessoas de vários concelhos. Ana Santos, de Loures, já fre-

quenta o festival há mais de 5 anos. O “amor ao caracol” é bastante forte e, por isso, faltar ao festival está fora de questão. Costuma vir acompanhada com o marido e com os amigos. Para Ana Santos este ano o espaço está maior, com melhores condições e com uma óptima dinamização. Já para Tiago Fonte, de São João da Talha, é o primeiro ano que vem ao Festival do Caracol Saloio. Contou que já tinha curiosidade, mas apenas este ano decidiu experimentar esta iniciativa do seu concelho. A sua primeira impressão foi muito positiva, principalmente pela variedade de caracol. Após provar disse: “Caracol é bom em qualquer lado, mas em Loures é melhor.” João Lopes, de Odivelas e Mariana Santos, da Amadora, são amigos há 6 anos. Costumam todos os anos jantar no Festival do Caracol Saloio e também aguardam as surpresas: “para o ano vamos ver o Caracol em algo que não imaginaríamos, temos a certeza”. Segundo Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures, o caracol de Loures atrai milhares de pessoas porque “é bom e tem variedade. No Festival do Caracol Saloio há sempre novidades e é uma forma das pessoas conviverem à volta de um prato de caracóis nesta altura do verão. É uma iniciativa muito importante e serve para as pessoas do concelho visitarem e terem este momento de diversão e de convívio. Serve também para as pessoas de outros concelhos virem conhecer Loures”.

Stands Mas não só de caracol vive o Festival. Os visitantes podem sempre visitar stands que se associam a este festival. No stand “Celeste dos Bolos”, a Dona Celeste que veio de Lisboa tem sempre um “docinho” para lhe arregalar o estômago. Vende biscoito de Lamego, pasteis de Tentúgal, ovos moles de Aveiro e Queijadinhas de Sintra. Vende bolos há muito tempo, mas este ano é a 1º vez que está no Festival do Caracol Saloio. É uma barraquinha muito frequentada pelas mulheres, “elas gostam de levar um docinho para casa.” Além dos doces, no stand “Cestaria da Avó Laura” podia encontrar cabazes, cestas, malas, garrafões feitos de vime. A Avó Laura é de Bucelas e diz: “já venho ao Festival do Caracol há muitos anos.” São as mulheres que mais frequentam o seu stand e, quando são os homens, é para comprarem e oferecerem às mulheres. Além de vendedora, a Avó Laura também declama poesia e, especialmente para o Notícias de Loures, disse: “Eu faço este trabalho com toda a delicadeza para as senhoras comprarem com muita delicadeza. Eu trabalho com artesanato, mal ou bem eu sei fazer. Gostava de ensinar quem quisesse aprender. Querem saber quem eu sou, eu vou explicar. Eu sou a avó Laura e cestos sei arranjar.”

Festival do Caracol - Avó Laura

Ana Rodrigues

Espaço para as crianças Enquanto, os pais se deliciaram com os caracóis, as crianças entre os 3 aos 12 anos tiveram um espaço gratuito só para si. Este ano, as crianças estavam a cargo do Jardim Infância Nossa Senhora dos Anjos. Todos os dias houve oito ou mais voluntários, desde os directores da instituição aos funcionários que após o seu trabalho ajudaram sempre a esta iniciativa. “A Câmara Municipal de Loures lançounos este ano o desafio de gerir este espaço com animação infantil e, tendo em conta a experiência que temos com crianças, estamos a conseguir ter um boa experiência e corresponder às expectativas”, diz Marco Fernandes, presidente do Jardim Infância Nossa Senhora dos Anjos. Este ano o espaço infantil era maior e, em média, todos os dias estavam 114 miúdos inscritos para os insufláveis. Adopte um animal! A 15ª Edição do Festival do Caracol foi repleta de novidades e não só a nível do caracol. Durante as sextas, sábados e domingos, das 18 às 21 horas, um animal esperava por alguém que o quisesse adoptar. Segundo João Patrocínio, Chefe da Unidade de Serviços Veterinários Municipal, “aproveitamos a presença de milhares de pessoas diariamente no Festival do Caracol, para promover esta acção de adopção de um animal. Uma iniciativa bastante positiva, uma vez que na primeira semana conseguimos a adopção de três cães. Depois experimentámos trazer gatos e já foram adoptados. As pessoas estão a tomar consciência que os animais precisam de novos lares e esta altura do Verão são muitos os abandonos”. Um animal adoptado é um amigo para o resto da vida!


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Andrew Zimmern em Loures

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No dia 19 de Julho o Festival do Caracol Saloio em Loures recebeu a visita de Andrew Zimmern, o conhecido apresentador do programa “Bizarre Foods”. Este famoso apresentador veio acompanhado pelo ex-concorrente do “MasterChef” da RTP, Rodrigo Meneses.

Bernardino Soares, Rodrigo Meneses e Andrew Zimmern Andrew Zimmern esteve em Portugal para gravar um episódio sobre os melhores e mais originais pratos da gastronomia portuguesa e, como tal, não pôde faltar ao Festival do Caracol Saloio, onde não hesitou em provar as várias especialidades. Para quem é fã deste programa, "Bizarre Foods", do Travel Channel, sabe que o apresentador viaja pelo mundo mostrando a gastronomia de cada região e fazendo uma crítica à mesma. O programa gravado pela equipa norte-americana será transmitido em setembro. Andrew Zimmern Não foi a primeira vez que o apresentador teve a oportunidade de degustar caracóis e conta: “já estive em vários eventos relacionados com caracóis em França, Marrocos e Califórnia, mas nenhum com a dimensão deste”. O apresentador, Andrew Zimmern, chegou ao Festival divertido e com bom humor, afirmando estar “extasiado, mas com muita fome”. Sendo o programa "Bizarre Foods" tão conhecido, o apresentador Andrew Zimmern sente alguma pressão, dizendo que a maioria das pessoas pensam que é “ um tipo sortudo que anda pelo mundo, a passear, a comer e a beber”, mas a mensagem que o apresentador diz querer passar é a de “paciência e tolerância”. Ainda segundo o próprio, para algumas pessoas um pequeno caracol não é importante, mas são as pequenas coisas que podem tornar o mundo num sítio melhor. “Desperdiçamos muito tempo a conversar sobre os defeitos dos outros, como a raça,

a crença ou a sexualidade. Por que não passar mais tempo reunidos a comer? A comida é uma boa forma de unir as pessoas e passar um bom momento”. Andrew Zimmern veio ao Festival do Caracol Saloio na companhia do ex-concorrente do “MasterChef” da RTP Rodrigo Meneses, responsável por guiar o apresentador de “Bizzarre Foods” ao longo do recinto. Rodrigo Meneses é um cozinheiro, que ficou conhecido após a sua participação no referido concurso. Afirma que foi ao “Masterchef “perceber se sabia cozinhar, e afinal tudo correu bem. Foi uma experiência engraçada”. Rodrigo Meneses De origens transmontanas, Rodrigo Meneses tem uma paixão pela comida portuguesa e, como está há 12 anos em Lisboa, os caracóis começaram a fazer parte das suas receitas. “Aprendi a cozinhar com caracóis, mesmo sendo algo que não coma regularmente, e quando saio com amigos os caracóis fazem parte dos nossos petiscos”, confidencia-nos. Em relação ao Festival do Caracol Saloio afirma: “é bom haver um festival dedicado a um único produto, porque só assim estamos a celebrá-lo. A ideia deste festival é mesmo esta, a de só provar caracóis de todas as formas e feitios“. O Festival do Caracol Saloio, em Loures, decorreu entre os dias 10 e 27 de Julho, recebendo milhares de visitantes. Ana Rodrigues


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PS pede demissão da presidente da Assembleia Municipal Filipe Esménio Comunição

Mel de Cicuta

O Partido Socialista entregou uma moção para a demissão da presidente da assembleia municipal. Em causa, a troca de comentários no Facebook que Fernanda Santos terá alegadamente efectuado com a vereadora Maria Eugénia Coelho no decorrer de uma sessão daquele órgão deliberativo.

Destruímos cérebros, ganhamos o quê? Perguntem a jovens adultos se já leram um livro na vida… Vão ficar surpreendidos. A maioria não leu unzinho que seja. Os cinemas alternativos fecharam, os de massificação passam uma crise tremenda. A indústria musical deixou de vender discos, os teatros passam a maior crise de sempre desde 74. Uma amiga dizia-me que já não consegue ver séries de televisão com mais de 30 minutos, seja qual for a temática. Os anúncios aceleram os ritmos e num minuto colocam-se dezenas de imagens diferentes em televisão. Tive, em 17 anos de empresa, mais de uma dezena de estagiários de escolas profissionais, entre os 16 e os 22 anos, de diferentes raças e credos e de diferentes competências específicas. Nenhum sabia escrever bom português. A velocidade invadiu os nossos cérebros. Já não se pensa, faz-se. Já não se reflecte, executa-se. Já não se escreve, clica-se, já não somos, fazemos. Sou um consumidor de novas tecnologias, mas não podemos deixar que elas subsituam a essência. Mais importante que o destino é a viagem… e essa parece ter ficado esquecida nos tempos modernos. Todos a querem curta e rápida. Já só interessa o destino. Os objectivos. Não podemos deixar que seja o facebook ou o excel a mandar na nossa vida. Quando o telemóvel toca pode estar a acontecer algo, de mais importante na nossa vida, que não nos obrigue a atender. «O nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade», afirmava Charles Chaplin. Mas a verdade é que hoje, a maioria prefere usar outros brinquedos. Porquê? Se calhar não percebemos que o cérebro é como um guarda-chuva, só se torna útil quando está aberto. Vivemos numa alucinação parcial que nos distancia da realidade, do presente e da vida. Fica mais difícil ser feliz. Não será importante respirar, inspirar e expirar em primeiro lugar? E ver o Sol, e o mar? E tocar numa árvore ou ler um livro antes de ligar a televisão? Dar um beijo à família e aos amigos antes de ir ao facebook escrever banalidades ou partilhar o mesmo que outros 5 000 já fizeram… que falsa sensação de pertença… Pode ser chato, mas se calhar é hora de vivermos a nossa vida. A nossa vida… Aquela para a qual nos deram um cérebro para brincar… Espero que nunca oiça… - Oh pai dá-me um cérebro para brincar… «O que impede de saber não são nem o tempo, nem a inteligência, mas somente a falta de curiosidade.» Professor Agostinho da Silva.

O já chamado «caso Facebook» continua a dar que falar na Assembleia Municipal de Loures. Na reunião extraordinária daquele órgão deliberativo do passado dia 24 de Julho, os deputados do PS pediram a demissão da presidente Fernanda Santos, eleita pela CDU, na sequência da recente troca de impressões, na rede social Facebook, com a vereadora comunista Maria Eugénia Coelho, durante uma sessão da assembleia do concelho. Recorde-se que Fernanda Santos terá, alegadamente, apelidado de «palhaços» os deputados municipais da oposição, o que deixou a bancada do PS em polvorosa. PS apresenta moção de censura à presidente O PS apresentou uma moção à assembleia, na qual solicitava um pedido de desculpas formal ou a demissão da responsável. «Vimos manifestar a nossa indignação pela presidente da Assembleia Municipal não ter endereçado um pedido de desculpas e uma explicação a este órgão e aos munícipes, sendo que urgia igualmente uma reflexão sobre o seu futuro» à frente da Assembleia Municipal, disse Miguel Matias, deputado municipal do PS. «Em primeiro lugar, porque não estava com atenção aos trabalhos e, em segundo, porque estava no Facebook no pleno exercício do seu cargo», acrescentou o deputado. «A CDU tem nas suas fileiras, certamente, gente para dirigir esta assembleia com dignidade», dirimiu Miguel Matias. Francisco Pereira, deputado da CDU, saiu em defesa da presidente, alegando haver

«um documento escrito e assinado pela presidente a afirmar que não foi ela que escreveu aquilo no Facebook». O deputado da CDU foi mais longe, acusando o Partido Socialista de ter «manipulado a comunicação social com um fait divers». Para Francisco Pereira, o «PS quer desviar as atenções da auditoria (às contas do anterior Executivo PS) e do mal que fizeram ao concelho e para este peditório nós não damos». Por seu turno, Tiago Abade, do PS, sustentou não acreditar haver na Assembleia «pessoas do PS com força para colocar notícias na capa do Diário de Notícias». O deputado da bancada rosa afirmou ainda que «pelos mesmos motivos – falta de lisura – houve um ministro que, em tempos, se demitiu no mesmo dia». Por outro lado, Tiago Gillot, do Bloco de Esquerda, referiu a propósito que «os factos sobre os quais versa a moção não estão confirmados, pelo que, não havendo confirmação dos mesmos, pensamos ser pouco produtivo irmos por esse caminho». Miguel Matias voltou à carga, sustentando estar em questão «saber se os factos ocorreram ou não e, se forem falsos, que a presidente solicite ao Ministério Público de Loures a sua investigação». O deputado do PS insistiu: «Caso contrário, a presidente tem agora a oportunidade de pedir desculpa à assembleia». O público presente na sessão lá ia comentando entredentes: «Isto é uma palhaçada!». A moção apresentada pelo PS foi chumbada, com os votos contra do BE, CDS, CDU e coligação «Loures Sabe

Mudar». Votaram a favor as bancadas do PS e o deputado municipal do PCTP/MRPP. Apesar do chumbo, o PS afirmou não ir deixar cair o assunto. Na sua declaração de voto, Tiago Abade afirmou que «o PS tudo fará para que esta questão seja esclarecida, dada a gravidade da mesma». Um fait divers que foi capa de jornal O caso remonta ao final de Junho, quando, no decorrer de uma sessão da Assembleia Municipal, Fernanda Santos, presidente da Assembleia Municipal de Loures e militante da CDU, terá alegadamente trocado impressões na rede social Facebook com a vereadora, também comunista, Maria Eugénia Coelho. Segundo o «Diário de Notícias», a vereadora terá colocado naquela rede social que «enquanto não começam os palhaços, há que resistir ao sono» (num contexto totalmente diferente ao da Assembleia Municipal, uma vez que a Vereadora se encontrava noutro local distinto), afirmação à qual a presidente da assembleia terá respondido «por aqui já começaram», comentário que terá, alegadamente, editado para «por aqui já começou a comédia». A presidente da Assembleia Municipal referia-se aos deputados da oposição. Segundo aquele jornal, Fernanda Santos terá negado ser a autora dos comentários: «Tive uma intrusão no Facebook, que me obrigou a alterar passwords. Talvez tenha sido alguém a escrever isso por mim». A responsável disse ainda ao «Diário de Notícias» que «jamais, enquanto presiden-

te da Assembleia Municipal, escreveria um comentário desses». As explicações não convenceram a bancada do PS, que referiu também ir avançar com uma queixa-crime contra a presidente. Conflitos em Gaza Redes sociais à parte, a sessão da Assembleia Municipal ficou ainda marcada pela apresentação de duas moções – da CDU e do BE – a condenar os conflitos na Faixa de Gaza e a recente incursão de Israel em território palestiniano, que já fez centenas de mortos. As moções visavam instar o Executivo municipal a pressionar o Governo central para que condenasse os ataques israelitas junto das representações diplomáticas de Israel, da Palestina e das Nações Unidas. A moção do BE instava ainda o Executivo central a cortar relações diplomáticas com o Estado judaico. Ambas as moções foram aprovadas por maioria. Na ordem do dia esteve ainda o debate da nomeação do auditor externo UHY& Associados, a designação para o exercício de funções de Fiscal Único da Loures Parque e das Gesloures e a adesão do município à Comunidade Portuária de Lisboa. Foi ainda colocada à discussão a proposta para a constituição dos júris de recrutamento e selecção de candidatos para cargos dirigentes e a autorização prévia para a assunção de compromissos no valor de 3,5 milhões de euros, destinados à aquisição de energia eléctrica, em 2015. André Julião


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Montiqueijo é PME Líder 2014

Bruno Bengala Cartoonista

No passado dia 15 de julho a IAPMEI, em parceria com a Banca e o Turismo de Portugal, atribuiu à Montiqueijo o Estatuto de PME Líder 2014. A atribuição do Estatuto de PME Líder visa destacar as PME que adoptem estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva. Este prémio, além de reconhecimento, garante a todas as empresas que são distinguidas com este título condições especiais de financiamento dentro da rede IAPMEI, de forma a fomentar o crescimento empresarial. Assim, a esta distinção a Montiqueijo junta a Medalha de Mérito Empresarial, recentemente atribuída pela Câmara Municipal de Loures, face à aposta da empresa na inovação e redução do impacto ambiental.


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Transportes públicos «em pé de guerra» Ricardo Andrade

Comissário de Bordo

Meu Querido Mês de Agosto Chega Agosto e com ele milhares de memórias do passado. Recordações em catadupa de férias com a família e amigos que ficaram para sempre. Imagens especiais de experiências ímpares, de tempos em que tinha aquela liberdade típica das crianças. Desenhos gravados no coração de tempos em que as férias eram vividas, com um ritmo e intensidade tais, que nem pareciam uma pausa verdadeira. Mas hoje Agosto é para mim uma calma diferente. O trabalho não pára, mas o trânsito abranda. A preparação do resto do ano intensifica-se, mas a um ritmo tranquilo. As actividades não desaparecem, mas surgem como um barco num mar de calmaria. Tenho também que confessar que, este ano, Agosto é para mim diferente. Este segundo mês do ano começado pela letra "a" encerra nele o trabalho da preparação para uma nova etapa da minha vida, ou pelo menos para um "revival" de uma etapa que já imaginava encerrada. Será uma nova etapa? Um novo desafio? Um regresso? Um passo atrás? Confesso que, mais do que classificar ou descrever o que de novo aí vem, me importa sentir e aproveitar o futuro com a intensidade e alegria com que outrora vivia as férias de Agosto. Não porque se viva apenas uma vez, mas porque o que é verdadeiramente importante deve ser aproveitado e deve ser sentido, com aquele carinho com que devemos sempre tratar aquilo de que gostamos. Porque afinal talvez não seja bem verdade que "burro velho não aprende línguas" e a busca pela nossa valorização, intelectual e pessoal, deve ser uma das lutas que jamais devemos ter medo de travar. E assim, carregado destas mil emoções, chega Agosto. Com sol ou com chuva? Com frio ou com calor? Sinceramente não sei, mas estou certo de que chegará sempre com aquela força que tem tudo o que ajuda a concretizar sonhos. Por isso me despeço de todos neste "meu querido mês de Agosto" com um efusivo e esperançoso: "Até já Setembro!!"

Criada em Dezembro último, a Comissão dos Utentes de Transportes de Santo António dos Cavaleiros e Frielas (CUTSACF) luta contra a falta de acessos ao Hospital Beatriz Ângelo e o elevado preço dos bilhetes praticado pelo monopólio da Barraqueiro. Já conseguiu reuniões, apresentou projectos e até fez um website, para dar informação sobre percursos e tarifários das carreiras da Barraqueiro. O sector dos transportes públicos é uma das maiores dores de cabeça para os munícipes de Loures e dos concelhos fronteiriços. O problema assume proporções máximas quando se fala de localidades como Santo António dos Cavaleiros ou o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. Para tentar amenizar estas dificuldades, um conjunto de cidadãos constituiu uma comissão que tem tentado encontrar soluções para os muitos problemas que os transportes públicos da região hoje enfrentam. Em pouco mais de seis meses, a Comissão dos Utentes de Transportes de Santo António dos Cavaleiros e Frielas (CUTSACF) conseguiu unir esforços com outras comissões da área metropolitana, chamar a atenção da comunicação social para os graves problemas que existem na região, ao nível dos transportes públicos e conceber vários projectos para a sua resolução. Porém, as dificuldades são muitas e de várias índoles, e fazem prever uma «guerra» longa e difícil, nos concelhos de Loures e Odivelas. Transportes caros, de má qualidade e sem informação A «União faz a força» foi o lema por trás da constituição da CUTSACF, criada para lutar «contra as injustiças que se verificam, há mais de 40 anos, nos transportes da freguesia», refere Manuel Silvestre Gago, um dos principais responsáveis da comissão. «Temos os tarifários mais caros, em comparação com todas as outras empresas de transportes, má qualidade dos autocarros e muita falta de informação, pois a Santo António Barraqueiro é a única empresa de transportes públicos do País, que não tem um sítio na Internet», revela. «E mesmo nas paragens, não existe qualquer informação de horários e tarifários», acrescenta Manuel Silvestre. Os principais objetivos desta comissão são os de alertar e pressionar as entidades com responsabilidades na área dos transportes para a resolução

dos problemas sentidos pelos utentes. A CUTSACF reclama ainda uma ligação à estação de metropolitano de Odivelas, uma solução que seria um grande alívio para a crescente população, quer de Odivelas, quer mesmo de Santo António dos Cavaleiros e do resto do concelho. «Há muito que o metropolitano chega a Odivelas, no entanto, esta empresa (Barraqueiro), que detém o monopólio dos transportes na freguesia não criou nenhuma carreira com ligação ao metro, continuando todas as carreiras com términos no Campo Grande, como era nos anos 1980», acusa Manuel Silvestre. Uma situação que faz com que o caso de Santo António dos Cavaleiros seja «único no País, por ser servida em exclusividade pela empresa Santo António Barraqueiro, parte integrante do grupo privado Barraqueiro, que inclui uma frota de autocarros, adquiridos como usados no estrangeiro e os títulos de transporte mais caros da área metropolitana

de Lisboa», conta o responsável. Para Manuel Silvestre, esta opção tem tido o aval do Governo central, que procura «desresponsabilizar-se pelos transportes públicos, entregando às entidades privadas este serviço, com os problemas que daí advêm para a população». Acessos ao Hospital Beatriz Ângelo: o que nasce torto… O problema do acesso dos transportes públicos ao Hospital Beatriz Ângelo nasceu com o próprio hospital, cujas infraestruturas não estão preparadas para receber os autocarros que transportam muitos dos seus utentes. Por isso, nenhuma carreira circula dentro do hospital, obrigando os utentes a fazer um percurso a pé de mais de 500 metros, desde as paragens até ao edifício. «Outro dos problemas que queremos resolvido é a rápida alteração do percurso dos autocarros dentro do hospital, para permitir a entrada de todo o tipo de autocarros, projecto que já existe, e que fizemos questão de divulgar junto

da população», conta Manuel Silvestre. Os utentes de Santo António dos Cavaleiros têm, além deste problema, várias outras agravantes, como explica Manuel Silvestre: «existe apenas uma carreira para o hospital, que tem unicamente nove horários por dia, terminando às 19h00 e apenas aos dias úteis. Tem um hiato de tempo de quatro horas, entre as 09h25 e as 13h25, em que não há qualquer transporte para uma população de cerca de 35 mil habitantes. Além disso, embora seja subsidiada pela Junta de Freguesia, esta carreira implica um custo que vai até € 1,80 para um percurso de quatro quilómetros». O problema dos custos de deslocação para o Hospital Beatriz Ângelo prende-se com o sistema de coroas da área metropolitana de Lisboa. Isto porque, a maioria dos habitantes de Santo António dos Cavaleiros e Odivelas, por trabalhar em Lisboa, adquire o Passe L1, da Rodoviária, ou LA, da Barraqueiro.


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ACTUAL Estes passes não abrangem o hospital, que já se encontra na coroa 2, o que obriga quem tem passe a adquirir mais um bilhete. «Uma das reivindicações dos utentes é que a coroa 1 seja alargada até ao hospital e, no caso de Santo António dos Cavaleiros, que seja também alargada até às Torres da Belavista», revela Manuel Silvestre. «Para a maioria dos habitantes de Odivelas é mais barato deslocarem-se ao Hospital de Santa Maria, que até tem melhores acessos, só que não têm essa liberdade de escolha», acrescenta o responsável. «Para muitos dos utentes sem passe, uma deslocação ao hospital implica apanharem dois transportes, sendo que uma ida e volta pode chegar aos €11», adverte Manuel Silvestre. Refirase a propósito que, nos últimos três anos, os transportes sofreram um aumento de 26 por cento e os passes para idosos passaram de uma redução de 50 por cento para uma redução de apenas 25 por cento. Os habitantes de Odivelas e de Santo António dos Cavaleiros representam 65 por cento dos utentes do Hospital Beatriz Ângelo, sendo aqueles que têm menos oferta de trans-

portes. «Uma das promessas aquando da construção do hospital era a chegada do metro até Loures, tendo uma paragem no hospital, mas este projeto foi há muito abandonado pelo Governo, aliás, ainda no mandato do anterior executivo», recorda o responsável da CUTSACF. As empresas que prestam o serviço de transporte para o Hospital Beatriz Ângelo são todas privadas e pertença do universo Barraqueiro Transportes, a maior empresa de transportes da Península Ibérica. Como tal, a força negocial que tem é deveras significativa. Segundo o responsável da CUTSACF, «a própria Autoridade Metropolitana dos Transportes de Lisboa reconhece que é difícil impor certas obrigações de transportes público às empresas, por se tratarem de empresas privadas, pois corriase o risco de estas diminuírem o número de carreiras». Mas, o caso é bem diferente quando se tratam, por exemplo, de superfícies comerciais. Um exemplo elucidativo foi o caso do IKEA, em Frielas, para o qual foi criada uma carreira em exclusivo para servir os seus clientes.

Um passo de cada vez Para fazer face à falta de informação sentida pelos utentes, uma das primeiras iniciativas levadas a cabo pela CUTSACF foi a criação de um blogue e um perfil na rede social Facebook, onde está publicada informação variada sobre os transportes em Santo António dos Cavaleiros, incluindo horários e tarifários. Este é o único espaço na Internet onde os munícipes podem ter acesso a essa informação. Mas, a comissão foi ainda mais longe. Além de ter conseguido reuniões com vários organismos com responsabilidade no sector dos transportes, a CUTSACF criou, numa iniciativa inédita em todo o país, uma compilação sobre os direitos dos passageiros dos transportes públicos. Além disso, concebeu ainda um espaço para a denúncia de situações de injustiça sentidas pelos utentes, assim como um memorando com todas as reivindicações dos utentes. No entanto, apesar de todos os esforços, iniciativas e determinação, os resultados têm sido poucos, algo que não demoverá a comissão de «continuar esta luta em prol da qualidade de vida

Manifestação No passado dia 9 de Julho realizou-se, junto ao Hospital Beatriz Ângelo, a conferência de imprensa convocada pelas Comissões de Utentes que voltaram a revindicar mais transportes para o hospital de Loures. Segundo uma das representantes da CUTSACF (Comissão de Utentes Transportes Stº António dos Cavaleiros e Frielas), Henriqueta Sabino, o maior problema deve-se ao facto das paragens dos autocarros se situarem a cerca de 500 metros da unidade de saúde, longe da entrada para as consultas e urgências. Um percurso longo com uma inclinação acentuada, o que dificulta o acesso para alguém com uma capacidade de mobilidade reduzida. “Não há autocarros directos para o hospital, apenas dois mini - bus, um da Barraqueiro e outro da Rodoviária de Lisboa, a maioria das vezes é necessário apanhar duas carreiras. O parquímetro dentro do hospital é caríssimo. Há muitas pessoas que não se dirigem ao hospital porque se encontram em frágeis condições físicas, não possuem veículo privado e assim optam por realizar os tratamentos junto à sua residência, mesmo

com custos mais elevados e sem o acompanhamento do médico do hospital responsável pelo seu caso.” O Hospital Beatriz Ângelo é uma Parceria Público/ Privada (PPP). Foi projectado para servir 278 mil utentes dos concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e

Sobral de Monte Agraço. Só após a conclusão das obras é que se equacionou a localização das paragens dos transportes públicos e o parqueamento de táxis.

Joyce Mendonça

das populações», avisa Manuel Silvestre. «Um dos problemas com que nos deparamos neste momento na relação com os organismos do Estado é que a política dos transportes está a passar por um processo de alteração, com a criação de nova legislação», refere o responsável. No entanto, acrescenta, «é para nós irónico que, para a elaboração de um novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transportes de Passageiros, que regulamenta um serviço que serve os passageiros, onde estes são os financiadores do serviço e que pretende ter um impacto estrutural, não tenha sido consultada nenhuma das comissões e associações de utentes de transportes colectivos.» Os próximos passos da CUTSACF passam pela aprovação de um projecto para a alteração dos acessos ao Hospital Beatriz Ângelo, com vista a permitir a entrada das carreiras de transportes públicos até mais perto do edifício. «Neste momento, estamos a aguardar uma reunião já solicitada com a Associação Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), entidade

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do Ministério da Saúde, e uma nova reunião com a administração do hospital, particularmente para obtermos esclarecimentos sobre os projectos para a circulação de todos os tipos de autocarros no interior do recinto circundante do hospital», desvenda Manuel Silvestre. O «Notícias de Loures» entrou em contacto com a ARSLVT na tentativa de obter comentários em relação a esta questão, mas até à conclusão do artigo, não recebeu qualquer resposta. «Continuamos a pressionar a Barraqueiro, única empresa que ainda não nos recebeu, e em próximas reuniões da comissão iremos estudar outras formas de intervenção, sendo que todas as formas de luta serão equacionadas, com vista à resolução dos problemas da população, tendo em conta que os transportes são um dos direitos consignados na Constituição da República Portuguesa e na Declaração Universal dos Direitos Humanos», refere.

André Julião


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Loures Notícias de

ENTREVISTA

”Há muita coisa a fazer ainda” Rui Pinheiro Sociólogo

Há ambiente para o Ambiente ? Há 12 anos, o Departamento de Ambiente da Câmara Municipal de Loures ficou dotado de um conjunto de instrumentos, que podiam ter permitido ao Município dar um passo substancial de progresso e afirmação na área ambiental no seu território, mas também ser um exemplo nacional e internacional, muito para além das declarações de boas intenções. Não apenas exemplo pelo exemplo, mas verdadeiramente um exemplo de transformação sustentável, invejável, desejável. A seu tempo, os convocarei aqui porque: a) eram e são pertinentes e b) os estudos e projectos, que lhe estão subjacentes, custaram muito dinheiro ao erário público, ao longo de vários mandatos e não devem simplesmente apodrecer sem consequência num qualquer arquivo, caso não tenham sido já triturados, naquela mega-operação de reduzir a farrapos toneladas de papel, missão a que se prestou a equipa derrotada nas últimas eleições autárquicas. Hoje, serei mais prosaico e apenas chamo à colacção o projecto do Sistema de Gestão Ambiental, que na sua essência era – e pode ser – um projecto singelo, mas que transportava – e deve transportar – no bojo, uma verdadeira revolução na abordagem ambiental e de sustentabilidade em Loures. Recordo, os pressupostos essenciais: 1. Visava que as entidades municipais se constituíssem em padrão de conduta ambiental para empresas, instituições e cidadãos. Não faz sentido que a Câmara Municipal, ou os Serviços Municipalizados, promovam a fiscalização e apliquem coimas a terceiros ou invistam em educação ambiental, para que depois os serviços municipais tenham procedimentos e uma actuação que negue ou contrarie os bons princípios reclamados; 2. Tinha por objectivo uma progressiva redução de custos na actividade municipal, uma “austeridade” inteligente e propiciadora de novos investimentos. Desde a poupança de papel à redução do consumo de combustíveis fósseis, da concepção de equipamentos municipais sustentáveis à utilização racional da água. E muito, muito mais, que não se detalha por razões de espaço. Portanto, nada de gastar mais, mas antes, economizar e muito; 3. A transversalidade às instâncias municipais. Câmara, Serviços Municipalizados, Empresas Municipais, Participações Accionistas do Município, Fornecedores; 4. Uma aplicação progressiva, passo a passo, alterando processos e mentalidades, assegurando o envolvimento de todos os agentes municipais, em efeito mancha de óleo e a penetração no quotidiano das melhores práticas; 5. A transposição para a comunidade, do exemplo, das conquistas, das vantagens, dos benefícios, obtidos no contexto municipal; É um conceito cuja potencialidade justifica que a direcção política do Município equacione recuperar, por ventura noutros termos e com outros protagonistas e, sobretudo, accionar. Caso haja ambiente, para o Ambiente…

José Quintela faz parte dos órgãos sociais do Sporting C. P., sendo responsável pela área de comunicação. Tem a seu cargo o jornal "Sporting", do qual é director e foi um dos grandes responsáveis pelo lançamento da Sporting TV, um projecto que estava na gaveta e que esta direcção recuperou. Uma entrevista onde além destes temas abordámos outros, como a equipa de futebol, as modalidades, a relação com Bruno de Carvalho, Loures, a Portela, onde mora e São Pedro do Sul, terra onde nasceu Futebol e modalidades No futebol destaca a melhoria competitiva da equipa "como adepto face à pior época de sempre, que foi um 7º lugar, ficámos em segundo nesta época, que foi de facto uma melhoria substancial. Voltámos a ser muito mais competitivos. Regressámos à Champions." Em relação às modalidades a diminuição de orçamentos e a manutenção de resultados foi uma das mais-valias "nas modalidades conseguiu-se com orçamentos muito menores manter a competitividade. No futsal fomos campeões em todos os escalões. No andebol fizemos também uma época brilhante. No atletismo, no judo...". Estas alterações foram necessárias em nome do equilíbrio financeiro, mas há que não parar por aqui "a mudança foi transversal com a reestruturação financeira. Há muita coisa a fazer ainda. O Sporting é uma organização à escala mundial e estamos conscientes de que muito trabalho foi feito, mas muito mais há para melhorar". Comunicação, Sporting TV e o jornal “Sporting” Como responsável da Comunicação do clube, uma das coisas que sublinha é o passado "não há organização nenhuma que possa esquecer a sua história e ter orgulho. Não esquecer todos aqueles que permitiram que o Sporting completasse estes 108 anos, cheio de glória". Como exemplo a viagem surpresa aos vencedores da Taça dos Vencedores das Taças, aquando dos seus 50 anos "o que fizemos foi levar os nossos campeões, que ainda estavam disponíveis para poder viajar, oito exjogadores e criámos uma surpresa. Eles sabiam que iam a Antuérpia e o Hilário foi pela primeira vez, porque não jogou a finalíssima, já que estava lesionado. Convidámos os adversários, algo que os jogadores não sabiam. Fomos visitar o está-

dio e eles foram equipados. Quando chegámos ao relvado viram umas pessoas sentadas no banco de suplentes e fomos cumprimentá-los. Quando se aperceberam que eram os adversários foi um momento único e emocionante. Acabaram por jogar e estavam super satisfeitos fazendo até troca de camisolas. Nos últimos 50 anos é o último clube de Lisboa a ter um título europeu." A mudança nos conteúdos do jornal quando chegou foi importante para o conceito que se queria desenvolver "o jornal engloba algo mais vasto e faz parte de algo que reorganizámos, que é a comunicação. Alterámos o conceito e deixámos de colocar o enfoque nas plataformas e colocamos nos conteúdos. Temos uma área em que fazemos gestão de conteúdos, que se chama Gestão de conteúdos e plataformas de comunicação. Os conteúdos é o que nos distingue porque são conteúdos do Sporting trabalhados de uma forma global e integrada e adaptados e distribuídos nas diferentes plataformas, que neste momento são o jornal, redes sociais, site e televisão. O jornal sofreu uma alteração do modelo, temos equipa nova, alterada do ponto de vista editorial e do ponto de vista de resultados, nas vendas estamos a crescer e a recuperar leitores. Nos conteúdos a história do Sporting será sempre um dos traços marcantes. O jornal do Sporting sempre teve referência do que eram os seus heróis ao longo do tempo, entrevistas com antigos jogadores das diversas modalidades. Estamos a fazer um esforço maior que incide não só nas figuras, mas também nas efemérides. Tornar a história viva e dinâmica, trazendo esses momentos para a actualidade, os momentos marcantes, as suas personagens, análises comparativas dos tempos ou das efemérides assinaladas". Na Sporting TV o futebol terá destaque,

mas será um canal eclético, à semelhança do clube. Um canal sem subscrição e que tenta chegar aos sportinguistas espalhados por todo o mundo "o canal Sporting TV irá emitir 24h/dia com 6 horas de progamação nova aos dias de semana e 8 horas aos fins-de-semana e quando houver jogos aos dias de semana. Está a ser distribuído em duas plataformas, MEO e NOS 34 e 35, abrangendo cerca de 90% do mercado. É o canal de uma potência desportiva que tem 35 modalidades e é a isso que vamos querer dar destaque. O futebol tem uma dimensão importante, as audiências dos diversos canais de comunicação

assim o demonstram. Em termos de directos e exclusivos teremos a equipa B. A equipa A teremos em diferido. Teremos também jogos de futsal, hóquei, andebol, de diversas modalidades e a componente informativa e noticiosa daquilo que se relaciona com a vida do clube. O nosso modelo assenta num canal aberto, por cabo. Quem subscrever MEO ou NOS tem acesso directo. O canal chega aos sportinguistas e aos amantes do desporto em todo o mundo. Já está assegurada a distribuição para Angola e Moçambique, através da ZAP e estamos em negociações com outros países para chegar a outras geografias".


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ENTREVISTA

Bruno de Carvalho A ligação com Bruno de Carvalho foi algo que se foi fortalecendo "conheci o presidente Bruno de Carvalho por via académica, ele estava no Instituto Superior de Gestão (ISG) a coordenar uma pós-graduação em gestão de organizações desportivas e eu, como docente no Instituto de Novas Profissões (INP) e no ISG, fui para o Instituto dar o módulo de comunicação, foi assim que o conheci. Havia neste corpo docente mais sportinguistas, o Dias Ferreira, o Comandante Vicente Moura e, naturalmente, as conversas sobre o Sporting acabaram por aparecer. Na altura não se falava de eleições e longe de pensarmos que viriam a existir. Nas eleições anteriores não tinha votado nele e dei-lhe as justificações, porque a conversa foi evoluindo em matérias académicas e paralelamente assuntos do Sporting. Entretanto as coisas no Sporting precipitaram-se, a existir toda aquele clima alterado precipitando as eleições. Ele criou uma lista e convidou-me para a integrar. Estive com ele na preparação da campanha e quando dei conta estava eleito". Associativismo Apesar das assinaláveis diferenças entre o Sporting e outros meios de associativismo, a verdade é que José Quintela sempre teve o chamamento para colaborar em associações "na vida todas as experiências servem para nos enriquecer e nos engrandecer naquilo que vamos fazer a seguir. Desde pequeno sempre fui muito participativo no associativismo, sempre estive ligado às associações de estudantes, na luta pela legalização das associações de estudantes, que não eram legais na altura, e em outras associações de carácter desportivo". Pessoal Um clube, como o Sporting, ocupa muito tempo, acabando sempre alguém por ficar prejudicado "o tempo e a família acabam por ser penalizados, porque o Sporting obriga a uma dedicação, um estar em permanência lá, não há fins-de-semana, nem feriados. Estamos ligados 24h por dia, sobretudo na comunicação, marketing, área comercial, fundação, responsabilidade social, museu… É um pelouro bastante grande e o tempo é naturalmente muito menor para as outras áreas. Perdem-se umas coisas, ganham-se outras, a vida é assim mesmo". O desporto é algo que sempre esteve presente na vida de José Quintela, seja como dirigente, seja como atleta "fui atleta de três modalidades, futebol e atletismo, na vertente de corta mato e de velocidade e canoagem. As melhores performances foram como velocista, em 70m e estafetas 4x100 e na canoagem".

Contudo, apesar das enormes ligações ao associativismo, a sua área profissional é outra "não sou profissional nesta área de dirigente desportivo, sou docente do ensino superior e sócio numa consultora". Portela A ambientação à Portela não foi simples, só com o tempo ela ficou cimentada "já vivo há mais de 20 anos na Portela, no início passava cá e dormia. Achava tudo um pouco igual e chamava a isto as zebras, os prédios listrados. Não tinha cá vida, não tinha ligação com ninguém daqui. Hoje vejo a Portela de forma diferente, tem vida própria. É uma vila dentro da cidade, as pessoas acabam por se conhecer e comecei a fazer vida cá através da AMP, por via dos meus filhos. O mais velho foi também atleta da associação e fui participando na vida local, sou uma pessoa de fácil contacto, fui conhecendo pessoas e é o processo normal. A Portela desenvolveu-se muito em termos das valências que tem. Tem escolas, os miúdos podem ir a pé. As casas, com uma relação qualidade preço boa. As acessibilidades também: saídas para sul, para norte, temos o aeroporto, o comboio, podemos ir para qualquer parte do mundo. O centro também é um fenómeno curioso, ainda hoje não me consigo orientar neste centro por ser redondo. Este centro acaba mesmo por ser o centro porque tudo gravita à volta dele, toda a população da Portela acaba por confluir para o próprio centro. É o centro da convivência, toda a gente se cruza por ali". Apesar das virtudes referenciadas, também

encontra alguns defeitos "devia haver um melhor aproveitamento de espaços verdes, uma esplanada que funcionasse e fosse o agregador. Falta um espaço, na própria AMP, que podia ser aproveitado de outra forma. Temos uma esplanada mas é fechada, falta qualquer coisa de jardim. Um espaço que não seja o centro, mais aberto onde as pessoas se possam encontrar com os amigos. Não sei qual o modelo mas o centro é de passagem, falta um espaço para ficar. Um espaço que permitisse uma convivência de permanência". O associativismo sempre esteve no sangue e a colaboração com a AM Portela acabou por acontecer naturalmente "tive sempre participações em associações de carácter desportivo, naturalmente de outra dimensão. Na Associação dos Moradores da Portela a minha ligação começou pelos meus filhos, que eram atletas, um deles ainda é, e comecei-me a enturmar na vida da AMP. Fui convidado e integrei, no mandato passado, o conselho fiscal, dando algumas colaborações pontuais, porque este é um órgão não executivo. Mas como membro dos órgãos sociais, sempre que fui desafiado para colaborar nas minhas áreas mais profissionais, fui colaborando. Nas eleições do actual mandato fui convidado para integrar a própria direcção, convite que declinei porque seria incompatível com as funções que, actualmente, desempenho no SCP. Até porque o clube não permite, há um conflito de interesses no caso, por exemplo, do futsal. Mas enquanto experiência acho que foi bom. A AMP tem uma projecção e um

trabalho muito grande na Portela em termos de associados. Tem uma gestão cujos orçamentos têm sido feitos de forma rigorosa, o que mantém o equilíbrio e é bom no panorama nacional, já que vimos clubes completamente descapitalizados". S. Pedro do Sul Para quem vem da zona de Lafões, como é o caso, para Lisboa as diferenças são evidentes, algo que não esconde "senti grandes diferenças em vir de S. Pedro Sul, apesar de vir a Lisboa com alguma regularidade, tinha cá os meus irmãos mais velhos. Quem vem de uma vila para um grande centro urbano nota alterações profundas. Toda a gente sabia quem eu era, aqui era mais um. Vivi toda a vida numa moradia e, quando vim para a Portela, viver num apartamento é diferente. A noção de espaço foi uma das alterações que notei muito. Abrir uma janela e ter espaço ou ter um prédio à frente". Apesar da distância S. Pedro do Sul não está esquecido "vou a S. Pedro do Sul sempre que posso. Tinha um truque para me obrigar a lá ir e reviver as pessoas, que eram as eleições, agora com o Cartão do Cidadão isso acabou. Mas sempre que posso vou lá, tenho os pais, irmãos… S. Pedro do Sul continua a ser o centro do mundo, era vila agora é cidade e vive muito do turismo, tem agregadas umas termas, as mais frequentadas da península. Tem uma região de paisagem natural muito rica, que permite uma exploração do ponto vista turístico. Está a sofrer o que sofre a maioria do País, que são os constrangimentos dos orçamen-

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tos. O município tem uma dívida elevada, mas tem feito o seu caminho. Tem uma riqueza única que está a ser potenciada e pode ser melhorada. Continua a ser A MINHA TERRA". Loures A relação com o concelho de Loures é menos profunda "conheço mais Loures através do futsal. Há uma barreira geográfica da Portela para o norte e o oriente. Com o túnel do grilo essa barreira desvaneceu-se um pouco. Fui tendo mais contacto, fui conhecendo as várias povoações do concelho, muito por culpa do futsal e já tenho uma ideia um pouco diferente. Acho que Loures tem um potencial muito grande e está muito mais desenvolvido que o que se percepciona. Eu próprio não tinha ideia, mas já tenho ido mais vezes, até porque o Sporting joga no Pavilhão Paz e Amizade. Mas é um concelho com grande potencial e bastante desenvolvido. Concilia o espaço urbano e o espaço rural numa geografia muito pequena e acabamos por ter duas realidades muito distintas." Apesar de não conhecer em profundidade o trabalho efectuado pelo município, deixa algumas sugestões "deve-se trabalhar melhor a marca Loures, usando o marketing urbano ou da cidade, tem de trabalhar mais a sua identidade: o que é Loures, o que distingue Loures dos concelhos limítrofes e o que pode afirmar a sua identidade com traços diferenciadores. Trabalhar mais do ponto de vista conceptual. Esse seria o caminho que exploraria". Pedro Santos Pereira


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SAÚDE

Vacinação Internacional Consulta do Viajante As viagens internacionais tiveram nos últimos anos uma grande expansão. Estas viagens dividem-se entre motivos profissionais, recreativos e humanitários. A exposição das pessoas a novos fatores de risco, como a altitude, humidade, temperatura e contacto com agentes microbianos pode perturbar o equilíbrio físico dos viajantes. O stress, a fadiga das via-

gens longas, a idade, o estado de saúde, o destino e o tempo de permanência são também fatores dos quais depende o bem-estar do viajante. Deve-se programar com antecedência a viagem (4 a 8 semanas antes da data prevista) para que se possa tomar medidas preventivas adequadas de forma a minimizar os riscos associados às viagens.

O que deve fazer quando vai viajar? Sempre que pretende viajar para fora da Europa deve dirigir-se a uma consulta de saúde do viajante. As consultas de saúde do viajante servem: • Aconselhar os viajantes para as medidas preventivas a adotar antes, durante e depois da viagem e que incluem: - Cuidados gerais/específicos de proteção individual e ambiental; - Prescrição de medicação preventiva da malária; - Informação sobre higiene individual; - Cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem; - Prescrição de vacinas; - Outros aspetos que o viajante deve estar alerta quando viaja. • Para avaliar as condições de saúde do viajante antes da viagem, nomeadamente grávidas, crianças, idosos, indivíduos com doenças crónicas sob medicação, entre outros. A vacinação Internacional serve: • Administrar vacinas e passar o respetivo certificado internacional; • Fazer ensinos sobre alimentação e cuidados de proteção individual; • Explicar sobre as possíveis reações adversas das vacinas e cuidados a ter para minimizar essas reações. Vacinas que precisam de certificado Internacional: • Febre-amarela (De acordo com o Regulamento Sanitário Internacional em vigor a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre amarela). No entanto, alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças. É o que acontece com a vacina: • Meningocócica (Imposta pela Arábia Saudita aos peregrinos que se dirigem a Meca). Que outras vacinas são aconselhadas? Depende para onde pretende viajar. É na consulta do viajante que o médico prescreve as vacinas indicadas, em função do destino, são as que protegem contra as seguintes doenças: cólera, difteria, encefalite japonesa, hepatite A, hepatite B, gripe, raiva, tétano, febre tifoide, poliomielite e sarampo.

Quem pode prescrever as Vacinas Internacionais? • Médico de família; • Médico privado; • Consulta do viajante; • Qualquer médico no exercício da sua profissão. Lista de medicamentos e artigos de saúde indispensáveis em viagem: Um estojo de primeiros socorros é bagagem obrigatória em viagens internacionais por períodos superiores a 2/3 semanas, sobretudo para países em vias de desenvolvimento. Medicamentos recomendados (Aconselhe-se com o seu médico): • Analgésicos, antipiréticos, anti -inflamatórios; • Antiácidos (azia); • Antidiarreico (diarreia), Laxante (obstipação); • Antieméticos (enjoo); • Antiespasmódicos (espasmos e cólicas abdominais); • Antifúngicos (micoses); • Anti-histamínico tópicos (alergias); • Antisséptico tópico (feridas); • Descongestionante nasal, Soro fisiológico; • Sais de reidratação oral (desidratação). Artigos que se devem incluir na bagagem: • Repelente de insetos; • Rede mosquiteira; • Protetor solar; • Saco de gelo instantâneo; • Preservativos; • Compressas esterilizadas; • Fita adesiva; • Luvas esterilizadas; • Ligaduras; • Pensos rápidos; • Seringas e agulhas esterilizadas; • Tampões para ouvidos; • Termómetro. Não esquecer: • Se viajar para a europa levar o cartão europeu de seguro de doença e/ou seguro de viagem; • Certificado internacional de vacinas para os países onde é exigido este documento; • Boletim de vacinas nacional (em situações de viagens longas ou situações de trabalho prolongado); • Levar relatório médico no caso de ser portador de doença crónica; • Aconselha-se o passageiro a fazer-se acompanhar de documentos, por exemplo declaração médica ou qualquer outro documento idóneo, que ateste a

necessidade de levar na mala de mão medicamentos considerados imprescindíveis durante a viagem, a fim de facilitar e tornar o controlo de segurança mais célere. No entanto convém sempre informar-se junto da companhia aérea onde vai viajar se é necessário algum documento próprio dessa companhia. Local da Vacinação Internacional e Consulta do Viajante: Há consultas e Centros de Vacinação Internacional espalhados por todo o país. No agrupamento de Centros de Saúde loures Odivelas, encontrase a funcionar desde fevereiro de 2014 a Consulta do Viajante e a Vacinação Internacional que dá resposta aos utentes residentes nesta área geográfica. A consulta do viajante dá ainda resposta aos utentes residentes na área do ACES Estuário do Tejo. As crianças até aos 5 anos de idade devem fazer a consulta do viajante no Hospital Dona Estefânia. O local onde se realizam as consultas e vacinação fica situado: • Unidade de Saúde da Póvoa de Stº Adrião – Rua Henriques Santos 2620-183 Póvoa de Stº Adrião • Telefone:219380222 Horário da Vacinação Internacional: • Terça-feira- 13H às 17H • Quinta-feira- 9H às 13H

OBRIGATÓRIO PRESCRIÇÃO MÉDICA DAS VACINAS A EFETUAR. Horário da Consulta do Viajante: • Quinta-feira 9h às 13h

COM MARCAÇÃO PRÉVIA. Documentos necessários para a consulta do viajante/vacinação: • Bilhete de Identidade e Cartão de Utente/Cartão do Cidadão; • Boletim Individual de Saúde/ Vacinas; • Certificado de Vacinação Internacional (se já o tiver). Unidade de Saúde Pública do ACES Loures-Odivelas Fátima Batarda, Enfermeira – Grupo Responsável de Vacinação


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Pontinha não sai do Beatriz Ângelo Ao contrário do que se faria prever, mais ainda, ao contrário do que se pensava decidido a freguesia da Pontinha não vai sair do Hospital Beatriz Ângelo. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) declarou que, ao contrário do que andava a ser veiculado, a Pontinha não está de saída do Hospital de Loures, nem sequer está previsto que tal venha a acontecer, apesar das diversas manifestações dos habitantes daquela

freguesia para saírem do Hospital Beatriz Ângelo e voltarem ao Hospital de Santa Maria. Um esclarecimento que não vem ao encontro das sessões de esclarecimento já efectuadas, tanto em Moscavide, como em Sacavém, na Bobadela, em Santa Iria de Azóia e S. João da Talha. De referir que a acompanhar estas sessões de esclarecimento e auscultação das populações destas localidades, promovidas pelas juntas de freguesia, esteve o presiden-

te da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares. Na freguesia de Moscavide e da Portela estava, inclusive, previsto um referendo à população que, perante este esclarecimento da ARSLVT não fará qualquer sentido. Contactada pelo NL a Câmara Municipal de Loures não quis tecer qualquer comentário, enquanto o Hospital Beatriz Ângelo ratificou a posição da ARSLVT, dizendo desconhecer qualquer tipo de alteração ao contrato vigente. Perante

tais factos podemos dizer que tudo foi em vão, ou seja, independentemente das vontades dos habitantes, não surgirá qualquer alteração ao que está estabelecido. Perante tal situação divulgamos aqui o pedido de esclarecimento da ARSLVT na íntegra, à qual pedimos desculpa, tal como aos nossos leitores, pelo equívoco criado.

Pedro Santos Pereira

Exmo. Sr. Diretor do jornal Notícias de Loures, Face à notícia “Pontinha abre vaga no Hospital Beatriz Ângelo“ do mês de julho, solicita-se a publicação do seguinte esclarecimento: Área de Influência do Hospital Beatriz Ângelo O Hospital Beatriz Ângelo tem a seguinte área de influência: Loures, com exceção de sete freguesias, quatro freguesias do concelho de Mafra e a totalidade das freguesias dos concelhos de Odivelas e Sobral de Monte Agraço. A população abrangida por este Hospital é de cerca de 290 mil pessoas. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) informa que, até à presente data, não houve nenhuma alteração no que respeita à área de influência de cada um dos concelhos acima referidos. Mais se informa que não está prevista qualquer alteração à atual zona de influência do Hospital Beatriz Ângelo, a qual deverá manter-se nos atuais moldes. Assim sendo, não tem qualquer fundamento a notícia veiculada pelo jornal “Notícias de Loures”, dando conta de que a população da freguesia da Pontinha iria passar a ser servida, ao nível dos cuidados de saúde hospitalares, pelo Hospital de Santa Maria. Independentemente de algumas alterações recentes ao nível das estruturas dos cuidados de saúde primários, a população da freguesia em questão continua a ter como Hospital de referência o Hospital Beatriz Ângelo. Deste modo, muito agradecemos ao “Notícias de Loures” que retifique a informação em questão. De igual modo, a ARSLVT dará conhecimento desta comunicação às entidades autárquicas – Câmara Municipal de Odivelas, Câmara Municipal de Loures, Assembleia Municipal de Odivelas, Assembleia Municipal de Loures e Junta de Freguesia da Pontinha – para que possam por sua vez contribuir para informar adequadamente a população sobre a organização de uma área tão sensível como é a da Saúde. Por fim, a ARSLVT reafirma que nenhuma decisão sobre alteração das zonas de influência dos Hospitais da região será efetuada sem o adequado envolvimento das autarquias locais e, igualmente importante, sem a adequada e atempada informação a todas as populações envolvidas. A seriedade com que a ARSLVT encara a gestão da saúde da população por si servida a isso o obriga.

Pedro Cabeça Advogado

Sim, juntos conseguiremos permitir à cidade de Loures serviços públicos acessíveis a todos. Agosto é por excelência o mês de silly season, o calor do verão inibe o mundo de notícias quentes, não que o mundo pare, que sejam suspensas as catástrofes, os atentados aos direitos humanos, as guerras partidárias, ou que os governos façam melhores políticas, o que acontece é que, nestes períodos de calor, as pessoas gostam de se alhear (ainda mais) do mundo. Entre estes pensamentos de dolce far niente (almejando as férias que não chegaram) resolvi escrever sobre o edifício que nos envergonha a todos (não, não estou a falar do edifício da Rua da República, esse também nos envergonha) e onde funcionam a conservatória e o serviço de finanças. Nesta cidade de Loures é uma vergonha que a conservatória e o serviço de finanças, funcionem em condições degradantes e completamente inacessíveis a pessoas com mobilidade reduzida. Meus caros em Loures as pessoas com mobilidade reduzida estão impedidas de tratarem, por exemplo, do seu Cartão do Cidadão, pois apesar do edifício ter um velho elevador (que voltou a funcionar) o mesmo está a 5 degraus em subida, ou a 13 degraus em descida, por isso de impossível acesso a qualquer cidadão com mobilidade reduzida. E se no lado da conservatória o elevador se avista a 5 degraus criando, pelo menos, a ilusão de que lá chegaríamos, no lado do Serviço de Finanças, pessoas com mobilidade reduzida apenas podem olhar à distância para a máquina dispensadora de senhas e sonhar com a possibilidade de poderem ser atendidos. Voltemos à conservatória com os aventurados que atingem o dito patamar do 4º andar e vemos atrás do velho e cansado balcão de madeira máquinas, computadores, secretárias, processos e pessoas (utentes e funcionários), tudo no mesmo espaço reduzido. Este edifício é de facto uma vergonha e estes serviços têm que sair dali com urgência. Se acharem que estou a exagerar na urgência, experimentem ir a qualquer um destes serviços em cadeira de rodas. É certo que não basta protestar e exigir, como parece ser o desígnio de alguns, da nossa parte, que somos mais pragmáticos, atreviame a sugerir que estes serviços fossem deslocados mais para a zona do parque da cidade (a meu ver já lá estão edifícios municipais em condições de receber estes serviços). Enquanto o texto se fecha ao limite de caracteres, imaginando olhar o sol, deixo um aviso aos munícipes de Loures, não ousem ter uma aflição nos serviços supra referidos (não têm casa de banho para o público). E imaginando olhar o sol deixo um convite para as senhoras Ministras das Finanças e da Justiça virem a Loures, verificar em que condições funcionam os serviços que tutelam.


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DESPORTO

Rodrigo Matos campeão do mundo em Ginástica Acrobática Rodrigo Matos, jovem de 19 anos, que reside em Sacavém, foi campeão do Mundo em ginástica acrobática no escalão 13-19, juntamente com o seu par Beatriz Gueifão. A dupla do Ginásio Clube Português alcançou um total de 28.200 pontos, que lhes concedeu a medalha de ouro, no passado dia 5 de julho, em Levallois (França). se menos à vontade porque não controlava tanto os movimentos, mas os resultados foram aparecendo e a dupla estava cada vez mais perto da vitória. Uma vitória não se consegue sem esforço e trabalho de equipa. O campeão passa muito tempo dentro do ginásio e afiança que “não treino fora do ginásio”. Sublinha ainda que despende muitas horas no ginásio, tendo dificuldade em conciliar com a sua rotina pessoal característica de um jovem.

Rodrigo Moreira

Ortopedia e Traumatologia / Medicina Desportiva

Notícias com ossos A Cirurgia na Era Tecnológica… Tal como em todos as áreas da sociedade, a medicina tem evoluído a um ritmo alucinante na última década. Naturalmente que a saúde, como bem precioso e universal que é, não poderia ficar de fora na aplicação prática dos actuais conhecimentos tecnológicos. No que diz respeito à Orto-Traumatologia, essa tecnologia fazse sentir claramente na ajuda ao clinico na procura do correcto diagnóstico, sendo evidente a qualidade dos exames complementares ao dispor, mas também no tratamento, pelo recurso a técnicas cirúrgicas cada vez mais diferenciadas. Se olharmos para trás 20 anos, sentimos que as técnicas cirúrgicas que se faziam à luz dos conhecimentos da época são hoje claramente obsoletas. Gestos que hoje realizamos com a maior das simplicidades, como sejam o tratamento das lesões meniscais, eram realizados de uma forma altamente agressiva e invasiva. Hoje, um resultado satisfatório no tratamento de determinada patologia, até mesmo na óptica do doente, é indissociável de procedimentos pouco invasivos e restabelecimento funcional precoce. Tudo de forma a reduzir a morbilidade e aumentar o conforto, sem prejuízo do resultado final. As técnicas cirúrgicas tendem hoje claramente para vias de abordagem pouco invasivas, e neste campo a cirurgia artroscópica tem-se revelado como um instrumento fantástico na abordagem da patologia intra-articular. Não há hoje praticamente articulação que não possa ser abordada com incisões infra centimétricas, e com o recurso a uma pequena óptica e pinças de trabalho, tratar patologias inacessíveis à abordagem convencional. Sou de uma geração de cirurgiões que sempre viu determinados procedimentos serem realizados vulgarmente por via artroscópica, ou pela chamada cirurgia percutânea, ou até mesmo por navegação computadorizada. Parece-nos fácil e custa aceitar que nem sempre foi assim. O olhar séptico com que estas técnicas foram encaradas inicialmente, contrasta com a certeza de que seria hoje impossível fazer o que se faz, sem haver cirurgiões arrojados no passado e no presente, dispostos a fazer ciência e alargar os conhecimentos.

O par misto atingiu o título de campeão no Mundial, por Grupos de Idades de Ginástica Acrobática, trazendo a medalha de ouro para Portugal. O ginasta Rodrigo Matos afirma que “ao longo da semana os treinos correram bem e na altura das provas o trabalho de execução foi sempre excelente”. Acredita que foi graças a este trabalho e esforço que atingiram a vitória. O sacavenense Rodrigo Matos começou a fazer ginástica acrobática, quando tinha 14 anos, por impulso da sua melhor amiga, Inês. Inscreveu-se no ginásio Acromix Camarate Clube e, actualmente, treina no Ginásio Clube Português, em Lisboa. Além do apoio da sua melhor amiga, ao longo dos anos os pais também foram importantes nesta etapa, sempre acreditando no filho. A competição começou por volta dos seus 15 anos e passados quatro anos alcança uma medalha de ouro. É com surpresa e, ainda a dirigir a vitória, que Rodrigo Matos confirma: “foi algo que não estava à espera”. Quando ouviu o seu nome como vencedor, entre risos, conta “só queria chegar a casa rapidamente, sair daquele sítio e, depois de alguns segundos, questiono-me: é mesmo verdade?”. Foi uma semana difícil, uma vez que “estava longe de casa, dos meus pais e num país diferente”, afirma o campeão. No primeiro dia sentiu-

O ginasta Rodrigo Matos reconhece que é preciso ter personalidade para trabalhar em dupla, afirmando que “é complicado. Há dias em que estou motivado a treinar e o colega não está com um bom estado espírito, outros dias em que um está doente e o outro não treina, ou um está num dia pior e quer desistir, e leva-nos a pensar: Se ele quer desistir como será?”. O segredo está na cumplicidade e na confiança: “é preciso ter confiança e tentar saber o que está na cabeça do colega, para saber o que tenho de fazer, para que tudo aconteça pelo melhor”, afirma o sacavenense. Treina seis dias por semana e quatro horas por dia, mas quando as provas se aproximam os treinos tendem a ser de 8 a 10 horas por dia com intervalos. Além de um treino em equipa, a preparação física individual também é importante “há sempre horas de treino individual, por exemplo a flexibilidade”, diz Rodrigo Matos. O ginasta já conquistou várias medalhas a nível nacional e além fronteiras, já competiu na Bélgica, na Suíça, em Espanha e em França, tendo neste último país conquistado a medalha de ouro. “Quero conquistar muitas vitórias”, afirma. Actualmente, Rodrigo Matos é estudante na Escola Secundária da Portela (Arco Íris) e aguarda os resultados para a entrada no Ensino Superior. Ambiciona entrar na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE). Boa Sorte Rodrigo Matos e Parabéns à Dupla. Ana Rodrigues


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Campeonato Distrital de Futebol de Praia em São João da Talha

O 1º Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) de futebol de praia terminou no domingo, dia 13 de Julho, no EcoParque de São João da Talha. O Sporting alcançou a vitória, vencendo por 4-1 frente o Clube Desportivo de Loures na final. O Sporting venceu assim o 1º Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) de futebol de praia, após a vitória contra Clube Desportivo de Loures sendo-lhe atribuído o 2º lugar. A medalha de bronze (3º lugar) foi para o Belenenses, após ter vencido o Sanjoanense. Como se pode constatar, as equipas do concelho tiveram uma prestação meritória, que pode ser um maior impulso para este desporto. Pela parte da Organização, Nuno Lobo, Presidente da Associação de Futebol (AFL), estava satisfeito com a forma como o torneio decorreu e afirmou que “este é o primeiro e é para continuar

Filipe Silvério vence Supertaça polaca A vitória na Supertaça da Polónia, pelo Zawisza Bydgoszcz, faz com que Filipe Silvério viva o seu melhor momento desportivo, desde que iniciou a carreira de treinador. As emoções foram várias, como o próprio afirma: “o primeiro pensamento foi a minha família e a gratidão que tenho pela forma como se orgulham de mim. Depois a realização pelo meu caminho, senti que este era o troféu certo para premiar o meu percurso. Por último a enorme alegria e felicidade partilhada com jogadores, equipa técnica e staff”. Treinador Assistente de Jorge Paixão (irmão da vereadora Sónia Paixão) explica-nos como começou esta relação: “surgiu quando eu estava nos juniores do Casa Pia e o Jorge nos seniores. Existiu uma identificação na forma de trabalhar e a possibilidade de começarmos a trabalhar juntos na época seguinte. No entanto só algumas épocas mais tarde se veio a concretizar”. Apesar da vitória e da euforia os objectivos mantêm-se: ”continua tudo igual para nós, é normal que as expectativas dos adeptos e direcção subam, mas a equipa técnica sabe que são necessárias mais condições para lutar pelos lugares cimeiros. Os objectivos passam por ficar nos primeiros 8 lugares e tentar ganhar a Taça novamente”.

A passagem pelo Sporting de Braga também foi abordada e o impacto que teve neste convite: “este convite surgiu repentinamente através de um conceituado agente português, que intermediou as negociações com o presidente do clube. Tivemos uma reunião com o Presidente em Portugal, onde nos foi apresentado um projecto aliciante e desafiador de dois anos. Com passagem por vários clubes do concelho, como jogador pela formação do Sacavenense, em futebol e pelos seniores da AM Portela, em futsal, conta-nos como tem acompanhado as carreiras destes clubes e o que espera deles: “São dois clubes de que me orgulho muito de ter representado, estou grato a ambos por terem contribuído na minha formação como atleta e cidadão. Nos últimos anos têm vindo a crescer significativamente e estão novamente em patamares honrosos e cada vez mais preparados para o sucesso. Se existir continuidade, a AM Portela voltará novamente à primeira divisão e a ser uma referência no futsal e o SG Sacavenense, que voltou a ser uma das grandes referências nacionais na formação, terá a equipa sénior brevemente na II Liga”. Como treinador, no concelho de Loures, esteve na formação do Olivais e Moscavide e nos senio-

res da Sanjoanense, algo que não esquece: “Foram passagens muito felizes e enriquecedoras, no Olivais e Moscavide tive a minha primeira experiência de treinador, com 19 anos durante 4 anos e no Sanjoanense a minha primeira experiência como treinador principal no futebol sénior, com 26 anos. O Sanjoanense é um clube consolidado, virado para os interesses da sua população local e uma referência na promoção do desporto no concelho de Loures. O Olivais e Moscavide é um clube em fase de renascimento e que deve voltar a privilegiar a sua formação e recuperar a sua mística. A estes dois clubes o meu muito obrigado”. Para o futuro ambiciona “atingir o topo do futebol mundial em 5 anos. Não vejo isso como um sonho, mas sim como uma consequência do aumento da experiência e competência. Também espero ter uma independência financeira a médio prazo, que me permita ter a capacidade de optar por privilegiar a família e a vida pessoal, ou continuar num patamar de alto rendimento, com todas as vicissitudes inerentes à minha profissão”. Deseja voltar a Portugal mas com outro objectivo “ser bem sucedido fora de Portugal e voltar com outra dimensão”. Pedro Santos Pereira

nos próximos anos. Fomos os pioneiros. Está um óptimo clima, as condições são boas e aderência está a ser muito positiva. Conseguimos ter todos os ingredientes para que houvesse um grande espectáculo”. Agradado com o ambiente e com o acolhimento da comunidade, o Presidente da Associação de Futebol (AFL), Nuno Lobo disse que quer "continuar em São João da Talha, pelos resultados visíveis no dia de hoje e também por tudo o que proporcionaram aos nossos clubes e nossos jogadores para jogarem o futebol praia”. Também os anfitriões estavam contentes e conscientes do sucesso, “o EcoParque de São João da Talha foi cons-

truído no sentido de proporcionar à população um espaço de lazer, assente na prática desportiva. No sentido de dar mais visibilidade à Freguesia edificou-se um Campo de Futebol de Praia, que tem vindo a ser um sucesso”, afirmou Nuno Leitão, presidente da Freguesia de Santa Iria de Azóia, S. João da Talha e Bobadela. O Campo de Futebol de Praia espera mais uma série de jogos. Nuno Leitão sublinhou: “Esta aposta em mais jogos será uma mais-valia, uma vez que a comunidade começa a aderir à modalidade e aproximar-se do clube da terra”. Ana Rodrigues


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Ninho de Cucos

Fleetwood Mac

De quase bestas a absolutamente bestiais João Alexandre Músico e Autor

Douglas Wolk autor e colaborador da Pichfork escreveu sobre os Fleetwood Mac “são provavelmente uma das históricas e grandes bandas menos influentes de sempre da música popular, simplesmente porque são impossíveis de imitar”. Os Fleetwood Mac são a principal evidência de que uma certa química por um lado e relações íntimas mas muitas vezes tensas entre elementos de uma banda por outro, a tornam particularmente difícil de copiar ou duplicar. Esta é uma das abordagens com que os Fleetwood Mac mais foram confrontados ao longo dos anos mas que no fundo prova que a visão da arte muda no tempo e que o que ontem era desprezado poderá hoje ou amanhã ser hiper valorizado em função de um mágico clic. A história dos Fleetwood Mac está, para o bem e para o mal, repleta de mudanças, volte faces, viracasacas, poucos consensos e raras unanimidades desde logo na apreciação feita pela crítica e outros músicos em geral a esta banda formada em 1967 e que conta com mais de duas dúzias de trabalhos editados. Tendo começado por ser um combo de blues com Mick

Fleetwood na bateria, John McVie no baixo (ironicamente os 2 elementos que dão o nome ao grupo e que talvez menos tenham contribuído para o seu legado) e Peter Green na guitarra e composição, foi contudo já bem dentro dos anos 70, após o abandono de Peter Green e algumas experiências fracassadas que o grupo conhece o sucesso com as entradas de Stevie Nicks para a voz, Lindsey Buckingham na voz e guitarra e Christine McVie igualmente na voz (o line up fundamental do grupo por onde passaram pelo menos 15 músicos). Três vocalistas que eram compositores dos seus próprios temas e

uma imagem tricéfala que apesar de tanto êxito ninguém ousou reproduzir/copiar/imitar contrariamente ao que se passava com outras grandes bandas e artistas da época, tantas vezes decalcados. É a trilogia de álbuns, entretanto reeditados, que marca indelevelmente a carreira deste grupo britânico e a conquista da América. O homónimo Fleetwood Mac de 1975, Rumours de 1977, um dos álbuns mais vendidos de sempre na historia da música com mais de 40 milhões de unidades vendidas, e Tusk de 1979, mais experimental e new wave mas que foi um “fracasso” comercial

porque “só” vendeu 4 milhões de cópias, entendível se tivermos em conta o custo de produção mais elevado de sempre de um disco (superior a um milhão de dólares) e as vendas do disco anterior. E o que faz desta trilogia algo tão característico e irreproduzível daqueles anos 70? Para além das agitadas vidas sentimentais e relacionamentos entre os seus membros (todos se separaram antes do lançamento do álbum Rumours) ou das experiências com drogas é porventura a combinação de elementos pop tradicionais que mais contribui para a singularidade do grupo. Buckingham um obcecado pelo estúdio na busca da perfeição com ataques de pânico nos momentos de gravação, o misticismo e a voz angelical e etérea de Stevie Nicks e uma secção rítmica veterana com raízes no blues elétrico moldam e definem os Fleetwood Mac de sucesso. Nos anos 80 e 90 muitas vezes apelidados e por isso mal amados por alguma crítica de fazedores de um soft pop insípido os Fleetwood Mac são nos tempos que correm uma das bandas mais referenciadas por novas vagas de artistas oriundos das diferentes correntes da pop e do

O Notícias de Loures no NOS Alive

rock. Para não falar de Sheryl Crow ou The Corrs numa área mais mainstream da música a música e áurea dos Fleetwood Mac espalha-se pela pop folk dos Mumford and Sons, pelo indie pop das Haim, pelo eletro pop de Ladyhawke, no álbum Morning Phase de Beck. Muito recentemente em Atlanta num concerto no Olympic Park, todos os artistas participantes (entre os quais os referidos Mumford and Sons) se reuniram com a audiência de 60000 espetadores para cantar em uníssono, o tema “The Chain” dos Fleetwood Mac. A banda canadiana Ladies of the Canyon levou tão a sério a influência que contratou o percussionista de Stevie Nicks para tocar bateria. Se visionarmos o youtube procurando versões do grupo encontramos muitas por The Kills, Cat Power e Deus entre outros artistas. O ano de 2013 foi alias um ano de reunião para os Fleetwood Mac para muitos concertos e a edição de um ep com 4 temas. Em 2014 estão previstos 40 shows nos Estados Unidos e Canadá entre Setembro e Dezembro. Aí vão eles a caminho do2 50 anos de carreira!


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Tiago R. Santos e “Os Gatos Não Têm Vertigens” O novo filme do realizador António-Pedro Vasconcelos, que co-argumenta com Tiago R. Santos vai ter estreia nacional a 25 de setembro. Em «Os Gatos Não têm Vertigens», com José António Loureiro, na direção de fotografia e Tino Navarro na produção, entram actores como Maria do Céu Guerra, Nicolau Breyner, João Jesus, Ricardo Carriço, Fernanda Serrano, Afonso Pimentel e Adelaide João. Deixamos de seguida a ilustração do filme no olhar do argumentista Tiago R. Santos, um ex-morador do concelho de Loures. “O Notícias de Loures pediu-me para escrever um pequeno texto a explicar a minha “visão” para “Os Gatos Não Têm Vertigens”, filme de António-Pedro Vasconcelos que estreia no dia 25 de Setembro com um argumento da minha autoria. E não é necessário, de

facto, muito espaço. O objectivo é contar o que pretende ser uma boa história, que entretenha e comova, com personagens com as quais os espectadores se consigam identificar. Claro que há outras questões - temas – que julgámos serem importantes abordar: o retrato de duas gerações distantes (os idosos e os jovens adultos marginais) que, de forma demasiado frequente, são colocados de parte por uma sociedade que não lhes encontra utilidade; o elogio da empatia e do amor como possível salvação para o abandono humano que a crise acentuou. Mas tudo isso é bónus e interpretação. O que interessa é que o público saia satisfeito da sala de cinema porque durante duas horas habitaram num mundo que ajudei a criar. É essa a minha visão. Parece simples, eu sei. Mas não é.”

Rui Aleixo entra em “Le Bourgeois Gentilhomme” Como verdadeiro homem dos sete ofícios que é, depois da exposição de arte em Óbidos, Rui Aleixo contracenou, durante o mês de julho, em “Le Bourgeois Gentilhomme”. A peça traduzida para português como O Burguês Fidalgo, O Cavalheiro Burguês, O Burguês Gentil-Homem e O Burguês Ridículo é uma comédie-ballet. Uma peça de teatro com diálogo falado, entremeada com música e dança - em cinco actos, de Molière. Encenada pela primei-

ra vez em 14 de Outubro de 1670 diante da corte do rei francês Luís XIV, no Castelo de Chambord, pela trupe de actores do próprio dramaturgo. Esta reconstrução, efectuada 344 anos depois, teve a produção da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa (EMCN), que contou com a participação de alunos, professores e amigos da mesma. A peça decorreu nos dias 4, 5 e 6 de julho às 21 horas, no pátio da Escola de Música

do Conservatório Nacional e no dia 9 julho nos Jardins do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras. A receita do espectáculo, que não tinha preço fixo, pois foi alcançada através de donativos, reverteu a favor dos Artistas e da Associação de Amigos da Escola de Música do Conservatório Nacional. Com esta receita, poder-se-á dar continuidade aos melhoramentos, entretanto já iniciados, neste espaço.

“O inferno não são os outros” É este o nome da Exposição de Vasco Araújo, que a Câmara Municipal de Loures inaugurou, no passado dia 26 de julho, pelas 17 horas. Esta exposição terá lugar na Galeria Municipal Vieira da Silva, no Pavilhão de Macau, situado no Parque da Cidade de Loures. O artista plástico, que nasceu em Lisboa em 1975, cidade onde vive e trabalha, tem participado em diversas exposições individuais e colectivas, tanto nacional como internacionalmente, integrando ainda programas de residências como Récollets (2005) em Paris, e Core Program (2003/04) em Houston. Em 2003 recebeu o prémio EDP Novos Artistas. O trabalho deste autor está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias coleções, nomeadamente no Centre Pompidou, França; Museu Colecção Berardo, Museu de Arte Moderna e Contemporânea; Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação de Serralves; Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte, Espanha; e Pinacoteca do Estado de S. Paulo, Brasil. A exposição “O inferno não são os outros” ficará patente até ao dia 17 de Janeiro, na Galeria Municipal Vieira da Silva aberta ao público de segunda a sábado das 10h00 às 13h00 e entre as 14h00 e as 18h00.

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CULTURA

O Teatro Independente de Loures celebrou 46 anos No passado dia 13 de julho o T.I.L. festejou 46 anos ao serviço do Teatro. Deixamos aqui uma retrospectiva de quase meio século servindo a Cultura. A esse dado não foi alheia a atribuição da Medalha de Honra do Concelho a Carlos Paniágua, pelo seu contributo para a Cultura do concelho, ele que foi um dos fundadores do T.I.L. O T.I.L. – Teatro Independente de Loures, agrupa Amadores que, alguns deles desde 13 de Julho de 1968 (então como TAB – Teatro Amador dos Bombeiros), vêm dedicando ao Teatro bem mais do que os seus tempos livres. Nos seus primeiros anos de vida, foi co-fundador (em 68) e vogal da 1ª Direcção (em 74) da APTA – Associação Portuguesa do Teatro de Amadores. Destacamos ainda, em 75, a participação na Campanha de Dinamização Cultural do MFA “Maio-Nordeste”: 10 dias no Distrito de Bragança com a peça

“A Inauguração da Estátua”, de Jaime Salazar Sampaio, iniciando uma frutuosa ligação com este Autor. Em Abril de 79, interrompe as actividades, por falta de instalações. Reaparece em Julho de 86, e em Novembro estreia “Árvores, Verdes Árvores” também daquele dramaturgo e participa no Festival de Teatro de Amadores de Loures (2º prémio de Categoria Infantil e 1º de Música); e no Festival de Amadores do Distrito de Lisboa - 88 (2º prémio de Categoria Infantil), voltando a parar em 90, pelas mesmas razões ante-

TIL - A Inauguração da Estátua

riores. Volta à cena em Julho de 92, destacando-se, nesta última fase, a participação com a peça “ Um Homem Dividido”, de Jaime Salazar Sampaio, no Festival Internacional de Teatro de Portalegre – 99 e, em representação de Portugal, seleccionado entre 4 candidatos, no XIII Festival Internacional de Teatro Experimental do Cairo – 2001, sendo o único Grupo de Amadores presente. Em 2002 volta ao Festival Internacional de Portalegre com “Romance de uma Rosa Verde”, teatralização de um texto daquele mesmo

TIL - Em 2011 com Eunice Muñoz

Autor. Em 2003, organizou em Loures o primeiro TEATRARTES, com a presença de várias Companhias e Grupos de Teatro, Dança, Música, para além de exposições de Fotografia, Pintura e Cerâmica, e também ateliers de formação. Este evento bienal voltou a realizar-se em 2005 (Patrono: Jaime Salazar Sampaio), 2007 (Patrono: Ruy de Carvalho), 2009 (Patrono: João Mota), 2011 (Patrona: Eunice Muñoz) e 2013 (Patrono: Hélder Costa). São já 46 anos (37 de trabalho, 22 desde a última paragem)

de um percurso do qual fazem parte 40 montagens, 14 delas para crianças, de autores nacionais e estrangeiros (além de Jaime Salazar Sampaio, Anton Tchekhov, Harold Pinter, William Shakespeare, Ariano Suassuna, Jaime Gralheiro, Raul Brandão, Gil Vicente, Almeida Garrett, António Gedeão, Sophia de Mello Bryner Andresen, Samuel Beckett, etc.), bem como outro tipo de actividades: recriações históricas, jograis, leituras encenadas, animações, etc., que foram levadas aos mais variados lugares cénicos.

TIL - Foi na Loja do Mestre André


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Paisagens & Patrimónios Florbela Estêvão

Arqueóloga e museóloga

Um outro aspecto do património histórico e arqueológico do concelho de Loures, e que também contribui para caracterizar certas das suas paisagens, é o chamado fenómeno megalítico (do grego “megas”, significando “grande” + “lithos”, designando “pedra”). Em que consiste? Basicamente, neste concelho e na região da península de Lisboa em geral, estamos perante as chamadas antas ou dólmens construídos com lajes de grande tamanho; formam câmaras poligonais cobertas por uma “tampa” de pedra, as quais são normalmente antecedidas por um corredor. Inicialmente toda esta estrutura pétrea não seria visível, uma vez que estaria coberta por uma “mamoa” em terra, dando ao conjunto o aspecto de uma colina artificial. Estes monumen-

tos continham habitualmente restos ósseos humanos, produto de enterramentos, acompanhados de diversos objectos que são considerados como oferendas funerárias. Embora em Portugal, onde é muito abundante em todo o país, o megalitismo mais antigo date da segunda metade do Vº milénio antes da nossa era, nesta região de Lisboa é provável que se situe no IVº e IIIº milénios antes de Cristo. Ou seja, estamos em plena pré-história, em épocas em que as comunidades juntavam à caça e recolecção a agricultura e domesticação de animais (modo de vida a que os arqueológos chamam neolítico), e depois, sobretudo já no IIIº milénio, alguns objectos de cobre (Calcolítico ou Idade do Cobre). Pensa-se que estes monumentos de enterramento colectivo pode-

riam albergar ossadas de antepassados, ou seja, figuras representativas dos antecedentes de certas linhagens das populações que os construíam. No território do concelho de Loures, como em geral em toda a península de Lisboa, as antas não se agrupam em grandes necrópoles como acontece por exemplo em certas regiões do Alentejo ou do Norte do país, mas antes aparecem em pequenos grupos, ou mesmo isoladas, provavelmente porque foram concebidas assim, ou em resultado das transformações que o território sofreu e do fato de muitos monumentos terem sido vandalizados ou destruídos. Por exemplo é habitual a mamoa estar reduzida à sua base, nomeadamente devido a trabalhos agrícolas, e a “tampa” ou laje de cobertura ter desaparecido. Este último aspecto conduzia à rápida ruína de todo o monumento, porque era o próprio peso da tampa que contribuía decisivamente para a estabilidade de toda a estrutura. Assim o que normalmente encontramos são restos arquitectónicos deteriorados que nos dão uma visão muito parcial do que teria sido a grandiosidade da construção há cinco ou seis mil anos, feita obviamente para ser um volume bem notório na paisagem. Alguns autores acentuaram mesmo a ideia de que as antas (com as suas mamoas) e outros monumentos megalíticos como menires (grandes pedras fincadas verticalmente no solo), isolados ou em conjunto (neste ultimo caso formando recintos, chamados cromeleques) foram a primeira grande intervenção do homem na paisagem, ou, se quisermos, no território que o rodeava. Isto é, constituíam lugares especiais,

com uma conotação religiosa, e onde se praticavam cultos que contribuíam para assegurar a coesão de comunidades com uma estrutura “política” muito diferente da nossa, quer dizer, sem um poder central forte. No território de Loures conservam-se apenas três monumentos megalíticos, infelizmente muito arruinados, com câmaras funerárias poligonais de relativa grande dimensão, o que faz pressupor que os seus corredores e mamoas seriam também imponentes. Trata-se das antas de Carcavelos e Salemas (ou Toupeira) -freguesia de Lousa- e Casaínhos -freguesia de Fanhões. Os esteios que as formam são de calcário da região e por vezes encontram-se fracturados e tombados. Seria por isso interessante retomar um dia os trabalhos de investigação e de restauro no sentido de tentar valorizar estes vestígios pré-históricos, tornando-os mais atractivos para o visitante. As escavações já realizadas procuraram determinar a tipologia destes sepulcros e permitiram a recolha de vasto espólio osteológico (ossos humanos que se conservaram bem devido ao facto dos terrenos serem calcários), bem como de fragmentos de cerâmica e de objectos em forma de ídolo, botões e alfinetes de cabelo em osso, contas de colar, além de artefactos de pedra lascada e polida, como por exemplo machados ou enxós, etc. Toda esta documentação arqueológica se encontra conservada no Museu Municipal de Loures e, também, no Museu Geológico em Lisboa. No concelho, a anta de Casaínhos é o único monumento deste tipo classificado; no entanto, o dól-

men melhor conservado é a Anta de Carcavelos, localizada junto à povoação do mesmo nome. Foi sobretudo estudada nos anos noventa do século passado, e nos inícios deste século, com a participação de jovens portugueses e estrangeiros, dirigidos por Gustavo Marques, eu própria e Rui Boaventura. Os últimos trabalhos contaram com a colaboração de especialistas em antropologia física; estes autores concluíram que nesses sepulcros foram incluídos restos mortais de indivíduos de ambos os sexos e de várias idades. Discutiu-se muito a nível europeu qual a origem e razão de ser do fenómeno megalítico, a primeira grande arquitectura da Europa pré-histórica. Hoje tendemos a pensar que só segmentos mais importantes da população seriam colocados nesses sepulcros, e que eles representavam pontos de referência especiais nos territórios de populações agrícolo-pastoris. A sua diversidade é enorme, ou seja, mesmo as antas de corredor apresentam formas e dimensões muito diversificadas ao longo de toda a fachada atlântica europeia, e, adentro de cada região e mesmo de cada necrópole, aparecem lado a lado monumentos muito diferentes entre si. Trata-se portanto de um problema complexo que torna ainda mais interessante este estudo, no qual Portugal, a Estremadura e, em concreto, a região de Loures se integram. Assim, ao visitarmos uma anta, mesmo que muito arruinada, somos fascinados pela presença de um testemunho da vontade do homem de marcar o seu espaço, tornando-o numa paisagem da memória.


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Loures Notícias de

BEM ESTAR

Wrap de frango e alface Ingredientes

Preparação

• 1 unidade de pão integral wrap

1. 2. 3. 4. 5. 6.

• 2 folhas de alface Anabela Pereira Nutricionista

Saber comer, saber viver

• 1 e ½ colher de sopa de queijo creme light • 100g de frango

As lancheiras vão à praia – saiba o que levar lá dentro Finalmente chegou o mês de Agosto, as férias e os dias inteiros passados na praia. É muito comum, nesta época, sair da rotina alimentar por não existirem horários. Contudo, não há desculpa para não fazer uma boa alimentação e evitar excessos. A atitude mais correcta é planear refeições saudáveis, confeccioná-las em casa e transportá-las devidamente acondicionadas. Deste modo evitamos ficar sujeitos à oferta de alimentos disponíveis na praia, que nem sempre são os mais adequados.

Lave bem as folhas de alface. Corte as folhas de alface em tirinhas. Tempere o frango a gosto e grelhe. Corte em tirinhas. Deixe arrefecer. Misture o queijo creme light com a alface e o frango. 7. Abra a folha de pão integral wrap num prato e coloque a mistura. 8. Enrole.

No período de recessão económica que o nosso país atravessa, nem tudo são más notícias, as lancheiras voltaram a estar na moda. Com elas passámos a escolher os alimentos no supermercado, a confeccioná-los em casa, desfrutando desta forma de refeições mais saudáveis e mais económicas. Se quando pensa em lancheira, só lhe vem à memória a imagem do tijolo azul e branco de plástico da infância? Anime-se. Actualmente existem variadíssimas formas e cores para todos os gostos. Para levar na lancheira devemos seleccionar alimentos de fácil digestão e ricos em água, para repor os níveis de hidratação. A fruta fresca bem lavada é uma boa opção, corte-a aos bocados ou sirva em espetadas. Os wraps ou as sandes também porque, para além de práticos, permitem combinações infinitas e muito nutritivas. Escolha pão de cereais, de sementes ou de mistura. Recheie com atum, frango, ovo, queijo pouco gordo, fiambre de perú ou frango. Junte alface, tomate, cenoura, pepino e outros vegetais que goste. Outra sugestão são as saladas com massa, fruta fresca, frutos secos, pedacinhos de queijo fresco, atum ou frango desfiado. As bolachinhas de arroz ou milho são também uma escolha prática e saudável. Para hidratar prefira a água e os sumos de fruta naturais. Não se esqueça de incluir as placas de gelo para manter os alimentos frescos e de colocar a lancheira à sombra… Depois, tenha um bom dia de praia!

Espetada de fruta fresca Ingredientes

Preparação

• • • • •

1. Lave e descasque a fruta. 2. Corte a fruta em pedaços. 3. Coloque alternadamente as frutas em pauzinhos de espetadas. 4. Enrole em folha de alumínio para manter a frescura e saboreie na praia.

Melancia Melão Ananás Kiwi Morangos


Loures Notícias de

BREVES

Catujalense celebra 55 anos

A Sociedade Recreativa Catujalense completou no dia 15 de julho 55 anos de vida. Mais de meio século em prol do desporto e da cultura, ajudando a formar homens e dando à juventude local a possibilidade de praticar desporto. São associações como esta que vão mantendo o desporto vivo e unindo pessoas.

Remodelação do edifício da Junta de Freguesia de Fanhões

Recentemente, o edifício da Junta de Freguesia de Fanhões foi alvo de remodelações, com a adaptação de dois novos gabinetes e a aplicação de novo telhado. Mas as obras não ficaram por aqui, foram tapados buracos no piso de alcatrão em diversas ruas da freguesia, além da criação de um novo espaço de lazer na Rua das Lapas. Pequenas obras que muito jeito darão aos moradores.

Demétrio Alves à frente da AML

Demétrio Alves, ex-presidente da CM Loures, foi eleito presidente da Comissão Executiva da Associação Metropolitana de Lisboa (AML). Além de Demétrio Alves, também João Pedro Domingues, ex-vereador da CM Loures faz parte da lista, o que significa que dois dos três lugares executivos da Comissão são pessoas extremamente conhecedoras e próximas do concelho. Mas não foi um parto fácil, pois só aconteceu depois de nove meses de diferendos, em que as 18 assembleias municipais que compõem a AML conseguiram finalmente eleger uma lista, com os votos favoráveis de 16. Apenas em Oeiras e Sintra esta lista não obteve maioria, ficando-se por um empate. Esta foi a segunda

votação, depois de na primeira, em janeiro, a lista de Maria da Luz Rosinha ter sido chumbada. De acordo com a Lei n.º 75/2013, que estabelece o regime jurídico das autarquias locais, contam-se entre as competências da Comissão Executiva Metropolitana as seguintes: "propor ao Governo os planos, os programas e os projectos de investimento e desenvolvimento de interesse metropolitano", "participar, com outras entidades, no planeamento que directamente se relacione com as atribuições da área metropolitana", "pronunciar-se sobre os planos e programas da administração central com interesse metropolitano" e "assegurar a articulação entre os municípios e os serviços da administração central".

Bombeiros de Bucelas celebram 123 anos

Os Bombeiros Voluntários de Bucelas apagaram as velas do 123º aniversário, no passado dia 27 de julho. A cerimónia teve lugar no Largo Espírito Santo, em Bucelas. Esta associação centenária é um dos emblemas de Bucelas e do concelho, tendo já sido distinguida por diversas vezes, como são os casos da condecoração com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Benemerência, do Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses em 1991 e da Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Loures, também em 1991.

GesLoures presente no Europeu de Natação adaptada

GesLoures vai estar representada no próximo Europeu de Natação adaptada IPC, que se realiza de 31 de julho a 11 de agosto em Eindhoven (Holanda). Os eleitos foram os nadadores David Grachat e João Pina e o treinador Carlos Mota.

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Reabilitar o Complexo Desportivo A crescente degradação das instalações do estádio tornou-se preocupante. A segurança e integridade dos atletas estavam em causa. Sem recursos para recuperar infra -estruturas foi aprovada a implementação do projecto que inclui a colocação de relva sintética no campo principal, o aterro e conversão em campo de futebol 7 do antigo “ring”, a pavimentação do parque de estacionamento, a reabertura da unidade de restauração, a requalificação do espaço de ginásio onde funcionava o Bingo do CDOM, entre outras obras de reabilitação. A colocação do novo relvado ficará a cargo de investimento privado, já os trabalhos de aterro e terraplanagem estão a ser executados ao abrigo de parcerias. O entulho oriundo dos destroços das barracas da Quinta da Vitória irão para

o Olivais e Moscavide. Uma solução encontrada entre o clube e a empresa responsável pela limpeza do terreno. Tal servirá para nivelar o futuro campo sintético de futebol de sete, que será construído no local onde hoje se encontra o campo de fute-

bol de cinco. Com o novo campo o clube ganhará outras valências, sendo a formação a principal privilegiada. Um exemplo de sinergia entre uma empresa e um clube, em que ambos saem a ganhar. As restantes intervenções necessárias aguardam ainda solução.

Loures Parque concretiza melhorias no Espaço Público A Loures Parque em articulação com o Departamento de Obras, Mobilidade e Energia do Município de Loures, tem vindo a concretizar um conjunto de intervenções em espaço público, tendo em vista a melhoria da gestão do acesso ao estacionamento no concelho de Loures. Dessas melhorias destacase a eliminação de bolsa de estacionamento na Avenida de Moscavide e na Avenida da Peregrinação, ambas em Moscavide, com o objectivo de facilitar o acesso aos contentores das viaturas pesadas de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos dos SMAS. A disponibilização de lugar para pessoa com mobilidade condicionada, incluindo corredor e rampa de acesso ao passeio, na Rua Augusto Marques Raso, em Loures e a colocação de separadores em betão para reforçar a segurança da estrutura que separa a zona de estacionamento, junto ao Mercado de Moscavide, da linha de caminho de ferro. O Conselho de Administração da Loures Parque reuniu ainda com o Executivo da Freguesia de

Moscavide e Portela, com o intuito de ouvir as preocupações e as sugestões, dos responsáveis autárquicos locais, sobre o serviço de regulação do estacionamento na sua freguesia. Desta reunião, resultou o compromisso de realizar,

no próximo mês de setembro, uma sessão pública sobre a problemática da regulação do estacionamento, que contará com a presença da Administração da Loures Parque e do Executivo da Freguesia de Moscavide e Portela.


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Loures Notícias de

CULTURA

Bootcamp

Mentes Empreendedoras 2014 Loures foi a localidade escolhida como anfitriã do Bootcamp Mentes Empreendedoras 2014. As Mentes Empreendedoras são um programa de Liderança e Talento Juvenil para aumentar a participação social. Criam um Clube Mentes Empreendedoras em cada escola secundária onde apoiam os jovens a desenvolverem projetos próprios com impacto na comunidade, ao longo do ano letivo. De 23 a 27 de Julho realizou-se o Bootcamp Mentes Empreendedoras na Escola Secundária de Sacavém do Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro como ponto de encontro dos 20 Clubes Mentes Empreendedoras espalhados de Norte a Sul do país. Esta iniciativa serviu para consolidar o trabalho realizado por todos os Clubes ao longo do ano letivo, dar a conhecer todos os projetos aos jovens Mentes Empreendedoras e celebrar um ano mais de Mentes Empreendedoras. Durante o Bootcamp realizaram-se varia-

das dinâmicas de grupo e pequenos workshops ligados à criatividade, à liderança e ao talento, com a finalidade de capacitar, ainda mais, estes jovens de competências transversais como autonomia, capacidade de tomar decisões, pro-atividade, comunicação, organização, trabalho em equipa e ainda a capacidade de refletir sobre atitudes e variadas temáticas. As actividades tem como o objetivo de fornecer ferramentas para os jovens utilizarem em situações futuras, tanto na realização de projetos como nas suas vidas pessoais e profissionais. Um dos momentos em destaque destes 5 dias inesquecíveis, que tanto surpreendeu os jovens foi a prática de canoagem realizada no Parque das Nações, proporcionada pela Direção da Escola Secundária de Sacavém. Considerando o resultado de todas as dinâmicas e das avaliações, esta experiência foi, citando alguns dos jovens “incrível”; “maravilhosa”;“inesquecível”; e “fantástica”.

Cinema em Loures A iniciativa “Viver o Verão”, promovida pela Câmara Municipal de Loures, teve início em julho e continua a decorrer no mês de agosto. Durante este mês irão ser exibidos quatro filmes em 15 sessões de cinema, que se iniciarão às 21h30, repartidas por várias freguesias do concelho.

Dia 1 “A Gaiola Dourada”, no Museu de Cerâmica de Sacavém Dia 2 “Cinco Dias Cinco Noites” no Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas Dia 3 “Capitães de Abril”, no Museu Municipal de Loures / Quinta do Conventinho Dia 8 “7 Pecados Rurais” no Jardim de Lousa Dia 9 “Cinco Dias Cinco Noites” no Museu de Cerâmica de Sacavém Dia 10 “A Gaiola Dourada”, no Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas Dia 15 “7 Pecados Rurais” no Museu Municipal de Loures / Quinta do Conventinho Dia 16 “Capitães de Abril”, no Jardim de Lousa Dia 17 “Capitães de Abril”, no Museu de Cerâmica de Sacavém Dia 22 “7 Pecados Rurais”, no Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas Dia 23 “Cinco Dias Cinco Noites”, no Museu Municipal de Loures / Quinta do Conventinho Dia 24 “A Gaiola Dourada”, no Jardim de Lousa Dia 29 “7 Pecados Rurais”, no Museu de Cerâmica de Sacavém Dia 30 “Capitães de Abril”, no Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas Dia 31 “A Gaiola Dourada”, no Museu Municipal de Loures / Quinta do Conventinho

Coro de Pequenos Cantores da Portela abre inscrições Na época de 2014/2015 o CPCP iniciará as suas actividades com a realização de 4 ensaios experimentais abertos nos dias 6,13,20 e 27 de Setembro, estando já abertas as inscrições para estes ensaios e para o novo ano lectivo. Estas inscrições destinam-se aos rapazes com idades compreendidas entre os 7 os 10 anos (completados até Março de 2015) e às raparigas dos 7 aos 12 anos (completados também até Março de 2015). Mais informações em pequenoscantores.portelamail. com ou pelos telefones 219 446 417, 219 444 135 e 934 491 885. Para as crianças que gostem e tenham jeito para cantar aqui fica uma bela oportunidade de mostrarem os seus dotes vocais.


Loures NotĂ­cias de

LAZER

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Loures Notícias de

BREVES

Providência Cautelar contra a privatização da EGF/Valorsul foi aceite

Loures e a I Guerra Mundial A relação entre Loures e a I Guerra Mundial é grande, a qual está simbolizada no Monumento aos Combatentes do Concelho de Loures mortos na Grande Guerra. Um monumento com 84 anos e que se encontrava deteriorado e que a Câmara Municipal resolveu restaurar. A cerimónia pública de apresentação da obra de restauro realizou-se no dia 25 de julho às 17h30, no jardim da Praça da Liberdade, em frente aos Paços do Concelho. O monumento, da autoria do constructor civil Fernando Soares, foi inaugurado no dia 8 de dezembro de 1929, em homenagem aos Combatentes do Concelho de Loures que não regressaram. A Primeira Guerra Mundial, que começou em 28 de julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918, foi um conflito de dimensões globais, sem precedentes na história da humanidade, ficando também conhecida como Grande Guerra. O envolvimento português arregimentou homens oriundos de todo o território nacional, incluindo o concelho de Loures onde o recrutamento militar atingiu largas dezenas de jovens.

A providência cautelar, destinada a suspender a eficácia do processo de concurso tendente ao processo de privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF) e consequente privatização da Valorsul, foi admitida pelo Supremo Tribunal Administrativo. Em consequência deste despacho foram citados a entidade requerida, Conselho de Ministros e os restantes contra-interessados, para deduzir oposição ao pedido de suspensão. O Município de Loures fundamenta a impugnação por considerar, entre outros aspectos, que os seus interesses enquanto accionista da Valorsul são postos em causa pelo processo de privatização da EGF, detentora da maioria do capital daquela empresa, responsável pelo tratamento dos resíduos sólidos urbanos de 19 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e do Oeste. O Município de Loures colocou também, no dia 7 de julho, a acção principal sobre esta questão, que segue, neste momento, a sua apreciação judicial.

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Ainda tendo como tema a I Guerra Mundial, a Câmara Municipal de Loures e o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) assinaram um protocolo, no dia 25 de julho, às 17 horas, nos Paços do Concelho, em Loures. Este protocolo visa a colaboração do município com o CPPC respeitante ao projecto “100 Anos da Primeira Guerra Mundial e a Luta pela Paz”, tendo em conta os militares oriundos deste concelho, que integraram o Contingente Expedicionário Português e combateram em França, na Flandres e em África. Com este protocolo define-se o quadro de cooperação entre o município e o CPPC no desenvolvimento da sua actividade ligada a este projecto, no que toca a defesa, promoção e educação para a Paz. Está previsto a elaboração de painéis e outros materiais para uma exposição sobre o tema, a participação em conferências e debates, iniciativas na defesa da Paz e da Cooperação entre os povos e a promoção de acções de “Educação para a Paz” em colaboração com escolas.

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