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ANO 3 | Nr.28 MENSAL | 6 DE AGOSTO | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Festas de Loures Sérgio Godinho & Jorge Palma e António Zambujo foram o ponto alto dos concertos que celebraram os 130 anos de Município de Loures. Se Godinho e Palma quase esgotaram a plateia, Zambujo atestou por completo o recinto. Pág. 3

Parque Adão Barata É este o novo nome do Parque da Cidade, em Loures. Foi o culminar de um processo iniciado em 2014, quando um grupo de munícipes lançou uma petição para uma homenagem pública a Adão Barata. Pág. 3

Revolta pelos lavadouros Em Ribas de Cima, na freguesia de Fanhões, as obras efectuadas nos lavadouros públicos revoltaram a população, que se manifestou e, após Assembleia de Freguesia Extraordinária, foi decidido que tudo voltaria ao início. Pág. 5

Rugby Social Em São João da Talha a modalidade rege-se por uma directriz: Solidariedade. Mais que uma modalidade desportiva, a Escolinha de Rugby da localidade é um projecto social, que envolve cerca de 50 crianças. Pág. 23

CONDECORAÇÕES MUNICIPAIS

MUNICÍPIO

DISTINGUE

Uma vez mais, como vem sendo tradição, no dia 26 de Julho a entrada dos Paços do Concelho voltou a engalanar-se para receber os distinguidos de 2016. Onze foram os homenageados, que variaram entre pessoas e instituições. Págs. 12 e 13

VER

nunca CUSTOU

TÃO POUCO

Zona Optica

Cuidamos dos seus Olhos


EDITORIAL

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Crónicas Saloias

Pedro Santos Pereira

Tolerar, respeitar ou compreender

Director

Estas são palavras, teoricamente, de boa índole que estamos habituados a proferir e a ouvir. Mas terão todas o mesmo efeito, provocarão, em qualquer circunstância, esse efeito? Nem sempre, creio eu. Todas elas têm efeitos diferentes e é-nos comum ouvi-las pelos mesmos motivos e com mensagens semelhantes.

Ficha Técnica

Tolerar, que nos parece à partida uma palavra positiva, mais não significa que sofrer o que não deveríamos permitir ou o que não nos atrevemos a impedir. Como podemos perceber não tem muito de positivo, sofremos para evitar

males maiores. Muitas das vezes utilizamo-la para explicar a nossa relação com pessoas, grupos ou comportamentos. Podemos tolerar de um prisma superior ou inferior, mas não deixa de ser um consentimento, seja por incapacidade, seja por presunção. Seja de que forma for, é algo que não nos pertence, que é externo. A mesma coisa se passa com respeitar. É um sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém. Pode também significar apreço, consideração, deferência, acatamento, obediência ou submissão. Também aqui há sentimentos menos positivos, porque parti-

mos sempre de um plano de inferioridade e somos excluídos do processo. Como tal resta-nos o compreender. Abranger, conter, entender, perceber ou depreender são alguns dos sinónimos que, antes de mais, nos colocam como parte integrante, passamos a fazer parte, ou a perceber, a mecânica. Com isso, conseguimos ter mais conhecimento e identificar causas e consequências. Entendemos melhor os problemas, os motivos e, com maior facilidade, chegamos às soluções. Creio que é isto que nos falta em muitos momentos, compreender.

Director: Pedro Santos Pereira Gestão de Marketing e Publicidade Patrícia Carretas Colaborações: ACES, Anabela Pereira, André Julião, Florbela Estêvão, Gonçalo Oliveira, João Alexandre, Patrícia Duarte e Silva, Paula Gomes, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade e Rui Pinheiro Fotografia: João Pedro Domingos, Miguel Esteves e Nuno Luz Direcção Comercial: geral@ficcoesmedia.pt Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC: 126 489 Depósito Legal nº 378575/14

Num mundo onde toleramos ou respeitamos, muito poucas vezes compreendemos. E isto começa em nossa casa, não precisamos de sair fora de portas para que isto aconteça. Seja com os pais, filhos, cônjuges ou amigos muitas das vezes toleramos e respeitamos, ou seja colocamonos fora do processo. Se assim somos com os que nos são próximos, mais imediato se torna com os que nos são distantes. Com isto apenas quero dizer que nos devemos interrogar constantemente, porque sentimentos que nos parecem positivos nem sempre o são. Preferimos não compreender ou perceber, porque

é mais fácil tolerar ou respeitar, pois não nos obriga a ir ao fundo do tema. Assim abdicamos da partilha, do conhecimento e da resolução de alguns problemas. Independentemente de estarmos rodeados de pessoas, este tipo de comportamentos isola-nos e exclui-nos, na maior parte das situações, por opção nossa, tornando-nos solitários. Numa altura de descanso, para muitos, podemos sempre tentar compreender, até porque, provavelmente, estaremos rodeados de pessoas constantemente. Se o fizermos, quase de certeza, iremos perceber muito mais coisas, inclusive atitudes do passado.

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Notícias de Loures


SOCIEDADE

130 Anos

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O Município de Loures celebrou, no dia 26 de Julho, 130 anos. Condecorações, concertos, feiras de rua e a alteração da toponímia do Parque da Cidade para Parque Adão Barata foram alguns dos pontos de destaque das Festas de Loures. Adão Barata dá nome ao Parque da Cidade

Distinções, artesanato, música e milhares de visitantes traduziram as Festas de Loures de 2016. A Cidade encheu-se de pessoas, dando um dinamismo próprio destas festas. A temperatura ajudou as iniciativas nocturnas a céu aberto, tendo tornado ofegantes as que se realizaram em espaços fechados.

Concertos O cartaz deste ano foi forte, com as presenças de Sérgio Godinho & Jorge Palma, António Zambujo, Ladrões do Tempo, Júlio Pereira, só para falar nos nomes mais sonantes. Como seria de esperar vários foram os momentos altos que se viveram, começando com Godinho e Palma que, pra-

ticamente, encheram o Pavilhão Paz e Amizade, fazendo entoar canções que não se esquecem, levando ao rubro a plateia, que mercê da temperatura já estava quente. António Zambujo, no dia seguinte, esgotou em absoluto o Pavilhão, deixando de fora dezenas de pessoas que já não conseguiram entrar no sobrelotado Paz e Amizade. Uma grande actuação do músico português que fez jus à fama que vem alcançando. Destaque final para os Ladrões do Tempo, que contam com Zé Pedro (Xutos & Pontapés), Tó Trips (Dead Combo) e Samuel Palitos (exCensurados), por exemplo. Um estilo de música rock que entusiasmou os presentes que, refirase, não eram muitos.

No dia em que o Concelho assinalou 130 anos de existência, a Câmara Municipal procedeu ao descerramento da placa toponímica do agora denominado Parque Adão Barata. Foi o culminar de um processo iniciado em 2014, quando um grupo de munícipes lançou uma petição para uma homenagem pública a Adão Barata. Esta petição, que recolheu um vasto número de assinaturas foi entregue aos órgãos autárquicos, propondo a alteração do nome do Parque da Cidade para Parque Adão Barata, tendo em conta que a iniciativa da criação de um parque verde na cidade foi tomada durante o seu mandato enquanto presidente da Câmara. A cerimónia que antecedeu o descerramento da placa toponímica, à entrada do Parque, contou com a presença de personalidades dos vários quadrantes políticos, económicos e sociais de Loures e da família e amigos do ex-presidente. Antes dos discursos oficiais, o músico António Saiote interpretou duas peças musicais, a última delas acompanhada de declamação de poesia por parte de Pedro Cabeça. Para a mulher de Adão Barata, Deolinda Barata, “foi um privilégio ter vivido com um homem de grandes qualidades cívicas e humanas e que todos respeitavam”.

Já o filho, Pedro Barata, referiu que, muito provavelmente, o pai gostaria de ver o seu nome associado a este Parque e que o nome com mais significado para ele seria «Parque Adão Barata e amigos»”. O representante do grupo de munícipes que lançou a petição, José Alberto Moura, afirmou ser este o “dia de celebração da vida de um bom homem. É um acto de justiça. A postura de Adão Barata serve de exemplo para todos nós”.

Para o actual presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, Adão Barata foi uma “figura singular”. Este parque, acrescentou, “simboliza o que Adão Barata simbolizou: a vontade que a vida das pessoas fosse melhor, um Parque para todos”. E concluiu: “Cada vez que aqui passarmos, podemonos inspirar para respeitar as pessoas e colocar o bem-comum acima de tudo”.


SOCIEDADE

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«Que caminho podemos apontar para a advocacia em Portugal?» Foi esta a pergunta que Guilherme Figueiredo colocou aos advogados presentes no âmbito da apresentação, em Loures, da Lista e Candidatura à Ordem dos Advogados. Guilherme Figueiredo esteve, a 19 de Julho, na Delegação de Loures da Ordem dos Advogados, para um encontro com os advogados locais. A sessão começou pelas 17h30 e, perante a audiência, o candidato a bastonário da Ordem dos Advogados, reforçou os seus objectivos de devolver a Ordem aos advogados, para que esta recupere a força e

Rui Pinheiro Sociólogo

Fora do Carreiro Francamente!... Já por duas ou três vezes, em círculo mais privado, ou no espaço mediático, ouvi responsável político municipal, talvez para valorizar a chamada “Arte Pública”, a estabelecer comparações, difíceis de perceber, entre aquela manifestação artística e Museus. Confesso que a primeira vez ainda me pareceu uma espécie de lapsus linguae, eventualmente um lapsus calami, não escrito, mas dito. Em suma, um acto falhado. Contudo, a repetição da fórmula, aparenta não ser por lapso, aparenta não ser circunstancial, soa a deliberado. Acresce uma declaração, telereportada, segundo a qual “o concelho de Loures será uma galeria de arte pública, portanto, talvez a maior da Europa e será um museu a céu aberto”. A ser levado a sério este putativo desígnio, ter-se-ia um impacto substancial nas políticas municipais que vêm sendo anunciadas, significaria mudanças orçamentais relevantes e não se sabe, mesmo, se não determinaria uma estrutura própria para satisfazer a ambição. Certo é que faz emergir a questão de se saber em que fórum, em que momento, foi decidido e determinado esse novo rumo. Não se conhece qualquer documento ou deliberação municipal que aponte o referenciado caminho e propósito. Evidentemente, resulta perplexidade do facto de se vir verificando uma aposta comunicada, objectiva, consistente, das políticas municipais para a Cultura - num esforço assinalável para recuperar a acção cultural e a participação cultural, das catacumbas para onde haviam sido enviadas pelos executivos anteriores – e, enigmáticamente (ou não ?!), surge alguém da própria administração municipal que sibilinamente parece pôr em questão a opção em curso. É que uma coisa é a adopção de instrumentos de Arte Urbana como subsidiários de uma estratégia de intervenção social e requalificação urbana. Outra coisa, é subordinar estratégias de desenvolvimento a elementos artísticos disseminados, por meritórios que sejam. Como se pode imaginar, preparar o Município para ser a maior galeria europeia das fachadas pintadas, requer a adopção de acções específicas, nesse sentido. Mas fazer do Município de Loures um “Museu a céu aberto”, seria assumir um móbil do desenvolvimento e o centro de todas as políticas e todos os investimentos municipais da próxima década. Segundo o ICOM (a maior organização internacional de museus e profissionais de museus), “Museu é uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, investiga, comunica e expõe o património material e imaterial da humanidade e do seu meio envolvente com fins de educação, estudo e deleite.” Parece-me suficiente, para se perceber a dimensão da tarefa aplicada a todo um Município como museu a céu aberto. Contudo, se o que estiver em causa, com as tentativas de comparação, for apenas uma prosaica tentativa de medição de sucesso instantâneo, então merece que se diga: Francamente !... Mundivisão, perenidade, investigação, conservação, estudo e educação são matérias de outro alcance, que nenhum hábil pincel, por si só, alcança.

BAIRRO DAS COURELAS LEGALIZADO A Câmara Municipal de Loures fez entrega, no dia 23 de Julho às 11 horas, do alvará de loteamento do Bairro das Courelas, em Santa Iria de Azóia, uma área urbana de génese ilegal com 273 fogos, num universo de 172 lotes. O acto público teve lugar na Rua de São Domingos (em frente à Escola EB23), daquele bairro e contou com a presença de Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures. Com uma área de 7,8 hectares, o Bairro das Courelas caracteriza-se por ser uma área urbana consolidada em Santa Iria de Azóia, a sua centralidade dota-a de equipamentos e valências urbanas de excelência. Em Santa Iria de Azóia, com a emissão do presente alvará de loteamento, estão legalizados 16 bairros num universo de 20, no âmbito da reconversão de iniciativa particular.

EDP preserva a floresta Nos últimos três anos a EDP Distribuição efectuou a limpeza da floresta nas faixas de protecção, de aproximadamente 25 mil km, da rede aérea de distribuição de energia eléctrica de alta

e média tensão, com investimento de 16 milhões de Euros. Em Portugal continental cerca de 80% daquela rede, com total de 82 mil km, tem um traçado aéreo com uma parte significativa cruzando zona florestal. Esta intervenção tem contribuído para tornar as linhas aéreas mais resilientes a fenómenos atmosféricos adversos que têm ocorrido com maior frequência nos últimos anos. Por outro lado é essencial para a prevenção dos fogos florestais, facilitando uma intervenção directa ao seu combate e reduzindo os efeitos da sua passagem. As acções são efectuadas em colaboração com as Autarquias, seguindo Planos Municipais da Floresta Contra Incêndios com rigoroso cumprimento da legislação em vigor. A par da limpeza florestal, a EDP Distribuição mantém a rede eléctrica aérea sob vigilância permanente, com programas de monitorização das linhas, recorrendo de forma crescente a novas tecnologias. São realizadas inspecções visuais, termográficas e com medição por laser, garantindo por essa via a verificação da distância regulamentar dos condutores às árvores, suportando planos de manutenção correctiva. Este procedimento, realizado há alguns anos com helicóptero, tem sido efectuado, mais recentemente, com recurso a drones.

reputação que lhe são necessárias para poder assegurar o apoio aos advogados portugueses e a defesa do Estado de Direito. “As eleições têm lugar em Novembro deste ano e este é o momento oportuno para que os advogados portugueses reflictam sobre o que representa para si a Ordem, qual o papel que desempenha em prol da advocacia e qual o estado da sua reputação junto de outras associações e organizações, públicas e privadas”, referiu Guilherme Figueiredo, apelando

ainda à tomada de uma decisão consciente, para que a mudança possa efectivamente acontecer. Desde que anunciou oficialmente a sua intenção de ser o próximo bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo tem sido convidado para debates e encontros de norte a sul do País, momentos que têm servido também para escutar os advogados, nas suas preocupações e ideias, o que certamente ajudará a que as próximas eleições, sendo decisivas, possam ser um momento de reconstrução.

CARTÓRIO NOTARIAL DE TAROUCA DA NOTÁRIA MARIA JOÃO PINTO DIAS LOURENÇO REBELO -:- Extracto -:---- CERTIFICO para efeitos de publicação que por escritura de Justificação lavrada hoje, neste Cartório, exarada de folhas 59 a 61, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 84, CELESTINO RODRIGUES DE CARVALHO e mulher ANA PAULA PIMPÃO GOMES DOS SANTOS casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia de Várzea de Serra, concelho de Tarouca, e ela natural de Angola, residentes na Rua da Madrugada, lote 5, primeiro andar, Portela da Azóia, Santa Iria de Azóia, NIFS ele 150.676.603 e ela 202.345.238, titulares dos cartões de cidadão com os números de identificação civil 07234368 0 ZZ8 válido até 30/09/2016 e 07049352 9 ZZ9 válido até 23/03/2017 emitidos pela República Portuguesa, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores com a exclusão de outrem, do seguinte direito: duzentos e sessenta e seis barra vinte e seis mil quatrocentos e oitenta e oito vírgula zero cinco avos indivisos (266/26488,05) do prédio rústico sito na União das freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, concelho de Loures, denominado Calçadinha e Pateia, composto de lote destinado a construção com a área de vinte e seis mil quatrocentos e oitenta e oito vírgula zero cinco metros quadrados, a confrontar do norte e poente com António Xavier Lima e serventia, do sul com António Xavier Lima e do nascente com Agripino José Batista e caminho, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures sob o número mil e oitenta e nove, da freguesia de Santa Iria de Azóia, aí registada a aquisição a favor de Joaquim Assunção Resende casado com Maria Helena da Costa Francisco Resende sob o regime da comunhão geral de bens pela inscrição Ap. dez de vinte e nove de Janeiro de mil novecentos e setenta; a fração de mil quinhentos e oitenta e sete vírgula zero cinco barra vinte e oito mil setecentos e quarenta e seis vírgula seis avos (1.587,05/28.746,6) a favor de Dulce da Costa Resende, divorciada, pela inscrição Ap. três mil quatrocentos e quarenta e seis de cinco de julho de dois mil e onze, e a fração de quatrocentos e noventa e sete barra vinte e seis mil quatrocentos e oitenta e oito vírgula zero cinco avos (497/26.488,05) a favor de Manuel Diniz de Abreu ou Manuel Dinis Abreu e mulher Maria de Fátima Martins Gomes Abreu pela inscrição Ap. novecentos e quarenta e cinco de vinte e dois de fevereiro de dois mil e dezasseis, inscrito na respetiva matriz sob parte do artigo 10, secção 1B o qual provém do artigo 10, secção B da freguesia de Santa Iria de Azóia, com o valor patrimonial IMI de €400,97. Que, apesar da fração de duzentos e sessenta e seis barra vinte e seis mil quatrocentos e oitenta e oito vírgula zero cinco avos do prédio acima identificado se encontrar registada a favor de Joaquim Assunção Resende e mulher Maria Helena da Costa Francisco Resende com última morada conhecida na Rua Alexandre Herculano, número 7, segundo direito, Santa Iria de Azóia, sendo estes e respetivos herdeiros incertos, notificados editalmente, através de notificação notarial avulsa e de carta registada, nos termos do artigo 99º do Código do Notariado e já arquivada neste Cartório como processo número oito do maço de notificações avulsas referente ao ano de dois mil e dezasseis, no sentido de os titulares inscritos se pronunciarem sobre se é verdadeiro ou falso o facto dos justificantes se intitularem titulares da fração do referido prédio, a fração do dito prédio é pertença dos aqui justificantes, porquanto: Adquiriram a referida fração do prédio acima identificado em dia e mês que não podem precisar mas que foi durante o ano de mil novecentos e oitenta e três, já no estado de casados, por compra e venda verbal a Joaquim Assunção Resende, já falecido e mulher Maria Helena da Costa Francisco Resende, residentes, ele que foi, ela que é, na Rua Alexandre Herculano, número 7, segundo direito, em Santa Iria de Azóia, nunca reduzida a escritura pública. ---------------------------- ESTÁ CONFORME O ORIGINAL ---------------------------Tarouca, oito de julho de 2016. A Colaboradora, Diana Soraia Mendes Ferreira (Autorização registada na ON sob o nº 267/19) Registado sob nº 494/001/2016


OBRAS

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A «saga» dos lavadouros de Ribas de Cima Obra da Junta de Freguesia de Fanhões em lavadouros antigos indignou os moradores de Ribas de Cima. «Guerra» entre Junta e população originou actos de vandalismo e acabou com «chumbo» da obra e reposição da situação em Assembleia de Freguesia extraordinária.

Uma obra da Junta de Freguesia de Fanhões abriu uma «guerra» entre o executivo e a população de Ribas de Cima. Tudo porque a Junta decidiu transformar dois, dos quatro lavadouros antigos existentes naquela aldeia, para servir de espaço de refeições e lavagem aos trabalhadores da Junta. A obra, que incluía ainda a reabilitação de uma casa de banho pública, revoltou a população ribadense e acabou mesmo por ser «chumbada» em Assembleia de Freguesia extraordinária, com a abstenção do PS, actualmente no executivo da Junta e os votos a favor dos restantes partidos. Pelo meio, aquela que é já conhecida como a «saga» dos lavadouros de Ribas de Cima, contou ainda com a demissão da secretária da Junta e actos de vandalismo às alterações efectuadas nos tanques.

Obra começa sem aviso Tudo começou a uma segunda-feira, 11 de Julho quando, sem avisar a população – erro assumido ao NL pelo presidente da Junta de Freguesia de Fanhões, António Emídio - a Junta começou uma obra de «requalificação» de dois dos

quatro lavadouros de Ribasde-Cima. «Sem que fosse dado conhecimento aos moradores, o presidente da Junta de Freguesia de Fanhões resolveu mandar destruir dois dos quatro tanques existentes nos lavadouros de Ribas de Cima, lavadouros estes que foram construídos em 1954», conta Cristina Dinis, uma das principais opositoras da obra e criadora da página no Facebook «Indignados Contra a Destruição de Património», que recolheu manifestações de desagrado de parte da população ribadense. «Há cerca de três anos que não eram utilizados, por não terem água, uma vez que o fornecimento foi cortado a pedido da Junta de Freguesia, alegando que um vizinho dos lavadouros desviava água para seu proveito», explica, acrescentando que, «antes de ser cortada a água, os tanques eram utilizados por moradoras que não tinham onde lavar as suas roupas». Confirmando a falta de aviso prévio por parte da Junta, Cristina Dinis conta que «uma moradora ao vir do café e passando pelo local, viu que os dois tanques já estavam destruídos, tendo então dado o

alerta a uma vizinha». De acordo com a moradora, só no dia 22, 11 dias depois de ter dado início às obras, e já depois de a mesma ter sido vandalizada, a Junta decidiu distribuir um comunicado «onde explicava as razões de tal obra, dizendo também que estava a ser alvo de uma incompreensível e injustificada contestação e coagindo os moradores a denunciarem à GNR ou à Junta os desordeiros e os covardes.» O objectivo da obra passava, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Fanhões, por servir a população e criar melhores condições de trabalho para os funcionários da Junta. «Dos quatro lavadouros existentes em Ribas de Cima, que não são utilizados há mais de três anos, o objectivo da Junta de Freguesia era recuperar dois, que ficariam ao serviço da população e os outros dois ficariam ao serviço dos trabalhadores da Junta», explicou ao NL, António Emídio. «Estas obras foram feitas à semelhança de outras bem recentes, como as da Torre da Besoeira, onde usámos o espaço dos lavadouros para criar um local de apoio à equipa que presta serviços de saúde e ninguém protestou», avança. «Retirando dois dos lavadouros, podemos lá fazer uma casa com um fogão, onde é possível comer e os trabalhadores refrescarem-se, sendo que, além disso, qualquer pessoa pode usar aquela casa de banho e, como vamos repor a água, quem quiser usar os lavadouros que ficam, pode utilizar à vontade», explana António Emídio. «E a Junta ainda assume o pagamento da água, colocando-a e aos lavadouros ao serviço da população», acrescenta. No entanto, o responsável assume a falha de comunicação com a população: «É verdade que podia ter colocado um comunicado uns quatro dias antes, a avisar a população. É um erro que assumo com frontalidade.» Cristina Dinis concorda com o objectivo da obra, mas adverte que «a população, embora esteja de acordo que a Junta dê todas e as melhores condições aos seus trabalhadores, estas condições nunca podem passar por destruir o

nosso património, pelo que deve procurar outras alternativas.» Segundo a ribadense, a população local está «contra a destruição dos lavadouros, a descaracterização do património que é a imagem da aldeia, e principalmente triste com a destruição da traça original.»

Assembleia de Freguesia reverte obras Os protestos dos ribadenses chegaram à Assembleia Municipal, mas a Câmara de Loures indicou que a intervenção nos lavadouros «é da responsabilidade da Junta de Freguesia.» Segundo a autarquia, «o espaço em causa é propriedade da Junta e por isso cabe-lhe fazer a gestão do espaço, não podendo a Câmara Municipal interferir nessas competências.» Apesar disso, a autarquia solicitou ao GIL - Gabinete de Intervenção Local -, que se deslocasse ao local para se inteirar da situação. Decididos a não baixar os braços, os ribadenses que estão contra a obra criaram uma petição – em papel e na Internet – para tentar parar e reverter a situação. A 28 de Julho, o caso foi abordado em sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, onde foi decidida, após votação, «a reconstrução/reposição dos lavadouros como estavam antes da sua destruição», revela Cristina Dinis. «Vamos aguardar que seja feito o mais breve possível», desabafa. Por seu turno, António Emídio, que falou ao NL antes de se saber o resultado da Assembleia de Freguesia, defendia que «estes protestos são de uma dúzia de pessoas da aldeia que eu conheço bem e, quando, dias depois de as obras terem começado, fui a Ribas de Cima colocar um comunicado, só me deparei com pessoas que estavam de acordo com a obra e que me deram os parabéns.» O presidente da Junta de Fanhões defende ainda que «há sempre os desordeiros que gostam de criticar», acrescentando que «o meu antecessor está por trás disto, até porque vai haver eleições para o ano.» André Julião

Ricardo Andrade

Comissário de Bordo

Um melhor lugar A vida é sempre feita de ilusões e desilusões. A nossa história é feita de avanços e de recuos. O percurso de qualquer um é sempre repleto de “dias bons e menos bons”. Como qualquer um dos leitores fui aprendendo ao longo da vida que, dia após dia, somos confrontados com a evidência de que os “lugares comuns” que descrevi não são apenas possibilidades, mas sim uma realidade indubitável. Sãono por serem inerentes à vivência humana, mas também por serem fundamentais para a nossa evolução enquanto pessoas, que devem almejar serem melhores. Neste longo percurso de aprendizagem que fazemos ao longo da vida, somos também confrontados com eventos e momentos em que devemos fazer opções, que nem sempre se nos afiguram como fáceis. Nesta caminhada por nos tornarmos melhores em nós mesmos e por almejar poder conseguir fazer a nossa parte na construção de uma sociedade melhor e mais justa, somos confrontados com as tais escolhas que nos parecem difíceis. Que fazer então para tentar sempre trilhar o caminho certo? Qual a solução para não nos desviarmos do objectivo principal de construir uma sociedade mais justa e igualitária? Qual a fórmula para nos mantermos, o mais possível, no “caminho dos justos”? Tanto eu como qualquer um dos leitores não temos, julgo eu, nenhuma poção mágica nem nenhuma varinha de condão que responda, cabal e inequivocamente, às questões que coloquei nas últimas linhas. Não falo por todos os leitores, mas sim por mim, quando escrevo que, apesar de não ter soluções milagrosas, julgo ter formado ao longo dos anos uma opinião firme e inabalável de que, mesmo não tendo descoberto o “santo graal” das respostas às perguntas que formulei, penso ter atingido a capacidade de identificar características que permitem, a qualquer um, não se desviar, nunca, do tal caminho mais acertado. Humildade, honestidade, sentido de dever, coragem, respeito pelo próximo, compreensão, firmeza, verdade, rigor, igualdade e lealdade são então para mim, não apenas características mas, acima de tudo, valores sem os quais não concebo uma vida pessoal, profissional e política, quer para mim quer para os outros. Assim todos professemos esses credos, mesmo quando é menos fácil fazê-lo e, com certeza, o mundo que nos rodeia será um melhor lugar para vivermos todos em sociedade. Pela minha parte, procurarei sempre não me desviar desses princípios e valores.


SOCIEDADE

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Candidaturas abertas Pedro Cabeça Advogado

Parem as Máquinas que queremos ter um Mês A Gosto Parem as Máquinas! Que o País vai a banhos, descansamos porque precisamos e este ano os Portugueses vão descansar com uma auto estima acima da média, afinal somos os melhores da Europa em Futebol, em Atletismo, em Hóquei, em Ténis de Mesa e até na argumentação política, para infelicidade dos arautos da desgraça, provamos na Europa que existem outros caminhos a trilhar e, claro, a respeitar. Parem as Máquinas! Porque Loures banqueteou-se com festas, como não se viam há 4 ou 5 anos (sim, parece que as festas, ao contrário do que ouvi alguns fazedores de demagogia, não pararam há 15 anos atrás), afinal a alegada caótica crise deixada pelos anteriores executivos parece que já está resolvida (o que me deixa a pergunta: se era assim tão grave como foi resolvida em tão pouco tempo? Magia, ilusionismo ou uma formula mágica que o restante mundo ainda desconhece?). Parem as Máquinas! Porque o passado está definitivamente enterrado e já não vai servir de desculpa para os próximos meses pré-eleitorais, o actual executivo já não vai voltar à serenata costumeira do passado caótico. Parem as Máquinas! Finalmente o executivo vai pensar no futuro. Finalmente o executivo CDU/ PSD terá projectos para desenvolver o Concelho. Finalmente o executivo vai REALMENTE realizar obras verdadeiramente importantes para o Concelho e não criar demagógicas propagandas sobre balões de ar, finalmente o Concelho vai unir-se em torno de grandes ideias e bandeiras sem pensar em tácticas de poder que não sejam o bem da população. FINALMENTE, entusiasmado com tudo isto eu tento bater palmas, e bato com a mão direita na mesinha de cabeceira, descobrindo dolorosamente que este era o meu sonho de uma noite de verão. Parem as Máquinas! Que eu quero mesmo é ter um mês A gosto. Antes de acabar este texto de Verão não poderia deixar de vos transmitir “/…/Vamos olhar/ para todas as coisas que já foram olhadas/ Com certeza que são inacabadas” palavras de ANA MARIA BOTELHO (uma artista ímpar no panorama mundial e uma referência para o concelho de Loures, onde viveu e tem uma rua com seu nome, partiu com 80 anos para o seu “céu de linho” no passado dia 13 de Julho).

De 1 de Julho a 30 de Agosto decorre o período de apresentação de candidaturas às medidas destinadas aos “Pequenos Investimentos nas Explorações Agrícolas” e à “Transformação e Comercialização de Produtos Agrícolas“ inseridas no Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 – PDR2020. Na região saloia (concelhos de Loures, Mafra e Sintra) estas medidas

são geridas pela A2S, destinando-se a modernizar e melhorar as condições de trabalho das pequenas explorações agrícolas e das empresas que se dedicam à transformação e comercialização de produtos agrícolas. O valor dos investimentos elegíveis, no caso dos pequenos investimentos nas explorações agrícolas, varia entre mil e 40 mil euros, financiados a 40% a fundo perdido.

Já no caso das candidaturas relativas à transformação e comercialização de produtos agrícolas o valor dos investimentos elegíveis oscila entre 10 mil e 200 mil euros, podendo contar com um financiamento de 35%, também a fundo perdido. Toda informação relativa à apresentação de candidaturas está disponível nos websites do PDR2020 e da A2S.

Gimnofrielas vão representar Portugal

A ginástica acrobática do Gimnofrielas está de parabéns. No passado mês de Junho, numa participação da classe Top Acro Gym, composta por 33 atletas de ginástica acrobática de competição, após receber uma Menção de Ouro no Gym For Life realizado em Elvas. Esta menção proporcionou a participação na Gala Professor Henrique Reis Pinto, no PortugalGym, realizado em Torres Novas, onde obteve a Menção Diamante. Com esta distinção são considerados os "Embaixadores" da ginástica para todos, perante toda a comunidade desportiva e a comunicação social na época 2016/17. Esta Menção honra esta classe de representar o País no Gym For Life Internacional, que se irá realizar, de 26 a 30 de Julho de 2017, na Noruega

(http://www.gympor.com/_usr/downloads/ WGfLC%202017.pdf). Diversos atletas participarão ainda no FIAC (Bélgica), MIAC (Maia) e OPEN de Granada, Campeonatos Distritais e Nacionais e Gym for Live Internacional. Todas estas participações em competições, representações a nível regional, nacional e internacional, saraus e festas têm custos muito significativos que ficam a cargo da boa vontade de quem se dispõe a ajudar. É pretensão destes atletas dignificar o nome do Clube e do nosso País, nos diversos eventos que se irão realizar. Contudo os encargos são elevadíssimos e os pais e atletas têm vindo a realizar várias acções para angariação de fundos para estas despesas. A participação em feiras de Artesanato e

venda de artigos em segunda mão são uma das várias iniciativas, que poderão ser acompanhadas no nosso grupo do facebook (https://www.facebook. com/#!/Ajude-nos-a-dar-um-mortal-até-àNoruega-1149468595117562/). Perante as dificuldades financeiras existentes e o compromisso da presença na Noruega (a Federação aplicará uma coima, caso não participem), os pais destes atletas têm tentado arranjar um conjunto de alternativas para minorar os custos desta deslocação, para a qual a Federação não contribuirá financeiramente. A todos aqueles que sejam sensíveis à causa este grupo de pais agradece, assim como os atletas que, ao contrário de outras modalidades, não tem qualquer tipo de apoios.


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Caracol bem quente Os caracóis servem-se quentes, mas este ano tudo era quente na tenda que alberga o Festival do Caracol Saloio. As condições meteorológicas assim o determinaram, levando-nos para uma velha questão: para quando um novo espaço, construído de raiz, para o evento que mais pessoas traz ao Concelho? As condições oferecidas ao público é um factor importante e urge ser tomada alguma medida, sob pena de prejudicar um evento que é referência nacional. Quanto ao Festival decorreu dentro do habitual, com muitas enchentes ao fim-de-semana e mais comedido nos restantes dias. A animação musical popular voltou a sentir-se e a predisposição dos visitantes para provar esta iguaria.

SOCIEDADE

Cheias de Sacavém com apoio governamental A Câmara Municipal de Loures e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) assinaram, dia 26 de Julho, um acordo de parceria tendo em vista a regularização fluvial e controlo de cheias na ribeira do Prior Velho, em Sacavém. Como já tinha sido noticiado no NL de Julho, onde o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, se tinha comprometido a auxiliar os problemas de cheias que a zona de Sacavém vive, com este acordo, cabe agora à APA, ceder ao Município, para actualização, o projecto de “Regularização fluvial e controlo de cheias da ribeira do Prior Velho – Sacavém”, elaborado pelo INAG em 2001, bem como acompanhar tecnicamente a actualização do projecto de execução. Quanto ao Município de Loures, fica obrigado a comparticipar, com o valor de 15%, os custos totais da actualização do projecto e da empreitada, através do orçamento próprio, correspondente à contrapartida nacional, sendo o restante financiamento, no valor de 85%, suportado pelo programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR). Por outro lado, cabe ainda ao Município respeitar os valores do caudal e preparar o processo administrativo e proceder à adjudicação das obras. O acordo foi assinado numa cerimónia que decorreu no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, no Parque Adão Barata, em Loures e contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, que lembrou que “não se vai conseguir acabar com as cheias, mas sim minimizar os problemas e os riscos sociais que possam ocorrer”. O governante considerou ainda ser “muito justo que esta obra seja concretizada no Município de Loures”. Já o presidente da Câmara Municipal, Bernardino Soares, garantiu ser este “um momento muito importante para o nosso concelho. Os 130 anos do Município de Loures ficarão também marcados pela assinatura deste protocolo”.


ENTREVISTA

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tudo pode acontecer! Toda a minha infância e juventude foi passada na Portela… e fui muito feliz!

« Na Austrália sentimos que podemos contribuir para a mudança e influenciar decisões.»

Visitou a Portela no mês passado, denota algumas diferenças? Muitas e para melhor. Acho que está bastante organizada, quer em termos de actividades desenvolvidas (mercados, arraiais, etc.), quer em termos estéticos com muita atenção ao detalhe, por exemplo das zonas verdes. Também reparei que criaram vários parques infantis, mostrando uma preocupação com o equilíbrio familiar e com o bem -estar da população. Tudo isso contribui para fazer da Portela um sítio melhor para viver! Se tivesse possibilidade, o que mudaria na Portela? Criaria uma estação de Metro e reconstruiria a Esplanada – ponto de encontro da várias gerações.

Profissional É desta forma que Andreia Martins, uma lourense agora radicada em Brisbane, na Austrália, descreve o País que a acolhe. Uma entrevista de mais uma portuguesa que emigrou com sucesso. Não esquece a Portela, que vê com melhoras assinaláveis sempre que regressa. Como muitos lourenses, também Andreia Martins em determinado momento da sua vida optou por emigrar. Procurar melhores condições financeiras e um projecto de vida que servisse a sua família foram os principais propósitos. Alcançou tudo isto num país que recomenda, a Austrália, que lhe abriu novos horizontes e que não pensa em abandonar definitivamente. Uma entrevista onde ainda dá a sua opinião sobre a Portela do seu tempo e a de agora.

Austrália Como surgiu a possibilidade de ir para a Austrália? Sempre gostei da hipótese de um dia poder vir a ter uma experiência internacional. A hipótese surgiu dentro da minha empresa e reloquei-me para a Austrália. Há quanto tempo se deu essa possibilidade? Há quatro anos e meio. Como caracteriza esta experiência? Óptima experiência a nível pessoal e profissional, sendo que a Austrália é um País composto por emigrantes, onde existe grande respeito pela diversidade cultural. Por outro lado, é um País imenso, com muitas oportunidades profissionais, recursos naturais e paisagens lindíssimas. A adaptação foi difícil? Muito fácil. Os australianos são um povo muito amigável. Como descreve a Austrália e o povo australiano? País desenvolvido onde existe verdadeira liberdade de expressão e onde as diferenças são vistas como vantagens competitivas. A população é muito “easy going” e bastante hospitaleira, às vezes ainda um

pouco “naif”. Viver aqui é um pouco voltar às “origens”.

As perspectivas profissionais são positivas? Sim, a Austrália é um país cheio de oportunidades, como já referi, onde existe a hipótese de nos desenvolvermos como profissionais, sem que isso incomode os outros que nos rodeiam.

Por norma, quando se emigra, é à procura de algo melhor. Confirmou-se no seu caso? Sim, confirmou-se. Aqui as pessoas são respeitadas, não pelo que aparentam ser, mas pelo que realmente contribuem para que as coisas aconteçam. É uma meritocracia. Que grandes diferenças sente no plano profissional entre Portugal e a Austrália? A burocracia, a falta de transparência (interna e externa nas empresas) e os conluios existentes em Portugal minam, à partida, qualquer tipo de ideia/inovação, desmotivando as pessoas. Na Austrália as ideias são analisadas com cuidado, consideradas e, na maioria das vezes, se bem concretizadas, premiadas. Incentivase a criatividade e empreendedorismo em todos os layers das empresas, no sentido de tirar o maior partido de cada trabalhador, aumentando assim a motivação e produtividade. Claro que o objectivo final continua a ser mais vendas e mais lucro para a empresa, no entanto, a grande diferença é que na Austrália sentimos que podemos contribuir para a mudança e influenciar decisões. Aconselha a Austrália a quem tenha essa possibilidade? Claro que sim. É um bom País para se viver. Pedro Santos Pereira

Pessoal Sente-se feliz com esta nova etapa? Muito feliz. Como é que a família reagiu a esta mudança? Muito bem, a minha filha adaptou-se lindamente (chegou com um ano e meio) e já é, quase, uma Aussie pura. O meu marido adora, especialmente pelo contacto constante com o mar (faz surf) e era também um dos sonhos dele, poder um dia viver num dos sítios pioneiros do Surf. Pretende ficar na Austrália por muito tempo? Sim, não tenho horizontes definidos. Regressar é um objectivo? Talvez, mas a ideia é nunca deixarmos completamente a Austrália. Pensamos poder criar uma “ponte” aérea Portugal/ Europa-Austrália no futuro e, assim, aproveitar o Verão dos dois países! Quais as maiores dificuldades que sente em viver tão longe do seu País natal? A falta da família e dos amigos mais próximos e o que tudo isso implica em termos de dinâmica social.

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COMUNIDADES

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O afável povo da ilha verde

São poucos, mas bons, poder-se-á dizer da comunidade irlandesa a viver em Portugal. Não perdem uma boa festa e são similares aos portugueses na hospitalidade e no convívio. No Dia de São Patrício, juntaram-se para dançar e ouvir música tradicional perto da Torre de Belém.

Katie Morrisroe São considerados um dos povos mais alegres e afáveis de toda a Europa. Em Portugal, não vivem muitos, mas existe uma pequena – e vibrante – comunidade que decidiu mudar de ares para sul do continente. Falamos dos irlandeses, o alegre povo da ilha verde, que gosta de beber cerveja, de cantar e de ver futebol e não deixa ninguém indiferente. «A maior parte da comunidade irlandesa no País não está sempre em Portugal, fazendo viagens frequentes entre os dois países», revela ao NL, Katie Morrisroe, cônsul e chefe de missão da embaixada da Irlanda em Lisboa. Grande parte dos irlandeses vive no Algarve, como os seus vizinhos ingleses. Trata-se de uma região que, à imagem do resto do País, é muito popular na Irlanda, «dado ter o mesmo fuso horário e um povo amigo e hospitaleiro», avança a responsável. Muitos dos irlandeses residentes em Portugal são reformados, que vieram para o País devido às condições climatéricas e aos preços acessíveis. «No entanto, temos vindo a assistir também a um número crescente de empresários irlandeses a mudaremse com as suas famílias para Portugal», revela Katie Morrisroe. Maioritariamente composta por reformados, pré-reformados e homens e mulheres de negócios, a comunidade irlandesa a viver em Portugal tem vindo a aumentar ligeiramente nos últimos anos, assim como também tem aumen-

tado o número de portugueses especializados em Tecnologias de Informação a trabalhar e a viver na Irlanda. «Portugal e a Irlanda são muito similares na sua hospitalidade natural, por isso, penso que ambos os povos se sentem em casa nos dois países», explica a diplomata. Reconhecendo que ambos os países passaram por «tempos difíceis» nos últimos anos, embora estejam ambos a recuperar, Katie Morrisroe não pensa que isso tenha afectado o fluxo de migrantes entre Portugal e a Irlanda.

Festival de São Patrício em Lisboa Uma das datas mais importantes para qualquer irlandês é o Dia de São Patrício (St. Patrick’s Day). Como tal, a representação diplomática irlandesa em Portugal não deixa passar o dia sem fazer, à boa maneira irlandesa, uma boa festa. «Os irlandeses juntam-se para celebrar o Dia de São Patrício todos os anos em Portugal e, em Março passado, organizámos o primeiro Festival de São Patrício, em Lisboa», conta Katie Morrisroe. «Foi uma excelente oportunidade para a comunidade irlandesa ouvir música tradicional em conjunto, praticar desporto e dançar ao som de música irlandesa, em Portugal», acrescenta. Apoiado pela Câmara Municipal

de Lisboa, o festival foi uma «boa mostra das excelentes relações entre Portugal e a Irlanda», sustenta ainda a diplomata. Entre as várias actividades incluídas no festival, destaca-se uma exposição no Museu Castro Guimarães, organizada pela família O’Neill, com fortes raízes irlandesas. A Escola do Bom Sucesso, criada pelas irmãs dominicanas do Convento do Bom Sucesso, em Belém, também participou nesta festa. O Festival de São Patrício estreou ainda uma peça de teatro, intitulada «O Casamento de Roger», que retrata as peripécias de um diplomata irlandês e rebelde que viveu parte da sua vida em Lisboa. No entanto, «o maior evento desta festa foi o dia da família, no jardim da Torre de Belém, que juntou mais de 8 mil pessoas, que dançaram e praticaram desporto em conjunto, e onde não faltou também a nossa cerveja Guiness», desvenda Katie Morrisroe. Além da festa em honra de São Patrício, a Associação Irlandesa de Portugal organiza também alguns eventos culturais em Portugal, constituindo uma boa forma de aproximar a comunidade que reside no País. Festas à parte, a embaixada da Irlanda ajudou, em Junho passado, a lançar uma rede empresarial, denominada Portugal Business. Esta rede «vai ajudar as empresas portuguesas e irlandesas a trabalhar em conjunto e a aumentar as trocas comerciais entre os dois países», explica Katie Morrisroe. Disponível na Internet, em www.ireland-portugal.com, o site da rede empresarial visa ajudar todos quanto estejam interessados em fazer negócios entre a Irlanda e Portugal. «A embaixada tem muita sorte em ter duas organizações de qualidade a trabalhar em Portugal para ajudar a promover a Irlanda», enaltece a diplomata. Por sua vez, «a embaixada pode auxiliar os irlandeses e irlandesas que estão a pensar em vir viver para Portugal», avança Katie Morrisroe, adiantando que

o site da representação diplomática da Irlanda em Lisboa é actualizado regularmente com informação sobre como viver no nosso País. «Além de se registarem no nosso site – em www.dfa.ie/ portugal -, encorajamos também todos os cidadãos irlandeses a

descarregar a nossa aplicação Travelwise – disponível na Apple store e também para Android – para obter informação actualizada sobre viagens para Portugal», conta Katie Morrisroe. André Julião


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MÉRITO

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Município distingue personalidades de 2016 No final das Festas do Concelho, a autarquia distinguiu os lourenses que mais se destacaram este ano nas mais diversas áreas de actividade. Com um número recorde de galardões, a cerimónia serviu ainda de balanço do trabalho realizado pela autarquia.

Com o final das Festas do Concelho, a autarquia procedeu à já tradicional entrega de condecorações municipais. Desta feita, foram 11 os galardoados pela edilidade, numa cerimónia que marcou os 130 anos da criação do concelho de Loures. Numa noite particularmente ventosa – começa a ser também tradição - foram várias as dezenas de munícipes que se juntaram perto dos Paços do Concelho para assistir à atribuição dos prémios. Entre familiares e amigos dos galardoados, viram-se também transeuntes que resistiram aos espectáculos de palco para prestar homenagem aos lourenses ilustres de 2016. Numa cerimónia que juntou todo o executivo camarário e ainda representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal, o pre-

sidente da Câmara, Bernardino Soares fez, como habitualmente, as «honras da casa». O edil sublinhou o facto de a autarquia ter mantido o princípio dos últimos anos, de «atribuir um número não exagerado de medalhas, para que cada uma delas seja valorizada e não banalizada por ser distribuída em número de muitas dezenas». Realçando o aumento do número de condecorações, o edil aludiu às diversas propostas que ficaram de fora, nomeadamente «de pessoas e instituições que certamente têm percursos e trabalho plenamente justificativos de serem considerados». Para Bernardino Soares, «a sua não inclusão não deve ser entendida como uma menorização do seu mérito, mas tão só como o resultado das difíceis escolhas que neste momento

sempre é preciso fazer». Bernardino Soares fez ainda referência aos 40 anos da primeira eleição para os órgãos do poder local, após o 25 de Abril. «É uma data marcante para a democracia portuguesa e o município não deixará de a assinalar com dignidade e conteúdo», anunciou. O autarca sublinhou igualmente o papel das autarquias locais. «Podemos dizer que o que faz das autarquias locais a instituição política mais reconhecida pelos cidadãos, e que contribui de forma mais efectiva para a melhoria das suas condições de vida, são dois aspectos fundamentais: o seu carácter democrático na eleição e na proximidade permanente e os seus trabalhadores enquanto principais executores das políticas municipais», defendeu.

Voltando às festas do Concelho, Bernardino Soares realçou o papel das comemorações na vida dos lourenses, «que tanto encheram os olhos, os ouvidos e a alma dos milhares de pessoas que por aqui passaram nos últimos dias e também desde o dia 8 de Julho, no Festival do Caracol Saloio, no artesanato ou na Festa do Associativismo.» O presidente da Câmara acrescentou ainda que a autarquia pretende «transmitir para todos os que cá vivem e trabalham e para os que nos visitam uma nova ideia de Loures, uma ideia assente numa realidade concreta em forte mudança para melhor.» Neste sentido, o edil sublinhou que «Loures está no mapa», e que é «cada vez mais uma referência na política de intervenção local.»

Para Bernardino Soares, a autarquia tem hoje «uma enorme confiança de que é possível, com o nosso Povo, com o contributo dos nossos trabalhadores, com seriedade, audácia e inovação, continuar a fazer deste Concelho um sítio ainda melhor para viver, para trabalhar, para visitar.»

Reconhecimento local dá mais alento É bom ser reconhecido na própria terra. Esta foi a satisfação comum a quase todos os galardoados pelo município revelada ao NL. Se alguns ainda não chegaram onde pretendiam, outros sentem-se realizados pelo reconhecimento de um trabalho de anos. Mas, quase todos sentem que o prémio dá mais alento e motivação para continuar.


MÉRITO

António Maria Cannas – Quinta das Carrafouchas «Este prémio significa que estamos no bom caminho, mas não é uma distinção apenas para mim, é para toda a minha equipa. O vinho não se faz apenas com uma pessoa, é preciso toda a gente: os dirigentes, os empregados da Quinta, o enólogo, é um trabalho de equipa. Vamos continuar em frente ainda com mais força a partir de agora, porque ainda não chegámos onde queremos. Não há limites a partir de agora.» Carlos Cardoso «Foi o reconhecimento de mais de 25 anos de trabalho aqui em Loures. Gostava, no entanto, que este fosse um momento de reflexão para as pessoas e as entidades sobre a importância que tem e que pode vir a ter ainda a imprensa local e regional. Penso que é a primeira vez que um jornalista é agraciado e espero que isto seja um ponto de partida para que se conheça a importância que tem a imprensa regional nas localidades, nos concelhos e nas freguesias.» Francisco Keil do Amaral «Fiquei muito sensibilizado e, ao mesmo tempo, já disse ao senhor presidente que achava que o prémio devia ser da equipa, porque isto é sempre um trabalho de equipa. Gostava de mencionar aqui o presidente da Junta de Freguesia de Unhos, com quem nós trabalhámos e que faleceu recentemente. Tudo isto me toca muito. Consola-me e acho muito importante ser reconhecido na minha própria terra. Sabe muito bem chegar aqui, após tantos anos, e rever os colegas com quem trabalhámos.» Maria Albertina Inácio «Este prémio é fruto de todo o meu trabalho de muitos anos. Este é um grande agradecimento que a Câmara Municipal de Loures me ofereceu pelo que tenho feito até aqui. Estou muito feliz e dedico este meu prémio a todos os lourenses. Estou muito agradecida à Câmara por este agradecimento e eternamente grata ao concelho de Loures.

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Teresa Antunes – Casa do Gaiato de Lisboa «Este prémio significou um alento e um reconhecimento do carinho que as pessoas têm pelo que se tem feito ao longo de muitos anos na Casa do Gaiato, nomeadamente o acolhimento destas crianças e jovens que ninguém quer. Vamos tentando fazer algum trabalho com eles sem nenhum apoio do Estado e, por isso, este prémio é um reconhecimento muito bom. É a Câmara que está a reconhecer-nos e que nos tem sempre ajudado. Loures é um concelho de excelência, que nos tem sempre incentivado no concreto das nossas questões e dá-nos esperança. Tenho sentido sempre isso e este galardão dános mais alento.» António Saiote «Este prémio vai permitir-me estar sempre com um sorriso nos lábios e ter sempre orgulho em dizer que sou de Loures. Trata-se de uma distinção muito importante e não podia sair daqui sem agradecer a todos os autarcas, à família e aos amigos. Esta medalha dedico-a ao meu pai. Em 1974, quando deixei o liceu, queria dedicar-me só à música. O meu pai convenceu-me a continuar os estudos, defendendo que, se queria ser um solista internacional, tinha de saber falar outras línguas. Ele, que tinha apenas a quarta classe, feita à pressa, como costumava dizer. Esta é a prova provada de que a educação mais importante é a de berço.»

CONDECORAÇÕES DO MUNICÍPIO DE LOURES – 2016

José Maria Lourenço – Associação Luís Pereira da Mota «Queria deixar a mensagem de que a Associação deve tudo aos seus associados e colaboradores e aos seus dirigentes que por lá passaram ao longo dos anos. Todos estão no nosso coração e a todos devemos este caminho solidário que fomos percorrendo. Muitas instituições fazem um trabalho excepcional no Concelho e pelo País fora. É também a elas que dedico esta medalha.»

CONSELHO DE CONDECORAÇÕES MUNICIPAIS

André Julião

MEDALHA DE HONRA DO CONCELHO António Manuel Correia Saiote Associação Luís Pereira da Mota MEDALHA MUNICIPAL DE MÉRITO Arlindo Martins de Almeida Carlos Alberto Correia Cardoso Casa do Gaiato de Lisboa Fernando Manuel Moreira Lopes Francisco Pires Keil do Amaral José Duarte Porfírio (a título póstumo) Secretariado Diocesano de Lisboa da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos Quinta das Carrafouchas MEDALHA MUNICIPAL DE SERVIÇOS DISTINTOS Maria Albertina Pedroso Inácio

PERSONALIDADES INDICADAS PELO PRESIDENTE DA CÂMARA Eduardo Gageiro Francisco Inocêncio Manuel Tarré ELEITOS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DESIGNADOS PELOS PARTIDOS POLÍTICOS CDU – Fátima Amaral PS – Lurdes Gonçalves Coligação «Loures Sabe Mudar» – Ricardo Andrade BE – Carlos Gonçalves CDS-PP – Lizette do Carmo PCTP-MRPP – Luís Patrício


CULTURA

14 Paisagens e Patrimónios

Florbela Estêvão

Félix de Avelar Brotero: um botânico lourense

Arqueóloga e museóloga

Félix de Avelar Brotero Agora que o tempo está propício para ir ao campo e fruir dos seus múltiplos motivos de atracção, julguei oportuno relembrar uma figura maior da Botânica, um naturalista (como se dizia dantes…) português de renome internacional, Félix da Silva Avelar, mais conhecido por Avelar Brotero. Este pioneiro da Botânica em Portugal nasceu no nosso Concelho, mais precisamente em Santo Antão do Tojal, numa casa que ainda hoje existe

e que aliás ostenta uma placa alusiva ao seu antigo e ilustre habitante. Esta casa, que pelo aspecto, embora modesto, se vê ter pertencido a gente abastada, ainda conserva na fachada um portal manuelino e está inserida no núcleo antigo da povoação, sendo fácil identificá-la. Ora, o nosso naturalista terá nascido nessa residência a 25 de Novembro de 1744, assim começando um longo percurso de uma vida particularmente atribulada,

durante a qual, apesar de várias vicissitudes, ele conseguiu angariar cargos importantes e reconhecimento do seu valor como homem de ciência. Félix da Silva Avelar ficou órfão de pai (médico pela Universidade de Coimbra) e de mãe ainda muito novo, com apenas dois anos de idade. Estas circunstâncias trágicas determinaram que em 1746 fosse confiado aos cuidados do seu avô paterno, Bernardo da Silva, com quem

viveu até à morte deste. Com oito anos de idade ficou a cargo do seu outro avô, José Rodrigues Carreira Frazão, almoxarife dos paços reais de Mafra, sujeito que o acompanhou até aos 19 anos e que, de certa maneira, garantiu a sua formação escolar no Colégio dos Religiosos Arrábidos de Mafra, onde estudou com aproveitamento brilhante, Língua Portuguesa, Latim, Retórica e Filosofia Racional. Foi nesta fase da sua vida que despertou o gosto pela música, mais precisamente pelo cantochão, canto litúrgico para o qual revelou bons dotes vocais, aptidão que lhe foi essencial anos depois quando, por falecimento deste seu avô, se viu constrangido a cuidar do seu próprio sustento. Em 1768, e apenas, acentuo, com 19 anos de idade, o nosso jovem consegue obter o lugar de capelão-cantor da Igreja Patriarcal de Lisboa, posto que lhe permitiu assegurar os rendimentos necessários para sobreviver e continuar os seus estudos. Nesse mesmo ano foi ordenado diácono e, possivelmente, teria chegado longe na carreira eclesiástica não fosse a perseguição de que foi alvo por parte da Inquisição devido às suas ideias iluministas. Um ano depois, em 1770, Félix da Silva Avelar inscreveu-se na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, que na época tinha cursos livres, o que lhe permitiu continuar com o seu cargo de capelão-cantor em Lisboa e apenas fazer os exames no fim dos anos lectivos. Conseguiu frequentar esses cursos três anos seguidos; mas uma das consequências da reforma pombalina das universidades foi a de acabar com este tipo de cursos, ao deliberar que só podiam realizar os exames finais aqueles que frequentassem os mesmos. Impedido de ir para Coimbra por falta de rendimentos, Félix decidiu prosseguir com a carreira eclesiástica com o propósito de se ordenar, o que acabou por nunca acontecer. Com efeito, o nosso ilustre concidadão era, para o seu tempo, um homem moderno, pois foi um dos muitos adeptos das novas ideias das luzes, onde a razão, o conhecimento científico - indis-

sociável do método e da classificação ordenada dos seres - significavam uma visão esclarecida do homem e do mundo. As suas ideias iluministas, a sua paixão pela ciência e também a sua amizade com o poeta Filinto Elísio (reputado defensor das ideias liberais), obrigaram-no a fugir para Paris (na companhia de Elísio), cidade onde viveu 12 anos emigrado, conseguindo assim escapar às malhas da malfadada Inquisição. Mas se Paris representou um período de maiores dificuldades financeiras, foi também uma etapa de grande enriquecimento pessoal e científico. Foi durante a sua estadia na capital francesa, que, seguindo a moda dos estudiosos de usarem nomes filantrópicos, ele acrescentou Brotero (“amante dos mortais”, de acordo com a etimologia grega) ao seu nome de nascimento, explicando-se assim que tenha sido como Félix de Avelar Brotero que ficou conhecido para a posteridade. Fazendo traduções para se sustentar, conseguiu frequentar aulas de História Natural, tendo tido como professores, figuras proeminentes do Museu de História Natural de Paris como Buffon, Jussieu, Lamarck, Valmont de Bomare, Auberton, entre muitos outros. De Brisson recebeu na Académie de Pharmacie lições de Botânica, uma matéria onde se viria a revelar um notável professor e cientista. Terminou com sucesso os seus estudos de História Natural e alcançou mais uma vitória ao doutorar-se em Medicina pela Universidade de Reims. A partir daqui consagrou a sua atenção à Botânica e consolidou a reputação adquirida no mundo das ciências naturais com a sua primeira obra intitulada “Compêndio de Botânica, ou de Noçoens Elementares desta Sciencia, segundo os melhores Escritores Modernos, expostas na Língua Portuguesa”, editada em Paris em 1788. Entretanto, e apesar das suas ideias liberais, a evolução dos acontecimentos que levaram à Revolução Francesa desgostou-o e regressou a Lisboa como reputado naturalista, em 1790, novamente na companhia do seu grande amigo, Filinto Elísio.


CULTURA

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Portal manuelino na casa onde terá nascido Félix de Avelar Brotero, Santo Antão do Tojal Logo em 1791 recebeu da rainha D. Maria I a regência da cadeira de Botânica e Agricultura na Universidade de Coimbra. Foi-lhe igualmente atribuída a direcção do Jardim Botânico da mesma Universidade, o qual reestruturou. Este jardim tinha sido concebido apenas para o estudo das plantas medicinais, realida-

de que Félix Brotero alterou ao introduzir também uma vertente direccionada para o estudo botânico e agrícola das plantas. Instalou escolas sistemáticas, organizadas segundo o método de Lineu, plantando novas espécies, provenientes das muitas “viagens filosóficas” que realizou em Portugal, ou vindas do estran-

geiro. Foi sob a sua direcção que novas alas e edificações foram criadas no jardim e também foi ele que principiou o primeiro Herbanário da Universidade de Coimbra, que se revelou essencial para o estudo da flora portuguesa. Precisamente umas das suas grandes obras, entre as muitas que escreveu, foi a “Flora

lusitanica”, publicada em 1804, compêndio que incluía quase duas mil espécies de plantas nacionais, ordenadas segundo o sistema de Lineu, a qual se tornou uma referência para todos os inventários florísticos publicados a partir de então. Com efeito, esta sua obra angariou muitos elogios e foi várias vezes comparada, devida à sua precisão, às obras do próprio Lineu, um dos primeiros grandes naturalistas. Com a chegada da primeira Invasão Francesa, comandada pelo general Junot em 1807, abandonou Coimbra e refugiouse em Lisboa, onde foi nomeado director do Real Jardim Botânico da Ajuda. A passagem do exército francês pela cidade de Coimbra causou-lhe avultadas perdas, pois a sua casa foi incendiada e muitos dos seus livros destruídos. Só voltou a Coimbra em 1810, com o propósito de conseguir a sua jubilação. Entretanto em Lisboa, e naquele seu novo cargo, teve a tarefa de reorganizar o Museu e o Jardim, tarefa quase impossível após a passagem do Comissário francês para as Ciências e das Artes, Geoffroy de Saint-Hilaire, que daqui levou tudo quando poderia

interessar para o Museu de Paris. Se a delapidação do museu tornou a sua reorganização impraticável, o esfoço meritório de Brotero conseguiu reabilitar o jardim e permitiu a elaboração do respectivo catálogo. Já quase no final da vida foi eleito deputado pela província da Estremadura às Cortes Extraordinárias e Constituintes de 1821. Participou de forma entusiástica na discussão da Lei dos Cereais, defendendo o cultivo de centeio e trigo numa escala que permitisse produzir pão para toda a população portuguesa, em quantidade e a um preço acessível. Acabou por falecer em Lisboa a 4 de Agosto de 1828. O prestígio do cientista, entre os botânicos da sua época, foi grande e em sua homenagem várias plantas ostentam o seu nome. Sem dúvida que a consagração nacional e internacional de Brotero contribuiu para dar a Portugal um lugar no mundo das ciências naturais. E a vida deste notável investigador começou, como disse, aqui, na nossa região, o que nos deve orgulhar, e muito.


MÚSICA

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Ninho de Cucos

João Alexandre Músico e Autor

Passados três dos maiores festivais de música, anualmente realizados em Portugal, é tempo de balanço e identificação do que, na nossa óptica, foram os momentos altos, destaques e o que há a melhorar ou mudar em cada um destes eventos. Em primeiro lugar não queremos deixar de assinalar que, pese embora os pedidos de credenciais feitos atempadamente pelo Notícias de Loures no sentido de informar os seus leitores sobre estas importantes manifestações, todos os festivais negaram essa permissão desprezando o trabalho de um jornal que sendo local tem uma distribuição física para muitos milhares de leitores e lares, sobretudo na zona da Grande Lisboa. Nota negativa portanto para o entendimento que a promoção de media de cada um destes festivais tem sobra as formas de comunicar.

NOS Primavera Sound O primeiro destes festivais aconteceu no Porto. O NOS Primavera Sound decorreu no excelente Parque da Cidade, ainda durante a primeira metade do mês de Junho com cerca de 80 mil espetadores (total para os 3 dias), apresentando uma medida que triunfou e será para levar a sério em futuros eventos do género, ou seja, a utilização do copo reutilizável mediante o pagamento de uma caução inicial devolvida no final da jornada em qualquer dos pontos de venda de comes

Primavera, Alive e SBSR, o rescaldo e bebes. Resultado, um Parque da Cidade sempre limpo em vez do habitual e horrível cemitério de copos, espécie de lixeira em que muitos destes recintos rapidamente se transformam. Sigur Ros, como sempre, intensos e densos na sua sonoridade preenchida com guitarra processada por multi-efeitos e tocada com arco de violino e a voz de falsete islandês a ecoar belas e angelicais melodias, Brian Wilson a desfilar “Pet Sounds” dos Beach Boys e muitos outros hits da banda, dos quais é autor, acompanhado por talentosos instrumentistas que o substituem na maior parte dos temas, apresentaram-se em bom plano. Tal como os franceses Air, na sua toada electrónica pop limpa, certinha e bonitinha, nem sempre beneficiados por um volume sonoro demasiadamente baixo para o espaço do palco NOS, em bastantes momentos. PJ Harvey optou por um set de temas que deixou de fora alguns dos mais conhecidos e, talvez por isso, o espectáculo tenha dado a ideia de não passar de morno. Deerhunter foi bom, como bom foi o show das poderosas Savages e o dos Explosion in the Sky, no seu post rock de melodias instrumentais, estes dois últimos a decorrer no segundo palco (palco Super Bock), melhor equilibrado para o espaço em causa. Algiers foram uma das principais surpresas, mesmo com problemas técnicos ao apresentar uma mescla de blues, soul

e indie rock enérgico e emocionante, conquistando a audiência ao longo do espectáculo. A área de restauração cresceu, muito, como muito cresceram os grupos de pessoas, sobretudo espanhóis que vão para os concertos conversar aos gritos tornando impossível escutar as bandas.

NOS Alive Já o NOS Alive em Lisboa, no início do mês de Julho, apostou num cartaz de luxo e peso, naquela que foi a sua 10ª edição. Radiohead, Arcade Fire, Chemical Brothers, Pixies ou Robert Plant são nomes capazes de garantir por si só o sucesso de um Festival em qualquer ponto do globo e a resposta veio através da lotação esgotada, que levou diariamente mais de 50 mil pessoas ao recinto melhorado, agora com a colocação no chão de uma infinita alcatifa verde. Difícil foi a deslocação no meio daquela multidão e escolher entre tantas propostas que se nos propunham. A quase histeria com os Radiohead teve apenas correspondência quando a banda tocou “Creep”, o tema que negaram durante muitos anos e não tão consonantes foram os muitos momentos em que passearam pela sua fase electrónica experimentalista, incapaz de aquecer as dezenas de milhares de pessoas (muitos espanhóis, ingleses, italianos e franceses), que povoavam o enorme espaço do palco NOS. Também aqui o volu-

me não foi suficiente para cobrir tanta área, tanto vento, tantas pessoas e tanto “fala barato”, que com o seu burburinho se sobrepunha à música. Tame Impala, Foals e Band of Horses, cansados cumpriram sem o brilho de outras ocasiões mas, provavelmente, assistimos no NOS Alive, aos dois melhores concertos de Festivais de 2016 protagonizados pelos extraordinários Arcade Fire, numa incrível forma e com um set de músicas escolhidas perfeito e ao soberbo show man Father Jonh Misty, num espectáculo pleno de emoção e irrepreensível no palco Heineken.

SBSR Na semana seguinte o cenário mudou para o Parque das Nações onde decorreu o Super Bock Super Rock. Cartaz diver-

sificado com a aposta no último dia para o hip hop e afins. De assinalar a aposta em muitos artistas portugueses com bons resultados, nomeadamente Orelha Negra com actuação em crescendo e a conquistar o público no palco principal Meo Arena. Boa prestação, como sempre, dos National no primeiro dia e bastante mais discretos estiveram os Temper Trap. Os Disclosure puseram muita gente a dançar com a sua electrónica. Já Iggy Pop arrasou com o punk impróprio do, quase, septuagenário endiabrado e sempre de tronco nu, capacitado ainda para cantar e gritar como o fazia há 40 anos atrás. Bloc Party, com nova formação, foram competentes mas não mais que isso. Massive Attack profissionais e com espectáculo grande na duração e tecnologias utilizadas e, no último dia, um bom regresso dos De La Soul e muita gente rendida a Kendrick Lamar e à vitória da Selecção Nacional no Euro, no fim-de-semana anterior, foram notas de destaque no balanço do SBSR. Zona de restauração atabalhoada e palco EDP (o da pala) com problemas persistentes de som são aspectos a rever, num festival que mantém a capacidade no limite de 20 mil pessoas. O balanço destes três festivais é positivo e todos eles revelam capacidade de sobrevivência no futuro, estando já marcadas as datas para o próximo ano. Venham eles!


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VINIE Biografia do Autor

Pintora, graffiter, directora artística Nascida em Toulouse, Vinie desenha e pinta desde criança, mas foi apenas no Ensino Secundário que se iniciou no graffiti. O trabalho de precisão imposto pelo desenho de letras permitiu-lhe o domínio progressivo de uma nova técnica. As jams e outros frescos temáticos encaminharam-na para uma diversificação através da criação de personagens. Um lugar de Directora artística levou-a até Paris em 2007. À chegada, orientou-se intuitivamente para um trabalho figurativo mais pessoal, menos realista. Expõe então, nas paredes da capital, a sua personagem. Uma figura feminina a meio caminho entre boneca e pin-up e que se reconhece pelo seu penteado, feito de tags, flops e dedicatórias várias. São os seus cabelos que mudam, imprimindo ao trabalho de Vinie um fio condutor forte. O contraste entre as linhas depuradas da personagem e as facetas do graffiti, presentes nos seus cabelos, refletem perfeitamente o universo gráfico desta artista... Moderna ou rétro, entre a estética das pin-up dos anos 50 e dos mangá, tingida de pop e decisivamente “hip-hop”. O reencontro com Anti, em 2013, permitiu a Vinie acrescentar ainda uma outra corda ao seu arco. Com este generoso artista plástico, descobriu todo um outro mundo: o do volume.

Actualmente realiza demonstrações, encomendas de paredes, instalações e exposições em galerias, em França e no estrangeiro. http://www.viniegraffiti.com/bio.

ARTISTAS DA QUINTA DO MOCHO


NUTRIÇÃO

19 P'la caneta afora

Gonçalo Oliveira

Agosto: Mês de imperador!

Actor

Não sei se foi neste mês que o Imperador Augusto nasceu, se estava de férias das suas funções, se morreu, ou se foi quando pescou pela primeira vez um peixe, ao qual deu nome da sua posição socio-política. Sei é que, segundo os dicionários, foi por causa de Augusto que existe o mês de Agosto! Agosto é mês de férias por excelência! Descanso, praia ou campo ou cidade, vila ou aldeia; no País ou no estrangeiro; sozinhos ou acompanhados, com ou sem família; tempo de patuscadas, de pôr as conversas em dia, tempos de balanço e de perspectivar os tempos que adiante se avizinham. Muito se passou de Janeiro a Agosto: desde a Gala do Notícias de Loures, que entregou prémios às figuras e instituições merecedoras do concelho de Loures (um abraço Bruno “Kandimba” Semedo!), até ao Campeonato da Europa que trouxe a Taça e a alegria a Portugal de lés-a-lés! Desapareceram Artistas, com certeza nasceram outros, morreram milhares no Mediterrâneo, a guerra na Síria, a corrupção em Portugal e no resto do mundo, estrearam espectáculos e outros terminaram a sua carreira, cinco medalhas individuais (2 Ouro, 1 Prata, 2 Bronze) e uma medalha por equipas (Ouro) foi o resultado do Campeonato da Europa de Atletismo para Portugal. La Féria prepara o regresso de Eunice Muñoz com “As Árvores Morrem de Pé”, sanções da UE que não chegaram a ser, o Festival do Caracol e as Festas de Loures, a novela “A Única Mulher” ainda não acabou, Marcelo Rebelo de Sousa é Presidente da República e António Costa de mãos dadas com a esquerda continua a tentar atirar para bem longe a austeridade, os Festivais de Verão andam por aí, a Festa do Avante inicia o mês de Setembro e o teatro também teve o seu Festival em Almada. E por falar em Teatro e em Almada, foi lá que estreou o mais recente trabalho do Teatro Meridional do qual, confesso, sou espectador atento e, porque não dizê-lo, fã incondicional desta

companhia e do seu trabalho. Falamos de “A Lição” de Eugène Ionesco, autor nascido em Slatina, Roménia, a 26 de Novembro de 1909 e que morreu em Paris a 28 de Março de 1994, foi um dos maiores dramaturgos do teatro do absurdo. Para lá de ridicularizar as situações mais banais, as peças de Ionesco retratam de uma forma tangível a solidão do ser humano e a insignificância da sua existência. Eugênio Ionesco é considerado, com o Irlandês Samuel Beckett, o pai do teatro do absurdo, segundo o qual é preciso “para um texto burlesco, uma interpretação dramática; para um texto dramático, uma

interpretação burlesca”. Porém, além do ridículo das situações mais banais, o teatro de Ionesco representa de maneira palpável, a solidão do homem e a insignificância de sua existência. Ele não queria que suas obras fossem categorizadas como Teatro do absurdo, preferindo em vez de absurdo, a palavra insólito. Ele percebeu no termo insólito um aspecto ao mesmo tempo pavoroso e maravilhoso diante da estranheza do mundo, enquanto a palavra absurdo seria sinónimo de insensato, de incompreensão. «Não é porque não compreendemos uma coisa que ela é absurda».

“A Lição” é-nos apresentada/ representada por Elsa Galvão, Miguel Seabra e Sara Barros, numa encenação com a assinatura inimitável de Miguel Seabra. Sobre o espectáculo dizem-nos os directores do Meridional, Natália Luiza e Miguel Seabra: “Neste momento do mundo em que os processos de comunicação aparentemente tornam mais próximas as relações humanas, deparamo-nos com o efeito precisamente contrário em que o fechamento do indivíduo sobre si próprio é uma evidência inequívoca. E, como consequência desse afastamento do outro, a acção política manipulatória res-

surge em todo o seu esplendor, através de processos onde o medo e a ignorância – que estão sempre directamente ligados – são socialmente usados sem nenhum tipo de pudor.” Já aqui tinha referido desta Companhia, “António e Maria”, um exemplar espectáculo através de um monólogo interpretado por uma extraordinária actriz: Maria Rueff! No caso de “A Lição” os adjectivos não se tornarão retumbantes, nem a sua repetição cansativa. É impensável destacar uma interpretação, mas pegando nas palavras de Seabra retiradas de uma entrevista à Agenda Cultural de Lisboa, sobre o seu regresso às tábuas como actor, a personagem que interpreta que de alguma forma é o “Mestre de Cerimónias” desta Lição, diznos ele: sou “o único actor do mundo careca, coxo, maneta e do Belenenses”. Mas nada disto perturba o seu Professor. Antes pelo contrário. Miguel Seabra como actor coloca-se por inteiro e de corpo inteiro à disposição do Professor de Ionesco. Mas tanto Sara Barros, como Elsa Galvão, são exímias nas suas interpretações, tal como Miguel Seabra. Mais uma vez, como em todas as outras produções do Teatro Meridional, tudo está certo: interpretações, encenação, iluminação.


SAÚDE

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Benefícios

da Actividade Física A prática regular de exercício físico pode aumentar a esperança média de vida em 3 a 5 anos. Muitas vezes, quando os idosos perdem a capacidade para realizarem tarefas autonomamente, tal não acontece devido ao envelhecimento por si só, mas porque não são activos. A falta de actividade física pode levar a mais visitas ao médico, mais hospitalizações e mais uso de medicamentos. Alguns estudos sugerem que o exercício físico pode ter um papel importante na diminuição do risco da doença de Alzheimer e no declínio cognitivo associado à idade. Foi provado que o exercício aumenta o número de pequenos vasos sanguíneos que

No século XXI tem-se assistido a uma alteração significativa dos estilos de vida, nomeadamente na alimentação e na prática de actividade física, com o consequente aumento da prevalência da obesidade e das doenças associadas – diabetes, doenças cardiovasculares, cancro, nomeadamente da mama, cólon e recto e doenças respiratórias crónicas. A nível mundial, mais de 60% dos adultos não praticam actividade física regular, sendo o sedentarismo mais prevalente nas mulheres, nos idosos e nos grupos sócio-económicos mais baixos. Estima-se que o sedentarismo seja responsável por quase dois milhões de mortes a nível mundial. A actividade física regular apresenta inúmeros benefícios a nível físico, mental e social em toda a população, desde a infância à idade geriátrica, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns cancros. Estas vantagens são mediadas através dos efeitos no metabolismo da glicose e das gorduras e na redução da tensão arterial. O exercício físico pode ainda fortalecer o sistema músculo-esquelético, prevenir a osteoporose e as dores articulares e ajudar no controle de peso. A nível psicológico, reduz os sintomas de stress, ansiedade e depressão, ajudando ainda a controlar comportamentos de

risco (tabagismo, alcoolismo, alimentação não saudável e violência) e promovendo um melhor desempenho académico, especialmente em crianças e adolescentes. Além disso, no caso de doentes debilitados, melhoram em muito o estado de espírito, não só do doente, mas também do cuidador. A actividade física é benéfica mesmo quando iniciada numa idade mais avançada. No caso dos idosos, melhora a qualidade de vida e a independência, promovendo a força, o equilíbrio, a coordenação, a flexibilidade, a resistência, a saúde mental, o controle motor e a função cognitiva. As caminhadas e as actividades em grupo permitem também contacto social, contribuindo para a redução dos sentimentos de solidão e exclusão social e aumentando a auto-estima e a auto-confiança. Geralmente são necessários, pelo menos, 30 minutos de actividade física moderada diária para a obtenção destes benefícios. No entanto, é aconselhável adaptar a actividade às condições físicas e sociais de cada um e aumentar progressivamente a intensidade da mesma. São recomendados principalmente exercícios de resistência, que aumentam a frequência cardíaca e respiratória, assim como os exercícios que promovem a força muscular, o equilíbrio e a flexibilidade.

nutrem o cérebro e o número de conexões entre as células nervosas. Além disso, aumenta o nível de uma proteína numa área do cérebro importante para a memória e aprendizagem. A actividade física pode ainda estimular a capacidade do cérebro para manter as conexões nervosas já existentes e a formar novas, com vista a um desenvolvimento cognitivo mais saudável. Por exemplo, um idoso que faz caminhadas de 40 minutos diariamente, ou que faz exercícios de alongamentos, tem uma maior probabilidade de ser pró-activo, planear o futuro, recordar eventos passados e de planear e organizar tarefas, como cozinhar uma refeição.

Deste modo, todas as pessoas devem fazer actividade física regular, independentemente da idade, com vista a um bem-estar físico, psíquico e social. É relevante não esquecer a importância do uso de calçado e vestuário apropriados e a ingestão de água, para evitar a desidratação. Unidade de Saúde Pública Ana Sofia Rodrigues Interna do Ano Comum Melissa French Interna do Ano Comum Sara Anacleto Interna do Ano Comum Elvira Martins – Delegada de Saúde Coordenadora


NUTRIÇÃO

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Fruta desidratada: Anabela Pereira Nutricionista

Para dar resposta a uma sociedade com menos tempo disponível, mas mais consciente dos benefícios de uma alimentação saudável, nascem novas formas de consumir alimentos essenciais. Hoje em dia, encontramos pacotes de fruta desidratada, maçãs, abacaxis, pêssegos, pêras, bananas e morangos nas prateleiras dos supermercados, ao lado das batatas fritas e aperitivos. A desidratação é um dos

Um snack saudável métodos mais antigos de conservação de alimentos. Consiste na remoção de água por evaporação em condições controladas de temperatura, humidade e circulação de ar. Existem alguns benefícios na ingestão de fruta desidratada. Como a água é essencial ao metabolismo microbiano, a sua redução inibe o crescimento dos microrganismos e a actividade enzimática. Desta forma, os alimentos ficam menos

perecíveis, tendo uma vida útil mais longa. Outra vantagem é podermos conservar frutas fora da época mantendo o seu sabor e qualidade nutricional. Atendendo ao estilo de vida actual, quando não é possível consumir fruta fresca existe esta nova alternativa. Pode ser uma óptima aliada num plano alimentar de redução de peso, porque é saborosa, nutritiva e fácil de transportar, substituindo um snack rico em sal e gordura.


PSICOLOGIA

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Gestão de conflitos ou a arte da negociação… nas férias Patrícia Duarte e Silva Psicóloga Clínica

Pense nisto antes da passagem ao conflito:

Conflito é uma palavra comum no nosso léxico e faz parte do nosso quotidiano. Todos conflituamos no dia-a-dia, quer seja na família, na nossa relação a dois, no trabalho, com os amigos, etc. O conflito é parte integrante da vida do ser humano, faz parte da nossa vivência enquanto seres sociais em constante interacção com os outros. O conflito surge quando existem perspectivas, interesses ou objectivos diferentes face a pessoas, objectos ou opiniões, assim como quando há a necessidade de escolher entre situações difíceis de conciliar. A falta de literacia emocional, isto é, a capacidade de compreender as nossas emoções e as dos outros, sentir empatia e gerir de um modo construtivo os nos-

sos sentimentos, especialmente em pessoas susceptíveis a sentimentos intensos e dolorosos (raiva, frustração, medo, controlo, entre outros) potencia o aparecimento destas situações.

A questão que se coloca é: quando é que devemos enfrentar o conflito ou quando devemos relevar a situação em causa? Agora com a chegada das férias, contrariamente ao que possamos pensar, os conflitos podem aparecer entre o casal. Os compromissos diários comprometem por vezes a comunicação, a intimidade e a espontaneidade entre ambos. A falta destes compromissos nas férias, o tempo a dois mais prolongado, a tarefa de cuidar dos filhos a tempo inteiro

traz ao de cima determinados conflitos que ficaram por resolver durante o ano ou que, pura e simplesmente, foram sacudidos para “debaixo do tapete”. As férias de Verão são, para muitos, um período difícil de gerir, pois o casal é confrontado com uma realidade diferente daquela com que lida durante o resto do ano e tem de se adaptar. E, claro, tudo isto só pode ser superado através do diálogo. Por isso, durante as discussões, evite que a carga emocional se sobreponha à essência da questão em disputa. Se o seu companheiro/a tiver dificuldade em separar as questões, oriente a discussão para os problemas e, consequentemente, para as soluções. Evite que o conflito se centre naquilo que

cada um pretende, ou não, individualmente, mas sim no que é satisfatório para os dois enquanto casal. Ouça-o/a e devolva o que entendeu da mensagem transmitida. Obtenha a confirmação de que foi mesmo aquilo que ele/a quis dizer, muitas das vezes no calor do momento as palavras são ditas não da maneira que gostaríamos, mas carregadas de segundos sentidos, insinuações ou até não verdades. Se sente que está zangado/a, frustrado/a, tente acalmar-se e, se necessário, interrompa a discussão. Se sentir que a discussão está a tomar proporções desadequadas, resuma os pontos em que concordam e em que discordam e convide-o/a a apresentar soluções alternativas.

• Saiba ouvir: os melhores comunicadores do mundo são, incontestavelmente, os melhores ouvintes; • Ponha a conversa em dia: todos aqueles assuntos que ficaram por falar por falta de tempo, porque a ocasião não era a mais propícia…; • Seja humilde: Ao estarmos abertos a novas ideias, deixamos que os outros nos provem que também há outras ideias correctas; • Aproveite para renovar a relação: faça uma escapadinha. Mesmo com filhos, dá sempre para um cafezinho a dois; • Exercite a paciência: a paciência é um atributo fundamental para um relacionamento interpessoal saudável; • Reparta as tarefas entre todos: afinal, as férias são de todos, por isso cada um pode ter a sua tarefa atribuída; • Relativize: pense duas vezes, será que o problema é sério ou uma boa conversa pode ajudar a resolvê-lo? E lembre-se: a existência do conflito pode também promover o nosso crescimento e o nosso desenvolvimento pessoal, tornando-nos aptos a lidar com novas situações ou, como disse Einstein: "Uma mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original".


DESPORTO

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Uma aposta na diferença a Fome para se poder proporcionar o reforço alimentar. Além disso, no Natal e Verão, levamos os nossos alunos a Campos de Férias, de forma a ocuparlhes os tempos livres e dandolhes a oportunidade de conhecer outros locais do nosso País. Acreditamos que se tivéssemos uma maior visibilidade na nossa Freguesia poderíamos conseguir mais apoios. Precisávamos de um espaço físico próprio que nos permitisse divulgar a Escolinha de Rugby, bem como outros projectos desportivos e sociais que pretendemos fazer, há já algum tempo, mas para os quais não conseguimos reunir condições quer físicas quer financeiras", indicam.

Placagem, Tampon e Crochet são apenas algumas das palavras de ordem que, habitualmente, dominam uma partida de Rugby. Em São João da Talha a modalidade rege-se por outra directriz: Solidariedade. Mais que uma modalidade desportiva, a Escolinha de Rugby da localidade é um projecto social. Reza a lenda que o Rugby surge de uma jogada irregular de futebol, em Inglaterra, quando um jogador agarra a bola com as mãos e corre para a linha de fundo do adversário. Lenda ou realidade, o que não pode ser negado é que a bola oval cativa multidões um pouco por todo o mundo. Em São João da Talha são já cerca de 50, os atletas que suam a camisola por este desporto, sustentado em princípios básicos como espírito de equipa, solidariedade, lealdade e desportivismo. Criada em 2011, a Escolinha de Rugby de S. João da Talha é um projecto da Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI de Vale Figueira, com o apoio da Freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela e empenho de um casal residente na localidade, Elisabete Machado e Hugo Cardoso. "A ERSJT (Escolinha de Rugby de São João da Talha) tem acima de tudo um papel social. O nosso projecto tem como missão apoiar a integração social, através do rugby, de crianças oriundas de um meio social vulnerável. Tem também como objectivos proporcionar igualdade de oportunidades, permitir que as crianças de meios socio -económicos desfavorecidos se relacionem com outras crianças, incentivar o gosto pela aprendizagem, combatendo o insucesso escolar, assim como, envolver as famílias nos interesses dos seus educandos e atribuir-lhes um papel mais activo na socieda-

de", explicam Elisabete Machado e Hugo Cardoso.

Da ideia ao projecto "Quando o nosso filho mais velho ingressou na escola, pela primeira vez, tivemos um contacto mais próximo com a realidade escolar e apercebemo-nos da existência de uma comunidade fragilizada. Ao lado da escola, existia um polidesportivo com pouca utilização e pensámos que seria um local ideal para desenvolver uma actividade desportiva, fundamental na formação e educação de crianças e jovens. Apelando ao espírito de luta com que costumamos enfrentar os desafios e uma vez que na nossa freguesia não existia oferta desportiva gratuita, decidimos criar este projecto", acrescentam. A Freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela prima por um variado leque de ofertas culturais e desportivas destinadas às classes mais jovens mas, de facto, nem sempre acessíveis a todos os estratos socio-económicos. Da ginástica ao futebol, entre outras modalidades, todas elas requerem o pagamento de uma mensalidade. É neste aspecto que a Escolinha de Rugby marca a diferença. Com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos, os cerca de 50 atletas que dão vida ao projecto têm a oportunidade de interagir e praticar desporto de forma gratuita, assim como usufruir de outros cuidados. "Avaliamos as condições físicas

dos atletas da escolinha, fazendo rastreios auditivos, de saúde oral e oftalmológica, vigiamos peso, índice de massa corporal, tensão arterial, estatura, vacinação e tentamos também combater algumas carências através de reforço alimentar, distribuído após cada treino e convívio", indicam os nossos interlocutores.

Apoios financeiros A missão desta "escolinha" é louvável. Mas, nem tudo são rosas e marcar pontos fora das quatro linhas tem-se mostrado uma tarefa mais complicada que dentro do campo. "Cativar apoios financeiros tem sido muito complicado. Sem dúvida que o apoio da Câmara Municipal de Loures, desde o ano passado, através do programa "Mais Formação", bem como o apoio em transportes, desde 2014, têm sido fulcrais para a sobrevivência do nosso projecto. A cedência do campo onde treinamos pela Freguesia tem também sido um importante apoio, assim como a ajuda de alguns pais", refere Elisabete Machado. Como projecto social comporta, contudo, outras despesas difíceis de contornar. "Planear e concretizar uma época desportiva tem custos elevados. É necessário que os jogadores façam os exames médicos obrigatórios, adquirir os equipamentos de jogo para os 50 atletas, comprar o material técnico de apoio aos treinos e deslocarmonos ao Banco Alimentar Contra

Balanço Positivo Apesar das dificuldades financeiras, a Escolinha de Rugby de São João da Talha tem conseguido levar a cabo a sua principal missão. Meia centena de crianças pratica um desporto gratuitamente e ainda leva no pensamento ensinamentos como solidariedade, amizade e a importância da aprendizagem escolar. A nível desportivo, a bola oval

tem sido também motivo de muitas alegrias."Não que os resultados desportivos sejam o principal objectivo do nosso projecto, mas os resultados desta época são motivo de enorme orgulho. Os nossos jogadores conseguiram vencer o Torneio Regional de Inverno e de Primavera de Rugby de 7 da Associação de Rugby do Sul, fomos vencedores da etapa de Lisboa do Circuito Nacional de Sevens da Série B, da 2ªEtapa do Circuito Nacional Sevens Serie B na Lousão, Vencedores do Braga Youth Rugby, do Agregar Rugby Cup, do Torneio de Beach Rugby da Figueira da Foz no escalão Sub-14 e 2º classificado também no Torneio de Beach Rugby da Figueira da Foz no escalão Sub12, entre outros prémios. O que nos deixa ainda mais orgulhosos dos nossos jogadores é terem alcançado todos estes feitos e termos atingido uma taxa de sucesso escolar de 95%, graças ao esforço, superação, trabalho e disciplina demonstrado por cada um deles", concluem Elisabete Machado e Hugo Cardoso. A Escolinha de Rugby está de parabéns. Venha a próxima Época... Paula Gomes


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