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ANO 2 | Nr.23 MENSAL | 5 DE MARÇO | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Sacavém com loja mais moderna A loja Lidl de Sacavém é a primeira, da Grande Lisboa, a ter um novo design. Estiveram presentes na reabertura o ministro Capoulas Santos, Bernardino Soares e António Pombinho do Município, Pedro Monteiro, director de Compras da loja alemã e Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh. Pág. 3

O arquitecto dos aeroportos Rui Baptista, um munícipe de Loures, é considerado um dos melhores arquitectos do mundo no desenho de aeroportos. Uma entrevista onde demonstra vontade de fazer trabalho no seu Concelho e revela que foi acertada a sua decisão de emigrar. Págs. 11, 12 e 13

Empresas de Loures distinguidas A Renascimento, distinguida internacionalmente e 18 empresas que receberam o título de PME Excelência, estão de parabéns. Além destas foram eleitas mais 114 como PME Líder, o que demonstra grande vitalidade e empreendedorismo no Concelho. Págs. 4 e 23

Música clássica aquece Loures O Pavilhão Paz e Amizade e a Igreja de Santo Antão do Tojal foram o palco de dois concertos de música clássica que incutiram na assistência momentos de grande empolgamento. Pág. 8

CENTRO DE SAÚDE DE BUCELAS

DIFICULDADES

COM A SAÚDE

A escassez de médicos e assistentes administrativos está a pôr em causa a saúde dos habitantes da freguesia de Bucelas, que têm tido extremas dificuldades em marcar consulta. ACES de Loures e Odivelas espera conseguir mais médicos a breve trecho. Pág. 9


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EDITORIAL

Crónicas Saloias

Loures na Moda Pedro Santos Pereira Director

Ficha Técnica

O mês de Fevereiro foi de destaque no Concelho. Além do já tradicional Carnaval de Loures, que apesar do mau tempo continuou a ter uma enorme adesão e do regresso do Desfile de Carnaval Infantil, que é sempre um motivo de orgulho para avós, pais, tios e crianças, muitos foram os factores de regozijo. Comecemos pela música, com Capicua, que ontem actuou no Pavilhão Paz e Amizade, e a Orquestra da Gulbenkian com a

Orquestra Juvenil Geração, que actuaram no mesmo Pavilhão, evento que juntou quase duas mil pessoas. De destacar também os solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa que deram um espectáculo na Igreja de Santo Antão do Tojal, descentralizando e levando música clássica a outros locais fora da cidade de Loures. Há que dar os parabéns por tão louvável atitude. Mas Fevereiro foi ainda mais

que tudo isto, que já não era pouco, 18 empresas do Concelho foram distinguidas com o prémio PME Excelência e Sacavém tem a primeira loja Lidl da Grande Lisboa com um novo design. A Renascimento, outra empresa do Município, também foi distinguida internacionalmente e fez um ano que começaram as visitas guiadas à Galeria de Arte Urbana da Quinta do Mocho, que mês após mês trazem dezenas de visitantes a esta localidade, outrora

Director: Pedro Santos Pereira Gestão de Marketing e Publicidade Patrícia Carretas Colaborações: Anabela Pereira, André Julião, Florbela Estêvão, Francisco Rocha, Gonçalo Oliveira, João Alexandre, José Reis Santos, Patrícia Duarte e Silva, Pedro Cabeça, Ricardo Andrade, Rui Pinheiro Fotografia: João Pedro Domingos, Miguel Esteves, Nuno Luz Direcção Comercial: geral@ficcoesmedia.pt Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Nr. de Registo ERC: 126 489 Depósito Legal nº 378575/14

descriminada. Destaque ainda para a visita do ministro João Soares a algum do património concelhio, dois ministros no mês mais curto do ano visitaram o Município, depois de Capoulas Santos ter vindo à reabertura do Lidl de Sacavém. Loures está definitivamente no mapa. Foco ainda para o debate sobre Migração, com várias personalidades de relevo nesta área e para a entrevista de Rui Baptista, um arquitecto de topo

mundial no que ao desenho de aeroportos diz respeito, mas não só. Como se pode constatar há qualidade no concelho de Loures e é um orgulho morar aqui, daí o Notícias de Loures não ficar parado e levar adiante a Gala Notícias de Loures, que visa honrar alguns daqueles que dentro ou fora das fronteiras concelhias elevam o seu nome.

Contactos Geral 219 456 514 | noticiasdeloures@ficcoesmedia.pt Editorial geral@ficcoesmedia.pt Comercial filipe_esmenio@ficcoesmedia

Notícias de Loures


COMÉRCIO

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5 milhões de euros de investimento Foi este o valor que a Lidl Portugal investiu para remodelar a sua loja de Sacavém, na Urbanização Terraços da Ponte. Com a presença de Capoulas Santos, Bernardino Soares, António Pombinho, Pedro Monteiro e Manuel Évora formalizou-se a reabertura da loja no dia 25 de Fevereiro. É a primeira loja da Grande Lisboa com o novo design. geral de Compras Lidl Portugal, Pedro Monteiro e o presidente da Portugal Fresh, Manuel Évora, muitas foram as convergências nos discursos proclamados.

Loja

Pedro Monteiro, Afroditi Pampa, Capoulas Santos, Bernardino Soares e Manuel Évora O ambiente era de entusiasmo entre os convidados que marcaram presença na reabertura da loja Lidl em Sacavém. Vários foram os números anunciados, com especial destaque para os do aumento de exportações de produtos nacionais, onde se destacou a pêra rocha, que em menos de dois anos duplicou o volume de exportação, atingindo-se neste momento as 7.5 mil toneladas. Com a presença de figuras com responsabilidade no meio nacional e local, como o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural Capoulas Santos, o presidente do Município, Bernardino Soares, o vereador municipal António Pombinho, o director-

Com o objectivo de reforçar o seu posicionamento e a aposta em proporcionar uma experiência de compra simplificada e conveniente, a Lidl Portugal inaugurou no dia 25 de Fevereiro o novo conceito de loja na Grande Lisboa, na sua loja de Sacavém, após uma remodelação na loja existente que representou um investimento de mais de 5 milhões de euros, criando oito novos postos de trabalho, adicionais aos quinze que existiam anteriormente. Com uma área de 1.424 metros quadrados, esta loja dá continuidade à estratégia de consolidação do parque de lojas Lidl e é a segunda a integrar este novo conceito - a primeira foi a de Matosinhos, S. Mamede de Infesta, inaugurada no final de 2015. Exibindo um design arquitectónico inovador, corredores mais largos, um pé direito mais alto e uma fachada inteiramente em vidro, que conferem uma maior luminosidade ao espaço, a loja Lidl de Sacavém apresenta-se assim mais moderna e agradável. A loja remodelada disponibiliza um parque com 120 lugares, dos quais 94 em cave e o exterior de loja apresenta novos espaços ajardinados.

Declarações O Presidente da Câmara realçou a reabertura da loja, com o novo conceito, numa zona que está a ser revitalizada e que será uma mais-valia para todos os moradores. Destacou ainda a importância da reabilitação da agricultura portuguesa, assim como das exportações. Em declarações ao NL, António Pombinho referiu que em Loures não há nenhum produtor associado à Portugal Fresh, mas que há contactos com esta Associação no sentido de alargar o seu âmbito territorial, de forma a que produtores do Concelho possam ser integrados. Realçou ainda que a

A2S irá para o terreno em Abril estando, neste momento, em fase de constituição da equipa técnica. O ministro Capoulas Santos deu ênfase ao «importante contributo para a sustentabilidade do sector hortofrutícola nacional e para o crescimento das exportações no agro-alimentar. Por sua vez Pedro Monteiro, director-geral de Compras Lidl Portugal, focou o acesso que a Lidl permite aos produtores nacionais no mercado estrangeiro e ao nacional, onde 70% do volume de vendas de frutas e legumes correspondem a produtos nacionais. Por fim Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, destacou a parceria desta Associação com a Lidl, que permite a entrada dos produtos hortofrutícolas portugueses em 27 mercados internacionais. Adiantou ainda que a próxima aposta será a abóbora manteiga, um produto que tem todas as condições para vingar fora de portas, onde já reinam a pêra rocha, a melancia, o melão branco, as framboesas e as amoras.

Sobre o Lidl & Cia. Lojas Alimentares O Lidl é uma cadeia de distribuição alimentar de origem alemã, cuja existência remonta aos anos 30. Está activo em mais de 29 países e conta actualmente com cerca de 10 mil lojas em 26 países, com mais de 200.000 colaboradores. Há mais de 20 anos em Portugal, o Lidl tem actualmente 241 pontos de venda e 4 entrepostos e continua a apostar na remodelação das suas lojas a nível nacional. A responsabilidade social é uma área muito relevante para a empresa que nos últimos 8 anos realizou cerca de 3000 doações representando mais de 11 milhões de euros. Na 2ª edição do Movimento Mais para Todos repetiu-se o sucesso do ano passado ultrapassando a fasquia do milhão de euros. Este ano foi atingido o valor recorde de 1 milhão e 75 mil euros. Pedro Santos Pereira


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ECONOMIA E SOCIEDADE

Empresas de Loures distinguidas Rui Pinheiro Sociólogo

Fora do Carreiro Inédito e inspirador? A ADAL – Associação de Defesa do Ambiente de Loures, Organização Não Governamental de Ambiente de âmbito local, tomou uma iniciativa inédita que é simultaneamente inspiradora, uma vez que suscitou até agora apoio unânime de todas as forças políticas municipais, traduzindo-se na sua aprovação de, por unanimidade, na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal, bem como já nalgumas Juntas e Assembleias de Freguesia do Concelho. O documento em causa é o “PACTO POLÍTICO MUNICIPAL pela defesa da água como recurso natural público e sob controlo democrático”. Diz a ADAL, no texto que vem reunindo larguíssimo consenso que “A água é um recurso natural indispensável à vida e à sobrevivência da espécie humana. Essa característica ineludível e particular, tornam a água insusceptível de mercantilização, logo, de privatização, na medida em que uma gestão privada deste recurso, viabiliza a possibilidade da sua utilização como instrumento de condicionamento, de descriminação e de vulnerabilidade dos interesses gerais, de populações, de comunidades, de segmentos territoriais ou mesmo, de famílias e indivíduos. Diferentemente, mantida na esfera pública, a água dispõe dos mecanismos de funcionamento da democracia, para garantir a sua protecção, captação equilibrada, distribuição universal e justa, e a indispensável poupança, tendo em vista a sua sustentabilidade, a preços sensatos, que não tendo em vista proporcionar lucros, não será sujeita a sobre exploração económica.” De grande sensatez e equilíbrio, o documentou concitou o apoio de todas as forças políticas e é, provavelmente, o primeiro Pacto que uma entidade da sociedade civil da esfera ambiental propõe aos órgãos políticos municipais, recebendo um apoio de inquestionável consistência. Andaram bem, o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Bernardino Soares, a Presidente da Assembleia Municipal, Dra. Fernanda Santos, bem como os líderes das forças partidárias, bem como cada um dos eleitos, ao terem percebido e apoiado o largo alcance e significado da proposta. Estamos igualmente perante uma iniciativa inspiradora a vários níveis. Pela ousadia de ambicionar – e conseguir – a partir de fora das lógicas partidárias, fazer aprovar um vastíssimo entendimento político, traduzido num Pacto, que a todos compromete e responsabiliza. Pela demonstração que faz de que o funcionamento dos mecanismos democráticos diz respeito a todos e a todo o tempo, não se esgotando nos momentos eleitorais e apenas nas propostas partidárias. Porque abre caminho à hipótese de outras iniciativas semelhantes. De facto, é imprescindível que após a Cimeira de Paris sobre o Ambiente, não se mantenha uma atitude de distanciamento, de anomia mesmo, relativamente às estratégias, políticas e medidas que urge adoptar para assegurar a sustentabilidade e o desenvolvimento humano, comunidade a comunidade, terra a terra, município a município. Loures deu um belissímo exemplo que deveria determinada e consequentemente continuar.

O Município de Loures viu 132 empresas do concelho serem distinguidas com o Estatuto PME Líder, no ano de 2015. Destas, 18 com o estatuto de PME Excelência. A selecção das PME Excelência é efectuada, anualmente, a partir do universo das PME Líder. Esta distinção é atribuída pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e pelo Turismo de Portugal. Este estatuto é atribuído a pequenas e médias empresas que apresentem desempenhos económico-financeiros e de gestão relevantes, contribuindo para o desenvolvimento da economia e do emprego em Portugal. A distribuição pelos diferentes sectores de atividade representa-se por cinco PME Excelência ligadas às Indústrias Transformadoras, duas na Construção, sete no Comércio por grosso e a retalho, uma nos Transportes e Armazenagem, duas em Actividades de Consultadoria, Científica e Técnica e uma PME Excelência em Actividades Administrativas.

PME Excelência de Loures COMECONT - Comércio e Reparação de Contentores, Lda. - Reparação e manutenção de produtos metálicos (excepto máquinas e equipamento) ELECTRO - Sacavém de António A. Maio, Lda. - Comércio a retalho de electrodomésticos, em estabelecimentos especializados GELPEIXE - Alimentos Congelados, S.A. - Preparação de produtos da pesca e da aquicultura GEOTRILHO - Topografia, Lda. - Actividades de engenharia e técnicas afins GESTICOOL - Instalação e Manutenção de Frio, Lda. - Instalação de climatização HENRIQUE FIEL LOURENÇO, LDA. - Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas, excepto batata JOSILMAR - MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. - Comércio a retalho de ferragens e de vidro plano, em estabelecimentos especializados LABORSPIRIT, LDA. - Comércio por grosso de produtos farmacêuticos M. NUNES - Projectos e Instalações Eléctricas, S.A. - Instalação eléctrica METALURGICA LURGA, LDA. - Fabricação de ferramentas mecânicas PRINTCRIATIVA - Sistemas de Impressão Fotográfica, Lda. - Actividades de preparação da impressão e de produtos media ROBERT MAUSER, LDA. - Comércio a retalho de outros produtos novos, em estabelecimentos especializados SOCILINK, LDA. - Comércio por grosso não especializado Tnolen - Estudos e Serviços de Protecção Ambiental, Lda. - Actividades de desinfecção, desratização e similares TRANSPORTES ROSÁLIA, LDA. - Transportes rodoviários de mercadorias TRATOMÁQUINAS - Importação e Comércio de Acessórios, S.A. Comércio por grosso não especializado VASECA - METALOMECÂNICA GERAL, LDA. - Fabricação de estruturas de construções metálicas WW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas, S.A. - Actividades de engenharia e técnicas afins

Direitos Humanos em debate Teve lugar no dia 22 de Fevereiro, pelas 15 horas, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures, a mesa-redonda Migrações e desenvolvimento: direitos humanos e questões securitárias em perspectiva. A iniciativa está relacionada com o projecto Redes para o Desenvolvimento: Educação Global para uma Cooperação mais Eficiente e visa reflectir e discutir sobre os conceitos de refugiados e migrantes, no quadro do desenvolvimento das políticas europeias, nacionais e locais de acolhimento e integração. Com a participação de ilustres figuras do panorama nacional, são de salientar as declarações de Rui Marques, para quem o problema não se resume apenas aos refugiados, mas a todos nós e à nossa consciência.

PROGRAMA 15H00 Abertura | Presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares MODERADOR Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado ORADORES Presidente do Conselho Português para os Refugiados: Teresa Tito Morais Coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados: Rui Marques Vice-presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação: Filipe Ferreira Jornalista: José Goulão


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SOCIEDADE

1.7 milhões de euros para os Bombeiros

5 milhões para Loures

É esta a verba que o Município irá despender para as sete corporações de bombeiros do Concelho. O protocolo foi assinado no passado dia 22 de Fevereiro e contempla duas situações. A primeira, para o qual são desembolsados 826 mil euros, é para as habituais despesas de funcionamento inerentes às corporações, a segunda, de 856 mil euros, é para a manutenção de um grupo de intervenção permanente (GIPE).

É esta a verba que está destinada para a regularização fluvial da ribeira do Prior Velho, no troço terminal Coberto-Loures. O Ministério do Ambiente pretende investir 20 milhões de euros em zonas inundáveis e no sistema de monitorização para evitar cheias. O investimento, que será visível ainda em 2016, “inclui oito obras e a instalação de equipamentos em 25 locais para medir os caudais e simular a sua evolução”, anunciou a 19 de Fevereiro o Ministério liderado por João Matos Fernandes. As obras terão várias dimensões e vão ocorrer nos rios Lima e Vez, na Foz do Cávado, no Tâmega, na Ribeira do Prior Velho (junto ao Trancão) e no Mondego, que recebe três intervenções.

Centro Social previsto até Abril de 2017 É este o objecto do Executivo Municipal em relação ao Centro Social e Cultural de Santo António dos Cavaleiros. Na reunião de Câmara de dia 17 de Fevereiro foi aprovada, por unanimidade, a proposta referente à aprovação deste projecto. Com um preço base de, quase, 2.4 milhões de euros, para o qual o acordo com a Ercesa contribui com 600 mil euros, é fundamental que a obra esteja terminada em Abril de 2017, fruto dos compromissos assumidos pelo Município. Uma obra que tardava mas, segundo as expectativas, estará pronta em pouco mais de um ano. Uma boa notícia, finalmente, para os habitantes de Santo António dos Cavaleiros.


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SOCIEDADE

Gala Notícias de Loures premeia os melhores de 2015 Pedro Cabeça Advogado

Será no próximo dia 13 de Maio, pelas 21 horas, no Pavilhão de Macau, em Loures que serão distinguidos os melhores do Concelho nas mais variadas áreas. O júri de 12 elementos nomeará cinco personalidades, instituições ou associações que irão a sufrágio pela população. Uma cerimónia que contará com vários momentos de entretenimento, de alguns dos mais reputados artistas municipais e mesmo nacionais. As distinções visam a área do Ambiente, da Cultura, do Desporto, da Economia, da Educação, do Lazer e da Área Social, além do Prémio Carreira que visa reconhecer uma personalidade concelhia que se tenha destacado ao longo de largo período. Na próxima edição do NL fique a conhecer os nomeados.

A Política pela Positiva - Pensar o Futuro Durante estes últimos anos tenho falado intensamente, directa ou metaforicamente, da capacidade de fazer política pela positiva e no Mês de Fevereiro senti uma "luzinha" de esperança, que me fez acreditar que é possível, ao agirmos sem preconceitos nem calculismos, podemos efectivamente construir. Vem este desabafo a propósito, ou a despropósito, de uma reunião que inicia uma discussão sobre o transporte ferroviário e a importância de Loures no desenvolvimento de uma nova centralidade. No passado dia 24 de Fevereiro de 2016 reuniram, em Loures, assembleias municipais de vários concelhos servidos, ou a equacionarem vir a ser servidos, pela Linha do Oeste (da Figueira da Foz a Lisboa). Loures (através da Assembleia Municipal) tomou a iniciativa e, com isso, conseguiu demonstrar, que não só é um tema que tem real importância para o futuro e deve ser equacionado, como demonstrou que apesar de ter sido uma proposta apresentada por um representante do Partido Socialista, em nome do seu Grupo. Apesar de ter sido inicialmente mal recebida pela bancada do Partido que lidera o executivo (que votaram contra - uma pequena minoria - e se abstiveram os restantes), tendo acabado por ser reconhecida também pelo mesmo, o que prova que uma boa proposta não tem que ser rejeitada só por interesses meramente partidários (infelizmente só a contra gosto os que votaram contra ou os que se abstiveram por "vergonha" acabaram por ter que alinhar, quando era evidente, desde o princípio, que a proposta visava apenas pensar o Futuro e dar o "pontapé de saída" através das assembleias municipais). A verdade é que esta reunião reconhecida por todos como "Histórica", será um bom começo para se começar a projectar, verdadeiramente, o futuro de Loures. Um futuro que não tem de ser instantâneo e mal pensado, que deve ser pensado e estruturado a médio e longo prazo e será um bom passo para demonstrar que, as assembleias municipais e os seus eleitos, são bem mais do que correias de transmissão dos executivos municipais ou meros fiscalizadores sem meios. Estranho é que este momento, reconhecido por todos, foi quase ostracizado pela força política que conduz a Câmara Municipal, o que me levanta a perguntar: Esta Autarquia, que tanto gosta de se colocar em pontas na comunicação social, porque ignorou este acontecimento? Não vou responder, tendo embora opinião sobre o assunto. Limito-me a ficar satisfeito que esta ideia não morrerá por aqui e que em breve terá continuação com assembleias municipais e câmaras municipais. Loures merece ter projectos e estratégias para o Futuro. E a política constrói-se pela positiva. “Um dia descobriste finalmente o que tinhas que fazer, e começaste, apesar das vozes à tua volta continuarem a gritar-te os seus maus conselhos – apesar de toda a casa ter começado a vacilar e sentires o velho esticão nos teus tornozelos. /.../” Mary Oliver “A viagem”

João Soares visita Valflores O ministro da Cultura garantiu, no dia 10 de Fevereiro, que o Governo tem «a intenção firme» de cooperar com a Câmara de Loures na recuperação do Palácio Valflores. O imóvel, situado em Santa Iria de Azóia, encontrase abandonado há muitos anos e foi mandado construir no séc. XVI. É considerado um exemplo da arquitectura residencial renascentista em Portugal e, segundo a organização Europa Nostra, é um dos 14 monumentos mais ameaçados na Europa. No decurso de uma visita ao concelho de Loures, durante a qual visitou o imóvel mandado construir por Jorge de Barros, feitor de D. João III na Flandres, João Soares afirmou que pretendia “avaliar” com os seus próprios olhos «algumas questões de natureza patrimonial que se colocam no concelho de Loures e onde o Ministério da Cultura tem a intenção firme de trabalhar em cooperação com o município». A sustentação do edifício tem um custo estimado em meio milhão de euros que serão suportados pela Câmara, disse Bernardino Soares, que frisou o «empenho» da autarquia na sua recuperação. Quanto à utilização futura do Palácio de Valflores, classificado como Imóvel de Interesse Público,

Bernardino Soares disse que ele deverá vir a ter uma função na área da cultura. Em 2015 a autarquia divulgou, em comunicado, a intenção de ali criar um centro cultural, com uma escola de artes e ofícios e um pequeno museu para «fomentar a coesão sócio-cultural e recolocar o Palácio no plano de desenvolvimento urbano da região». O palácio Valflores «é um exemplo concreto de uma peça de património histórico, que importa para já preservar, depois reabili-

tar e encontrar uma utilização compatível com a localização soberba que tem», afirmou o ministro da Cultura. «É nesta perspectiva que estamos aqui, para trabalharmos juntos, de uma forma fraterna e que se espera que seja dinâmica, conscientes das dificuldades com que o País está confrontado no plano orçamental», sublinhou. «Somos gente madura e profundamente responsável e não podemos fazer promessas que não possamos cumprir em termos dos recursos orça-

mentais», acrescentou. De realçar que apesar da promoção de Secretaria de Estado a Ministério, a Cultura perdeu quase 3 milhões de euros em relação ao Orçamento de 2015. O Ministro visitou também a Praça Monumental, em estilo barroco, em Santo Antão do Tojal, assim como o Palácio da Mitra, o Centro de Interpretação da Rota Histórica das Linhas de Torres e o Museu do Vinho e da Vinha em Bucelas.


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CULTURA

Elo Social volta ao S. Jorge

Ricardo Andrade Comissário de Bordo

Acima de tudo...escutar!! Muito se tem falado sobre uma certa campanha de cartazes desenvolvida por um partido da, por muitos chamada, esquerda radical portuguesa. Quer na comunicação social quer nas redes sociais, muitas foram as manifestações de intenção e as opiniões acerca de muitos aspectos ligados a esta iniciativa por parte de uma força partidária que logrou obter resultados, acima do que muitos vaticinavam, nas últimas duas eleições nacionais. Não irei aqui perder muito tempo a analisar o que julgo certo ou errado nessa campanha. Penso que tão ou mais importante que analisar o bom gosto dos cartazes, o conteúdo da mensagem ou o respeito pelas convicções dos portugueses, é a análise do impacto que este tipo de campanha tem no futuro, da forma como as forças partidárias portuguesas se comportam no que à transmissão de mensagens diz respeito. Será este o tipo de debate doutrinal que os eleitores pretendem ver fazer escola em Portugal? Será esta a forma de actuação que os cidadãos esperam e desejam por parte dos partidos políticos, com responsabilidades na definição dos destinos do País? Será este tipo de tema que os portugueses julgam ser o mais importante para o seu futuro e dos seus vizinhos? Para procurarmos responder a estas e outras questões será, talvez, fundamental fazermos o esforço de olhar para toda a evolução da comunicação política no Portugal democrático de forma isenta e desprovida de sentimentos. Para procurar antecipar o futuro da forma como potenciais eleitos apresentam as suas ideias a todos os eleitores torna-se, julgo eu, fundamental tentar analisar os sinais que, dia-a-dia, esses mesmos cidadãos com capacidade eleitoral deixam passar do que pretendem ser o amanhã do nosso País. A compreensão e a interpretação o mais conforme à realidade deve ser, mais do que um desígnio, uma obrigação por parte de quem assume o compromisso de lutar por todos aqueles portugueses que, de uma forma ou de outra, diariamente se esforçam por levar o nosso cantinho à beira-mar plantado para a frente. Mais do que identificar ou aventar que existe uma dissociação entre eleitos e eleitores urge, cada vez mais, para os titulares de cargos públicos e partidários, compreender o mundo de hoje e procurar entender o mundo, que todos pretendemos seja aquele, em que os nossos filhos venham a viver. Por tudo isso creio que, mais do que criticar, é fundamental escutar a voz dos portugueses.

Pela segunda vez, no dia 22 de Março de 2016, pelas 21 horas, o Elo Social vai levar a cena a peça de teatro “Pedro e Inês”, cujo elenco de actores são pessoas com deficiência intelectual e multideficiência. Trata-se de uma peça simplificada da obra dramática de Armando Martins Janeira “Linda Inês ou o Grande Desvairo” (2005), na qual houve o cuidado de manter o seu enredo trágico-amoroso, adaptando a encenação às especificidades dos seus actores. Na sua primeira exibição, na mesma Sala do Cinema S. Jorge, passaram pelo palco um elenco de mais de 60 actores que, em papéis mais principais, secundários ou simplesmente figurantes, vestiram a roupagem dos personagens e deram expressão aos amores de Pedro e Inês, à teia trágica que se urdia contra eles, à morte de Inês e vingança de D. Pedro, até ao epílogo que culminou com a coroação de Inês que, depois de morta, foi rainha. Brilhante foi o testemunho da escritora Isabel Fraga que, tendo sido uma das espectadoras, enviou um depoimento do qual

deixamos um pequeno excerto: …”Os Actores interiorizaram plenamente a grandeza do amor absoluto e satisfação do poder. A mímica ultrapassa os gestos, está patente desde a dor que quase reduz as dimensões dos corpos dos filhos de D. Pedro e D. Inês, vítimas sem voz, vibrando na energia do silêncio, ao rei D. Afonso IV, genial e eloquente em cada movimento e a um D. Pedro que extravasa de emoção. Belíssimos cenários e guarda-roupa, todos da responsabilidade do Elo Social. Um espectáculo aplaudido de pé por uma assistência que esgotou a imensa sala do S. Jorge.” Espectáculo imperdível cujos protagonistas é gente especial que com engenho e arte, busca, sem vacilar, uma verdadeira igualdade de oportunidades e a sua inclusão social. Pode procurar os ingressos no Elo Social (Av. Dr. Alfredo Bensaúde, Azinhaga do Casquilho Nº 1, Lisboa) e-mail: reservas@elosocial.org telefone: 218540360 ou 963469546

Orquestra Gulbenkian e Orquestra Juvenil Geração A Câmara Municipal de Loures, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Associação das Orquestras Geração promoveram no passado dia 19 de Fevereiro, às 21 horas, no Pavilhão Paz e Amizade um concerto com a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Juvenil Geração, com entrada gratuita e que reuniu perto de duas mil pessoas. Dirigidas pelos maestros José Eduardo Gomes e José Jesus Olivetti, as orquestras interpretaram obras de Ludwig van Beethoven, Sinfonia nº5 em Dó menor Op. 67 (4º andamento), Pyotr Ilych Tchaikovsky, Marcha

Eslava em Sib menor Op. 31, Zoltan Kodály, Danças de Galanta, entre outras obras. A Orquestra Gulbenkian foi fundada em 1962 e conta hoje com um efectivo de 66 instrumentistas, número que pode ser aumentado de acordo com os programas executados. Esta constituição permite-lhe tocar um amplo repertório que abrange os principais períodos da história da música, desde o Classicismo à Música Contemporânea. O projecto Orquestra Geração, uma iniciativa da Escola de Música do Conservatório Nacional, surgiu em 2007 com

15 crianças e hoje atinge já o número de 1000 jovens em todo o País. Sendo um projecto de cariz social, existe para combater o abandono escolar, o crime e a droga no âmbito escolar e ajudar a construir uma personalidade sã. Representado agora pela Associação das Orquestras Sinfónicas Juvenis Sistema Portugal, está presente em 14 escolas na região de Lisboa. A Orquestra Juvenil Geração (OJG) representa o esforço de sete anos do projecto Orquestra Geração ao atingir um elevado nível no âmbito das orquestras sociais.

Santo Antão do Tojal ouve música clássica A Câmara Municipal de Loures promoveu no dia 27 de Fevereiro às 21 horas, na Igreja de Santo Antão do Tojal, um concerto com Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, no âmbito da iniciativa “À descoberta da Música em Loures”. Neste concerto, o flautista Nuno Inácio e o cravista Marcos Magalhães recuperaram partituras do séc. XVIII assinadas por Johann Sebastian Bach e por seu filho Carl Philipp Emanuel. O programa do concerto, de entrada livre, foi constituído pelas obras de: Johann Sebastian Bach – Sonata em Mi Menor, BWV 1034, para flauta e contínuo; Johann Sebastian Bach – Sonata em Lá Maior, BWV 1032, para flauta e cravo obbligato; Carl Philipp Emanuel Bach – Sonata em Lá Menor, H. 562, para flauta solo; Carl Philipp Emanuel Bach – Sonata em Sol Maior, H. 564, para flauta e contínuo, Hamburgo.


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SAÚDE

Bucelas está mal de saúde Centro de Saúde de Bucelas tem falta de médicos e pessoal auxiliar. Mais de três mil não têm médico de família e só há um médico residente para quase 5100 utentes. Consultas estão a demorar mais de três meses e o fax não funciona há três anos. prometer que ia tentar resolver a situação o mais rapidamente possível. Disseram-nos que ia haver um concurso em Março e outro em Agosto e que, talvez, depois haja um médico para aqui. Mas isso não nos tranquiliza». Mais de 43 por cento dos utentes do Centro de Saúde de Bucelas não tem médico de família, o que ainda agrava mais o problema. ARSLVT espera colocação de médicos recém-formados

O Centro de Saúde de Bucelas está «mergulhado num caos», de acordo com a Comissão de Utentes de Saúde de Bucelas. Só há um médico residente, para 5100 utentes habituais, apenas uma auxiliar e, para ter acesso a uma receita para medicamentos, é preciso esperar, «no mínimo, três semanas», denunciou ao NL, Francisco Martins, porta-voz da Comissão. E nem o fax funciona. A situação agravou-se com a saída recente de um dos médicos residentes, que atingiu o limite de idade permitido por lei, para exercer a sua profissão no Serviço Nacional de Saúde. «Temos tentado resolver alguns dos nossos problemas através da linha Saúde24, mas quando não há solução por via telefónica, o serviço envia um fax para o Centro de Saúde da área, que tem de atender o doente», revela Francisco Martins. «O problema é que o fax não funciona há três anos, pois dizem-nos que não há dinheiro para o reparar», adianta. A situação chegou ao ponto de não haver qualquer médico a atender os doentes, dado o único residente ter ido de férias e não haver substituto. «Os médicos de recurso também andam desmotivados, pois um dia vêm para aqui, no outro vão para outro concelho qualquer e, além disso, são mal pagos», diz o porta-voz da Comissão. «Além disso, só há uma auxiliar, pelo que, quando a senhora vai à casa de banho ou está na hora de almoço, fecha a porta do gabinete e não há atendimento», relata.

Os problemas são muitos e têm um grande impacto numa freguesia com uma população envelhecida e muito dispersa. «Antes, íamos para a porta do Centro de Saúde às seis da manhã, mas tínhamos a certeza que havia consultas, agora nem assim», lamenta-se o responsável. Isabel Carvalho é um bom exemplo do mau funcionamento do Centro de Saúde. Em Novembro de 2015, tentou deslocar-se ao serviço para marcar uma consulta de ginecologia, mas, como só há uma médica e só lá vai uma vez por semana, ficou em lista de espera. «Fui contactada agora, em meados de Fevereiro, três meses depois», conta. Reuniões com o Agrupamento sem resultados Cansados da situação, os utentes decidiram formar uma Comissão para tentar resolver os problemas. Organizaram uma reunião com a população, recolheram o apoio da Junta de Freguesia e fizeram um abaixo-assinado que entregaram no Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas, onde também tiveram várias reuniões. Mas nada mudou, explica Francisco Martins: «A responsável concordou connosco e disse que ia tentar eliminar algumas destas lacunas. O tempo passou e, no final de Janeiro, voltámos lá e dissemos que continuavam os problemas, agora agravados com a saída do Dr. Artur. A directora voltou a concordar connosco, a valorizar o nosso trabalho e a

Contactada pelo NL, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) alega que, «atendendo ao número de utentes inscritos na UF Bucelas e não haven-

do, de momento, nenhum médico para reforçar a equipa, foram alargadas as horas de consulta em regime de prestação de serviços, havendo atendimento médico diário para os utentes sem médico de família atribuído, num total de cerca de 32 horas semanais». Além disso, a ARSLVT defende que, nas reuniões com a Comissão de Utentes de Saúde de Bucelas, foram debatidas as questões da «integração de mais médicos na UF, que se concretizou com o aumento de horas de consulta em regime de prestação de serviços», e da «carência de assistentes técnicos e assistentes operacionais». A entidade responsável pelos serviços de saúde na região acres-

centa ainda que «a Assistente Técnica que assegura o atendimento administrativo é apoiada pela Responsável da Unidade nos dias de maior afluência de consultas/utentes e a limpeza do edifício é assegurada pelo piquete de limpeza, durante o horário de funcionamento da UF». Confrontada com as urgentes necessidades em termos de pessoal, a ARSLVT respondeu estar a aguardar «que as equipas sejam reforçadas, com a colocação de médicos recém-formados em medicina geral e familiar», não adiantando prazos para essa entrada. Até lá, a população de Bucelas continua mal de saúde. André Julião


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COMUNIDADES

Os filhos do Tio Sam São poucas centenas, mas acérrimos defensores do País que os acolheu. Os americanos que vivem em Portugal são uma comunidade tranquila e unida, sobretudo nas datas mais simbólicas. Os encantos lusitanos fizeram-nos esquecer a agitada e pouco segura vida nos EUA. para empregar toda a gente e isso não vai mudar. Os governos podiam fazer mais, como apostar na tecnologia, como fez a Irlanda, mas não estão a fazê-lo. Além disso, com este tempo, Portugal podia ser um refúgio dedicado ao turismo de saúde. O destino de Portugal é de uma Florida modificada, que vai servir de residência para reformados ingleses, belgas, alemães e outros, que virão para aqui viver. E os jovens portugueses continuarão a ter de emigrar para arranjar emprego. É triste, mas o dinheiro não é tudo.

Patrícia Westheimer É pequena, mas muito unida, a comunidade norte-americana a viver em Portugal. Localizada em torno de algumas cidades emblemáticas do País, como Coimbra, Cascais ou Tomar, os «filhos do Tio Sam» são, na grande maioria, reformados e vivem em Portugal há várias décadas. A maioria apaixonou-se pelo País e nunca mais quis voltar à Terra da Liberdade. Patricia Westheimer, uma das fundadoras do clube «Americans in Portugal», está no País há 25 anos e adora cada minuto. Já tentou regressar, mas nunca mais conseguiu esquecer o clima, a comida, a segurança e a hospitalidade dos portugueses. Porque veio para Portugal? Sempre quis viver no estrangeiro, sou muito boa a línguas, falo francês fluentemente e pensei em viver na Europa durante seis meses. Vim com um amigo, em 1991 e nunca mais regressei. Tenho ensinado aqui em Portugal e vivido de forma muito feliz. Faço parte da comunidade internacional, aprendi algum português e adoro o País. Nunca pensou em regressar? Voltei durante oito meses e posso dizer-lhe que foram os oito meses mais infelizes da minha vida. Dei meia volta e regressei a Portugal. Quantos americanos vivem actualmente em Portugal? Os dados do SEF não estão correctos, porque contabilizam os portugueses que foram para os

EUA, conseguiram passaportes e vistos e regressaram a Portugal. Eu diria que os números correctos andam à volta dos 500. Há algumas comunidades significativas de americanos à volta de Coimbra e Tomar e a maior parte de nós está reformada ou trabalha, sobretudo a partir de casa. Há também a comunidade na base da NATO, mas é uma comunidade oscilante, que está em Portugal durante três anos e depois regressa aos EUA. O mesmo se passa com o pessoal da embaixada. Quando tivermos eleições, em Novembro, o embaixador em Lisboa, tal como todos os outros, irá demitir-se e colocar o seu lugar à disposição do novo Presidente, que irá nomear um novo embaixador. Portugal, por alguma razão desconhecida, não é tão conhecido como outros países europeus. Há uns anos atrás, havia uma série de empresas norte-americanas em Portugal e com elas vieram as equipas dos EUA. Mas, essas equipas formaram equipas portuguesas e regressaram a casa. Qual a sua opinião acerca de Portugal? Adorei todos os minutos que passei neste País. Admiro a simpatia dos portugueses, a sua hospitalidade, sempre me senti muito bem aqui. Acho que ser americana foi uma vantagem, pois penso que os portugueses têm uma boa opinião acerca dos americanos. Ainda me recordo da primeira vez que andei de táxi em Portugal. O taxista perguntou-me admirado,

porque quereria uma americana como eu viver em Portugal se nos EUA havia de tudo. A minha resposta foi o sentimento de bem -estar e a felicidade. Outra coisa positiva sobre Portugal é a sanidade da vossa lei das armas. Lembro-me bem dos tiroteios de Columbine, pois estava a ensinar e um dos meus alunos portugueses perguntou-me, como era possível as pessoas nos EUA terem armas e ir a uma escola dispará-las? Para ele, aquilo era impensável. Isto nunca poderia acontecer em Portugal. O vosso País é pacífico. Outra grande vantagem é poderem oferecer excelentes cuidados médicos às pessoas sem custos. O vosso sistema de saúde é excelente. Por outro lado, a qualidade da vossa comida é extraordinária. Nos EUA só há comida de plástico, porque as mulheres não têm tempo para cozinhar. Na América não há mercados abertos como aqui em Portugal. Mas, o principal, é a forma como nos sentimos com a comunidade portuguesa. Quais são, na sua opinião, os maiores problemas do País? O principal é que Portugal é um país de serviços e não tem indústria. O emprego nos serviços públicos é muito elevado e a agricultura praticamente desapareceu. Por outro lado, houve um enorme melhoramento no sistema educacional, formando licenciados em várias áreas e essas pessoas não querem trabalhar a terra. Não há uma actividade comercial suficiente

A comunidade norte-americana em Portugal costuma juntar-se para assinalar datas como o Natal ou o Dia de Acção de Graças? Sim, temos um clube que junta americanos de todo o País. Chama-se Americans in Portugal, foi fundado em 1998 e está sedeado em Cascais. A língua utilizada é o inglês e a principal actividade anual é o Dia de Acção de Graças. Tivemos cerca de 120 pessoas no ano passado. Fazemos um jantar, comemos perú, batata-doce e tarte de abóbora. É um evento muito agradá-

vel. O Dia de Acção de Graças é um feriado maravilhoso, pois não é material, não é religioso e não é político. É apenas social e para estarmos juntos. O jantar teve lugar no Centro Cultural de Cascais. Temos também, normalmente, um evento no dia de São Valentim e, a 6 de Abril, a mulher do embaixador vai falarnos em inglês sobre a sua vida e os seus projectos. Tivemos também um piquenique do 4 de Julho, Dia da Independência, em Oeiras. Além disso, tivemos uma palestra do embaixador sobre as eleições presidenciais deste ano. Ele explicou-nos como o sistema de voto funciona e o que temos de fazer para votar. Podemos votar online para as primárias, mas para a eleição geral temos de enviar o voto em papel. Foi bom porque é uma eleição muito importante. Não sente saudades dos EUA? Penso que não. Gostaria de voltar a ver o meu país, mas não voltaria a viver lá. André Julião

CONVOCATÓ RIA Assembleia G eral Ao abrigo do artigo 11º, da lei nº 91/95 de 2 de Setembro alterada pela lei 165/99 e pela lei 64/2003 de 23 de Agosto, convoca-se a Assembleia de Administração Conjunta da AUG I do Bairro Coroas B. sito em Terras de Teresa na freguesia de Unhos do concelho de Loures, entidade equiparada a pessoa colectiva nº 901162124, a realizar no dia 2 de Abril de 2016, Sábado, pelas 14 horas e 30 minutos, na delegação da Junta de Freguesia de Unhos, no Catujal. Se à hora marcada não estiver presente a maioria legal dos comproprietários e proprietários, para a reunião em primeira convocação, convoca-se desde já, nos termos do disposto no artº 12 da lei 64/2003 de 23 de Agosto e do disposto no artigo 1432 do código Civil, a mesma Assembleia para reunir em segunda convocatória, com a mesma ordem de trabalhos no mesmo dia e local, pelas 15h deliberando, então nos termos da Lei., A Assembleia terá a s eguinte ordem de trabalhos: 1 – D iscussão e votação das contas do ano de 2015 2 – Informações sobre o andamento do processo 3 – Outros assuntos de interesse geral Lisboa, 24 de Fevereiro de 2016 A Presidente da Comissão de Administração

Elvira Martins


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ENTREVISTA

"

Algo icónico que pudesse fazer uma diferença positiva É este o objectivo de Rui Baptista no futuro. Arquitecto criado no Concelho que, neste momento, é uma das principais referências mundiais na arquitectura de aeroportos, sendo o principal responsável pela construção do novo aeroporto de Istambul. Pessoal A arquitectura sempre foi uma paixão. Sentiu que em Portugal não iria ter as oportunidades desejadas? Nos Anos 90 a Arquitectura teve um ‘’boom’’ enorme, onde uma média de 1500 profissionais saíam qualificados das universidades anualmente. Um valor impossível para o mercado absorver e permitir oportunidades de qualidade num País com a dimensão do nosso Portugal, logo, foi natural a minha saída para Inglaterra assim que terminei os estudos, em 1998. Hoje é um arquitecto reconhecido internacionalmente. Há um sentimento de dever cumprido? Estou bastante feliz pela carreira até aqui e muito orgulhoso

dos vários projectos icónicos que pertencem ao meu passado profissional, tendo-me especializado em projectos de grande escala dentro das áreas de aviação, estádios, escritórios e ensino. Contudo, é a aviação e o desenho de aeroportos que me permite uma satisfação pessoal muito única. Pela complexidade dos projectos, pelos quais me especializei há mais de 10 anos e com um sentimento de que já adquiri bastantes experiências, que adoro partilhar com muitos profissionais que sintam fascínio por este tipo de edifícios, onde felizmente o meu trabalho e entrega tem sido positivamente reconhecido em todos os cantos do Mundo. Mas com muito ainda por cumprir com o intuito de continuar a fazer diferenças positivas...

A nível pessoal sempre foi uma pessoa de emoções, onde os amigos ocupavam e ocupam um lugar especial. Custou-lhe sair do País? Sem dúvida. Mas uma decisão muito acertada. As emoções continuam sempre a ser sentidas com a maioria dos amigos, sempre presentes em todas a minhas visitas ao País, assim como visitas constantes dos amigos a todos os países onde vivi. Enorme cumplicidade dentro de um grupo único de amigos que considero como família. Já viveu e visitou dezenas de países. Do que teve oportunidade de experienciar qual foi o local que mais o impressionou pela positiva e pela negativa? Em modo positivo destacaria a beleza do Mar Vermelho, onde fiz o meu primeiro mergulho.

Assim como a cidade de Petra na Jordânia, ou a cidade de Siem Reap no Cambodia, ou os glaciares no Alasca. A exótica praia deserta na Jamaica, assim como os templos Maias em Tulum no Mexico, a floresta na Costa Rica com os seus coloridos papagaios, o Serengeti no Quénia, a cidade de Palmira na Síria, a cidade de Choirokoitia no Chipre, com mais de 8000 anos, a água cristalina nas Bahamas, o oásis em Sebha na Líbia, sem esquecer a Lagoa das Sete Cidades nos Açores. Em modo menos positivo, algo que me trouxe muitas imagens menos boas, foi a quantiadde de pobreza e bairros pobres nos vários países que visitei. Destaco com mais incidência uma área do Cairo, que me surpreendeu pela dimensão e que não é divulgada para o exterior, afectando perto de cinco milhões de pessoas.

Portugal, no meios destas vivências, fica em que patamar? Primeiro. E ainda com tanto para visitar cá dentro... Tanta beleza única natural, cultural e histórica. Regressar faz parte do seu projecto de vida, após quase 20 anos fora do País? Sim! Sem dúvida que faz parte dos planos. Além da arquitectura, a fotografia sempre foi uma paixão. Em que estado está? Confesso que não tem a preponderância e importância de outrora, mas como paixão mantémse. Acompanha-me em todas as viagens e em alguns momentos pessoais, que aproveito para reflectir e transponho para imagem fotográfica.


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ENTREVISTA

Rui Baptista Obras Início

Tipologia do edifício

Edifício

Local

2015

Aeroporto

Aeroporto Internacional de Istambul

Istambul

2010

Aeroporto

Dubai

Dubai

Aeroporto

Novo Terminal Etihad

Abu Dhabi

2005

Universidade

Aeroporto Internacional de Larnaca

Larnaca

2005

Universidade

Universidade Zayed

Abu Dhabi

2004

Aeroporto

Lounge de Partidas de Heathrow - Terminal 1

Londres

2003

Escritórios

Bank Side 123

Londres

2002

Estádio

Estádio do Algarve

Faro

2002

Estádio

Novo Estádio da Luz

Lisboa

2001

Estádio

Pontes de acesso do novo Estádio do Arsenal

Londres

1999

Lojas

TK Maxx

Nottingham

pre como guarda-redes. Qual destas duas modalidades mais o encanta? Como guarda-redes tive experiências muito distintas que me cativaram, em ambas as modalidades. No futebol desenvolvi muito a capacidade de liderança da área que era responsável, assim como o posicionamento para cobrir, do melhor modo, a baliza de 2,44 metros de altura e 7,32 metros de largura. Permitiu também explorar a capacidade de transcender os limites físicos do corpo, que muitas defesas assim o exigiram. No futsal o ritmo intenso da modalidade requer um nível táctico elevadíssimo, aliado a reflexos e instinto muito grandes, como requisitos específicos. Recomendo ambas! Além do Benfica, passou por dois clubes do concelho de Loures, Olivais e Moscavide e Sacavenense no futebol e AM Portela no futsal. Qual é que o marcou mais? Depende do escalão, pois tive experiências únicas em todos, como ser campeão distrital aos 13 anos pelo Sacavenense, de participar nos campeonatos nacionais pelo Olivais e Moscavide e jogar contra figuras como o Figo, Rui Costa, Paulo Torres, Brassard, entre muitos outros. Por fim a AM Portela, com uma equipa totalmente amadora e com valores somente nascidos na Portela, mas com muito amor à camisola e dedicação, a equipa que no auge da história dos seniores foi apurada para a fase final da modalidade, que até então elegia as seis melhores equipas a nível nacional.

Aeroporto de Istambul

Portela Quantos anos morou na Portela? Vivi dos 3 anos até aos 24, logo 21 anos ao todo. Que recordações ainda guarda? Recordações de um crescimento tão privilegiado como feliz, envolto de muita segurança, amizade e valores morais. Num local que me permitiu um crescimento tão forte como equilibrado, onde as memórias positivas preenchem a grande maioria de toda a minha infância e adolescência. Do ponto de vista arquitectónico, como descreve a Portela e Moscavide? E o que é que poderia trazer maior qualidade de vida a estas duas localida-

des? Bairros muito distintos. A Portela, embora nao sendo um ícone estético, tem um carácter muito característico e muito patente no ar que se respira. A Portela respira saúde e transpira equilíbrio. É um importante polo de união, que lhe confere uma identidade muito única e orgulha todos os ‘’Portelenses’’. Moscavide tem uma escala mais urbana. Com uma vida diária muito patente nas ruas principais e um aglomerado de gerações que partilham vivências nos passeios, assim como nos vários locais desportivos, que permitem contactos semanais e alimentam a mística do bairro.

Desporto Praticou futebol e futsal, sem-

Continua a seguir os desempenhos destes clubes? Sim. Sempre. Em especial gostaria de enviar enormes parabéns a ex-colegas que jogaram comigo

na AM Portela e que agora, com muita qualidade, desempenham funções técnicas, a elevarem o perfil da equipa e a manterem os lugares cimeiros. O mesmo se aplica no Sacavense e Olivais e Moscavide, onde vários treinadores actuais foram jogadores que cresceram comigo. Óptimo registo e muito saboroso de acompanhar.

Profissional Na sua profissão teve várias ligações ao desporto, mais especificamente ao futebol. Como foi idealizar estádios como os do Arsenal, do Benfica e de Faro-Loulé? Responsabilidades diferentes em cada projecto, com preponderância no Estádio da Luz, onde também tive oportunidade de contribuir esteticamente durante os nove meses que acompanhei a obra, representando uma empresa inglesa (na altura HOK Sports, que agora é Populous). Foram meses muito intensos, entre 2002 e 2003, com muita paixão e repletos de experiências únicas, que estão muito bem guardadas em mim e as quais tenho muito orgulho de partilhar. Dos seis aeroportos em que já desempenhou tarefas, qual o que o deixou mais satisfeito? Diria o Aeroporto Internacional de Larnaca, no Chipre, que acompanhei desde o primeiro dia de projecto, atá à festa de inauguração. Liderei uma equipa que chegou a ter 32 elementos e exigiu a minha contribuição, pela primeira vez, em todos os aspectos de desenho e obra como coordenador total do projecto com 100.000m2. Funções iguais às que tenho agora, mas por ter sido o primeiro ‘’bebé’’ a tempo inteiro, tem um lugar especial nas memórias.


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ENTREVISTA

Caso Lisboa avance com um novo aeroporto, gostaria de liderar a equipa que o desenhasse? Sim. Desde 2007 que estou em contacto com as equipas de desenho e operadores. Estive nessa altura uma semana em Portugal, especificamente por iniciativa própria, a reunir com as várias equipas. Sabem quem eu sou e que, assim que algo ganhe forma, o prazer seria muito em contribuir para o desenvolvimento do meu País, com experiência acumulada em vários campos do Mundo. O novo aeroporto de Istambul é de uma enorme grandeza. Justifica-se? É o maior edificio em construção do Mundo com 1.300.000m2 (um milhão e trezentos mil metros quadrados). Vai ao encontro das necessidades de Istambul em aumentar a capacidade do esgotado aeroporto existente (Attaturk) e também o objectivo da companhia de aviação local (Turkish Airlines), assim como as de operadores e investidores, de dominarem as rotas de ligação entre a Europa e Ásia, fazendo directa competição às companhias de Abu Dhabi (Etihad) e Dubai (Emirates). Um país que quer colocar de modo muito próprio a sua impressão digital na história da aviação. Em relação à questão da necessidade de algo desta escala ou não, prefiro focarme nas minhas responsabilidades que são desenhar e entregar.

Turquia Istambul é uma boa cidade para se viver? É uma cidade fabulosa, com cerca de 15 milhões de habitantes. Com o Estreito do Bósforo muito patente e um ritmo de vida muito atractivo. Uma temperatura muito parecida com Portugal e uma Cultura, que embora maioritariamente muçulmana, está nitidamente virada para a Europa, o que torna a integração e a vivência com a cidade ainda mais interessantes. Envolta de muitas referências históricas com variadíssimos exemplos arquitectóni-

cos de eleição com vários séculos. Também se recomendam os banhos turcos e a famosa gastronomia. Como tem sido viver na Turquia, perante os atentados recentes? É uma realidade muito triste que afecta sempre e traz reflexão. Infelizmente também o vivi em Londres, nas atrocidades do atentado de 7 de Julho de 2005, mas temos de ter a capacidade de olhar em frente e deixar o destino decidir. Dada a sua vivência, a Turquia, culturalmente, aproxima-se mais da Europa ou da Ásia? Istambul é muito parecido com a Europa, mas todo o resto do país está muito mais referenciado com a Ásia. Os refugiados continuam a ser um tema central na Europa, apesar de menos noticiados. Como tem reagido a Turquia a essa questão? Existe um campo de refugiados sírios, que está estabelecido próximo da fronteira com a Síria, na parte Este do país. Dado o alongar dos anos, já tem a sua vida própria. De qualquer modo, os conflitos nessa região mantêm-se.

Aeroporto de Istambul

Loures Como define o nosso Concelho? Um Concelho em constante evolução e que oferece condições satisfatórias aos seus habitantes. Sente que Loures tem mais vantagens em ser mais um satélite de Lisboa ou tem condições para se afirmar por si próprio? Sinto que nestas condições beneficia um pouco dos dois. Consegue ter a sua identidade e, ao mesmo tempo, usufruir da ligação geográfica a Lisboa. Tem o desejo de construir obra no nosso Município? Sim, com algo icónico que pudesse fazer uma diferença positiva para a vida e referência dos habitantes do Concelho.

Pedro Santos Pereira

Estádio da Luz


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II Jornadas de Educação Decorreu a dia 25 e 26 de Fevereiro, no Centro Cultural de Moscavide, as II Jornadas de Educação, promovidas pela Junta de Freguesia Moscavide e Portela. Tendo como base um estudo português sobre mobilidade infantil, que concluiu que Portugal tem o mais baixo índice de mobilidade infantil dos 16 países em estudo. As crianças vivem hoje um forte sedentarismo, passam muito tempo sentadas e são pouco activas. Como consequência, temos crianças com problemas de obesidade, com doenças cardiovasculares, com problemas do foro emocional e afectivo. Está comprovado que este sedentarismo e a falta de tempo para brincar têm igualmente consequências no sucesso escolar e no grau de felicidade das crianças e que o inverso se confirma, ou seja, crianças mais activas e com maior socialização no recreio aprendem melhor em sala de aula e têm equitativamente mais sucesso escolar. Os objectivos destas jornadas Realizar uma profunda reflexão sobre o Respeito pelos Direitos de ser Criança e o seu Superior Interesse, designadamente “o direito ao repouso e aos tempos livres, o direito de participar em jogos e actividades recreativas da sua idade e de participar livremente na vida cultural e artística.”; Reconhecer a importância do papel dos tempos livres e do brincar na infância; Reflectir sobre a concepção de equipamentos e espaços urbanos destinados às crianças; Analisar o modelo de gestão de Tempos Livres/ Tempos Escolares; Avaliar a pertinência dos Tempos Livres para a Auto Formação das Crianças; Analisar o impacto da motricidade no desenvolvimento social, escolar e emocional das crianças; Demonstrar Boas Práticas do Saber-Fazer em sala de aula. Estas jornadas decorreram com enorme sucesso durante os dois dias com uma forte adesão de público, onde constavam vários profissionais de educação e encarregados de educação. As jornadas contaram ainda com a presença, entre outros, de Maria Manuela Dias, presidente da Freguesia de Moscavide e Portela, o Prof. Carlos Neto, o presidente da Associação Luís Pereira da Mota, José Maria Lourenço e Marcos Onofre do Laped. Entidades co-organizadoras deste evento.

DESPORTO

VII Gala Gímnica do Gimnofrielas Realizou-se, no dia 20 de Fevereiro, no Pavilhão Paz e Amizade, a VII Gala Gímnica do Gimnofrielas, que contou com a participação de vários clubes a nível nacional. Participaram neste torneio diversas classes de 14 clubes, entre eles: Associação Académica de Coimbra, Acro Clube da Maia, AcroPombal, Acrogym Clube de Coimbra, Academia Gimnodesportiva de Samora Correia, Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé, Acromix Camarate Clube, Clube Parque das Nações, Estrela e Vigorosa Sport, Ginásio Acrotumb de Leiria, Ginásio Clube Português, Ginásio Clube Vilacondense, Grupo Dramático de Cascais e Sociedade Euterpe Alhandrense. CLASSIFICAÇÃO Par Feminino Juvenil: 1º Beatriz Carneiro/ Bruna GonçalvesACM Par Masculino Juvenil: 1º Pedro Carvalho/ Rodrigo Cruz-AxCC Par Misto Juvenil: 1º Diogo Rodrigues/ Mariana PiresCPN Grupo Feminino Juvenil: 1º Carolina Moreira/ Filipa Patrocínio/ Francisca Maia-ACM Par Feminino Júnior: 1º Ana Fontes/ Maria Vaz-AACo Par Masculino Júnior: 1º Danilo Horobets/ Marco FerreiraAcroP Par Misto Júnior: 1º Francisco Carrapato/ Madalena Martins-CPN Grupo Feminino Júnior: 1º Beatriz Cabaço/ Matilde Pereira/ Rita Martins-GDSC Par Masculino Sénior: 1º Hugo Santos/ Rodrigo Santos-GCAL Par Misto Sénior: 1º Bruno Felizardo/ Camila Silva-Acrop 2.º Henrique Mendes/ Maria AnjosAACo Par Feminino Elite Júnior: 1º Beatriz Ferreira/ Catarina MartinsSEA Par Masculino Elite Júnior: 1º Henrique Branco/ Tomás FilipeGDSC Par Misto Elite Sénior: 1º Bruno Tavares/ Liana AsseiceiroSEA Par Feminino/Júnior Extra-Concurso 1º Joana Moreira/ Rita Ferreira-ACM

Associação de Pais promove futsal A Associação de Pais Bússola da Brincadeira, da Escola Básica de Loures, promoveu um encontro de escolas de futsal, no dia 27 de Fevereiro, no Pavilhão Paz e Amizade. O encontro contou com a participação do Centro Municipal de Formação de Futsal – em parceria com o Sporting Clube de Portugal – e das equipas de futsal da Bússola da Brincadeira, que ao longo da manhã disputaram vários jogos, intercalados por demostrações de karaté e dança.

AM Portela em grande O futsal da AM Portela está de parabéns. Os seniores conseguiram uma extraordinária recuperação e estão apurados, pelo quarto ano consecutivo, para disputarem o apuramento para a I Divisão. Enquanto isso os juniores vão disputar a final distrital, que dará acesso ao apuramento para o Campeonato Nacional de Sub-20. SENIORES Depois de há três jornadas a AM Portela estar a quatro pontos do apuramento para a fase final da II Divisão, grupo de subida, nos últimos quatro jogos a equipa obteve quatro vitórias, alcançando, desta forma, a vaga para esse objectivo. Uma resposta cabal da equipa de Luís Estrela que, apesar do decréscimo orçamental no plantel, nunca deixou de acreditar e, neste momento, depende apenas de si para o conseguir. De referir que a AMSAC também poderia ter alcançado este objectivo, inclusive ficando na primeira posição, caso não tivesse perdido seis pontos na secretaria por utilização irregular de um jogador. JUNIORES A Mais um brilharete da equipa portelense neste escalão. Depois de uma primeira fase onde alcançou a possibilidade de, na segunda fase, poder discutir o título, algo que alcançou após eliminar o CAD. Começa este fim-de-semana a disputa da final distrital, que será disputada à melhor de três jogos.

Sporting vence Torneio de Frielas O Sporting Clube de Portugal venceu, dia 9 de Fevereiro, o Torneio Internacional de Futebol Infantil da União Desportiva Ponte de Frielas (UDPF), que se realizou entre 6 e 9 de Fevereiro. Na final, a equipa leonina levou de vencida a equipa do Benfica, vencendo as águias por 3-1. A restante classificação ficou alinhada da seguinte forma: Belenenses (3.º), Deportivo da Corunha (4.º), FC Porto (5.º), Estoril Praia (6.º), UD Ponte de Frielas (7.º) e GS Loures (8.º). A 24.ª edição da prova teve este ano como patrono Vítor Martins, antigo jogador do Benfica.


ARTISTAS DA QUINTA DO MOCHO

HAZUL Biografia do autor A arte do autodidacta do Porto, Hazul, é uma mistura bem condimentada. Apresenta um bestiário interessante: serpentes que parecem pássaros do paraíso, figuras proto-xamânicas, seres de outra galáxia e de outra dimensão. Influências orientais ou de civilizações mais recônditas, parecem ter inspirado Hazul. Nesta criação urbana surgem de forma inesperada imagens quase simbólicas que nos fazem lembrar uma tradição gótica ou românica, herméticas, fortes e bem marcantes.

Biografia da Obra A obra retrata uma figura feminina (EVA) e uma figura esvoaçante, semelhante a um pássaro (AVE), ambos envoltos numa malha geométrica e orgânica. O conjunto é sólido mas ao mesmo tempo vibrante, lembrando de certa forma os ícones totémicos e ancestrais. De notar também a opção pelos tons terra e pastel que combinam com o ambiente circundante.

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Café Teatro na Quinta da Fonte O Teatro IBISCO vai organizar, no dia 19 de Março, um Café Teatro no Centro Comunitário da Apelação. A sessão começa às 14 horas com uma sessão de Quizz, seguindo-se às 15h “Histórias tradicionais Mukur, Mukur?”. Às 17 horas dãose “Improvisações” e, por fim, às 19h um Workshop de Dança. Motivos mais que suficientes para uma tarde bem passada.

Celebrações do Dia da Mulher Realiza-se no dia 5 de Março, hoje, uma caminhada organizada pela Câmara Municipal de Loures, entre a Quinta da

Fonte e a Quinta do Mocho, os dois locais onde se realizou o Bairro i o Mundo. A caminhada proporcionará a visita aos murais existentes nos dois locais. A partir das 9 horas, o encontro está marcado junto à Casa da Cultura de Sacavém, onde será feito o transporte dos participantes para o Centro Comunitário da Apelação. Daí, são 3,5 quilómetros a pé, com passagem pela Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. No final, será servido um almoço partilhado na Casa da Cultura de Sacavém. No dia 8 de Março, pelas 14 e 30 horas, será inaugurada a exposição “Mulheres às Cores”, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures. A mostra, patente até dia 22 de Março, pretende homenagear o papel feminino na sociedade e a sua luta pela igualdade e participação cívica. “Mulheres às cores” poderá ser vista também no jardim em frente aos Paços do Concelho, de 8 de Março a 8 de Abril.

Um ano de visitas guiadas Fez um ano em Fevereiro que se iniciaram as visitas guiadas à Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. No início a visita era efectuada por técnicos municipais, tendo, a partir de Julho, passado a ser feita por moradores do Bairro. Um ano em que todos os meses muitas foram as dezenas de visitantes, dando uma maior proporção à Arte ali existente e, claro, aos seus mordores.


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MÚSICA

Ninho de Cucos

The 1975

Novo álbum e regresso a Portugal João Alexandre Músico e Autor

Conhecidos os alinhamentos dos Festivais NOS Alive em Lisboa e NOS Primavera no Porto uma coisa é certa, a edição de 2016 do Festival Lisboeta é fortíssima e abrangente de nomes firmados e, igualmente, daqueles que despontam. Mas aos Festivais em concreto voltaremos num futuro número do jornal e para já desmontemos um pouco mais aquele que é o novo trabalho dos 1975, banda que regressará ao Alive dois anos depois da sua estreia prometedora em terras lusas. Lançado há uma semana atrás e com título bem extenso “I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it”, é o segundo trabalho do quarteto de Manchester. The 1975 são formados por Matt Healy ,voz e guitarra, George Daniel, baterista nascido em Bruxelas, Adam Hann, guitarrista e o baixista Ross Macdonald. Conheceram-se no liceu em 2002, então com 13/14 anos, fazendo covers de temas punk em concertos para teenagers, rapidamente desencadeando o caos nesses espetáculos. Mais tarde polidos pela pop diversificada que os influencia, assente em nomes como Michael Jackson e o som Motown, os

Rolling Stones, a new wave ou os neo-românticos Duran Duran e Thompson Twins, ou o lado etéreo dos Sigur Rós, os 1975 lançam o seu primeiro EP “Facedown” em 2012. As suas actuações enérgicas e mais um par de EP’s, onde pontificam temas fortes como “Sex” e “Chocolate”, reforçam o efeito boca a boca e a sua música invade blogs e é presença constante nos meios digitais. A banda faz um tour com apresentações em todo o Reino Unido e um showcase para a indústria no festival SXSW em Austin, Texas, conjugado com um novo tour desta feita nos Estados Unidos. O álbum estreia auto-intitulado “The 1975” é editado em 2013, alcançando o nº 1 de vendas no Reino Unido e chegando à posição 28 no americano Billboard. O Notícias de Loures esteve presente na actuação dos 1975 no NOS Alive em 2014. Num concerto de final da tarde, para um recinto longe de estar preenchido (a hora também não ajudava), a banda captou a atenção dos presentes e daqueles que porventura não imaginariam parar por aquele palco, com as suas canções orelhudas onde a pop de guitarras se cruza com os sin-

tetizadores, bem à anos 80, com algum funk e mix de atitude indie. Dois anos passados, The 1975 regressam após alguns rumores de separação e pausa, amplificados e alimentados nas tricas do twitter por Matt Healy, conhecido como desbocado e neurótico. O truque não é novo, mas certo é que a banda aparece revigorada e reinventada a caminho do mainstream e da globalização nivelada bem por cima, pela via da sua opção estética assumidamente R&B, sem que isso signifique abandono do som e matriz identitária do álbum estreia.

“Ugh” um dos temas em avanço é funk R&B, como se de um Justin Timberlake no seu melhor se tratasse, mas logo depois podemos escutar o single “Love me” a remeter descarada e premonitoriamente para “Fame” de David Bowie. Resquícios de INXS, Scritti Polli, Hall and Oates e Police/Sting espalham-se pelos temas de dança e baladas ao longo do álbum. “The sound” e “somebody else” são exemplos concretos dessa paleta sonora. O descaramento destes meninos, detentores de uma legião de fãs

feminina capaz de rivalizar com algumas das maiores boysbands, ao piscar o olho a tantos gigantes da pop de outra época é grande. Fazem-no descomprometidamente, vivendo o momento e sabendo que se encontram sobre a linha que separa o passo em falso do estrelato e da conquista de algo, realmente, grande. Esperamos por eles no dia 7 de Julho, desta feita no palco principal do NOS Alive, para comprovar ao vivo qual o lado da linha por onde seguirão. www.facebook.com/the1975


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TEATRO

Pla caneta afora

António e Maria Gonçalo Oliveira Actor

Dois nomes bem portugueses: António, nome de Santo e também de ditador, por exemplo; Maria, nome de Virgem e também do processo das 3 Marias (Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno autoras de “Novas Cartas Portuguesas”). Mas aqui tratamos de uma outra Maria, actriz: Maria Rueff. E de um outro António, psiquiatra e/ou escritor: António Lobo Antunes. Apresento-vos “António e Maria”! Fomos ver. O Teatro Meridional, aliás como faz parte do seu projecto teatral, apresenta mais uma adaptação de textos não teatrais. Para tal chamou Rui Cardoso Martins, que fez um autêntico trabalho laboratorial, com a competência de quem monta um puzzle. Sob a batuta de Miguel Seabra como encenador e que encenador!!! – Maria Rueff, responsável proponente deste desafio ao Teatro Meridional, “desenha” de forma magistral, as mulheres que vagueiam pelos textos dos romances e das crónicas de António Lobo Antunes, todas elas numa só que, como o programa que acompanha o espectáculo nos diz, têm uma matriz de identidade profundamente lusitana e que deambulam pelo “silêncio de cenas quotidianas”, sempre “explodindo ou implodindo na poética tantas vezes dolorosa com humor e intensidade.”

“Espreitar para dentro de uma bota porque às vezes há coisas” É esta a lição que Lobo Antunes nos dá para toda uma vida e também como proposta para olharmos para este espectáculo: espreitar! Espreitemos, pois: uma mulher, soma de todas as mulheres do universo de Lobo Antunes, faz-nos viajar pela sua fragilidade, pela sua força, pelas suas memórias e

pelas suas dores exactamente provocadas pelas memórias pejadas também de homens de diferentes classes sociais e com tudo e todos o que a rodeia ela comunica, dissecando de forma cirúrgica todas as vivências que perturbaram e continuam a perturbar a sua existência. Maria Rueff “despe-se” e como extraordinária actriz que é, abre-nos o peito e deixa-se “operar de barriga aberta”! A sangue frio! Assim compromete-nos como público! Mostra-nos as nossas fraquezas e as nossas forças! Confronta-nos com a pobreza de espírito que nos acompanha tantas vezes mesmo ao nosso lado e que fazemos de conta que não existe. Nada a apontar a Maria Rueff! Só nos resta no final aplaudi-la de pé e gritar “Bravo!”! Pela sua interpretação e pela sua coragem! E que não se esqueça de aplaudir a milimétrica, absolutamente rigorosa e brilhante encenação de Miguel Seabra, que também assina o super -eficaz, mas quase imperceptível desenho de luz. Marta Carreiras assina com sobriedade de Mestra e arquitecta o belíssimo figurino e espaço cénico. Rui Rebelo está também de parabéns pela sua criação musical e de espaço sonoro que envolve o espectáculo. Um grande espectáculo que está proibido de perder! 5 de Março no Barreiro, dia 12 em Almada, 18 em Torres Vedras e 14 de Maio em Tondela. E como o espectáculo terminou a sua carreira em Lisboa com salas esgotadas, aqui fica o pedido com carácter de urgência da sua reposição na capital na sala do Teatro Meridional. Pela minha parte fica a promessa de voltar ao trabalho e história do Teatro Meridional e a uma conversa/entrevista com Maria Rueff. A nós resta-nos sair do Teatro Meridional e fazer o que a personagem nunca conseguiu fazer na sua vida: VOAR!!!

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CULTURA

Paisagens e Patrimónios

A vida atribulada das pontes do rio Trancão em Sacavém Florbela Estêvão Arqueóloga e museóloga

A inauguração da chamada Linha do Leste, em 1856, conforme foi aludido na crónica anterior, representou a concretização da primeira fase de um programa mais vasto que visava dotar o País de uma rede de transportes ferroviários. É indiscutível o papel crucial que o caminho-de-ferro desempenhou na consolidação de uma rede integrada de vias de comunicações, terrestres e fluviais, essenciais à concretização das ideias de progresso. Com efeito, Portugal assiste, na transição do antigo regime para a época contemporânea, à elaboração de um programa de obras públicas, iniciadas em 1789 pelos ministros José de Seabra da Silva e Luís Pinto de Sousa. Foram executadas durante o governo de D. Maria I e continuaram durante os governos seguintes, até às invasões francesas. A lei para as Obras Públicas do Reino, de Março de 1791, marcou um aspecto importante do código legislativo português, na medida em que é a primeira lei geral das infra-estruturas de circulação, na qual está expresso o carácter global da intervenção do Estado nessas obras, definindo-se que o melhoramento das vias de transporte e comunicação deve abranger todo o território continental. Durante um período de 20 anos,

entre 1789 e 1809, o Estado central promove um conjunto de projectos e obras que pressupõem uma visão hierarquizada do território. Partindo das duas principais cidades da altura, Lisboa e Porto, criaram um eixo central Sul-Norte estruturante de toda uma rede, onde as vias terrestres assumiam um papel prioritário, mas que não descurava nem as fluviais, nem tão pouco os espaços portuários. Ora, um dos intentos deste programa de obras públicas era o de contribuir para o desenvolvimento económico do País, de forma a reduzir a dependência externa, particularmente em relação à colónia do Brasil e, simultaneamente, fomentar o surgimento de outras centralidades que também reduzissem, internamente, a sujeição dos centros urbanos localizados no interior relativamente às cidades de Lisboa e Porto. É certo que este programa de acção governativa acabou por ficar truncado, em parte devido à I Invasão Francesa e à necessidade de desviar meios para o esforço de guerra. Mas, apesar do referido programa iniciado nos finais de setecentos ter sofrido ao longo dos 20 anos acima mencionados ciclos de maior incremento e outros de impasse ou mesmo de cancelamento, o que um facto é que tal programa será retoma-

do nos anos seguintes, agora já no governo liderado por Costa Cabral e durante o fontismo. A intenção de criar vias permanentes presente na lei para as Obras Púbicas do Reino implicava a construção de pontes no atravessamento dos rios. O referido plano de obras públicas determinava a edificação de uma ponte em pedra em Sacavém para travessia do rio Trancão, que na altura apenas era efectuada por barcas de passagem. Em tempos mais recuados já tinha existido uma ponte romana que, possivelmente, uma cheia terá destruído. A notícia dessa ponte chegou até nós através de um desenho (do séc. XVI) de Francisco de Holanda, que com base nos vestígios fez uma proposta para a sua reconstituição, a qual nunca veio a acontecer. O processo de projecto da ponte de Sacavém decorreu em 1792, com a apresentação de duas propostas contendo soluções muito distintas, uma de Manuel de Sousa Ramos e outra de José Auffdiener. Nessa altura, a povoação de Sacavém estava organizada em dois núcleos: Sacavém de Cima (a zona urbana em cotas mais altas) e Sacavém de Baixo (constituída pelo rossio e a igreja matriz, bem como algumas habitações e os armazéns situados na cota baixa). Uma

barca de passagem, a montante do rossio, garantia a travessia do rio, integrada na principal estrada de Portugal. Não era só esta estrada que era muito movimentada; havia também uma contínua passagem de barcos nesse local, ao qual chegavam as marés, sendo o Trancão uma via fluvial que ligava vários pontos do interior da várzea, como Loures e Frielas. O projecto da ponte de pedra tinha que responder a vários requisitos: assegurar a travessia permanente do rio, mesmo nas maiores cheias; possuir solidez construtiva para resistir às fortes correntes de Inverno, a que José Auffdiener acrescentou o risco dos tremores de terra; permitir a passagem dos barcos à vela; ter em consideração a variação do nível das águas em função das marés; e resolver a questão da interligação desta obra com o núcleo urbano. A proposta de Manuel de Sousa privilegiava a estrada real e a nova ponte como componentes preponderantes, subalternizando o espaço urbano relativamente a esses dois elementos. Implicava o desvio do leito do rio para a encosta norte, e a construção de um canal delimitado por cais em ambas as margens. No projecto, a ponte em pedra tinha de comprimento 280 palmos e de largura total 62 palmos, e era constituída por três arcos. Por oposição, o projecto de José Auffdiener, favorecia o lugar de Sacavém como seu elemento definidor, onde a ponte não era somente um elemento utilitário, mas um monumento valorativo do espaço urbano, nascido do cruzamento de uma grande estrada com uma via fluvial. Para aquele autor, a estrada, a ponte e a vila eram inseparáveis, e na sua memória descritiva essa preocupação é bem evidente: “Uma comunicação útil como esta, e dispendiosa como é uma ponte, não deve ser estranha aos objectos que a rodeiam e que ela deve unir; assim, procurei um monumento qualquer diante do qual pudesse colocar a ponte e uma boa parte da estrada, no mesmo alinhamento;

vi uma grande Igreja e tomei a decisão no terreno.” Ele propunha a implantação do tabuleiro da ponte à cota da Igreja Matriz que assentava sobre uma forte plataforma, junto ao rio. Esta plataforma seria ampliada e transformada numa praça, reordenando deste modo o rossio, onde lateralmente passaria a estrada real. Esta cota garantia a navegação fluvial, considerando que os mastros dos barcos que mais frequentavam esta via tinham 28 palmos (6,16m) de altura. Nesta proposta o traçado do rio não sofreria alterações, mas o seu autor considerava necessário encanar as suas margens para evitar as inundações na zona de Sacavém de baixo. Mais ainda, o projecto incorporava também um canal com percursos laterais, delimitados por alinhamentos de árvores. Propunha igualmente a construção de outra estrada de Sacavém a Lisboa, junto à margem do Tejo, assegurando uma distância menor entre as duas localidades e a fruição de um passeio de valor paisagístico. Foi o projecto de José Auffdiener aprovado e, ainda em 1792, iniciaram-se as obras, começando com a organização do estaleiro: construção dos edifícios para armazenamento de materiais e para o pessoal operário, forno de cal, abertura de pedreiras e transporte de pedras para o local da obra. A conjuntura europeia e a ameaça de um conflito determinou a suspensão dos trabalhos da construção da ponte, sendo os meios redireccionados para a defesa militar. A obra ficou portanto parada. Em novembro de 1807, quando Junot é recebido em Sacavém por um grupo de representantes do Conselho de Regência, o general faz a travessia do rio à barca. O mesmo Junot determina, assim que se instala na capital, a construção de uma ponte de madeira para acelerar a passagem das suas tropas, pois a passagem à barca tornava o processo muito moroso. Ainda nesse mesmo ano, por iniciativa de António de Araújo de Azevedo, é iniciado novo projecto, mas desta vez através de uma ponte em ferro.



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SAÚDE

Osteoporose

O que é a osteoporose? A osteoporose é uma doença sistémica que afecta o esqueleto e que resulta de um desequilíbrio entre a actividade dos osteoblastos (células dos ossos que produzem novas células ou osso novo) e dos osteoclastos (células dos ossos que destroem osso antigo ou envelhecido). É caracterizada pela redução da densidade óssea e deterioração da arquitectura (estrutura) do osso, o que conduz a um crescente risco de fraturas, o que acontece porque a reabsorção é superior à construção. Quais são os sintomas da osteoporose? Esta é uma doença silenciosa e o mais normal é que não se dê pela doença até que existam fraturas no decurso de situações acidentais. Normalmente, não existe dor associada ao processo e por isso se diz que é silenciosa. Em que idade se tem osteoporose? Numa situação normal, os nossos ossos crescem até aos vinte anos, mas podem ganhar densidade (resistência) até aos 35. A partir desta altura, a perda de densidade óssea acontece naturalmente, fazendo parte das alterações fisiológicas normais, pelo que a partir desta fase é ainda mais importante manter um estilo de vida que favoreça a reconstrução da matriz óssea. Com o envelhecimento, este processo sofre uma aceleração tornando-se patológica. Também a menopausa, na mulher, parece estar associada a este processo. Durante a fase fértil da vida de uma mulher, os seus ovários produzem um conjunto de hormonas que pertencem à classe dos estrogénios e que têm um papel preponderante quer no retardar da reabsorção, quer na fixação de cálcio pelos ossos. Quando

estas hormonas deixam de ser produzidas, o processo de desmineralização dos ossos pode estar aumentada.

para prevenir a evolução desta doença.

A osteoporose é hereditária?

A osteoporose é uma doença que afecta todas as gerações. Assim sendo, devemos começar desde cedo a adotar um estilo de vida saudável para prevenir a degeneração óssea. É importante ter uma alimentação saudável e consumir produtos ricos em cálcio (crianças: 600800mg/dia, adultos: 800-1000mg/ dia) como o leite (1 copo de leite = 250mg de cálcio), o iogurte (1 iogurte = 300mg), legumes (couve, bróculos, feijão branco), Fruta (laranja), cereais e pão. Recomenda-se ainda a prática regular de exercício físico para fortalcer não só os músculos, mas também os ossos. Recomendase que caminhe várias vezes por semana para estimular o metabolismo ósseo. A caminhada é a actividade mais recomendada,

Ter alguém na família que tenha tido osteoporose não significa directamente que se venha a ter osteoporose também. No entanto, é importante informar o médico se os pais tiveram esta doença. No caso de ter antecedentes familiares, deve-se manter um cuidado redobrado na prevenção da doença. O que é hereditário é a capacidade da vitamina D absorver o cálcio no organismo. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção de cálcio no organismo e que apresentam osteoporose quando adultas, têm maior probabilidade de apresentar a doença. Contudo, o uso de bons hábitos alimentares e de um estilo de vida saudável, por exemplo caminhadas, constitui a base da prevenção da progressão desta doença.

Como prevenir a osteoporose?

assim como exercícios de impacto mínimo. É muito importante evitar as quedas, principalmente na idade adulta, porque estas provocam fraturas graves do fémur, anca ou punho. A prevenção passa pelo rastreio da visão e do equilíbrio. A estimativa é de que 1 em cada 4 mulheres, a partir dos 50 anos, terá uma fractura por osteoporose. É também indispensável apanhar sol, sem filtro solar, pelo menos 15 minutos por dia, antes das 10 horas ou após as 16 horas, porque a quantidade de vitamina D depende do tempo de exposição solar. A vitamina D é fundamental para a correcta absorção de cálcio pelo organismo. Se tem uma baixa exposição solar recomenda-se que consulte o seu médico para saber o seu nível de vitamina D e aferir se precisa de tomar suplementos desta vitamina.

Deve-se procurar orientação médica quando se está na menopausa, falar com o seu ginecologista ou especialista em osteoporose sobre a necessidade de utilização de suplemento hormonal, cálcio ou vitamina D. O tabaco, a ingestão excessiva de álcool e o café aceleram a perda óssea associada ao envelhecimento. A prevenção é da máxima importância. Estima-se que, mundialmente, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 65 anos tenha osteoporose. Filipa Marcelino e Mário Cruz médicos internos ano comum Joaquim Martins - médico chefe de serviço de saúde pública Elvira Martins - médica coordenadora da USP (Unidade de saúde pública)

Quais são os factores de risco? É importante ter consciência de quais os fatores para os quais devemos estar em alerta, pois eles aumentam a possibilidade de vir a ter osteoporose. Não são só as mulheres que têm esta doença, os homens também podem desenvolver perda óssea acelerada. No entanto, sabe-se que a doença é mais frequente nas mulheres, numa proporção de três mulheres por cada homem. Sabe-se também que à medida que a idade avança, maior a probabilidade de vir a ter osteoporose. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, é um factor de risco ter baixo peso e estatura (ter um baixo índice de massa corporal). Isto não significa que a obesidade seja um factor protetor para esta doença. Ter uma história familiar anterior de fracturas da anca de um dos pais consitui também um factor de alerta. Assim como o próprio ter fraturas de baixo impacto depois dos 40 anos de idade. É importante recorrer à assistência médica se tem quedas de repetição, para aferir a causa. Se é medicado com corticoides, por mais de 3 meses de duração, é também importante ser seguido por um médico. A ingestão elevada de álcool, tabaco e café são também factores de risco que podemos evitar

CERTIFICO Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje neste Cartório a folhas sete e seguintes do livro noventa e quatro –A de escrituras diversas, que: CARLOS ALBERTO HENRIQUES FERNANDES e sua mulher, ROSA MARIA CARDOSO TAVEIRA FERNANDES, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes na Rua Cesário Verde, lote 449, Bairro dos Troviscais, Vale Figueira. S. João da Talha, Loures, contribuintes fiscais números 126.468.699 e 105.685.836; FOI DECLARADO QUE: com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de duzentos e oitenta e três vírgula cinquenta barra vinte e sete mil setecentos e vinte avos, do prédio rústico denominado “Troviscais”, sito em S. João da Talha, na freguesia de Santa Iria da Azóia, S. João da Talha e Bobadela, concelho de Loures, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures, sob o número seiscentos e sessenta e dois, da anterior freguesia de S. João da Talha, do mesmo concelho, e inscrito na matriz da freguesia de Santa Iria da Azóia, S. João da Talha e Bobadela, sob o artigo 14, da seção A; MAIS CERTIFICO SEGUNDO ALEGADO: Que a quota parte desse imóvel veio à sua posse em três de novembro de mil novecentos e noventa e dois, por contrato promessa de compra e venda, que aí foi identificada como terreno sito no Bairro dos Troviscais, em S. João da Talha, e por erro das partes, ficou a constar desse contrato que o direito prometido transmitir consistia num lote de terreno com duzentos e sessenta metros quadrados e com o número trezentos e noventa e seis, quando na realidade consistiu numa transmissão de uma mera quota ideal do referido prédio dos promitentes vendedores, que foi entregue a totalidade do preço, e nesse mesmo contrato estipularam efetuar a escritura definitiva assim que houvesse possibilidade, mas até à presente data nunca lograram celebrar a mesma. Que, assim, nunca celebraram o necessário contrato definitivo de aquisição, no entanto entraram na posse e fruição da referida quota ideal, do mencionado prédio rústico, a partir do dito ano de mil novecentos e noventa e dois, usando, ocupando e mantendo o prédio, na proporção que lhes cabia, de forma cordata e reconhecida pelos demais comproprietários, fazendo a conservação e melhoramentos a suas expensas, tais como limpeza e intervenções de manutenção, tirando quaisquer proveitos que o mesmo pudesse render, pagando os impostos devidos pela correspondente titularidade e suportando as competentes despesas inerentes. Que, então, essa posse foi adquirida à mais de vinte anos e até hoje mantida ininterruptamente, sem violência, nem oposição ou ocultação de quem quer que seja, pelo que foi sempre exercida de forma pacífica e ostensiva, à vista de toda a gente, sempre em nome próprio, beneficiando e conservando o referido imóvel, e agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, quer usando e fruindo como tal daquele imóvel, na proporção que lhes pertence, quer suportando os respetivos encargos. Que esta posse sempre foi pacífica, contínua e pública, desde o referido ano de mil novecentos e noventa e dois, pelo que adquiriram a dita quota ideal por USUCAPIÃO, causa de aquisição que invocam, justificando o seu direito de propriedade para fins de registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Lisboa e Cartório Notarial, aos 01 de março de 2016. O Técnico de Notariado, do Notário Frederico Fernandes Soares Franco, com Cartório na Avª. Fontes Pereira de Melo, nº. 19, 2º. Esqº, em Lisboa;

Florbela Maria Inácio Joaquim Inscrita na Ordem dos Notários, sob o número 332/5, conforme autorização do Notário Frederico Fernandes Soares Franco, publicitada no sítio da Ordem dos Notários em 02-01-2012. Conta registada sob o nº. 3


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NUTRIÇÃO

Recomendações para combater a obesidade infantil Anabela Pereira Nutricionista

A obesidade infantil é uma patologia médica grave, que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal que afecta negativamente a criança, limitando a sua capacidade para realizar diversas actividades e interferindo com o seu bem-estar físico e emocional. Um problema que, na idade adulta, pode provocar hipertensão, níveis de colesterol elevados, diabetes, falta de auto-estima e, inclusive, depressão. Em Portugal, uma em cada três crianças tem excesso de peso ou obesidade infantil, segundo os

estudos mais recentes da Organização Mundial de Saúde. De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças afectadas por esta epidemia: 29% das crianças portuguesas, entre 2 e 5 anos, têm excesso de peso e 12,5% são obesas. Na faixa etária dos 6 aos 8 anos, a prevalência do excesso de peso é de 32% e a da obesidade é de 13,9%. Tendo em conta este cenário, os especialistas alertam para a necessi-

dade de tomar medidas capazes de travar o avanço desta epidemia porque, se esta tendência continuar, esta geração de crianças será a primeira da história a viver uma vida mais curta que a dos seus pais. Não são aconselhadas dietas restritivas às crianças, pois poderão comprometer o seu crescimento e saúde. Deve haver um compromisso de toda a família para melhorar a qualidade da alimentação e aumentar os níveis de exercício físico.

Há prova no Museu O Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas, recebe hoje, dia 5 de Março, a partir das 15 horas, a iniciativa “Há prova no Museu”, uma degustação gratuita de vinhos da região de Bucelas. A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Loures, apresenta uma visita e prova de vinho comentada sobre o grupo Enoport, que engloba algumas das mais emblemáticas empresas de vinho portuguesas. Instalado num edifício cuja história está intimamente relacionada com a tradição vitivinícola de Bucelas, o Museu do Vinho e da Vinha dá a conhecer as principais fases do trabalho na vinha e os meios tradicionais de produção do vinho. Para participar nesta iniciativa gratuita no Museu do Vinho e da Vinha, que se realiza ao primeiro sábado de cada mês, sempre com vinhos de Bucelas de diferentes produtores, basta confirmar a presença até à quinta-feira anterior à visita, através dos números 924 487 297/211 150 669 ou pelo correio eletrónico museu_vinho@cm-loures.pt.

RECOMENDAÇÕES AOS PAIS: • Não utilize a comida como prémio; • Transforme as horas de refeição em momentos de convívio familiar, em que uma refeição é feita em família; • Prepare os pratos e leve-os para a mesa; • Remova as tentações da despensa. Não compre guloseimas, refrigerantes e batatas fritas; • Planeie antecipadamente com o seu filho o lanche escolar, como por exemplo: um iogurte líquido ou uma maçã e metade de um pão escuro com queijo flamengo; • Normalmente as crianças rejeitam alimentos que desconhecem. A introdução de novos alimentos dever ser feita de forma calma e gradual; • O ideal é comer cinco vezes por dia, com intervalos de três horas e meia; • A alimentação diária da criança deve incluir sopa de legumes (ao almoço e ao jantar), vegetais, peixe, três peças de fruta e cerca de meio litro de leite ou substitutos; • Participe com o seu filho em actividades ao ar livre e incentive-o a escolher e a praticar um desporto do seu agrado.


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PSICOLOGIA

Tempos de crepúsculo

Brincar, um direito e um dever!

Quando a coruja de Minerva finalmente levanta voo 2º ciclo de debates » 2016

Patrícia Duarte e Silva

Museu Municipal de Loures

Psicóloga Clínica

tante é reforçar a autoestima e a segurança. O brincar com os amigos ou irmãos também adquire um papel importante no desenvolvimento das crianças, pois trabalha competências sociais, como a entre-ajuda, a gratidão, a cooperação e a partilha. Tente dar atenção à criança enquanto esta brinca, ela vaise sentir mais segura, logo terá menos necessidade de chamar a atenção. Se nós adultos sentimos a pressão da rotina e da exigência diária, imagine o seu filho, com o calendário semanal recheado de actividades extra-curriculares, sem espaço para ser criança. Problemáticas ao nível do comportamento, atenção/concentração e alterações no padrão de sono podem ser um alerta! Lembre-se de que brincar é uma parte essencial do crescimento e é fundamental para garantir que as crianças alcancem o seu pleno potencial na vida adulta, por isso proporcione um tempo diário para que a criança se dedique às brincadeiras, a explorar, testar, investigar e descobrir por si mesma os outros, os papéis sociais, e por fim, o mundo. O importante a ter em conta é que as crianças não precisam de actividades sofisticadas, mas sim de se sentirem amadas e acompanhadas. Por isso, em qualquer actividade que os seus filhos entrem, participe sempre que possível! Já agora brinque, aproveite e divirta-se!

20 fevereiro » 15:00 Cultura e animação cultural 9 abril » 15:00 Paisagem como património 14 maio » 15:00 Mobilidade e viagem

Entrada livre Coordenação Vítor Oliveira Jorge CML/DAIC/2016

é este, conhecer o mundo, permitindo-lhes alcançar competências, tais como a noção de causa e efeito, a cooperação, a resolução de problemas e o funcionamento do seu corpo. As crianças precisam de dedicar mais tempo, não menos, a brincar, especialmente a brincar ao faz de conta. Este tipo de brincadeira é fundamental para o desenvolvimento do pensamento simbólico, consolida os seus mundos imaginários, o seu pensamento criativo e narrativo, ajuda-as a gerir as emoções e a partilhar sentimentos, desenvolve competência cognitivas, emocionais e sociais, como a criatividade. Ao experimentarem uma variedade de símbolos, ideias e relações, através da brincadeira, as crianças estão a desenvolver ferramentas que lhes serão muito úteis para encarar os desafios futuros, nomeadamente a entrada para a escola. E, claro, os pais têm um papel fundamental nesta descoberta do mundo faz de conta! Um verdadeiro ensaio para o mundo real! Os pais poderão ser verdadeiros mentores das brincadeiras, encorajando novas e divertidas actividades. Incentive a criança a escolher o cenário da brincadeira, a negociar os papéis e as especificidades de cada personagem, a definir os objectos e as regras a serem seguidas. Deixe-se guiar pela imaginação e ideias da criança e lembre-se de que não há um brincar certo ou errado. Na maior parte das brincadeiras, o mais impor-

Organização Câmara Municipal de Loures

CML/DAIC/2016

São cada vez mais (re) conhecidas as dificuldades sentidas pelos pais ou outros responsáveis por crianças no que toca à sua educação. A sociedade moderna exigelhes cada vez mais, enquanto educadores, ao mesmo tempo que coloca barreiras à sua participação plena na educação dos filhos, como é o caso da carga de horário laboral que dificulta uma satisfatória disponibilidade para a família, ou mesmo a necessidade de trabalhos extra, nalguns casos para regular a economia familiar. Os pais são os primeiros e principais agentes da socialização das crianças e, consequentemente, as suas atitudes são determinantes para o seu desenvolvimento harmonioso. Se por um lado os pais têm profissões cada vez mais exigentes, também é verdade que as crianças parecem ser cada vez mais exigentes e, por vezes, ditadoras. Em consequência, nesta sociedade refém do tempo, brincar tem por vezes má reputação, sendo vista como uma actividade fútil ou de perda de tempo, dado que aparentemente nada produz de útil para o futuro das crianças. Claro que esta preocupação dos adultos é legítima, mas é uma preocupação excessiva que pode sacrificar o tempo da infância. Brincar é um direito fundamental reconhecido pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança. Ao brincar, as crianças estão a aprender e a preparar-se para a vida. Em idade pré-escolar, o trabalho das crianças

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Ciclo de Debates Tempos de Crepúsculo é o nome do 2º ciclo de debates, que o Museu Municipal de Loures começou a receber desde o dia 20 de Fevereiro. O primeiro debate deste ciclo efectuou-se, pelas 15 horas, e foi subordinado ao tema Cultura e animação cultural. O que se entende por cultura ou culturas? Este foi o ponto de partida para um debate, em que se pretendia perceber como é que a cultura pode contribuir para o bem-estar colectivo e para a coesão social. Coordenado por Vítor Oliveira Jorge, investigador do Instituto de História Contemporânea, contou com Filomena Viegas, Graça Nunes e Maria Miguel Lucas como oradoras. As próximas sessões, às 15 horas, decorrem no dia 9 de Abril (Paisagem como património) e a 14 de Maio (Mobilidade e viagem). O título deste ciclo de debates – Tempos de crepúsculo – Quando a coruja de Minerva finalmente levanta voo – é inspirado no filósofo alemão Hegel. Trata-se da menção à coruja de Minerva, símbolo da sabedoria, que apenas a posteriori – ao fim do dia, ou crepúsculo – pode, retrospectivamente, perceber o que se passou e atingir o entendimento, a luz da Razão.


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ECONOMIA

Empresa de Loures distinguida A Renascimento, empresa sediada em Loures, mais concretamente na Manjoeira, obteve a mais ambicionada certificação a nível europeu no tratamento de REEE – “A certificação Excelência WEEELABEX” para o tratamento e reciclagem de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, constituindo-se assim como o primeiro operador nacional a conseguir este reconhecimento.

A Renascimento é detentora de três unidades especializadas no tratamento do fluxo específico dos Resíduos eléctricos e electrónicos (REEE), localizadas no concelho de Loures e distritos de Aveiro e Faro. Estas unidades estão licenciadas e certificadas (normas ISO9001 e ISO14001 e OSHAS 18001) para recepcionar e efectuar as várias etapas de tratamento deste tipo de resíduos. Cada categoria de REEE que dá entrada nas várias unidades de gestão de resíduos da Renascimento segue um processo de triagem e tratamento específico, sendo de destacar que todas as operações de recolha, transporte, gestão e tratamento estão licenciadas pelo Ministério do Ambiente. A Renascimento é membro do sistema integrado de gestão de REEE gerido pelas entidades gestoras portuguesas Amb3E e ERP Portugal desde o início. Tal como referido pela Directora de Negócios e porta-voz da empresa, Elsa Nascimento “Estamos convictos que temos desenvolvido todos os esforços em Investigação e desenvolvimento assim como todos os investimentos financeiros necessários à implementação das melhores práticas disponíveis até à data, a Renascimento já iniciou em 2013 este processo de certificação do referencial WEEELABEX (normas internacionais específicas para REEE), o qual significa a excelência no tratamento de REEE a nível europeu”. Resultante da auditoria afecta a este processo para avaliação da conformidade, a qual decorreu no passado mês de novembro de 2015, a Renascimento obteve a pontuação de 92% para o tratamento de grandes equipamentos e de 93% referente ao processo de tratamento de pequenos equipamentos, tendo obtido o melhor dos reconhecimentos para premiar a excelência da

sua actividade de tratamento de REEE – a certificação WEEELABEX. O Director Operacional Paulo Nascimento refere ainda que todo o processo conducente à obtenção deste reconhecimento foi longo e penoso, já foi iniciado em 2013 através da realização de uma auditoria piloto que pretendeu “testar” a adaptabilidade da empresa ao referencial WEEELABEX e que no final de 2014 foram realizados os restantes testes formais de tratamento ou “batch tests” (auditoria operacional), que implicaram a mobilização, durante 3 dias, de toda a unidade de tratamento de REEE para aferição da nossa metodologia de tratamento e obtenção de taxas de tratamento e reciclagem com base em amostras representativas”. Após a realização destes testes seguiuse um ano de trabalhos que visaram a consolidação de todos os aspectos identificados neste procedimento e que conduziram à realização da última auditoria para obtenção do reconhecimento de excelência WEELABEX. A Renascimento encontra-se, assim, listada e reconhecida oficialmente e internacionalmente como operador WEEELABEX na List of attested WEEELABEX Treatment Operators, sendo pois o único operador português a figurar na referida à data de hoje. A Direcção da empresa acredita que este reconhecimento venha a incentivar ainda mais os fabricantes de equipamentos eléctricos e electrónicos, os importadores, os distribuidores, os armazenistas, a logística, as lojas de eletrodomésticos e o consumidor em geral a enviar os seus resíduos para empresas certificadas por estas normas, evitando desta forma o encaminhamento destes materiais para “sucateiros” e para empresas que não lhe garantam a mesma qualidade de serviço e a mesma protecção do ambiente.

QUEM É A RENASCIMENTO: A Renascimento - Gestão e Reciclagem de Resíduos, Lda, é uma empresa vocacionada para a Gestão global de resíduos, sendo uma referência no mercado da gestão global de resíduos, sobretudo pela originalidade da sua postura. Constituída em 1995 e contando com uma equipa jovem e especializada, posiciona-se junto das mais variadas indústrias e serviços a nível nacional, actuando fundamentalmente na vertente da gestão de resíduos, através da disponibilização de formação ambiental, de um conjunto variado de actividades e serviços, nomeadamente operações de acondicionamento, transporte, triagem, tratamento e reciclagem de toda a variedade de resíduos. Actualmente a Renascimento conta com cerca de 200 colaboradores e parceiros que, continuamente, recebem formação na área da qualidade, saúde, higiene e segurança no trabalho de forma a garantir a eficácia e eficiência dos serviços prestados. De forma a suportar toda a sua atividade operacional de gestão global de resíduos a empresa implementou-se a nível nacional, possuindo unidade de recepção, tratamento e gestão de resíduos em Loures, Porto e Faro. De forma a garantir o controlo, a gestão e a melhoria contínua de todos os seus processos e áreas de negócio a empresa encontra-se certificada em Qualidade, Ambiente e Segurança pelas normas ISO 9001 e ISO 14001 e pela OSHAS 18001.


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