Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo

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Ranking |

editorial

Por uma indústria mais forte Marcos Guerra é presidente da Federação das indústrias do espírito Santo (Findes)

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ste ano, o Sistema Findes completa 55 anos, e cada uma de nossas entidades atua no interesse estratégico do industrial, oferecendo serviços diferenciados em diversas áreas de negócios. Nossa missão é trabalhar em prol da indústria capixaba. O desafio é garantir a sustentabilidade do crescimento do Estado e a capacidade de transformação estrutural, de modo que possamos contar com um setor inovador e competitivo. No mês de agosto entregamos o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba (Meic) 2013-2022, que detalha, de forma técnica, uma série de indicadores e metas a serem atingidos pelo Estado até o ano do bicentenário da Independência do Brasil. Na oportunidade, passamos também às mãos do governador Renato Casagrande a Agenda Positiva, que propõe, com o envolvimento dos setores públicos e privados, várias ações capazes de promover o avanço em desafios históricos, que podem ser superados sem grandes investimentos, mas com medidas inovadoras, inteligentes e redução da burocracia. Já no mês de setembro, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), apresentamos ao setor produtivo outro importante diagnóstico - desta vez, o índice que demonstra a competitividade das micro e pequenas indústrias capixabas (MPEs). Ainda nesse contexto, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), lançamos agora o Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, edição 2013, em que analisamos minuciosamente os

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balanços e demonstrativos financeiros de empresas dos setores agropecuário, industrial, comercial e de serviços. O objetivo do Anuário é avaliar as instituições que obtiveram os melhores desempenhos e conhecer os maiores e melhores grupos empresariais capixabas. Em sua 17ª edição, sendo a quinta consecutiva em versão bilíngue, a publicação, além de apresentar o ranking das maiores empresas em atuação no Estado, é um dos mais importantes instrumentos de análise e reflexão sobre a economia capixaba. Na edição deste ano, como de praxe, trazemos aos leitores artigos elaborados por autoridades, economistas, empreendedores, professores, técnicos e formadores de opinião, apresentando diferentes visões e avaliações sobre gargalos, desafios e cenários econômicos, além de avaliações da nossa economia. Podemos afirmar que o Anuário é um recurso fundamental para os empreendedores que desejam ou pretendem investir no Espírito Santo. Enquanto presidente do Sistema Findes, acredito que podemos contribuir para o desenvolvimento do Estado com diversos tipos de articulação, projetos e elaboração de diagnósticos técnicos, seja por meio de pesquisas, estudos ou índices, pois nosso objetivo é construir um cenário econômico sustentável, que favoreça o crescimento da indústria capixaba beneficiando tanto os investidores quanto seus colaboradores, com impactos positivos sobre a geração de emprego e renda. Ótima leitura e boa reflexão.

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ÍNDICE Editorial

04 Por uma indústria mais forte Marcos Guerra

ARTIGOS Desenvolvimento Econômico e Social 10

Crescimento capixaba: uma realização coletiva renato Casagrande

Indústria 12

o futuro do Brasil depende da indústria robson Braga de andrade

Energia e Infraestrutura 16

alerta: a infraestrutura ainda pode piorar José armando de Figueiredo Campos

Gestão e Qualidade 18

Profissionalização da gestão: a empresa familiar em foco annor da silva Júnior

Políticas Públicas 22

o valor da educação ricardo Ferraço

Justiça e Desenvolvimento 26

Sem amadorismo sebastião Carlos ranna de Macedo

Inovação 28

inovar no pensar e no fazer Guilherme Henrique pereira

Indústria 32

reinventando a indústria Mauricio Max

Gestão e Espiritualidade 36

Gestão e espiritualidade sidemberg rodrigues

Gerenciamento de Projetos

40 Comunicação, soft skills e gerenciamento de stakeholders em projetos = Best fit communication Miriam Machado

Economia 42 44

a busca por mão de obra qualificada Benízio lázaro os pequenos negócios e o desenvolvimento capixaba José Eugênio vieira

EcOnOmIA cAPIxAbA 48 54 58 62 64 68 72 76 78 80

abertura - Cenário e perspectivas petróleo e Gás rochas papel e Celulose logística e Infraestrutura Mineração e siderurgia Energia Construção Civil e pesada serviços Metalmecânico

PESQuISA IEL-ES 84 86 88 90 92 94

Metodologia Empresário Destaque Empresário Destaque Executivo Destaque Empresa Destaque prêmio IEl em Gestão Empresarial

DESTAQuES EmPRESARIAIS 98 102 106 108 110 112 118

Garoto vale Coimex sicoob Es samarco sesi/Es senai/Es

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RAnkInG 200 mAIORES EmPRESAS nO ESPíRITO SAnTO 124 125 126 128 130 160

Introdução o que você encontra neste encarte análise Emanuel Junqueira Metodologia Informações Gerais, análises e estatísticas análise Ideies

InSTITucIOnAL 182 sistema Findes

EcOnOmIA cAPIxAbA (cOnTInuAçãO) 190 194 198 202 204 208 212 214 218 222 224 226 228 230 234

agroindústria e agronegócios alimentos e Bebidas saúde Comércio varejista Mercado Financeiro Comércio Exterior turismo Móveis vestuário Educação Inovação Química e Embalagens Meio ambiente e sustentabilidade Indústria Criativa políticas públicas

ano XvII - Nº 17 - Novembro/2013 - publicação anual - venda proibida

FEDEração Das INDústrIas Do EstaDo Do EspÍrIto saNto (FINDEs) presidente:

Marcos Guerra

1º vice-presidente: 2º vice-presidente: 3º vice-presidente: 1º diretor administrativo: 2º diretor administrativo: 3º diretor administrativo: 1º diretor financeiro: 2º diretor financeiro: 3º diretor financeiro:

Manoel de Souza Pimenta Neto Ernesto Mosaner Junior Sebastião Constantino Dadalto Ricardo Ribeiro Barbosa Túllio Samorini Luciano Raizer Moura Tharcício Pedro Botti Ronaldo Soares Azevedo Antônio Tavares Azevedo de Brito

Diretores:

Ademar Antonio Bragatto Ademilse Guidini Alejandro Duenas Benízio Lázaro Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Edvaldo Almeida Vieira Egidio Malanquini Elcio Alves Evandro Simonassi Flavio Sergio Andrade Bertollo Gibson Barcelos Reggiani José Domingos Depollo Leonardo Souza Rogerio de Castro Luiz Alberto de Souza Carvalho Mariluce Polido Dias Ortêmio Locatelli Filho Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona Rogério Pereira dos Santos Vladimir Rossi Wilmar Barros Barbosa Wilmar dos Santos Barroso Filho

ARTIGOS (cOnTInuAçãO) Desenvolvimento Econômico e Social

238 desafios para o desenvolvimento socioeconômico paulo Hartung

Indústria

240 a indústria naval chega ao espírito Santo luciana aboudib sandri

Gestão Empresarial

244 a gestão como estratégia no mercado global ricardo vescovi

proDUção tÉCNICa – INstItUto EUvalDo loDI (IEl-Es) Diretor regional: Marcos Guerra Diretor para assuntos do IEl-Es: Benízio lázaro superintendente: Fábio ribeiro Dias Equipe técnica:

Fernando Gomes pereira – Gerente da Unidade de Negócios e projetos e equipe Marcus vinícius tavares Cabral – Especialista Emanuel Junqueira de Mattos – Consultor antônio Fernando Dória porto – Diretor Executivo do Ideies e equipe

Energia e Infraestrutura

246 o novo cenário da exploração e produção de petróleo e gás no espírito Santo José luiz Marcusso

Equipe de apoio:

Carla Mara pereira Franco – Gerente da Unidade de Gestão Estratégica e operações e equipe

Marketing:

Justiça e Desenvolvimento

Cintia Coelho Dias – Gerente da Unidade de Marketing do sistema Findes e equipe

relações com o Mercado:

simone Dttmann sarti – Gerente da Unidade de relacionamento com o Mercado do sistema Findes e equipe

250 Justiça e subdesenvolvimento pedro valls Feu rosa

Contatos: (27) 3334 5721 Iel200maiores@findes.org.br

Desenvolvimento Econômico e Social

252 Nova economia diversificada – o quarto ciclo do desenvolvimento do eS Nery De rossi

Designer da Marca 200 Maiores: Cristina Xavier

Indústria

254 Por uma política efetiva de aumento da competitividade Benjamin M. Baptista Filho 258 desenvolvimento industrial: uma nova perspectiva vitor penna Costa 260 inovação: um desafio permanente paulo silveira

Inovação

262 a saída está na educação rafael lucchesi

Indústria

266 Urbanização acelerada e bem-estar Guilherme lacerda 270 Um futuro promissor Fernando pimentel

RAnkInG OF THE 200 bIGGEST cOmPAnIES In ESPíRITO SAnTO 275 Somente na versão em inglês 274 Índice de anunciantes

arte da capa:

Marketing Findes

Jornalista responsável:

Breno arêas (MtB-Es 2933)

Endereço:

av. Nossa senhora da penha, 2.053, Ed. Findes, 2º andar, santa lúcia vitória (Es), CEp: 29056-913 Tel: (27) 3334-5754 • Fax: (27) 3225-7958 200maiores@findes.org.br

produção Editorial: www.nexteditorial.com.br (27) 2123-6500 Coordenação editorial:

Mário Fernando souza

Coordenação de produção:

Cláudia luzes

Coordenação de conteúdos:

Márcia rodrigues

textos:

ana lúcia ayub, Heliomara Mulullo, Jacqueline vitória, Nádia Baptista, sânnie rocha, thiago lourenço e Yasmin vilhena

tradução:

Damaris Barradas

Fotos:

arquivo Next Editorial, anderson Mendes, Cláudio alves, Jackson Gonçalves, renato Cabrini e shutterstock.

revisão:

andréia pegoretti

produção Gráfica:

www.grafitusa.com.br tel: (27) 3434-2200

Esta revista foi produzida em papel Certificado FSC® garantindo o manejo florestal responsável.

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deSeNVolViMeNto eCoNÔMiCo e SoCial

Crescimento capixaba: uma realização coletiva renato Casagrande é governador do estado do espírito Santo

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o entregar esta publicação a todos que se interessam, direta ou indiretamente, pelo crescimento econômico e o desenvolvimento social do Espírito Santo, o Instituto Euvaldo Lodi comprova que o Estado vive hoje um momento decisivo da sua história. Não só pelo volume de investimentos planejados, decididos e, em vários casos, já realizados, mas também pela qualidade e repercussão social dos projetos concluídos ou em execução. E a transparência na gestão pública, um direito essencial da cidadania nas sociedades democráticas, tem permitido à população acompanhar de perto a evolução econômica e a consolidação das políticas sociais que estão no centro do novo modelo de gestão implantado no Estado, cujos resultados positivos são visíveis em todas as regiões. Já demonstramos na prática – e esta publicação reafirma tal fato – a viabilidade e dinamismo da nossa economia, assim como nossa capacidade de atrair novos e importantes investimentos na infraestrutura, indústria, agricultura, comércio e serviços, com crescente geração de empregos. A maior

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parte desses investimentos já está sendo concretizada. Outra parte, sobretudo no que se refere à modernização da infraestrutura logística, está no âmbito de responsabilidade da União e é essencial para a eliminação de antigos gargalos que ainda dificultam o crescimento estadual. Com muito trabalho e articulação política, estamos conseguindo superar essa “agenda velha”, ao mesmo tempo em que abrimos novos caminhos para dar mais autonomia e velocidade ao processo de desenvolvimento do Estado. Este, aliás, é o objetivo central do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo – Proedes, lançado em 2012, que apoia a incorporação de tecnologias avançadas, estimula a formação de parcerias produtivas, amplia a competitividade das empresas, dos municípios e das regiões e incentiva a inovação e a diversificação da economia capixaba. No campo político e institucional, consolidamos um ambiente de respeito e diálogo entre os três Poderes, o que nos permitiu enfrentar as ameaças externas anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Foto: leonel albuquerque

que se acumularam sobre os capixabas nos dois últimos anos. E, com a criação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Municipal, estamos desburocratizando a transferência de recursos para que os municípios possam participar, cada vez mais ativamente, desse esforço conjunto de superação dos obstáculos do presente e de construção do futuro. Nesse ambiente de parceria, equilíbrio e responsabilidade, fica cada vez mais clara e firme entre os capixabas a consciência de que o desenvolvimento resulta de uma soma de esforços, na qual cada ator relevante tem seu papel, num amplo leque que vai do empreendedorismo e criatividade da iniciativa privada à gestão competente do Estado e dos municípios. E é essa consciência que tem nos permitido superar preconceitos políticos ou ideológicos, quando o objetivo comum é estimular a produtividade das empresas aqui instaladas e atrair novos negócios, para levar mais e melhores oportunidades de crescimento econômico e social a todas as regiões e a todos os cidadãos. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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“No campo político e institucional, consolidamos um ambiente de respeito e diálogo entre os três poderes, o que nos permitiu enfrentar as ameaças externas que se acumularam sobre os capixabas nos últimos anos”

Com essa orientação política e esse modelo de gestão fundado na solidariedade, no compromisso com resultados, na eficiência administrativa e no equilíbrio financeiro e fiscal, reunimos condições para manter – e até ampliar – a nossa marca histórica de R$ 1,5 bilhão em investimentos anuais. Com um detalhe que faz toda a diferença: grande parte desses recursos é destinada à infraestrutura logística, à educação tecnológica e às ações de inovação que tornarão nossa economia mais eficiente e competitiva em todos os seus segmentos. É assim que preparamos o Espírito Santo para um novo ciclo de desenvolvimento sustentável, socialmente justo e distribuído por todo o território. E é assim que firmamos bases sólidas para que as 200 maiores empresas capixabas de hoje sejam ainda maiores amanhã, ao mesmo tempo em que abrimos espaços para a atração de novos empreendimentos, que ajudarão a moldar o perfil de um Espírito Santo mais moderno, mais próspero, mais equilibrado e, acima de tudo, mais justo e generoso com todos que vivem, estudam e trabalham aqui. 11

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iNdÚStria

o futuro do Brasil depende da indústria robson Braga de andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da indústria (CNi)

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indústria é um sonho da sociedade brasileira que se tornou realidade. Essencial para o desenvolvimento do país, o setor industrial enfrenta hoje ameaças, em um ambiente adverso em que o Brasil precisa encontrar soluções para seus desafios econômicos. Contribuir para o debate e a adoção de medidas que aperfeiçoem o ambiente de negócios, estimulem o crescimento econômico vigoroso e duradouro, e melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores deve ser o principal objetivo de entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). Mesmo enfrentando problemas estruturais e conjunturais, somos a 10ª indústria do mundo, fato que não pode ser ignorado. Mas claramente temos um segmento fabril menor do que nossa capacidade. O fenômeno da desindustrialização pode até ser natural nos países de economia avançada, que têm elevada renda per capita e sofisticação tecnológica, nos quais costuma se sobressair o setor de serviços. No caso do Brasil, entretanto, esse é um processo extremamente precoce. Somos ainda uma nação em desenvolvimento e com muitas questões econômicas e sociais a resolver. Nações como China, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Turquia e Méx ico, que concorrem conosco em vários nichos do mercado global, estão até aumentando a participação de sua indústria no Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo países emergentes que experimentam também uma redução, como Argentina, Chile, África do Sul, Rússia e Polônia, ainda têm parcela do setor na economia superior à nossa. A indústria de transformação, que representava 35,8% do PIB brasileiro em 1985, encolheu para 13,3% no ano passado. As exportações do segmento caíram de 64,5% do total em 1992 para 37,4% em 2012. Os dados são preocupantes. O Brasil, que detinha praticamente 8% do produto industrial dos países em desenvolvimento em 2000, viu essa participação recuar para

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5,4%, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). O setor industrial sofreu, em 2012, uma queda de 0,8%. O segmento da indústria de transformação teve um recuo ainda mais pronunciado, de 2,5%. Desde o início

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do ano, as projeções de crescimento do PIB e da indústria em 2013 foram diversas vezes revisadas para baixo, muito em função da crise internacional, de duração ainda imprevisível. Mas não podemos desanimar. A indústria brasileira vai mostrar, mais uma vez, que é resistente e que consegue dar a volta por cima. No segundo trimestre, o PIB industrial subiu 2%, acumulando alta de 0,8% no primeiro semestre. Temos consciência de que a construção de uma economia realmente competitiva exige o combate às

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dificuldades estruturais, além das meramente conjunturais. O Sistema Indústria, com a destacada participação da Findes, tem empreendido um diálogo franco e produtivo com os governos para retirar os entraves ao crescimento e ao pleno aproveitamento do potencial da economia nacional. Sabemos quais são esses persistentes obstáculos que precisam ser superados: sistema tributário complexo, pesado e injusto; legislação trabalhista anacrônica, de altíssimo custo; educação deficiente; infraestrutura precária; crédito caro e burocracia sufocante, por exemplo. Num mercado concorrido, que a crise global tornou ainda mais disputado, precisamos remover esses e outros entraves ao aumento da nossa competitividade. Sem isso, corremos o risco de marcar passo, o que vai reduzir o ritmo de geração de empregos e riqueza, atrasando o desenvolvimento nacional. A reversão desse quadro negativo passa pela ampliação da taxa de investimento no país, o que pressupõe o reforço da confiança do empresariado brasileiro e ações efetivas para: 1) assegurar a redução das incertezas na gestão macroeconômica, marcada por discursos contraditórios nas políticas cambial, monetária e fiscal; 2) avançar nas reformas capazes de elevar a competitividade da economia e contribuir para a diminuição dos custos de produção; 3) reduzir as incertezas regulatórias que geram insegurança jurídica e limitam decisões de investimentos; e 4) direcionar os gastos governamentais para investimentos, reduzindo a parcela de despesas correntes. Mais uma vez, o Sistema Indústria está dando uma firme contribuição para a solução dos problemas de competitividade ao apresentar, ao debate público, o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. Nesse documento, listamos os 10 fatoreschave para fortalecer as empresas brasileiras, dando a elas mais condições de concorrer tanto no mercado interno quanto no externo. Em cada um desses itens, foram identificados objetivos prioritários, metas quantitativas e qualitativas, e ações concretas. A referência é 2022, quando o Brasil comemora 200 anos de independência. Com o plano em mãos, devemos trabalhar com dedicação para

“a indústria brasileira vai mostrar, mais uma vez, que é resistente e que consegue dar a volta por cima”

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iNdÚStria

atingirmos o nível que desejamos daqui a nove anos. O Brasil não pode prescindir de sua indústria. Ela é fundamental para a economia, pois responde por 45% da arrecadação de tributos, emprega 25% da população e paga 25% dos salários. O setor industrial é a fonte mais importante da

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inovação tecnológica e da elevação da produtividade, fatores determinantes da competitividade. Quando a indústria vai bem, todos os demais setores se beneficiam, com o aumento das encomendas em sua longa cadeia de fornecedores de insumos, componentes e serviços. De forma inversa, se ela vai mal, todo o país sofre. A economia cresce mais devagar, os empregos de qualidade se esvaem, a renda e a arrecadação tributária caem. A sociedade brasileira precisa de uma indústria pujante, inovadora e competitiva nos mercados doméstico e externo. Países com dimensões continentais, como o nosso, não se tornam potências sem os alicerces de uma base industrial. Com a retirada dos obstáculos que ainda nos atrapalham, certamente seremos mais fortes e ingressaremos, com ainda mais determinação, no grupo das economias líderes do século 21. Devemos persistir sempre. O futuro do Brasil depende da indústria.

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eNerGia e iNFraeStrUtUra

alerta: a infraestrutura ainda pode piorar José armando de Figueiredo Campos é engenheiro de Minas pela UFoP, presidente do Conselho de administração da arcelorMittal Brasil e co-fundador do espírito Santo em ação

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indústria capixaba deve enfrentar nos próx imos anos mais um desafio. Não é inédito e nem será a última vez que os empresários do Estado serão colocados à prova. Inúmeras vezes, em passado recente, nossa indústria e seus dirigentes mostraram-se capazes de vencer obstáculos e ajudaram a manter, durante vários anos, o crescimento da nossa economia acima da média do avanço nacional ou mesmo regional. Agora, não bastassem os efeitos da crise iniciada em 2008, que têm afetado sobremaneira a economia estadual, vamos poder contar com os problemas que, infelizmente, por total falta de previdência, nós mesmos geramos.

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Refiro-me ao completo descuido com que o Brasil, especialmente na esfera federal, vem tratando a questão do seu macroplanejamento. Um exercício acima de qualquer estratégia de governo, tratado como assunto de Estado e que, ao final, pudesse dotar o país de infraestrutura mínima para enfrentar os ciclos naturais da economia mundial e o inevitável aumento da concorrência de outros atores. O rebatimento imediato dessa falta de planejamento se vê numa infraestrutura em franco estado de degradação, que nos impõe custos absurdos e que limita o alcance econômico de nossos produtos. Ao Espírito Santo começa a chegar, é verdade, aquilo que há muito ansiávamos.

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Contudo, o atraso não foi pequeno e seus efeitos ainda vão nos custar caro por algum tempo. O caso das rodovias federais que passam pelo nosso Estado é típico e merece registro à parte. Nem mencionemos a novela do Anel de Contorno de Vitória, obra que será inaugurada depois de 13 anos e que bem demonstra a capacidade de planejamento e de execução de um projeto rodoviário pelo órgão federal “competente”. Tomemos o exemplo da BR-101. Sem contar a ideológica falta de vontade política para tratar adequadamente as concessões, patinamos durante algum tempo no caldo viscoso da falta de um marco regulatório adequado e da insegurança jurídica. Hesitamos durante muito tempo na discussão aberta de um modelo e, por fim, temos a promessa de execução do importante trecho capixaba da rodovia que liga o Sul ao Norte do país pelo litoral. Não satisfeitos, enfrentamos o problema da BR-262. Não totalmente resolvido, mas agora com promessas de solução

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via PPP, é tema que vai requerer toda a atenção dos empresários capixabas ligados à indústria e ao comércio exterior. Mais uma vez, vamos ter uma obra com oneroso atraso graças ao planejamento mal feito que subestima não apenas custos, mas também a inteligência daqueles que poderiam disputar a concessão. Na questão dos portos, bastaria lembrar que enquanto gastamos tempo discutindo “obras” de derrocamento e dragagem do canal de acesso ao velho porto público de Vitória, assistimos de norte a sul do Brasil, à implantação de novos superportos, com calado para receber os novos navios das rotas internacionais importantes para o comércio atual e com retroárea capaz de abrigar modernos parques industriais. Não que sejamos contra o desenvolvimento do Brasil em todas as suas unidades federativas. Mas revolta-nos o tratamento dispensado ao Estado que, durante muitos anos, foi ator importante na geração de divisas para o país. Por fim, tema que nos interessa a todos, mas sobretudo à indústria capixaba e brasileira de uma maneira geral. É assustador o descaso com que tratamos a questão energética no Brasil dos anos recentes. Crescêssemos a taxas razoáveis e já estaríamos enfrentando apagões, a toda hora, nos dias de hoje. Urge que tomemos consciência e partido contra o sucateamento a que se submete o setor elétrico e que poderá levar de arrastão a nossa indústria nacional, já combalida em sua competitividade. É muito pequeno nos iludirmos com uma redução de tarifas no curto prazo, pois podemos estar gastando no almoço do domingo as nossas refeições de toda a semana. As operações de emissões de títulos públicos pelo Tesouro para recompor fundos que subsidiam tarifas, recompensam concessionárias pelo vencimento antecipado de contratos e permitem, ainda assim, a entrega de energia de custo mais elevado e de fontes mais poluentes, podem custar R$ 8,5 bilhões até o fim de 2013, conta essa que pode vir a ser cobrada, ainda que de maneira indireta, exatamente na hora em que não tivermos energia. É bom que nos planejemos como indústria, para enfrentar os desafios dos anos vindouros!

“Urge que tomemos consciência e partido contra o sucateamento a que se submete o setor elétrico e que poderá levar de arrastão a nossa indústria nacional”

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GeStão e qUalidade

Profissionalização da gestão: a empresa familiar em foco prof. annor da silva Junior é doutor em administração pela Universidade Federal de Minas Gerais e professor adjunto da Universidade Federal do espírito Santo

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á aproximadamente seis décadas, tem crescido o interesse do meio acadêmico e empresarial em melhorar a compreensão sobre a dinâmica e a problemática das empresas familiares. Em parte, este interesse está relacionado com o predomínio desse tipo de organização nas economias nacionais de diversos países, inclusive o Brasil, e com o entendimento geral de que o que faz com que as empresas familiares sejam consideradas como únicas é a interação da família com a gestão empresarial e com o regime de propriedade. A interação da família com o processo produtivo vem sendo estudada no campo da sociologia, da antropologia e da história.

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De forma geral, a família é considerada como uma unidade social básica e universal, responsável pelo processo de socialização e de satisfação de necessidades. As principais funções da família são: (1) biológica, relacionada à reprodução da espécie e à satisfação sexual; (2) socialização, ao preparar o ingresso da criança na sociedade; (3) social, por determinar o status social inicial do indivíduo no contexto social; (4) assistencial, por oferecer proteção física, econômica e psicológica aos seus membros; e (5) econômica ao se constituir simultaneamente como unidade de produção e de consumo.

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Sob o aspecto econômico, a família se constitui como unidade de produção quando todos os membros dela trabalham juntos na produção de bens e serviços necessários ao seu sustento. Já no caso da unidade de consumo, a família posiciona-se como fonte de absorção de insumos e de serviços diversos para a satisfação de necessidades dos familiares. Historicamente, a família vem passando por transformações, deixando a condição de unidade de produção, para assumir-se com unidade de consumo. Isso porque a família como grupo de produção era mais comum em sociedades primitivas e em civilizações antigas. O processo de industrialização e de urbanização e as consequentes mudanças culturais presentes na sociedade ocidental contemporânea foram responsáveis pela perda significativa da função de produção das famílias, que passaram a tornar-se mais vocacionadas a se colocarem na condição de unidades de consumo. Essas transformações no universo da família também são responsáveis por mudanças enfrentadas na empresa familiar. Na literatura especializada, diversas pesquisas têm sido realizadas para investigar a relação entre o envolvimento da família na gestão e desempenho da empresa familiar sem, contudo, alcançarem resultados convergentes. Porém, há indícios de que esta relação seja do tipo “não linear” e representada por um “U” invertido, conforme representado pela Figura 1 a seguir.

Desempenho

Desempenho na empresa

Envolvimento da família

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Figura 1

Na figura, observa-se que na medida em que o envolvimento da família se amplia ao longo do tempo, o desempenho da empresa familiar possui um comportamento crescente até um determinado momento, em que há uma inversão de direção rumo ao decréscimo do desempenho. Diante dessa relação não linear, há que se refletir sobre os possíveis fatores motivadores para a queda do desempenho da empresa familiar ao longo dos anos e o que pode ser feito para reverter essa situação. Diferentemente do que indica a relação expressa na Figura 1, de que é a quantidade do envolvimento familiar que interfere no desempenho, acredita-se que a qualidade seja o aspecto mais relevante. Dentre as distintas formas de avaliar a qualidade do envolvimento da família na empresa familiar, defende-se que a forma como a família se coloca na empresa familiar, seja como unidade de produção ou como unidade de consumo tenha, de fato, um impacto no desempenho da empresa familiar. Diversos estudos já comprovaram que nas primeiras fases do ciclo de vida da empresa familiar, a família abre mão de patrimônio, de conforto e de qualidade de vida para dedicar tempo e esforço para tornar o sonho do empreendimento familiar uma realidade concreta. Porém, assim que essa realidade se consolida e a empresa familiar passa a gerar resultados expressivos, ocorre uma mudança na postura da família, que passa a retirar recursos da empresa familiar para suprir necessidades pessoais. Em outros termos, a família, que nas primeiras fases do ciclo de vida da empresa se coloca como unidade de produção, de um momento para outro passa a se colocar como unidade de consumo. Geralmente isso ocorre quando a empresa familiar está consolidada e possui desempenho relevante para viabilizar o seu próprio crescimento e manter a família. Diante de tal situação, cabe à empresa familiar desenvolver mecanismos que regulem a relação entre a família e a empresa familiar, de forma que seja possível combinar a postura da família como unidade de produção e de consumo, sem, contudo,

“sob o aspecto econômico, a família se constitui como unidade de produção quando todos os membros dela trabalham juntos na produção de bens e serviços necessários ao seu sustento”

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GeStão e qUalidade

comprometer o desempenho da empresa familiar. Em parte, os diversos mecanismos a serem desenvolvidos e adotados convergem para um aspecto essencial na empresa familiar: a profissionalização da gestão.

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Das diferentes formas de alcançar a profissionalização da gestão, destaca-se aquela que o gestor, como profissional, articula na prática gerencial simultaneamente cinco fatores: conhecimento, aplicação competente, responsabilidade social, autocontrole e reconhecimento social. Com isso, será possível que a empresa familiar adote práticas mais racionais e impessoais, integre gerentes não familiares com gestores familiares, adote códigos de formação e de conduta e substitua formas de contratação de trabalho arcaicas ou patriarcais por processos mais racionais e baseados em indicadores de desempenho.

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PolÍtiCaS PÚBliCaS

o valor da educação ricardo Ferraço é senador pelo PMdB-eS

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educação tornou-se tema relevante nos debates sobre causas do desenvolvimento das nações a partir dos anos 50. Nessa época, os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão apresentavam crescimento acelerado e se consolidavam entre as nações mais desenvolvidas do mundo. Mas somente o investimento físico não foi suficiente para explicar os ganhos acelerados de renda desses países. Foi então que a educação e sua inf luência sobre os trabalhadores e sobre a sociedade começou a ser investigada. São vários os canais de influência da educação para o desenvolvimento. Uma sociedade escolarizada constitui um patrimônio coletivo da nação, pois define a sua capacitação para o trabalho, para a inovação

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tecnológica, liderança, iniciativa e organização tanto em nível empresarial quanto na esfera pública. A educaçãodefine a capacidade da população para integrar-se de forma competitiva e dinâmica à economia mundial. E dos indivíduos de perceber e agir consistentemente com base em interesses comuns, valorizando aspectos coletivos em detrimento dos individuais. Enquanto, no passado, países como a Coreia do Sul buscaram empreender uma grande transformação social por meio da educação, o Brasil optou por priorizar projetos industriais e de infraestrutura. Assim, entre os anos 1930 e 1980 o país passou por uma explosão populacional, forçou a marcha da sua industrialização,

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deixou de ser rural e passou a ser urbano, mas pouco avançou na construção de um patrimônio coletivo a partir da educação. Algumas das consequências dessa escolha são facilmente perceptíveis na nossa sociedade atual: desigualdades sociais, déficit educacional, violência e o déficit sanitário. Um exercício estatístico realizado pelo professor Samuel Pessoa (IBRE/FGV) revela o tamanho da perda. Se, nos anos 60, o Brasil tivesse investido em educação tanto quanto a Coreia, nossa renda per capita hoje seria 61% maior. Como comparação, se também tivéssemos a taxa de investimento coreana, essa mesma renda per capita seria hoje 40% maior. Ou seja, o impacto da educação teria sido maior. Um olhar mais direto nos leva ao exemplo japonês, onde a taxa de matrícula no ensino fundamental no início do século 20 era de 90%, algo que o Brasil alcançou somente no final do mesmo século. Mas, felizmente, desde a redemocratização temos caminhado para o alcance de um maior patrimônio coletivo na educação.

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Asseguramos a fixação de mínimos constitucionais para aplicação em educação básica; criamos o Fundef, posteriormente ampliado com o Fundeb; introduzimos os testes padronizados e a avaliação de resultados; criamos mecanismos de acesso ao ensino superior (Prouni, Nossa Bolsa no Espírito Santo, e o financiamento estudantil – Fies; o sistema de cotas; e ampliação de vagas) e, com isso, avançamos muito nos últimos 20 anos. Progredimos na cobertura do sistema – o ensino fundamental está praticamente universalizado – e nos resultados educacionais. Mas não é somente a universalização do acesso à educação que irá sustentar um nível de desenvolvimento elevado para o Brasil. A qualidade importa muito e, em relação a isso, devemos continuar a perseguir padrões internacionais e a construção de um modelo pedagógico atraente e amigável com as necessidades de produzir e inovar. Nos resultados educacionais ainda estamos na 53ª colocação entre 56 países.

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PolÍtiCaS PÚBliCaS

“a educação define a capacidade da população para integrar-se de forma competitiva e dinâmica à economia mundial”

Ou seja, os desafios ainda são enormes. Os recursos públicos aplicados na educação em proporção ao PIB (5,8%) já são compatíveis e até superiores à proporção de países desenvolvidos, mas o nosso gasto por aluno na educação básica ainda é muito baixo, um terço apenas. Mais recursos são bem-vindos, mas será necessário aplicá-los melhor. Será necessário melhorar continuamente a gestão, para que as escolas sejam reconhecidas pelo uso racional do dinheiro público. Precisamos avançar na valorização do magistério e melhorar gradualmente os salários, as condições de trabalho, e as oportunidades de formação continuada. E precisamos conferir prioridade à educação básica, investir no ensino de qualidade nas disciplinas fundamentais – Português, Matemática e Ciências, e conscientizar sobre a importância do engajamento das famílias e das comunidades junto à escola, pois não se constrói uma grande obra sem uma base sólida. Para um país com estrutura produtiva tão diversa, é fundamental também valorizar a educação técnica e tecnológica.

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A experiência do Espírito Santo é rica em inovações. O Programa Ler, Escrever e Contar, que tem foco na alfabetização das crianças de 6 a 8 anos, aliou reforço em Matemática e Português à formação específica para professores. Realiza-se amplo investimento na gestão escolar, com destaque para a ampliação e modernização física da rede, definição de critérios (perfil) para a seleção dos diretores de Escola, e terceirização da merenda escolar. A remuneração dos professores passou por significativa melhoria, resgatando a dignidade da profissão. A introdução do bônus-desempenho associou a valorização profissional ao alcance de resultados de aprendizagem esperados pela sociedade. Um dos resultados imediatos do sistema de bonificação foi a queda substancial de faltas ao trabalho dos profissionais da educação. No médio prazo, espera-se alcançar expressivos resultados de aprendizagem. Precisamos, enfim, alinhar o uso dos recursos da sociedade com os resultados que ela espera, e afirmar o valor da educação para o nosso desenvolvimento.

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JUStiça e deSeNVolViMeNto

Sem amadorismo sebastião Carlos ranna de Macedo é presidente do tribunal de Contas do estado do espírito Santo

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ustiça e desenvolvimento são dois conceitos que, considerados respectivamente nos sentidos jurídico-social e econômico-institucional, caminham juntos para aperfeiçoamento e consolidação do Estado de Direito, no fortalecimento das instituições democráticas e na pavimentação dos caminhos que nos devem conduzir ao desenvolvimento sustentável. Nos últimos 30 anos (1984-2013) o Brasil passou por profundas mudanças jurídicas, sociais e econômicas, que o moldaram e ainda o moldam novo para as futuras gerações. Naquele período ocorreu o processo de redemocratização (1984); a promulgação da nova Carta Constitucional (1988); a abertura econômica, para modernizar a economia (1990/91); o Plano Real, que estabilizou preços após décadas de inflação descontrolada (1994); a reestruturação do Estado brasileiro e a criação das agências reguladoras (1997); a Lei de Responsabilidade Fiscal (2001); as políticas sociais, que tiraram milhões da pobreza extrema e melhoraram vários indicadores sociais (primeira década de 2000). Estes foram, entre outros, acontecimentos que transformaram de forma profunda a estrutura social, política e econômica do país. Foram produtos de construções jurídicas e democráticas que visavam a fazer justiça e que estimularam o progresso ao longo deste tempo; escolhas que fortaleceram a democracia brasileira e melhoraram o bem-estar da população. No entanto, ainda estamos longe de alcançar indicadores sociais e econômicos comuns em países com alto grau de desenvolvimento humano. Apesar dos avanços notáveis vivenciados ao longo deste tempo, há desafios ainda mais complexos para enfrentar. Um deles é o da educação. É sabido de todos que, apesar dos avanços inegáveis da universalização do ensino fundamental, a educação patina no quesito qualidade. A saúde é também outra grave mazela social que necessitará ser enfrentada com mais vigor e competência pelos gestores públicos.

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Relevante também é nossa deficiência em infraestrutura básica (portos, rodovias, aeroportos e saneamento principalmente). Isso impede que o desenvolvimento econômico seja mais vigoroso e sustentável. O investimento público precisa ser substancialmente superior. Por isso, é fundamental aumentar o volume de recursos e trabalhar para que a gestão pública seja mais profissional. O setor público não pode mais, definitivamente, ser tratado com amadorismo. Formamos uma nação que vivencia ambiente de normalidade democrática, com eleição geral, livre, universal e periódica, e que dá exemplo para o resto do mundo em seu processo de apuração Numa eleição presidencial, o Brasil é capaz de computar 99,9% dos votos em até seis horas depois de concluída a votação. Isto é retrato da nossa capacidade de fazer. Por isso, não nos deixemos contaminar pelo “complexo de vira-latas”, que nos impede de enxergar as conquistas e chantageia a nossa alma na complexa mas gratificante tarefa de construir um futuro promissor para as próximas gerações. Temos muitos problemas a resolver, é verdade, e devemos ter consciência de que a construção e o aprimoramento das instituições são processos permanentes, sempre inacabados, que ocorrem em zigue-zague. As manifestações de junho último devem ser encaradas como contribuição para melhoria das instituições democráticas, e não como retrocesso institucional. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Lições extraordinárias podem ser tiradas das vozes da rua. Uma delas, no meu entendimento, o aperfeiçoamento e a estruturação mais céleres dos mecanismos de gestão, transparência e controle da administração pública em seus variados níveis. A ordem neste momento é “fortalecer a governança pública”. O Brasil precisa ampliar a transparência pública, investir no e-gov e melhorar a qualidade do gasto público (mau gasto e desperdício, devidos a escolhas equivocadas dos gestores, são tão ruins quanto a corrupção). É necessária uma urgente reforma política que busque empoderar os eleitores e fortalecer seus representantes. Esse empoderamento do cidadão-eleitor será tão mais factível quanto mais as novas tecnologias forem usadas de modo a trazê-lo para dentro da esfera pública.

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Assim, estaremos criando milhões de nanopolíticos virtuais que ajudarão a mudar o jeito de gerir a coisa pública. Isso vai tolher a ação dos aproveitadores do d i n hei ro públ ico, os esper tos, os vendedores de ilusões, os que exploram os cidadãos vulneráveis com retóricas e políticas públicas de baixa qualidade pelas quais buscam iludi-los. Em resumo, as novas tecnologias vão contribuir para o surgimento de instituições e governos mais legítimos e de uma sociedade mais proativa e permanentemente vigilante com relação aos atos dos poder público. Este caminho não tem retorno. Ou os agentes públicos se transformam, se reinventam e se adaptam a esse novo contexto, ou a seleção natural fará este papel, tornando-os objeto de estudo da arqueologia. Viva a democracia!

“É necessária uma urgente reforma política que busque empoderar os eleitores e fortalecer seus representantes”

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iNoVação

inovar no pensar e no fazer Guilherme Henrique pereira é diretor-presidente do Banco de desenvolvimento do espírito Santo (Bandes)

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tema inovação é fascinante e vem tomando uma dimensão cada vez maior no país, no momento em que nossa competitividade econômica é colocada em xeque e elementos de sustentabilidade são requeridos para a promoção do desenvolvimento. A inovação é fundamental para que os anseios por bem-estar, das pessoas e do planeta, sejam alcançados. Porém, não estamos falando de uma inovação milagrosa qualquer. Não se trata da inovação em sentido geral, mas sim no sentido proposto por Peter Drucker, a inovação sistemática, que visa ao aproveitamento de novas oportunidades para satisfazer a carências, desejos e necessidades humanos. A inovação não é um lampejo, um “insight” proporcionado pela maçã que cai na cabeça do visionário; ela é uma ferramenta poderosa do

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empreendedor. É o meio pelo qual se visualiza a mudança como oportunidade para um novo negócio. Inovar, portanto, não é somente criar produtos tecnológicos novos. Aliás, não é correta a ideia de que empresas de ponta, envolvidas com nanotecnologia e biogenética, por exemplo, possuem taxas de sucesso maiores que as convencionais, quando o assunto é inovar. Ao contrário, nada pode ser tão arriscado quanto otimizar recursos em áreas que sobrevivem da inovação. Por isso, inovar no plano micro e rotineiro traz resultados mais importantes, perceptíveis e em curto prazo. A inovação pode ocorrer na forma de fazer o usual, em novos modelos de gestão, novas práticas de negócio e de marketing, entre várias outras dimensões. É um tema abrangente

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iNoVação

“a inovação não é um lampejo, um ‘insight’ proporcionado pela maçã que cai na cabeça do visionário; ela é uma ferramenta poderosa do empreendedor”

que desafia a transformar o modo de vida que conhecemos e, mesmo, a cultura da sociedade em que vivemos. É importante perceber que no Brasil e no Estado do Espírito Santo o tema está presente.Em âmbito federal, a principal fonte de recursos para o financiamento à inovação é oriunda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que tem na Finep um instrumento para promoção da inovação, por meio de financiamentos para estudos e projetos. Na esfera local, o Bandes é o agente credenciado dessa instituição. Aliás, os bancos de desenvolvimento e as agências de fomento são importantes ferramentas para implantação de inovações, dado seu poder articulador e o desenvolvimento de uma cultura do crédito. A primeira, fruto da proximidade de instituições como o Bandes com os vários setores que contribuem para o desenvolvimento de uma economia, faz com que essas entidades conheçam as peculiaridades, tanto do indutor de estratégias e regulamentador das relações mercadológicas, o Governo, como as dos empresários, da iniciativa privada. Isso as transforma em espécies de radares, permitindo a localização precisa de oportunidades e mecanismos de integração e fomento ao desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. A segunda dá-se com o constante financiamento de projetos viáveis e estratégicos, pois os bancos de fomento são instituições preparadas para esse fim. Além de recursos com taxas de juros atrativas, há uma análise da viabilidade do projeto. Crédito bom é o planejado, pois significa que o empreendedor tem em mãos um bom negócio, uma atividade sustentável. Será a dedicação ao trabalho que pagará pelo financiamento. Claro que abrir uma empresa envolve riscos,

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mas essa não é uma situação complicada de ser resolvida. É preciso conhecer os perigos antes de temê-los: ter planejamento e informação. Desse modo, para quem pretende investir e se tornar um empreendedor, em vez de utilizar o dinheiro que conseguiu poupar, o ideal é solicitar esse tipo de crédito. É o que faz a maioria dos grandes empresários: com um projeto de investimento bem feito, é possível obter crédito a juros baixos, que será pago com o lucro que for obtido com o início da produção ou das vendas. Mas o que explica a disposição dessas pessoas para empreender e inovar? Por que estão dispostas a trabalhar muitas horas por dia, sem a segurança proporcionada pelos empregos fixos ou pelas grandes organizações? Além de características culturais inegáveis, o que faz do Brasil o terceiro país em número de empreendedores, atrás somente dos Estados Unidos e da China, que lidera o ranking com 369 milhões de empreendedores? Os números brasileiros vêm crescendo ano a ano e em grande medida devido à expansão das micro e das pequenas empresas. Elas ocupam nichos latentes de mercado e também avançam no fornecimento de produtos e serviços para outras empresas. Por isso, é imprescindível que os recursos estejam cada vez mais disponíveis e as taxas para inovar cada vez menores e mais acessíveis. Além disso, é fundamental que as estruturas estatal e mercadológica sejam sólidas e cada vez mais democráticas, pautadas em regras transparentes e duradouras. Para que empreendedores passem a se planejar, buscar um financiamento, pagar, pegar outro e ir crescendo, inovando e tornando suas empresas fortes e saudáveis financeiramente, capazes de sustentar o desenvolvimento equilibrado de um Estado e do país. Por isso, é tão importante que se estabeleça um ambiente seguro juridicamente para que se propicie ao empreendedor a chance de inovar a partir de seu modelo, não das inconsistências externas. São essas quebras de paradigmas, ocorrendo em períodos cada vez menores, com a aproximação das pessoas e organizações resultante de um processo global que remova as barreiras físicas das distâncias e promova a rápida difusão de conhecimento, impulsionando o modelo para um círculo virtuoso de mais inovações, que devem ser buscadas exaustivamente. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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iNdÚStria

Reinventando a indústria Mauricio Max é diretor de Pelotização da Vale

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ssenciais para a transformação econômica e social do Espírito Santo a partir da década de 1960, as grandes indústrias hoje se reinventam para acompanhar os novos ciclos de desenvolvimento do Estado. Antes dependente da cafeicultura, o Espírito Santo viu sua economia e importância no cenário nacional florescerem com a produção e exportação de commodities – minério de ferro, aço, celulose e, depois, petróleo. Essa abertura ao exterior transformou a economia capixaba numa grande plataforma de oferta em escala, tendo como marco

a construção do Complexo de Tubarão, em 1966. O porto foi também um marco para a história da própria Vale, que já operava no Estado desde a década de 1940 e passou a um novo patamar após sua implantação. Como sabemos, o crescimento econômico não vem sozinho. Com as indústrias, alavancou-se também a qualidade de vida da população capixaba. O investimento em capacitação de mão de obra e a oferta de melhores salários contribuíram para aumentar a escolaridade e o padrão de vida da população, um resultado que Foto: Vale

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se reflete na última pesquisa “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2012”, que traz Vitória como a quarta melhor cidade do país em qualidade de vida, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a longevidade, a educação e a renda da população. O investimento na cadeia de fornecedores e a implantação de regras e iniciativas que garantam a saúde e segurança dos empregados e o respeito ao meio ambiente também são marcas das grandes indústrias que se multiplicaram em outras cadeias produtivas do Estado, contribuindo para que o desenvolvimento do Espírito Santo seja sustentável em todos os aspectos, das micro às grandes empresas. Assim, garantimos não só a continuidade das indústrias que tanto progresso trouxeram e trazem ao nosso Estado, como também a convivência harmônica entre os mais diversos setores da economia, e destes com a sociedade. Atualmente assistimos a uma nova onda de desenvolvimento para o Estado, focada em projetos que beneficiam e ampliam a

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vocação logística capixaba, mas também na prestação de serviço e na criação de valor agregado, tudo isso alavancado pela maior capacitação do capital humano, pelo uso da tecnologia e pelo incentivo constante à inovação, conforme prevê o Plano de Desenvolvimento ES 2030, atualmente em construção pelo Governo do Estado, em parceria com o Espírito Santo em Ação. A indústria de base também vem se sofisticando ao longo do tempo e tem se mostrado capaz de acompanhar esse desenvolvimento focado em inovação e tecnologia. Depois da mecanização que possibilitou a produção em grande escala, hoje as indústrias investem no passo seguinte: a automatização, que exige mão de obra cada vez mais capacitada e garante um ambiente de trabalho mais produtivo, seguro e atraente para a nova geração, tão íntima da tecnologia no dia a dia. Essas e outras modificações em curso só estão sendo possíveis porque as indústrias estão cada vez mais atentas aos anseios da sociedade. Ter canais abertos de contato direto com os mais variados

“antes dependente da cafeicultura, o Estado viu sua economia e importância no cenário nacional florescerem com a produção e exportação de commodities – minério de ferro, aço, celulose e, depois, petróleo”

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iNdÚStria

públicos e interagir com todos os elos da cadeia produtiva é cada vez mais essencial para que as indústrias mantenham a capacidade de se adaptar às novas exigências e necessidades da sociedade e da economia. Novos tempos requerem uma nova postura de toda a sociedade, criando um ambiente confiável e aberto para que o diálogo

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possa contribuir na busca do bem comum, acima dos variados interesses individuais. A economia caminha para maior diversificação e descentralização. Migra do modelo de poucas e grandes empresas para o modelo de coexistência entre empresas de todos os portes e de todos os setores. Se o ciclo de industrialização do Estado começou por pressão das circunstâncias criadas pela crise que se abateu sobre a atividade cafeeira, culminando com a erradicação dos cafezais, hoje vemos que tanto a força da agricultura capixaba quanto a das indústrias convivem harmonicamente, garantindo que o Estado se desenvolva como um todo, e não de forma centralizada. Da mesma maneira, esse novo ciclo, de tecnologia e inovação, irá conviver com a agricultura e com a indústria de base, contribuindo para o contínuo crescimento de ambas, fazendo com que a economia e a sociedade capixaba sejam cada vez mais autônomas e completas. Afinal, um Estado forte é composto por instituições e empresas fortes.

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GeStão e eSPiritUalidade

gestão e espiritualidade sidemberg rodrigues é gerente de responsabilidade Social, relações institucionais e Comunicação da arcelorMittal tubarão

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espiritualidade é um espaço dentro do corpo, onde aquilo que não existe, existe.” A escritora Adélia Prado talvez não soubesse que, em tempos de extremo individualismo, esse “espaço” tornar-se-ia uma “grande lacuna” que nenhuma produção capitalista seria capaz de preencher. E, por isso, parte da humanidade perder-se-ia na falsa transcendência das drogas – lícitas, prescritas ou ilícitas – enquanto outra parcela fugiria da busca de um sentido para suas vidas através da acumulação, da corrupção, da omissão e de tantas outras formas de se exilar da felicidade. Estamos falando de uma insatisfação generalizada, que se avoluma desde que o homem perdeu o interesse pela busca de um propósito mais amplo e nobre para sua vida, passando a ignorar o que tem de melhor: sua essência divina. Por que o Anuário de uma entidade ligada à Federação das Indústrias abriria espaço para se falar de um tema como este? Talvez, isto denote a própria disposição do capitalismo de se repensar, diante do impasse em que se encontra. Admitamos, inclusive, o espectro de uma sombra devastadora, que há tempos povoa o sonho dos empresários: a desindustrialização. Aos poucos, vão cedendo os terrenos sob os pés das apostas, descortinando-se um mundo de desafios muito pouco conhecidos. Mas, a Federação das Indústrias do Espírito Santo não está sozinha na nebulosidade desse cenário. O planeta encontra-sediantedeumaincômodatransição. Compor o tratamento de uma crise de valores com terapias financeiras é tão ineficaz quanto acreditar que permanecer para sempre nesse paradigma de vantagens elitistas e exclusão. Enquanto o capitalismo conhece os limites de seu expansionismo e bate em retirada a bordo de uma inegável retração, os mercados nunca estiveram tão instáveis. Analistas e investidores assistem a quedas espetaculares de impérios erguidos por ganhos fáceis de curto prazo, mais proscritos que admirados. O capital financeiro, com remuneração

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exacerbada pela tecnologia e pela mídia, servas oportunistas de interesses cruéis e autofágicos, parece escorrer pelo mesmo ralo da degradação que ajudou a alargar. Levantes com variados pleitos acontecem em distintos pontos do globo, coincidindo com o despertar do desejo de uma era de verdade, justiça e paz. Contudo, o que se observa na Terra hoje ainda é um medo crescente, porque já não se pode prever o que vai ocorrer com manifestações, pregões, corporações, nações e, sobretudo, com as pessoas. O suicídio eleva suas taxas enquanto cidades de reputação inquestionável pedem concordata. Explorar para prosperar já parece um modelo de gestão do período Paleolítico. Se a relação capital x trabalho ainda tem como regente da luta de classes a

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batuta da acumulação, a concentração de riqueza tornou-se marginal, depois que o desequilíbrio econômico comprovou-se pai da desigualdade social. E cá no meio do aqui e do agora, o que tem a espiritualidade a ver com este Anuário? Se o que se deseja é a manutenção do caos e da insônia atuais, fechemos o livro da Adélia Prado. Se não, eis a chance de o capitalismo arrefecer seu ímpeto acumulativo. Descobrir-se um bom sistema, que pode tornar-se mais distributivo e colaborativo do que excludente e explorador. Lucro e sustentabilidade nunca foram incompatíveis. Pelo contrário, até o lucro merece a perenidade se não for estratosférico ou acumulado por processos que usam sangue humano para lubrificar as mandíbulas da ganância. Centrando o foco em

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“espiritualidade na gestão”, há duas frentes de trabalho necessárias: uma, em nível paradigmático, que compreende a utopia de uma mudança consciencial coletiva e simultânea, talvez regida por uma entidade internacional, capaz de tabelar o grau da antropofagia mercadológica e do predatorismo das práticas comerciais mundiais. Esta solução passa pela Política e pelas Relações Internacionais, lembrando que poucos estão dispostos a abrir mão de suas vantagens, mesmo que estejam na mira das mesmas ameaças planetárias. Outra maneira de pôr o espiritual em prática está ao alcance de entidades públicas e privadas. Embora isto não resolva os grandes dilemas mundiais, ajudaria na dif usão de uma nova consciência e no alívio de ambientes de trabalho com muito sofrimento evitável. Implementar uma visão holística aos negócios, para que empresas e órgãos percebam-se individualmente participantes de uma fraternidade universal. Despertar líderes para que estes inspirem pessoas ao autoconhecimento e à busca de uma vida mais cheia de sentido. Com isso, desacelerar o individualismo. Baixar as armas da concorrência, sublimando competitividade em complementaridade. Olhar os servidores como um ecomapa, ligado à família, amigos e comunidades. Relações harmônicas em um tecido social fraterno e dialógico. Pensar coletivo e sensibilidade, para que na mente individual e institucional predomine o sentimento de evolução moral; transpassando com ética a lógica das práticas e da convivência. Massificar o resgate das raízes emocionais da responsabilidade para consigo, o outro e o meio – que é a compaixão. Com isso, dentro e fora das instituições, os agentes capilares de uma grande mudança tornar-se-iam mais numerosos, assertivos, ágeis e hábeis para gerar algo muito além do lucro - a riqueza. Na certeza de uma reorientação de foco da “globalização” para a “universalização”.

“Explorar para prosperar já parece um modelo de gestão do período paleolítico”

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GereNCiaMeNto de ProJetoS

Miriam Machado é presidente do PMi-eS, consultora do Sebrae Nacional e diretoraexecutiva da Planning Consultoria

Comunicação, soft skills e gerenciamento de stakeholders em projetos = Best fit communication

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sucesso de um projeto está diretamente relacionado à eficácia do gerenciamento das comunicações e das partes interessadas (stakeholders) do projeto. Os fatores subjetivos estão presentes de forma predominante nestas duas áreas, ressaltando-se a importância da gestão dos relacionamentos, das expectativas, do ambiente e dos elementos de infra estrutura da comunicação. O gerenciamento das comunicações é sempre um desafio, já que exige, ao mesmo

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tempo, escolha adequada da infraestrutura de transmissão das informações, e atenção aos aspectos subjetivos relacionados à interpretação do conteúdo comunicado. Esta complexidade dos processos de comunicação talvez explique o alto percentual de falhas e erros relacionados a esta área. Outro desafio instigante é o gerenciamento dos stakeholders, que tem recebido especial atenção da comunidade de gerenciamento de projetos. A versão 2012

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do PMBOK® - PMI (Guia de Boas Práticas do Project Management Institute) traz uma nova área que apresenta os processos de gerenciamento das partes interessadas do projeto. Estes processos privilegiam a identificação das características dos stakeholders, suas expectativas e requerem que o gerente trace um plano de gerenciamento dos envolvidos no projeto. É neste ponto que o desafio se torna ainda mais ousado. Pois o gerente precisa conhecer e desenvolver suas habilidades interpessoais (soft skills) para implementar este plano de gerenciamento dos stakeholders. São os soft skills do gerente e da equipe do projeto que irão facilitar, também, a gestão dos elementos complexos impostos, aos projetos, pelo cenário empresarial e social da atualidade. Citamos alguns a título de ilustração: abrangência nacional e internacional; equipes virtuais e presenciais; diversidade cultural e linguística; excesso de informação; complexidade e número de stakeholders; exigências das agências reguladoras; imposições tecnológicas; articulações multimídia; interferência da comunidade impactada pelo projeto. A relevância do papel dos soft skills para o sucesso do projeto foi contemplado no PMBOK® - 2012, em seu Apendix X3, destacando as habilidades requeridas de forma mais recorrente nos projetos: liderança, construção e gestão de equipes, motivação, comunicação, influência, tomada dedecisão, consciência política e cultural, negociação, ser confiável, gerenciar conflitos, e coaching. Portanto, estas três áreas – comunicação, soft skills e gestão de stakeholders – se bem orquestradas, podem gerar o que tem sido chamado de Best fit communication. Uma estratégia que representa o ponto de intercessão destas áreas, abrangendo os níveisoperacionais e estratégicos da comunicação. Em cinco passos o gerente percorre e contempla os processos fundamentais para o desenho do plano de gerenciamento das comunicações e dos stakeholders. São eles: 1. A Matriz de caracterização do projeto; 2. Análise dos stakeholders; 3. Gerenciamento dos stakeholders; anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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4. Identificação da infraestrutura de comunicação; 5. Mapeamento dos soft skills. No mapeamento dos soft skills, por exemplo, o gerente poderá elencar as habilidades interpessoais mais valorizadas e requeridas para determinado projeto. E, de posse desta informação, avaliar o seu desenvolvimento e dos membros da equipe para montar um plano de desenvolvimento ou ajustes, caso seja necessário. Nos passos de análise e gerenciamento dos stakeholders é possível se traçar o perfil de cada um considerando variáveis como poder, interesse, tolerância a riscos, legitimidade, urgência, tipo de comportamento em relação ao projeto. A configuração do perfil dos envolvidos serve de base para se montar a estratégia de gerenciamento. Esta deve envolver o monitoramente e controle da forma e do envio das informações; o estilo de comunicação do envolvido, além de ações para se construir bons relacionamentos. Tais como: identificar hobbies; interesses extraprojeto; relações familiares. Este detalhamento das diversas ações e estratégias exigidas pelas três áreas apresentadas evidencia a importância da adoção das boas práticas de gerenciamento de projetos como forma de aumentar as chances de sucesso dos projetos. Ratifica, também, a necessidade de se agregar ferramentas com potência de resposta para minimizar as falhas e problemas de comunicação relatados nos projetos e nos estudos de benchmarking. Neste sentido, os cinco passos do Best fit communication pode ser um aliado do gerente do projeto para implantar um eficaz gerenciamento das comunicações e das partes interessadas do projeto. Se o desenvolvimento das empresas e da sociedade, por meio das ações do poder público, se concretizam a partir da implantação de projetos, podemos concluir que é fundamental que as organizações dominem as técnicas de gerenciamento de projetos. E que os gerentes destes projetos, por sua vez, aprimorem suas habilidades pessoais para poder orquestrar todos os stakeholders com êxito.

“É fundamental que as organizações dominem as técnicas de gerenciamento de projetos”

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a busca por mão de obra qualificada Benízio lázaro é diretor da Findes para assuntos do iel

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o passado, quando se instalaram no Espírito Santo, as grandes empresas não encontraram entre a população capixaba os trabalhadores de que necessitavam. A população local não estava profissionalmente capacitada, nem em quantidade, nem em qualidade. Com isso, muitos trabalhadores migraram de outros estados para cá. Hoje, a situação é outra: houve não só uma melhora nesse quadro, mas, em algumas áreas, até mesmo uma reversão, considerando que empresas procuram as entidades do Sistema Findes em busca de profissionais capixabas – ressaltando que só profissionais de alta qualificação são contratados em outros estados. Essa baixa qualidade prejudica não só a produtividade, mas também reduz a competitividade, diminui os empregos, interfere na geração de riquezas e no desenvolvimento. O trabalhador mal qualificado leva mais tempo para desempenhar as tarefas e, portanto, mais tempo para produzir, onerando a fabricação de produtos e a prestação de serviços. Sabemos que empresários e gestores enfrentam também outros problemas, como a alta dos juros e a precariedade de nossa infraestrutura – aqui e em todo o Brasil. Temos ainda questões a resolver quanto à burocracia excessiva e ao custo do trabalho, que tem subido muito. Mas acredito que para dar conta das novas demandas, precisamos de uma força de trabalho mais eficiente e capacitada. E precisamos logo. Trabalhadores devem correr contra o tempo para se preparar e aproveitar da melhor forma possível as oportunidades que vão surgir no Estado, analisando os setores que estão em expansão e o tipo de profissional que eles exigem, identificando as áreas que prometem ter maior demanda e quais serão elas. As vagas serão preenchidas por pessoas que não sejam apenas bons técnicos. É fundamental que o profissional desenvolva

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certas características comportamentais, como iniciativa, persistência, cooperação, compromet imento, capacidade de relacionamento e trabalho em equipe. Serão valorizados os polivalentes, pois a tendência é que o profissional tenha que trabalhar em várias fases de um projeto ou programa e, assim, desempenhar funções não necessariamente previstas antes. Como diretor para Assuntos do IEL-ES, tenho visto que há também uma grande necessidade de investir na capacitação de executivos e gestores. Todo crescimento ordenado de uma empresa passa, necessariamente, pela profissionalização de seus dirigentes. Mesmo os empreendedores autodidatas sentem, com a evolução da empresa, que devem se cercar dos anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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“o empresário que se capacita recicla conhecimentos, leva para a empresa novas técnicas e informações acerca de melhorias de produtos e processos, além de aprimorar sua possibilidade de entendimento e discussão com seu staff técnico, aumentando sua capacidade de delegar tarefas e metas”

melhores talentos em áreas estratégicas, visando a dotar a companhia das condições necessárias para melhoria constante de sua competitividade. O empresário que se capacita recicla conhecimentos, leva para a empresa novas técnicas e informações sobre melhores produtos e processos e melhora sua interação com seu staff técnico, aumentando sua habilidade de delegar tarefas e metas. Também é preciso investir em inovação. Introduzir a inovação nas empresas melhora sua competitividade, a capacidade de manter antigos e ganhar novos mercados, gerar melhores empregos e elevar a renda real da nossa população. As cobranças de um mercado aberto e de consumidores cada vez mais exigentes mostram que somente anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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o investimento em inovação poderá ajudar na redução dos custos de produção, aumentar a produtividade a ampliar a oferta e a diversificação de nossos produtos e serviços. É uma pena que parte dos empreendedores que iniciaram um negócio, muitas vezes na informalidade e com estrutura familiar, tendem a ter grande resistência quanto à capacitação. A longevidade de nossas empresas passa, entre outros pontos, pelo conhecimento de seu mercado e, principalmente, por uma boa gestão e pela qualificação dos funcionários. A competitividade é fruto de inovação e melhoria de produtos e processos, que resultam de um ambiente em que o fluxo de informação e conhecimento é estimulado. 43

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os pequenos negócios e o desenvolvimento capixaba José Eugênio vieira é superintendente do Sebrae-eS

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Espírito Santo vive um dos mais delicados momentos de sua história, em virtude de mudanças ocasionadas na economia, por exemplo, pelo fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). O grande desafio hoje, em nosso Estado, é fomentar o crescimento econômico e atrair investimentos nos mais diversos setores. As micro e pequenas empresas (MPEs) capixabas são personagens fundamentais dessa nova realidade, e podemos afirmar que impulsionam o desenvolvimento, uma vez que representam 99% do total de

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empresas no Espírito Santo, somando 122.537 estabelecimentos. Elas são responsáveis por 58,5% de todos os postos de trabalho criados, segundo dados da pesquisa Rais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somando-se o aumento da diversificação de produtos e serviços à geração de emprego e renda, os pequenos negócios do Estado têm alavancado o desenvolvimento econômico capixaba. Para isso, eles contam com parceria do Governo e da iniciativa privada.

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Em sintonia com a nova realidade do setor econômico estadual, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) tem contribuído para uma mudança geral na cultura dos pequenos negócios. Como principal agente de apoio a empresas desse porte, o Sebrae-ES desenvolve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade das MPEs, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo em solo capixaba. Por meio de projetos, cursos, palestras, consultorias, promoção e acesso ao mercado e a serviços financeiros que oferece a quem deseja abrir o seu próprio negócio ou garantir condições de se manter no mercado, o Sebrae contribui de forma significativa para o fomento da economia capixaba e para a geração de empregos e benefícios claramente voltados para a sociedade.

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Graças aos resultados dessas ações, atualmente, o Espírito Santo possui a sexta melhor taxa de sobrevivência entre as MPEs brasileiras. O crescimento do número de microempreendedores individuais (MEIs) também é um dado que superou as expectativas. Atualmente, nosso Estado ocupa o 12º lugar no ranking de formalizações, contabilizando, até 20 de setembro deste ano, um total de 88.326 MEIs cadastrados. Somente em 2013, foram registrados 19.520 MEIs, alcançando uma média de 74 formalizações por dia. Outro fator fundamental foi a descentralização do desenvolvimento regional do Espírito Santo, com a criação das Agências de Desenvolvimento Regional do Sebrae (ADRs), que nasceram para levar dinamismo econômico às microrreg iões do Estado. Hoje, o Sebrae conta com oito ADRs, além de Vitória:

“as micro e pequenas empresas (MpEs) capixabas são personagens fundamentais dessa nova realidade, e podemos afirmar que impulsionam o desenvolvimento, uma vez que representam 99% do total de empresas no Espírito santo”

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Aracruz, Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante. Ao lado da interiorização do desenvolvimento, também contribuímos para levar crescimento às regiões com baixo

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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Através do projeto Comércio Total, desenvolvido pioneiramente pelo Sebrae-ES, atendemos a pequenos comércios dos bairros de baixo IDH, fomentando a geração de trabalho e renda nesses locais. Para essa tarefa, contamos com parceria do governo do Estado. Desde 2009, quando o projeto teve início, até agosto deste ano, foram realizadas 9.403 consultorias, com atendimento a 10.016 empresas, sendo 6.592 delas formais e 3.424 informais. O projeto também registrou a marca de 20.963 participantes e, até o final deste ano, 69 municípios terão sido contemplados. Vale lembrar que os setores mais desenvolvidos pelas MPEs são os de comércio e serviços. É através desses segmentos que os jovens têm a oportunidade do primeiro emprego e são eles que oferecem trabalho às pessoas de mais idade. Tudo isso contribui para o crescente desenvolvimento regional do Estado e para o aquecimento da economia capixaba.

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cenário e perspectivas Foto: Leonel albuquerque

Mercado instável é desafio da indústria capixaba Quadro de queda na produção industrial emite sinais de alerta e cautela para a classe empresarial capixaba

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ano de 2013 está repleto de incertezas. O primeiro semestre registrou muitas oscilações no mercado, colocando a alta dos juros e do dólar, inflação acima da meta e produtividade baixa entre os fatores que fizeram acender um sinal de alerta e cautela para a classe empresarial. No Espírito Santo, empresários e governo se unem para criar alternativas e tentar reverter um quadro de perdas que já vem

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sendo anunciado há quase dois anos, como o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), que teve redução na alíquota do ICMS de 12% para 4%, e os novos critérios para distribuição dos royalties do petróleo. Para a indústria nacional e capixaba, os primeiros sete meses do ano apresentaram resultados instáveis. No Brasil, a produção industrial cresceu 2% de janeiro a julho,

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mas apresentou uma queda de 2% em julho em relação ao mês anterior, praticamente anulando a alta mensal em junho, de 2,1%. Para os especialistas, o resultado é uma indicação de que a economia brasileira iniciou o terceiro trimestre com fragilidade depois do surpreendente desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nos três meses anteriores. Já o setor industrial capixaba vem apresentando retrações ao longo do ano, com resultado negativo de 8,7% até julho, ante igual período do ano anterior. A indústria da transformação é a que vem perdendo mais espaço no mercado e apresentando os maiores recuos: 2011 (-5,2%), 2012 (-9,6%) e em 2013 (-14,6% até julho). Os principais impactos foram verificados nas atividades de alimentos e bebidas (-24,6%) e de metalurgia básica (-33,1%), influenciados pela menor produção de embutidos de carne de suíno, bombons e chocolates em barras, no primeiro ramo, e de lingotes, tarugos ou placas de aços, no segundo. Enquanto o segmentos de alimentos e bebidas, metalurgia básica, minerais, celulose, indústria extrativa e a indústria da transformação registram quedas, o setor de rochas ornamentais comemora o bom momento das exportações, registrando alta de 25% no acumulado do ano, até agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor total exportado até então, US$ 676,8 milhões, representou 10% das exportações do Estado. O incremento se deve à retomada do crescimento norteamericano e às feiras do setor, como a Vitória e Cachoeiro Stone Fair. A maior parte das vendas é destinada a clientes dos Estados Unidos e à América Latina. Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, a queda da produção industrial é reflexo da retração da demanda pelos produtos das grandes empresas capixabas no mercado internacional. “O ano de 2013 está sendo complicado para as indústrias, pois a economia do Estado é composta basicamente de commodities, principalmente o petróleo, o aço e o minério, que sofreram retração no mercado externo. Isso implica diretamente a redução da produção industrial do Estado”, diz ele.

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“o índice de confiança maior do empresário industrial em setembro já reflete a expectativa da alta demanda do consumo com festas de fim de ano e do 13º salário” – Doria porto, diretor-executivo do ideies

Empresários confiantes As expectativas, entretanto, não são negativas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Espírito Santo, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou um crescimento de 3,1 pontos no mês de setembro, em relação ao mês anterior. O acréscimo foi motivado tanto pelo indicador de condições atuais, como pelo de expectativas. “Isso sinaliza que o industrial capixaba voltou a ficar confiante”, destaca o diretorexecutivo do Ideies, Doria Porto. “Na verdade, o Icei de setembro já reflete a expectativa para o 4º trimestre de 2013, época em que, de fato, há um otimismo maior, por conta da alta demanda do consumo com festas de fim de ano e a liberação do 13º salário. A indústria é levada a produzir mais nessa época, o que aquece o setor, e o otimismo já é refletido em setembro”, explica o executivo. Também o PIB nacional dá sinais de que pode ficar mais perto da estabilidade do que o inicialmente esperado. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, em setembro os economistas elevaram a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2013 para 2,5%, percentual acima do PIB de 2012, cujo avanço foi de apenas 0,9%. Para 2014, porém, a expectativa é de menos crescimento e mais inflação.

R$ 113 bilhões É o valor dos investimentos anunciados para o Espírito Santo até 2017

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cenário e perspectivas

Produção Física Industrial - Espírito Santo variação acumulada dos últimos 12 meses (%) Indústria Geral Indústria Extrativa Indústria de Transformação

10,0 5,6 5,0 0,0

2,9

3,3

-4,5

-3,9

-9,4

-8,9

1,3 -1,5

-3,5

-5,0 -9,5

-5,0 -9,3

-1,5

-6,2

-6,8

-9,6

-10,5

-10,0

-2,4 -7,6 -11,5

-3,2

-2,3

-8,6

-8,9

-12,6

-13,7

-2,0

-2,0

-1,8

-8,2

-8,0

-7,8

-12,7

-12,5

-12,3

mai/13

jun/13

-15,0 ago/12

set/12

out/12

nov/12

dez/12

jan/13

fev/13

mar/13

abr/13

jul/13

Fonte:iBGe / elaboração: Findes/ideies

No Espírito Santo, apesar de o PIB estadual ter recuado 2,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, na opinião do diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, José Edil Benedito, a economia começa a dar pequenos sinais de recuperação, apontando para uma melhoria no cenário. “O tamanho não dá para mensurar, mas os dados começam a apontar para um melhor desempenho da indústria, do comércio e da economia como um todo”, afirma.

“apesar de o piB estadual ter recuado 2,1% no primeiro trimestre, a economia começa a dar pequenos sinais de recuperação, apontando para uma melhoria no cenário” José edil Benedito, diretor-presidente do instituto Jones dos santos neves

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Desenvolvimento Algumas ações estão sendo implantadas para pontuar os industriais rumo ao crescimento da produtividade. Com o objetivo de diminuir as desigualdades regionais, promover o crescimento econômico e gerar emprego e renda, a Findes lançou, em agosto, o Mapa Estratégico da Indústria 2013/2022, que mostra os caminhos que empresas e poder público devem percorrer em prol do aumento da competitividade. “O documento representa a visão do industrial capixaba sobre quais são os melhores rumos para a economia do Estado. Nossa estratégia está voltada para o aumento de condições favoráveis para a indústria, permitindo a descentralização do desenvolvimento, maior peso na economia local de empresas inovadoras e comprometidas com a produção de bens de maior valor agregado, e maior diversificação no comércio nacional e internacional”, diz o presidente da Findes, Marcos Guerra. No Estado, há uma carteira de projetos com previsão de investimentos de R$ 113 bilhões até 2017, que será responsável pela geração de até 200 mil empregos nos próximos quatro anos. Ao todo, são 1.395 projetos. Os dados são do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), órgão do governo capixaba que compilou todos os projetos, públicos e privados, acima de R$ 1 milhão anunciados para o Estado no período entre 2012 e 2017. Os setores que mais investirão são o de infraestrutura (energia, armazenamento e transporte),

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cenário e perspectivas

com uma participação de 55,2% sobre o total, seguido da indústria (29,7%), comércio/serviço e lazer (9,1%) e outros serviços (5,9%). Entre os investimentos da iniciat iva privada, o secretário estadual de Desenvolvimento, Nery De Rossi, destaca o polo gás-químico da Petrobras, em Linhares, como um dos grandes empreendimentos que podem atrair para o seu entorno novas cadeias produtivas para o Espírito Santo. “O polo vai produzir matéria-prima para diversos setores, entre elas a produção de melamina para o setor moveleiro, insumo usado na fabricação do MDF”, diz ele. Outros investimentos importantes são a fábrica de micro-ônibus Marcopolo, em São Mateus, que já atraiu a empresa fornecedora Tecnovidro, que será instalada em Colatina para atender à montadora e a indústrias de móveis, e o Estaleiro Jurong, em Aracruz, que se encontra em construção, segundo Rossi. Mesmo com as perdas do Fundap e dos royalties do petróleo, o Estado pode se manter competitivo, na avaliação do secretário. “Além das ações do governo, como os Contratos de Competitividade, os incentivos do Invest-ES e o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), criado para tornar o Estado mais eficiente, nossa carteira de

“a economia do estado é composta basicamente de commodities, principalmente o petróleo, o aço e o minério, que sofreram retração no mercado externo” – Marcos Guerra, presidente da Findes

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“além das ações do governo, nossa carteira de projetos está em constante crescimento e isso atrai novas empresas, de outros estados e países”– nery De rossi, secretário estadual de Desenvolvimento

projetos está em constante crescimento e isso atrai novas empresas, de outros estados e países”, afirma Rossi. Outro fator positivo, de acordo com ele, é que o setor de petróleo e gás movimenta o mercado, uma vez que o Estado é o segundo maior produtor do país. “As empresas do setor metalmecânico têm se especializado para atender ao segmento, o que gera receita e faz girar a economia. As empresas capixabas vendem cerca de R$ 4 bilhões por ano apenas como fornecedoras da Petrobras, em todo o Brasil, o que mostra que os capixabas estão preparados para atender ao setor”, conclui. “Nós mapeamos o Estado e passamos a detectar onde há deficiências que precisam ser sanadas. Avançamos nos contratos de competitividade com o Estado, que, atendendo ao pleito dos industriais, concedeu tratamento tributário diferenciado a 21 setores da indústria; estamos formando mão de obra qualificada para atender à demanda de várias regiões, através da implantação das Agências de Treinamento Municipal (ATM) e das Escolas Móveis, modelos mais rápidos, baratos e eficazes para suprir as demandas específicas de cada município. Por meio delas, os municípios terão acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/IEL, em parceria com os governos locais. Isso possibilitará reduzir os custos e melhorar a competitividade das indústrias”, pondera o presidente da Findes, Marcos Guerra. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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petróLeo e Gás Foto: agenciapetrobras.com.br

até 2017, a previsão é de que a petrobras produza diariamente mais de 1 milhão de barris de petróleo somente na área do pré-sal

Petróleo incrementa e impulsiona a economia do Espírito Santo investimentos do setor de óleo e gás devem dinamizar a economia do espírito santo no próximos quatro anos

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Espírito Santo ocupa lugar de destaque no Brasil quando o assunto é petróleo. Até 2017, a previsão é de que a Petrobras produza diariamente mais de 1 milhão de barris de petróleo só no pré-sal – ou metade da produção total atual, que foi de 2 milhões de barris em agosto (302 mil no pré-sal). Apenas no primeiro semestre de 2013, a média de petróleo extraído pela Petrobras no Estado foi de 300 mil barris/dia, enquanto a entrega de gás natural ao mercado brasileiro tem se aproximado de 10 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação ao gás de cozinha, são produzidos na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares, uma média de 720 toneladas por dia.

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Segundo o Plano de Negócios 2013-2017 da petrolífera, dos US$ 236,7 bilhões em investimentos previstos, US$ 147,5 bilhões são para a área de Exploração e Produção, US$ 64,8 bilhões para Abastecimento, US$ 9, 9 bilhões para Gás e Energia; US$ 5,1 bilhões para Internacional, US$ 3,2 bilhões para BR Distribuidora; US$ 2,9 bilhões para Petrobras Biocombustível; US$ 2,3 bilhões para ETM e US$ 1 bilhão para demais áreas. O plano não detalha a destinação para o Espírito Santo, mas a expectativa é de que sejam mantidos os recursos de US$ 13,033 bilhões definidos no plano anterior (2012-2016), com US$ 12,9 bi sendo aplicados na área de exploração e produção no Estado. E ainda este ano, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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dois importantes investimentos da Petrobras em fase de conclusão devem iniciar suas operações, contribuindo para incrementar a produção capixaba: a inauguração, pela Transpetro, do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, em Aracruz – um empreendimento de R$ 500 milhões, que vai armazenar e transportar 3 mil m³/dia de C5+ (combustível utilizado pela indústria petroquímica) e 1 mil toneladas de GLP (gás de cozinha) produzidos no Estado, na UTG Cacimbas, em Linhares; e a entrada em produção no litoral sul capixaba, prevista para novembro, da FPSO P-58, que está sendo montada num estaleiro no Rio Grande do Sul e será alocada no Parque das Baleias. A P-58 é um investimento de US$ 4 bilhões e tem capacidade para extrair 180 mil barris de petróleo/dia.

novos empreendimentos Está prevista para 2017 a instalação de uma plataforma na região conhecida como “Parque dos Doces”, no litoral norte do Estado, para um teste de longa duração. Nessa região, onde estão também os parques inicialmente denominados dos Deuses, dos Queijos, dos Cachorros e das Montanhas Capixabas, o óleo é mais leve, semelhante ao que é produzido no campo de Golfinho, onde já há um navio-plataforma em operação. Para 2018, o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras prevê também mais uma unidade no sul do Parque das Baleias, para atuar no pós-sal, com capacidade de pelo menos 100 mil barris por dia. “Investimentos significativos deverão ser aplicados, também, em projetos das

US$ 13 bilhões É o investimento previsto da Petrobras no Espírito Santo até 2017

Investimentos da cadeia petróleo-gás no ES • Terminal Industrial Imetame – em construção Investimento: r$ 350 milhões Projeto: terminal portuário com instalações para manutenção de embarcações, montagem final, carregamento e descarregamento de estruturas, equipamentos, tubulação, módulos completos ou partes sobre embarcações, além de recebimento, armazenamento e entrega de materiais nas embarcações. Empregos: 900 na construção e 160 na operação. Localização: aracruz.

• Itaoca Off-shore - em licenciamento ambiental Investimento: r$ 450 milhões Empregos: 1.000 na construção e 500 na operação Localização: itapemirim • Terminal de apoio às atividades de exploração e produção off-shore da Petrobras – em licenciamento ambiental Investimento: r$ 800 milhões Projeto: dar suporte às plataformas e atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural off-shore. prevê retroárea operacional da petrobras e área para implantação de empresas fornecedoras. Empregos: 1.000 na construção e 1.000 na operação Localização: anchieta. • UTG Cacimbas – operando e em ampliação Investimento: r$ 3 bilhões Projeto: capacidade de 18 milhões m3/dia. Empregos: 1500 nas obras e 200 na operação. Localização: Linhares.

• Terminal Aquaviário de Barra do Riacho/ Petrobras em Aracruz – em fase de conclusão Investimento: r$ 500 milhões Projeto: armazenar e transportar 3 mil m3/dia de c5+ e 1 mil toneladas de GLp produzidos no espírito santo. Empregos: 1.500 nas obras e 200 na operação Localização: aracruz. • Complexo Gás-Químico – projeto em elaboração Investimento: r$ 3 bilhões (estimativa preliminar) Projeto: produção de ureia (fertilizante), metanol (biodiesel formaldeído), formaldeído (resinas termofixas para madeiras e móveis), ácido acético (tintas e solventes), ácido fórmico (indústria do couro – curtumes). Localização: Linhares. • Base de apoio off-shore Edison Chouest – em licenciamento ambiental Investimento: r$ 400 milhões Projeto: construção de base de apoio às atividades de exploração e produção off-shore e estaleiro de reparos navais. Localização: itapemirim.

• Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) – em construção Investimento: r$ 800 milhões Projeto: estaleiro cujo foco principal será o fornecimento de sondas de perfuração e naviosplataforma para os campos do pré-sal. Empregos: 2,5 mil na construção e 6 mil na operação. Localização: aracruz.

Fonte: sedes - secretaria de estado de Desenvolvimento

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petróLeo e Gás

áreas de gás e energia no Espírito Santo, como o Complexo Gás-químico (UFN-IV), em Linhares, e o estaleiro da Jurong, em Aracruz, para atender à construção de novas plataformas da Petrobras”, relatou o gerente-geral da Petrobras no Estado, José Luiz Marcusso. O secretário estadual de desenvolvimento, Nery De Rossi, lembra que o Espírito Santo está passando por uma fase de transição. “Os grandes projetos do setor siderúrgico, de mineração e celulose devem, por algum tempo, ser reduzidos, mas o setor naval e do petróleo e gás serão capazes de sustentar o setor metalmecânico do Estado”, relatou Nery. Ao lado do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) será construído o Terminal Industrial Imetame, para fornecimento de módulos do setor de petróleo e gás. O investimento será de R$ 350 milhões, com geração de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. Há ainda o projeto Petrocity, em que investidores da França e Arábia Saudita irão construir um terminal portuário e um estaleiro para o reparo de embarcações,

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visando a atender à demanda do setor de petróleo e gás. O projeto, a ser instalado em Urussuquara, litoral de São Mateus, no norte do Estado, começa a ser executado nos primeiros meses de 2014 e demandará investimento de R$ 1 bilhão. O Complexo Gás Químico da Petrobras em Linhares encontra-se em fase de construção. O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovou em setembro a sua Licença Prévia (LP). A companhia deverá cumprir 70 exigências ambientais, como apresentar um plano que impossibilite a construção de edifícios no entorno do UFN; criar um Programa de Tráfego e Mobilidade; e criar, junto aos municípios da área de influência do complexo, uma proposta de Programa Emergencial para evitar ocupação desordenada. Aproximadamente R$ 46 milhões deverão ser destinados como compensação ambiental a Unidades de Conservação (UCs) da região e à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e de novas unidades em municípios que participam do Programa de Desenvolvimento de Gestores Ambientais.

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rOchas OrnamEntais

Existe uma grande expectativa de que o ano de 2013 represente mais um patamar superado na recuperação do crescimento do mercado de rochas ornamentais

Novas tecnologias incrementam o setor de rochas O setor de rochas ornamentais do Estado encontrou de novo seu lugar no comércio internacional, com aumento de 25% nas exportações de janeiro a agosto deste ano, no comparativo com 2012

“o

aparecimento de novas tecnologias, como o tear a multifios diamantados, que teve uma aceitação muito forte no segmento de rochas ornamentais no ano passado, tem promovido uma evolução relevante no desenvolvimento das atividades, custo e quantidade de produção dentro da etapa de beneficiamento das rochas, neste ano de 2013”. A informação é do diretor-executivo do Sindicato de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), Romildo Tavares.

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A recuperação das vendas por esse setor da economia capixaba continua acentuada, aumentando as expectativas de um fechamento positivo para o ano de 2013. Nos primeiros oitos meses do ano, as exportações de rochas capixabas alcançaram um volume de R$ 1,5 bilhão e aumentaram 25% na comparação com o mesmo período de 2012, representando 10% do total embarcado pelo Estado no período. Para o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça, esse fator pode ser justificado pelo aumento de exportações

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que crescem consideravelmente. “O setor de mineração em 2013 vem apresentando resultados muito positivos, principalmente no mercado exterior. Queremos crescer no mínimo 10% no ano que vem”, destacou. O diretor da Findes em Cachoeiro e região, e também Conselheiro do Sindirochas e Credirochas, Áureo Mameri, afirma que esse crescimento pode ser justificado pela recuperação dos Estados Unidos no mercado mundial. “Por conta da crise financeira, houve uma queda muito grande de exportações de chapa polida para os Estados Unidos em 2007, 2008 e 2009. Com a recuperação americana, tivemos um aumento significativo nos anos seguintes, o que gerou mais investimentos no setor”. A atividade saltou da quarta para a terceira posição na pauta de exportações do Espírito Santo e pode até tomar da celulose o segundo lugar, se mantiver esse ritmo, de acordo com o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex), enquanto as exportações capixabas caíram 16% de janeiro a agosto de 2013, alcançando R$ 15,3 bilhões (contra R$ 17,9 bilhões no mesmo período de 2012). O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo representa 8% do Produto Interno Bruto capixaba. Reúne em torno de 2.500 empresas atuantes na cadeia produtiva, estando presente em todas as 78 cidades do Estado. Além de proporcionar desenvolvimento às diversas regiões do Espírito Santo,

com geração de emprego e renda, a atividade tem uma função social importante, pelo fato de fixar o homem em seu lugar de origem, evitando o êxodo para as grandes cidades e reduzindo o impacto nos problemas sociais já existentes. É responsável, hoje, pela geraçãode 25 mil empregos indiretos e 100 mil empregos indiretos em todo o Estado.

Perspectivas No segundo semestre de 2013, as vendas de rochas deverão continuar em ligeiro aquecimento no mercado interno, considerando a elevação do consumo de produtos do mármore e do granito. “É claro que não se pode arrefecer agora, principalmente sabendo-se que incertezas ainda existem, em especial no mercado americano, mesmo que esteja vivendo um bom momento, no qual se concentra o maior volume de negócios do setor de rochas capixaba, em especial com materiais semiacabados de maior valor agregado”, considera Romildo Tavares. Para 2014, o diretor-executivo do Sindirochas acredita na manutenção do aquecimento no mercado interno, decorrente ainda dos investimentos do Governo no setor imobiliário e em função, principalmente, das obras para a Copa do Mundo, que acontecerá naquele ano. Além da construção e reforma de estádios, há também a necessidade de obras de infraestrutura para o atendimento de milhares de pessoas que visitarão o país, ou que se deslocarão dentro dele,

R$ 1,5 milhão É o volume alcançado pela exportação capixaba de rochas nos primeiros oitos meses deste ano

Variação das exportações brasileiras - jan/ago 2013 Em valor Em peso

(+) 19,92% em relação mesmo período 2012 (+) 17,41% em relação mesmo período 2012

Variação das exportações capixabas - jan/ago 2013 Em valor Em peso

(+) 25,14% em relação mesmo período 2012 (+) 24,63% em relação mesmo período 2012

Principais destinos da exportação de rochas Blocos Manufaturados

China, Itália, Taiwan, Espanha Estados Unidos, Canadá, México

Fonte: Sindirochas e Sindiex - Espírito Santo

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rochAS ornAmentAiS Foto: Dedrinkson Adame

eficiência, produtividade e menor custo, beneficiando o segmento e permitindo um atendimento mais eficaz aos mercados interno e externo de rochas.

Setor ganha manual de aplicação de rochas

A Vitória Stone Fair é hoje a maior feira de rochas ornamentais da América Latina segundo seus organizadores

como construção, reforma ou ampliação de aeroportos e hotéis, entre outras. O aumento da capacidade competitiva, o crescimento da produção de materiais de maior valor agregado e a busca por novos mercados no exterior devem contribuir para o crescimento do mercado de rochas também em 2014, avalia Romildo, antevendo ainda que a expansão do uso de tecnologias mais avançadas, a exemplo do tear multifios diamantados, traga maior

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Contribuindo com o arranjo produtivo de rochas ornamentais do Espírito Santo, no dia 24 de outubro o Instituto Euvaldo Lodi, entidade da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), lançou o Catálogo de Rochas Ornamentais, um manual que reúne dados sobre a geologia, ocorrências e possibilidadesdeuso,aplicaçãoemanutenção de uma gama de tipos de rochas presentes no território estadual com potencial para uso ornamental. As informações destinam-se aos profissionais especificadores, designers, arquitetos, engenheiros, construtoras e empresários do setor. “Esse material técnico e explicativo auxiliará de forma clara o manuseio das rochas ornamentais, promovendo sua utilização dentro dos princípios de sustentabilidade, evitando o desperdício e gerando cada vez mais renda e lucro aos fabricantes e, principalmente, aos consumidores”, disse o presidente da Findes, Marcos Guerra.

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papeL e ceLULose

a Fibria registrou aumento na produção e em vendas de celulose

indústrias de papel e celulose vivem paradoxo por conta do dólar o cenário de otimismo da indústria de celulose não é o mesmo para os empresários da indústria de papel

A

desvalorização do real diante do dólar tem influenciado diretamente os preços de vários segmentos da indústria de transformação, entre eles a celulose, papel e produtos de papel. Em decorrência desse cenário, a produção está saindo mais cara da fábrica, segundo dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O cenário econômico mundial criou um paradoxo para as empresas do setor em 2013. De um lado, existem aquelas que comemoram, e do outro, há aquelas que lamentam. Isso porque as empresas que vivem da exportação estão ganhando mais com a venda de seus produtos em dólar, enquanto as empresas que precisam comprar anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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matéria-prima importada sofrem com o encarecimento da produção. Para a Fibria, por exemplo, o cenário é altamente favorável, por conta de sua natureza exportadora (mais de 90% de suas vendas são feitas ao mercado externo), que fez com que obtivesse um bom resultado operacional. A companhia registrou alta na receita líquida, que totalizou R$ 1,67 bilhão, 15% superior à do primeiro trimestre e 12% maior que a alcançada entre abril e junho de 2012. O Ebitda ajustado foi de R$ 647 milhões, com crescimento de 15% na comparação com o primeiro trimestre e de 18% em relação ao segundo trimestre de 2012. A margem Ebitda alcançou 39% no primeiro semestre de 2013, cinco pontos percentuais a mais do que nos seis primeiros meses do ano passado. A geração de fluxo de caixa livre no segundo trimestre foi de R$ 234 milhões, 40% superior na comparação com o primeiro trimestre de 2013 e três vezes superior na relação ano contra o ano passado. No período de 12 meses encerrado em 30 de junho, a companhia somou R$ 956 milhões em fluxo de caixa livre. “O preço da celulose tende a seguir os bons fundamentos atuais e nossa avaliação para o segundo semestre é bastante positiva”, ressaltou o diretor comercial e de Logística Internacional da Fibria, Henry Philippe Van Keer. A Fibria registrou aumento em produção e em vendas de celulose. Apesar das paradas programadas para manutenção, ocorridas nas unidades de Três Lagoas (MG) e Aracruz (ES), no segundo trimestre de 2013 a companhia produziu 1,29 milhão de toneladas, 2% a mais que no trimestre anterior. As vendas somaram 1,27 milhão de toneladas entre abril e junho, 7% superiores ao volume registrado no primeiro trimestre do ano, em função da sazonalidade do período anterior e da maior disponibilidade de celulose. Embora a indústria de celulose comemore seus resultados, a de papel atravessa um período difícil. O presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose do Estado do Espírito Santo (Sindipapel), José Braulio Bassini, explica que a retração do consumo no varejo tem se traduzido em queda nas vendas. Ao mesmo tempo, o valor da matéria-prima, em dólar, tem elevado os custos de produção. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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“Trata-se de uma cadeia de valor. Temos como grande cliente o varejo. Quando o consumidor não compra, os estoques não saem, e isso resulta na queda de pedidos ao setor. Temos microempresas já operando no vermelho”, lamentou Bassini. Para o setor de papel, a expectativa é de que as vendas de fim de ano contribuam para que o segmento feche 2013 com saldo positivo. “As empresas do setor esperam também uma redução de três a dez pontos percentuais na carga tributária, em função dos contratos de competitividade assinados em março deste ano pelo Governo Estadual com 21 segmentos industriais, que foram renovados até 2024”, acrescentou Bassini. O setor também aguarda a instalação da empresa Carta Fabril, no município de Aracruz, norte do Estado, cuja pedra fundamental foi lançada no fim de 2012. A previsão é de que as instalações da fábrica, que produzirá papel do tipo “tissue” (usado para higiene pessoal), entrem em operação no início de 2015. Até o ano de 2020, a empresa vai gerar 400 empregos diretos. Na primeira fase, serão investidos cerca de US$ 140 milhões. A nova fábrica vai operar com duas máquinas, que produzirão 120 mil toneladas de papel por ano, atendendo tanto ao mercado brasileiro, quanto internacional. 63

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LoGística e inFraestrUtUra

com restrições na pista de pouso e sem um terminal de cargas, o aeroporto de vitória recebe apenas um voo de carga por semana, inviabilizando as operações

Gargalos logísticos afetam competitividade do Estado o espírito santo tenta reverter o quadro com programa que articula investimentos da iniciativa privada e dos governos federal e estadual

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á décadas o Brasil vem sofrendo perdas com a falta de investimentos em infraestrutura e logística. O recurso destinado a esta área não passou de 2% do PIB ao longo dos últimos anos. Com isso, o país perde o equivalente a US$ 83,2 bilhões por ano com custos logísticos em função de problemas que vão desde a elevada burocracia até a limitada infraestrutura de estradas, ferrovias, portos e aeroportos. O prejuízo representa em torno de 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o estudo “Custos Logísticos no Brasil”, elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC), de Belo Horizonte (MG).

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Só os custos logísticos comprometem 13,1% da receita das empresas brasileiras, ou cerca de 12% do PIB nacional, de acordo com a FDC. No Espírito Santo a média é semelhante, girando em torno de 13% da receita das empresas capixabas, segundo o presidente da Federação das Empresas de Transportes do ES (Fetransportes), José Antonio Fiorot. “Ainda sofremos com a perda do Fundap, que era um importante incentivo capixaba. Se tivéssemos uma logística adequada, esse prejuízo não nos afetaria tanto. Precisamos de projetos que nos proporcionem infraestrutura para anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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competir de igual para igual com outros estados”, diz ele. As def iciências capi xabas começam pelo Porto de Vitória. Sem estrutura apropriada, ele perdeu linhas internacionais de grandes embarcações de carga, que não têm como entrar no porto. Cargas da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos passam primeiro pelo Rio de Janeiro para, depois, chegar a Vitória, via transbordo. O desvio encarece os produtos, toma tempo dos empresários e tira competitividade do Estado. “É o nosso maior gargalo, pois mesmo com as obras do porto, o canal vai continuar limitado aos navios Panamax”, constata o subsecretário de Logística de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes e Obr a s P úbl ic a s (S etop), Valdir Uliana. O problema do acesso marítimo vai até melhorar com as obras de dragagem e derrocagem que estão sendo feitas e permitirão operar com navios de até 70 mil toneladas, contra as 20 mil toneladas atuais. Mas para resolver a questão de receber navios maiores, só mesmo com a construção do Porto de Águas Profundas, que será na Ponta da Fruta, em Vila Velha, investimento que entrou na MP dos Portos, mas cujas operações só devem se iniciar em 2020.

Rodovias federais Dos portos, as deficiências se estendem para as rodovias federais. Utilizadas muito acima de sua capacidade, elas já deveriam ter sido duplicadas há tempos. A duplicação da BR-101 está equacionada após a ECO 101 Concessionária de Rodovias ganhar o leilão, e os trechos com maior volume de tráfego serão duplicados nos primeiros cinco anos da concessão. Já a duplicação da BR-262 virou um imbróglio. Em setembro, após a oferta do leilão para a concessão do trecho ES/MG não ter conseguido nenhum interessado, o Governo Federal anunciou que será executada na modalidade de obra pública pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, lamentou o fato de não haver interessados na concessão do trecho, pois a melhoria na rodovia é muito importante para escoar

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os trechos com maior volume de tráfego da Br-101, que corta o espírito santo até a Bahia, serão duplicados nos primeiros cinco anos da concessão da eco-101

a produção do Estado – que inclui café, petróleo e gás, papel e celulose, entre outros itens -, bem como dos produtos que vêm de Minas para embarcar nos portos da Grande Vitória. “O Estado vem sendo prejudicado por várias deficiências na infraestrutura. Se tivéssemos uma logística eficiente, a economia poderia estar muito mais diversificada”, afirma. Já o aeroporto de Vitória, apesar de melhorias recentes no terminal de passageiros, não oferece condições de pouso para que aviões maiores possam trazer cargas internacionais, uma das reivindicações do presidente do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Findes, Constantino Dadalto. “Além de melhores rodovias, conclusão das obras do cais e uma ferrovia com ligação de norte a sul, o Estado precisa avançar na implantação de um aeroporto internacional com um terminal de cargas adequado”, diz ele.

investimentos Na esfera estadual, o Governo tenta reverter o quadro com mais de 20 obras e projetos em prol da logística do Espírito Santo e que fazem parte do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável (Proedes), com investimentos de mais de R$ 3 bilhões em novas rodovias estaduais, instalação de ferrovias, portos e aeroportos regionais em Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Colatina e Guarapari. 65

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LoGística e inFraestrUtUra

O programa articula investimentos da iniciativa privada, governo federal e Estado. “O intuito é fortalecer todos os eixos estratégicos de ligação em que o Estado pode atuar. São eixos logísticos que nos conectam aos estados vizinhos”, diz o subsecretário da Setop, Valdir Uliana. No modal ferroviário, estão previstas a Estrada de Ferro (EF) 118, que ligará Vila Velha ao Rio de Janeiro, com solicitação do governo capixaba para sua extensão até Linhares; e a EF-354, de Campos a Goiás, com extensão até Mato Grosso e, futuramente, até o Peru. Essas duas ferrovias, que são de importância vital para escoar grandes produções do agronegócio do cerrado e da atividade mineral do Estado, estão em fase de audiência pública para elaboração dos projetos. No norte do Estado, será implantado o Porto de São Mateus, que pode ser o novo caminho para as grandes peças usadas nas embarcações que fazem a prospecção de poços petrolíferos e que chegam aos portos transportadas por caminhões. Em Linhares, está previsto o Porto Norte Capixaba,

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da Manabi, com investimento de R$ 1,75 bilhão e expectativa de iniciar a operação em 2016. Outro empreendimento, o Porto Central, será construído em Presidente Kennedy, no sul do Estado, uma parceria com o Porto de Roterdã, na Holanda, e um grupo de empresários locais, que terá uma capacidade instalada de quase duas vezes a do Porto de Santos (SP). Apesar das perdas e do atual quadro, o anúncio de novos investimentos permite expectativas otimistas. O subsecretário Valdir Uliana admite que a situação em curto prazo não é das melhores, pois perdeu-se tempo para aprimorar as condições da logística capixaba, e os benefícios do Fundap mascaravam as deficiências. Entretanto, ele destaca que a nova Lei dos Portos permite aos terminais privados competir com qualquer outro porto do Brasil, até mais do que os portos públicos. Isso produz um novo cenário. “Felizmente, o Estado já tem um planejamento de investimentos privados que podem nos manter na competitividade mundial. Com a Lei dos Portos e dos Aeroportos, eles se fortalecem”, afirma.

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Mineração e siDerUrGia Foto: agência vale

vale pretende investir Us$ 34 bilhões em minério de ferro e logística até 2018

Mineração avança rumo a novos desafios, enquanto siderurgia enfrenta estagnação o setor de mineração do estado vem atravessando o ano com relativa tranquilidade, mas o mercado do aço enfrenta excesso de produção e queda nas vendas

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setor de mineração capixaba vem sendo impulsionado pelos investimentos realizados pelas grandes empresas em 2013, tanto em logística quanto em projetos de expansão. O ano foi levemente positivo para o minério de ferro. Após altos e baixos no comércio internacional, a produção se manteve dentro das metas estabelecidas pelas companhias produtoras. Devido à queda livre na demanda e nas exportações de aço, há projeções negativas para este ano. Nem a recente disparada do dólar frente ao real trouxe alento às

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siderúrgicas, que já não trabalham mais com uma perspectiva de crescimento da produção em 2013 e início de 2014. O presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, disse que há um excedente mundial de aço que gira na casa dos 600 milhões de toneladas. Nos primeiros sete meses, as exportações brasileiras caíram 16,9% em volume e 21,9% em valores. De acordo com o instituto, as siderúrgicas não têm interesse em elevar a produção porque passariam a ter anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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o ônus de manter o material em estoque. Além das dificuldades no exterior, o setor enfrenta também a falta de dinamismo do mercado doméstico.

Minério do futuro O minério de ferro ainda tem um mercado aberto, internamente e no exterior. Nesse cenário, a Vale, por exemplo, pretende investir US$ 34 bilhões em minério de ferro e logística até 2018, quando espera atingir uma produção de 450 milhões de toneladas ao ano da commodity. A declaração foi de José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale. No Espírito Santo, a companhia aplicou (investimento e custeio) US$ 961 milhões no primeiro semestre de 2013. Os investimentos socioambientais somaram US$ 27,9 milhões no período. A produção total de pelotas entre abril e junho alcançou 12,3 milhões de toneladas, 5,7% acima do primeiro trimestre do ano. No segundo trimestre, houve um aumento de 8% na produção de pelotas no Espírito Santo em relação ao primeiro trimestre, totalizando 15,9 milhões de toneladas produzidas no semestre. Os volumes produzidos nas plantas de Tubarão aumentaram para 5,6 milhões de toneladas no segundo trimestre, acima dos 5,1 milhões de toneladas produzidos nos três primeiros meses do ano e dos 5,3 milhões de toneladas do segundo trimestre do ano passado.

capacidade de transporte de 400 mil toneladas. Este foi o maior carregamento dos 47 anos de história do Porto de Tubarão. Já a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) foi responsável pela movimentação de 55 milhões de toneladas de minério de ferro e 13,3 milhões de toneladas de carga geral nos seis primeiros meses do ano, totalizando 68,5 milhões de toneladas transportadas no período.

15,9 mi/ton de pelotas de ferro foram produzidas no Espírito Santo no 1º semestre de 2013

Usina Viii A pelotizadora está trabalhando para concluir as obras da Usina VIII, no Complexo de Tubarão, com previsão de término até o final de 2013. Está sendo investido US$ 1 bilhão no empreendimento, que vai gerar 350 empregos permanentes na operação. Mais de quatro mil empregados de empresas contratadas trabalharam no pico das obras, dos quais 90% são capixabas. Cerca de 60% dos contratos assinados durante a obra incluem empresas capixabas.

Samarco em expansão A Samarco avança e se prepara para novos desafios. A empresa está em expansão, com o Projeto Quarta Pelotização (P4P) sendo executado dentro do cronograma. A P4P, um investimento de R$ 5,4 bilhões, vai ampliar em 37% a capacidade de produção de pelotas de ferro da

Logística Também a logística da Vale avançou, e o Porto de Tubarão embarcou 49,7 milhões de toneladas de minério de ferro e 7,3 milhões de toneladas de carga geral entre janeiro e junho deste ano. No total, foram embarcados 57 milhões de toneladas de produtos como minério, grãos, carvão e fertilizantes no semestre. Além disso, depois de passar por um processo de dragagem e adequação de seu píer, o porto realizou, no dia 22 de maio, o primeiro carregamento total de um navio do tipo Valemax, maior mineraleiro do mundo, com

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Wind fence: investimentos ambientais da samarco totalizaram r$ 250 milhões em outubro

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Mineração e siDerUrGia

arcelorMittal, maior produtora de placas de aço do mundo, reduziu sua projeção de lucro em 2013

companhia, a partir de 2014. A capacidade nominal de produção atual é de 22,25 milhões de toneladas anuais de pelotas. Os projetos ambientais também continuam a todo vapor. Somente em 2012 foram investidos R$ 283,2 milhões nessa área, mais que o dobro do ano anterior, e em 4 de outubro de 2013 a Samarco inaugurou a sua wind fence (barreira de vento) ao redor do pátio de estocagem de minério de ferro, na Unidade de Ubu, em Anchieta. A tecnologia tem o objetivo de reduzir a velocidade do vento incidente sobre as pilhas de minério e a emissão de particulados na região. A empresa implantou também sistemas de controle adicionais, num investimento total de R$ 250 milhões.

Siderurgia estagnada Já a ArcelorMittal Tubarão, maior produtora de placas de aço do mundo, reduziu sua projeção de lucro operacional em 2013, em agosto, diante de demanda mais fraca que o previsto na Europa e Estados Unidos, além de queda nos preços de matériasprimas. “O excesso de capacidade é o maior problema estrutural da indústria siderúrgica hoje”, disse Benjamin Baptista, presidente da ArcelorMittal Brasil, acrescentando que

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o fato de as grandes estatais chinesas continuarem a elevar a produção é um fator complicador. A afirmação foi feita na conferência anual da Worldsteel realizada em outubro, em São Paulo. A entidade representa 170 siderúrgicas de todo o mundo. A companhia, que fabrica cerca de 7% do aço mundial, afirmou que agora espera que o consumo de aço nos EUA continue estável ou avance 1%, no máximo, em 2013, enquanto o mercado europeu deve encolher entre 1,5% e 2,5%. Anteriormente, a previsão era de que o mercado dos EUA crescesse 2% a 3% e o consumo na Europa recuasse entre 0,5% e 1,5%. No geral, o grupo vê as vendas de aço subindo entre 1% e 2% em 2013, puxadas por um aumento de 3% no consumo global. A indústria do aço ainda sente os efeitos da crise mundial de 2008 e da crise europeia de 2012. Na ArcelorMittal Tubarão, o reflexo desse cenário está principalmente no baixo volume de exportações. Com capacidade instalada de produção de 7,5 milhões de toneladas/ano, a unidade está produzindo atualmente 4,4 milhões de toneladas/ano. A empresa está com seu segundo maior altoforno parado desde o fim de 2012, ainda sem perspectiva de retomada.

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Estado garante energia para seu desenvolvimento o projeto inovcity, da eDp escelsa em parceria com o Governo do estado, prevê a implantação de um conjunto de tecnologias que permitirão mais eficiência e qualidade nos serviços

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Brasil deve receber, entre 2013 e 2017, investimentos de R$ 14,6 bilhões na construção de novas linhas de transmissão de energia elétrica e de subestações. A previsão está no Programa de Expansão da Transmissão (PET), divulgado em julho último pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de planejamento vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que garante que o Espírito Santo também será beneficiado, sem divulgar o montante a ser repassado. Independentemente do governo federal, o Espírito Santo possui uma previsão de investimentos de mais de R$ 100 bilhões para o período 2011/2016, dos quais cerca de 40% são projetos de alguma forma relacionados ao setor energético, sendo a maior parte deles ligados à exploração e produção de petróleo e gás. Do total previsto para o setor energético, cerca de R$ 30 bilhões já estão em fase de execução, o que é garantia de fornecimento seguro e estável de energia para essa nova fase da economia estadual. As informações são da Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe). Visando a definir prioridades, traçar estratégias e metas, bem como apontar caminhos a serem percorridos por toda a coletividade, o governo do Espírito Santo está desenvolvendo o Projeto ES 2030. Nesta mesma direção, a Aspe, por meio de parcerias diversas, está iniciando o Planejamento Energético Estadual, também com horizonte até 2030. A informação é do diretor-geral da Agência, Luiz Fernando Schettino. Ele lembrou que o Espírito Santo, que até 2006 se encontrava

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substação de distribuição em serra sede, inaugurada nos primeiros meses de 2013

na ponta de linha do Sistema Interligado Nacional (SIN), atualmente possui um anel de segurança formado pelas linhas de transmissão Adrianópolis-CamposVitória e Ouro Preto-Vitória, que garantem à Região Metropolitana da Grande Vitória maior confiabilidade em seu abastecimento. Além disso, a Região Metropolitana, de acordo com ele, estará recebendo um aporte adicional de energia com a conclusão da Linha Mesquita (MG)-Viana 2 (ES) em 500/KV, com 248 km de extensão e conclusão prevista ainda para este ano. Já o norte do Estado é suprido pela linha de transmissão MascarenhasVerona, que ganhará o reforço da linha Mascarenhas-Linhares, em 230 K V, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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R$100 bilhões É a previsão de investimentos para o Espírito Santo até 2016, e cerca de 40% são para o setor energético

Foto: Bruno coelho /Mosaico imagem

com 99 Km de comprimento, em fase de implantação. “Além deste empreendimento, já foi solicitado pelo governador do Estado, Renato Casagrande, ao Ministério de Minas e Energia, a construção de uma nova linha, de 230 KV, ligando Nova Venécia a São Mateus, visando a garantir a segurança e o fornecimento energético naquela região do Estado, que está recebendo vários empreendimentos que irão demandar muita energia”, anuncia Fernando Schettino.

Gás expande sua rede Com relação ao gás, o Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras Distribuidora prevê nos próximos cinco anos, um investimento da ordem de R$ 205 milhões para o Estado. A distribuição será expandida para Colatina, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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São Mateus, Guarapari e Sooretama, chegando a 393 km. Também está sendo ampliada a rede de gás natural em cidades já atendidas, como Vila Velha, Aracruz, Linhares, Serra e Vitória. “Em se tratando de gás canalizado, os investimentos em ampliação e interiorização da rede de distribuição são de extrema importância para o desenvolvimento do mercado no Espírito Santo. Quanto maior o número de municípios atendidos, maior é o potencial de consumo de gás natural canalizado”, disse o diretor-geral da Aspe.

Rede inteligente O governo do Estado, em parceria com a EDP Escelsa, fez em 2013 o lançamento do Projeto InovCity, que tornará os municípios 73

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enerGia

atlas de Bioenergia lançado pela aspe identifica potencialidades do estado para o uso da biomassa com fins energéticos

de Domingos Martins e Marechal Floriano as primeiras cidades dotadas de uma rede inteligente de energia (Smart Grid) no Espírito Santo. A implantação já foi iniciada, e o projeto, que terá investimentos de cerca de R$ 5 milhões, prevê o uso de um conjunto de tecnologias que permitirão uma maior eficiência e qualidade na prestação de serviços ao cliente, como a medição inteligente, iluminação pública eficiente,

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microprodução com fontes renováveis de energia, mobilidade elétrica e ações de eficiência energética. Também em 2013 a Aspe lançou o Atlas de Bioenergia, que identificou as potencialidades do Estado para o uso da biomassa com fins energéticos. Atualmente, a Agência vem se dedicando ao estudo do potencial solar, visando a incentivar o uso dessa fonte de energia limpa e renovável no Estado. Por fim, ainda em 2013 foi criado o Programa Estadual de Eficiência Energética e de Incentivo ao Uso de Energias Renováveis (Proenergia), com o objetivo de promover no setor energético estadual mais sustentabilidade, competitividade, inovação e inclusão social. “O Espírito Santo busca a autossuficiência na geração de energia elétrica, visto que parte significativa da energia consumida no Estado é importada de outras regiões do país. As ações de governo visam a tornar o uso da energia cada vez mais eficiente e seguro, com inovação e participação social”, destacou Luiz Fernando Schettino.

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constrUção civiL e pesaDa

De 2011 para 2012 foram lançadas 10.800 unidades apuradas pelo censo imobiliário. Já de 2012 para 2013 esse número caiu para 3.900 unidades

construção civil vive momento de estabilização crescimento esperado para o segmento em 2013 é de 2,5%, abaixo das médias de 2010 e 2011, mas acima do registrado em 2012

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indústria da construção civil do Espírito Santo, que nos últimos anos apresentou um avanço acima da média nacional, está vivenciando um momento de estabilização. O cenário não é exclusivo do mercado capixaba, mas sim percebido nacionalmente. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o crescimento esperado para o segmento em 2013 é de cerca de 2,5%, abaixo das médias de 2010 e 2011, mas acima do registrado em 2012, quando ficou em apenas 1,9%. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon), Aristóteles Passos

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Costa Neto, esse cenário era previsível. “Vivemos momentos de euforia, com crescimento acima da média nacional. Haveria de ocorrer uma acomodação e uma estabilização do mercado em patamares reais. É o que está acontecendo, ou seja,o desaquecimento é fruto da acomodação do mercado em níveis sustentáveis, porém reais”. Na avaliação de Aristóteles, o crescimento do país tem sido e continuará sendo modesto, e não será diferente no Espírito Santo. “Isso impõe que as empresas trabalhem com uma perspectiva mais dura, focando a capitalização, redução dos estoques e lançamentos compatíveis com o anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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mercado atual, que não é o mesmo de cinco anos atrás”, sublinhou. O setor, que representa 10% do PIB capixaba, sofre com alguns entraves. Um deles, citado pelo dirigente, diz respeito às negociações trabalhistas. “Estamos vivendo momentos de tensão na relação entre capital e trabalho. Isso tem trazido reflexos danosos aos custos da indústria capixaba.” Para se ter uma ideia, um pedreiro com carteira assinada tem um custo de R$ 5,51 a hora trabalhada. Com os encargos trabalhistas e sociais acrescidos, esse gasto passa para R$ 14,33. Considerando-se a produtividade, observa-se que o índice não mantém a proporção, ou seja: aumentam-se os salários, mas a produtividade não melhora. A variação acumulada no primeiro trimestre, comparada a igual período do ano passado, mostra que houve uma queda de 8% na produtividade da indústria capixaba, enquanto que no Brasil houve uma variação positiva de 1,3%. Outro obstáculo apontado para o setor refere-se à falta de planejamento de órgãos públicos, o que cria situações de obras licitadas sem projetos de qualidade. “Precisamos promover uma reengenharia no setor, envolvendo os contratantes, para corrigirmos velhas distorções”, ressaltou o presidente do Sinduscon.

Censo revela a desaceleração Dados do 23º censo imobiliário divulgados em agosto pelo sinduscon registraram que o mercado capixaba teve uma pequena queda no número de construções. em 2012 foram 32.020, contra 34.863 do levantamento anterior. De 2011 para 2012 foram lançadas 10.800 unidades apuradas pelo censo imobiliário. Já de 2012 para 2013 esse número caiu para 3.900 unidades. Do total de unidades em construção, lideram os apartamentos de dois e três quartos. as vendas continuam aquecidas, já que 74% das unidades em construção já foram vendidas. no semestre, foram entregues 6.233 unidades, total bem acima das 3.029 entregues no semestre passado. o maior número de edificações concluídas está no município da serra, com 3.177 imóveis.

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as obras de concessão da Br 101 no estado recebeu r$ 200 milhões do Governo Federal

construção pesada Já o setor da construção pesada tem várias frentes importantes para o crescimento no Espírito Santo, principalmente no último semestre de 2013 e primeiro de 2014. “Temos boas perspectivas, pelas obras rodoviárias e de infraestrutura urbana executadas com recursos estaduais, com contratos em plena execução, totalizando mais de R$ 700 milhões entre rodovias e vias urbanas para 2013”, declara o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sindicopes), José Carlos Chamon. Além disso, estão em andamento projetos com recursos federais, através do Programa de Contratação, Restauração e Manutenção por Resultados (PRO-Crema) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com aproximadamente R$ 200 milhões aplicados para todo o país. “Estamos ainda na expectativa das obras da concessão da BR-101, que em 2013 deve receber investimentos de R$ 200 milhões do Governo Federal. Desde maio, a concessionária vencedora está fazendo projetos, cadastramentos para as devidas desapropriações, preparando as praças de pedágios e, enquanto isso, providenciando a manutenção, como tapar buracos, fazer alargamentos e terceiras faixas. Na área portuária, temos a ampliação do cais de Vitória, com cerca de R$ 120 milhões em recursos, e que está em fase de conclusão; e o início da construção de mais dois berços em Vila Velha, no cais de Atalaia, com investimento de R$ 130 milhões”, disse Chamon. Ainda nesse setor, o estaleiro da Jurong já é uma realidade e está em pleno andamento.

R$ 200 milhões Este deverá ser o investimento repassado ao Estado para o início das obras da concessão da BR-101

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serviços

em julho, o setor de serviços sustentou mais de 26,1 milhões de postos de trabalho no país

Setor é a mola-mestra na geração de empregos serviços respondem por 62,1% dos postos de trabalho do país e 67,5% do piB

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setor de serviços vem ganhando importância na economia e já responde hoje por 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e 62,1% dos postos de trabalho do país que, mesmo perdendo fôlego na geração de novos empregos, tem tido no segmento a mola-mestra a alavancar a abertura de vagas no mercado profissional. No primeiro semestre, a atividade liderou a criação de empregos formais, com 384,9 mil novos postos abertos, contra 692 mil no mesmo período do ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No total, até julho, o Brasil criou 907,2 mil novos postos de trabalho, uma queda de

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33,5% frente ao mesmo período de 2012, quando foram abertas 1,36 milhão de vagas. De acordo com o MTE, o desempenho do mercado de trabalho acompanha as perspectivas da economia nacional, cujos números já revelam sinais de perda de dinamismo na geração de emprego. Em junho, o ritmo de expansão da at iv idade de ser v iços começou a desacelerar, com o volume de novos negócios no menor nível desde março, em meio à fragilidade das condições econômicas e dos protestos no país. No Espírito Santo, o setor só começou a apresentar recuo em julho, com um decréscimo de 704 postos de trabalho. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Mas, no acumulado do ano, gerou mais 5,7 mil novos empregos, até julho. Em 2012, foi a área que mais contratou no Estado, com 11,2 mil (44%) dos 25,1 mil novos empregos criados no ano passado, englobando todas as atividades econômicas, segundo o Caged. Com a desaceleração iniciada em julho, o superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira, acredita que a tendência é que esse quadro se mantenha até o final do ano, uma vez que toda a economia capixaba ainda está fazendo ajustes diante do cenário econômico. “No Espírito Santo a economia é concentrada nas commodities e a maior parte das empresas de serviços capixabas vive em função de seu desempenho, que não vem bem desde a eclosão da crise mundial. Isso impacta também a geração de empregos do setor e vai desencadeando efeitos em toda a economia”, afirmou. De acordo com Vieira, várias mudanças no sistema tributário, entre elas as perdas provenientes do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), a diminuição da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em alguns produtos, que provocou queda na transferência do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), são alguns dos fatores que vão se manter até o final do ano, impactando toda a economia capixaba.

crescimento do setor Já o crescimento do setor de serviços brasileiro foi de 8,6% em junho, na comparação com igual mês do ano anterior,

Emprego em números no ES • De janeiro a julho/2013, o crescimento no número de empregos com carteira assinada foi de 1,79% no es, com 5.773 novos postos de trabalho. • em julho, os serviços sustentaram mais de 26,1 milhões de postos de trabalho no país na média do ano, o que representou 54,2% do total da economia. • Dos 907,2 mil novos postos de trabalho criados no país em 2013 (até julho): • serviços - 384.190 • indústria da transformação - 198.332 • construção civil - 146.638 • setor agrícola - 139.350 • outros – 38.704 Fonte: caged (Mt)/cni

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segundo análise do IBGE, que lançou a Pesquisa Mensal de Serviço em agosto. Os resultados acumulados no ano indicam que nos primeiros seis meses de 2013 o avanço ficou em 8,4% no Brasil. Todos os estados brasileiros apresentaram crescimento em junho. A maior taxa foi registrada em Mato Grosso (29,7%), e as menores foram observadas no Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco, todos com 5,1%, seguidos do Paraná (4,6%), Piauí (3,2%) e Rio Grande do Sul (1,6%). No Espírito Santo, de janeiro a junho, o avanço foi de 5,5%, mas o ritmo de expansão da atividade também começou a desacelerar. Em abril o crescimento foi de 11,2% e em maio, 6,5%, contra 5,1% em junho. Apesar do quadro econômico nacional, as empresas de ser viços brasileiras mantiveram-se otimistas quanto às perspectivas de crescimento da atividade nos próximos 12 meses. É o que revela a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Markit, empresa de serviços globais sobre informações financeiras, também divulgada em agosto. O índice sobre o setor de serviços do Brasil caiu a 50,3 em julho ante 51,0 em junho, permanecendo por 11 meses seguidos acima da marca de 50, número que separa crescimento de contração. “As evidências sugeriram que o nível de demanda foi mantido, mas que os problemas políticos, as condições econômicas difíceis e os protestos contiveram o crescimento”, informou a empresa, destacando que quatro dos seis subsetores de serviços monitorados registraram alta mais fraca no volume de novos trabalhos. Para o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Pedro Rigo, a economia começou a dar alguns sinais de melhora com a nova perspectiva do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que apresentou uma expansão de 1,5% no segundo trimestre de 2013 em relação ao primeiro, surpreendendo o mercado. “O setor de serviços pode estar até apresentando uma retração, mas o mercado começa a dar sinais de que o segundo semestre pode melhorar. Acho que a balança deve se equilibrar até o final do ano, mas tudo vai depender do crescimento do PIB e de vários indicadores financeiros que compõem a economia”, explicou.

5,5% Foi o índice de crescimento do setor de serviços capixaba nos seis primeiros meses de 2013

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MetaLMecânico

setor gera aproximadamente 30 mil empregos diretos e outros 120 mil indiretos no estado

Metalmecânica: indústria se diversifica para atender aos novos investimentos os novos investimentos previstos para o estado têm provocado uma diversificação dos serviços, a fim de garantir a competitividade

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indústria metalmecânica continua sendo uma dos mais fortes da economia capixaba. Dados da Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo ressaltam que seus negócios movimentam cerca de R$ 8 bilhões por ano,

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montante que corresponde a aproximadamente 17% do Produto Interno Bruto estadual. Além disso, as empresas de sua cadeia produtiva geram aproximadamente 30 mil empregos diretos e outros 120 mil indiretos anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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nas quase 1.500 indústrias de transformação de metais e de produção de bens e serviços intermediários, como fundições, forjaria, oficinas de corte, soldagem e estamparia. O segmento enfrenta agora o desafio de diversificar seus serviços, com o propósito de aproveitar as oportunidades oriundas dos investimentos nas áreas naval, do petróleo e do gás no Espírito Santo e, na avaliação do vice-presidente da Federação das Indústrias (Findes) e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), Manoel de Souza Pimenta Neto, está organizado para esse novo momento. “A nossa economia é atrelada ao mercado de commodities e quando a Vale, a ArcelorMittal e a Aracruz apresentam queda de produção, isso logo nos afeta. Mas estamos em um período de transição, com boas perspectivas no setor naval e de petróleo. Isso tudo porque hoje as empresas capixabas estão capacitadas, aptas e se tornaram referência no país para os trabalhos de metalmecânica. Além disso, com os Estados Unidos crescendo, e a China que não diminuiu o ritmo,as expectativas são grandes de novos mercados internacionais e exportação de produtos”, relatou Manoel Pimenta. Quanto à competitividade, o secretário de Estado do Desenvolvimento, Nery De Rossi avaliou que “uma das vantagens competi-tivas do Estado é a disponibilidade do setor metalmecânico e a qualificação profissional das pessoas desta área. Estamos em fase de

construção do Estaleiro Jurong, em Aracruz, e sem dúvida esse empreendimento irá mudar consideravelmente a região onde está instalado”, disse. Ele lembrou que, ao lado do estaleiro, está prevista a instalação do terminal industrial da Imetame Logística. Em fase de implantação, o terminal logístico irá demandar investimentos da ordem de R$ 30 milhões. O diretor da Findespara assuntos de Inovação Industrial, Luiz Alberto de Souza Carvalho, concorda que a indústria metalmecânica está preparada para os desafios representados pelos novos investimentos. “Daqui para a frente, é só adequar a produção para atender às indústrias naval e petrolífera. Temos que ter consciência de que são mercados diferentes, com preços diferentes. A indústria brasileira não está passando por seus melhores momentos, e no Espírito Santo a situação é a mesma. O governo do Estado está fazendo a sua parte e as entidades do setor estão capacitando os fornecedores”disse. Para Luís Alberto, o momento é de inves-timentos e de aposta em inovação. “Não é fácil. É risco, é dinheiro, mas é necessário. Temos que entender que quando falamos de conteúdo local, falamos de conteúdo brasileiro. Estamos competindo com Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, e o Centro de Desenvolvimento Metalmecânico do Espírito Santo (Cdmec) e a Findes têm programas que vão ajudar a desenvolver esses fornecedores”, pontuou.

R$ 8 bilhões por ano é quanto movimenta o setor. Aproximadamente 17% do PIB estadual

Mec show 2013: feira do setor movimentou r$ 50 milhões em negócios

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Feira especializada movimenta mais de R$ 50 milhões no setor Um evento muito aguardado anualmente é a Mec Show – Feira da Metalmecânica, Energia e Automação. Em 2013, ela aconteceu de 23 a 26 de julho, recebendo um público qualificado de 17 mil visitantes. Os expositores totalizaram negócios da ordem de R$ 50 milhões, previstos para um prazo de 12 meses. Uma das novidades do evento este ano foi o Seminário de Inovação, realizado em paralelo à feira. Na programação, houve o reconhecimento de empresas que apostam em inovação no Espírito Santo, agraciadas com o Prêmio Mec Inova, promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer) e pelo Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (Cdmec). Cinco empresas foram premiadas por seus trabalhos inovadores. Em primeiro lugar

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ficou a TecVix, com o projeto “Elaboração de dispositivo para limpeza de dutos de efluentes industriais com rede em operação”; em segundo, a Itamil, com o “Sistema de travamento para tanques transportadores de combustíveis acionados e monitorados via satélite”; a medalha de bronze coube à Brumetal, que apresentou “Luvas de desgaste revestidas com carboneto de tungstênio”. As empresas USM e Metalvix receberam menção honrosa. “Foi o primeiro ano do prêmio e acreditamos que é o início de uma longa jornada de qualificação e quebra de paradigmas sobre a inovação. Absorvendo o que ouvimos nas palestras de inovação durante a Mec Show, começaremos a preparar a próxima edição, que será aberta a todos os setores industriais”, adianta o consultor de Inovação da Findes e integrante da comissão do Prêmio, Getúlio Apolinário Ferreira.

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PESQUISA 2013 | METODOLOGIa

Critérios de eleição dos destaques 2013

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o longo dos últimos anos o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) tem promovido a eleição do Empresário, Empresa e Executivo Destaque. Esta eleição é realizada através do envio de e-mail a um público representativo, formado pelas empresas que participaram do estudo das 200 Maiores Empresas, pelos fornecedores do Prodfor, órgãos de apoio e fomento, diretores, conselheiros, executivos e gerentes do Sistema Findes, membros dos Conselhos Temáticos e Assessoria Técnica da Findes, Federação do Comércio, jornalistas e editores dos principais veículos de comunicação do Estado do Espírito Santo e outros formadores de opinião. Assim como no ano passado, o processo de eleição ocorreu em duas etapas: • Primeira etapa: Eleição através de livre votação dos pré-candidatos a Empresário, Executivo e Empresa Destaque 2013. • Segunda etapa: Consistiu na efetiva eleição do Empresário, Executivo e Empresa Destaque 2013, a partir dos três mais votados em cada categoria na primeira etapa. Para essa finalidade, foram adotados os seguintes critérios: • Empresário Capixaba Destaque: empresário capixaba que mais se destacou no ano de 2013.

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• Empresa Destaque em Operação no ES: empresa em operação no Espírito Santo que mais se destacou em 2013. • Executivo Destaque: principal executivo de empresa em operação no ES, que mais se destacou em 2013 na condição de dirigente. O sistema de eleição foi desenvolvido pela equipe de apoio operacional do IEL-ES, em ambiente web, através de uma interface para o usuário (eleitores) e uma área restrita para os administradores do sistema, que atende aos requisitos de segurança e performance, que permitem a cada destinatário votar apenas uma única vez. Os e-mails foram disparados através de dispositivos do sistema, a partir das informações alimentadas no banco de dados pela equipe do IEL-ES. O conteúdo do texto esclarecia a forma de votação e continha um “link” que dava acesso ao site da eleição, em que o sistema gerava um código de forma aleatória, não permitindo novo acesso ao usuário. A votação ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2013. Após este período, foram gerados os relatórios com os resultados da apuração. Este ano houve um empate na categoria Empresário Destaque. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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PESQUISA 2013 |

EMprEsárIO DEsTaquE

Elder Giordano Marim Diretor da proteinorte alimentos tem como marca o espírito empreendedor

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2013 EMprEsárIO DEsTaquE

Empresário Destaque 2013, Elder Giordano Marim, 57 anos, sempre teve espí r ito empreendedor. Com apenas 23 anos, buscando opções de investimento, ele e a família decidiram investir no abate de frango em Linhares. Corria o ano de 1979. A atitude pioneira deu origem à Proteinorte Alimentos numa região onde não havia a cultura de se criar frango. A atividade evoluiu a partir de 2000, vencendo o tabu de que o frango deveria ser criado em regiões frias. No norte do Estado, o clima era considerado atípico para a criação de frango. Desde então, o empresário contribuiu ativamente para o crescimento da empresa. Detentora das marcas Xiken e Kifrango, ocupa hoje a posição de maior abatedouro avícola do Espírito Santo, com capacidade de abate de 75 mil aves/dia. Seu parque industrial possui umas das estruturas mais modernas do Brasil e uma indústria de subprodutos que inclui, entre outros, a fabricação de ração. Casado, pai de três filhos, o empreendedor, graduado em Administração, vem acumulando posições que o levaram a merecer o título. Elder Marim é acionista, diretorsuperintendente e membro do Conselho de Administração da Proteinorte, presidente do Sindicato da Indústria do Frio do ES (Sindifrio) e diretor para Assuntos de Abate e Processamento do setor de frango da Associação dos Avicultores do ES (Aves). Colatinense de nascimento, mas vivendo em Linhares desde os 22 anos, ajudou a idealizar a Associação para o Desenvolvimento

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de Linhares (Adel), entidade civil sem fins lucrativos, que congrega empresários do município e região com a finalidade de desenvolver projetos e ações que contribuam para a sustentabilidade local. Marim analisa que a instituição serviu para conscientizar politicamente os empresários, incentivando-os a participar do processo de discussão e decisão de várias questões de interesse da sociedade, adotando ações concretas para permitir a continuidade de projetos públicos, independentemente das alternâncias governamentais. A associação é filiada ao Movimento Empresarial Espírito Santo em Ação. Para o empresário, a premiação do IEL tem muita importância. “Me sinto honrado com o prêmio, principalmente vindo de uma entidade tão séria e por ter sido indicado e escolhido por pessoas formadoras de opinião de vários segmentos. Compartilho este prêmio principalmente com a Proteinorte, empresa que me deu a oportunidade de crescer profissionalmente, e com toda a nossa equipe”, disse. Ele destaca o seu trabalho em prol do segmento avícola – que, através da Aves, vem direcionando esforços para fortalecer a atividade no Estado – como um dos fatores que contribuíram para que recebesse a premiação. Em julho, Marim também foi agraciado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) com a medalha do “Mérito Empreendedor da Indústria do ES”. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Etore Selvatice Cavallieri Com 33 anos de uma trajetória de sucesso, o empresário dirige um dos maiores grupos de fabricação, montagem e manutenção mecânica industrial do Estado

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iretor-presidente do Grupo Imetame, localizado em A racruz, Etore Selvatice Cavallieri, 56 anos, foi eleito Empresário Destaque 2013 graças aos anos de dedicação ao empreendimento, que atualmente engloba seis empresas atuantes em três países e 11 estados do Brasil. Sua história profissional teve início quando o jovem torneiro mecânico foi trabalhar na antiga Aracruz Florestal (atual Fibria), em 1978. O sonho de ter o próprio negócio era uma ideia fixa e enquanto trabalhou na empresa, durante dois anos, ele identificou uma oportunidade de negócio nos serviços excedentes de usinagem e soldagem que a empresa contratava. Assim, Etore e o amigo José Carlos Guasti, estimulados pelos próprios patrões, uniram seus conhecimentos em caldeiraria e solda e fundaram a Imetame Metalmecânica, em 1980. Os recursos eram limitados e os dois tiveram que superar muitos desafios. Tempos depois, por questões de saúde de José Carlos, a sociedade foi desfeita e Etore prosseguiu com o empreendimento. “Ser um empreendedor é acreditar na realização de desejos, criar sua própria oportunidade de realização pessoal e profissional, assim como gerar sonhos e desejos em outras pessoas. Receber este prêmio representa um reconhecimento à minha trajetória profissional, de muitos anos de compromisso e dedicação à empresa e a todas as pessoas que passaram pela Imetame. Representa o comprometimento com um sonho que vem se concretizando

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a cada ano! Também é um estímulo para continuarmos acreditando nos sonhos, superando os desafios e buscando evoluir sempre”, afirmou. O trabalho executado pelo empresário tem gerado frutos para a Imetame. Há 33 anos, a empresa começou em um galpão de madeira de 72 metros quadrados. Expandiu-se rapidamente e hoje ocupa área de 244 mil metros quadrados, conta com 2.700 colaboradores e tem capacidade para produção de 650 toneladas por mês. A Imetame tem como principais atividades a fabricação, montagem e manutenção mecânica e industrial, atuando nos setores de celulose e papel, siderurgia, mineração, petróleo e gás, geração de energia e cimento. As empresas do grupo são a Imetame Metalmecânica, precursora do empreendimento, Imetame Logística, Imetame Granitos, Imetame Energia, Imetame Agropecuária e Imetame Látex. Casado e pai de quatro filhos, Etore tem orgulho dos projetos de cunho social executados. Criado em 2003, o programa “Nova Consciência” desenvolve ações que beneficiam diretamente as comunidades vizinhas à sede da empresa, em Aracruz, e outras regiões. Entre as ações, estão a distribuição de presentes para as crianças no Natal, incentivo ao cultivo de hortas familiares e ajuda a famílias carentes que, após análise, podem ganhar colchões, cadeira de rodas, geladeiras e outros móveis e equipamentos de que estejam necessitando. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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ExECuTIvO DEsTaquE

Elcio Alves administrador de empresas, Elcio alves está há 40 anos na Buaiz alimentos, onde ocupou vários cargos até chegar à diretoria-geral

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restes a completar 41 anos de atuação dentro de uma mesma empresa, o diretor-geral da Buaiz Alimentos, Elcio Alves, foi eleito o Executivo Destaque 2013. Casado, pai de cinco filhas, avô de seis netos, ele é graduado em Administração de Empresas. Com uma carreira marcada por importantes atribuições, o executivo começou a trabalhar ainda muito jovem. Aos 15 anos, já era funcionário do Sindicato Rural, em Linhares, cidade onde nasceu e de onde, após uma breve passagem pela prefeitura, saiu para estudar no Rio de Janeiro. Aos 19 anos, retornou para a cidade natal e passou a trabalhar em um depósito de trigo da Buaiz Alimentos. Foi quando decidiu entrar para o ramo de vendas e nunca mais saiu. Ele iniciou sua carreira na Buaiz Alimentos em 1973 e, ao longo destes 40 anos, passou por diversos cargos nas unidades da empresa, sempre atuando no varejo e na área industrial. Após seis anos em Linhares, em 1979 Elcio Alves veio para Vitória. Na empresa, assumiu as funções de chefe de depósito, gerente de filial, gerente de vendas e gerente nacional de vendas, até chegar ao cargo de diretor-geral que ocupa hoje. Nessa longa trajetória, passou por vários momentos de reestruturação e modernização da empresa. O moinho, que foi construído em 1955 para produzir 50 toneladas de trigo ao dia, hoje fabrica 380 toneladas. Em 2010, foi realizada uma grande reforma, com investimento de R$ 8 milhões e aquisição de novos equipamentos para modernização

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do parque industrial, situado na sede da Buaiz Alimentos, no centro de Vitória. “Estamos desenvolvendo projeto de relocação da empresa para o município da Serra, com previsão de crescimento de 30% até o ano 2019/2020”, diz ele. A meta de faturamento em 2013 está na casa dos R$ 200 milhões. Em 2014, a previsão é R$ 220 milhões. A empresa atua no Espirito Santo, sul da Bahia, Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais. Para ele, é um orgulho receber a premiação do IEL. “É um reconhecimento ao trabalho desenvolvido junto ao Grupo Buaiz. Fiquei lisonjeado e emocionado com a notícia, o que reforça o meu compromisso e a responsabilidade em realizar e satisfazer o bem comum”, afirma Elcio. Em 2010, ele também foi homenageado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) com a medalha do Mérito Empreendedor da Indústria do ES. Paralelamente à carreira profissional, Elcio ocupa atualmente o cargo de conselheiro e diretor da Findes, diretor do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias do ES (Sindimassas), vicepresidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do ES (Sincafé) e diretor da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps). Além disso, é membro do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) e da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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EMprEsa DEsTaquE

Grupo Águia Branca: tradição e diversificação nos negócios

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á 67 anos, o nascimento da Viação Águia Branca representou o início da formação do maior conglomerado empresarial do Espírito Santo, o Grupo Águia Branca, que hoje integra uma holding com 11 empresas e três Unidades de Negócios especializadas nas áreas de transporte aéreo e rodoviário de passageiros, logística e comércio de veículos. Os negócios do Grupo tiveram origem em 1946, mas apenas em 1957, com a entrada da família Chieppe, a companhia passou a adotar esse nome, quando adquiriu a empresa de ônibus Águia Branca. O nome teve origem na primeira linha da empresa, que seguia de Colatina a Águia Branca, cidade de origem polonesa que tinha uma águia branca como símbolo. Assim começou a história do Grupo, que neste ano foi eleito a Empresa Destaque pela pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). Para o presidente do Grupo, Nilton Chieppe, a premiação é fruto de vários pilares ao longo dos anos. “São valores que nos acompanham desde a criação da empresa e que fazem parte

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do nosso ‘DNA’: liderança, inovação, informação e mercado, ética, controle, avaliação de risco de novos negócios, respeito e prestígio à prata da casa. Nascemos dentro de uma proposta de inovação e levamos essa característica muito a sério. Exemplo disso é que somos empresa pioneira na emissão de bilhete eletrônico no transporte rodoviário. Passamos a emitir passagem eletrônica antes mesmo do segmento aéreo”, afirma o executivo. O crescimento vem sendo contínuo e hoje se traduz em uma frota de 7.350 veículos e cerca de 15 mil funcionários, número que não contempla a fusão entre Trip e Azul, última mudança realizada pelo Grupo, quando, em 2012, adquiriu 50% do capital da Trip, resultando na terceira maior companhia aérea do país. “A nova composição gerou crescimento, otimização e melhor racionalização das operações e um ganho sinérgico entre as duas empresas”, afirma Chieppe. Atualmente, suas atividades empresariais estão presentes em todos os estados brasileiros, estendendo-se até a Argentina. Em 2012, o faturamento foi de R$ 4 bilhões, um aumento de 22% em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 3,2 bilhões. A empresa acaba de concluir o seu novo modelo de gestão, com participação da Fundação Dom Cabral e da empresa de auditoria Baker Tilly. Com vigência para 2015, uma das decisões foi a fixação da idade máxima de 65 anos para permanecer em cargos executivos da holding e de 70 anos nos conselhos setoriais e de administração. Com isso, foi anunciada a mudança na presidência do grupo. “Como no ano que vem estarei com a idade máxima, passarei a presidência para Decio Luiz Chieppe em 2015, que atualmente é o diretor de Administração e Finanças. Queremos sempre aperfeiçoar a gestão da holding, buscando resultados como se ela estivesse com capital aberto”, diz Chieppe.

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prêMIO IEL EM GEsTãO EMprEsarIaL

O Guiotto, Leal & pretti advogados associados, que trabalha com médias e grandes empresas, investiu em gestão e conquistou o prêmio IEL em Gestão Empresarial 2013

Guiotto, Leal & Pretti: advocacia com gestão

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m sistema de gestão baseado em pessoas e voltado para pessoas. Foi com esse diferencial que o Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados conseguiu se consolidar no mercado da advocacia empresarial, construindo ao longo de seus 14 anos de existência uma reputação sólida junto aos cerca de 100 clientes, entre médias e grandes empresas, atendidos pelos advogados nesse período. O reconhecimento dessas empresas e das pessoas que nelas atuam foi fundamental para que o escritório de advocacia conquistasse a quarta edição do Prêmio IEL em Gestão Empresarial. A equipe do Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados, composta por 13 colaboradores, tem contado com o recurso de ferramentas que auxiliam sua atuação, garantindo não só a prestação de um serviço de qualidade, mas também a valorização dos clientes. Entre essas ferramentas, o advogado Luiz Pretti destaca a organização interna do escritório que, segundo ele, reduz o retrabalho; e o pioneirismo na organização tecnológica, que já permite aos profissionais atuarem nos processos eletrônicos sem qualquer período de adaptação. “Com isso, e com a formação técnico-jurídica da equipe, o Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados pode oferecer serviços de qualidade, respostas rápidas e ajustadas ao compromisso com os objetivos e resultados projetados pelos clientes”, afirma. O escritório atua em questões que abrangem o assessoramento jurídico à gestão. Para lidar com os clientes, os oito advogados que integram o corpo técnico se capacitam não só nas questões ligadas à legislação, mas também buscam entender a gestão empresarial. “Nossos advogados

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fazem cursos de gestão em instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Dom Cabral. Com isso, conseguem entender o negócio do cliente e falar a sua linguagem. Isso estreita o relacionamento. Advocacia é baseada em confiança e conquistamos essa confiança com a segurança que passamos ao cliente e os resultados que apresentamos”, reitera Luiz Pretti. Para garantir a continuidade do sucesso do escritório – tanto na gestão quanto na advocacia -, Pretti esclarece que estão sendo tomadas medidas como a implantação de um sistema informatizado de execução e compliance societário, inédito entre os escritórios de advocacia do Espírito Santo. O sistema deverá otimizar o cumprimento de todas as exigências legais para a regularidade jurídica das empresas, com a liberação de mão de obra qualificada para atuar em outras áreas. Além disso, o Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados está reestruturando seu planejamento estratégico, com aperfeiçoamento do organograma e revisão do plano de cargos.

Prêmio IEL A premiação pontua iniciativas de gestão avaliando o Planejamento Estratégico, Foco no Cliente, Conhecimento, Pessoas, Processos, Resultados, Tecnologia de Gestão, Finanças e Contabilidade, Uso e Desenvolvimento de Tecnologias, Logística de Distribuição e Marketing e Vendas, que se refletem na geração de emprego, aumento do faturamento, modernização da gestão da empresa, cultura inovadora e capacitação de empresário e empregados. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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destaque empresarial GarOtO

O presidente da Nestlé Brasil Juan Carlos Marroquín, o governador do ES Renato Casagrande e o diretor-geral da Chocolates Garoto, Liberato Milo, premiam a elite masculina na Dez Milhas Garoto

portas abertas para os novos tempos A modernidade de uma empresa com oito décadas de história que está sempre inovando e surpreendendo o consumidor

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Chocolates Garoto é uma empresa do Grupo Nestlé, com 84 anos de mercado e maior fabricante de chocolates da América Latina. Por trás de seus muros caminham, lado a lado, a tradição de uma companhia com quase um século de história e a modernidade de uma marca que virou referência mundial em tecnologia e desenvolvimento de novos produtos. Inovação, aliás, tem sido a palavra de ordem da empresa, especialmente ao longo da última década, quando colocou dezenas de lançamentos no mercado e estreou em novos segmentos de negócios. E é com essa experiência de quem está sempre

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inovando– como ao criar a primeira caixa de bombons sortidos do país, em 1959, até hoje líder em seu segmento –, que a Chocolates Garoto não para de ousar e surpreender seu consumidor. Longe de serem meros espectadores das novidades que apresenta no mercado, os consumidores da marca são hoje protagonistas da sua história. Numa inédita e bem-sucedida estratégia de marketing neste ano, por exemplo, a empresa desenvolveu ações de cocriação que conquistaram o mercado. Usando como principal plataforma as redes sociais, especialmente sua fanpage no Facebook, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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a Garoto convidou os brasileiros a criarem o chocolate da Copa (que chegou às prateleiras em outubro) e a música da Torcida Garoto, gravada em dueto por Michel Teló e Claudia Leite. Estratégias como essa, além da atenção e transparência no trato com o cliente na internet, renderam à empresa a recente certificação de “Sociallydevoted” pelo SocialBakers, organização que é referência no monitoramento e em ferramentas de monitoramento para análise de redes sociais. Avaliada entre o período de abril e junho de 2013, a marca Garoto chegou a 78% de atuação direta com o público no Facebook (www.facebook.com/garoto), o que mostrou que, via perfis oficiais da rede social, a empresa interagiu com seus fãs em porcentagem superior à média das marcas com excelência. E estamos falando de milhões de fãs. Detentora da fanpage que mais cresceu no primeiro semestre deste ano, em cerca de dez meses a Garoto registrou aumento de quase 1.000% no número de fãs. Enquanto em dezembro do ano passado eram 680 mil pessoas em sua fanpage, hoje os “curtidores” da marca já passam dos sete milhões, o que posiciona a empresa como a terceira colocada no ranking das fanpages de alimentos no país e a sexta na relação geral brasileira, segundo a SocialBakers. Entre os novos projetos que alavancaram esse crescimento estão os patrocínios, anunciados no início deste ano, à Copa das Confederações da Fifa 2013, realizada em junho, à Copa do Mundo da Fifa 2014™, à Seleção Brasileira de Futebol e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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Da ordem de R$ 200 milhões, o investimento é o maior em marketing da história da empresa e deverá reforçar ainda mais o posicionamento da marca no Brasil e em outros países envolvidos no evento. Na esteira desse megapatrocínio, a Chocolates Garoto também tem investido no desenvolvimento de embalagens temáticas para produtos tradicionais. Marcas pilares como o Baton, o Serenata de Amor, o Talento e a Caixa Amarela ganharam “roupagens” alusivas aos torneios e um novo chocolate da linha Talento, na versão branco com castanha-do-pará e coco, foi lançado. Primeiro chocolate da marca “vestido” com a embalagem oficial do patrocínio à Seleção Brasileira, a novidade já está fazendo sucesso em todo o país. Com produção de mais de 100 mil toneladas por ano, a Garoto também tem direcionado expressivos recursos na ampliação de sua capacidade instalada, revitalização e modernização da fábrica.

agregando valor Com a desenvoltura de quem vive na prática os ideais do desenvolvimento sustentável, a empresa é integrada ao dia a dia da sociedade. Essa aproximação pode ser percebida nas mais variadas esferas, como no esporte, por exemplo, com investimento contínuo em eventos, equipes e atletas e ações de inclusão social e laboral para públicos diversos. A empresa acredita que tem como missão agregar valor em cada etapa da sua cadeia produtiva. Essa, inclusive, é a premissa da sua plataforma de responsabilidade social, o CSV – Creating Shared Value, ou Criação do Valor Compartilhado, um conceito da Nestlé implantado em 2010. Na área esportiva, as principais iniciativas são as Dez Milhas Garoto e Corrida Garotada, maior prova do atletismo capixaba que, em sua última edição, em 1º de setembro, reuniu número recorde de 7.000 atletas, incluindo dezenas de esportistas de ponta do Brasil, além de nove estrangeiros. Na esfera social, a Chocolateria é consideradahojeumdosseusprojetos mais bem-sucedidos. No espaço, montado na loja da fábrica, são ministradas aulas gratuitas mensais, abertas ao público, que ensinam receitas diversas com chocolate. Além de democratizar o uso da matéria-prima, a iniciativa, que já 99

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destaque emPresarIal o consumo de energia anual da empresa. Até mesmo o concorrido programa de visitas da empresa, o Chocotour, empreende iniciativas ambientalmente corretas. Pelo menos 650 mil jalecos utilizados pelos visitantes foram reaproveitados, deixando de ser descartados em aterro sanitário.

Incentivo à leitura para todos

Mais de 350 mil pessoas visitam a fábrica da Garoto todos os anos

existe há 15 anos, possibilita a formação de centenas de transformadores de chocolate, incluindo famílias da comunidade, que assim podem obter uma nova fonte de renda para seus lares. Somente este ano, o curso já capacitou mais de 2.600 pessoas. É atenta à importância da inclusão social e laboral, e sobretudo ao respeito à diversidade, que a Garoto – hoje maior empregadora de pessoas com deficiência do Espírito Santo, com mais de 250 profissionais com algum tipo de deficiência, sendo pelo menos 130 surdos, - promove continuamente ações que estimulem a interação entre públicos com e sem deficiências, dentro e fora da companhia. De aulas exclusivas na Chocolateria a cursos de Informática, Matemática e Português como segundo idioma, sempre gratuitos, as inicia-tivas valorizam o uso da Libras (Língua Brasileira de Sinais), diminuem diferenças e promovem a qualidade de vida. A questão ambiental também faz parte das iniciativas dentro do CSV da empresa. Dentre as muitas ações que empreende na área está o ponto de coleta de óleo de cozinha descartado da casa dos seus colaboradores e que, somente em 2013, coletou e destinou para reciclagem 113 litros do resíduo. A Garoto também reutiliza 100% da água usada na área industrial e sanitários, tratando-a pela Planta de Tratamento de Águas Residuárias (PTAR), antes de ser lançada no meio ambiente. Além disso, utiliza sistema de aquecimento solar para a água dos chuveiros dos vestiários e da cozinha que, além de ecologicamente correto, tem reduzido significativamente 100

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Umas das recentes iniciativas sociais da Chocolates Garoto será implementada oficialmente neste segundo semestre. É o “Leitura para Todos - Sala de Leitura”, projeto realizado em parceria com o Instituto Oldemburg de Desenvolvimento, o Grupo Editorial Record e a Prefeitura Municipal de Vila Velha. Criado com os objetivos de viabilizar o acesso ao livro e incentivar a leitura em áreas de baixa renda, o projeto prevê a implantação de oito novas salas de leitura em Vila Velha e a requalificação de outras 16 em escolas da rede municipal, além de outra numa biblioteca pública local. Para cada uma dessas 25 salas foram doados pela Garoto mil livros educativos, sendo que metade deles (500 títulos) são obras de autores nacionais e estrangeiros. Cada título contará com dois exemplares: um para empréstimo, disponível também para a comunidade, e outro para leitura na própria sala. Há nove anos a Garoto patrocina o projeto, já tendo implantado 102 Salas de Leitura em todo o Espírito Santo.

Portas sempre abertas Segunda atração turística mais visitada do Estado, ficando atrás apenas do Convento da Penha, a fábrica da Garoto possibilita a capixabas e turistas a oportunidade de conhecer sua linha industrial num passeio batizado de Chocotour. Todos os anos, cerca de 350 mil pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo fazem a visita para conhecer o processo de fabricação do chocolate e degustá-lo. O passeio inclui o Centro de Documentação e Memória (CDM), onde o visitante tem acesso a um rico acervo audiovisual e fotográfico que conta a história da empresa. São mais de 450 DVDs, cerca de 120 mil imagens fotográficas e caixas com documentos diversos, além de peças museológicas, cartazes e vasto material promocional. O Chocotour termina na loja da fábrica, com toda a linha de produtos tradicionais da marca e kits exclusivos, ideais para presentear. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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destaque empresarial Vale Foto: Vale

VIII Usina do Complexo de Tubarão, com capacidade para produzir 7,5 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, está prevista para ser inaugurada no 1º semestre de 2014

Vale: maior empresa do espírito santo não para de investir Plano de modernização do Porto de Tubarão receberá investimentos de R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos

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Vale, maior companhia de mineração de ferro do mundo, é também a maior empresa do Espírito Santo, Estado onde mantém seu principal polo de pelotização. Localizado na capital, Vitória, o Complexo de Tubarão tem 14 quilômetros quadrados de área física. Nesse espaço funcionam as diretorias de Pelotização, de Operações Portuárias e de Operações Logísticas da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Cerca de 20 mil pessoas, entre empregados próprios, contratados, clientes e fornecedores, circulam diariamente pela área operacional da Vale no Espírito Santo. No local estão situadas sete das nove usinas de pelotização que a empresa mantém no Brasil, cuja capacidade produtiva é de 29

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milhões de toneladas por ano. No primeiro semestre de 2014 a mineradora pretende inaugurar a oitava usina de pelotização do Complexo de Tubarão. A planta tem capacidade de produção de 7,5 milhões de toneladas por ano. Está sendo investidos cerca de US$ 1 bilhão no empreendimento, que gerou mais de quatro mil postos de trabalho durante o pico das obras e vai criar 350 empregos permanentes quando em operação. O Complexo de Tubarão funciona como uma cidade. Além das unidades operacionais, há também prédios administrativos, oito refeitórios – que servem, por dia, cerca de 15 mil refeições –, além de agências bancárias e posto de atendimento dos Correios.

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modernização Nos próximos cinco anos, o Porto de Tubarão será alvo de um plano de investimentos voltados à modernização das suas instalações. O trabalho, que envolve um montante de R$ 1,8 bilhão, compreende desde a revitalização do sistema elétrico dos seus terminais marítimos até a substituição de máquinas que operam no porto, considerado atualmente como o mais eficiente do mundo em termos de giro de pátio. A ideia é garantir a segurança e a eficiência energética e operacional de Tubarão, sem que haja necessidade de expandir a sua área física. Do valor total a ser investido, R$ 951 milhões serão destinados ao programa de revitalização do sistema elétrico, já iniciado, e envolvem a substituição e a renovação de 44 salas elétricas mais modernas e de mais de 600 mil metros de cabos elétricos do terminal marítimo. Com a revitalização, a disponibilidade de energia elétrica e a confiabilidade dos equipamentos e ativos que hoje operam no local serão ampliadas, permitindo que as intervenções relativas à manutenção nesses sistemas sejam realizadas a qualquer tempo, sem causar impacto à operação portuária. Esse investimento vai contemplar ainda a criação de um Centro de Controle de Manutenção Elétrica (CCME), que servirá para dar suporte e monitorar todo o sistema elétrico de potência do Porto de Tubarão. Com a instalação do CCME, a operação dos ativos que fazem parte do sistema elétrico do terminal será feita de forma remota, garantindo também mais segurança pessoal e operacional e elevando Tubarão ao patamar de um dos portos mais seguros do mundo. Com o centro de controle, também será possível acompanhar, on-line,

O Complexo de Tubarão em números • • • • • •

14 km de área 38% de área verde 50 km de vias pavimentadas 250 km de linhas de ferrovias 200 km de correias transportadoras 20 pontos de coleta seletiva de lixo

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o consumo de energia de cada equipamento utilizado na operação do terminal, como forma de obter ganhos, também, em eficiência energética.

renovação do parque de máquinas Já o projeto de renovação do parque de máquinas de Tubarão, para o qual serão destinados R$ 900 milhões, compreenderá a subst ituição de empilhadeiras e recuperadoras, equipamentos de grande porte utilizados na movimentação de minério de ferro e pelotas na área do porto. Mais modernas e seguras, as novas máquinas vão aumentar a confiabilidade e a eficiência do sistema logístico da Vale, pois estão aptas a suportar as programações anuais de produção da empresa. O investimento prevê também a revitalização das subestações elétricas e a melhoria na operação dos 160 quilômetros de correias transportadoras que abastecem o Porto de Tubarão com o transporte de minério e pelotas. “É a primeira vez que faremos uma substituição desse porte. Trata-se de uma ação muito importante, que trará ganhos diversos, sobretudo no que diz respeito à segurança e à eficiência das nossas operações”, destaca o diretor de Planejamento e Desenvolvimento Logístico da Vale, Fabio Brasileiro. Com alta tecnologia, as novas máquinas serão mais automatizadas e contarão com um sistema de TV que permitirá a operação remota, com os operadores atuando diretamente do Centro de Controle Operacional, sem a necessidade de que permaneçam dentro da cabine do equipamento, o que já acontece hoje com algumas empilhadeiras e recuperadoras mais modernas em atuação no complexo. Com altura que pode chegar a 30 metros e até 1.150 toneladas de peso, os equipamentos chegam desmontados ao Complexo de Tubarão. O primeiro, uma empilhadeira, já começou a ser montado e a previsão é que esteja pronto para operar já em dezembro deste ano. Cabe destacar que esse tipo de montagem dura, em média, de seis a sete meses. As máquinas de pátio que forem substituídas - a mais antiga está há 44 anos em operação - terão seus componentes reaproveitados e a estrutura metálica será desmontada e vendida para reciclagem.

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DEStaquE EmprESarial Foto: Vale

Cerca de 20 mil pessoas passam diariamente pelo Complexo de Tubarão, em Vitória, que tem 14 quilômetros quadrados de área física

Sustentabilidade para crescer com o Espírito Santo A Vale mantém importantes ativos socioambientais no Espírito Santo, como o Museu Vale, o Parque Botânico Vale, a Reserva Natural Vale, o Trem de Passageiros e a Estação Conhecimento Serra, que fomentam o desenvolvimento ambiental, social e cultural do Estado por meio do acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento. Na área ambiental, a empresa entregou em junho os estudos para a recuperação da região norte da praia de Camburi, para definir, junto com os órgãos ambientais e a sociedade, as melhores alternativas a seguir. Nos últimos anos, a Vale investiu cerca de R$ 600 milhões na modernização e implantação de novos equipamentos de proteção ambiental no Complexo de Tubarão. O processo produtivo da companhia possui um rigoroso sistema que funciona 24 horas por dia para evitar a emissão de poeira. Os pátios são cercados por barreiras de vento (wind fences), estruturas que reduzem a velocidade do vento sobre as pilhas de minério e pelotas, diminuindo em até 80% o arraste de poeira nesses locais. O minério também recebe supressores de pó, que funcionam como uma película protetora, reduzindo ainda mais a emissão de poeira durante a movimentação. As usinas foram equipadas com filtros de manga e precipitadores eletrostáticos, que atuam como campos magnéticos para reter a poeira. Além disso, desde 2012 104

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todo o processo produtivo é acompanhado por câmeras no Centro de Controle Ambiental, o que permite garantir a eficácia dos controles a mbienta is já em funcionamento. A Vale é pioneira nas pesquisas e uso de glicerina como supressor de pó em pelotas de minério de ferro queimadas para inibir a emissão de poeira. O objetivo da empresa é investir cada vez mais em ações e alternativas voltadas a controlar e a reduzir o impacto de suas operações e, assim, contribuir de forma ainda mais efetiva para a qualidade de vida dos moradores da Grande Vitória. Já na área social, um bom exemplo do investimento da companhia é a Estação Conhecimento Serra, que em 2013 completa dois anos e tem o objetivo de colaborar na formação integral de crianças e jovens por meio do esporte, do convívio social, da cultura, da profissionalização e do empreendedorismo. Cerca de 1.500 crianças e adolescentes devem ser atendidos este ano. Em Vitória, a Vale patrocinou, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, a restauração do Convento São Francisco, no Centro – o segundo mais antigo do país – e também a colocação de novos vitrais e restauração dos sinos da Catedral Metropolitana de Vitória. Também este ano a empresa entregou o Viaduto de Camburi, que está contribuindo para a segurança e a fluidez no trânsito na região. Em Vila Velha, o Museu Vale desenvolve há 15 anos, atrelados às exposições que recebe, programas de arte-educação e capacitação de jovens, já tendo se tornado referência para a arte contemporânea no Brasil. A Vale é ainda a maior incentivadora privada de projetos sociais no Estado, por meio das contribuições ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA), e também apoia o Governo do Estado na implantação do Projeto Esporte pela Paz, com base na Lei do Esporte. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Trajetória de um grupo que contribui para o desenvolvimento do Estado em setoreschave da economia capixaba

Grupo Coimex fortalece governança corporativa e concentra negócios no setor de infraestrutura Prestes a completar 65 anos, um dos maiores grupos empresariais do Estado aprimora seu modelo de gestão e foca atuação na área de logística

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trajetória do Grupo Coimex se confunde com a própria história capixaba. A pequena companhia criada no final dos anos 40 transformou-se em um dos principais grupos empresariais do Espírito Santo. Ao longo de seus 64 anos, a empresa sempre esteve presente em todas as etapas do desenvolvimento do Estado, concretizando a cada ano resultados expressivos e a busca pelo crescimento. Fundado pelo empresário Otacílio Coser, o Grupo, que iniciou suas atividades com o comércio de café no Espírito Santo, hoje atua fortemente nas áreas de infraestrutura(portos, concessões de rodovias e enegia elétrica),

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logística (transporte, armazenamento, gerenciamento de estoques, logística reversa etc.), serviços financeiros, importação e incorporação imobiliária. Otacílio continua ativo no dia a dia da empresa como presidente do Conselho de Administração daCoimexEmpreendimentoseParticipações (Coimexpar), holding responsável pela administração dos investimentos do Grupo Coimex. São 64 anos como empreendedor e muitas ideias pela frente. “Nossa expectativa é ampliar os investimentos em infraestrutura e logística, áreas que estão impulsionando o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil”, destaca Coser. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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expansão e novos investimentos O Grupo Coimex vive um momento de expansão. Este ano, por meio da Centaurus Participações S/A, formada pelas empresas Coimexpar, Rio Novo Locações (Grupo Águia Branca), A. Madeira, Urbesa, Tervap, Contek e MMF Participações, adquiriu participação na ECO 101. A concessionária administra trecho de 475,9 quilômetros da BR-101 no Estado do Espírito Santo. As obras de duplicação começam já no 2º ano da concessão. Segundo Orlando, a companhia, juntamente com os seus parceiros na Centaurus, irá participar das concessões de rodovias federais cujos editais serão publicados até o final do ano. Além disso, o executivo revela que o Grupo Coimex tem novos projetos portuários no Brasil em fase de estudos. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Foto: Diana Abreu

Em busca do crescimento, a companhia sempre apr i morou o processo de profissionalização em sua administração. Recentemente, promoveu mudanças no portfólio de negócios, focando os investimentos nas áreas de logística e infraestrutura. Atualmente, a gestão das estratégias do grupo é conduzida pelo executivo Orlando Machado Junior, presidente da Coimexpar desde 2011. No grupo há 24 anos, ele lidera a expansão da atuação da holding, que controla a participação acionária em diversas empresas atuantes no Brasil e no exterior nos vários setores da economia, as quais, em conjunto, faturam aproximadamente R$ 6 bilhões e empregam mais de sete mil pessoas. O Grupo Coimex foi responsável pela inserção do Estado no setor de importações de automóveis e, por muitos anos, liderou o segmento, tendo investido fortemente na infraestrutura logística para essa atividade. “Até hoje temos papel relevante no setor automotivo, seja na importação, através da Cisa Trading, seja na logística, através da Tegma. Depois dos automóveis, trouxemos matérias-primas e produtos acabados para toda a indústria nacional”, ressalta Orlando. O Grupo também participa do novo ciclo de desenvolvimento ligado à atividade de exploração e produção de óleo e gás nas Bacias de Campos e do Espírito Santo, por meio da Companhia Portuária Vila Velha (CPVV). A empresa iniciou suas atividades no ano de 2000 e é a mais importante companhia de apoio logístico off-shore do Brasil, operando terminais em Vila Velha e Macaé (RJ).

“Empresa amplia investimentos em infraestrutura e logística, setores que estão impulsionando o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil”– Orlando Machado Junior, presidente da Coimexpar

Governança corporativa Um dos elementos que tem servido para o crescimento e consolidação dos negócios do Grupo Coimex são suas práticas de governança corporativa. A holding está presente em todos os Conselhos de Administração, acompanhando rigorosamente cada gestão e garantindo aos acionistas mais controle sobre os riscos inerentes a cada atividade, assim como os melhores retornos para seus investimentos. Dando mais um passo na evolução e aprimoramento da governança corporativa do grupo, o Conselho de Administração da Coimexpar passará a contar com dois conselheiros independentes. Além disso, foi instituído o Conselho das Famílias Acionistas do Grupo Coimex, com o objetivo de promover a integração dessas famílias acionistas, incentivar a compreensão da responsabilidade associada à propriedade e fomentar o desenvolvimento da cultura e valores do grupo, visando à perenidade e sustentabilidade dos negócios. “O Conselho das Famílias é uma instância que se interpõe entre a empresa e a família que detém o controle societário do Grupo Coimex, necessária para lidar com as complexidades relacionadas tanto à expansão dos negócios nos quais o Grupo tem participação, quanto àquelas aliadas à necessidade de introdução da terceira geração na gestão do patrimônio”, diz Coser. O compartilhamento desses processos e o diálogo permanente entre acionistas, diretoria executiva e a nova geração das famílias, reafirma a decisão de cultivar o mesmo espírito empreendedor que sempre orientou o Grupo Coimex, desde a sua fundação.

r$6 bilhões É o valor do faturamento das empresas em que a holding tem participação acionária

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destaque empresarial siCOOB

sicoob es celebra 24 anos com inauguração de nova sede Prédio fica em Santa Lúcia, Vitória, e representa um marco na história da cooperativa de crédito. Investimento foi de R$ 14 milhões

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Sicoob é uma instituição financeira reconhecida por sua capacidade de gerar soluções adequadas e sustentáveis para seus clientes. Com 24 anos de atuação no Espírito Santo, a empresa acaba de inaugurar sua nova sede, em Santa Lúcia, Vitória, o que representa um marco na história de crescimento da cooperativa de crédito. “A obra é um reflexo do trabalho sério e de credibilidade que a nossa equipe vem realizando. Temos mostrado que o Sicoob contribui para os clientes e as comunidades crescerem junto com a organização”, afirmou o presidente da empresa no Espírito Santo, Bento Venturim. O Sicoob investiu cerca de R$ 14 milhões na nova sede, que tem 3,33 mil metros quadrados de área construída. Em sintonia com as tendências mundiais, o prédio apresenta modernos conceitos de sustentabilidade, como um sistema que faz a coleta e o tratamento da água proveniente da chuva e da condensação dos aparelhos de ar-condicionado para uso sanitário e para a irrigação dos jardins. O projeto arquitetônico também inclui um mecanismo de iluminação flexível, que possibilita a criação de diversos cenários, de acordo com a necessidade do ambiente, gerando uma economia de energia que pode chegar a 40% em relação aos padrões convencionais.

Consolidação Integrante de um sistema que opera em nível nacional, o Sicoob atua no Espírito Santo por meio de oito cooperativas, abrangendo todas as regiões capixabas. A instituição está 108

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consolidada no interior e definiu como meta crescer na Grande Vitória, onde funcionam oito agências. Terceira maior rede financeira do Espírito Santo, com 87 agências em 65 municípios, a organização presta serviços bancários com custos mais baixos e atendimento personalizado. No Estado, tem cerca de 150 mil clientes, entre pessoas físicas e empresas. O principal diferencial do Sicoob em relação aos bancos tradicionais é que o lucro da cooperativa é dividido com os clientes, aos quais é facultado o direito de participar da gestão. Os resultados são distribuídos conforme as operações que cada um realiza com a empresa.

lucro O Sicoob estima fechar 2013 com lucro recorde de R$ 130 milhões, registrando crescimento de 14% em relação a 2012. “Na contramão da crise econômica que atingiu instituições financeiras nos últimos anos, estamos crescendo em ritmo acelerado. No primeiro semestre de 2013, nosso lucro foi de R$ 64 milhões, um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período de 2012”, informou o diretor-executivo da empresa no Estado, Francisco Reposse Junior. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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destaque empresarial samarco Foto: Sagrillo

samarco conclui ações do termo de Compromisso ambiental Empresa investiu cerca de R$ 250 milhões em iniciativa voluntária para a melhoria do controle ambiental na Unidade de Ubu

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pós quatro anos de trabalho e um investimento superior a R$ 250 milhões, a Samarco concluiu as sete ações previstas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) assinado voluntariamente pela empresa e pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com a interveniência técnica do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). O TCA faz parte de um processo de melhoria contínua do desempenho ambiental da Samarco, segundo os requisitos de seu Sistema de Gestão Ambiental, certificado conforme a norma internacional ISO 14.000. A Samarco adota esses parâmetros desde 1998 e foi a primeira mineradora do mundo a ter todas as etapas de seu processo produtivo certificadas nessa norma. O termo ultrapassa as exigências da legislação vigente e prevê diversas melhorias nos mecanismos de controle ambiental já adotados pela companhia. “A Samarco cumpre todos os parâmetros legais relativos à emissão de particulados. A wind fence, assim como as outras iniciativas concluídas no TCA, é um esforço voluntário da empresa, concebido em conjunto com a sociedade e o poder público, para aprimorar ainda

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mais seu desempenho ambiental e contribuir para a melhor qualidade do ar na região de Anchieta”, explica Kleber Terra, diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco. Ao todo, o termo estabelece sete iniciativas de melhoria. São elas: a instalação da wind fence, ou barreira de vento, ao redor do pátio de estocagem de minério de ferro; a modernização e ampliação da rede automática de monitoramento da qualidade do ar nas comunidades; a instalação de precipitadores eletrostáticos (equipamentos que alcançam índice de eficiência de remoção de partículas de até 99%); o enclausuramento dos locais onde o minério de ferro e as pelotas passam de uma correia transportadora para outra; a aplicação de supressores de poeira – um polímero que cobre a pelota, dificultando o desprendimento de pó; a pavimentação de vias internas; e o repasse de verbas para o estudo de monitoramento e caracterização da poeira sedimentável realizado pelo Iema em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo. Tanto o MPES quanto o órgão ambiental acompanharam a execução e entrega de cada uma das ações. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Segundo Marco Antônio Nogueira, promotor de Justiça do Ministério Público de Guarapari e coordenador da comissão do TCA, a proposta do Termo de Compromisso Ambiental foi baseada na intenção de criar um documento capaz de gerar soluções para o futuro, envolvendo a Samarco, os órgãos ambientais, as prefeituras da área de influência direta da empresa e o Ministério Público, que exerceu um papel conciliador, unindo as partes envolvidas. “Sabemos que esse modelo de trabalho não foi registrado em nenhuma outra cidade do Brasil, e minha intenção, a partir de agora, é levar essa forma de trabalhar também para outros lugares, porque vimos que realmente essa é a melhor maneira de encontrar soluções com foco no futuro”, avalia o promotor. Juntamente com os esforços para a conclusão do TCA, a Samarco busca fazer o melhor uso dos recursos naturais e desenvolver soluções que reduzam o impacto de suas operações no meio ambiente. Investimentos em pesquisa, utilização de novas tecnologias e a meta da excelência operacional também fazem parte desse contexto. Para isso, somente em 2012 foram investidos R$ 283,2 milhões em projetos ambientais – um aumento de mais de 100% em relação ao ano anterior. Exemplo dessa atuação foi a criação, em 2012, da Gerência Geral de Tecnologia e Ecoeficiência, que busca impulsionar e influenciar o desenvolvimento e a sustentabilidade da empresa por meio de soluções tecnológicas. Atualmente, a área encontra-se dedicada à análise de 49 iniciativas de ecoeficiência, identificadas pelas equipes internas como potencialmente aplicáveis às operações, contemplando desde a fase de extração do minério até a pelotização e o embarque.

modelo de sustentabilidade Até 2022, a Samarco pretende dobrar seu valor de mercado e ser reconhecida como a melhor do setor por empregados, clientes e sociedade. Essa visão (Visão 2022) será alcançada à medida que a empresa preserve o respeito às pessoas, a crença em seu papel de indutora de desenvolvimento nas comunidades e nos territórios em que está inserida; e por meio da mobilização de seus esforços para a geração de resultados sustentáveis, frutos da eficiência na utilização dos recursos naturais que foram outorgados pela sociedade. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Como alicerces para essa visão foram definidos três pilares de gestão: crescimento, conformidade e excelência. A inovação surge como um importante habilitador para o crescimento que a Samarco busca e para a excelência do negócio. A inovação também se encontra retratada no Modelo de Sustentabilidade da Samarco, consolidado em 2011. O modelo é um requisito de gestão que reflete os esforços e prioridades nos eixos social, ambiental e econômico, com o objetivo central de construir confiança junto à sociedade. O modelo é composto por quatro eixos temáticos: Liderança pelo exemplo; Inovação e tecnologia; Redes colaborativas; e Empreendedorismo responsável. O pilar “Liderança pelo exemplo” está ligado ao papel de protagonismo que a Samarco deseja assumir, primeiramente, na promoção de mudanças estruturais internas, para que assim possa exercer uma influência positiva sobre a sociedade. Já o pilar “Inovação e tecnologia” dedica-se à necessidade de ampliar a vida útil das operações por meio da ecoeficiência. É nesse segundo eixo que o tema se destaca, ligado a conformidade ambiental, tecnologias limpas e ecoeficiência, e desenvolvimento tecnológico para contribuir com a redução/ mitigação do impacto das operações. Ele reforça também o interesse da Samarco em buscar melhorias ambientais que gerem benefícios econômicos paralelos, conforme preconizado pelo Conselho Empresarial Mu nd ia l pa ra o Desenvolv i mento Sustentável (WBCSD). Os dois últimos pilares constituem o que a empresa denomina “Inovação na sociedade”. As “Redes colaborativas” e o “Empreendedorismo responsável” propõem que as parcerias sejam entendidas como recursos que podem agregar valor a projetos e construir melhorias, com o objetivo de gerar desenvolvimento, como a criação de novos negócios independentes da atuação da Samarco. Como e voluç ão do Modelo de Sustentabilidade, iniciou-se um trabalho de desdobramento da orientação temática em metas e indicadores que estarão atrelados aos objetivos estratégicos (Mapa Estratégico) reportados pelas gerências gerais da organização. A Samarco busca, dessa forma, concretizar as iniciativas e os resultados que vão ao encontro de seu objetivo de alinhar as operações a parâmetros de sustentabilidade. 111

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Delegação capixaba conquistou 16 medalhas nos Jogos Nacionais do Sesi de 2013

sesi/es: programas de qualidade de vida beneficiam 30 mil trabalhadores no es Só em 2013, ações voltadas para saúde, lazer e bem-estar beneficiaram empregados de mais de 1.700 empresas

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romover saúde e segurança no ambiente de trabalho e ações motivacionais e esportivas voltadas ao bem-estar integral do trabalhador. Essa é a contribuição do Serviço Social da Indústria do Espírito Santo (Sesi/ES) para promover a sustentabilidade do setor e ainda aumentar a produtividade e, consequentemente, os resultados positivos da indústria capixaba. A instituição cria e desenvolve uma série de iniciativas voltadas para a qualidade de vida do trabalhador, as quais, apenas em 2013, beneficiaram mais de 1.700 empresas e 30 mil industriários no Estado.

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A pesquisa “Estilo de Vida e Hábitos de Lazer dos Trabalhadores das Indústrias Brasileiras”, realizada pelo Sesi em 2011, constatou que trabalhadores fisicamente ativos das indústrias de frigoríficos têm 156% mais chances de se sentirem bem dispostos no final do dia. Em setores como alimentos, metalmecânica e têxtil, esse índice pode chegar a 120%. Nesse cenário, o diretor da Findes para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi– Senai/ES,Alejandro Duenas, destaca a participação das ações do Sesi nos anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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O que o Sesi faz pela indústria capixaba Educação Os serviços educacionais do Sesi/ES abrangem desde a educação infantil ao ensino médio, colocando a entidade entre as maiores redes privadas de ensino do Estado, atendendo regularmente 11.500 alunos da Grande Vitória e interior. Se somados os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o número passa de 13 mil. O Sesi/ES tem investido na modernização de suas escolas, por meio da aquisição de novas tecnologias – como o Lego Zoom e os torneios de robótica – e da inserção dos princípios da educação financeira em seu material de empreendedorismo.

Ensino articulado Com o ensino médio articulado, os alunos têm a possibilidade de concluir o ensino médio juntamente com um curso técnico no Senai. Essa modalidade também permite que os trabalhadores e seus dependentes tenham acesso à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e à educação continuada - cursos rápidos que auxiliam no complemento da renda familiar.

Saúde O Sesi atua com foco na prevenção, priorizando a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida do trabalhador da indústria capixaba, por meio de seus Programas de Segurança e Saúde no Trabalho. Entre as ações, podem ser citados o “Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida”, o “Indústria Segura” e o “Mais Saúde”, entre outros realizados dentro do ambiente de trabalho da empresa.

Odontologia A assistência odontológica do Sesi é prestada por meio de uma rede de clínicas localizadas nos Centros de Atividades. O trabalhador da indústria e seus dependentes recebem ampla cobertura assistencial, com fácil acesso ao atendimento. Os tratamentos disponibilizados compreendem ações educativas, preventivas e curativas.

Esporte Na área do esporte o Sesi promove ações como campeonatos para os trabalhadores das indústrias como os Jogos do Sesi – torneio com fases municipais, estaduais, regionais nacionais e internacionais, além de torneios internos (dentro da própria empresa) e oferece atividades de iniciação esportivas tanto para os trabalhadores das indústrias como a comunidade em geral.

Vida Saudável O Sesi realiza programas para a melhoria da qualidade de vida

resu ltados da i ndúst r ia capi x aba. “A empresa aumenta sua produtividade quando oferece um ambiente saudável, cuidando da saúde e do bem-estar de seus trabalhadores. A prática de esportes deixa o empregado mais disposto para o trabalho, melhora seu relacionamento com os colegas e ajuda a criar ambientes saudáveis e produtivos nas empresas, reduzindo o absenteísmo (faltas) e o presenteísmo (presença física, mas ausência mental)”, pontua. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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dos trabalhadores, com destaque para o Programa SesiI Ginástica na Empresa, que leva ao trabalhador da indústria a prática de atividades físicas dentro do ambiente de trabalho, contribuindo para o combate ao sedentarismo e ao estresse e possibilitando a mudança de hábitos.

Programa Administre o seu Dinheiro de Forma Consciente Auxiliar o trabalhador da indústria e seus dependentes a alcançarem o equilíbrio financeiro, aprendendo a fazer uso consciente do dinheiro. Esse é o objetivo do programa “Administre o Seu Dinheiro de Forma Consciente”, criado pelo Sesi/ES para incentivar o hábito de poupar e, assim, contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Com a expansão e as facilidades do crédito no Brasil, os industriais perceberam que a rotina das fábricas começou a ser alterada por trabalhadores que precisavam se ausentar para resolver problemas financeiros. Assim, o Sesi/ES recebeu a demanda dos empresários e criou o programa há mais de dez anos, sendo que desde 2010 ele foi levado para todas as unidades do Sesi no Brasil.

Cultura Por meio do Projeto Luzes & Aplausos, o Sesi coloca à disposição da população, em seu teatro, espetáculos locais e nacionais a preços bem acessíveis. Já o Caminhão da Alegria é uma unidade móvel que leva o teatro para dentro das empresas. São espetáculos com temas variados, como alcoolismo, segurança do trabalho, educação para o trânsito e muitos outros. A iniciativa promove entretenimento conjugado à conscientização para melhoria da qualidade de vida. Orquestra Vai às Empresas

A Orquestra Camerata Sesi surgiu no ano de 2008 com a ideia da criação de uma orquestra estável e viabilizada pelo Sistema Findes por meio do Sesi/ES. A novidade é que agora os empresários podem levá-la para abrilhantar suas ações e eventos. Garoto, Corpus Engenharia e Rede Tribuna são algumas das empresas que já contrataram as apresentações.

Academia de Música Aprender a tocar instrumentos utilizados na música erudita está mais fácil. Um dos serviços oferecidos pelo Sesi/ES é a Academia de Música, voltada para trabalhadores da indústria e comunidade em geral, que oferece aulas de instrumentos como violino, violoncelo, viola e contrabaixo acústico. As aulas acontecem uma vez por semana, com duração de uma hora, de acordo com a necessidade do aluno.

Entre as principais ações realizadas está o “Sesi Ginástica na Empresa”, que estimula os trabalhadores a participarem, de forma voluntária, de sessões coletivas de ginástica no tempo e local de trabalho. Também são realizados os “Jogos do Sesi”, competições esportivas entre equipes em diversas modalidades, como vôlei de praia, atletismo e natação. Em 2013, nos Jogos Nacionais do Sesi, a delegação do Espírito Santo conquistou 16 medalhas: cinco de ouro, nove de prata e duas de bronze. 113

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destaque empresarial Foto: Tatiane Ribeiro / Findes

Programa Lego Zoom é desenvolvido pelo Sesi com o objetivo de despertar habilidades como inovação e empreendedorismo nos alunos da rede

Outra ação é o “Circuito Bem-Estar”, que oferece às empresas uma intervenção especializada, realizada por meio de testes temáticos que avaliam itens como estilo de vida, habilidades sociais e gerenciamento de estresse, para que os trabalhadores possam experimentar e incorporar atitudes mais saudáveis ao seu estilo de vida pessoal. O diretor Alejandro Duenas destaca ainda o esforço do Sesi/ES em oferecer, em sua carteira de serviços, programas adicionais aos previstos na legislação trabalhista. “Muitas empresas, principalmente as pequenas e médias, não têm conhecimento ou estrutura adequados para desenvolver ações de qualidade de vida por conta própria. Nesse sentido, o Sesi/ES beneficia tanto o empresário quanto o trabalhador, com melhorias em sua mente e corpo e no ambiente de trabalho”, avalia. Para a superintendente do Sesi/ES, Solange Siqueira, a entidade vai mais além, beneficiando ainda as famílias e as comunidades onde atua. “O Sesi/ES é uma entidade referência no Estado do Espírito Santo, oferecendo educação de qualidade, esporte, saúde, cultura e ações de sustentabilidade junto às indústrias e seus trabalhadores, e também para a sociedade como um todo. O conjunto de nossas ações resulta no bem-estar social, na melhora da qualidade de vida dos trabalhadores, de suas famílias e também das comunidades. Os resultados positivos colhidos 114

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a cada ano se tornam um estímulo para melhorarmos ainda mais o nosso trabalho”, completa. Já o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, destaca que as unidades de ensino do Sesi/ES mantêm uma rede de escolas qualificadas que oferecem educação básica, educação de jovens e adultos, educação continuada e acompanhamento pedagógico para trabalhadores da indústria e seus dependentes. “O Sesi desenvolve ações que promovem a saúde dos industriários e de suas famílias. Ao buscar a educação de qualidade, o bem-estar dos trabalhadores e estimular a gestão socialmente responsável das empresas, o Sesi desempenha um papel decisivo para o aumento da competitividade da indústria e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, ressaltou. “Com essa visão, e trabalhando de forma sistêmica em nossas instituições educacionais, acreditamos que podemos contribuir de forma positiva para avanços e conhecimento em diferentes áreas de formação, inclusive na inovação e empreendedorismo. Nosso objetivo é disseminar o conhecimento, em seus diversos níveis, para formação de pessoas preparados para os desafios diários e, em longo prazo, nas exigências do mercado de trabalho”, completou o presidente Marcos Guerra. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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destaque empresarial seNai

Mais de 122 mil matrículas são realizadas pela instituição, provendo ao Espírito Santo mão de obra de qualidade

senai/es investe r$ 20 milhões na modernização de laboratórios Objetivo é acompanhar a evolução tecnológica, para que os laboratórios continuem a reproduzir fielmente o ambiente de trabalho e as inovações da indústria capixaba

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Espírito Santo (Senai/ES) está investindo cerca de R$ 20 milhões na modernização dos laboratórios usados pelos alunos. Todas as 114 unidades laboratoriais receberão novos equipamentos para atender às diversas modalidades de cursos oferecidos pela entidade. O objetivo é acompanhar a evolução tecnológica da indústria capixaba, para que os laboratórios reproduzam o ambiente profissional real, aproximando teoria e prática. As áreas

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antendidas pelo aparato são Segurança do Trabalho, Eletroeletrônica, Automotiva, Metalmecânica, Vestuário, Alimentos, Tecnologia da Informação, Meio Ambiente, Construção Civil, Refrigeração, Plástico (polímeros), Madeira e Mobiliário. O diretor da Findes para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi-Senai/ES, Flavio Bertollo, conta que a demanda pela modernização dos laboratórios partiu dos gerentes das unidades. “Com o passar do tempo, os laboratórios vão ficando

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ultrapassados, e a modernização se torna fundamental para acompanhar a evolução e as inovações da indústria capixaba”, revela. Para a diretora-regional do Sesi-Senai/ES, Solange Siqueira, as aulas práticas possuem grande importância no processo de ensino-aprendizagem. “O uso de equipamentos potencializa a fixação dos conhecimentos ministrados em sala de aula, propiciando maior contato do aluno com a realidade da indústria, aprimorando seu perfil profissional. Por isso, estamos investindo maciçamente nessa modernização, para continuarmos alcançando excelentes resultados, encaminhando para as indústrias capixabas profissionais altamente qualificados e atualizados”, diz. O setor produtivo reconhece o trabalho realizado pelo Senai/ES. De acordo com a gerente do Departamento de Recursos Humanos da Technip Vitória, Yêda Vietchesky, o Senai/ES é referência na formação de mão de obra. “O diferencial está atrelado ao conceito da instituição, e um profissional formado pelo Senai/ES acaba tendo preferência sobre aqueles formados por outras instituições particulares”, analisa.

demandas da indústria Nesses últimos anos, o Senai/ES tem investido fortemente para atender às demandas da indústria capixaba. Isso é feito com uma permanente antevisão do futuro, analisando os levantamentos de investimentos e planos previstos para o Estado para identificar as principais necessidades do setor produtivo. O Sistema Findes também mantém contato direto com os setores industriais, estimulando a criação de comitês formados por empresários, setor pedagógico e comunidade civil. O objetivo é que cada região possa estudar as necessidades locais, fazendo um diagnóstico para definir quais áreas serão contempladas com Unidades Operacionais de ensino profissionalizante. Com foco em áreas industriais que crescem expressivamente no Espírito Santo, foram criados os cursos Técnico em Móveis e Técnico em Plásticos. Seguindo as tendências do mercado, o Senai/ES oferece também os cursos técnicos em Meio Ambiente,

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B1_200M 2013_Destaque Empresarial.indb 119

Qualidade, Administração e os já tradicionais: Mecânica, Automação Industrial, Eletrotécnica, Refrigeração, Alimentos e Edificações, entre outros. Esses projetos são realizados para ampliar o atendimento às demandas de diversos segmentos econômicos em todas as regiões do Estado. Em Cachoeiro de Itapemirim e Anchieta, por exemplo, está em andamento a ampliação das Unidades Operacionais para atender às áreas metalmecânica, calçados, rochas ornamentais, automobilística, eletrotécnica, tecnologia da informação, segurança do trabalho e meio ambiente. Também estão sendo projetados novos laboratórios, como os de Confecção de Móveis, Mobiliário de Madeira e o de Polímero, para a indústria do plástico. O gerente executivo de Educação e Tecnologia do Sesi-Senai/ES, João Marcos Del Puppo, destaca que mais de 122.000 matrículas são realizadas pela instituição, provendo o Espírito Santo de mão de obra da mais alta qualidade. “O Senai se mantém atento às mudanças das necessidades do parque industrial, acompanhando junto aos empresários e governos os planos de incentivos para investimentos industriais no Estado”, ressalta.

55 anos investindo O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, explica que na área da educação, o Sistema está avançando com modelos e propostas que contribuem para o desenvolvimento local e nacional. “O Plano de Investimentos do Sistema Findes é de R$ 104 milhões até 2015. Deste total, 83 milhões (82%) serão voltados para educação e qualificação. Queremos avançar em parceria com os municípios para progredir na articulação e mobilização junto à sociedade”, afirma. “No Senai, trabalhamos o conceito de educação profissional, que privilegia o desenvolvimento pleno do trabalhador. Nos cursos, os estudantes são estimulados com os princípios do empreendedorismo, trabalho em equipe e análise de cenário. Para isso, utilizamos técnicas de comunicação e pesquisa, raciocínio lógico, sínteses e elaborações teóricas, organização do próprio trabalho, disciplina, independência e inovação”, conclui o presidente. 119

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destaque empresarial

Os laboratórios do Senai no Espírito Santo Cachoeiro de Itapemirim • Tecnologia da Informação – Laboratório de Informática e

Linhares • Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas

• Refrigeração – Laboratório Móvel de Refrigeração • Meio Ambiente– Laboratório Meio Ambiente • Construção Civil – Laboratório de Pintor Industrial,

• Meio ambiente - Laboratório de meio ambiente • Construção Civil - Laboratório de Armador, Laboratório de

Placas de Vídeo

• • • •

Laboratório Eletricista Instalador Predial, Laboratório Bombeiro Hidráulico, Laboratório de Armador, Laboratório de Pedreiro e Laboratório Móvel de Carpinteiro Segurança do Trabalho – Laboratório de Segurança do Trabalho, Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica e e Laboratório de Comandos Elétricos Automotiva – Laboratório de Automobilística e Laboratório Móvel de Mecânica de Motos Metalmecânica – Laboratório de Ensaios Mecânicos e Metalográficos, Laboratório de Metrologia Básica, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Pneumática e Eletropneumática, Laboratório de Ensaios Destrutivos e Laboratório Móvel de Solda

Aracruz • Tecnologia da Informação – Laboratório de Informática e Placas de Vídeo

• Construção Civil – Laboratório de Pintor Industrial e Laboratório de Eletricista Instalador Predial

• Metalmecânica – Laboratório de Ensaios de Metalografia,

Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Pneumática/Hidráulica e Laboratório Móvel de Solda e Laboratório Móvel de Caldeiraria

Araçás • Eletroeletrônica – Laboratório de Eletrotécnica • Automotiva – Laboratório de Automobilística • Madeira e Mobiliário – Laboratório de Madeira e Mobiliário • Vestuário– Laboratório de Costura Industrial • Tecnologia da Informação – Laboratório de Informática e Placas de Vídeo

Colatina • Madeira e Mobiliário - Laboratório de Madeira e Mobiliário • Vestuário - Laboratório de Costura Industrial • Alimentos – Laboratório de Padeiro e Confeiteiro • Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas de Vídeo

• Construção Civil - Laboratório de Pedreiro • Automotiva – Laboratório Didático de Eletricidade

Automotiva, Laboratório de Manutenção de Motocicletas, Laboratório de Manutenção de Motores Flex gasolina e álcool e Laboratório Móvel de Mecânico de Suspensão e Freios de Automóveis • Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica, Laboratório de Eletricista Instalador Predial e Laboratório de Eletricidade Industrial • Metalmecânica – Laboratório CNC, Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Manutenção, Laboratório de Metrologia Básica, Laboratório de Ensaios Mecânicos e Metalográficos e Laboratório de Pneumática/Hidráulica e Laboratório Móvel de Solda

120

B1_200M 2013_Destaque Empresarial.indb 120

de Vídeo Bombeiro Hidráulico, Laboratório de Pedreiro, Laboratório de eletricista Instalador Predial e Laboratório de Pintor • Segurança do Trabalho – Laboratório de Segurança do Trabalho • Metalmecânica – Laboratório de Mecânico Industrial, Laboratório de Solda, Laboratório de Caldeiraria, Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Manutenção, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Ensaios Mecânicos e Metalográficos

Vitória • Meio ambiente - Laboratório de meio ambiente • Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas de Vídeo

• Segurança do Trabalho – Laboratório de Movimentação de Cargas e Laboratório de Segurança do Trabalho

• Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica, Laboratório de Automação e Laboratório de Eletricidade

• Metalmecânica – Laboratório de Ensaios Mecânicos e

Metalográficos, Laboratório de Metrologia Básica, Laboratório de Manutenção e Laboratório de Ensaios Destrutivos

São Mateus • Alimentos – Laboratório de Padeiro e Confeiteiro • Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas de Vídeo, Laboratório de Armador, Laboratório de Bombeiro Hidráulico, Laboratório de Pedreiro, Laboratório de eletricista Instalador Predial e Laboratório de Pintor • Construção Civil – Laboratório de Instalador Hidráulico • Eletroeletrônica – Laboratório de Comandos Elétricos • Metalmecânica - Laboratório de Hidráulica e Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Hidráulica

Anchieta • Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas de Vídeo

• Meio ambiente - Laboratório de meio ambiente/controle ambiental

• Segurança do Trabalho – Laboratório de Segurança do trabalho • Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica • Metalmecânica – Laboratório de Metrologia Básica Civit • Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas de Vídeo

• Plástico - Laboratório de Ensaios do plástico • Segurança do Trabalho – Laboratório de Movimentação de Cargas e Laboratório de Segurança do Trabalho

• Eletroeletrônica – Laboratório de Comandos Elétricos,

Laboratório de Eletricidade Industrial e Predial, Laboratório de Eletrotécnica e Laboratório de Ensaios Elétricos • Metalmecânica – Laboratório de Serralheiro de Aço e Alumínio, Laboratório de Metalografia, Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Ensaios Mecânicos, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Pneumática/Hidráulica

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Ranking |

Introdução

O Fábio Dias é superintendente do IEL-ES

anuário IEL – 200 Maiores Empresas no Espírito Santo chega à sua 17ª edição. Podemos observar o mesmo sucesso, fruto da seriedade, da qualidade e da inovação constante, compilando conteúdos que estejam em perfeita sintonia com as realidades empresariais capixaba e brasileira. Isso nos leva a julgar este Anuário como o principal veículo de conteúdo empresarial do Estado e primordial referência de informações estatísticas sobre a economia do Espírito Santo e de avaliação do desempenho econômico-financeiro anual das empresas capixabas. Foram mantidas características gerais da pesquisa conforme anos anteriores e de acordo com os ajustes metodológicos já implementados desde 2011. Neste ano, quando observada a consolidação das 200 maiores empresas no Espírito Santo, a Receita Operacional Bruta (ROB) no Estado em 2012 aponta um total de R$ 75,8 bilhões. Por outro lado, o total de empregos diretos gerados pelas 200 maiores no Estado somaram 89.662. Os dados de receita e emprego atribuídos ao Espírito Santo são muito significativos e refletem o dinamismo de sua economia. É importante ressaltar que em toda edição fazemos a eleição dos Executivo, Empresa e Empresário que se destacaram no período. E neste ano tivemos um fato curioso, pois houve um empate técnico entre os dois primeiros empresários colocados e decidimos, então, premiar ambos. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) também promove o Prêmio IEL em Gestão, pelo qual qualquer empresa, independentemente do seu porte, pode participar. Confira nesta edição a empresa vencedora e os critérios de avaliação e participe em 2014. Nesta edição inovamos ainda mais, pois inserimos uma pesquisa complementar realizada junto às 200 maiores empresas, cuja análise coube à equipe técnica do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), entidade do Sistema Findes, que revelou a percepção das empresas no Estado acerca de nossa infraestrutura logística, qualificação da mão de obra, políticas de incentivos fiscais, além de outros aspectos da economia.

124

200 Maiores 2013_Ranking_Introdução_TGO.indd 124

Dentre esses dados, podemos citar a confiança do empresariado: 77% estão confiantes ou muito confiantes em relação ao crescimento dos negócios para o próximo ano. No que tange à economia, 52% se mostram confiantes ou muito confiantes. Neste ano serão disponibilizados 10 mil exemplares do Anuário, que serão distribuídos no Estado, em todo o país e no exterior. Além disso, são disponibilizadas versões flipping book e para aplicativos tablet (Android e IOS), que podem ser baixadas gratuitamente a partir do site do IEL, em www.iel-es.org.br. Esta iniciativa permite um grande número de acessos a todas as informações constantes neste Anuário, dando uma grande visibilidade e projeção do nosso Estado além das fronteiras capixabas e brasileiras. Impossível não reconhecer que esse sucesso se deve às empresas que disponibilizaram tempo para levantamento e envio das informações necessárias para suprir boa parte do conteúdo na elaboração do estudo técnico e/ou participaram como anunciantes, viabilizando técnica e economicamente o estudo. Assim, o IEL-ES, através de toda a sua equipe, agradece aos empresários e profissionais de todos os setores de atividade do Estado e formadores de opinião, pelas contribuições para a pesquisa. Aos patrocinadores e anunciantes desta edição 2013, que acreditaram neste projeto, deixamos aqui o nosso muito obrigado pela confiança. Nosso reconhecimento às empresas participantes e aos empreendedores, que são os grandes inspiradores da realização deste Anuário, a quem dirigimos nossos sinceros agradecimentos. Reconhecimento e agradecimento também dirijo à equipe que se debruçou sobre este projeto: Unidade de Marketing e Unidade de Relações com o Mercado e demais Unidades Compartilhadas do Sistema Findes. À equipe do IEL-ES e parceiros e fornecedores que trabalharam com vigor para que esta bela publicação fosse entregue, deixo aqui, também, os meus sinceros agradecimentos. A todos, uma boa leitura !

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o QuE VoCÊ EnContrA nEStE EnCArtE

| Ranking

As 200 Maiores Empresas no Espírito Santo classificadas pela Receita Operacional Bruta, com informações econômicas e financeiras.

Informações consolidadas dos setores industrial, comercial e de serviços e por atividade.

As 20 maiores empresas por setor e as de melhor desempenho, segundo diversos indicadores econômicos e financeiros. As dez maiores empresas, segundo os segmentos: alimentos, comércio atacadista, comércio varejista, concessionárias de veículos, construção, serviços financeiros e seguros, serviços de saúde, serviços de importação e exportação e transportes. A Melhor Empresa no Espírito Santo em 2012 As 100 Maiores Empresas Privadas com controle de capital capixaba, classificadas pela Receita Operacional Líquida.

Ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais, segundo o critério de Patrimônio Líquido, contendo algumas informações econômicas e financeiras consolidadas.

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Ranking |

anáLISE

Momento da virada: empresas otimistas na recuperação Emanuel Junqueira é doutor em Ciências Contábeis pela USP, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e consultor do IEL-ES

E

m 2012 as empresas recuperaram parte das perdas do ano anterior. Apesar da queda da receita bruta em 7,6%, o lucro líquido aumentou 16%, indicando que as estratégias adotadas pelas empresas para superar a crise observada nos últimos anos apresentou resultados positivos. Embora tenha havido melhora, observa-se que ainda não alcançamos o desempenho obtido no ano de 2010. Os resultados obtidos tiveram reflexo no otimismo das empresas. De acordo com as respostas dos gestores, 48% pretendem manter e 43% almejam ampliar os investimentos no biênio 2013/2014, dados semelhantes aos registrados em 2011, quando os empreendimentos foram mais afetados pela crise econômica. O otimismo

Decisões de investimento – em %

Tabela 1

Pretendo reduzir os investimentos

9%

Pretendo manter os investimentos

48%

Pretendo aumentar os investimentos

43%

Comparativo da evolução da ROB e do lucro líquido 84,6 bi 76,8 bi

Gráfico 1

contrasta com a percepção das empresas de que as condições gerais da economia capixaba pioraram (43%) ou mantiveram-se estáveis (36%). Uma das possíveis explicações para o otimismo é a percepção de que, apesar dos problemas econômicos, para 52% das empresas as condições de competição melhoraram em relação ao ano anterior, indicando uma maior capacidade para superar o momento difícil vivenciado. Esse aumento de capacidade se refletiu no investimento em ativos fixos das empresas, que cresceu 31% em relação ao ano de 2011. O Governo continua sendo “o principal acionista” das empresas capixabas. Em 2011, arrecadou aproximadamente R$ 6,6 bilhões em impostos sobre vendas dos negócios que declararam o valor pago. Essa quantia é 8,9% superior à cifra paga no ano anterior e 41,2% maior que o lucro líquido recebido pelos proprietários das empresas em 2011. Cabe ressaltar que não estão computados nesse montante os impostos e contribuições sobre a folha de pagamento e também os impostos e contribuições sobre o lucro.

Comparativo da evolução dos impostos e do lucro líquido

78,1 bi

Gráfico 2

6,6 bi 6,0 bi 5,1 bi 5,1 bi 4,7 bi 4,0 bi

5,1 bi 2010 ROB Lucro Líquido

126

200 Maiores 2013_Analise Emannuel Junqueira_FB.indd 126

4,0 bi 2011

4,7 bi 2012

2010

2011

2012

Imposto Lucro Líquido

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avaliação e remuneração dos gestores No ano de 2012, as empresas foram convidadas a informar a forma de avaliação e de remuneração de seus gestores. Pouco menos da metade (49%) das empresas adota medidas balanceadas de desempenho, com utilização de medidas financeiras e não financeiras. Esse tipo de avaliação vem sendo incrementado pelas empresas e contribui para uma visão de maximização do resultado no longo prazo, onde a avaliação das medidas qualitativas é fundamental para manter a empresa competitiva. Destaca-se o fato de 45% das empresas respondentes ainda não possuírem avaliação formal de desempenho dos seus gestores. Esse resultado pode ser consequência do grande número de empresas no Estado em que familiares exercem os principais cargos (44%). A forma de remuneração dos gestores das maiores empresas no Estado foi objeto de análise neste ano. Das empresas respondentes, a maioria remunera seus gestores com valores fixos, independentemente do desempenho obtido. Com a adoção dessa prática, perde-se a oportunidade de utilizar um instrumento que vem se demonstrando útil para alinhar os objetivos organizacionais com os interesses dos seus colaboradores. A necessidade de um planejamento que contemple uma visão de longo prazo demanda que as empresas identifiquem seus fatores críticos de sucesso, estabeleçam metas de desempenho para esses fatores e, posteriormente, avaliem o desempenho dos gestores em função do alcance ou não dessas metas. Entendemos que uma forma eficiente de estímulo aos gestores é a inclusão de uma parcela variável na remuneração que estaria condicionada ao alcance ou não das metas estabelecidas.

adoção das novas normas Brasileiras de Contabilidade Mais uma vez este ano realizou-se um levantamento para avaliar a adoção de pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O resultado, quando comparado ao ano anterior, indica que houve um aumento anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 127

Forma de avaliação do desempenho dos gestores – em %

Tabela 2

A empresa não possui avaliação formal de desempenho de seus gestores

45%

A empresa avalia os gestores somente considerando o resultado financeiro

6%

A empresa avalia os gestores considerando o resultado financeiro e medidas não-financeiras de desempenho

49%

Forma de remuneração dos gestores – em %

Tabela 3 59%

totalmente fixa, independente do desempenho do gestor totalmente variável, em função do desempenho do gestor

1%

Uma parcela fixa e outra variável, em função do desempenho do gestor

40%

ADOçãO DAs PRátICAs COntáBEIs

2011 (%)

2012 (%)

Apresentou informações contábeis comparativas.

95%

96%

Calculou a vida útil dos ativos imobilizados para alocação do valor depreciável.

33%

41%

Divulgou as práticas contábeis adotadas para avaliar estoques.

38%

44%

Realizou teste de redução ao valor recuperável de ativos imobilizados (impairment).

30%

26%

Ajustou recebimento e/ou pagamentos ao valor justo.

24%

34%

Mensurou os ativos intangíveis pelo custo menos amortização acumulada e qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável.

26%

30%

Realizou provisão com descrição da natureza da obrigação, valor esperado e as datas de quaisquer pagamentos resultantes;

39%

49%

na adoção dos mesmos. Considerando que a adoção melhora a evidenciação e, consequentemente, a tomada de decisão por parte dos usuários da informação contábil, é importante que tais práticas sejam implementadas pelas empresas, o que parece estar acontecendo. Diante dos resultados de 2012 e do cenário descrito pelos gestores, espera-se que o biênio de 2013 e 2014 apresente melhoras para as empresas localizadas no Estado do Espírito Santo. No entanto, ainda é possível avançar no modelo de gestão das empresas e na qualidade da informação utilizada para a tomada de decisão das mesmas. 127

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Ranking |

MEtodoLoGIA

a

pesquisa das maiores empresas no Espírito Santo foi realizada com a avaliação dos dados de aproximadamente 230 organizações, além dos grupos empresariais do Estado. O conjunto compreende todas as que enviaram demonstrações contábeis para o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) até o dia 9 de setembro de 2013 e inclui sociedades anônimas de capital aberto e fechado, cooperativas, entidades sem fins lucrativos e sociedades limitadas. Este ano, seguindo mudanças promovidas pelo Anuário desde 2011, foram incluídas informações sobre a Receita Líquida,

que exclui os efeitos das diferentes cargas tributárias das atividades empresariais contempladas no Anuário e possíveis ineficiências decorrentes de devoluções e descontos incondicionais, permitindo uma maior comparabilidade entre as empresas. Além disso, essa iniciativa busca adequar o Anuário às práticas contábeis verificadas junto às empresas e em conformidade ao que dispõe o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e às normas contábeis em vigor. O anuário apresenta alguns indicadores, como por exemplo, o Ebitda, abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest,

Conceitos metodológicos InDICADOR

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COnCEItO

Receita Operacional Bruta

receita proveniente do total das vendas de bens e serviços prestados pela empresa.

Variação da Receita Operacional Bruta

Apresenta a evolução da receita bruta de vendas, em percentual.

Receita Operacional Líquida

É calculada pela diferença entre o valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os impostos sobre vendas.

Variação da Receita Operacional Líquida

Apresenta a evolução da receita líquida de vendas, em percentual.

Ebitda

Abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, taxes, depreciation and Amortization, que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa gerado pela operação da empresa.

Variação do Ebitda

Apresenta a evolução do Ebitda, em percentual.

Lucro Líquido do Exercício

É o resultado do exercício, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontados o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro.

Variação do Lucro Líquido do Exercício

Apresenta a evolução do lucro líquido, em percentual

Patrimônio Líquido

É a soma do capital, das reservas e dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados. Mede a riqueza da empresa.

Rentabilidade das Vendas

É calculada pela divisão entre o lucro líquido e a receita líquida.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Mede o retorno do investimento para os proprietários. resulta da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido.

Liquidez Corrente

É a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus compromissos no curto prazo.

Endividamento Geral

É a soma das dívidas de curto e longo prazos. o resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo total e representa a participação de recursos financiados por terceiros na operação da empresa.

Endividamento de Longo Prazo

Indica o quanto a empresa está comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em porcentagem, em relação ao ativo total.

Empregados no Espírito santo

número de funcionários em 31 de dezembro de 2012.

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Taxes, Depreciation and Amortization, e que significa o lucro antes dos juros, dos impostos sobre o lucro, da depreciação e da amortização, e corresponde, em essência, ao cai xa gerado pela empresa. Já a informação sobre o Lucro Operacional foi suprimida, em função do fim do grupo de contas denominado “não operacional” e deverá, a partir do próximo ano, ser substituída pela informação do lucro antes do imposto de renda e das despesas financeiras. Para a elaboração dos rankings específicos, como “Rankings Setoriais” e as “20 Maiores Segundo os Principais Indicadores”, complementares ao das 200 Maiores pela Receita Bruta, foram consideradas todas as empresas da amostra. Dessa forma, uma empresa que não está classificada entre as 200 Maiores, poderá fazer parte de um Ranking específico, como o de Liquidez Corrente (LC), por exemplo. Este método permite às empresas, independente de seu porte, serem classificadas pelo seu desempenho segundo os critérios dos indicadores utilizados pela Revista. Na definição do Ranking das 200 maiores empresas, foi utilizado o critério da receita bruta de vendas, um indicador da contribuição da empresa para a sociedade em termos de produtos e serviços oferecidos. Além da receita bruta, são fornecidas informações como receita líquida, ebitda, lucro líquido, patrimônio líquido e o número de empregados no Espírito Santo. Também são apresentados indicadores para análise econômico-financeira, como: rentabilidade do patrimônio líquido, liquidez corrente, endividamento geral e o endividamento de longo prazo. Vale ressaltar que, desde o ano de 2011, somente são divulgados os resultados obtidos no Espírito Santo, permitindo uma melhor análise comparativa entre as empresas.

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Além dessas informações, o Anuário apresenta diversas outras listas de empresas, organizadas por setor da economia, empresas capixabas, consolidadas por atividade, dentre outras. Importante ressaltar que, para a versão em inglês, os valores foram conver t idos em moeda americana, considerando o dólar comercial venda médio do ano de 2012, que fechou em R$ 1,954204, segundo dados do Banco Central do Brasil (www4.bcb.gov.br/pec/ taxas/port/ptaxnpesq.asp?id=txcotacao). Destacamos ainda que eventuais diferenças de valores poderão ser encontradas, mas são frutos de arredondamentos promovidos pelo sistema utilizado.

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InForMAçÕES GErAIS

O

Anuário 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerado uma das mais importantes publicações de avaliação da economia capixaba, tem ao longo dos últimos 17 anos proporcionado dados e informações acerca das empresas e grupos empresariais instalados no Estado, com seus desempenhos econômicos e financeiros. Esta edição apresenta os resultados das principais empresas em 2012, analisados a partir de indicadores contábeis e financeiros, como Receita Operacional Bruta, Lucro Líquido do Exercício, Patrimônio L íqu ido, Nú mero de Empregados, Rentabilidade, Liquidez, entre outros. Na definição do ranking, foram utilizados os critérios estabelecidos para o estudo, considerando as adequações necessárias ao conjunto de informações contábeis, conforme descritos abaixo: • Empresa com sede fiscal no Espírito Santo, teve o total de sua receita apropriada no Estado.

Distribuição da Receita Bruta e Pessoal Empregado das 200 Maiores Empresas no ES por Região Região

Receita Bruta (R$ em milhares)

% ROB

Empregados Es

% Empr.

69.682.267

89,2%

71.805

80,1%

Litoral norte

5.105.105

6,5%

11.087

12,4%

noroeste

2.241.230

2,9%

3.874

4,3%

sul

1.102.061

1,4%

2.896

3,2%

78.130.663

100,0%

89.662

100,0%

Central

total

130

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• Para empresas cuja sede fiscal se encontra em outro Estado, apropriou-se o percentual da receita gerada no Espírito Santo, informado pelo gestor responsável. • Ainda para empresas com sede fiscal em outra unidade da Federação, somente foram consideradas as demais informações contábeis caso estas disponibilizassem dados da empresa no Estado ou quando sua receita foi totalmente gerada no ES. • Empresas cuja sede fiscal é em outro Estado e que não prestaram informações contábeis específicas no Espírito Santo estão com dados assinalados com N/D (não disponível) nas tabelas. A Receita Operacional Bruta das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresentou, em 2012, um total de R$ 78,1 bilhões gerados no Estado, uma queda de 7,6% na comparação com ano de 2011. Em relação ao número de empregos, essas empresas geraram em 2012, 89.662 empregos diretos no Espírito Santo, contra 91.563 em 2011, um decréscimo de 2,1%. Tais resultados apontam para uma redução no faturamento e na produtividade frente ao ano anterior, indicativos de que as empresas no Estado ainda não se recuperaram totalmente da crise econômica internacional. Importante observar que, no ano de 2011, a primeira empresa no ranking apresentou Receita Operacional Bruta no ES de R$ 14,2 bilhões. Em 2012 a 1ª colocada fechou o ranking com R$ 9,3 bilhões logo, uma queda de 34,5%. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Distribuição das 200 Maiores Empresas por Região

Região litoral norte 10,5% Região noroeste 5,5%

Região litoral norte 6,5% Região noroeste 2,9% Região sul 1,4%

Região central 79,5%

Região sul 4,5%

A distribuição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo por Mesorregião (IBGE) mostra mais uma vez a concentração das empresas na região central do Estado, abrangendo a região metropolitana e adjacências.

Distribuição das 200 Maiores Empresas por região e município REGIõEs E MUnICíPIOs CEntRAL Alfredo Chaves

nº DE EMPREsAs 159 1

Anchieta

1

Cariacica

15

Guarapari

1

Santa Maria de Jetibá

2

Serra

47

Venda Nova do Imigrante

1

Viana

7

Vila Velha

15

Vitória

69

LItORAL nORtE

21

Aracruz

6

Conceição da Barra

1

Linhares

13

Montanha

1

nOROEstE

11

Colatina

8

Nova Venécia

1

São Gabriel da Palha

2

sUL

9

Atílio Vivacqua

1

Cachoeiro de Itapemirim

7

Itapemirim total

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 131

Distribuição da Receita Bruta por Região

1 200

Região central 89,2%

A região central do Estado concentrou 159 empresas (79,5%), um aumento de 6,0% em relação ao ano anterior. Destas, 69 se encontram em Vitória, 47 Serra, 15 em Cariacica e 15 em Vila Velha. Já a região litoral norte mostrou uma queda de 8,7%, representando 10,5% das empresas (21), sendo Linhares o município com maior concentração (13 empresas). A região noroeste concentra 11 empresas, ou seja, 5,5%, sendo oito delas em Colatina. Na região sul houve a maior queda no total de empresas entre ao grupo das 200 Maiores, passando de 14 para nove empresas, perfazendo este ano 4,5%. Destaca-se Cachoeiro de Itapemirim, com sete empresas. Para melhor conhecer o perfil das regiões, também foram analisados o número de empregados e o faturamento de cada uma delas, considerando as empresas pertencentes as 200 Maiores. Quanto à distribuição por número de empregados, a região central se sobressaiu, com 71.805 (80,1% do total), seguida da região litoral norte, com 11.087 trabalhadores (12,4%) da região noroeste, com 3.874 pessoas (4,3%) e da região sul, com 2.896 empregados, correspondendo a 3,2%. Em relação à distribuição da receita operacional bruta, a região central concentrou 89,2% do total das 200 Maiores (R$ 69,7 bi), a região litoral norte, 6,5% (R$ 5,1 bi), a região noroeste, 2,9% (R$ 2,2 bi), e a região sul, 1,4% (R$1,1 bi). A pesquisa também revelou que, das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, 72% possuem controle de capital capixaba e 28% têm controle acionário em outros estados e países. Além disso, entre as empresas participantes da pesquisa, 88,0% apresentam sua sede fiscal no Estado. 131

28/10/2013 18:01:17


Ranking

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares) CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA

VAR EBItDA 12/11 %

1

VALE

Indústria

Mineração

9.278.939

-35,0%

n/d

n/d

n/d

n/d

2

sAMARCO

Indústria

Mineração

6.610.740

-7,1%

6.549.679

-7,2%

3.553.912

-13,6% -30,0%

3

HERInGER

Indústria

Química e Petroquímica

5.394.722

12,8%

5.307.465

12,8%

246.771

4

ARCELORMIttAL BRAsIL

Indústria

Siderurgia e Metalurgia

4.345.484

-12,3%

n/d

n/d

n/d

n/d

5

PEtROBRAs DIstRIBUIDORA

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

3.328.065

5,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

6

CIsA tRADInG

Serviços

Serv. Importação e Exportação

2.815.934

2,3%

2.044.808

-5,1%

91.365

0,5%

7

COtIA

Serviços

Serv. Importação e Exportação

2.772.193

-32,0%

2.071.962

-33,7%

85.905

-33,6%

8

FIBRIA

Indústria

Papel e Celulose

2.633.928

15,7%

n/d

n/d

n/d

n/d

9

EDP EsCELsA

Serviços

Eletricidade e Gás

2.421.170

13,8%

1.904.705

15,6%

211.999

58,0%

10

GAROtO

Indústria

Alimentos

2.004.572

4,9%

1.466.700

3,2%

63.476

-59,6%

11

tAnGARá FOODs

Indústria

Alimentos

1.764.731

8,8%

1.684.982

7,0%

-37.988

-269,9% -12,4%

12

COLUMBIA tRADInG

Serviços

Serv. Importação e Exportação

1.616.192

29,8%

1.301.404

29,5%

18.024

13

BAnEstEs

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

1.607.252

-0,1%

1.557.166

-0,3%

n/d

n/d

14

tROP

Serviços

Serv. Importação e Exportação

1.535.892

7,1%

1.248.012

5,3%

n/d

n/d 83,4%

15

ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

1.499.416

-2,5%

1.068.067

-4,0%

-5.326

16

BAnCO DO BRAsIL

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

1.044.553

6,3%

n/d

n/d

n/d

n/d

17

BR DIstR. Es - Gn

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

1.009.343

3,6%

752.247

4,5%

92.984

-7,6%

18

sERtRADInG

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

939.888

57,4%

812.122

62,3%

32.802

51,3%

19

VIX LOGístICA

Serviços

transporte

893.204

16,7%

795.239

15,7%

69.282

44,2%

20

UnIMED VItÓRIA

Serviços

Plano de Saúde

814.084

14,9%

807.108

17,2%

8.742

25,9%

21

KURUMá VEíCULOs

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

745.635

12,5%

723.996

17,0%

7.927

400,9%

22

VItÓRIA DIEsEL

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

714.406

-0,3%

612.205

-10,8%

2.350

-73,1%

23

EXCIM

Indústria

Fabricação de Produtos têxteis

706.903

1,3%

536.799

1,8%

4.627

-93,0% 66,5%

24

HIsPAnOBRás

Serviços

Arrendamento de Ativos

695.117

-46,7%

695.117

-46,7%

173.359

25

HORtIFRUtI

Comércio Varejista

Comércio Varejista

684.000

26,0%

624.194

27,9%

18.935

72,6%

26

UnICAFÉ

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

630.572

-24,0%

626.739

-23,3%

9.004

-82,8%

27

FRIsA

Indústria

Alimentos

602.975

11,3%

560.904

11,5%

18.062

231,5%

28

sAVIXX

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

558.532

43,6%

418.323

42,4%

6

-99,9% 114,5%

29

CEsAn

Indústria

Cap. trat. e distrib. de água

522.257

11,8%

494.625

12,0%

92.755

30

CUstÓDIO FORZZA

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

517.062

5,3%

486.146

8,4%

n/d

n/d

31

ItABIRA AGRO InDUstRIAL

Indústria

Fabricação de Cimento

516.539

3,1%

408.961

0,1%

n/d

n/d

32

UnILIDER

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

498.606

-5,3%

405.555

-5,9%

n/d

n/d

33

sUPERMERCADO CAsAGRAnDE

Comércio Varejista

Comércio Varejista

477.515

9,2%

413.962

9,3%

21.119

23,0%

34

PERFILADOs RIO DOCE

Indústria

Siderúrgia e Metalurgia

419.451

8,2%

336.010

8,2%

44.380

-13,2%

35

sUPERMERCADO PERIM

Comércio Varejista

Comércio Varejista

411.032

8,9%

354.444

9,6%

-29.839

-1076,3% -59,9%

36

MERCOCAMP

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

357.101

99,7%

266.304

104,5%

751

37

PODIUM VEíCULOs

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

346.015

13,1%

335.359

12,1%

13.478

114,5%

38

CVC

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

343.335

35,1%

301.131

34,5%

8.688

1021,1%

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

329.715

9,1%

267.641

9,7%

73.861

13,7%

40

LOREnGE

Indústria

Construção

303.317

25,8%

234.543

31,3%

49.942

24,2%

41

COOABRIEL

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

300.466

17,1%

279.040

18,0%

1.449

-26,1%

42

áGUIA BRAnCA

Serviços

transporte

293.429

7,9%

234.692

8,3%

29.865

-27,3%

43

nICAFÉ

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

283.544

-22,8%

263.131

-21,5%

1.402

-78,8%

44

tERRA nOVA

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

281.697

10,7%

199.742

7,2%

6.420

58,5%

45

FORtLEV

Indústria

Fab. Prd. Borracha E Mat.Plástico

267.960

19,0%

187.684

19,3%

24.160

11,7%

46

BRAMEtAL

Indústria

Siderurgia e Metalurgia

247.922

20,6%

230.876

22,4%

31.389

-25,7%

47

tRIstãO

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

238.283

-33,0%

234.904

-33,7%

13.922

7,9%

48

KOBRAsCO

Serviços

Arrendamento de Ativos

225.795

21,8%

209.972

24,6%

148.859

-5,6%

223.603

-2,1%

164.224

-1,2%

-4.411

-153,6%

221.188

11,8%

219.772

11,7%

24.798

35,5%

49

FULL COMEX

Serviços

Serv. Importação e Exportação

50

CORREIOs

Serviços

telecomunicações

132

B1_200M 2013_Ranking.indb 132

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:18


LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

8.751

1

2.646.311

-9,2%

11.001.057

3.274.128

40,4%

80,8%

1,0

70,2%

51,0%

1.137

2

-2.466

-103,9%

3.060.860

471.146

-0,05%

-0,5%

0,9

84,6%

2,7%

227

3

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

4.542

4

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

30

5

63.414

0,3%

878.460

177.443

3,1%

35,7%

1,6

79,8%

24,6%

22

6

58.250

-30,2%

1.083.697

108.338

2,8%

53,8%

1,2

90,0%

12,9%

200

7

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

1.204

8

156.952

51,0%

2.461.523

631.121

8,2%

24,9%

0,9

74,4%

40,8%

914

9

45.172

-58,1%

961.316

192.775

3,1%

23,4%

1,7

79,9%

43,7%

n/d

10

-60.285

-334,8%

729.179

120.497

-3,6%

-50,0%

1,5

83,5%

30,3%

490

11

11.915

-24,7%

454.308

31.658

0,9%

37,6%

1,0

93,0%

0,2%

7

12

81.395

-8,8%

12.419.043

872.573

5,2%

9,3%

1,0

93,0%

22,8%

2.278

13

38.818

-5,8%

460.864

135.616

3,1%

28,6%

1,7

70,6%

12,6%

n/d

14

-24.928

45,1%

348.754

240.203

-2,3%

-10,4%

2,6

31,1%

3,3%

138

15

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

1.582

16

61.393

-7,6%

317.018

218.886

8,2%

28,0%

1,2

31,0%

1,2%

30

17

21.660

29,3%

342.051

49.015

2,7%

44,2%

1,1

85,7%

0,6%

19

18

50.620

48,3%

804.115

207.623

6,4%

24,4%

1,5

74,2%

56,8%

2.493

19

4.529

4,4%

330.444

72.946

0,6%

6,2%

1,0

77,9%

36,0%

1.885

20

7.850

394,0%

145.858

47.890

1,1%

16,4%

1,0

66,9%

19,2%

373

21

1.459

-73,4%

208.732

42.716

0,2%

3,4%

1,2

79,5%

6,3%

441

22 23

4.420

-90,0%

584.245

70.531

0,8%

6,3%

1,6

87,9%

31,1%

282

105.270

9,6%

462.331

380.664

15,1%

27,7%

2,5

17,7%

9,4%

n/d

24

11.826

81,2%

205.191

60.259

1,9%

19,6%

1,2

70,6%

28,0%

320

25 26

5.898

-82,9%

354.762

226.949

0,9%

2,6%

1,6

36,0%

0,0%

140

15.327

126,0%

217.336

92.922

2,7%

16,5%

1,6

57,2%

20,9%

1.327

27

678

-79,5%

114.810

6.311

0,2%

10,7%

1,0

94,5%

0,0%

0

28

76.268

135,3%

2.114.795

1.324.046

15,4%

5,8%

0,9

37,4%

29,8%

1.460

29

-9.299

-391,5%

195.070

54.731

-1,9%

-17,0%

1,0

71,9%

5,0%

102

30

-50.020

-3503,9%

1.177.968

389.865

-12,2%

-12,8%

0,7

66,9%

49,4%

n/d

31

7.604

39,9%

139.195

27.863

1,9%

27,3%

1,4

80,0%

16,0%

n/d

32

13.916

22,7%

125.364

78.970

3,4%

17,6%

1,4

37,0%

3,8%

2.250

33

40.594

-5,1%

314.913

278.484

12,1%

14,6%

5,5

11,6%

0,7%

355

34

-29.653

-1070,2%

76.094

14.854

-8,4%

-199,6%

1,6

80,5%

20,4%

1.371

35

409

-65,3%

140.177

975

0,2%

41,9%

1,2

99,3%

33,2%

50

36

9.093

112,4%

50.455

28.191

2,7%

32,3%

1,7

100,0%

64,0%

338

37

7.474

864,5%

95.800

48.800

2,5%

15,3%

1,5

49,1%

22,8%

376

38

60.845

4,2%

337.280

290.231

22,7%

21,0%

2,0

13,9%

0,4%

333

39

44.479

28,2%

473.361

186.563

19,0%

23,8%

1,9

60,6%

26,6%

1.600

40

1.294

-24,2%

158.758

16.010

0,5%

8,1%

1,0

89,9%

0,9%

214

41

20.002

-17,7%

526.706

345.776

8,5%

5,8%

2,8

34,4%

22,7%

1.246

42

878

-79,8%

82.612

45.020

0,3%

1,9%

2,3

45,5%

3,4%

83

43

4.106

54,0%

116.513

7.860

2,1%

52,2%

1,1

93,3%

2,3%

7

44

10.368

-38,0%

140.420

123.219

5,5%

8,4%

5,6

12,2%

0,2%

647

45

25.841

-35,0%

204.251

140.622

11,2%

18,4%

2,2

31,2%

2,5%

584

46

12.970

47,5%

426.505

167.509

5,5%

7,7%

1,1

60,7%

34,6%

33

47

99.244

-11,2%

469.880

412.875

47,3%

24,0%

2,8

12,1%

0,3%

n/d

48

-4.559

-186,8%

76.656

5.240

-2,8%

-87,0%

1,1

93,2%

0,7%

15

49

44.932

92,0%

55.034

44.932

20,4%

100,0%

3,8

18,4%

0,0%

2.129

50

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 133

133

28/10/2013 18:01:21


Ranking

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares) CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA

VAR EBItDA 12/11 %

51

WEG LInHAREs

Indústria

Fab. Máq, Apar. e Mat. Elétricos

218.183

231,4%

156.906

234,5%

11.322

778,0%

52

sAntA MARIA

Serviços

Eletricidade e Gás

203.261

9,1%

137.745

12,5%

47.616

149,3%

53

BIAnCOGREs

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

199.033

8,8%

151.505

8,3%

17.784

49,0%

54

tVV

Serviços

Gestão de Portos e terminais

196.628

0,1%

175.504

-1,2%

60.415

-6,4%

55

CLAC

Serviços

Serv. Importação e Exportação

187.898

-3,0%

145.050

0,0%

1.227

409,7%

187.213

36,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

186.964

6,0%

141.718

4,5%

5.767

-39,3%

56

CYRELA BRAZIL REALtY

Indústria

Construção

57

CEDIsA

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

58

COOPEAVI

Comércio Varejista

Comércio Varejista

186.132

9,6%

180.460

9,7%

6.801

43,0%

59

nIBRAsCO

Serviços

Arrendamento de Ativos

178.699

-35,7%

162.169

-35,7%

128.744

-42,8%

60

InsPECtIOn

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

177.850

5,8%

134.256

4,4%

-1.262

204,8%

61

COnCREVIt

Indústria

Construção

177.320

27,3%

167.967

27,3%

11.756

-18,7%

62

ELKEM

Indústria

Química e Petroquímica

169.417

12,9%

131.535

15,3%

16.188

28,1%

63

REALCAFÉ

Indústria

Alimentos

161.096

20,7%

154.641

20,0%

17.646

1513,0%

64

BUAIZ ALIMEntOs

Indústria

Alimentos

157.854

6,9%

142.626

7,6%

5.899

664,5%

65

UnIMED sUL CAPIXABA

Serviços

Plano de Saúde

142.210

28,3%

140.403

27,7%

-2.286

-2,0%

66

tRACBEL

Comércio Varejista

Comércio Varejista

142.196

-14,6%

n/d

n/d

n/d

n/d

67

HOsPItAL MERIDIOnAL

Serviços

Atendimento Hospitalar

141.948

35,6%

134.351

34,5%

14.003

34,5%

68

CPVV

Serviços

Gestão de Portos e terminais

136.470

13,7%

120.175

13,8%

31.716

8,4%

69

sPAssU

Serviços

tecnologia da Informação

133.258

17,2%

125.704

17,2%

12.928

4850,0%

70

VEssA

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

130.971

28,6%

124.137

28,1%

1.694

257,4%

71

PREMIUM VEíCULOs

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

129.033

23,6%

126.317

22,6%

3.532

223,3% 250,2%

72

BAnEstEs sEGUROs

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

128.143

9,3%

124.667

7,9%

19.175

73

QUIMEtAL

Serviços

Serv. Importação e Exportação

120.416

18,7%

92.627

18,4%

6.152

-6,9%

74

sAMP

Serviços

Plano de Saúde

119.853

14,3%

121.689

14,7%

3.202

82,4% -505,6%

75

UsInA PAInEIRAs

Indústria

Alimentos

119.732

-0,2%

102.203

-0,4%

-5.547

76

VIMInAs

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

119.582

11,4%

88.046

9,0%

13.140

4,9%

77

sUPERMERCADOs sAntO AntOnIO

Comércio Varejista

Comércio Varejista

118.150

15,9%

103.434

16,0%

580

-60,2% -65,8%

78

sOL COQUERIA tUBARãO

Indústria

Siderurgia E Metalurgia

118.022

-9,2%

105.631

-8,4%

15.273

79

HOsPItAL sAntA RItA

Serviços

Atendimento Hospitalar

110.444

17,7%

107.846

17,0%

n/d

n/d

80

PORtOCEL

Serviços

Gestão de Portos e terminais

110.307

8,3%

97.872

8,6%

20.869

42,3%

81

VEnEZA

Indústria

Alimentos

108.895

21,8%

103.199

22,4%

2.536

-6,3%

82

CODEsA

Serviços

Gestão de Portos e terminais

108.882

-6,2%

98.063

-3,6%

12.697

160,3% 7,6%

83

CARAIVA

Serviços

Admin. de Empresas do Grupo

106.341

8,9%

106.341

8,9%

104.938

84

PARAnAsA EnGEnHARIA

Indústria

Construção

104.550

1533,6%

96.570

1492,7%

n/d

n/d

85

HOsPItAL EVAnGÉLICO DE VILA VELHA

Serviços

Atendimento Hospitalar

100.223

15,2%

98.195

13,0%

2.921

215,9% 5103,7%

86

COsEntInO LAtInA

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

94.716

57,4%

84.904

58,5%

5.953

87

ALCOn

Indústria

Química e Petroquímica

94.057

-3,2%

89.693

-2,7%

94.057

-3,2%

88

UnIMAR

Serviços

transporte

91.144

3,7%

84.134

3,9%

17.723

10,0% 163,5%

89

KIFRAnGO

Indústria

Alimentos

90.832

13,7%

89.381

13,8%

782

90

RIMO

Indústria

Fabricação de Móveis

88.581

9,0%

67.426

10,7%

1.672

65,1%

91

tV GAZEtA

Serviços

Informação e Comunicação

88.303

5,5%

80.735

5,0%

14.429

-16,8%

92

tCI tRADInG

Serviços

Serv. Importação e Exportação

87.196

-26,1%

67.482

-28,5%

n/d

n/d

93

MARBRAsA

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

83.467

35,4%

75.614

38,5%

15.987

239,8%

94

sICOOB LEstE CAPIXABA

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

83.192

14,8%

20.691

26,3%

19.285

22,5%

95

ABAV

Indústria

Alimentos

82.299

48,5%

75.329

48,2%

879

45,9%

96

PAnAn MÓVEIs

Indústria

Fabricação de Móveis

81.915

11,2%

65.277

6,4%

-2.692

-206,7%

97

HIRO MOtORs

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

80.470

-3,2%

79.335

-3,4%

127

-83,6%

98

CORPUs sAnEAMEntO E OBRAs

Serviços

Coleta, trat. e disp. resíduos

79.824

13,2%

66.698

10,4%

n/d

n/d

99

PROsEGUR

Serviços

Vigilância e Segurança

79.688

26,1%

n/d

n/d

n/d

n/d

100

VItÓRIA APARt HOsPItAL

Serviços

Atendimento Hospitalar

78.933

-0,6%

74.650

3,2%

252

-94,6%

134

B1_200M 2013_Ranking.indb 134

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:22


LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

8.610

306632,2%

211.062

98.118

5,5%

8,8%

0,8

53,5%

0,6%

1.547

51

37.542

166,1%

178.388

117.735

27,3%

31,9%

1,4

34,0%

12,4%

330

52

16.251

45,4%

184.279

88.641

10,7%

18,3%

3,2

51,9%

37,1%

305

53

41.035

-8,4%

148.150

92.828

23,4%

44,2%

0,8

37,3%

17,3%

414

54

774

458,6%

113.384

7.678

0,5%

10,1%

0,7

93,2%

1,2%

9

55

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

144

56

3.755

-39,5%

84.679

57.736

2,6%

6,5%

3,1

31,8%

5,2%

172

57

6.427

45,9%

110.110

55.144

3,6%

11,7%

1,5

49,9%

6,2%

377

58

88.424

-45,5%

855.817

727.093

54,5%

12,2%

6,1

15,0%

8,1%

n/d

59

-1.016

307,6%

110.651

16.378

-0,8%

-6,2%

1,1

85,2%

0,1%

1

60

9.055

-21,2%

76.665

36.200

5,4%

25,0%

1,0

52,8%

15,9%

237

61

10.825

27,7%

125.517

78.318

8,2%

13,8%

4,3

37,6%

25,5%

195

62

14.206

2245,9%

148.998

65.356

9,2%

21,7%

1,0

56,1%

12,8%

330

63

2.173

308,0%

231.010

88.130

1,5%

2,5%

0,8

61,9%

33,3%

386

64

-2.306

-201,9%

65.478

17.544

-1,6%

-13,1%

1,1

73,2%

28,2%

668

65

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

95

66

6.348

149,8%

88.016

30.980

4,7%

20,5%

0,7

64,8%

23,2%

1.290

67

21.555

6,6%

91.584

60.268

17,9%

35,8%

1,9

34,2%

7,6%

159

68

8.856

40900,1%

22.311

5.962

7,0%

148,5%

1,2

73,3%

4,0%

1.202

69

1.088

287,2%

34.931

11.262

0,9%

9,7%

1,6

67,8%

20,7%

163

70

2.376

169,3%

24.415

7.961

1,9%

29,8%

1,3

67,4%

0,0%

161

71

12.567

233,3%

206.934

87.802

10,1%

14,3%

1,3

57,6%

3,3%

102

72 73

5.724

-3,9%

66.739

20.185

6,2%

28,4%

2,2

69,8%

45,5%

43

2.134

94,8%

36.593

7.893

1,8%

27,0%

1,3

78,4%

19,0%

165

74

-5.587

-504,2%

317.628

96.604

-5,5%

-5,8%

1,2

69,6%

57,9%

691

75 76

9.602

5,4%

69.584

52.380

10,9%

18,3%

2,0

24,7%

0,7%

445

-57

-106,2%

30.206

4.286

-0,1%

-1,3%

1,1

85,8%

14,2%

975

77

-25.695

33,5%

1.589.291

1.555.744

-24,3%

-1,7%

3,1

2,1%

0,2%

n/d

78

21.142

15,7%

157.860

111.019

19,6%

19,0%

1,8

29,7%

7,2%

1.328

79

13.747

49,4%

132.770

75.937

14,0%

18,1%

0,7

42,8%

9,4%

304

80

2.383

-9,0%

61.493

26.840

2,3%

8,9%

1,2

56,4%

20,7%

407

81

8.753

-135,3%

350.193

217.710

8,9%

4,0%

3,8

37,8%

29,1%

413

82

104.664

7,6%

541.443

540.654

98,4%

19,4%

13,5

0,1%

0,0%

n/d

83

14.316

680,3%

38.201

16.151

14,8%

88,6%

4,9

57,7%

43,4%

624

84

2.921

215,9%

46.266

10.562

3,0%

27,7%

1,0

77,2%

12,0%

1.168

85

2.557

-404,4%

122.615

67.359

3,0%

3,8%

1,5

45,1%

3,4%

132

86

10.655

-51,5%

159.992

101.678

11,9%

10,5%

3,5

36,4%

23,1%

287

87

6.254

48,6%

109.690

73.463

7,4%

8,5%

1,0

33,0%

16,5%

1.436

88

782

163,5%

66.944

6.228

0,9%

12,6%

0,7

90,7%

55,1%

649

89

1.300

70,4%

35.962

11.202

1,9%

11,6%

1,6

68,9%

27,8%

292

90

15.843

-0,1%

90.463

78.506

19,6%

20,2%

7,5

13,2%

2,6%

324

91

2.530

-29,8%

33.116

20.135

3,7%

12,6%

2,7

39,2%

1,8%

n/d

92

13.363

214,7%

83.032

32.789

17,7%

40,8%

1,2

60,5%

15,1%

390

93

20.487

27,4%

447.656

104.886

99,0%

19,5%

1,0

76,6%

2,2%

145

94

585

51,4%

24.335

7.718

0,8%

7,6%

1,1

68,3%

12,2%

518

95

-2.692

-206,7%

45.921

7.978

-4,1%

-33,7%

1,4

100,0%

39,4%

250

96

96

-81,9%

12.620

4.929

0,1%

2,0%

1,1

60,9%

14,0%

60

97

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

1.215

98

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

1.796

99

-391

-113,2%

129.692

63.373

-0,5%

-0,6%

0,8

51,1%

26,5%

1.140

100

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 135

135

28/10/2013 18:01:23


Ranking

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares) CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA

VAR EBItDA 12/11 %

101

BAnDEs

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

78.339

-10,6%

40.856

-10,3%

12.040

-30,4%

102

MORAR COnst. E InCORPORADORA

Indústria

Construção

78.240

7,4%

74.788

7,9%

12.096

38,5%

103

RODOsOL

Serviços

Concessionária de rodovias

77.253

11,2%

70.538

1,6%

37.299

2,6%

104

sERDEL

Serviços

Serv. de Limpeza e Conservação

76.779

-98,8%

66.930

24,6%

11.486

9,2%

105

DIAçO

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

76.445

-6,6%

62.255

-6,6%

4.938

-34,5% 108,0%

106

AUtOVIL

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

73.622

19,2%

72.824

19,3%

1.001

107

Cn AUtO

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

73.204

-78,8%

43.959

-81,6%

n/d

n/d

108

DAMARE

Indústria

Alimentos

72.844

20,5%

67.785

18,2%

-929

73,6% 11,4%

109

HOsPItAL VILA VELHA

Serviços

Atendimento Hospitalar

71.923

24,7%

68.118

24,7%

17.900

110

tEGMA

Serviços

Logística

71.529

41,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

111

tERCA

Serviços

Logística

71.392

-8,2%

57.316

-7,3%

8.284

-46,6%

112

sUPERMERCADOs PORtO nOVO

Comércio Varejista

Comércio Varejista

71.030

9,2%

62.785

10,1%

275

-56,2%

113

A GAZEtA

Serviços

Informação e Comunicação

70.041

-1,6%

64.916

4,0%

-5.484

-4827,6%

114

JsL

Serviços

transporte

69.029

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

115

ItABRAsCO

Serviços

Arrendamento de Ativos

69.004

-75,0%

62.621

-75,0%

47.330

-78,9% -21,5%

116

VEnAC

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

67.715

-3,5%

62.079

-2,0%

3.989

117

CHEIM tRAnsPORtEs

Serviços

transporte

67.471

-12,4%

62.207

-12,3%

235

-9,3%

118

COMPAnHIA DIstR. DE ALUMínIO

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

66.309

63,1%

37.055

55,2%

1.182

378,5%

119

HOsPItAL MEtROPOLItAnO

Serviços

Atendimento Hospitalar

66.007

11,8%

62.527

17,2%

11.096

5,1%

120

sICOOB sUL sERRAnO

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

65.554

20,1%

14.598

82,3%

10.743

856,6% -120,0%

121

VItÓRIA MOtORs

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

63.743

-35,0%

61.982

-35,8%

-267

122

EsPIRAL EnGEnHARIA

Serviços

Loc. de Maq. e Equip. P Construção

63.170

32,1%

58.932

32,0%

13.199

29,7%

123

sICOOB nORtE

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

62.215

15,7%

18.324

197,5%

18.252

264,0%

124

BOnnO VEíCULOs

Comércio Atacadista

Concessionária de Veículos

60.746

13,6%

53.849

9,7%

4.496

-29,0%

125

FIBRAsA sUDEstE

Indústria

Fab. Prd. Borracha e Mat. Plástico

60.656

8,6%

44.757

13,6%

-192

65,5%

126

sICOOB sUL

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

59.955

17,2%

19.802

66,4%

18.190

127,1%

127

UnIMED nOROEstE

Serviços

Plano de Saúde

59.494

-9,5%

56.925

-11,6%

-429

12,9%

128

ACP MÓVEIs

Indústria

Fabricação de Móveis

59.145

18,0%

45.231

12,3%

2.017

-70,8%

129

IsH tECnOLOGIA

Serviços

tecnologia da Informação

58.652

18,9%

50.776

18,4%

3.785

-65,6%

130

ELsOn's

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

58.035

2,2%

49.183

12,5%

651

-32,8%

131

UnIMED nORtE CAPIXABA

Serviços

Plano de Saúde

57.512

63,8%

57.469

67,5%

1.977

47,7%

132

sICOOB CEntRAL

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

57.013

-2,4%

3.977

92,4%

1.022

-74,0%

133

tERVAP

Indústria

Construção

55.271

13,6%

54.453

13,8%

42.843

15,2%

134

PRAIA sOL

Serviços

transporte

55.176

-3,3%

53.162

-3,3%

7.075

257,0%

135

MC KInLAY

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

55.143

-3,3%

54.332

-1,7%

-4.205

-193,7%

136

AtACADO sãO PAULO

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

54.629

8,1%

47.467

4,5%

6.774

-18,1%

137

EnGE URB

Serviços

Coleta, trat. e disp. resíduos

53.248

45,2%

39.045

13,8%

12.867

6,2%

138

sHOPPInG VItÓRIA

Serviços

Admin. de Shopping Center

51.384

9,7%

48.874

9,8%

31.532

46,4%

139

VIAçãO JOAnA D'ARC

Serviços

transporte

49.300

10,7%

45.795

11,3%

3.590

-35,4%

140

VAMtEC VItÓRIA

Indústria

Siderurgia e Metalurgia

49.299

-23,8%

41.191

-22,4%

2.632

-20,1%

141

DIEVO

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

49.038

-60,9%

39.853

-59,7%

n/d

n/d

142

FAMEX

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

48.948

77,6%

37.363

73,4%

1.410

182,5%

143

MARCA CAFÉ

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

47.065

-38,5%

46.997

-37,9%

13.648

950,4%

144

ELEtROMIL

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

46.843

5,4%

40.025

5,5%

8.039

82,1%

145

REDE VItÓRIA DE COMUnICAçõEs

Serviços

Informação e Comunicação

46.614

6,5%

44.441

5,4%

10.032

-17,1%

146

DECOLOREs

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

46.394

25,0%

43.934

23,9%

15.968

50,8%

147

sAntA FÉ tRADInG

Serviços

Serv. Importação e Exportação

45.556

-14,8%

36.258

-14,4%

1.651

13,8%

148

COnstRUtORA ÉPURA

Indústria

Construção

44.010

53,2%

42.628

53,6%

9.129

160,3%

149

CsV BEnEtECH BRAsIL

Serviços

M. r. E Inst. de Maq. e Equipamentos

42.594

6,0%

35.595

3,8%

3.258

65,1%

150

sICOOB CEntRO-sERRAnO

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

42.466

14,8%

10.028

78,6%

9.197

174,9%

136

B1_200M 2013_Ranking.indb 136

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:24


VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

LUCRO LIQ. EX.

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

4.282

-61,1%

1.259.687

159.659

10,5%

2,7%

1,4

87,3%

59,5%

206

101

7.188

80,6%

128.228

45.099

9,6%

15,9%

2,6

64,8%

30,3%

146

102

23.602

7,4%

76.467

54.130

33,5%

43,6%

0,3

29,2%

6,0%

n/d

103

7.646

9,3%

45.956

38.483

11,4%

19,9%

6,5

16,3%

1,6%

3.325

104

2.961

-37,2%

65.048

49.767

4,8%

5,9%

5,4

23,5%

12,4%

119

105

730

51,6%

12.653

3.598

1,0%

20,3%

0,8

71,6%

5,3%

116

106

-14.375

-246,3%

91.437

1.999

-32,7%

-719,1%

1,8

97,8%

47,5%

n/d

107

-192

91,8%

38.533

6.696

-0,3%

-2,9%

0,7

82,6%

0,0%

n/d

108

2.345

9863,2%

65.920

19.743

3,4%

11,9%

0,6

70,1%

21,5%

1.035

109

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

298

110

6.117

-44,0%

88.470

63.839

10,7%

9,6%

1,0

27,8%

19,5%

199

111

-421

-198,1%

15.711

5.575

-0,7%

-7,5%

1,3

64,5%

0,5%

432

112

-5.484

752,9%

34.770

18.541

-8,4%

-29,6%

1,7

46,7%

12,0%

709

113

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

757

114

32.272

-78,9%

325.513

248.640

51,5%

13,0%

3,4

23,6%

17,5%

n/d

115

3.371

-23,1%

33.220

27.230

5,4%

12,4%

3,3

18,0%

3,5%

114

116

118

-23,4%

105.178

36.713

0,2%

0,3%

1,8

65,1%

29,9%

n/d

117

924

317,8%

25.071

2.300

2,5%

40,2%

1,1

90,8%

0,2%

n/d

118

2.929

-45,6%

100.515

43.845

4,7%

6,7%

1,5

56,4%

27,9%

628

119

14.568

83,2%

361.066

89.664

99,8%

16,2%

1,0

75,2%

2,6%

180

120

-470

-146,0%

20.356

8.354

-0,8%

-5,6%

1,0

59,0%

0,0%

43

121

2.395

-52,1%

35.328

18.865

4,1%

12,7%

2,8

46,6%

33,4%

619

122

18.066

202,6%

368.935

87.291

98,6%

20,7%

1,1

76,3%

2,6%

153

123

1.372

-66,9%

41.515

9.756

2,5%

14,1%

1,4

76,5%

12,9%

140

124

576

-61,0%

42.067

17.971

1,3%

3,2%

1,5

57,3%

27,0%

292

125

19.542

66,9%

342.204

83.397

98,7%

23,4%

1,0

75,6%

8,8%

139

126

14

30,9%

42.083

7.763

0,0%

0,2%

0,9

81,6%

38,4%

n/d

127

2.011

-55,8%

34.145

17.201

4,4%

11,7%

3,0

49,6%

28,5%

227

128

2.622

-70,1%

33.955

6.822

5,2%

38,4%

1,2

79,9%

23,7%

111

129

245

-44,1%

16.012

5.323

0,5%

4,6%

0,9

66,8%

0,0%

283

130

-46

81,4%

32.257

6.615

-0,1%

-0,7%

1,0

79,5%

13,5%

257

131

3.963

95,4%

488.417

55.705

99,6%

7,1%

0,8

88,6%

0,3%

58

132

41.336

15,8%

222.824

220.135

75,9%

18,8%

12,5

1,2%

0,3%

103

133

6.618

373,1%

35.192

12.029

12,4%

55,0%

0,6

65,8%

27,6%

903

134

-4.205

-231,6%

31.165

14.779

-7,7%

-28,5%

1,5

52,6%

0,0%

13

135

4.459

-46,1%

13.461

9.350

9,4%

47,7%

2,4

30,5%

0,0%

138

136

7.631

-16,0%

83.315

44.782

19,5%

17,0%

3,7

46,2%

21,7%

587

137

24.334

47,4%

310.935

282.229

49,8%

8,6%

0,8

9,2%

5,1%

302

138

2.346

-34,7%

49.526

30.062

5,1%

7,8%

1,9

39,3%

19,9%

888

139

2.083

-7,2%

31.680

11.383

5,1%

18,3%

1,4

64,1%

22,4%

n/d

140

820

-77,6%

19.748

7.682

2,1%

10,7%

2,0

61,1%

11,4%

n/d

141

953

177,9%

26.426

1.666

2,6%

57,2%

1,5

93,7%

28,8%

5

142

9.040

663,3%

54.284

23.918

19,2%

37,8%

1,6

55,9%

0,0%

15

143

7.060

71,6%

26.822

19.361

17,6%

36,5%

3,2

27,8%

2,4%

134

144

7.846

-18,5%

57.326

34.460

17,7%

22,8%

1,6

39,9%

27,6%

308

145

13.994

52,6%

64.314

35.432

31,9%

39,5%

1,8

44,9%

0,8%

98

146

1.115

13,4%

20.690

2.484

3,1%

44,9%

3,0

88,0%

54,8%

3

147

7.797

194,9%

85.302

29.671

18,3%

26,3%

3,6

65,2%

38,6%

264

148

709

455,3%

18.816

2.765

2,0%

25,6%

1,4

85,3%

32,0%

198

149

9.881

79,9%

227.251

48.529

98,5%

20,4%

0,9

78,6%

10,6%

144

150

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 137

137

28/10/2013 18:01:25


Ranking

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares) CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA

VAR EBItDA 12/11 %

151

CIMOL MÓVEIs

Indústria

Fabricação de Móveis

41.920

-3,5%

28.287

-16,6%

1.871

-56,1%

152

MAtRICIAL EnGEn. E COnstRUçõEs

Indústria

Construção

40.891

49,3%

37.579

49,6%

3.677

-9,3%

153

AMBItEC

Serviços

Coleta, trat. e disp. resíduos

40.871

16,8%

n/d

n/d

n/d

n/d

154

LAsA

Indústria

Química e Petroquímica

40.743

-20,4%

38.587

-17,8%

-6.525

-187,1%

155

BRIstOL

Serviços

Alojamento e Aliment. (Hotéis)

40.074

1,3%

36.569

1,3%

6.771

35,4%

156

sILOtEC

Serviços

Logística

39.453

30,9%

32.255

31,5%

10.643

112,7%

157

tRACOMAL

Indústria

Mineração

38.922

18,3%

33.670

18,6%

n/d

n/d

158

POLItIntAs

Comércio Varejista

Comércio Varejista

38.194

7,1%

32.802

7,3%

1.931

9,7%

159

PLAntãO sERVIçOs DE VIGILÂnCIA

Serviços

Vigilância e Segurança

37.722

16,7%

n/d

n/d

n/d

n/d

160

UnIMED PIRAQUEAçU

Serviços

Plano de Saúde

36.663

9,8%

36.388

9,1%

1.381

311,5%

161

BRAsPREss tRAnsPORtEs

Serviços

transporte

36.484

21,6%

n/d

n/d

n/d

n/d

162

AnDRADE MáRMOREs E GRAnItOs

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

35.604

8,3%

33.160

7,2%

4.519

-32,6%

163

GRAnVItUR - GRAnDE VItÓRIA

Serviços

transporte

35.334

7,9%

32.562

8,0%

971

13,2%

164

PW BRAsIL

Indústria

Conf. Art. Vest. e Acessórios

34.934

-6,8%

31.450

-5,3%

7.319

21,2%

165

tRACOMAL

Indústria

Mineração

34.661

3,9%

29.166

-3,7%

n/d

n/d

166

tRIEstE

Comércio Varejista

Concessionária de Veículos

34.382

25,7%

34.109

26,3%

569

154,4%

167

BRIDI MADEIRAs

Comércio Varejista

Comércio Varejista

34.256

13,5%

26.990

10,7%

5.403

8,8%

168

BRAsIL EXPORtAçãO

Indústria

Fab. Prd. Minerais não Metálicos

33.145

37,4%

32.598

37,1%

1.993

587,4%

169

CEtURB GV

Serviços

transporte

33.013

11,7%

31.772

11,6%

-2.017

-228,3%

170

Gs IntERnACIOnAL

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

32.713

-3,9%

22.271

-3,4%

-2.909

-306,3% 43,5%

171

VIAçãO tABUAZEIRO

Serviços

transporte

31.623

2,9%

29.521

2,9%

-1.245

172

GRAnDE VItÓRIA

Serviços

transporte

31.166

1,2%

29.094

1,2%

-2.315

81,7%

173

EMBALI

Indústria

Fab. Prd. Borracha e Mat. Plástico

29.204

-1,4%

22.620

-0,6%

883

-17,8% -307,9%

174

tRAnsCAMPO

Serviços

transporte

28.850

-11,3%

23.669

-11,8%

-1.666

175

FACULDADE sALEsIAnA

Serviços

Educação

28.691

18,3%

25.263

17,3%

n/d

n/d

176

sAntA FÉ

Serviços

Eletricidade e Gás

27.687

21,5%

26.676

21,5%

14.796

24,7% -36,1%

177

sOLUCãO EQUIPAMEntOs

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

27.171

8,6%

22.915

6,3%

2.698

178

sICOOB CREDIROCHAs

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

26.409

12,4%

5.869

39,1%

4.381

82,5%

179

AnDRADE InDÚstRIA E MInEIRAçãO

Indústria

Extrç. de Minerais não Metálicos

25.367

83,6%

23.405

90,7%

11.747

1879,0% 855,1%

180

COFRIL

Indústria

Alimentos

25.057

28,5%

23.752

28,7%

4.383

181

sIMEX

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

24.279

-10,1%

23.862

-6,9%

n/d

n/d

182

FACULDADE EstáCIO DE sá

Serviços

Educação

23.322

11,9%

n/d

n/d

n/d

n/d

183

BEBIDAs REGGIAnI

Indústria

Alimentos

23.234

-11,3%

18.501

7,0%

728

-81,0%

184

sICOOB sUL LItORÂnEO

Serviços

Serv. Financeiros e Seguros

22.471

10,7%

4.980

60,5%

2.867

1338,4%

185

WHItE MARtIns

Indústria

Química e Petroquímica

22.095

47,2%

n/d

n/d

n/d

n/d

186

ALPER EnERGIA

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

22.026

-21,8%

16.251

-24,9%

2.207

-55,4% -63,0%

187

BUtERI COMÉRCIO E REPREsEntAçõEs

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

20.171

-38,9%

18.685

-36,9%

740

188

tHORK tRADInG

Serviços

Serv. Importação e Exportação

19.486

62,2%

15.644

75,6%

n/d

n/d

189

CAFÉnORtE

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

19.336

1,0%

19.336

3,3%

27.951

393,4%

190

FRIsA COMERCIAL

Comércio Varejista

Comércio Varejista

19.084

75,1%

17.229

75,1%

467

45,9%

191

EnVIX

Indústria

Construção

18.467

56,4%

15.616

57,4%

70

-73,1%

192

RHODEs

Serviços

Armazenagem

18.400

-0,6%

16.808

-0,6%

7.727

1,8%

193

DIsMIL

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

17.075

13,6%

16.567

13,8%

992

739,9% -123,9%

194

BRICK EnGEnHARIA

Indústria

Construção

15.730

-28,8%

1.462

-92,9%

-987

195

FACULDADE UCL

Serviços

Educação

15.201

11,4%

15.200

11,4%

n/d

n/d

196

CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs

Serviços

Ativ. Adm. e Serv. Complementares

12.730

560,1%

12.265

560,1%

80.399

622,9%

197

ELEtROsOLDA

Comércio Atacadista

Comércio Atacadista

12.300

16,6%

10.201

15,4%

1.889

-28,0%

198

stAn

Indústria

Construção

12.149

-22,3%

11.145

-12,2%

1.723

-60,3%

199

MEtsO

Indústria

M. r. E Inst. de Máq. e Equipamentos

11.464

-31,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

200

CEntRALFER

Serviços

Ativ. Adm. E Serv. Complementares

7.328

52,3%

6.701

52,4%

4.243

n/d

138

B1_200M 2013_Ranking.indb 138

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:26


VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

LUCRO LIQ. EX.

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

1.871

-56,1%

16.301

9.469

6,6%

19,8%

1,9

41,9%

7,1%

147

151

2.335

-27,9%

28.007

7.055

6,2%

33,1%

1,8

39,1%

0,0%

1.058

152

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

619

153

-5.079

-197,1%

171.006

76.036

-13,2%

-6,7%

0,9

55,5%

47,8%

911

154

4.868

43,7%

6.747

n/d

13,3%

n/d

1,0

n/d

n/d

312

155

5.443

79,3%

29.535

19.375

16,9%

28,1%

1,4

34,4%

5,0%

189

156

12

101,5%

30.226

2.709

0,0%

0,5%

0,9

91,0%

11,4%

148

157

1.251

-1,6%

14.445

8.950

3,8%

14,0%

2,4

38,0%

1,4%

160

158

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

980

159

805

223,3%

24.900

5.669

2,2%

14,2%

1,6

77,2%

35,7%

79

160

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

257

161

3.543

-38,2%

103.640

56.338

10,7%

6,3%

3,9

45,6%

36,6%

n/d

162

607

8,5%

16.827

4.857

1,9%

12,5%

1,1

71,1%

42,1%

536

163

6.140

26,9%

58.532

32.744

19,5%

18,8%

2,4

44,1%

26,2%

370

164

-66

93,3%

44.568

2.811

-0,2%

-2,3%

1,2

93,7%

39,2%

182

165

391

120,6%

9.326

4.222

1,1%

9,3%

1,3

54,7%

9,0%

64

166

4.336

7,8%

21.726

19.028

16,1%

22,8%

5,2

12,4%

0,0%

n/d

167

1.146

133199,9%

71.405

-33.900

3,5%

-3,4%

1,6

147,5%

127,2%

80

168

-2.017

-228,3%

87.659

4.243

-6,3%

-47,5%

1,3

95,2%

90,4%

215

169

2.909

147,2%

19.413

8.708

13,1%

33,4%

1,5

55,1%

0,9%

72

170

-1.249

43,3%

21.406

-477

-4,2%

262,0%

0,5

102,2%

77,1%

565

171

-1.627

87,6%

70.920

27.007

-5,6%

-6,0%

0,5

61,9%

54,7%

666

172 173

403

4,8%

10.850

1.761

1,8%

22,9%

1,0

83,8%

31,3%

199

-1.666

-369,7%

15.768

5.674

-7,0%

-29,4%

1,1

64,0%

39,4%

132

174

856

400,0%

33.488

25.784

3,4%

3,3%

0,7

23,0%

3,8%

257

175

13.311

29,3%

176.858

107.049

49,9%

12,4%

2,0

39,5%

33,5%

n/d

176

1.936

-44,1%

13.780

4.154

8,4%

46,6%

1,5

69,9%

21,6%

36

177

5.792

40,9%

138.554

29.877

98,7%

19,4%

0,8

78,4%

0,8%

66

178

11.066

7166,9%

61.141

44.934

47,3%

24,6%

3,8

11,5%

0,8%

n/d

179

3.641

410,8%

8.381

-2.415

15,3%

-150,8%

0,5

128,8%

1,9%

326

180

-886

-176,1%

10.917

4.157

-3,7%

-21,3%

1,3

61,9%

2,8%

n/d

181

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

233

182

542

-81,9%

30.067

7.166

2,9%

7,6%

1,2

76,2%

15,2%

93

183

4.945

62,1%

131.828

27.789

99,3%

17,8%

1,0

78,9%

4,7%

61

184

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

62

185

1.486

-52,7%

8.877

7.657

9,1%

19,4%

7,1

13,7%

0,2%

n/d

186

39

-95,5%

19.378

16.326

0,2%

0,2%

3,4

15,7%

2,5%

21

187

-1.048

-8,4%

9.240

2.159

-6,7%

-48,5%

1,7

76,6%

19,9%

n/d

188

9.225

251,3%

21.392

10.432

47,7%

88,4%

3,0

51,2%

45,8%

16

189

332

41,3%

3.332

2.220

1,9%

15,0%

2,1

33,4%

0,0%

n/d

190

54

-72,3%

8.771

2.034

0,3%

2,7%

0,6

76,8%

14,8%

n/d

191

5.329

5,0%

7.467

23.201

31,7%

23,0%

15,1

13,0%

0,2%

20

192

992

739,9%

8.540

4.136

6,0%

24,0%

1,8

51,3%

3,1%

29

193

-1.462

-142,4%

24.737

11.652

-100,0%

-12,5%

1,4

52,9%

19,2%

158

194

2.411

-25,0%

20.355

13.587

15,9%

17,7%

2,4

33,2%

23,0%

n/d

195

80.399

622,9%

461.436

391.436

655,5%

20,5%

2,0

15,2%

9,0%

n/d

196

1.399

-40,0%

12.013

7.467

13,7%

18,7%

2,6

37,8%

10,9%

7

197

1.585

-60,0%

8.840

6.876

14,2%

23,0%

2,8

22,2%

5,9%

n/d

198

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

62

199

4.243

54,9%

24.246

23.348

63,3%

18,2%

9,6

3,7%

0,1%

76

200

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 139

139

28/10/2013 18:01:27


Ranking |

PArtICIPAção SEtorIAL dAS EMPrESAS

a

distribuição das 200 Maiores Empresas no ES por setor, quando comparado aos dados apurados em 2011, mostra uma queda na participação do setor de serviço, com aumento nos setores de Comércio e Indústria de aproximadamente 5,9% e 5,4%, respectivamente. Neste ano o Setor Industrial foi representado por 59 empresas (29,5% das 200 Maiores). Somente no Espírito Santo, tais empresas foram responsáveis por R$ 39,0 bilhões, ou 50,0 % do total da receita das 200 Maiores, a maior participação. Tais empresas geraram no estado 35.361 empregos em 2012 (39,4% dos postos de trabalho gerados pelas 200 Maiores), contra 34.926 em 2011, um aumento de 1,2%. No setor houve uma maior participação das empresas de alimentos (12). Em número de empresas, a maior participação, foi do setor Ser v iços, representado por 87 estabelecimentos, ou seja, 43,5% das 200 Maiores. Porém, no Espírito Santo, essas empresas apresentaram o segundo maior faturamento entre

Participação das empresas por setor

Participação da receita bruta por setor

Indústria 50%

Comércio 19,9%

serviços 30,1%

140

B1_200M 2013_Ranking.indb 140

os setores. As empresas de serviços foram responsáveis por R$ 23,5 bilhões, ou 30,1% do total da receita no estado, uma queda de 6,3% na comparação com o ano anterior. Também proporcionou 43.761 empregos diretos, que correspondem a 48,8% do total de postos de trabalho das 200 Maiores Empresas no estado. O setor de transportes participou com o maior número de empresas nesse setor (13). O setor comercial, representado por 54 empresas (27,0% das 200 Maiores), gerou uma receita bruta de R$ 15,6 bilhões, ou 19,9% da receita operacional bruta das 200 Maiores do Espírito Santo e ofertou 10.540 empregos diretos (11,8% do total de empregos das empresas classificadas entre as maiores). Destacamos que houve uma participação maior do comércio atacadista com 31 empresas, contra 23 empresas do comércio varejista. Como em anos anteriores, não houve registros de empresas do setor agropecuário no ranking das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2012.

Comércio 27%

serviços 43,5%

Indústria 29,5%

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:27


COnSOLiDaÇÃO DaS 200 MaiORES EMPRESaS - 2012 Segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares) sEtOR DE AtIVIDADE

nº DE EMPREsAs

REC. BRUtA

REC. LIQUIDA*

LUCRO LIQ. EX.*

EBItDA*

AtIVO tOtAL*

PAtRIM. LIQUIDO*

EMPREGADOs nO Es

InDUstRIA

59

39.026.647

20.743.448

4.429.086

2.979.224

25.895.796

9.711.093

ALIMEntOs

12

5.214.122

4.490.003

69.928

18.749

2.835.220

708.517

35.361 5.217

CAPtAçãO, tRAtAMEntO E DIstR. DE áGUA

1

522.257

494.625

92.755

76.268

2.114.795

1.324.046

1.460

COnFECçãO DE VEstUáRIO

1

34.934

31.450

7.319

6.140

58.532

32.744

370

COnstRUçãO

11

1.037.157

736.751

130.249

126.683

1.094.936

561.436

4.334

EXtRAçãO DE MInERAIs nãO-MEtáLICOs

1

25.367

23.405

11.747

11.066

61.141

44.934

n/d

FABRICAçãO DE CIMEntO

1

516.539

408.961

n/d

-50.020

1.177.968

389.865

n/d 1.547

FABRIC. MáQUInAs, APARELHOs E MAt. ELÉtRICOs

1

218.183

156.906

11.322

8.610

211.062

98.118

FABRICAçãO DE MÓVEIs

4

271.561

206.222

2.868

2.490

132.330

45.850

916

FABRIC. PROD. BORRACHA E MAt. PLástICO

3

357.820

255.061

24.851

11.347

193.337

142.952

1.138

FABR. PROD. MInERAIs nãO-MEtáLICOs

7

611.942

509.760

75.344

60.456

698.870

299.040

1.450

FABRICAçãO DE PRODUtOs tÊXtEIs

1

706.903

536.799

4.627

4.420

584.245

70.531

282

MAnUt., REPAR. E InstAL. DE MáQ. E EQUIPAMEntOs

1

11.464

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

62

MInERAçãO

4

15.963.261

6.612.515

3.553.912

2.646.258

11.075.851

3.279.649

10.218 1.204

PAPEL E CELULOsE

1

2.633.928

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

QUIMICA E PEtROQUIMICA

5

5.721.033

5.567.280

350.490

13.935

3.517.375

727.178

1.682

sIDERURGIA E MEtALURGIA

5

5.180.178

713.708

93.673

42.824

2.140.134

1.986.233

5.481 10.540

COMÉRCIO

54

15.562.511

10.289.707

337.490

191.952

4.562.452

2.069.062

COMÉRCIO AtACADIstA

31

10.517.643

5.842.127

264.233

163.538

3.178.954

1.572.870

2.171

COMÉRCIO VAREJIstA

23

5.044.868

4.447.580

73.257

28.414

1.383.498

496.192

8.369

sERVIçOs

87

23.541.505

18.246.663

1.820.411

1.488.286

30.764.838

8.156.648

43.761

ADMInIstRAçãO DE EMPREsAs DO GRUPO

1

106.341

106.341

104.938

104.664

541.443

540.654

n/d

ADMInIstRAçãO DE sHOPPInG CEntER

1

51.384

48.874

31.532

24.334

310.935

282.229

302

ALOJAMEntO E ALIMEntAçãO (HOtEIs)

1

40.074

36.569

6.771

4.868

6.747

n/d

312

ARREnDAMEntO DE AtIVOs

4

1.168.615

1.129.879

498.292

325.210

2.113.541

1.769.273

n/d

ARMAZEnAGEM

1

18.400

16.808

7.727

5.329

7.467

23.201

20

AtEnDIMEntO HOsPItALAR

6

569.478

545.686

46.173

35.293

588.270

279.522

6.589

AtIVID. ADMInIstRAtIVAs E sERV. COMPLEMEntAREs

2

20.058

18.966

84.643

84.643

485.683

414.784

76

COLEtA, tRAt. E DIsP. REsíDUOs

3

173.943

105.743

12.867

7.631

83.315

44.782

2.421

COnCEssIOnáRIA DE RODOVIAs

1

77.253

70.538

37.299

23.602

76.467

54.130

n/d

EDUCAçãO

3

67.214

40.463

n/d

3.268

53.843

39.372

490

ELEtRICIDADE E Gás

3

2.652.118

2.069.126

274.411

207.805

2.816.769

855.905

1.244

GEstãO DE PORtOs E tERMInAIs

4

552.287

491.613

125.697

85.090

722.697

446.744

1.290 1.341

InFORMAçãO E COMUnICAçãO

3

204.958

190.092

18.977

18.205

182.559

131.507

LOCAçãO DE MAQ. E EQUIP. PARA COnstRUçãO

1

63.170

58.932

13.199

2.395

35.328

18.865

619

LOGístICA

3

182.374

89.571

18.927

11.560

118.005

83.214

686

MAnUtEnçãO E InstALAçãO DE MáQ. E EQUIP.

1

42.594

35.595

3.258

709

18.816

2.765

198

PLAnO DE sAÚDE

6

1.229.815

1.219.982

12.587

5.130

531.755

118.431

3.054 5.114

sERV. FInAnCEIROs E sEGUROs

12

3.277.562

1.820.958

115.153

195.488

16.391.575

1.647.173

sERV. IMPORtAçãO E EXPORtAçãO

12

10.721.356

8.265.898

233.465

199.001

3.679.382

560.926

368

sERVIçO DE LIMPEZA E COnsERVAçãO

1

76.779

66.930

11.486

7.646

45.956

38.483

3.325

tECnOLOGIA DA InFORMAçãO

2

191.910

176.480

16.714

11.478

56.266

12.784

1.313

tELECOMUnICAçõEs

1

221.188

219.772

24.798

44.932

55.034

44.932

2.129

tRAnsPORtE

13

1.715.224

1.421.846

121.498

80.006

1.842.986

746.972

10.094

VIGILÂnCIA E sEGURAnçA

2

117.411

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

2.776

tOtAL 200 MAIOREs EMPREsAs

200

78.130.663

49.279.817

6.586.988

4.659.462

61.223.086

19.936.803

89.662

* Contempla apenas informações das empresas que forneceram dados no ES.

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 141

141

28/10/2013 18:01:29


Ranking | PArtICIPAção SEtorIAL - 20 MAIorES Por SEtor

Foto: Samuel Vieira

aS 20 MaiORES EMPRESaS inDUSTRiaiS Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - Em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

AtIVIDADE

REC. OP. VAR ROB REC. OP. BRUtA 2012 2012/2011 LIQ. 2012

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO 2012

EMPREGADOs Es 2012

1

1

VALE

Mineração

9.278.939

-35,0%

n/d

n/d

n/d

n/d

8.751

2

2

sAMARCO

Mineração

6.610.740

-7,1%

6.549.679

-7,2%

2.646.311

3.274.128

1.137

3

3

HERInGER

Química e Petroquímica

5.394.722

12,8%

5.307.465

12,8%

-2.466

471.146

227

4

4

ARCELORMIttAL BRAsIL

Siderurgia e Metalurgia

4.345.484

-12,3%

n/d

n/d

n/d

n/d

4.542 1.204

5

8

FIBRIA

Papel e Celulose

2.633.928

15,7%

n/d

n/d

n/d

n/d

6

10

GAROtO

Alimentos

2.004.572

4,9%

1.466.700

3,2%

45.172

192.775

n/d

7

11

tAnGARá FOODs

Alimentos

1.764.731

8,8%

1.684.982

7,0%

-60.285

120.497

490

8

23

EXCIM

Fabricação de Produtos têxteis

706.903

1,3%

536.799

1,8%

4.420

70.531

282

9

27

FRIsA

Alimentos

602.975

11,3%

560.904

11,5%

15.327

92.922

1.327

10

29

CEsAn

Captação, tratamento e distrib. de água

522.257

11,8%

494.625

12,0%

76.268

1.324.046

1.460

11

31

ItABIRA AGRO InDUstRIAL

Fabricação de Cimento

516.539

3,1%

408.961

0,1%

-50.020

389.865

n/d

12

34

PERFILADOs RIO DOCE

Siderurgia e Metalurgia

419.451

8,2%

336.010

8,2%

40.594

278.484

355

13

40

LOREnGE

Construção

303.317

25,8%

234.543

31,3%

44.479

186.563

1.600

14

45

FORtLEV

Fabric. Prod. Borracha E Mat. Plástico

267.960

19,0%

187.684

19,3%

10.368

123.219

647

15

46

BRAMEtAL

Siderurgia eMetalurgia

247.922

20,6%

230.876

22,4%

25.841

140.622

584

16

51

WEG LInHAREs

Fabric. Máquinas, Apar. e Mat. Elétricos

218.183

231,4%

156.906

234,5%

8.610

98.118

1.547

17

53

BIAnCOGREs

Fabr. Prod. Minerais não Metálicos

199.033

8,8%

151.505

8,3%

16.251

88.641

305

18

56

CYRELA BRAZIL REALtY

Construção

187.213

36,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

144

19

61

COnCREVIt

Construção

177.320

27,3%

167.967

27,3%

9.055

36.200

237

20

62

ELKEM

QuÍmica e PetroquÍmica

169.417

12,9%

131.535

15,3%

10.825

78.318

195

142

B1_200M 2013_Ranking.indb 142

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:36


aS 20 MaiORES EMPRESaS COMERCiaiS Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES – Em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

AtIVIDADE

REC. OP. VAR ROB BRUtA 2012 2012/2011

REC. OP. LIQ. 2012

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO 2012

Empregados Es 2012

1

5

PEtROBRAs DIstRIBUIDORA

Comércio Atacadista

3.328.065

5,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

30

2

15

ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL Comércio Atacadista

1.499.416

-2,5%

1.068.067

-4,0%

-24.928

240.203

138

1.009.343

3,6%

752.247

4,5%

61.393

218.886

30

745.635

12,5%

723.996

17,0%

7.850

47.890

373

3

17

BR DIstRIBUIDORA Es - Gn

Comércio Atacadista

4

21

KURUMá VEíCULOs

Concessionária de Veículos

5

22

VItÓRIA DIEsEL

Concessionária de Veículos

714.406

-0,3%

612.205

-10,8%

1.459

42.716

441

6

25

HORtIFRUtI

Comércio Varejista

684.000

26,0%

624.194

27,9%

11.826

60.259

320 140

7

26

UnICAFÉ

Comércio Atacadista

630.572

-24,0%

626.739

-23,3%

5.898

226.949

8

28

sAVIXX

Comércio Atacadista

558.532

43,6%

418.323

42,4%

678

6.311

0

9

30

CUstÓDIO FORZZA

Comércio Atacadista

517.062

5,3%

486.146

8,4%

-9.299

54.731

102

498.606

-5,3%

405.555

-5,9%

7.604

27.863

n/d

477.515

9,2%

413.962

9,3%

13.916

78.970

2.250

10

32

UnILIDER

Comércio Atacadista

11

33

CAsAGRAnDE

Comércio Varejista

12

35

sUPERMERCADO PERIM

Comércio Varejista

411.032

8,9%

354.444

9,6%

-29.653

14.854

1.371

13

37

PODIUM VEíCULOs

Concessionária de Veículos

346.015

13,1%

335.359

12,1%

9.093

28.191

338

14

38

CVC

Concessionária de Veículos

343.335

35,1%

301.131

34,5%

7.474

48.800

376

15

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Comércio Atacadista

329.715

9,1%

267.641

9,7%

60.845

290.231

333

16

41

COOABRIEL

Comércio Atacadista

300.466

17,1%

279.040

18,0%

1.294

16.010

214

17

43

nICAFÉ

Comércio Atacadista

283.544

-22,8%

263.131

-21,5%

878

45.020

83

18

44

tERRA nOVA

Comércio Atacadista

281.697

10,7%

199.742

7,2%

4.106

7.860

7

19

47

tRIstãO

Comércio Atacadista

238.283

-33,0%

234.904

-33,7%

12.970

167.509

33

20

57

CEDIsA

Comércio Atacadista

186.964

6,0%

141.718

4,5%

3.755

57.736

172

aS 20 MaiORES EMPRESaS PRESTaDORaS DE SERViÇOS Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES – Em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

1

6

CIsA tRADInG

Serv. Importação e Exportação

2.815.934

2,3%

2.044.808

-5,1%

63.414

177.443

22

2

7

COtIA

Serv. Importação e Exportação

2.772.193

-32,0%

2.071.962

-33,7%

58.250

108.338

200 914

EMPREsA

AtIVIDADE

REC. OP. VAR ROB BRUtA 2012 2012/2011

REC. OP. LIQ. 2012

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO 2012

Empregados Es 2012

3

9

EDP EsCELsA

Eletricidade e Gás

2.421.170

13,8%

1.904.705

15,6%

156.952

631.121

4

12

COLUMBIA tRADInG

Serv. Importação e Exportação

1.616.192

29,8%

1.301.404

29,5%

11.915

31.658

7

5

13

BAnEstEs

Serv. Financeiros e Seguros

1.607.252

-0,1%

1.557.166

-0,3%

81.395

872.573

2.278

6

14

tROP

Serv. Importação e Exportação

1.535.892

7,1%

1.248.012

5,3%

38.818

135.616

n/d

7

16

BAnCO DO BRAsIL

Serv. Financeiros e Seguros

1.044.553

6,3%

n/d

n/d

n/d

n/d

1.582

8

18

sERtRADInG

Serv. Importação e Exportação

939.888

57,4%

812.122

62,3%

21.660

49.015

19

9

19

VIX LOGístICA

transporte

893.204

16,7%

795.239

15,7%

50.620

207.623

2.493

10

20

UnIMED VItÓRIA

Plano de Saúde

814.084

14,9%

807.108

17,2%

4.529

72.946

1.885

11

24

HIsPAnOBRás

Arrendamento de Ativos

695.117

-46,7%

695.117

-46,7%

105.270

380.664

n/d

12

36

MERCOCAMP

Serv. Importação e Exportação

357.101

99,7%

266.304

104,5%

409

975

50

13

42

áGUIA BRAnCA

transporte

293.429

7,9%

234.692

8,3%

20.002

345.776

1.246

14

48

KOBRAsCO

Arrendamento de Ativos

225.795

21,8%

209.972

24,6%

99.244

412.875

n/d

15

49

FULL COMEX

Serv. Importação e Exportação

223.603

-2,1%

164.224

-1,2%

-4.559

5.240

15

16

50

CORREIOs

telecomunicações

221.188

11,8%

219.772

11,7%

44.932

44.932

2.129

17

52

sAntA MARIA

Eletricidade e Gás

203.261

9,1%

137.745

12,5%

37.542

117.735

330

18

54

tVV

Gestão de Portos e terminais

196.628

0,1%

175.504

-1,2%

41.035

92.828

414

19

55

CLAC

Serv. Importação e Exportação

187.898

-3,0%

145.050

0,0%

774

7.678

9

20

59

nIBRAsCO

Arrendamento de Ativos

178.699

-35,7%

162.169

-35,7%

88.424

727.093

n/d

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 143

143

28/10/2013 18:01:38


Ranking |

AS MAIorES EMPrESAS SEGundo PrInCIPAIS IndICAdorES

a

pesquisa 200 Maiores Empresas no Espírito Santo também permite ao IEL elaborar a classificação segundo os principais indicadores econômicos e financeiros, destacando os 20 melhores desempenhos. É importante ressaltar que foram contempladas nestes rankings de 2012 apenas aquelas empresas que forneceram informações para a sua elaboração, independente de estarem ou não classificadas entre as 200 Maiores em 2012.

as Maiores Receitas Brutas As maiores empresas geradoras de receita no Estado totalizaram um faturamento de R$ 54,3 bilhões, equivalendo a 69,5% do faturamento das 200 Maiores Empresas no ES em 2012. Esta participação é um pouco menor que a do ano anterior, quando a ROB das 20 maiores empresas do ES foi de 71%.

as Maiores Segundo o Patrimônio Líquido Quanto ao critério de patrimônio líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 13,1 bilhões, representando 65,7% do montante do patrimônio líquido das 200 Maiores Empresas em 2012.

Os Maiores Lucros Líquidos Com relação ao lucro líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 4,0 bilhões, representando 85,7% do montante de lucro líquido das 200 Maiores Empresas em 2012.

que, apesar da queda na ROB total em relação ao ano anterior, as 20 empresas alcançaram um crescimento superior, entre 43,6% e 1.533,6%.

as Maiores em Liquidez Corrente Na apuração das maiores empresas por liquidez corrente, observa-se o predomínio de empresas do setor serviço (10). Seis são do setor industrial e quatro do comércio.

as de Maior Rentabilidade do Patrimônio Líquido Dentre as mais rentáveis segundo o Patrimônio Líquido, encontram-se 10 empresas do setor serviços, quatro do industrial e seis do setor comercial. A rentabilidade média dessas empresas foi de 71%.

as Maiores em Rentabilidade das Vendas As 20 maiores rentabilidade das vendas tiveram como melhor desempenho o resultado de 655,5%, e o 20º melhor desempenho registrando 19,6%. Entre as empresas neste ranking, destaca-se o setor serviços, com participação de 14 empresas entre as 20. Quatro empresas são do setor industrial e duas são do setor comercial.

as Maiores na apuração do Lucro Líquido por Empregado

Na classificação das maiores empregadoras entre as 200 Maiores, as 20 principais geraram 44.851 empregos diretos, equivalendo à metade dos postos de trabalho das 200 Maiores Empresas em 2012.

O setor industrial teve três empresas entre as 20 de maior relação Lucro Líquido/ Empregado. O setor comercial participou com oito empresas, ficando o setor serviço com nove participações. O lucro médio por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 745 mil, significativamente superior ao lucro médio por empregado das 200 Maiores Empresas, que foi de apenas R$ 52 mil por empregado.

Os Maiores Crescimentos da ROB e da ROL

as Maiores em Receita Líquida por Empregado

Dentre as empresas que mais cresceram em 2012 em termos de Receita Operacional Bruta, observou-se que seis pertencem ao setor industrial, cinco ao setor comercial e nove ao setor de serviços. No conjunto dessas empresas observou-se um crescimento da participação do setor de serviço e queda nos setores comercial e industrial em relação ao ano anterior. Em termos de crescimento da Receita Operacional Líquida, constatou-se que dentre as 20 maiores, 13 pertencem ao setor de serviços, quatro ao setor industrial e três ao setor comercial. Destaca-se

O setor industrial contou com três empresas entre as 20 maiores da relação receita operacional líquida por empregado. Nove empresas são do setor comercial e oito são do setor serviços. A ROL média por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 31.632 milhões. Já a ROL média das 200 Maiores foi de R$ 549,6 mil.

as Maiores Empregadoras

144

B1_200M 2013_Ranking.indb 144

Os Maiores ativos Os 20 maiores ativos totais somaram R$ 43,5 bi. Isso representa cerca de 71% do apurado junto às 200 Maiores Empresas no ES.

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:39


aS 20 MaiORES EMPREgaDORaS

aS 20 MaiORES POR PaTRiMÔniO LÍQUiDO

Classificação das Empresas pelo número de Empregados no Es

Classificação das Empresas por Patrimônio Líquido – em R$ milhares

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

EMPREGADOs nO Es

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

PAtRIM. LIQ 2012

sEtOR

1

1

VALE

Indústria

8.751

1

2

sAMARCO

Indústria

3.274.128

2

4

ARCELORMIttAL BRAsIL

Indústria

4.542

2

78

sOL COQUERIA tUBARãO

Indústria

1.555.744

3

104

sERDEL

Serviços

3.325

3

29

CEsAn

Indústria

1.324.046

4

19

VIX LOGístICA

Serviços

2.493

4

13

BAnEstEs

Serviços

872.573

5

13

BAnEstEs

Serviços

2.278

5

59

nIBRAsCO

Serviços

727.093

6

33

sUPERMERCADO CAsAGRAnDE

Com. Varejista

2.250

6

9

EDP EsCELsA

Serviços

631.121

7

50

CORREIOs

Serviços

2.129

7

83

CARAIVA

Serviços

540.654

8

20

UnIMED VItÓRIA

Serviços

1.885

8

3

HERInGER

Indústria

471.146

9

99

PROsEGUR

Serviços

1.796

9

48

KOBRAsCO

Serviços

412.875

10

40

LOREnGE

Indústria

1.600

10

196

CAMPO PARtICIPAçõEs IMOBILIáRIAs

Serviços

391.436

11

16

BAnCO DO BRAsIL

Serviços

1.582

11

31

ItABIRA AGRO InDUstRIAL

Indústria

389.865

12

51

WEG LInHAREs

Indústria

1.547

12

24

HIsPAnOBRás

Serviços

380.664

13

29

CEsAn

Indústria

1.460

13

42

áGUIA BRAnCA

Serviços

345.776

14

88

UnIMAR

Serviços

1.436

14

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Com. Atacadista

290.231

15

35

sUPERMERCADO PERIM

Com. Varejista

1.371

15

138

sHOPPInG VItÓRIA

Serviços

282.229

16

79

HOsPItAL sAntA RItA

Serviços

1.328

16

34

PERFILADOs RIO DOCE

Indústria

278.484

17

27

FRIsA

Indústria

1.327

17

115

ItABRAsCO

Serviços

248.640

18

67

HOsPItAL MERIDIOnAL

Serviços

1.290

18

14

ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL

Com. Atacadista

240.203

19

42

áGUIA BRAnCA

Serviços

1.246

19

26

UnICAFÉ

Com. Atacadista

226.949

20

98

CORPUs sAnEAMEntO E OBRAs

Serviços

1.215

20

133

tERVAP

Indústria

220.135

aS 20 MaiORES REnTaBiLiDaDES DO PaTRiMÔniO LÍQUiDO

aS 20 MaiORES POR EBiTDa Classificação das Empresas pelo Ebitda - em R$ milhares (Ebitda – lucro antes dos juros, impostos sobre o lucro, depreciação, amortização e exaustão)

Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido do Exercício sobre o Patrimônio Líquido - % POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

REntAB. DO PL

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

EBItDA 2012

sEtOR

1

171

VIAçãO tABUAZEIRO

Serviços

262,0%

1

2

sAMARCO

Indústria

3.553.912

2

69

sPAssU

Serviços

148,5%

2

3

HERInGER

Indústria

246.771

3

50

CORREIOs

Serviços

100,0%

3

9

EDP EsCELsA

Serviços

211.999

4

84

PARAnAsA EnGEnHARIA

Indústria

88,6%

4

24

HIsPAnOBRás

Serviços

173.359

CAFÉnORtE

Com. Atacadista

88,4%

5

48

KOBRAsCO

Serviços

148.859

sAMARCO

Indústria

80,8%

6

59

nIBRAsCO

Serviços

128.744

CARAIVA

Serviços

104.938

5

189

6

2

7

142

FAMEX

Com. Atacadista

57,2%

7

83

8

134

PRAIA sOL

Serviços

55,0%

8

87

ALCOn

Indústria

94.057

9

7

COtIA

Serviços

53,8%

9

17

BR DIstR. Es - Gn

Com. Atacadista

92.984

10

44

tERRA nOVA

Com. Atacadista

52,2%

10

29

CEsAn

Indústria

92.755

11

136

AtACADO sãO PAULO

Com. Atacadista

47,7%

11

6

CIsA tRADInG

Serviços

91.365

12

177

sOLUçãO EQUIPAMEntOs

Com. Atacadista

46,6%

12

7

COtIA

Serviços

85.905 80.399

13

147

sAntA FÉ tRADInG

Serviços

44,9%

13

196

CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs

Serviços

14

54

tVV

Serviços

44,2%

14

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Com. Atacadista

73.861

15

18

sERtRADInG

Serviços

44,2%

15

19

VIX LOGístICA

Serviços

69.282

16

103

RODOsOL

Serviços

43,6%

16

10

GAROtO

Indústria

63.476

17

36

MERCOCAMP

Serviços

41,9%

17

54

tVV

Serviços

60.415

18

93

MARBRAsA

Indústria

40,8%

18

40

LOREnGE

Indústria

49.942

19

118

COMPAnHIA DIstRI. DE ALUMínIO

Com. Atacadista

40,2%

19

52

sAntA MARIA

Serviços

47.616

20

146

DECOLOREs

Indústria

39,5%

20

115

ItABRAsCO

Serviços

47.330

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 145

145

28/10/2013 18:01:41


Ranking |

AS MAIorES EMPrESAS SEGundo PrInCIPAIS IndICAdorES

aS 20 MaiS LUCRaTiVaS

OS 20 MaiORES aTiVOS

Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido – em R$ milhares

Classificação das Empresas pelo Ativo total – em R$ milhares

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

LUCRO LIQ. 2012

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

AtIVO tOtAL 2012

1

2

sAMARCO

Indústria

2.646.311

1

13

BAnEstEs

Serviços

2

9

EDP EsCELsA

Serviços

156.952

2

2

sAMARCO

Indústria

12.419.043 11.001.057

3

24

HIsPAnOBRás

Serviços

105.270

3

3

HERInGER

Indústria

3.060.860

4

83

CARAIVA

Serviços

104.664

4

9

EDP EsCELsA

Serviços

2.461.523

5

48

KOBRAsCO

Serviços

99.244

5

29

CEsAn

Indústria

2.114.795

6

59

nIBRAsCO

Serviços

88.424

6

78

sOL COQUERIA

Indústria

1.589.291 1.259.687

7

13

BAnEstEs

Serviços

81.395

7

101

BAnDEs

Serviços

8

196

CAMPO PARtIC. IMOBILIáRIAs

Serviços

80.399

8

31

ItABIRA AGRO InDUstRIAL

Indústria

1.177.968

9

29

CEsAn

Indústria

76.268

9

7

COtIA

Serviços

1.083.697

10

6

CIsA tRADInG

Serviços

63.414

10

10

GAROtO

Indústria

961.316

11

17

BR DIstR. Es - Gn

Com. Atacadista

61.393

11

6

CIsA tRADInG

Serviços

878.460

12

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Com. Atacadista

60.845

12

59

nIBRAsCO

Serviços

855.817

13

7

COtIA

Serviços

58.250

13

19

VIX LOGístICA

Serviços

804.115

14

19

VIX LOGístICA

Serviços

50.620

14

11

tAnGARá FOODs

Indústria

729.179 584.245

15

10

GAROtO

Indústria

45.172

15

23

EXCIM

Indústria

16

50

CORREIOs

Serviços

44.932

16

83

CARAIVA

Serviços

541.443

17

40

LOREnGE

Indústria

44.479

17

42

áGUIA BRAnCA

Serviços

526.706

18

133

tERVAP

Indústria

41.336

18

132

sICOOB CEntRAL

Serviços

488.417

19

54

tVV

Serviços

41.035

19

40

LOREnGE

Indústria

473.361

20

34

PERFILADOs RIO DOCE

Indústria

40.594

20

48

KOBRAsCO

Serviços

469.880

aS 20 DE MaiOR LiQUiDEZ CORREnTE

OS 20 MaiORES CRESCiMEnTOS Da RECEiTa BRUTa

Classificação das Empresas pelo índice de Liquidez Corrente (Ativo Circulante sobre Passivo Circulante) POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

Classificação das Empresas pelo Crescimento % da Receita Bruta LIQUIDEZ CORREntE

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

VAR ROB 2012/2011

1

192

RHODEs

Serviços

15,1

1

84

PARAnAsA EnGEnHARIA

Indústria

1533,6%

2

83

CARAIVA

Serviços

13,5

2

196

CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs

Serviços

560,1%

3

133

tERVAP

Indústria

12,5

3

51

WEG LInHAREs

Indústria

231,4%

4

200

CEntRALFER

Serviços

9,6

4

36

MERCOCAMP

Serviços

99,7%

5

91

tV GAZEtA

Serviços

7,5

5

179

AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO

Indústria

83,6%

6

186

ALPER EnERGIA

Com. Atacadista

7,1

6

142

FAMEX

Com. Atacadista

77,6%

7

104

sERDEL

Serviços

6,5

7

190

FRIsA COMERCIAL

Com. Varejista

75,1%

8

59

nIBRAsCO

Serviços

6,1

8

131

UnIMED nORtE CAPIXABA

Serviços

63,8%

9

45

FORtLEV

Indústria

5,6

9

118

COMPAnHIA DIstRIB. DE ALUMínIO

Com. Atacadista

63,1%

10

34

PERFILADOs RIO DOCE

Indústria

5,5

10

188

tHORK tRADInG

Serviços

62,2%

11

105

DIAçO

Com. Atacadista

5,4

11

86

COsEntInO LAtInA

Indústria

57,4%

12

167

BRIDI MADEIRAs

Com. Varejista

5,2

12

18

sERtRADInG

Serviços

57,4% 56,4%

13

84

PARAnAsA EnGEnHARIA

Indústria

4,9

13

191

EnVIX

Serviços

14

62

CARBOInDUstRIAL

Indústria

4,3

14

148

COnstRUtORA ÉPURA

Indústria

53,2%

15

162

AnDRADE MáRMOREs E GRAnItOs

Indústria

3,9

15

200

CEntRALFER

Serviços

52,3%

16

179

AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO

Indústria

3,8

16

152

MAtRICIAL EnGEn. E COnstRUçõEs

Serviços

49,3%

17

82

CODEsA

Serviços

3,8

17

95

ABAV ABAtEDOURO AtILIO VIVACQUA

Com. Atacadista

48,5%

18

50

CORREIOs

Serviços

3,8

18

185

WHItE MARtIns

Indústria

47,2%

19

137

EnGE URB

Serviços

3,7

19

137

EnGE URB

Serviços

45,2%

20

148

COnstRUtORAÉPURA

Indústria

3,6

20

28

sAVIXX

Com. Atacadista

43,6%

146

B1_200M 2013_Ranking.indb 146

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:41


OS 20 MaiORES CRESCiMEnTOS Da RECEiTa LÍQUiDa

aS 20 DE MaiOR PRODUTiViDaDE POR EMPREgaDO

Classificação das Empresas pelo Crescimento % da Receita Líquida

Classificação das Empresas pela Receita Líquida por Empregado – em R$ milhares

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

VAR ROL 2012/2011

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

ROL POR EMPREGADO

sEtOR

1

84

PARAnAsA EnGEnHARIA

Indústria

1492,7%

1

12

COLUMBIA tRADInG

Serviços

185.915

2

205

AFFInItY

Serviços

758,5%

2

60

InsPECtIOn

Com. Atacadista

134.256 92.946

3

196

CAMPO PARtICIP. IMOBILIáRIAs

Serviços

560,1%

3

6

CIsA tRADInG

Serviços

4

51

WEG LInHAREs

Indústria

234,5%

4

18

sERtRADInG

Serviços

42.743

5

123

sICOOB nORtE

Serviços

197,5%

5

44

tERRA nOVA

Com. Atacadista

28.535

6

36

MERCOCAMP

Serviços

104,5%

6

17

BR DIstR. Es - Gn

Com. Atacadista

25.075

7

132

sICOOB CEntRAL

Serviços

92,4%

7

3

HERInGER

Indústria

23.381

8

179

AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO Indústria

90,7%

8

55

CLAC

Serviços

16.117

9

120

sICOOB sUL sERRAnO

Serviços

82,3%

9

147

sAntA FÉ tRADInG

Serviços

12.086

10

150

sICOOB CEntRO-sERRAnO

Serviços

78,6%

10

49

FULL COMEX

Serviços

10.948

11

188

tHORK tRADInG

Serviços

75,6%

11

7

COtIA

Serviços

10.360

12

190

FRIsA COMERCIAL

Com. Varejista

75,1%

12

15

ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL

Com. Atacadista

7.740

13

142

FAMEX

Com. Atacadista

73,4%

13

142

FAMEX

Com. Atacadista

7.473

14

131

UnIMED nORtE CAPIXABA

Serviços

67,5%

14

47

tRIstãO

Com. Atacadista

15

126

sICOOB sUL

Serviços

66,4%

15

2

sAMARCO

Indústria

5.760

16

18

sERtRADInG

Serviços

62,3%

16

36

MERCOCAMP

Serviços

5.326

17

184

sICOOB sUL LItORÂnEO

Serviços

60,5%

17

30

CUstÓDIO FORZZA

Com. Atacadista

4.766

18

86

COsEntInO LAtInA

Indústria

58,5%

18

26

UnICAFÉ

Com. Atacadista

4.477

19

191

EnVIX

Serviços

57,4%

19

135

MC KInLAY

Com. Atacadista

4.179

20

118

COMPAnHIA DIstRIB. DE ALUMínIO

Com. Atacadista

55,2%

20

11

tAnGARá FOODs

Indústria

3.439

OS 20 MaiORES LUCROS POR EMPREgaDO Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido por Empregado – em R$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

7.118

aS 20 MaiORES REnTaBiLiDaDES DaS VEnDaS Classificação das Empresas pela Margem Líquida das Vendas – em %

sEtOR

LUCRO LIQ. P/ EMPREGADO

POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REntAB. DAs VEnDAs

sEtOR

1

6

CIsA tRADInG

Serviços

2.882

1

196

CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs

Serviços

655,5%

2

2

sAMARCO

Indústria

2.327

2

83

CARAIVA

Serviços

98,4%

3

17

BR DIstR. Es - Gn

Com. Atacadista

2.046

3

133

tERVAP

Indústria

75,9%

4

12

COLUMBIA tRADInG

Serviços

1.702

4

200

CEntRALFER

Serviços

63,3% 54,5%

5

18

sERtRADInG

Serviços

1.140

5

59

nIBRAsCO

Serviços

6

143

MARCA CAFÉ

Com. Atacadista

603

6

115

ItABRAsCO

Serviços

51,5%

7

44

tERRA nOVA

Com. Atacadista

587

7

176

sAntA FÉ

Serviços

49,9%

8

189

CAFÉnORtE

Com. Atacadista

577

8

138

sHOPPInG VItÓRIA

Serviços

49,8%

9

133

tERVAP

Indústria

401

9

189

CAFÉnORtE

Com. Atacadista

47,7%

10

47

tRIstãO

Com. Atacadista

393

10

179

AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO

Indústria

47,3%

sAntA FÉ tRADInG

Serviços

372

11

48

KOBRAsCO

Serviços

47,3%

COtIA

Serviços

291

12

2

sAMARCO

Indústria

40,4%

11

147

12

7

13

210

BAnEstEs DtVM

Serviços

278

13

103

RODOsOL

Serviços

33,5%

14

192

RHODEs

Serviços

266

14

146

DECOLOREs

Indústria

31,9%

15

197

ELEtROsOLDA

Com. Atacadista

200

15

192

RHODEs

Serviços

31,7%

16

142

FAMEX

Com. Atacadista

191

16

52

sAntA MARIA

Serviços

27,3% 23,4%

17

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Com. Atacadista

183

17

54

tVV

Serviços

18

9

EDP EsCELsA

Serviços

172

18

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

Com. Atacadista

22,7%

19

146

DECOLOREs

Indústria

143

19

50

CORREIOs

Serviços

20,4%

20

94

sICOOB LEstE CAPIXABA

Serviços

141

20

91

tV GAZEtA

Serviços

19,6%

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 147

147

28/10/2013 18:01:42


Ranking | AS MAIorES EMPrESAS Por SEGMEnto

C

omo forma de valorizar segmentos e empresas que contribuem para o desenvolvimento da economia estadual, o IEL identificou as novas companhias que se instalaram no Estado para ampliar a participação das principais organizações de vários campos, objetivando a elaboração dos rankings setoriais. Essas listas apresentam as 10 Maiores Empresas no Espírito Santo que enviaram suas informações para análise na pesquisa do Anuário. Dessa forma, é possível que nomes que não compõem o ranking das 200 Maiores Empresas no ES façam parte dos rankings setoriais. Isso ocorrerá quando a Receita Operacional Bruta anual não for suficiente para inclusão da empresa no ranking geral. Mais uma vez, diversas empresas e segmentos foram convidados a participar da pesquisa para que fossem mantidos os rankings já divulgados em anos anteriores e novos fossem incluídos no Anuário. A ausência de eventuais empresas de destaque nas classificações setoriais deve-se ao não interesse em participar da pesquisa ou ao fechamento das demonstrações contábeis em data posterior à período limite para conclusão da pesquisa. Relativo a 2012, os seguintes rankings foram elaborados: • As Dez Maiores Indústrias de Alimentos: Obtiveram um faturamento bruto de R$ 5,2 bilhões no Espírito Santo em 2012 para um contingente declarado de 4.798 empregados, considerando que duas empresas não forneceram essa informação. Se considerarmos o faturamento por empregado apenas das empresas que divulgaram o número de colaboradores, o valor é de R$ 644 mil, uma redução de 14,3% quando comparado com o ano anterior. • As Dez Maiores Indústrias de Construção: Apresentaram uma Receita Bruta de R$ 1 bilhões, um salto de R$ 360 milhões, na comparação com 2011. O número de empregados totalizou 3.710, representando um incremento 10,2%. Vale ressaltar que isso aconteceu mesmo com a ausência dessa informação em duas empresas que constam neste ranking. • As Dez Maiores Empresas de Comércio Atacadista: Totalizaram um faturamento

148

B1_200M 2013_Ranking.indb 148

de R$ 8,9 bilhões, R$ 1,3 bi a mais que o apurado em 2011, e que representa um faturamento médio de R$ 7,38 milhões por empregado, quando consideramos as oito empresas que divulgaram essa informação. O total de postos de trabalho foi de 1.070 em 2012. • As Dez Maiores Empresas de Comércio Varejista: Totalizaram um faturamento de R$ 2,2 bilhões, um efetivo de 5.980 trabalhadores e um faturamento médio por empregado de R$ 356 mil, quando consideramos as oito empresas que divulgaram essa informação. • As Dez Maiores Empresas Concessionárias de Veículos: Compuseram uma Receita Operacional Bruta de R$ 2,7 bilhões e um faturamento médio por empregado de R$ 1,23 milhões, com a geração de 2.142 postos de trabalho, quando consideramos as nove empresas que divulgaram essa informação. Quando comparados com o ano anterior, a ROB desse segmento teve uma queda de 15,6%. • As Dez Maiores Empresas de Serviços Financeiros e Seguros: as dez maiores empresas deste ranking totalizaram uma receita bruta de R$ 3,2 bilhões, gerando 4.987 empregos diretos no Espírito Santo, indicando queda de 3% no faturamento e 1% nos empregos. • As Dez Maiores Empresas de Importação e Exportação: Contabilizaram R$ 10,7 bilhões de ROB, uma redução de R$ 2 bilhões em relação a 2011. O faturamento médio por empregado foi de R$ 24,75 milhões, para as oito empresas que divulgaram essa informação e que geraram 365 empregos. • As Dez Maiores Empresas de Transporte: Somaram uma Receita Operacional Bruta de R$ 1,6 bilhão e contribuíram com 9.081 postos de trabalho. Observa-se um aumento de aproximadamente 6,7% na receita quando comparado ao ano de 2011. O total de empregos informados supera o ano de 2011: 9.081 contra 7.412. • As Dez Maiores Empresas Serviços de Saúde: Somaram uma Receita Operacional Bruta de R$ 1,7 bilhão e contribuíram com 9.307 postos de trabalho. Sendo esta a primeira vez que este ranking é formado, não foi possível apresentar dados comparativos.

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:42


aS 10 MaiORES EMPRESaS DE aLiMEnTOS Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES – Em r$ milhares EMPREsA

REC. OP. BRUtA

POsIçãO

CLAssIF. 2012

1

10

GAROtO

2.004.572

2

11

tAnGARá FOODs

1.764.731

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

4,9%

1.466.700

3,2%

45.172

192.775

n/d

8,8%

1.684.982

7,0%

-60.285

120.497

490 1.327

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

3

27

FRIsA

602.975

11,3%

560.904

11,5%

15.327

92.922

4

63

REALCAFÉ

161.096

20,7%

154.641

20,0%

14.206

65.356

330

5

64

BUAIZ ALIMEntOs

157.854

6,9%

142.626

7,6%

2.173

88.130

386

6

75

UsInA PAInEIRAs

119.732

-0,2%

102.203

-0,4%

-5.587

96.604

691

7

81

VEnEZA

108.895

21,8%

103.199

22,4%

2.383

26.840

407 649

8

89

KIFRAnGO

90.832

13,7%

89.381

13,8%

782

6.228

9

95

ABAV

82.299

48,5%

75.329

48,2%

585

7.718

518

10

108

DAMARE

72.844

20,5%

67.785

18,2%

-192

6.696

n/d

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE COMÉRCiO aTaCaDiSTa Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

5

PEtROBRAs DIstRIBUIDORA

3.328.065

5,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

30

2

15

ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL

1.499.416

-2,5%

1.068.067

-4,0%

-24.928

240.203

138

3

17

BR DIstR. Es - Gn

1.009.343

3,6%

752.247

4,5%

61.393

218.886

30

4

26

UnICAFÉ

630.572

-24,0%

626.739

-23,3%

5.898

226.949

140

5

28

sAVIXX

558.532

43,6%

418.323

42,4%

678

6.311

0

6

30

CUstÓDIO FORZZA

517.062

5,3%

486.146

8,4%

-9.299

54.731

102

498.606

-5,3%

405.555

-5,9%

7.604

27.863

n/d

329.715

9,1%

267.641

9,7%

60.845

290.231

333

7

32

UnILIDER

8

39

RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs

9

41

COOABRIEL

300.466

17,1%

279.040

18,0%

1.294

16.010

214

10

43

nICAFÉ

283.544

-22,8%

263.131

-21,5%

878

45.020

83

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE COMÉRCiO VaREJiSTa Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

25

HORtIFRUtI

684.000

26,0%

624.194

27,9%

11.826

60.259

320

2

33

CAsAGRAnDE

477.515

9,2%

413.962

9,3%

13.916

78.970

2.250

3

35

sUPERMERCADO PERIM

411.032

8,9%

354.444

9,6%

-29.653

14.854

1.371

4

58

COOPEAVI

186.132

9,6%

180.460

9,7%

6.427

55.144

377

5

66

tRACBEL

142.196

-14,6%

n/d

n/d

n/d

n/d

95

6

77

sUPERMERCADOs sAntO AntÔnIO

118.150

15,9%

103.434

16,0%

-57

4.286

975 432

7

112

sUPERMERCADOs PORtO nOVO

71.030

9,2%

62.785

10,1%

-421

5.575

8

158

POLItIntAs

38.194

7,1%

32.802

7,3%

1.251

8.950

160

9

167

BRIDI MADEIRAs

34.256

13,5%

26.990

10,7%

4.336

19.028

n/d

10

190

FRIsA COMERCIAL

19.084

75,1%

17.229

75,1%

332

2.220

n/d

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 149

149

28/10/2013 18:01:45


Ranking | AS MAIorES EMPrESAS Por SEtor

aS 10 MaiORES EMPRESaS COnCESSiOnÁRiaS DE VEÍCULOS Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

21

KURUMá VEíCULOs

745.635

12,5%

723.996

17,0%

7.850

47.890

2

22

VItÓRIA DIEsEL

714.406

-0,3%

612.205

-10,8%

1.459

42.716

373 441

3

37

PODIUM VEíCULOs

346.015

13,1%

335.359

12,1%

9.093

28.191

338

4

38

CVC

343.335

35,1%

301.131

34,5%

7.474

48.800

376

5

70

VEssA

130.971

28,6%

124.137

28,1%

1.088

11.262

163

6

71

PREMIUM VEíCULOs

129.033

23,6%

126.317

22,6%

2.376

7.961

161

7

97

HIRO MOtORs

80.470

-3,2%

79.335

-3,4%

96

4.929

60

8

106

AUtOVIL

73.622

19,2%

72.824

19,3%

730

3.598

116

9

107

Cn AUtO

73.204

-78,8%

43.959

-81,6%

-14.375

1.999

n/d

10

116

VEnAC

67.715

-3,5%

62.079

-2,0%

3.371

27.230

114

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE COnSTRUÇÃO Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

40

LOREnGE

303.317

25,8%

234.543

31,3%

44.479

186.563

2

56

CYRELA BRAZIL REALtY

187.213

36,5%

n/d

n/d

n/d

n/d

1.600 144

3

61

COnCREVIt

177.320

27,3%

167.967

27,3%

9.055

36.200

237

4

84

PARAnAsA EnGEnHARIA

104.550

1533,6%

96.570

1492,7%

14.316

16.151

n/d

5

102

MORAR COnstRUtORA E InCORPORADORA

78.240

7,4%

74.788

7,9%

7.188

45.099

146

6

133

tERVAP

55.271

13,6%

54.453

13,8%

41.336

220.135

103

7

148

COnstRUtORA ÉPURA

44.010

53,2%

42.628

53,6%

7.797

29.671

264

8

152

MAtRICIAL EnGEnHARIA E COnstRUçõEs

40.891

49,3%

37.579

49,6%

2.335

7.055

1.058

9

191

EnVIX

18.467

56,4%

15.616

57,4%

54

2.034

n/d

10

194

BRICK EnGEnHARIA

15.730

-28,8%

1.462

-92,9%

-1.462

11.652

158

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE SERViÇOS DE SaÚDE Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

20

UnIMED VItÓRIA

814.084

14,9%

807.108

17,2%

4.529

72.946

2

65

UnIMED sUL CAPIXABA

142.210

28,3%

140.403

27,7%

-2.306

17.544

1.885 668

3

67

HOsPItAL MERIDIOnAL

141.948

35,6%

134.351

34,5%

6.348

30.980

1.290

4

74

sAMP

119.853

14,3%

121.689

14,7%

2.134

7.893

165

5

79

HOsPItAL sAntA RItA

110.444

17,7%

107.846

17,0%

21.142

111.019

1.328

100.223

15,2%

98.195

13,0%

2.921

10.562

1.168

78.933

-0,6%

74.650

3,2%

-391

63.373

1.140 1.035

6

85

HOsPItAL EVAnGÉLICO DE VILA VELHA

7

100

VItÓRIA APARt HOsPItAL

8

109

HOsPItAL VILA VELHA

71.923

24,7%

68.118

24,7%

2.345

19.743

9

119

HOsPItAL MEtROPOLItAnO

66.007

11,8%

62.527

17,2%

2.929

43.845

628

10

127

UnIMED nOROEstE

59.494

-9,5%

56.925

-11,6%

14

7.763

n/d

150

B1_200M 2013_Ranking.indb 150

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:45


aS 10 MaiORES EMPRESaS DE SERViÇOS FinanCEiROS E SEgUROS Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

13

BAnEstEs

1.607.252

-0,1%

1.557.166

-0,3%

81.395

872.573

2.278

2

16

BAnCO DO BRAsIL

1.044.553

6,3%

n/d

n/d

n/d

n/d

1.582

3

72

BAnEstEs sEGUROs

128.143

9,3%

124.667

7,9%

12.567

87.802

102

4

94

sICOOB LEstE CAPIXABA

83.192

14,8%

20.691

26,3%

20.487

104.886

145

5

101

BAnDEs

78.339

-10,6%

40.856

-10,3%

4.282

159.659

206

6

120

sICOOB sUL sERRAnO

65.554

20,1%

14.598

82,3%

14.568

89.664

180

7

123

sICOOB nORtE

62.215

15,7%

18.324

197,5%

18.066

87.291

153

8

126

sICOOB sUL

59.955

17,2%

19.802

66,4%

19.542

83.397

139

9

132

sICOOB CEntRAL Es

57.013

-2,4%

3.977

92,4%

3.963

55.705

58

10

150

sICOOB CEntRO-sERRAnO

42.466

14,8%

10.028

78,6%

9.881

48.529

144

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE SERViÇOS DE iMPORTaÇÃO E EXPORTaÇÃO Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

VAR ROL 2012/2011

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

POsIçãO

CLAssIF. 2012

1

6

CIsA tRADInG

2.815.934

2,3%

2.044.808

-5,1%

63.414

177.443

22

2

7

COtIA

2.772.193

-32,0%

2.071.962

-33,7%

58.250

108.338

200

3

12

COLUMBIA tRADInG

1.616.192

29,8%

1.301.404

29,5%

11.915

31.658

7

4

14

tROP

1.535.892

7,1%

1.248.012

5,3%

38.818

135.616

n/d

REC. OP. LIQ.

LUCRO LIQ. EX.

5

18

sERtRADInG

939.888

57,4%

812.122

62,3%

21.660

49.015

19

6

36

MERCOCAMP

357.101

99,7%

266.304

104,5%

409

975

50 15

7

49

FULL COMEX

223.603

-2,1%

164.224

-1,2%

-4.559

5.240

8

55

CLAC

187.898

-3,0%

145.050

0,0%

774

7.678

9

9

73

QUIMEtAL sA

120.416

18,7%

92.627

18,4%

5.724

20.185

43

10

92

tCI tRADInG

87.196

-26,1%

67.482

-28,5%

2.530

20.135

n/d

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE TRanSPORTES Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

REC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1

19

VIX LOGístICA

893.204

16,7%

795.239

15,7%

50.620

207.623

2

42

áGUIA BRAnCA

293.429

7,9%

234.692

8,3%

20.002

345.776

1.246

3

88

UnIMAR

91.144

3,7%

84.134

3,9%

6.254

73.463

1.436

4

114

JsL

69.029

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

757

5

117

CHEIM tRAnsPORtEs

67.471

-12,4%

62.207

-12,3%

118

36.713

n/d

6

134

PRAIA sOL

55.176

-3,3%

53.162

-3,3%

6.618

12.029

903

7

139

VIAçãO JOAnA D'ARC

49.300

10,7%

45.795

11,3%

2.346

30.062

888

8

161

BRAsPREss

36.484

21,6%

n/d

n/d

n/d

n/d

257

9

163

GRAnVItUR - GRAnDE VItÓRIA

35.334

7,9%

32.562

8,0%

607

4.857

536

10

171

VIAçãO tABUAZEIRO

31.623

2,9%

29.521

2,9%

-1.249

-477

565

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 151

2.493

151

28/10/2013 18:01:45


Ranking |

A MELHor EMPrESA no ESPÍrIto SAnto EM 2012

PaRanaSa EngEnHaRia

O

Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, ao longo de 17 anos, se consolidou como um dos mais importantes veículos de informação da economia capixaba, de gestão empresarial e divulgação das empresas. Nesse período, tem buscado manter seu padrão técnico com inovação e melhoria contínua da qualidade. Constantes mudanças metodológicas têm sido implementadas de forma a tornar os dados e resultados da pesquisa mais consistentes. Assim, o IEL apresenta pelo sétimo ano consecutivo, o prêmio “A Melhor Empresa no Espírito Santo”. A metodologia de cálculo consiste em atribuir pontos pelo desempenho em cada indicador – 10 para o primeiro lugar,

152

B1_200M 2013_Ranking.indb 152

a MELHOR EMPRESa Pontuação pelo melhor desempenho econômico-financeiro CLAssIF.

EMPREsA

sEtOR

POntUAçãO

1

PARAnAsA EnGEnHARIA

Indústria

4,45

2

Viação tabuazeiro

Serviços

3,50

3

Spassu

Serviços

3,15

4

Samarco

Indústria

3,10

5

Correios

Serviços

2,80

6

Cafénorte

Com. Atacadista

2,75

7

Caraiva

Serviços

2,70

8

tervap

Indústria

2,70

9

Famex

Com. Atacadista

2,40

10

CentralFer

Serviços

2,10

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:47


9 para o segundo, e assim sucessivamente até a 10ª empresa, que recebe um ponto. Em seguida, os pontos são multiplicados por um peso atribuído a cada indicador. É importante esclarecer que o estabelecimento da melhor empresa em 2012 não é uma escolha fundamentada nas competências em seus respectivos mercados, pois a classificação não é segregada por setor de atividade. Embora o objetivo seja analisar de forma integrada os índices das empresas, o conjunto de indicadores e seus respectivos pesos são determinados de maneira subjetiva. Os indicadores de desempenho e seus respectivos pesos são os seguintes:

Crescimento das Vendas Brutas – Peso 20 Indica se a participação da empresa no mercado aumentou ou diminuiu e sua capacidade de, crescendo, gerar novos empregos. Pode ser utilizado no estabelecimento de metas de crescimento da empresa para os próximos períodos

Rentabilidade das Vendas – Peso 10 Mede o percentual das vendas líquidas que permanecem na empresa como lucro do período, ou seja, é o percentual da receita operacional líquida que restou para a empresa, depois de deduzidos todos os custos e despesas. A análise indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 vendidos.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Peso 35 Mede a remuneração do capital investido pelos proprietários, sendo resultado da eficiência da empresa na gestão dos negócios. O cálculo da rentabilidade do patrimônio líquido permite saber quanto a administração, por meio de uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura, seja esta financiada com capital próprio ou de terceiros. Esta rentabilidade deve

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 153

Perfil da empresa Razão social: Paranasa Engenharia Comércio S/A Nome fantasia: Paranasa Engenharia Atividade: Construção Civil Pessoal empregado no ES: 624 Faturamento: r$ 104.550 Milhões Crescimento das vendas 2012/2011: 1.533,6% Rentabilidade das vendas: 14,8% Rentabilidade do Patrimônio Líquido: 88,6% Liquidez corrente: 4,9

ser comparada com taxas de mercado, para avaliar se a firma oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. A rentabilidade do patrimônio líquido é utilizada como critério de desempate entre as empresas que apresentam o mesmo número de pontos no desempenho geral.

Lucratividade por Empregado – Peso 15 Mede a lucratividade gerada por empregado e a contribuição média de cada um para o lucro gerado pela empresa.

Liquidez Corrente – Peso 20 Importante indicador da saúde financeira da empresa, indicando a segurança com que a empresa está operando no curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, melhor se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Representa o quanto de recursos se dispõe no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado melhor será a solvência da empresa. Segundo os critérios acima definidos, “A Melhor Empresa no Espírito Santo em 2012” é a Paranasa Engenharia, que atingiu 4,45 pontos.

153

28/10/2013 18:01:48


Ranking |

AS 100 MAIorES EMPrESAS PrIVAdAS CoM ControLE dE CAPItAL CAPIXABA

a

o longo dos últimos seis anos, o IEL elaborou o Ranking das “100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba”. Esta lista é o reconhecimento às empresas que contribuem para o desenvolvimento do Espírito Santo e valorização das organizações essencialmente capixabas. Para definição deste ranking, de acordo com a metodologia, a classificação se dá por ordem decrescente de receita operacional líquida. Para o enquadramento como Empresa Privada de Controle de Capital Capixaba, foram definidos os seguintes critérios: 1. Controle acionário e origem do capital privado estadual. 2. Localização da matriz/sede fiscal no Espírito Santo. 3. Empresa originalmente constituída no Espírito Santo. 4. Possuir unidade operacional no Espírito Santo. Na a ná l ise dos resu ltados deste ranking, observou-se que as 100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba totalizaram uma receita

154

B1_200M 2013_Ranking.indb 154

operacional líquida de R$ 19,5 bilhões, 7,5% maior que no ano de 2011. O número total de colaboradores foi de 46.600, 1,8% maior que no ano anterior. Quando observada a distribuição das empresas entre os setores de atividades, o setor de serviços manteve a liderança, com 39 empresas, seg uido do setor comercial com 34; e do setor industrial, com 27 empresas. O setor comercial obteve uma receita operacional líquida (ROL) de R$ 7,4 bilhões (37,9% do total); o setor de serviços obteve uma ROL de R$ 8,9 bilhões (45,8% do total); e o setor industrial obteve uma ROL de R$ 3,2 bilhões, o que representa 16,3% do total da receita operacional líquida das 100 Maiores Empresas Capixabas. O total de empregos gerados no Espírito Santo foi de 46.600, distribuídos entre os setores serviços (53,1%), industrial (26,2%) e comercial (20,7%). As 100 Maiores Empresas Capixabas somaram em 2012 um patrimônio líquido de R$ 5,9 bilhões, distribuídos entre os setores serviços (R$ 2,7 bi), industrial (R$ 1,7 bi) e comercial (R$ 1,5 bi). anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:50


aS 100 MaiORES EMPRESaS PRiVaDaS COM COnTROLE DE CaPiTaL CaPiXaBa ranking segundo receita operacional Líquida (roL) no Espírito Santo - Valores em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

REC. OP. LíQUIDA

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LíQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

REntAB. DAs VEnDAs

REntAB. DO PL

LIQUIDEZ CORREntE

EMPREGADOs Es 22

1

6

CISA trAdInG

Serviços

2.044.808

-5,1%

63.414

177.443

3,1%

35,7%

1,6

2

12

CoLuMBIA trAdInG

Serviços

1.301.404

29,5%

11.915

31.658

0,9%

37,6%

1,0

7

3

18

SErtrAdInG

Serviços

812.122

62,3%

21.660

49.015

2,7%

44,2%

1,1

19

4

20

unIMEd VItÓrIA

Serviços

807.108

17,2%

4.529

72.946

0,6%

6,2%

1,0

1.885

5

19

VIX LoGÍStICA

Serviços

795.239

15,7%

50.620

207.623

6,4%

24,4%

1,5

2.493 373

6

21

KuruMá VEÍCuLoS

Com. Varejista

723.996

17,0%

7.850

47.890

1,1%

16,4%

1,0

7

26

unICAFÉ

Com.Atacadista

626.739

-23,3%

5.898

226.949

0,9%

2,6%

1,6

140

8

25

HortIFrutI

Com. Varejista

624.194

27,9%

11.826

60.259

1,9%

19,6%

1,2

320

9

22

VItÓrIA dIESEL

Com. Varejista

612.205

-10,8%

1.459

42.716

0,2%

3,4%

1,2

441

10

27

FrISA

Indústria

560.904

11,5%

15.327

92.922

2,7%

16,5%

1,6

1.327

11

30

CuStÓdIo ForZZA

Com. Atacadista

486.146

8,4%

-9.299

54.731

-1,9%

-17,0%

1,0

102

12

33

CASAGrAndE

Com. Varejista

413.962

9,3%

13.916

78.970

3,4%

17,6%

1,4

2.250

13

32

unILIdEr

Com. Atacadista

405.555

-5,9%

7.604

27.863

1,9%

27,3%

1,4

n/d

14

35

SuPErMErCAdo PErIM

Com. Varejista

354.444

9,6%

-29.653

14.854

-8,4%

-199,6%

1,6

1.371

15

34

PErFILAdoS rIo doCE

Indústria

336.010

8,2%

40.594

278.484

12,1%

14,6%

5,5

355

16

37

PodIuM VEÍCuLoS

Com. Varejista

335.359

12,1%

9.093

28.191

2,7%

32,3%

1,7

338

17

38

CVC

Com. Varejista

301.131

34,5%

7.474

48.800

2,5%

15,3%

1,5

376

18

39

rdG Prod. SIdErÚrGICoS

Com. Atacadista

267.641

9,7%

60.845

290.231

22,7%

21,0%

2,0

333

19

36

MErCoCAMP

Serviços

266.304

104,5%

409

975

0,2%

41,9%

1,2

50

20

43

nICAFÉ

Com. Atacadista

263.131

-21,5%

878

45.020

0,3%

1,9%

2,3

83

21

47

trIStão

Com. Atacadista

234.904

-33,7%

12.970

167.509

5,5%

7,7%

1,1

33

22

42

áGuIA BrAnCA

Serviços

234.692

8,3%

20.002

345.776

8,5%

5,8%

2,8

1.246

23

40

LorEnGE

Indústria

234.543

31,3%

44.479

186.563

19,0%

23,8%

1,9

1.600

24

44

tErrA noVA

Com. Atacadista

199.742

7,2%

4.106

7.860

2,1%

52,2%

1,1

7

25

45

FortLEV

Indústria

187.684

19,3%

10.368

123.219

5,5%

8,4%

5,6

647

26

58

CooPEAVI

Com. Varejista

180.460

9,7%

6.427

55.144

3,6%

11,7%

1,5

377

27

61

ConCrEVIt

Indústria

167.967

27,3%

9.055

36.200

5,4%

25,0%

1,0

237

28

49

FuLL CoMEX

Serviços

164.224

-1,2%

-4.559

5.240

-2,8%

-87,0%

1,1

15

29

63

rEALCAFÉ

Indústria

154.641

20,0%

14.206

65.356

9,2%

21,7%

1,0

330

30

53

BIAnCoGrES

Indústria

151.505

8,3%

16.251

88.641

10,7%

18,3%

3,2

305

31

55

CLAC

Serviços

145.050

0,0%

774

7.678

0,5%

10,1%

0,7

9

32

64

BuAIZ ALIMEntoS

Indústria

142.626

7,6%

2.173

88.130

1,5%

2,5%

0,8

386

33

57

CEdISA

Com. Atacadista

34

65

unIMEd SuL CAPIXABA

Serviços

141.718

4,5%

3.755

57.736

2,6%

6,5%

3,1

172

140.403

27,7%

-2.306

17.544

-1,6%

-13,1%

1,1

668

35

52

SAntA MArIA

Serviços

137.745

12,5%

37.542

117.735

27,3%

31,9%

1,4

330

36

67

HoSPItAL MErIdIonAL

Serviços

134.351

34,5%

6.348

30.980

4,7%

20,5%

0,7

1.290

37

60

InSPECtIon

Com.Atacadista

134.256

4,4%

-1.016

16.378

-0,8%

-6,2%

1,1

1

38

71

PrEMIuM VEÍCuLoS

Com. Varejista

126.317

22,6%

2.376

7.961

1,9%

29,8%

1,3

161 1.202

39

69

SPASSu

Serviços

125.704

17,2%

8.856

5.962

7,0%

148,5%

1,2

40

70

VESSA

Com. Varejista

124.137

28,1%

1.088

11.262

0,9%

9,7%

1,6

163

41

74

SAMP

Serviços

121.689

14,7%

2.134

7.893

1,8%

27,0%

1,3

165

42

68

CPVV

Serviços

120.175

13,8%

21.555

60.268

17,9%

35,8%

1,9

159

43

79

HoSPItAL SAntA rItA

Serviços

107.846

17,0%

21.142

111.019

19,6%

19,0%

1,8

1.328

44

83

CArAIVA

Serviços

106.341

8,9%

104.664

540.654

98,4%

19,4%

13,5

n/d

45

77

SuPErM. SAnto AntonIo

Com. Varejista

103.434

16,0%

-57

4.286

-0,1%

-1,3%

1,1

975

46

81

VEnEZA

Indústria

103.199

22,4%

2.383

26.840

2,3%

8,9%

1,2

407

47

75

PAInEIrAS

Indústria

102.203

-0,4%

-5.587

96.604

-5,5%

-5,8%

1,2

691

48

85

HoSP. EVAnG. dE VILA VELHA

Serviços

98.195

13,0%

2.921

10.562

3,0%

27,7%

1,0

1.168

49

73

QuIMEtAL SA

Serviços

92.627

18,4%

5.724

20.185

6,2%

28,4%

2,2

43

50

87

ALCon

Indústria

89.693

-2,7%

10.655

101.678

11,9%

10,5%

3,5

287

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 155

155

28/10/2013 18:01:52


Ranking |

AS 100 MAIorES EMPrESAS PrIVAdAS CoM ControLE dE CAPItAL CAPIXABA

aS 100 MaiORES EMPRESaS PRiVaDaS COM COnTROLE DE CaPiTaL CaPiXaBa ranking segundo receita operacional Líquida (roL) no Espírito Santo - Valores em r$ milhares POsIçãO

CLAssIF. 2012

EMPREsA

sEtOR

REC. OP. LíQUIDA

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LíQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

REntAB. DAs VEnDAs

REntAB. DO PL

LIQUIDEZ CORREntE

EMPREGADOs Es 649

51

89

KIFrAnGo

Indústria

89.381

13,8%

782

6.228

0,9%

12,6%

0,7

52

76

VIMInAS

Indústria

88.046

9,0%

9.602

52.380

10,9%

18,3%

2,0

445

53

88

unIMAr

Serviços

84.134

3,9%

6.254

73.463

7,4%

8,5%

1,0

1.436

54

91

tV GAZEtA

Serviços

80.735

5,0%

15.843

78.506

19,6%

20,2%

7,5

324

55

93

MArBrASA

Indústria

75.614

38,5%

13.363

32.789

17,7%

40,8%

1,2

390

56

95

ABAV

Indústria

75.329

48,2%

585

7.718

0,8%

7,6%

1,1

518

57

102

MorAr ConStr. E InCorP.

Indústria

74.788

7,9%

7.188

45.099

9,6%

15,9%

2,6

146

58

100

VItÓrIA APArt HoSPItAL

Serviços

74.650

3,2%

-391

63.373

-0,5%

-0,6%

0,8

1.140

59

106

AutoVIL

Comércio Varejista

72.824

19,3%

730

3.598

1,0%

20,3%

0,8

116

60

103

rodoSoL

Serviços

70.538

1,6%

23.602

54.130

33,5%

43,6%

0,3

n/d 1.035

61

109

HoSPItAL VILA VELHA

Serviços

68.118

24,7%

2.345

19.743

3,4%

11,9%

0,6

62

108

dAMArE

Indústria

67.785

18,2%

-192

6.696

-0,3%

-2,9%

0,7

n/d

63

92

tCI

Serviços

67.482

-28,5%

2.530

20.135

3,7%

12,6%

2,7

n/d

64

90

rIMo S/A Ind. E CoMÉrCIo

Indústria

67.426

10,7%

1.300

11.202

1,9%

11,6%

1,6

292

65

104

SErdEL

Serviços

66.930

24,6%

7.646

38.483

11,4%

19,9%

6,5

3.325

66

96

PAnAn MoVEIS

Indústria

65.277

6,4%

-2.692

7.978

-4,1%

-33,7%

1,4

250

67

113

A GAZEtA

Serviços

64.916

4,0%

-5.484

18.541

-8,4%

-29,6%

1,7

709

68

112

SuPErM. Porto noVo

Comércio Varejista

62.785

10,1%

-421

5.575

-0,7%

-7,5%

1,3

432

69

119

HoSPItAL MEtroPoLItAno

Serviços

62.527

17,2%

2.929

43.845

4,7%

6,7%

1,5

628

70

105

dIAço

Com. Atacadista

62.255

-6,6%

2.961

49.767

4,8%

5,9%

5,4

119

71

116

VEnAC

Com. Varejista

62.079

-2,0%

3.371

27.230

5,4%

12,4%

3,3

114

72

121

VItÓrIA MotorS

Com. Varejista

61.982

-35,8%

-470

8.354

-0,8%

-5,6%

1,0

43

73

122

ESPIrAL EnGEnHArIA

Serviços

58.932

32,0%

2.395

18.865

4,1%

12,7%

2,8

619

74

131

unIMEd nortE CAPIXABA

Serviços

57.469

67,5%

-46

6.615

-0,1%

-0,7%

1,0

257

75

127

unIMEd noroEStE

Serviços

56.925

-11,6%

14

7.763

0,0%

0,2%

0,9

n/d

76

133

tErVAP

Indústria

54.453

13,8%

41.336

220.135

75,9%

18,8%

12,5

103

77

135

MC KInLAY

Com. Atacadista

54.332

-1,7%

-4.205

14.779

-7,7%

-28,5%

1,5

13

78

124

Bonno

Com. Atacadista

53.849

9,7%

1.372

9.756

2,5%

14,1%

1,4

140 903

79

134

PrAIA SoL

Serviços

53.162

-3,3%

6.618

12.029

12,4%

55,0%

0,6

80

129

ISH tECnoLoGIA

Serviços

50.776

18,4%

2.622

6.822

5,2%

38,4%

1,2

111

81

130

ELSonS

Com. Atacadista

49.183

12,5%

245

5.323

0,5%

4,6%

0,9

283

82

138

SHoPPInG VItÓrIA

Serviços

48.874

9,8%

24.334

282.229

49,8%

8,6%

0,8

302

83

136

AtACAdo São PAuLo

Com. Atacadista

47.467

4,5%

4.459

9.350

9,4%

47,7%

2,4

138

84

143

MArCA CAFÉ

Com. Atacadista

46.997

-37,9%

9.040

23.918

19,2%

37,8%

1,6

15

85

139

VIAção JoAnA d'ArC

Serviços

45.795

11,3%

2.346

30.062

5,1%

7,8%

1,9

888

86

128

ACP MÓVEIS

Indústria

45.231

12,3%

2.011

17.201

4,4%

11,7%

3,0

227

87

125

FIBrASA SudEStE

Indústria

44.757

13,6%

576

17.971

1,3%

3,2%

1,5

292

88

145

rEdE VItÓrIA dE CoMunIC.

Serviços

44.441

5,4%

7.846

34.460

17,7%

22,8%

1,6

308

89

107

Cn Auto

Comércio Varejista

43.959

-81,6%

-14.375

1.999

-32,7%

-719,1%

1,8

n/d

90

146

dECoLorES

Indústria

43.934

23,9%

13.994

35.432

31,9%

39,5%

1,8

98

91

148

ConStrutorA ÉPurA

Indústria

42.628

53,6%

7.797

29.671

18,3%

26,3%

3,6

264

92

140

VAMtEC VItÓrIA

Indústria

41.191

-22,4%

2.083

11.383

5,1%

18,3%

1,4

n/d

93

144

ELEtroMIL

Com. Atacadista

40.025

5,5%

7.060

19.361

17,6%

36,5%

3,2

134

94

137

EnGE urB

Serviços

39.045

13,8%

7.631

44.782

19,5%

17,0%

3,7

587

95

154

LASA

Indústria

38.587

-17,8%

-5.079

76.036

-13,2%

-6,7%

0,9

911

96

152

MAtrICIAL EnG. E ConStr.

Indústria

37.579

49,6%

2.335

7.055

6,2%

33,1%

1,8

1.058

97

142

FAMEX

Com. Atacadista

37.363

73,4%

953

1.666

2,6%

57,2%

1,5

5

98

160

unIMEd PIrAQuEAçu

Serviços

36.388

9,1%

805

5.669

2,2%

14,2%

1,6

79

99

147

SAntA FÉ trAdInG

Serviços

36.258

-14,4%

1.115

2.484

3,1%

44,9%

3,0

3

100

166

trIEStE

Com. Varejista

34.109

26,3%

391

4.222

1,1%

9,3%

1,3

64

156

B1_200M 2013_Ranking.indb 156

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:53


COnSOLiDaÇÃO DaS 100 MaiORES EMPRESaS PRiVaDaS COM COnTROLE DE CaPiTaL CaPiXaBa Segundo receita operacional Líquida (roL) no Espírito Santo - Valores em r$ milhares sEtOR

nÚMERO DE EMPREsAs

RECEItA OPERACIOnAL LíQ.

EBItDA

LUCRO LIQ. EX.

AtIVO tOtAL

PAtRIMOnIO LíQUIDO

EMPREGADOs nO Es

INDÚSTRIA

27

3.182.982

391.159

254.894

3.497.980

1.769.613

12.215

Alimentos

8

1.296.069

39.328

29.678

1.106.277

390.494

4.308

Construção

6

611.958

129.443

112.190

1.014.387

524.724

3.408

Fabricação de Móveis

3

177.934

997

619

116.028

36.381

769

Fabric. Prod. Borracha e Mat. Plástico

2

232.440

23.968

10.944

182.487

141.191

939

Fabr. Prod. Mineiras não Metálicos

4

359.099

62.880

53.209

401.210

209.243

1.238

Química e Petroquímica

2

128.280

87.532

5.576

330.998

177.714

1.198

Siderúrgia e Metalúrgia

2

377.201

47.011

42.677

346.593

289.867

355

Indústria de têxteis

1

527.405

78.685

44.193

106.781

299

1.764

COMÉRCIO

34

7.388.677

205.699

128.655

3.411.860

1.479.505

9.632

Comércio Atacadista

17

3.151.302

144.866

107.628

2.122.000

1.028.195

1.718

Comércio Varejista

17

4.237.375

60.833

21.027

1.289.859

451.310

7.914

SERVIÇOS

39

8.924.122

660.199

488.296

6.373.076

2.683.157

24.753

Administração de Empresas do Grupo

1

106.341

104.938

104.664

541.443

540.654

n/d

Administração de Shopping Center

1

48.874

31.532

24.334

310.935

282.229

302

Atendimento Hospitalar

6

545.686

46.173

35.293

588.270

279.522

6.589

Coleta, trat. e disp. resíduos

1

39.045

12.867

7.631

83.315

44.782

587

Concessionária de rodovias

1

70.538

37.299

23.602

76.467

54.130

n/d

Eletricidade e Gás

1

137.745

47.616

37.542

178.388

117.735

330

Gestão de Portos e terminais

1

120.175

31.716

21.555

91.584

60.268

159

Informação e Comunicação

3

190.092

18.977

18.205

182.559

131.507

1.341

Locação de Maq. e Equip. para Construção

1

58.932

13.199

2.395

35.328

18.865

619

Plano de Saúde

6

1.219.982

12.587

5.130

531.755

118.431

3.054

Serv. Importação e Exportação

9

4.930.279

147.560

102.981

2.125.581

314.813

168

Serviço de Limpeza e Conservação

1

66.930

11.486

7.646

45.956

38.483

3.325

tecnologia da Informação

2

176.480

16.714

11.478

56.266

12.784

1.313

transportes

5

1.213.022

127.535

85.840

1.525.229

668.953

6.966

100

19.495.781

1.257.058

871.845

13.282.916

5.932.275

46.600

TOTAL 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 157

157

28/10/2013 18:01:53


Ranking | rAnKInG doS 10 MAIorES GruPoS EMPrESArIAIS

Foto: Leonel Albuquerque

n

a 13ª edição, o ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais no Espírito Santo, definido de acordo com a metodologia como “duas ou mais empresas independentes, formalmente constituídas sob o mesmo controle acionário, cujo capital de origem capixaba seja superior a 50%”, foi elaborado a partir do envio de informações econômicas e financeiras. Da mesma forma que nos anos anteriores, utilizou-se o Patrimônio Líquido como critério. Dados complementares são adicionados para refletir a importância desses grupos para a economia do Estado. Ressalta-se a não participação de alguns grupos empresariais no ranking. Os principais motivos para a não inclusão são: I) a falta de informações consolidadas; e II) não disponibilização das informações em tempo hábil.

158

B1_200M 2013_Ranking.indb 158

Em 2012, os 10 maiores Grupos Empresariais somaram 76 empresas, com um Patrimônio Líquido de R$ 4,8 bilhões, valor 53,3% maior que o verificado no ano de 2011, e que representa um aumento significativo do investimento com capital próprio nas empresas. A Receita Operacional Bruta (ROB) dos Maiores Grupos Empresariais do Estado foi de 9,7 bilhões em 2012. Esse valor é R$ 2,4 bilhões superior ao apurado em 2011, representando um crescimento de 31,8%, consequência do incremento das vendas tanto no Estado, aumento de 19,8%, quanto fora dele, avanço de 60,0%. A ROB gerada no Estado pelos 10 Maiores Grupos Empresariais em 2012 foi de R$ 6,1 bilhões, um aumento de 19,8% em relação a 2011. Esse valor representa 63,7% da ROB total gerada pelos grupos no anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:01:54


Estado e é 6,4% menor que a participação do ano anterior, indicando um incremento dos negócios fora do Estado, o que sinaliza um crescimento das operações nacionais e/ou internacionais dos grupos capixabas. O total de empregos gerados pelos grupos empresariais é de 29.150. Desses, 12.847 postos estão no Espírito Santo, o que corresponde a 44,1%. Quando comparado ao ano de 2011, houve uma queda de 5,7 pontos percentuais nos empregos gerados no Estado. Este número representa menos 777 postos de trabalho. Apesar dessa redução, o número total de empregados das empresas componentes dos grupos empresariais manteve-se estável, com queda de apenas 0,2% entre 2011 e 2012, passando de 29.200 para 29.150 colaboradores. Quando analisados em conjunto com a evolução da ROB, esses números indicam uma opção por transferir uma parte dos postos de trabalho para fora do Estado, possivelmente para atender ao

aumento da demanda significativamente superior (60%) ao aumento identificado no ES (19,8%). A produtividade por empregado é um importante indicador de competitividade organizacional. A produtividade dos grupos no Espírito Santo aumentou 27,1%, com um faturamento médio de R$ 480 mil por funcionário, e 32,1% no total, com um faturamento médio de R$ 332 mil por funcionário, o que demonstra um desempenho superior no Estado, quando comparado aos resultados gerais dos grupos. Apesar do aumento da produtividade das empresas dos grupos, o Lucro Líquido do Exercício de 2012 sofreu um decréscimo de 16,6% em relação ao apurado em 2011, somando R$ 903,7 milhões. Essa redução pode ser resultado da recente pressão inflacionária, que provocou aumentos nos custos de produção e nas despesas administrativas e de vendas, e que não foram totalmente repassados para o consumidor final.

OS 10 MaiORES gRUPOS EMPRESaRiaiS, SEgUnDO PaTRiMÔniO LÍQUiDO (Valores em r$ milhares) CLAssIF. 2012

GRUPO

n° DE EMPREsAs

MUnICíPIO

PAtRIM. LIQ.

CREsC. PL 2012/2011

REC. BRUtA nO Es

% ROB nO Es

REC. BRUtA tOtAL

CREsC. ROB 2012/2011

n° EMPREG. nO Es

n° EMPREG. tOtAL

LUCRO LIQ. EXERC.

1

InCOsPAL

11

SErrA

1.410.226

21,35%

588.072

100,00%

588.072

25,18%

2.347

2.347

264.519

2

áGUIA BRAnCA

12

VItÓrIA

882.318

37,25%

1.452.754

39,90%

3.640.987

13,49%

4.791

13.796

273.706 67.598

3

RDG AçOs DO BRAsIL

6

SErrA

587.302

13,09%

784.116

98,00%

800.118

9,49%

896

947

4

COIMEX

8

VItÓrIA

532.780

14,14%

815.895

51,00%

1.599.795

10,78%

764

6257

61.583

5

sICOOB

9

VItÓrIA

447.125

21,10%

480.407

100,00%

480.407

16,55%

997

997

110.010

6

GRUPO BUAIZ

11

VItÓrIA

419.298

23,09%

290.412

100,00%

290.412

2,00%

996

996

33.440

7

FRIsA

6

CoLAtInA

228.183

19,55%

617.636

74,72%

826.601

11,67%

1.693

2.778

53.326

8

FIBRAsA

3

SErrA

150.620

6,56%

63.744

38,00%

167.747

6,67%

252

603

4.535

9

sERtRADInG

6

VItÓrIA

56.846

29,11%

939.840

82,51%

1.139.062

82,51%

19

277

21.415

10

QUIMEtAL

4

VItÓrIA

55.892

7,21%

132.374

89,00%

148.735

16,48%

92

152

13.601

tOtAL

76

-

4.770.590

-

6.165.250

63,70%

9.681.936

-

12.847

29.150

903.733

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 159

159

28/10/2013 18:01:57


Ranking |

AnáLISE IdEIES

Egídio Malanquini é diretor para Assuntos do Ideies

Um novo olhar sobre as 200 maiores empresas no Espírito Santo

a

partir desta edição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, o Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial no Espírito Santo (Ideies) passa a analisar o peso relativo das 20 maiores quanto à Receita Operacional Bruta e quanto à quantidade de empregados no total das 200 maiores empresas. Destaca-se nessa análise que a Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas representa 69,5%, sendo que a quantidade de empregos de 18 delas (duas não deram essa informação) corresponde a 28,9% do total de empregos do ranking geral. Pela primeira vez são apresentados os resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores Empresas desta edição, obtendo respostas de 138 empresas. O objetivo foi avaliar o potencial do Espírito Santo e o clima dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles comparados

160

B1_200M 2013_Ranking.indb 160

aos resultados apresentados na pesquisa de clima realizada no ano anterior. Também é analisada a distribuição da quantidade de empresas e respectivas receitas operacionais brutas pelas regionais do Sistema Findes, com a Região Metropolitana da Grande Vitória concentrando o maior número de empresas (153), correspondendo a 80,2% da receita total. Quanto à concentração na Região Metropolitana da Grande Vitória, cabe destacar que uma das principais prioridades do Sistema Findes é a interiorização do desenvolvimento, razão pela qual instituiu oito diretorias regionais que atuam no sentido de buscar novos investimentos industriais que permitam um crescimento econômico mais equilibrado no Espírito Santo. Por último, desejo agradecer a Doria Porto, diretor-executivo do Ideies e toda a equipe da entidade pelo estudo efetuado para esta edição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo.

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Foto: ArcelorMittal

UM PanORaMa SETORiaL DaS 20 MaiORES EM RELaÇÃO àS 200 MaiORES EMPRESaS nO ESPÍRiTO SanTO

O

estudo “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” permite diversos tipos de análises, sob diversos ângulos. Nesta análise o enfoque é a participação dos setores industrial, comercial e de serviço, principalmente das 20 maiores empresas desses setores, sob a ótica da Receita Operacional Bruta e do pessoal empregado, itens considerados relevantes para avaliar o cenário econômico.

20 Maiores Empresas Por Setor indústria receita operacional Bruta As 20 maiores empresas industriais totalizaram 93,7% da Receita Operacional Bruta (ROB) das 59 contempladas nas 200 maiores empresas no Espírito Santo. Isso significa que as demais empresas

Gráfico 1 Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas industriais no total da ROB das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

industriais constantes do estudo (39) perfizeram apenas 6,3% (ver gráfico 1). Em relação à ROB total das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, a participação das 20 maiores empresas industriais equivaleu a 46,8%, deixando os 53,2% restantes para serem distribuídos entre comércio, serviço e as demais indústrias classificadas entre as 200 maiores empresas (ver gráfico 2).

Gráfico 2 Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas Industriais no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Demais Empresas Comerciais 6,3%

20 Maiores Empresas Industriais 93,7%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 161

Demais Empresas Industriais 53,2%

20 Maiores Empresas Industriais 46,8%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

161

28/10/2013 18:02:03


Ranking |

AnáLISE IdEIES

As participações de cada uma das 20 maiores empresas industriais no total das indústrias constantes do ranking das 200 maiores empresas, de acordo com a Receita Operacional Bruta, podem ser observadas no gráfico 3. Gráfico 3

Distribuição da Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas industriais

25,4%

Vale 18,1%

samarco 11,9%

18 Maiores Empresas Industriais 70,8%

7,2%

Fibria 5,5%

Garoto

4,8%

tangará Foods Excim

1,9%

Frisa

1,6%

Cesan

1,4%

*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 9 entre as 59 indústrias do ranking não divulgaram essa informação. Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

1,4%

Itabira Agro Industria

foi de 27,9%. A maioria dos empregos, 72,1%, foi absorvida pelos setores do comércio e serviço, e o restante das empresas industriais classificadas entre as 169 maiores empresas que forneceram essa informação, conforme se observa no gráfico 5.

1,1%

Perfilados Rio Doce Lorenge

0,8%

Fortlev

0,7%

Brametal

0,7%

Weg Linhares

0,6%

Biancogres

0,5%

Cyrela Brazil Reality

0,5%

Concrevit

0,5%

Elkem

0,5%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

Pessoal empregado Na análise dos empregos ofertados pelas 20 maiores empresas industriais, constatou-se que 18 empresas forneceram essa informação e que das 59 indústrias contempladas no ranking das 200 Maiores Empresas, 50 informaram número de pessoal empregado. Dessa forma, a participação das 18 maiores empresas industriais em relação ao total de empregados das 50 empresas industriais do ranking foi de 70,8% em 2012, significando que as demais empresas industriais (32) perfizeram 29,2% de participação (ver gráfico 4). A participação das 18 maiores empresas industriais no total de empregos do ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo

B1_200M 2013_Ranking.indb 162

Demais Empresas 29,2%

14,8%

Heringer ArcelorMittal Brasil

162

Gráfico 4 Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es

Gráfico 5

18 Maiores Empresas Industriais 27,9% Demais Empresas 72,1%

*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 31 empresas do ranking geral não divulgaram essa informação. Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:02:03


No gráfico 6 estão demonstradas as participações de cada uma das 18 maiores empresas industriais no total das empresas i ndust r ia is consta ntes do ra n k i ng das 200 maiores empresas, segundo a ótica do emprego.

Comércio receita operacional Bruta

Distribuição do número de empregados das 18 maiores empresas industriais

35,0%

Vale 18,1%

ArcelorMittal Brasil 6,4%

Lorenge Weg Linhares

6,2%

Cesan

5,8% 5,3%

Frisa

As 20 maiores empresas do setor comercial participaram com 86% da Receita Operaciona l Br uta das 54 empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas, o que indica que as empresas restantes (34) totalizaram uma par t icipação de 14% (ver gráfico 7). No tocante à receita das 200 Maiores no Espírito Santo, as 20 maiores empresas do setor comercial participaram com 17,1%, ficando a maioria da receita (82,9%) distribuída entre indústria, serviço e as demais do setor comercial classificadas entre as 200 maiores empresas (ver gráfico 8). Gráfico 7 Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total da ROB das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Fibria

4,8%

samarco

4,5% 2,6%

Fortlev Brametal

2,3%

tangará Foods

2,0%

Perfilados Rio Doce

1,4%

Biancogres

1,2%

Excim

1,1%

Concrevit

0,9%

Heringer

0,9%

Elkem

0,8%

Cyrela Brazil Reality

0,6%

*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 9 entre as 59 indústrias do ranking não divulgaram essa informação.

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

Gráfico 8 Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total das 200 Maiores Empresas no Es

Demais Empresas Comerciais 14,0%

20 Maiores Empresas Comerciais 17,1% 20 Maiores Empresas Comerciais 86,0%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 163

Gráfico 6

Demais Empresas 82,9%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

163

28/10/2013 18:02:04


Ranking |

AnáLISE IdEIES

Distribuição da Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas comerciais

Gráfico 9

24,9%

Petrobras Distribuidora sA 11,2%

ArcelorMittal tubarão Comercial 7,5%

BR Distribuidora Es - Gn Kurumá Veículos

5,6%

Vitória Diesel

5,3%

Das 20 maiores empresas do setor comercial, 19 forneceram dados de pessoal empregado e do total de 54 empresas comerciais contempladas no ranking das 200 Maiores, essa informação foi cedida por 46 empresas. Assim, a participação das 19 no total de empregos das 46 empresas foi de 64,1%. Isso significa que as demais empresas do setor que forneceram essa informação (27) totalizaram 35,9% dos empregos do segmento (ver gráfico 10). Essas 19 empresas participaram ainda com 7,5% do total de empregos do ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo. A grande maioria dos empregos, 92,5%, foi absorvida pelos setores industrial, de serviço e o restante das empresas do setor comercial classificadas entre as 169 maiores empresas que forneceram essa informação (ver gráfico 11).

4,7%

Unicafé

4,2%

savixx

3,9%

Custódio Forzza

3,7%

Unilider Casagrande

3,6%

supermercado Perim

3,1%

Podium Veículos

2,6%

CVC

Pessoal empregado

5,1%

Hortifruti

2,6%

RDG Produtos siderúrgicos

2,5%

Cooabriel

2,2%

nicafé

2,1%

terra nova

2,1%

tristâo

1,8%

Cedisa

1,4%

As participações de cada uma das 20 maiores empresas comerciais no total das empresas do setor comercial que constam do ranking das 200 maiores empresas, segundo o critério de Receita Operacional Bruta, podem ser observadas no grafico 9.

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

Participação do número de Gráfico 10 empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Gráfico 11 Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es 19 Maiores Empresas Comerciais 7,5%

Demais Empresas Comerciais 35,9%

19 Maiores Empresas Comerciais 64,1%

*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 8 das 54 empresas comerciais do ranking não divulgaram essa informação. Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

164

B1_200M 2013_Ranking.indb 164

Demais Empresas Comerciais 92,5%

*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 31 do anking geral não divulgaram essa informação Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:02:04


As participações das 19 maiores empresas comerciais citadas, no total das empresas do setor comercial que forneceram número de empregados, estão demonstradas no gráfico 12.

Serviço receita operacional Bruta

A participação das 20 maiores empresas de serviço no total da Receita Operacional Bruta das empresas do setor serviço constantes das 200 Maiores foi de 81,7%. Considerando que este setor foi contemplado com 87 empresas no estudo, as outras 67 empresas Gráfico 12 Distribuição do número de empregados das de serviços partici19* maiores empresas comerciais param com apenas 18,3% (ver gráfico 13). 33,3%

Casagrande 20,3%

supermercado Perim 6,5%

Vitória Diesel

5,6%

CVC Kurumá Veículos

5,5%

Podium Veículos

5,0%

RDG Produtos siderúrgicos

4,9% 47%

Hortifruti

2,5%

Unicafé

2,1%

ArcelorMittal tubarão Comercial

2,0%

Custódio Forzza nicafé

1,5% 1,2%

tristão

0,5%

BR Distribuidora Es - Gn

0,4%

Petrobras Distribuidora sA

0,4%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 165

Demais Empresas de serviços 18,3%

3,2%

Cooabriel Cedisa

Gráfico 13 Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das empresas de serviços contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 8 das 54 empresas comerciais do ranking não divulgaram essa informação.

20 Maiores Empresas de serviços 81,7%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

165

28/10/2013 18:02:05


Ranking |

AnáLISE IdEIES

Em relação à receita das 200 maiores empresas no Espírito Santo, a participação das 20 maiores empresas do setor serviço foi de 24,6%, ficando 75,4% divididos entre empresas industriais, comerciais e as demais empresas de serviços que constam das 200 maiores empresas (ver gráfico 14). O gráfico 15 mostra as participações de cada uma das 20 maiores empresas de serviços no total das empresas do setor serviços que constam do ranking das 200 maiores empresas, segundo a Receita Operacional Bruta.

dos empregos dessas 16 maiores empresas foi de 31,1% desse total. Assim, todas as demais empresas que informaram o dado (57 empresas) participaram com 68,9% (ver gráfico 16).

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Gráfico 14

Pessoal empregado Dentre as 20 maiores empresas do setor serviços, somente 16 forneceram o total de postos de trabalho. Considerando que das 87 empresas do setor serviços classificadas no ranking das 200 Maiores Empresas, 73 informaram esse dado, a participação Gráfico 15

Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas de serviços

14,6%

Cisa trading

12,6%

EDP Escelsa Columbia trading

8,4%

Banestes

8,4%

trop

8,0% 5,4%

Banco do Brasil

4,9%

sertrading

4,6%

Vix Logística

3,6%

Hispanobrás 1,9%

Mercocamp

1,5%

Kobrasco

1,2%

Full Comex

1,2%

Correios

1,1%

santa Maria

1,1%

tVV

1,0%

Clac

1,0%

nibrasco

0,9%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

B1_200M 2013_Ranking.indb 166

Gráfico 16 Participação do número de empregados das 16* maiores empresas de serviços no total de empregados das empresas de serviços contempladas das 200 Maiores Empresas no Es

4,2%

Unimed Vitória

166

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

14,4%

Cotia

águia Branca

Demais Empresas 75,4%

20 Maiores Empresas de serviços 24,6%

Demais Empresas de serviços 68,9%

16 Maiores Empresas de serviços 31,1%

*Considerando que 4 das 20 maiores empresas de serviços e 14 das 87 de serviços do ranking não divulgaram essa informação. Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:02:05


Foto: Brasitalia

Essas 16 empresas participaram ainda com 15,2% do total de empregos das 169 maiores empresas no Espírito Santo que deram essa informação. Os 84,8% dos empregos do ranking de 2012 ficaram distribuídos entre os setores industrial e comercial, além do restante das empresas de serviços (vide gráfico 17). As participações de cada uma das 16 maiores empresas do setor de serviços no total das 73 empresas desse segmento constantes do ranking das 169 maiores empresas que informaram pessoal empregado estão demonstradas no gráfico 18. Gráfico 17 Participação do número de empregados das 16* maiores empresas de serviços no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es 16 Maiores Empresas de serviços 15,2%

Demais Empresas 84,8%

*Considerando que 4 das 20 maiores empresas de serviços e 31 do ranking geral não divulgaram essa informação. Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 167

Gráfico 18

Distribuição do número de empregados das 16* maiores empresas de serviços

18,3%

Vix Logística 16,8%

Banestes

15,7%

Correios 13,9%

Unimed Vitória 11,6%

Banco do Brasil águia Branca

9,2% 6,7%

EDP Escelsa 3,0%

tVV

2,4%

santa Maria

1,5%

Cotia Mercocamp

0,4%

Cisa trading

0,2%

sertrading

0,1%

Full Comex

0,1%

Clac

0,1%

*Considerando que 4 das 20 maiores empresas de serviços e 14 das 87 de serviços do ranking não divulgaram essa informação.

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas do Ranking geral receita operacional Bruta Na análise das 20 maiores empresas do ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo, constatou-se que somente elas abarcaram a parcela significativa de 69,5% do

167

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Ranking |

AnáLISE IdEIES

total da Receita Operacional Bruta, ficando as outras 180 empresas com os 30,5% restantes (ver gráfico 19). Essas empresas estão divididas entre os setores industrial (7 empresas), comercial (3 empresas) e de serviços (10 empresas). Embora o setor de serviços contemple metade das 20 maiores empresas, este setor participou com 30,3% do total da receita bruta das 200 Maiores Empresas no ES em 2012. A maioria da receita bruta pertenceu às empresas do setor industrial (59%), que em quantidade alcançou 35% das 20 maiores. O setor comercial, que abrangeu apenas 15% das 20 maiores, participou com 10,7% da receita. As participações dessas 20 maiores empresas no ranking geral podem ser observadas no gráfico 20.

Participação da ROB das 20 maiores empresas no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Demais Empresas 30,5%

Gráfico 19

20 Maiores Empresas 69,5%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

Gráfico 20

Distribuição da ROB das 20 maiores empresas no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

11,9 %

Vale 8,5 %

samarco 6,9 %

Heringer 5,6 %

ArcelorMittal Brasil 4,3%

Petrobras Distribuidora 3,6%

Cisa trading

3,5%

Cotia

3,4%

Fibria

3,1%

EDP Escelsa

2,6%

Garoto

2,3%

tangará Foods Columbia trading

2,1%

Banestes

2,1%

trop

2,0%

ArcelorMittal Comercial

1,9%

Banco do Brasil

1,3%

BR Distribuidora Es - Gn

1,3%

sertrading

1,2%

Vix Logística

1,1%

Unimed Vitória

1,0%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

168

B1_200M 2013_Ranking.indb 168

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Gráfico 21 Participação do número de empregados das 18 maiores empresas no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es

Pessoal empregado Embora as 20 primeiras empresas do ranking das 200 Maiores concentrem a maioria (69,5%) da receita bruta total, o mesmo não ocorre em relação aos empregos, já que o total de postos de trabalho ofertados pelas 18 empresas que deram essa informação corresponde a 28,9% do total de empregos do ranking geral. Isso considerando as 169 empresas que forneceram o dado (ver gráfico 21), o que significa que as demais empresas do ranking (151) ofertaram os 71,1% dos empregos apurados entre as 200 maiores empresas em 2012. O gráfico 22 demonstra as participações de cada uma das 18 empresas primeiras empresas do ranking que forneceram a informação.

18 Maiores Empresas 28,9% Demais Empresas 71,1%

*Considerando que 2 das 20 maiores empresas e 31 das 200 maiores não divulgaram essa informação. Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

Distribuição do número de empregados das 18 Maiores Empresas no total de empregos das 200 Maiores Empresas no Es

Gráfico 22

9,8%

Vale 5,1%

ArcelorMittal Brasil 2,8%

Vix Logística

2,5%

Banestes

2,1%

Unimed Vitória Banco do Brasil

1,8% 1,3%

Fibria

1,3%

samarco

1,0%

EDP Escelsa 0,5%

tangará Foods Heringer

0,3%

Cotia

0,2%

ArcelorMittal tubarão Comercial

0,2%

BR Distribuidora Es - Gn

0%

Petrobras Distribuidora

0%

Cisa trading

0%

sertrading

0%

Columbia trading

0%

*Considerando que 2 das 20 maiores empresas e 31 das 200 maiores não divulgaram essa informação.

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 169

169

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Ranking |

AnáLISE IdEIES

Empregos das 200 Maiores Empresas no ES em relação aos empregos do Espírito Santo As 200 maiores empresas no Espírito Santo empregaram 10% do total de trabalhadores do Estado em 2012, conforme levantamentos realizados com base na Rais/ MTE de 2012 e na pesquisa “200 Maiores Empresas no ES em 2012 – edição 2013” (ver gráfico 23).

Participação do número de empregados das 200 maiores empresas no total de empregados da economia capixaba

Gráfico 23

200 Maiores Empresas 10%

A análise comparativa do total de empregos gerados pelas 200 maiores empresas em 2012 com o do total de empregos do Espírito Santo (Rais/MTE 2012), por setor, mostrou que as empresas industriais do ranking abrangeram 17,7% do total de empregos da indústria capixaba. Os postos de trabalho ofertados pelas empresas comerciais classificadas no estudo representaram 6,2% do total desse setor no Estado, enquanto as empresas do setor serviço contribuíram com 8,3% dos empregos ofertados pelo setor no Espírito Santo (ver gráfico 24).

Participação do número de Gráfico 24 empregados das 200 maiores empresas no total de empregados da economia capixaba segundo setores

Empresas de serviços 8,3% Demais empresas 90,0%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 e rais 2012/MtE Elaboração: Findes/Ideies/nic

170

B1_200M 2013_Ranking.indb 170

Empresas Comerciais 6,2%

Empresas Industriais 17,7%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 e rais 2012/MtE Elaboração: Findes/Ideies/nic

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

28/10/2013 18:02:08


200 MaiORES EMPRESaS SOB O POnTO DE ViSTa DaS REgiOnaiS Da FinDES

C

onsiderando que uma das prioridades do Sistema Findes é atuar para a interiorização do desenvolvimento econômico capixaba, a Findes instituiu oito Diretorias Regionais, além da sede, com os municípios distribuídos sob a lógica do desenvolvimento econômico

Diretorias Regionais da Federação das Indústrias do Estado do Espírito santo

(por esse motivo não são as mesmas microrregiões administrativas do Estado), localizadas em municípios estratégicos para o setor industrial: Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Nova Venécia, São Mateus e Venda Nova do Imigrante (ver figura). Figura

RMGV - Região Metropolitana da Grande Vitória, com exceção de Fundão e Guarapari Diretoria de Linhares Diretoria de Colatina Diretoria de Aracruz Diretoria de Anchieta Diretoria de Cachoeiro de Itapemirim Diretoria de Venda nova do Imigrante Diretoria de são Mateus Diretoria de nova Venécia

Fonte: Instituto de desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo - Ideies Elaboração: Ideies / MKt Findes

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 171

171

28/10/2013 18:02:09


Ranking |

AnáLISE IdEIES

Foto: Samuel Vieira

Essas Regionais oferecem toda a estrutura para atender aos sindicatos do setor produtivo e suas principais demandas. Além dessas regionais, existe a Região Metropolitana da Grande Vitória (incluindo Santa Leopoldina e excluindo Guarapari e Fundão), que atende às demandas, a representação e a defesa de interesses de todas as indústrias do Estado do Espírito Santo. Neste estudo, as empresas do ranking das “200 Maiores Empresas em 2012”, inicialmente, foram distribuídas por município do Espírito Santo, conforme sua localização, e posteriormente, por Regional da Findes, com o objetivo de conhecer o desempenho de cada Regional, a partir da receita operacional bruta e número empresas na sua área de atuação. A atuação de cada Diretoria Regional da Findes abrange os seguintes municípios: • Sede na Região Metropolitana da Grande Vitória: Cariacica, Santa Leopoldina, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória. •Diretoria Regional da Findes em Anchieta: Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma. •Diretoria Regional da Findes em Aracruz: Aracruz, Fundão, Ibiraçu, João Neiva e Santa Teresa. •Diretoria Regional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim: Alegre, Apiacá,

172

B1_200M 2013_Ranking.indb 172

Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta. •Diretoria Regional da Findes em Colatina: Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador L i ndenberg , Itag uaç u, Ita ra na, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério. •Diretoria Regional da Findes em L i n ha res: L i n ha res, R io Ba na na l e Sooretama. •Diretoria Regional da Findes em Nova Venécia: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Ecoporanga, Nova Venécia e Vila Pavão. •Diretoria Regional da Findes em São Mateus: Conceição da Barra, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo e São Mateus. • Diretoria Regional da Findes em Venda Nova do Imigrante: Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá e Venda Nova do Imigrante.

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Distribuição das 200 Maiores Empresas segundo Diretorias Regionais da Findes e municípios DIREtORIAs REGIOnAIs DA FInDEs E MUnICíPIOs RMGV

1

GERAL nº EMPREsAs 153

InDÚstRIA ROB*

nº EMPREsAs

COMÉRCIO ROB*

nº EMPREsAs

Tabela

sERVIçO ROB*

nº EMPREsAs

ROB*

R$ 62.636.754

36

R$ 26.694.633

46

R$ 13.531.524

71

R$ 22.410.597

Cariacica

15

r$ 2.633.835

2

r$ 206.524

7

r$ 1.780.710

6

r$ 646.601

Serra

47

r$ 9.469.250

19

r$ 6.418.080

11

r$ 2.045.898

17

r$ 1.005.272

Viana

7

r$ 5.976.230

4

r$ 5.612.197

3

r$ 364.033

-

r$ -

Vila Velha

15

r$ 5.678.902

3

r$ 3.813.313

5

r$ 1.241.213

7

r$ 624.376

Vitória

69

r$ 38.878.537

8

r$ 10.644.519

20

r$ 8.099.670

41

r$ 20.134.348

DRF2 em Anchieta

3

R$ 6.751.361

1

R$ 6.610.740

1

R$ 118.150

1

R$ 22.471

Alfredo Chaves

1

r$ 22.471

-

r$ -

-

r$ -

1

r$ 22.471

Anchieta

1

r$ 6.610.740

1

r$ 6.610.740

-

r$ -

-

r$ -

Guarapari

1

r$ 118.150

-

r$ -

1

r$ 118.150

-

r$ -

DRF em Aracruz

6

R$ 2.902.261

2

R$ 2.645.391

0

R$ -

4

R$ 256.870

Aracruz

6

r$ 2.902.261

2

r$ 2.645.391

-

r$ -

4

r$ 256.870

DRF em Cachoeiro de Itapemirim

9

R$ 1.102.061

6

R$ 873.488

0

R$ -

3

R$ 228.573

Atilio Vivácqua

1

r$ 82.299

1

r$ 82.299

-

r$ -

-

r$ -

Cachoeiro de Itapemirim

7

r$ 900.030

4

r$ 671.457

-

r$ -

3

r$ 228.573

Itapemirim

1

r$ 119.732

1

r$ 119.732

-

r$ -

-

r$ -

DRF em Colatina

10

R$ 2.132.335

2

R$ 637.909

4

R$ 1.120.156

4

R$ 374.270

Colatina

8

r$ 1.769.653

2

r$ 637.909

3

r$ 819.690

3

r$ 312.054

São Gabriel da Palha

2

r$ 362.682

-

r$ -

1

r$ 300.466

1

r$ 62.216

DRF em Linhares

13

R$ 2.035.943

9

R$ 1.288.691

2

R$ 606.548

2

R$ 140.704

Linhares

13

r$ 2.035.943

9

r$ 1.288.691

2

r$ 606.548

2

r$ 140.704

DRF em nova Venécia

1

R$ 108.895

1

R$ 108.895

0

R$ -

0

R$ -

nova Venécia

1

r$ 108.895

1

r$ 108.895

-

r$ -

-

r$ -

DRF em são Mateus

2

R$ 166.901

2

R$ 166.901

0

R$ -

0

R$ -

Conceição da Barra

1

r$ 94.057

1

r$ 94.057

-

r$ -

-

r$ -

Montanha

1

r$ 72.844

1

r$ 72.844

-

r$ -

-

r$ -

DRF em Venda nova do Imigrante

3

R$ 294.152

0

R$ -

1

R$ 186.132

2

R$ 108.020

Santa Maria de Jetibá

2

r$ 228.598

-

r$ -

1

r$ 186.132

1

r$ 42.466

Venda nova do Imigrante

1

r$ 65.554

-

r$ -

-

r$ -

1

r$ 65.554

total Geral

200

R$ 78.130.663

59

R$ 39.026.648

54

R$ 15.562.510

87

R$ 23.541.505

*receita operacional Bruta em r$ milhares 1 região Metropolitana da Grande Vitória 2 diretoria regional da Findes

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

B1_200M 2013_Ranking.indb 173

173

28/10/2013 18:02:11


Ranking |

ANáLISE IDEIES

De acordo com a tabela (pág. 161), a Região Metropolitana da Grande Vitória onde se localiza a sede do Sistema Findes é a região que concentra o número de empresas com a maior receita operacional bruta entre as 200 Maiores Empresas, R$ 62,6 bilhões, correspondendo a 80,2% da receita total. Também é a Regional que possui o maior número de empresas (153), ou seja, 76,5%. O município de Vitória é o de maior destaque nessa Regional, pois a receita operacional bruta das empresas localizadas no município (69 empresas) totaliza R$ 38,8 bilhões. A Diretoria Regional da Findes de Anchieta também merece destaque: as 3 empresas (1,5%) localizadas na região possuem uma receita de R$ 6,7 bilhões ou 8,6% da receita total. Vale destacar ainda o desempenho das Regionais da Findes de Aracruz, Colatina e Linhares, respectivamente, com receitas de R$ 2,9 bilhões, R$ 2,1 bilhões e R$ 2,0 bilhões, e com 6, 10 e 13 empresas. Ao analisar o setor econômico, as 59 empresas industriais do Ranking representam 50% da receita operacional bruta. As 87 empresas prestadoras de serviço se destacam em seguida com 30,1% da ROB e por fim as 54 empresas comerciais, com 19,9%. (Ver gráfico 1).

Número de empresas e participação na ROB total (%), por setor

Indústria Comércio Serviço

174

200 Maiores 2013_ Análise Ideies_FB.indd 174

2 empresas; 2 1,6%Gráfico da ROB 6 empresas; 2,2% da ROB

9 empresas; 3,3% da ROB

2 empresas; 6,8% da ROB 1 empresa; 16,9% da ROB

1 empresa; 0,3% da ROB 2 empresas; 0,4% da ROB

36 empresas; 68,4% da ROB

RMGV

DRF em Anchieta

DRF em Linhares

DRF em Cachoeiro de Itapemirim

DRF em Colatina

DRF em São Mateus

DRF em Aracruz

DRF em Nova Venécia

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

59 empresas 50,0% da ROB

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

Gráfico 2 Número de empresas industriais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes

Gráfico 1

87 empresas 30,1% da ROB

54 empresas 19,9% da ROB

Das 200 maiores empresas do Espírito Santo (edição 2013), o gráfico 2 apresenta como as 59 empresas industriais estão distribuídas. Na Região Metropolitana da Grande Vitória estão localizadas 36 empresas, com receita operacional Bruta de R$ 26,6 bilhões. Já na Regional de Anchieta destaca-se com 1 empresa representando 16,9% da ROB total das empresas industriais (R$ 6,6 bilhões). Merecem destaque, também, as empresas localizadas na área de abrangência da Diretoria de Aracruz: 2 empresas e ROB de R$ 2,6 bilhões.

As 46 empresas comerciais localizadas na área de abrangência da Região Metropolitana da Grande Vitória representam 86,9% da ROB total deste setor econômico (R$ 13,5 bilhões). Destaca-se, também, a Regional de Colatina – suas 4 empresas representam 7,2% da ROB total

anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

30/10/2013 10:04:30


Foto: Elizabeth Nader

(R$ 1,1 bilhão) – e a Regional de Linhares – suas 2 empresas representam 3,9% da ROB total (606,5 milhões - ver gráfico 3).

Número de empresas Gráfico 3 comerciais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes 4 empresas; 7,2% da ROB

2 empresas; 3,9% da ROB

1 empresa; 1,2% da ROB

1 empresa; 0,8% da ROB

Das 87 empresas prestadoras de serviço, conforme o Ranking do Anuário das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2012”, 71 estão localizadas na Região Metropolitana da Grande Vitória (o que corresponde a 81,6%) e representam 95,2% da ROB total deste setor(R$ 22,4 bilhões), conforme gráfico 4. Gráfico 4 Número de empresas prestadoras de serviço e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes Gráfico 4 3 empresas; 4 empresas; 1,0% da ROB Gráfico 4 1,1% da ROB

Gráfico 2

1 empresa; 0,1% da ROB

4 empresas; 1,6% da ROB 2 empresas; 0,6% da ROB 2 empresas; 0,5% da ROB

46 empresas; 86,9% da ROB

RMGV

DRF em Anchieta

DRF em Linhares

DRF em Venda Nova do Imigrante

71 empresas; 95,2% da ROB

DRF em Colatina Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

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Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

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AnáLISE IdEIES

PESQUiSa DE CLiMa

O

Anúario 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerado uma importante publicação de avaliação da economia capixaba, tem proporcionado dados e informações valiosas acerca das empresas e grupos empresariais instalados no Estado. Esta edição apresenta algo novo: análise pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) dos resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores Empresas desta edição, obtendo respostas de 138 empresas. O objetivo da pesquisa é avaliar o potencial do Espírito Santo e o clima dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles comparados aos resultados apresentados na pesquisa realizada no ano anterior. É importante ressaltar que foram adotados os seguintes critérios para análise das notas atribuídas pelas empresas respondentes (de 0 a 10): • Notas baixas: 0 a 4 pontos • Notas médias: 5 a 7 pontos • Notas altas: 8 a 10 pontos

Avaliação do potencial do Espírito santo e perspectivas para a economia capixaba Para melhor compreender a percepção das empresas com relação ao Espírito Santo apresenta-se a seguir a avaliação do potencial do Estado. O Gráfico 1 mostra a opinião das empresas no que se refere à localização geográfica do Estado, onde 37,8% das empresas avaliaram com nota máxima (10) este quesito, o que representa um aumento de 2,1 pontos percentuais quando comparado ao ano anterior (35,7% em 2012). As notas de 0 a 4 não foram mencionadas nas respostas. Gráfico 1

Localização geográfica

37,8% 29,0%

15,9%

15,2%

0% 0% 0% 0% 0% 1,4% 0,7% 0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

Fotos: PMW / Yuri Barichivich

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O Gráfico 2 demonstra a percepção geral das empresas com relação a infraestrutura logística do Espírito Santo. As notas medianas destacaram-se em relação às demais notas (60,9% das empresas classificaram com notas 5, 6 e 7). Apesar do resultado de 2013 não ter se destacado com notas altas (8, 9 e 10) o resultado foi positivo quando comparado com as avaliações realizadas em 2012 (71,4% dos empresários classificaram a infraestrutura do Espírito Santo com notas de 5, 6 e 7 em 2012 significando uma redução em 10,5 pontos percentuais em 2013 em relação ao ano anterior nas avaliações de média classificação). Gráfico 2

Infraestrutura Logística 23,2%

22,5%

15,2%

13,8%

10,1%

0% 0% 0

1

3,6% 2,9% 2

3

3,6% 4

5

6

7

8

5,1%

9

10

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

A infraestrutura logística, quando detalhada em Portos, Rodovia e Aeroporto, obteve os resultados apresentados no gráfico 3. As avaliações de Aeroporto e Rodovia destacaram-se com um percentual expressivo de empresas que os classificaram com baixa qualidade (70,3% e 62,4%, respectivamente) e Portos destacou-se como média qualidade (51,5% das empresas). Todos os 03 itens tiveram aumento da baixa classificação por

Gráfico 4

Infraestrutura logística Comparativo 2012 X 2013 67%

70% 63% 55% 50% 42%

36% 32%

33%

29% 24%

52%

18% 12%

4% 6%

3% 4%

Aeroporto

Rodovia

Baixa 2013

Média 2013

Alta 2013

Baixa 2012

Média 2012

Alta 2012

Portos

Redução em 10,5 pontos percentuais na classificação da infraestrutura logística com notas médias (5, 6 e 7) de 2012 para 2013 (Gráfico 2)

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edições 2012 e 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

parte dos empresários quando comparado com o ano anterior conforme apresentado no gráfico 4. Outro fator importante para as empresas capixabas, a qualificação da mão de obra, foi avaliada como de média qualidade este ano conforme representado no gráfico 5 (75% das empresas classificam a mão obra capixaba como de média qualidade). Apenas 16% das empresas responderam que a qualificação é de alta qualidade no Espírito Santo, uma situação preocupante já que ano anterior essa representação era de 18%. Isso significa que para os empresas que responderam o questionário, a mão de obra de alta qualidade do Estado reduziu em 2,0 pontos percentuais de 2012 a 2013.

Qualificação da mão de obra

Gráfico 5

9%

Gráfico 3

Infraestrutura Logística Portos 12,3%

51,5%

36,2%

Rodovia 4,3% 33,3%

62,4%

Aeroporto 5,8% 23,9%

70,3%

Alta

Média

Baixa

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

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16%

75%

Baixa Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

Média

Alta

75% avaliaram a mão de obra capixaba como de média qualidade 177

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AnáLISE IdEIES

As empresas, quando questionadas sobre as condições gerais da economia capixaba, demonstraram grande otimismo, visto que, 48% avaliaram que estão confiantes na economia para o próximo ano (gráfico 7).

Expectativas da economia

Muito confiante 4%

Pessimista 9%

Quanto às políticas de incentivos fiscais para contribuir com o desenvolvimento das empresas capixabas, 56% das empresas respondentes avaliaram com nota média as atuais políticas existentes (gráfico 6). Entretanto, ao analisar as melhorias nas políticas de incentivos fiscais no último ano, é possível perceber que as mudanças já vêm demonstrando resultados positivos segundo os empresários capixabas, pois, em 2012, 26% das empresas respondentes avaliaram as politicas de incentivos com nota baixa. Já este ano, este número reduziu para 19%, representando uma queda na insatisfação de 7,0 pontos percentuais.

Política de incentivos fiscais

Redução em 7,0 pontos percentuais na avaliação com nota baixa à política de incentivos fiscais do Espírito santo 178

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Gráfico 6

Gráfico 7

Deve permanecer 9%

Confiante 48%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

O resultado de 2013 em relação ao ano anterior (para 41% das empresas, pioraram) não desmotivou as empresas capixabas (gráfico 8).

Comparativo da economia Pioraram muito 3%

Gráfico 8

Melhoraram muito 4%

19%

25%

Melhoraram 18% Pioraram 41% 56%

Baixa Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

Média

não se alteraram 36%

Alta Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

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Gráfico 9

Expectativas da empresa

Comparativo da empresa

Gráfico 10

Melhoraram muito 6% Pessimista 2% Muito confiante 16%

Pioraram 13%

Deve permanecer 21% não se alteraram 35%

Confiante 61%

Melhoraram 46%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

Quando questionadas sobre as condições gerais em relação a sua empresa, as avaliações demonstraram grande otimismo: 61% avaliaram que estão confiantes no crescimento de sua empresa para o próximo ano. Apenas 2% das empresas estão pessimistas para o ano de 2014. Este otimismo é reflexo do resultado do ano anterior (ver gráficos 9 e 10). Por fim, ao avaliarem o poder político do Espírito Santo em relação ao cenário nacional, a maior parte (51%) avaliou-o que o estado possui uma baixa influência conforme apresentado no gráfico 11,

com este número aumentando 9,0 pontos percentuais em relação ao ano anterior. (42% das empresas avaliaram o Espírito Santo com baixa influência em 2012).

Poder político no cenário nacional

Gráfico 11

9%

51%

40%

Baixo

Médio

Alto

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nic

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61% estão confiantes no crescimento da empresa para o próximo ano (Gráfico 9)

Conclusões A pesquisa de clima permitiu ter uma estimativa do ponto de vista dos empresários capixabas em relações às condições gerais da economia do Estado. As empresas puderam avaliar diversos fatores como infraestrutura e mão de obra capixaba, explicitando seu grau de satisfação através das atribuições de notas entre zero a dez. Os resultados apresentados demonstraram que apesar das condições favoráveis que o Espírito Santo apresenta devido sua localização geográfica, o Estado tem deixado a desejar no quesito infraestrutura logística, já que os portos, rodovias e principalmente aeroporto tiveram avaliação negativa por maior parte dos empresários. Outra avaliação negativa foi em relação à qualidade da mão de obra capixaba que regrediu em relação ao ano anterior. Mas, as empresas avaliaram que há outros pontos que estão melhorando: a pesquisa comprovou um aumento na satisfação das políticas de incentivos fiscais existentes. Os empresários demonstraram também expectativas positivas para o próximo ano em relação à economia capixaba: 61% das empresas estão confiantes para o crescimento do seu negócio em 2014.

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SiStEma findES fotos: findes

O Sistema findes está investindo na qualificação profissional no interior do Estado, com a inauguração das agências de treinamento municipal

Sistema Findes: a indústria capixaba mais forte Entidades trabalham de forma integrada para o desenvolvimento da indústria capixaba, gerando emprego e renda no Espírito Santo

a

Federação das Indúst r ias do Espírito Santo (Findes) é a entidade responsável por representar as cerca de 14 mil indústrias capixabas. Reunidas em 31 sindicatos que compõem a Federação, essas empresas respondem por 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, gerando mais de 200 mil postos de trabalho em todo o Estado. Atuando como principal interlocutora do setor produtivo capixaba e maior entidade

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empresarial do Espírito Santo, a Findes apoia o crescimento dos empreendimentos capixabas e, com isso, o avanço social e econômico do Estado. A entidade realiza diversas iniciativas para interiorização do desenvolvimento e qualificação de mão de obra em todo o Estado e também faz a representação institucional, política e estratégica de todos os segmentos industriais capixabas com os poderes constituídos e com os setores organizados da sociedade. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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As ações da Findes contribuem para o crescimento do parque produtivo do Espírito Santo, para a formulação da política industrial do Estado, e ainda fazem a ponte entre os sindicatos filiados e outros segmentos da sociedade. Para defender os interesses da indústria, a instituição foca suas ações nas áreas de infraestrutura, relações de trabalho, legislativa, comércio exterior, política industrial e inovação tecnológica, desenvolvimento regional, meio ambiente, responsabilidade social, micro e pequenas empresas, além de desenvolver programas de fortalecimento da base sindical e do associativismo. Desde 2011, quando assumiu a responsabilidade de dirigir os rumos da Federação, a atual gestão tem dado foco e concentrado esforços na tarefa de ampliar, manter e aumentar a qualidade da educação regular e profissional que o Sistema Findes oferece ao industriário e à sociedade capixaba em geral. “E m nos s a gest ão, proc u r a mos modernizar e interiorizar o Sistema, contemplando prat icamente todo o Estado com os recursos e ações da Findes. Para isso, temos um plano de investimentos de R$ 104 milhões até 2015, dos quais mais de R$ 83 milhões serão voltados para a educação. Temos metas e objetivos audaciosos, como por exemplo, a construção do Centro Integrado de Anchieta, a Escola do Senai em Cachoeiro de Itapemirim, o Instituto Senai de Tecnologia, além de investimentos na ampliação do Sesi em Linhares, o Centro Vocacional da Indústria de Vestuário em Colatina, o Centromoda em Vila Velha, e ainda a ampliação do Centro Integrado do Civit e a Escola do Plástico na Serra”, ressalta o presidente da Findes, Marcos Guerra. Ao mesmo tempo, a gestão Guerra também realiza um trabalho de incentivo ao associativismo e ações direcionadas a atrair novos filiados. “Nosso objetivo é contribuir na construção de um cenário econômico, social e ambiental que favoreça o crescimento da

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indústria capixaba, beneficiando tanto os empresários quanto seus colaboradores, com impactos positivos sobre a geração de emprego e renda e, consequentemente, sobre o desenvolvimento do Espírito Santo”, afirma o dirigente Para Guerra, o fortalecimento do associativismo é fundamental no trabalho da Federação. “Acreditamos que a presença dos industriais auxiliará na criação de melhores condições para a operação das empresas e na busca por mais competitividade, inclusive para os arranjos produtivos locais”, destaca.

as entidades que compõem o Sistema Findes O Sistema Findes é composto por sete entidades que trabalham de forma integrada para o desenvolvimento da indústria capixaba. Juntos, Findes - Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo; Cindes - Centro da Indústria do Espírito Santo; Sesi - Serviço Social da Indústria; Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; IEL-ES - Instituto Euvaldo Lodi; Ideies - Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo; e IRI - Instituto Rota Imperial promovem ações para garantir uma posição de destaque para o Estado nos níveis político, econômico e social. Cada entidade representa um setor de interesse estratégico do industrial capixaba, oferecendo serviços diferenciados em diversas áreas de negócios do Sistema Findes: educação básica e qualificação prof i ssiona l, d i f u são tec nológ ic a, desenvolv imento indust rial, saúde, segurança do trabalhador, lazer e cultura, além da representação institucional. Cumprindo hoje o papel de grande impulsionador de desenvolvimento da indústria e da economia do Estado, o Sistema Findes está presente no Espírito Santo há 55 anos, trabalhando ativamente na construção de um futuro melhor para as próximas gerações de capixabas.

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SiStEma findES

Fortalecimento do associativismo

Diretorias e núcleos regionais Uma das prioridades do Sistema Findes é colaborar com a interiorização do desenvolvimento econômico capixaba. Como meio de levar sua representação institucional mais ativamente para o interior do Estado, a Federação instituiu suas Diretorias e os Núcleos Regionais, que funcionam como ponto de apoio do industrial nas macrorregiões do Espírito Santo. Encontram-se distribuídos em oito municípios estratégicos, do ponto de vista industrial: Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Aracruz, Colatina, Linhares, São Mateus e Nova Venécia.

a findes estreita suas parcerias internacionais através de viagens de negócios, como a realizada à China em 2013

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O Sistema findes finalizou em 2013 uma série de encontros destinados a fomentar o desenvolvimento do associativismo e o fortalecimento sindical, denominados “dia dE associar-se”. Realizadas nas diretorias regionais da findes, essas reuniões, que tiveram início em 2011, superaram as expectativas da federação. Considerando-se os eventos realizados em todas as regiões, cerca de 1,3 mil pessoas participaram dos encontros, ultrapassando a estimativa inicial para o “dia dE associar-se”. além de discutir os desafios e dificuldades enfrentados pelas organizações do interior do Estado, como a escassez de mão de obra, qualificação profissional deficiente, dificuldade de acesso ao crédito e questões ambientais, entre outros temas importantes sobre os quais a findes e os sindicatos buscam soluções junto às empresas filiadas, a iniciativa do “dia dE associar-se” rendeu 2.037 visitas nas indústrias, e cerca de 522 empresas se associaram aos sindicatos, atingindo o objetivo da federação.

Cada Diretoria ou Núcleo Regional da Findes oferece toda a estrutura e conforto em suas instalações para atender aos sindicatos dos setores produtivos e suas principais demandas. São espaços para a realização de reuniões e encontros que promovam a atividade industrial de cada região. Por meio delas, o Sistema Findes pode acompanhar de perto o processo de desenvolvimento econômico dessas regiões. Também é objetivo dessas diretorias integrar outros segmentos econômicos (comércio e serviços), trazendo os empresários para a discussão e construção coletiva da economia local, além da distribuição do desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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a participação em feiras como a mEC Show fortalece a indústria capixaba

Diretorias para assuntos Específicos A Findes também atua hoje através de oito Diretorias para Assuntos Específicos: Fortalecimento Sindical, Micro e Pequenas Indústrias, Assuntos Tributários, Meio Ambiente, Capacitação e Desenvolvimento Humano, Marketing e Comunicação, Desenvolvimento da Indústria Capixaba, e Inovação Industrial. Criadas na atual gestão da Findes, essas diretorias têm como objetivo mapear mais de perto as necessidades das principais áreas temáticas que são foco de especial atenção da entidade. Para o presidente da Findes, Marcos Guerra, esse modelo de gestão, participativa nas decisões e segmentada nas ações, tem permitido avançar em várias frentes, dentro da estratégia de conferir um novo perfil à indústria capixaba, com maior agregação de valor aos produtos, gestões mais eficientes e empresas mais competitivas na busca por novas oportunidades e investimentos.

Sesi O Serviço Social da Indústria do Espírito Santo (Sesi/ES) oferece soluções sociais para as indústrias capixabas, seus trabalhadores e dependentes. Está focado em quatro áreas de negócio: Educação; Lazer e Cultura; Segurança e Saúde do Trabalho; e Responsabilidade Social Empresarial. A entidade atua por meio de 13 unidades de negócios distribuídas em sete municípios capixabas, localizadas nas regiões de maior concentração de indústrias: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim.

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Na educação básica, o Sesi oferece desde a educação infantil até o ensino médio articulado com a Educação Profissional (Ebep), além do Projeto Intensivo para o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Em 2013, a Rede Sesi de Ensino do Espírito Santo contabilizou mais de 12 mil matrículas. Esse resultado positivo é fruto dos diferenciais da instituição que, além de seguir as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais nos anos do ensino fundamental, ainda trabalha junto aos alunos outros princípios, como a importância da saúde, da qualidade de vida, da cultura e do exercício da cidadania.

Senai O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/ES) atua para qualificar pessoas para trabalhar no setor industrial capi x aba. Referência no apoio ao desenvolvimento da indústria do Estado, o Senai/ES está sempre atento às novas tecnologias, aprimorando e ampliando sua oferta de serviços técnicos e tecnológicos e de educação profissional. Possui nove Unidades Operacionais localizadas em Vitória, Vila Velha, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Anchieta e Aracruz. Nelas, promove a capacitação e qualificação de recursos humanos, prestação de serviços, assessoria ao setor produtivo, serviços de laboratório e informação tecnológica. Além das unidades físicas, a entidade mantém o Programa de Ações Móveis, que leva o conhecimento aos locais mais distantes do Estado. A fim de ampliar a qualidade dos serviços oferecidos pelo Senai/ES, as unidades da entidade localizadas na Grande Vitória estão sendo estruturadas com investimentos em torno de R$ 34 milhões, destinados não só para as reformas, mas também para a aquisição de novas máquinas e equipamentos. As unidades passarão ainda por modernização das salas de aula, que receberão recursos didáticos interativos em torno de R$ 500 mil. Em 2013, a entidade ainda focou suas ações em iniciativas voltadas a atender aos municípios que não possuem unidades físicas do Sesi e Senai. Por meio de parcerias anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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com o poder público local, tiveram início neste ano as Agências de Treinamento Municipal (ATMs), instaladas em Ibiraçu, Vitória e São Gabriel da Palha; e o Projeto Escola Móvel, implantado em Governador Lindenberg. A Findes trabalha com a meta de instalar Agências de Treinamento em 10 municípios capixabas até 2014. No próximo ano, o Senai também deve expandir suas fronteiras, com a inauguração da Faculdade Senai de Tecnologia, iniciando os cursos de Engenharia Mecânica e de Controle e Automação. Outra novidade para 2014 é que a entidade vai ganhar o Instituto Senai de Tecnologia (IST).

iEl-ES O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) é a entidade do Sistema Findes que atua para promover soluções em conhecimento, gestão e inovação, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas capixabas. Tem foco na educação executiva e aperfeiçoamento da gestão, além da oferta de programas de estágios. O diálogo permanente com o setor empresarial torna o IEL-ES uma das mais importantes entidades no suporte ao desenvolvimento da indústria, contribuindo para a superação de gargalos e identificação de oportunidades para as empresas.

Agência de Treinamento Municipal Em 2013, o Sistema findes lançou um novo conceito para a educação tecnológica e profissional para o setor industrial. denominado de agência de treinamento municipal (atm), tem por objetivo atender às cidades de pequeno ou médio porte do interior do Espírito Santo. Por meio dessa iniciativa, os municípios terão acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/iEL, em parceria com os governos locais. Para a implementação de uma agência de treinamento é necessário realizar a avaliação da demanda local por meio de um estudo de viabilidade no município e elaborar um projeto de implantação que considere a definição das linhas de atuação de cada agência, de acordo com a demanda local. Uma vez comprovada a viabilidade do projeto, a prefeitura encaminha um projeto de lei para a Câmara municipal, para garantir o amparo legal necessário.

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Escola Móvel a Escola móvel oferece diversas opções de cursos, conforme a demanda industrial do município e da região. a unidade é montada com módulos educacionais articuláveis, que formam salas de aulas e laboratórios. O projeto prevê que a unidade fique instalada por até seis meses em cada município. a expectativa é que nesse período aproximadamente 1,5 mil pessoas sejam atendidas e cerca de duas mil matrículas sejam efetuadas.

O IEL-ES consolida ainda a atual gestão com a parceria firmada com a HSM Educação. Juntas, as entidades levam para a sala de aula as principais tendências do management mundial. Na educação executiva o IEL conta também com parcerias de escolas de negócios internacionais, como por exemplo: Wharton, McGill, Isead e HEC Paris.

centro de apoio aos Sindicatos O Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) tem como objetivo principal assessorar no atendimento às demandas internas e externas dos sindicatos filiados à Findes, disponibilizando profissionais das áreas de Administração, Marketing, Eventos, Direito, Contabilidade, Arrecadação e Associativismo.

centro internacional de negócios O Centro Internacional de Negócios (CIN-ES) tem como objetivo oferecer ser v iços de inteligência comercia l, atendimento, promoção comercial e capacitação em comércio exterior e negócios internacionais, através de ações direcionadas às micro, pequenas e médias indústrias capixabas.

instituto Rota imperial – iRi O Instituto Rota Imperial (IRI) foi criado para fomentar o desenvolvimento turístico e a economia dos municípios situados no trajeto da Rota Imperial. No Espírito Santo, 14 cidades fazem parte da Rota, que liga Ouro Preto, em Minas Gerais, a Vitória. 187

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A Rota Imperial Capixaba começa no Palácio Anchieta - Marco Zero - e vai até Iúna, na região do Caparaó. O caminho está demarcado e sinalizado com 385 totens chamados de marcos. O Sistema Findes é o responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial, com o apoio do Ministério do Turismo e em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Mapa Estratégico da indústria capixaba Em 2013, a Findes apresentou ao governo do Estado o Mapa Estratégico da Indústria 2013/2022, também conhecido como “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba”. Com o levantamento, que representa a visão do industrial capixaba sobre quais são os melhores rumos para a economia do Estado, a Findes tornou-se a pioneira na base que compõe a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em atualizar o seu Mapa Estratégico, detalhando desafios e diagnósticos precisos e objetivos, distribuídos nas perspectivas do desenvolvimento, interligados por relações de causa-efeito.

Com a elaboração do mapa Estratégico, o Sistema findes definiu objetivos e prioridades para o desenvolvimento da indústria capixaba até o ano de 2022

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através do instituto Rota imperial, o Sistema findes fomenta o desenvolvimento turístico de cidades do interior capixaba

Composto por 12 temas estratégicos, o Mapa tem como v isão central o desenvolvimento sustentável e apresenta ainda 24 objetivos estratégicos, 67 ações (programas e/ou projetos) e 40 indicadores, com metas para 2015 a 2022. Entre os focos de atuação destacados no documento, elaborado pelo Ideies, estão a expansão da base industrial; segmentos-âncora; sustentabilidade e responsabilidade social; exportação de produtos e serviços; indústria criativa; e competitividade empresarial. “Com o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba, temos um conjunto de ações propostas que contribuirão para o desenvolvimento das 71 ações do Sistema Findes com maior sustentabilidade e com metas para o período. Esse conjunto de ações visa a superar os atuais gargalos e evitar que surjam outros que possam inibir o desenvolvimento econômico e socioambiental do Espírito Sa nto, au x i l ia ndo, pa ra lela mente, no aumento das vantagens competitivas da indústria capixaba”, explica Marcos Guerra. Para a próxima década, a estratégia da Findes estará voltada para o aumento de condições favoráveis à indústria capixaba, permitindo a descentralização do desenvolvimento, maior peso na economia local de empresas inovadoras e comprometidas com a produção de bens de maior valor agregado, maior diversificação e participação no comércio nacional e internacional, além de melhorar a formação profissional. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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EconoMia |

agROindúStRia E agROnEgóCiOS

foto: mCCVV - E.J. manzi

fruticultura é responsável por 60 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva

agronegócio movimenta R$ 23 bilhões por ano no Espírito Santo O setor é um dos mais promissores do Estado, responsável por 30% do PiB capixaba

o

agronegócio capixaba é responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, percentual maior do que a média brasileira, que varia entre 21% e 22%. É um dos setores mais promissores do Espírito Santo e cresce cada vez mais. A agroindústria local está baseada na produção de café, pecuária de corte e de leite, cana-de-açúcar, produtos do cacau, pimentado-reino e macadâmia, entre outros. A cadeia produtiva do agronegócio envolve desde o produtor rural, responsável pela matéria-prima, à agroindústria, que a processa e a transforma em produtos para consumo, passando pela logística, que faz o t ransporte e dist ribuição dos produtos preparados nas fábricas para o consumidor. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o agronegócio

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capixaba emprega 317 mil pessoas. Somente em 2013, até o mês de abril, toda a cadeia produtiva foi responsável por 6.235 contratações, contra 1.648 demissões na área rural do Espírito Santo, o que gera um saldo de 4.587 empregos – números que impulsionam a economia e transformam o agronegócio em um dos grandes empregadores do Estado. A Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) estima que o movimento do agronegócio se mantenha em 2013 da mesma maneira que no ano passado, na faixa de R$ 23 bilhões ou mais em volume financeiro, sendo ainda o café o carrochefe, seguido da pecuária. “Nos últimos cinco anos, o valor bruto da produção agropecuária cresceu 40%, uma dinâmica que não se vê em outros estados”, explicou o secretário da pasta, Enio Bergoli. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Além das agroindústrias de grande porte, ligadas ao café, celulose, chocolate, macadâmia, água de coco, produção de polpas e suco de frutas, o Estado ainda tem cerca de 1,3 mil micro e pequenas agroindústrias rurais de produtos como queijos, iogurte, linguiças, todos comercializados no agroturismo do Espírito Santo. “Temos um projeto específico para o empreendedorismo rural e a agroindústria familiar. Vamos formalizar e registrar pelo menos 650 desses pequenos empreendimentos até o final do próximo ano, por meio de assistência técnica, capacitação e serviços de inspeção que permitirão a comercialização dos produtos com valor agregado em todo o território capixaba, o que abre janelas de oportunidades para o crescimento e fortalecimento das agroindústrias de pequeno porte localizadas no campo”, afirma o secretário.

Exportação Mesmo com toda essa pujança, a crise econômica mundial, que afetou o comércio internacional em todos os continentes e países, também atingiu o agronegócio capixaba. O Espírito Santo fechou os primeiros oito meses deste ano com exportações de US$ 1,23 bilhão, montante 8,69% menor do que os US$ 1,34 bilhões exportados em 2012, segundo dados da Seag. A celulose é responsável por 62,4% do total exportado pelo agronegócio capixaba, com um valor de US$ 764,8 milhões, seguida do café e derivados, com 28% e montante de US$ 343,2 milhões; pimentas do

Os principais produtos da pauta de exportações do agronegócio no Espírito Santo foram: • Celulose, com 62,4% do total exportado pelo agronegócio, ou US$ 764,8 milhões • Café e derivados, com 28% ou US$ 343,2 milhões • Pimentas do reino e rosa, com 2,32% ou US$ 28,5 milhões • Carne bovina, com 1,65% ou US$ 20,21milhões • Produtos derivados de cacau, com 1,58% ou US$ 19,42 milhões • açúcar de cana, com 1,34% ou US$ 16.36 milhões • mamão, com 1,09% ou US$ 13,4 milhões fonte: iJSn - instituto Jones dos Santos neves

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Participação (%) dos principais produtos do agronegócio capixaba no total das exportações Produtos de cacau 1,2% Mamão 1,24% Pimenta seca 2,66% Café solúvel 2,92% Demais 3,44%

Celulose 62,44% Café e grão 26,1%

reino e rosa, com US$ 28,5 milhões (2,32%,); carne bovina, com US$ 20,21milhões (1,65%); e produtos derivados de cacau, com US$ 19,42 milhões (1,58%). Os preços médios praticados de janeiro a agosto no mercado internacional também foram inferiores aos do ano anterior. Ainda assim, o volume de exportações reduziu-se apenas 4,1%. Vários produtos tiveram queda de preço: café verde (-18,7%), pimenta-do-reino (-3,96), açúcar (-24,14), carne bovina (-3,62%) e chocolates (-8,97%). Dos produtos importantes na pauta de exportações capixaba, houve pequenos acréscimos nos preços internacionais da celulose, com 2,04%, e mamão – fruta de que o Espírito Santo é o maior exportador do Brasil –, com 6,04%. “O período foi de preços médios baixos para os produtos mais importantes de nossa pauta de exportações, e mesmo assim, com todas as dificuldades, praticamente não perdemos espaço no mercado externo, pois o volume exportado caiu muito pouco”, destaca Bergoli. A redução das divisas com as exportações de cafés verde, solúvel e torrado foi de US$ 79,5 milhões, sendo esse grupo o grande responsável pela queda total de US$ 116,7 milhões nas exportações do agronegócio capixaba. “A agropecuária capixaba e seus negócios associados se caracterizam pela competitividade, pois enfrentam entraves como custos elevados de logística para alguns produtos, além de barreiras tarifárias, sanitárias e outros gargalos inerentes ao comércio internacional, e mesmo assim continua evoluindo e gerando divisas para nosso Estado”, afirma Bergoli.

60 mil É o número aproximado de pessoas que estão, direta ou indiretamente, empregadas na pecuária leiteira no Espírito Santo

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agROindúStRia E agROnEgóCiOS

Café e seus derivados são responsáveis por 28% do agronegócio capixaba exportado

café comanda o agronegócio O café é o carro-chefe do agronegócio do Estado, contribuindo com 26% da produção nacional. A previsão de safra para este ano é de aproximadamente 11,7 milhões de sacas, gerando R$ 2,5 bilhões para o Espírito Santo. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé), Sergio Brambilla, o setor tende a crescer cada vez mais. “O Espírito Santo está em ascendência em relação ao café Conilon, que é muito favorecido pelo clima do Estado. A tendência é que ele cresça tanto em produtividade quanto em qualidade. Já o café Arábica deve crescer mais em qualidade”. Segundo o representante da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) no Conselho Temático da Agroindústria (Coagro) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Angelo Mendes Rambalducci, outros setores estão sólidos e fortes no Estado, como a pecuária e a fruticultura. “O agronegócio é bem vasto e contribui muito para manter a economia do Estado em franco crescimento. Todos os setores reivindicam melhor tecnologia de produção, para produzir mais e melhor e incrementar ainda mais a presença do agronegócio na economia capixaba”, ressaltou. De acordo com Rambalducci, a pecuária ocupa o segundo lugar no ranking estadual, com produção de 450 milhões de litros de leite por ano. Apesar da estiagem que assola o norte e o noroeste do Espírito Santo, responsável por queda da produção, o montante ainda é 20% maior do que no ano passado. 192

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Os dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) demonstram que a pecuária de leite e corte conta com 2,2 milhões de cabeças de gado, sendo que 60% desse total são animais para abate e os 40% restantes são rebanhos leiteiros, com produção diária de 1,3 milhão de litros de leite. Atualmente, cerca de 60 mil pessoas estão empregadas na pecuária leiteira no Espírito Santo. Do total de postos de trabalho, 35 mil são empregos diretos e 25 mil indiretos. Na pecuária de corte são 11 mil produtores. A fruticultura é outro setor que está em franca expansão no agronegócio capixaba e anualmente o Espírito Santo tem produzido mais de um milhão de toneladas de frutas, respondendo por 60 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva de polpas e sucos de frutas. A área de fruticultura do Estado corresponde a 85,5 mil hectares plantados e os polos incluem as culturas do abacaxi, acerola, banana, cacau, caju, coco, goiaba, laranja, mamão, maracujá, manga, morango, tangerina e uva. E é para investir principalmente em fruticultura que os empreendedores do agronegócio têm procurado crédito junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Até setembro, a instituição liberou mais de R$ 150 milhões por meio de quase 2,8 mil projetos de agronegócio. Até o final de 2013, o Bandes trabalha com a expectativa de liberar mais de R$ 200 milhões para o setor em todo o Espírito Santo. De acordo com o diretor-presidente do Bandes, Guilherme Henrique Pereira, a entidade tem feito um trabalho de divulgação e de orientação para que empreendedores tenham acesso ao crédito e diversifiquem suas atividades, gerando emprego, renda e competitividade para a economia local. “O Governo do Estado deu uma incumbência para o Bandes: ampliar o investimento nas atividades produtivas em diversas áreas. No agronegócio, queremos que o produtor rural invista para melhorar a qualidade e a produtividade”, enfatizou. A agroindústria capixaba conta ainda com a produção de ovos, concentrada principalmente em Santa Maria de Jetibá, que detém 90% da produção estadual de 7 milhões de ovos por dia, oriundos de 8 milhões de aves de postura. O Estado possui também com 9 a 10 milhões de aves para abate, sendo que a estimativa da Seag é de que são vendidos 200 mil frangos abatidos por dia do Espírito Santo. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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aLimEntOS E BEBidaS

inflação assustou no começo de 2013 e repercutiu negativamente na indústria de alimentos e bebidas

Setor de alimentos e bebidas acende sinal amarelo depois de ver seu faturamento crescer quase 20% em 2011, atividade chega a 2013 registrando pequena recessão de 0,4%

o

sinal amarelo está aceso entre os empresários do setor de alimentos e bebidas no Espírito Santo. Depois de registrar crescimento de 19,7% no faturamento em 2011, a atividade desacelerou e fechou 2012 com expansão de apenas 1,4%. A crise econômica internacional repercutiu no Brasil e contribuiu para piorar os resultados nos primeiros meses de 2013. Dados do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) mostram que o faturamento caiu 0,4% na variação acumulada no ano (janeiro a junho) em relação ao mesmo período de 2011. A indústria da alimentação é geralmente a última a sentir os efeitos de uma crise econômica. Entretanto, no início de 2013, apesar de

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o tomate ter sido o centro das atenções, o setor acabou se tornando o protagonista de uma novela que o brasileiro conhece, mas não vale a pena ver de novo: a alta inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) chegou a 6,59% em março, no acumulado de 12 meses, bem acima da meta de 4,5% do governo federal. O presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Gibson Barcelos Reggiani, revela que as medidas governamentais de contenção da inflação passam por redução do dinheiro circulante no mercado, ou seja, restrição ao crédito ou redução dos investimentos. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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“Nessas circunstâncias, o acesso à compra é normalmente dificultado pela redução do poder aquisitivo, em função dos baixos níveis de investimento e da consequente redução do número de empregos. Com raras exceções, essa dificuldade abrange toda a economia, inclusive o setor de alimentos e bebidas. O aumento da inflação é um fato e os efeitos das ações do Governo também. A redução da demanda já é perceptível, mas esperamos que haja uma reversão dessa tendência com a chegada do final de ano”, analisa Reggiani. No Brasil, o cenário é parecido com aquele enfrentado pelas indústrias capixabas, apesar de menos perceptível. Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia), o faturamento cresceu 12,6% em 2012 – menos que os 15,9% registrados em 2011 –, chegando a R$ 431,9 bilhões. As indústrias que sofrem menos nesses períodos são as de grande porte, que costumam atuar em mercados externos. Entretanto, o cenário e as medidas tomadas pelo governo federal vão afetar diretamente 90% das 891 empresas do setor no Estado, que são de micro e pequeno porte. No setor de alimentos e bebidas, o número de empregos, que fechou 2012 com saldo positivo de 498 novas vagas criadas, já registra queda, de janeiro a junho deste ano, de menos 225 postos de trabalho. “No ano de 2013, a produção física industrial do setor no Espírito Santo sofreu decréscimo de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os empresários estão na expectativa de que haja uma retomada da economia”, ressalta Gibson Barcelos Reggiani.

nos últimos tempos. Isso fez com que o setor buscasse o trigo em outros países, como Estados Unidos e Canadá, tornando o custo mais caro. Além disso, o próprio trigo é diferente do que estamos acostumados”. Os grandes volumes de importação de sua principal matéria-prima deixa o Brasil sujeito a fatores externos. A última safra de trigo da Argentina, por exemplo, foi a pior em 111 anos. O dólar, que passou meses abaixo de R$ 2, chegou a R$ 2,45 em agosto de 2013, sendo que especialistas já previram que a moeda pode chegar a R$ 2,70 até o fim do ano. Esses fatores colocam o setor de massas alimentícias entre os mais afetados pela crise internacional e a desvalorização do real. O trigo, além de sua principal matériaprima, corresponde a até 80% do preço dos insumos na indústria de panificação e 50% na de biscoitos. “Grande parte da farinha que consumimos é importada, por isso a valorização do dólar impacta bastante os nossos custos, elevando os preços praticados”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias do Espírito Santo (Sindimassas), Emerson de Menezes Marely. Para reduzir os efeitos da elevação do preço dos insumos para o consumidor, as indústrias buscam alternativas para bai xar custos, como invest imentos em tecnologia e ganhos de produção. “O consumo chega a cair quando os preços são reajustados, mas como as massas e a farinha de trigo passam bela passe da alimentação, a tendência é que ele vá se ajustando com o tempo”, destaca Marely.

Massas alimentícias

Entraves

A Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias (Abima) estima que o consumo de trigo no país seja recorde na safra 2013/2014, chegando a 10,73 milhões de toneladas/ano. Entretanto, segundo a instituição, a safra nacional será de apenas 5,62 milhões de toneladas/ano. Para atender à demanda, que é quase o dobro da capacidade de produção, o setor precisa importar trigo de países como Argentina, Estados Unidos e Canadá. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Espírito Santo (Sindipães), Flávio Bertollo, a busca por importações de trigo não é muito positiva para o setor. “O trigo do Brasil nunca conseguiu suprir o mercado nacional, o que acaba criando certa dependência das indústrias em relação à Argentina, que teve uma queda de produção

A elevada carga tributária, assim como sua complexidade, o baixo nível de inovação da indústria nacional, a infraestrutura deficiente e a incapacidade das empresas de atingirem

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Setor de massas alimentícias depende da importação de trigo para atender o consumo nacional e é um dos mais afetados em cenários internacionais turbulentos

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mercados internacionais são os principais gargalos enfrentados pela indústria de alimentos e bebidas no Espírito Santo. Reggiani revela que o setor produtivo está inseguro quanto à interpretação da complexa legislação tributária e o elevado custo de suas penalizações. “A pretexto de aperfeiçoar os mecanismos de tributação, as leis estão cada vez mais complexas, dificultando a atividade comercial, onerando o processo e gerando um preocupante passivo tributário”, conta. O alto valor dos impostos também é apontado como gargalo do setor em nível nacional. De acordo com a Abia, a carga tributária chega a 35%, enquanto em países desenvolvidos a atividade recolhe 8%. “O nível crescente de tributos tem desestimulado o consumo e fomentado a produção informal, causando desorganização no setor”, analisa Reggiani. A Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Findes tem tomado algumas iniciativas para ajudar a superar esses entraves. Uma delas é o Prêmio Capixaba de Inovação em Alimentos e Bebidas (IAB), que em 2013 realizou a sua 2ª edição. A premiação foi criada para incentivar

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e valorizar as indústrias do setor que implementam inovação em suas embalagens e em produtos, gerar reconhecimento por seus esforços e estimular sua competitividade. Doze empresas foram premiadas com 1º, 2º e 3º lugares, nas categorias “Design de Embalagens” e “Inovação de Produto”, ambas subdivididas entre micro e pequenas empresas e médias empresas. Outras ações realizadas para amenizar as dificuldades buscam desoneração tributária para aquisição de máquinas e equipamentos para empreendimentos de micro e pequeno porte, viabilização do financiamento de dívidas tributárias das empresas e minimização das exigências de órgãos reguladores do setor, como a Vigilância Sanitária e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). “O sucesso dessas ações demanda tempo e não deve ser suficiente para resolver oproblema de curto prazo, que é o desaquecimento da economia. Assim como os demais setores, o de alimentos e bebidas está atrelado ao bom desempenho nacional. Por isso, as expectativas para 2014 não são positivas”, conclui Gibson Barcelos Reggiani.

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SaúdE

Hospital Estadual dr. Jayme Santos neves: investimentos da ordem de R$ 165 milhões

Saúde: o desafio e os investimentos Seja via administração pública ou dentro das empresas, o investimento em saúde é essencial para melhorar a qualidade e prolongar a estimativa de vida dos capixabas

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área da Saúde continua sendo um dos grandes desafios das gestões. No Estado, essa realidade se vê aumentada conforme seu número de habitantes cresce. De acordo com o IBGE, a população do Espírito Santo saltou dos três milhões (2010) para 3.578.067 habitantes (2013). O secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, disse estar ciente do desafio. “Isso exige determinação diária para oferecer o melhor serviço para o capixaba. Por isso, tratamos o SUS como um todo, do modo como

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ele deve ser entendido, investindo em diversas áreas, desde o atendimento mais básico até o mais complexo”, explicou. Nos últimos três anos, o governo do Estado entregou 32 Unidades de Saúde da Família, em diversos municípios, a fim de fortalecer o primeiro atendimento, o do “posto de saúde”. A estimativa é de entregar 65 dessas unidades até o final de 2014, ampliando o acesso de 390 mil pessoas ao serviço básico. “Estamos nos esforçando também para diminuir a carência anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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histórica de leitos existente no Espírito Santo (e no Brasil). Desde 2011, conseguimos abrir 609 novas acomodações na Grande Vitória e interior, descentralizando o atendimento. Nossa proposta é criar mais 655 vagas até o ano que vem, totalizando mais de 1.200 leitos”, pontuou.

Hospital Estadual Dr. Jayme Santos neves é inaugurado O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, o maior do Espírito Santo, foi inaugurado em fevereiro. Entre projeto, obras e equipamentos, a unidade recebeu investimentos da ordem de R$ 165 milhões, ofertando 424 leitos a mais ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Projetamos para o futuro mais melhorias, como a inauguração do novo Hospital Estadual São Lucas, que será ultraespecializado em traumas graves, e um novo Hospital Estadual Infantil na capital. Também estamos trabalhando para a implantação de centros regionais de atendimento médico e exames especializados. Sabemos que o caminho é longo, mas o importante é não deixar de percorrê-lo”, finalizou Tadeu Marino.

Saúde do trabalhador é prioridade Para garantir a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores da indústria capixaba, o Sesi/ES investe na prevenção através dos seus Programas de Segurança e Saúde no Trabalho. O compromisso é levar ao empregador e ao empregado a promoção da

saúde e segurança no ambiente profissional de forma integrada, assegurando, ao mesmo tempo, o cumprimento da legislação. De acordo com a gerente da Divisão de Saúde e Segurança no Trabalho do Sesi, Fernanda Arpini, as ações dentro das empresas favorecem a realização das atividades laborais de forma a garantir a manutenção da saúde e do bem-estar de seus empregados. “Isso não leva somente a evitar os acidentes e doenças do trabalho, mas também gera aumento da produtividade, diminuição do absenteísmo e aumento da competitividade das empresas dentro do mercado”. Fernanda explica que o setor de segurança e saúde tornou-se multidisciplinar e busca incessantemente prevenir os riscos ocupacionais. Esta é a forma mais eficiente de promover e preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

65unidades de saúde serão entregues até o final de 2014

Parcerias com empresários O Sesi tem ampliado, cada vez mais, a parceria com os empresários e trabalhadores da indústria capixaba. A ideia com a elaboração dos programas é atender à legislação trabalhista e também, de forma customizada, às demandas oriundas das indústrias do Espírito Santo. “As empresas clientes do Sesi percebem a necessidade dos produtos e a qualidade dos serviços que prestamos, pois estamos conseguindo manter a fidelidade dos nossos clientes e ainda aumentar a nossa carteira”, avalia Fernanda.

Serviços e produtos oferecidos pelo Sesi • Sesi Espaço Saudável: construído para oferecer ao trabalhador da indústria capixaba atendimento de fisioterapia e condicionamento físico. O espaço proporciona ao trabalhador um acompanhamento diferenciado da saúde física, para que este efetue suas atividades diárias, pessoais ou laborais, de forma a ganhar mais qualidade de vida. • Mais Saúde: o programa visa a oferecer prioritariamente ao trabalhador da indústria capixaba o atendimento de consultas de enfermagem, orientações e palestras informativas sobre saúde e bem-estar. • Sesi Indústria Saudável: tem como objetivo

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maior auxiliar as empresas a superarem os principais desafios enfrentados hoje pela indústria, em relação à qualidade de vida e à produtividade.

• Consultoria da NR 12: a nR 12 é uma norma Regulamentadora elaborada e atualizada pelo ministério do trabalho, voltada para melhorar as condições de segurança e preservar a saúde dos operadores de máquinas e equipamentos durante o processo de fabricação e nas necessidades de se realizar conserto, limpeza ou manutenção. Estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho em máquinas e equipamentos de todos os tipos, nas fases que vão do projeto ao sucateamento.

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O Sesi/ES é parceiro de ações esportivas. na foto acima, trabalhadores participam do torneio de futebol promovido pelo Sindicato da indústria de material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindplast - ES)

Para o segundo semestre de 2013, os planos do Sesi são a expansão no atendimento da consultoria da NR 12 e o aumento do atendimento no Sesi Espaço Saudável, bem como do atendimento pela metodologia do Sesi Indústria Saudável, que se estenderá até o final de 2014.

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“Para 2014, por diretriz do Departamento Nacional do Sesi, iremos atuar em rede por todo Brasil, de forma a garantir o atendimento padrão entre os Departamentos Regionais. As duas redes já em desenvolvimento são a Rede de Prevenção de Acidentes do Trabalho e a Rede de Ergonomia”, disse a gerente.

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COmÉRCiO VaREJiSta

inflação e alta do dólar retraem consumo, mas a expectativa é que o mercado reaja ainda no segundo semestre

comércio varejista: alerta com retração do consumo O empresário segue confiante com o cenário de longo prazo, mas os investimentos do setor devem seguir mais moderados até o final do ano

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2,4 % Foi o índice de crescimento do varejo capixaba nos seis primeiros meses de 2013

desempenho do comércio varejista no Brasil já está sendo afetado pelo câmbio e pela inflação. Até junho de 2013, no acumulado do ano, o setor cresceu 3% no volume de vendas e 5,5% entre junho de 2012 e junho deste ano, resultado abaixo da expectativa do mercado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, divulgada em agosto. Foi o primeiro estudo do ano no qual o IBGE encontrou sinais da desvalorização do real frente à divisa americana afetando a economia do país. O mês também foi impactado pelas manifestações populares contra o aumento das tarifas dos transportes e por melhores serviços públicos, o que interrompeu as atividades do comércio por vários dias. Mas o levantamento não mensura a influência dos protestos no setor. Com o resultado, a expectativa é que o comércio varejista nacional cresça 3,8% em 2013, segundo a Confederação Nacional do Comércio. As estimativas iniciais para este

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ano eram maiores, tanto para o mercado nacional quanto para o capixaba, que previam um avanço entre 6% e 7%. No Espírito Santo, no primeiro semestre de 2013 o varejo capixaba registrou crescimento de 2,4%, e de junho do ano passado a junho deste ano, de 6,9%. Em junho o desempenho foi negativo (-3%) em relação ao ano anterior, indicando o primeiro semestre como o mais fraco em elevação de vendas desde 2003. Os setores que apresentaram recuo em junho foram: veículos, motocicletas, partes e peças (-27,9%); livros, jornais, revistas e papelaria (-11,8%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9%); material de construção (-2,74%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,66%). Já o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou um aumento significativo de 68,83%. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Variação (%) no volume de vendas do comércio varejista do Espírito Santo – Junho/2013 LOCAL

AbriL/2013

MAiO/2013

JunhO/2013

ACuMuLADO nO AnO

ACuMuLADO 12 MESES

brasil

1,6%

4,4%

1,7%

3,0%

5,5%

Espírito Santo

3,6%

3,2%

-3,0%

2,4%

6,9%

fonte: iBgE

Para a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Espírito Santo (Fecomércio-ES), a retração nas vendas em junho pode ser atribuída às manifestações que ganharam força no Estado e provocaram o fechamento antecipado de lojas e estabelecimentos comerciais, além da alta da inflação, que prejudica as vendas. Em relação à geração de empregos formais, o comércio capixaba fechou 2,4 mil postos de trabalho nos sete primeiros meses deste ano, até julho, o que significou uma queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Caged, do Ministério do Trabalho.

Famílias menos dispostas ao consumo Em agosto, as famílias capixabas estiveram menos dispostas ao consumo. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou leve retração, registrando 120,4 pontos, ante 121,2 pontos em julho. A pesquisa da Fecomércio-ES revela queda em índices como a satisfação do emprego atual, perspectiva profissional, acesso ao crédito e ao nível de consumo atual. Também o Índice de Confiança do Empresário do Comércio Capixaba (Icec) e o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) tiveram redução – respectivamente, de 4,1% e 2,4%. Outro indicador que recuou foi o de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), com queda de 3,6%, em função da redução do nível de investimento das empresas e da contratação de funcionários para os próximos meses. “O índice mostrou o empresário do comércio mais cauteloso. A economia branda durante o ano tem gerado especulações menos favoráveis. O empresário segue confiante com o cenário de longo prazo. Mas, os investimentos no setor devem seguir cada vez mais moderados nos próximos meses. A expectativa é que o mercado reaja ainda neste segundo semestre”, esclarece o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Supermercadistas: expectativas positivas Na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Brasil, o grupo hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, tido como seu carro-chefe, caiu 0,4% em junho em comparação a maio e 0,8% sobre junho de 2012. Em termos de acumulados, a taxa para os primeiros seis meses do ano foi de 0,3% e para os últimos 12 meses, 3,9%. Segundo o IBGE, a inflação prejudicou as vendas em decorrência da alta nos preços dos produtos alimentícios. No Espírito Santo, a queda no volume de vendas em junho foi bem maior, apresentando uma variação negativa de -9% em relação ao mês anterior. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, houve queda de 2,8% e nos últimos 12 meses, crescimento de 2%. Para o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, os dados do IBGE incluem outros produtos alimentícios vendidos fora das redes supermercadistas, além da venda de bebidas em bares e restaurantes, e fumo. Levando em conta apenas o setor supermercadista, conforme ele, o crescimento foi de 4,16% no ano, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados. “Só em julho o crescimento foi de 3,5% em relação ao mês anterior e de 11,6% em relação a julho de 2012, o que demonstra que o consumo ainda se mantém no nosso segmento. Até o final do ano, a expectativa de crescimento para os supermercados capixabas é de 3% a 4%”, afirma. Segundo ele, as festas de fim de ano sempre alavancam as vendas, mas com as incertezas na economia fica difícil antever como os consumidores irão se comportar. “Em 2012 o faturamento do setor no Estado foi de R$ 5,9 bilhões e, neste ano, se confirmado o percentual de crescimento, deve ultrapassar os R$ 6,16 bilhões, o que mostra a importância do varejo para o Espírito Santo”. 203

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mERCadO finanCEiRO

foto: Leonel albuquerque

Com os bons resultados obtidos, Bandes e Banestes abriram linhas de financiamento específicas para a indústria capixaba

investimentos levam bancos a resultados positivos em cenário incerto acreditando no desenvolvimento do Estado, em 2013 bancos cresceram e reforçaram financiamentos a projetos industriais

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o primeiro semestre de 2013, os seis maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, HSBC e Santander) tiveram diferentes atuações na concessão de crédito para a população, desde que o governo federal iniciou, através dos bancos públicos, uma política de redução dos juros e spreads.

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Para se adequar a essa nova realidade, as grandes instituições privadas compensaram os menores ganhos com a intermediação financeira mediante ajustes de custos, em busca da chamada “eficiência operacional”. Entre as adequações, observou-se o fechamento de postos de trabalho nos bancos privados e anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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incremento das receitas com prestação de serviços e ajustes nas tarifas. Esses são os principais destaques da 4ª edição do estudo “Desempenho dos Bancos”, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os resultados consolidados dos seis maiores bancos brasileiros no primeiro semestre de 2013 foram, em sua maioria, positivos em relação aos indicadores patrimoniais e de desempenho operacional, com exceção da rentabilidade líquida média, que teve recuo de 2,6 pontos percentuais (p.p), devido a uma combinação de fatores, entre os quais vale destacar a queda na taxa de juros, segundo análise do Dieese. Mas, a partir de abril deste ano, quando a inflação começou a ultrapassar a meta oficial, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou uma gradativa alta da taxa Selic, com o intuito de fazer recuar a inflação. No entanto, se, por um lado, a alta dos juros pode refrear a inflação, por outro deve penalizar ainda mais o setor produtivo, com reflexos na taxa de emprego na indústria, que vem caindo. Essa análise é de Dória Porto, consultor e diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). O cenário de inflação, juros e dólar em alta, e crédito mais caro e mais difícil tem afetado a economia brasileira como um todo, e, mais uma vez, principalmente a indústria. De acordo com Dória Porto, além desses fatos, o chamado custo Brasil (advindo da alta carga tributária, dos custos das matérias-primas e energia, da infraestrutura logística e da burocracia governamental) e a falta de clareza em uma política econômica de longo prazo vêm dificultando o planejamento do setor industrial e inibindo os investimentos. “Nesse sentido, além da necessidade de políticas públicas claras e emergenciais, que atinjam todo o setor industrial, e não apenas alguns segmentos, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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como tem sido feito até o momento, é necessário que se tenha políticas estruturantes de longo prazo, que construam um ambiente de negócios mais claro e estável e permitam tanto o aumento nos investimentos industriais quanto condições mais favoráveis à competição com os produtos importados”, destacou Dória Porto. Por outro lado, mesmo frente a tantas incertezas no sistema econômico e financeiro nacional, um ponto positivo se destaca: o desempenho do Banestes (Banco do Estado do Espírito Santo), que ocupou este ano o 27º lugar no ranking dos 100 maiores bancos do país. O capixaba subiu cinco posições em 2012 em relação a 2011, quando estava em 32º lugar. O ranking é da revista “Valor 1000”, uma publicação anual do jornal Valor Econômico. Para o presidente do Banestes, Guilherme Dias, esse resultado mostra como o banco estadual é competitivo e marca seu espaço no mercado. A instituição apresentou lucro líquido de R$ 50 milhões no primeiro semestre deste ano, um acréscimo de 156% em comparação ao mesmo período de 2012. O patrimônio líquido atingiu R$ 854,0 milhões, contra os R$ 752,4 milhões apurados em março de 2013, representando um aumento de 13,5%. Em fevereiro de 2012, o Banestes firmou parceria com a Findes, disponibilizando R$ 500 milhões em linhas de financiamento para a indústria capixaba. Entre fevereiro e

R$ 50 milhões É o valor do lucro líquido do banestes no 1º semestre de 2013, um aumento de 156% sobre o mesmo período de 2012

Banestes ocupou este ano o 27º lugar no ranking dos 100 maiores bancos do país

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dezembro do ano passado, foram realizados R$ 300 milhões em negócios, do total ofertado. E, entre janeiro e agosto deste ano, já foram liberados R$ 250 milhões para a parceria, superando em R$ 50 milhões a meta inicial de R$ 500 milhões. Com o objetivo de fortalecer esse relacionamento, o banco vai continuar disponibilizando mais recursos. “Essa integração é fundamental para que o Banestes venha a intensificar sua contribuição ao crescimento dos investimentos da produção e dos empregos no setor industrial”, assinalou Dias. Por meio da parceria Banestes/Findes, o banco do Estado disponibiliza 32 linhas de financiamento aos empresários filiados a Findes, que têm atendimento personalizado, com um gerente de relacionamento exclusivo para atendê-los. O Banestes também apoia e participa ativamente do “Dia DE Associar-se”, promovido pela Findes.

Bandes O Banco de Desenvolvimento do Estado do Estado do Espírito Santo (Bandes) também traçou metas com foco no setor produtivo local: injetar R$ 2,3 bilhões em recursos financeiros na economia do Espírito Santo até 2016; dobrar a carteira de crédito até 2016, alcançando R$ 1,8 bilhão de SOC (Saldo de Operação de Crédito), além de implantar novos programas e metodologias de trabalho. De acordo com o diretor-presidente do Bandes, Guilherme Henrique Pereira, essas iniciativas fazem parte do novo posicionamento da entidade, que passa a atuar mais fortemente na abertura do seu leque de novos negócios, se prepara para a administração dos novos fundos de apoio ao desenvolvimento criados no contexto do Proedes e fechou acordo operacional com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para ser seu agente financeiro em programas de inovação. “Diferente das instituições financeiras comuns, o crédito nos bancos de fomento busca o desenvolvimento sustentável, foca nas potencialidades regionais e articula as atividades produtivas para fomentar a inovação, a geração de emprego e renda nos municípios”, pontuou Guilherme Pereira. 206

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Banco do nordeste Os recursos aplicados no Espírito Santo ao longo dos 13 anos de atuação do Banco do Nordeste, que iniciou suas atividades no Estado em meados do ano 2000, traduziram-se em mais de 41.000 operações até agosto/2013. Segundo o gerente-executivo estadual do Banco do Nordeste, Marcus Louriçal, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) vem sendo o impulsionador para o desenvolvimento dos empreendimentos das regiões capixabas atendidas pelo banco, que atua apenas nos municípios localizados na área da Sudene. “O FNE proporciona a longo prazo uma taxa de juros subsidiada, que até o fim de 2013 está em 3,5% a.a. para os pagamentos das parcelas dentro do vencimento. Salientando que 51% desses recursos, devem, por determinação do governo federal, ser aplicados nos micro, mini e pequenos empreendimentos, atendendo às necessidades dos clientes que mais precisam e promovendo, dessa maneira, a geração de trabalho e renda na região”, informou Louriçal.

O banco do nordeste vem ultrapassando as metas: • Meta de aplicação para 2013: R$ 200 milhões • Aplicação até agosto/2013: R$ 260 milhões • Meta de aplicação para 2014: R$ 327 milhões

cooperativas em alta O lucro do Sicoob-ES no primeiro semestre de 2013 foi de R$ 64 milhões, percentual 17,9% superior ao mesmo período do ano passado, quando a instituição financeira obteve resultado de R$ 54,3 milhões. “A meta é chegar ao fim do exercício com lucro de R$ 130 milhões”, informou o diretor-executivo da instituição, Francisco Reposse Junior. Já a carteira de crédito do Sicoob cresceu 39,7%, totalizando R$ 1,8 bilhão. O aumento no semestre representou um incremento de R$ 520 milhões em comparação ao mesmo período de 2012. O desempenho alcançado está de acordo com o que foi planejado pela Diretoria para os seis primeiros meses deste ano. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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O saldo de apenas US$ 291 milhões na balança comercial capixaba é o quinto maior entre os Estados, o que mostra também as dificuldades do país no trade global

comércio exterior em trajetória descendente Reflexos da crise, gargalos logísticos que oneram os custos do transporte marítimo e perda de receita do iCmS sobre o fundap acarretam a queda de negócios

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ma das mais importantes atividades da economia estadual e fonte de receita para os cofres públicos do Espírito Santo, o comércio exterior capixaba vem amargando resultados ruins. Acumula, de janeiro a agosto deste ano, desempenho negativo nas importações e exportações, além de queda acentuada – já é de 57% em relação ao ano passado – na arrecadação do ICMS que é repassado aos

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municípios. Com isso, 2013 e 2014 são anos dominados pelas incertezas frente aos desafios do segmento, afetado pelos reflexos da crise e a redução de 12% para 4% na alíquota do ICMS nas operações interestaduais com mercadorias importadas do exterior. Nos primeiros oito meses deste ano, a atividade acumulou queda de 19% nas importações locais ante o mesmo período de 2012, totalizando US$ 4,80 bilhões, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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importação Local

Janeiro/Setembro 2012

Janeiro/Setembro 2013

Variação

Brasil Espírito Santo

US$ 147,44 bilhões US$ 5,89 bilhões

US$ 160,42 bilhões US$ 4,80 bilhões

9% - 19%

Local

Janeiro/Setembro 2012

Janeiro/Setembro 2013

Variação

Brasil Espírito Santo

US$ 160,59 bilhões US$ 8,19 bilhões

US$ 156,65 bilhões US$ 6,90 bilhões

-2% -16%

Exportação

fonte: Sindiex

de acordo com os dados divulgados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação (Sindiex). No ranking nacional, ocupa o 10º lugar, frente ao 8º do ano passado. Com a redução dos incentivos do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), o Estado vem perdendo cargas de importados para outros portos, como Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itajaí (SC). Segundo o presidente do Sindiex, Severiano Alvarenga Imperial, esse baixo desempenho ocorreu, sobretudo, pela queda de 32% das importações de automóveis, apesar de serem ainda o principal item da pauta capixaba, com a participação de 18% do total desembarcado. De acordo com Imperial, a queda foi motivada pelo próprio mercado brasileiro, uma vez que o Governo aumentou o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30% para carros importados de fora do Mercosul e México, bem como para os produzidos no Brasil que não tenham 65% de conteúdo regional – o IPI só permaneceu menor para os que têm índice de nacionalização de 65% ou mais. Outras perdas foram registradas nos negócios com máquinas e equipamentos (-19%), carvão mineral (-12%) e tecidos e vestuário (-9,1%).

Exportações Nas exportações a queda foi menos acentuada, mas a trajetória continua descendente: também registraram uma retração de 16% até agosto de 2013, com a marca de US$ 6,9 bilhões contra os US$ 8,1 bilhões do período em 2012. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Esse retrocesso verificou-se principalmente com a redução nas vendas de ferro e aço (-35%), petróleo (- 31%), café e outras especiarias (- 17%) e minério de ferro (- 14%). Na contramão do comércio internacional, as vendas do setor de rochas ornamentais acumulam alta de 25% nas exportações, no comparativo com 2012. Com participação de 10% no total exportado pelo Espírito Santo, o setor foi responsável por US$ 676,8 milhões, de janeiro a agosto, ante os US$ 541 milhões alcançados no mesmo período de 2012. Esse incremento, segundo especialistas, se deve à retomada do crescimento norte-americano e às feiras do setor, como a Vitória e a Cachoeiro Stone Fair. Para o presidente do Sindiex, vários fatores contribuíram para o desempenho negativo do comércio exterior capixaba. “A lenta recuperação da economia norte-americana e a desaceleração da China retraem o mercado de exportações”, diz Imperial. Nas importações, ele lamenta a ausência de voos de cargas no aeroporto de Vitória, pela limitação de tamanho da pista, e a desistência dos principais armadores, que não realizam operações pelo porto público da capital por falta de infraestrutura adequada. “Para se ter uma ideia, em média, uma empresa espera entre 13 e 17 dias para movimentar suas cargas nos portos, segundo o Banco Mundial. A referência é Singapura, onde o prazo máximo é de cinco dias. No Porto de Vitória, um contêiner vindo da Ásia leva em torno de 65 dias (no Rio e em São Paulo, são 30 dias), pois passa primeiro em outros portos e depois vem para Vitória, 209

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via transbordo, o que encarece o custo em US$ 2 mil em relação ao Rio e São Paulo. Isso acarreta a perda de negócios”, lamenta. Um estudo feito por técnicos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)

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aponta que o Espírito Santo “deve direcionar esforços para aumentar seu nível de competitividade em relação aos demais portos brasileiros”. Os caminhos indicados são a melhoria na logística e a construção de um novo porto público (interligado a uma eficiente malha ferroviária), próximo à área pertencente à região da Sudene. Segundo o diretor do IJSN, José Edil Benedito, uma das ações do governo do Estado para vencer os desafios provocados pelas perdas geradas no ICMS sobre o Fundap foi a criação do Programa de Desenvolvimento Sustentável (Proedes). “No programa, foi criada a Câmara de Eficiência Portuária, que será responsável por propor projetos e ações imediatas para superar as dificuldades do setor”, afirmou. Também foi criada a Subsecretaria de Comércio Exterior, ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), para que atue na articulação de políticas públicas voltadas para a atividade.

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tURiSmO foto: PmV / Yuri Barichivich

de 2011 para 2012 foram lançadas até o fim de 201310.800 o unidades turismo deapuradas negócios pelo Censo imobiliário. terá movimentado Já dede 2012 mais R$para 59,8 2013 esse número caiu para milhões na economia 3.900 unidades capixaba

turismo: setor se fortalece a cada dia O turismo está vivendo sua melhor fase no segmento de eventos. até o fim de 2013, mais de 34 mil turistas devem participar de congressos e feiras em terras capixabas

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Espírito Santo está vivendo sua melhor fase no turismo de eventos. O calendário do ES Convention & Visitors Bureau (ESC&VB) aponta a realização de 113 eventos este ano, dos quais 74 de caráter técnico-científico. Esses encontros trarão ao Estado 34.177 turistas até o fim de 2013, movimentando mais de R$ 59,8 milhões em gastos com hotéis, restaurantes, táxis, lazer e outros serviços e atrativos turísticos. Em comparação ao montante injetado na economia capixaba em 2012 -R$ 49 milhões-, o aumento supera 20%. Um dos fatores que fazem o Espírito Santo brilhar no turismo de eventos do Brasil é a sua boa localização geográfica: a proximidade com as grandes capitais do Sudeste e Sul

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possibilita redução do custo final do evento, se comparado à realização em outros estados, mais distantes. “Quando falamos de eventos itinerantes, os maiores emissores são Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, entre outros, e estamos próximos de todos. A nossa mão de obra na área de eventos é qualificada e preparada para atender aos organizadores mais exigentes, por um preço muito competitivo. Realizar eventos no Espírito Santo é econômico”, relata o presidente do Convention&Visitors Bureau (ESC&VB), Alfonso Silva. Segundo ele, o setor ainda apresenta gargalos, mas aprendeu a superá-los adaptando o atendimento à sua infraestrutura. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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“Apesar de termos gargalos, como a questão da ampliação do aeroporto de Vitória, não somos tão prejudicados. Quando vamos à captação de um evento, conhecemos todos os seus requisitos e sabemos que podemos atendê-los com excelência”, avaliou.

1,5 milhão de turistas no Espiríto Santo em 2013 De acordo com a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), a atividade deve crescer 20% na alta temporada 2013/2014, comparando-se com a de 2012/2013. De acordo com o secretário de Estado do Turismo, Alexandre Passos, 708.457 pessoas visitaram as terras capixabas no verão de 2012, e este ano já foram 979.681 no mesmo período. Quanto à baixa temporada/2013, os dados da Setur mostram que a média de ocupação hoteleira ficou em torno de 80% a 90%, com preponderância do público de negócios. “O Estado tem marcado presença em feiras e workshops nacionais e internacionais, além de veicular a campanha institucional ‘Descubra o Espírito Santo’, protagonizada pela atriz Fernanda Vasconcelos, nos principais mercados emissores de turistas. O resultado foi positivo e agora estamos direcionando a publicidade para os jornais e TVs, lançando novos produtos e apresentando nossas belas praias, além de uma série de eventos que realizamos o ano inteiro”, afirmou. Seguindo a estratégia do Ministério do Turismo e da Embratur, o Espírito Santo tem sido divulgado também em eventos de países vizinhos, como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.

capacitação e infraestrutura Visando a aprimorar a qualidade do atendimento receptivo, nos últimos dois anos foram qualificados mais de cinco mil profissionais do setor, informa a Setur. Também foram realizados investimentos em infraestrutura, obras e reformas: o Sambão do Povo, em Vitória; a Casa da Memória de Cachoeiro de Itapemirim; o Centro de Visitantes da Gruta do Limoeiro, em Castelo; o Polentão e o Centro Cultural e Turístico de Venda Nova do Imigrante, entre outros. De acordo com Passos, outros grandes projetos estão sendo desenvolvido, como o do Centro de Eventos de Vitória, em que quase R$ 100 milhões estão sendo investidos. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Com edital de licitação lançado em agosto, a obra tem prazo de conclusão de 24 meses a partir da assinatura da ordem de serviço.

20 %

Melhorias por toda parte

É a estimativa para o crescimento do turismo capixaba

Guarapari recebe turistas o ano inteiro, que ficam encantados com suas 46 praias. O potencial local levou a Setur a investir fortemente em infraestrutura, objetivando o fortalecimento ainda maior do segmento no município. O principal projeto é a revitalização da orla do Canal de Guarapari, já em andamento, resultado de um convênio de R$ 35 milhões entre a Setur e a Caixa Econômica Federal, com recursos do Ministério do Turismo. Há também na pauta a reforma do prédio do Radium Hotel, com investimentos de R$ 5 milhões. A obra tem como objetivo restaurar e revitalizar o imóvel, que será utilizado pela Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte como espaço para exposições e apresentações culturais. Vila Velha também receberá melhorias para se tornar mais atrativa, entre elas a intervenção urbana e paisagística do Parque da Prainha. “Sabemos que ainda há muito por fazer, mas creio que essas ações já estejam mudando o nosso turismo para fazer do Espírito Santo um destino competitivo e apto a figurar entre os melhores do país”, disse Alexandre Passos.

turismo para todos os gostos O turismo firma-se cada vez mais como atividade estratégica para o desenvolvimento sustentável. Um bom exemplo é a Rota Imperial, a antiga Estrada São Pedro de Alcântara, que já conta com o lado capixaba todo demarcado. O roteiro impulsiona o desenvolvimento socioeconômico das comunidades ao longo do seu trajeto de 575 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo. Gerido pelo Sistema Findes (Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo), o Instituto Rota Imperial (IRI), criado para promover esse roteiro turístico no Estado, apresentou na Expotur 2013, realizada em maio em Vitória, os variados atrativos turísticos naturais, históricos, culturais e esportivos que a Rota oferece. Além disso, patrocinou atividades de grande repercussão, como o Enduro da Independência e a Expedição 4x4 Rota Imperial. 213

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móVEiS

O principal mercado da indústria moveleira do Estado tem sido o próprio Espírito Santo, que consome 80% da produção do mobiliário sob encomenda

Setor moveleiro investe em capacitação para garantir competitividade indústria moveleira capixaba experimenta período virtuoso de busca do conhecimento e da tecnologia

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arceiros estratégicos, como a Câmara Setorial da Indústria Moveleira, o Sistema Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o Sebrae-ES, a Agência de Negócios, a Amóvel, instituições públicas e privadas e arranjos produtivos locais, têm sido os responsáveis por impulsionar o avanço dos parques fabris da indústria moveleira do Espírito Santo e por preparar empresários e trabalhadores para um salto de qualidade e competitividade. O principal mercado da indústria moveleira do Estado tem sido o próprio Espírito Santo, que consome 80% da produção do mobiliário sob encomenda. O restante atende a Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e

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Bahia. Hoje, de acordo com o Sindmadeira (Sindicato das Indústrias de Madeiras e Atividades Correlatas em Geral da Região Centro-Sul do Espírito Santo), 95% da produção são voltados para o consumidor final. Os outros 5% são destinados a lojas de mobiliário refinado. A produção no Espírito Santo é diversificada, mas o principal segmento continua sendo o residencial, que se divide em retilíneos seriados, majoritariamente concentrados no município de Linhares; e sob encomenda, pulverizados por todo o Estado, com predominância de Colatina e Grande Vitória. No seu conjunto, a indústria moveleira capixaba conta com polos anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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de produção em municípios localizados na região centro-sul (como Guaçuí e Muniz Freire) e norte, como Linhares (com maior representatividade) e Colatina, responsáveis por 80% do total de peças produzidas. “A exportação para outros países é meta futura, depois que as indústrias locais se prepararem e se organizarem para conquistar espaço em mercados altamente cons,umidores e competitivos”, relata o gestor do Sindmadeira, Ricardo Hermeto.

Mão de obra Em 2013, a conquista mais importante do setor, segundo os sindicatos representativos do segmento – Sindimol, Sindmadeira e Sindmoveis –, foi a criação do primeiro curso Técnico de Móveis. “Em parceria com o Senai/ES e o Sindmadeira, implantamos o primeiro curso de Técnico em Móveis, ministrado em Araçás, Vila Velha. A ideia é levar esse curso às nove unidades do Senai no Estado, ou seja, a todo o Espírito Santo. A Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes e o Senai/ES desenvolveram para as empresas moveleiras uma oferta diversificada de cursos. Está disponível um conjunto de qualificações que podem ser oferecidas em módulos às indústrias, quer por meio da oferta coletiva, quer pela modalidade in company”, destacou o diretor administrativo do Sindmadeira, Luiz Toniato, que coordena os trabalhos de estruturação profissional para o setor de madeira e mobiliário. Toniato ressaltou que a oferta de cursos atende às necessidades básicas das empresas e representa um divisor de águas para a atividade, visando à melhoria de seus processos e gestão para o crescimento e a competitividade. Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte - ES (Sindimol), Almir José Gaburro, a mão de obra do Estado precisa estar constantemente qualificada: “Os investimentos voltados para a capacitação da mão de obra precisam continuar. Essa é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento”.

Entrave Como entrave, há a alta carga tributária, cita Luís Rigoni, presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes e integrante do Sindimol. “Os benefícios fiscais concedidos a outros estados são os principais fatores dificultadores da competividade. A produção da indústria de anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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transformação vem caindo muito no Brasil, e sempre por dificuldades como burocracia excessiva e carga tributária de três a quatro vezes maior do que a de países em crescimento. Além disso, as matérias-primas são quase todas provenientes de outros Estados, principalmente as chapas”. O presidente do Sindmoveis, Ortêmio Locatelli Filho, relata que mesmo diante das dificuldades, o segmento deve fechar 2013 dentro das expectativas. “Vários lançamentos da construção civil fizeram comqueaumentasseademandapelosnossos produtos, permitindo que garantíssemos o nível de empregos”. Ortêmio informou que uma meta é promover o estímulo à competitividade. A atividade, aliás, tem conseguido manter ao longo de cinco anos a sua geração de empregos. De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) e da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes, o setor é constituído hoje por cerca de 800 empresas, responsáveis pela geração de 9.326 empregos. Suas ações estão distribuídas entre: fabricação de produtos de madeira; fabricação de móveis de madeira; fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira; e fabricação de produtos diversos.

9.326 É o número de empregos gerados e mantidos pelo setor moveleiro ao longo de cinco anos

amadurecimento Com o investimento em mão de obra qualificada e maquinário de ponta, os empresários da indústria de móveis acreditam que haverá nos próximos anos uma amadurecimento da cadeia. “As oportunidades começam a aparecer para inserir na cultura das empresas o valor do design. Já temos profissionais desenvolvendo produtos, consequência da tradição de executar móveis personalizados contratados pelo consumidor final”, conta o gestor do Sindmadeira, Ricardo Hermeto. Em consequência, empresas consolidadas no mercado nacional têm sondado o Estado para montar suas filiais. Em junho de 2013, foi instalada em Sooretama a fábrica de móveis e eletrodomésticos da Itatiaia. Essa foi a primeira unidade da empresa fora do Estado de Minas Gerais. A inauguração fortalece o polo moveleiro da região. O investimento foi de cerca de R$ 209 milhões, gerando durante o período de obras em torno de 110 empregos, e aproximadamente 1.300 postos de trabalho durante a operação. 215

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VEStUáRiO

Cada brasileiro gastará, em 2013, R$ 786 na aquisição de roupas, calçados ou acessórios

consumo de vestuário cresce no Brasil, mas quem ganha são os importados Enquanto os gastos dos brasileiros com vestuário crescem 17,3%, produção da indústria têxtil cai e importação aumenta

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s gastos com vestuário vão crescer no Brasil em 2013. A estimativa do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, é que cada brasileiro gastará R$ 786 na aquisição de roupas, calçados ou acessórios. O valor é 17,3% superior aos R$ 670 destinados a esses itens em 2012. Com o consumo em alta,

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as indústrias do setor deveriam estar otimistas. Entretanto, gargalos como a falta de mão de obra qualificada, a elevada carga tributária e a concorrência chinesa acabam reduzindo o potencial de crescimento da atividade. Nas projeções do relatório Brasil Têxtil 2013, do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a produção da cadeia anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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números do setor R$

786

uS$

2,3 bi

• É quanto cada brasileiro gastará em 2013 com vestuário

R$

413 mi

2,7% • É o valor das importações de peças de vestuário de janeiro a julho de 2013

7,1%

• É quanto a indústria capixaba do vestuário faturou em 2011

• É a queda que a produção brasileira da indústria do vestuário deve registrar em 2013

6,15% • É o índice de crescimento das importações do setor de janeiro a julho de 2013

• É a queda registrada no faturamento da indústria em comparação com 2010

fonte: Pyxis Consumo instituto de Estudos e marketing industrial (iEmi) e instituto de desenvolvimento Educacional e industrial (ideies-ES)

têxtil vai crescer apenas 2,7% em valores e cair 2,1% em toneladas. No Espírito Santo, dados elaborados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial (Ideies-ES) mostram que, em 2011, o total de receitas líquidas de vendas das 1.210 empresas do setor foi de R$ 413 milhões - queda de 6,15% em relação aos R$ 441 milhões registrados em 2010. No caso do setor de vestuário, o aumento no consumo está beneficiando mais as indústrias de outros países do que as nacionais. De janeiro a julho de 2013, a importação desses produtos cresceu 7,1% em relação ao mesmo período de 2012, chegando a US$ 2,3 bilhões. Enquanto isso, as exportações cresceram apenas 1,6%. Para reverter esse quadro, uma das soluções é submeter os produtos importados às mesmas regras trabalhistas, ambientais e tributárias incidentes sobre os nacionais. Essa é a opinião do presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções do Sul do Espírito Santo (Sinconsul), Bruno Balarini. “Isso se faz necessário para nivelar a concorrência em termos de custos e valorizar o produto nacional para o consumidor final. É preciso incentivar os empresários a anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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investirem em inovação, capacitação e tecnologia, como vem sendo feito em alguns programas, como o Compete-ES, criado pelo Governo do Estado”, afirma. A presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral do Espírito Santo (Sinconfec), Clara Thais Orlandi, concorda que a concorrência com produtos importados, principalmente da China, é o maior problema enfrentado pelo segmento nos últimos anos. “É possível que tenhamos um certo alívio a partir da valorização do dólar frente ao real, o que deve encarecer os produtos de outros países. Porém, o aumento dos custos da mão de obra também sufoca o setor”, analisa.

Dólar valorizado alivia De fato, a valorização do dólar vem trazendo alívio ao setor de confecções em 2013. Entre os meses de maio e agosto, o câmbio da moeda americana passou por uma escalada, chegando a valer R$ 2,38 no final de agosto. A cotação é 17,2% superior ao valor de R$ 2,03 negociado em agosto de 2012. O câmbio tem sido um propulsor para a indústria capixaba do vestuário. Em julho, 219

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3.065,5% foi o aumento das exportações de calçados capixabas em janeiro de 2013 ante o mesmo mês de 2012

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a variação real do faturamento acumulada no ano cresceu 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A utilização da capacidade instalada, que fechou 2012 em 80,3%, atingiu 89,3% em julho. “O crescimento em 2013 deve ser maior do que o registrado em 2012 e a tendência é que isso se repita em 2014, caso a taxa de câmbio do dólar permaneça em um patamar elevado”, analisa Clara. A indústria de calçados é outra que sente os efeitos positivos e, assim como a de confecções, também não deve ter seus preços finais reajustados. “Algumas empresas importam suas matérias-primas, mas já estavam com suas compras programadas até o fim do ano. Apesar de alguns insumos terem sofrido reajuste de até 10%, isso não deve ser repassado ao consumidor”, acredita o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados), Altamir Martins.

calçados Passados os momentos mais complicados da crise econômica mundial, a indústria calçadista começa a retomar o

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crescimento. De acordo com informações do Sindicalçados, no período compreendido entre 2011 e 2012, quando os efeitos da desconfiança e dos cortes de gastos dos países europeus ainda estavam no auge, o setor teve um crescimento de 7% nas vendas. Entre 2012 e 2013, com esses efeitos já estabilizados, o crescimento da indústria brasileira já ultrapassou os 9,6%. As vendas da indústria capixaba têm contribuído bastante para a retomada do desempenho dos calçados brasileiros. Somente em janeiro deste ano, as fábricas capixabas exportaram 19.437 pares, contra 1.188 em janeiro de 2012. Em valores, o crescimento foi de 3.065,5%, passando de US$ 10.124 para US$ 320.480. “Foi um aumento considerável e que teve um impacto direto nos números finais da indústria nacional. A produção brasileira deve fechar o ano com 796 milhões de pares, ante 758 milhões em 2012”, afirma Martins. O setor calçadista capixaba tem hoje 189 fábricas filiadas ao Sindicalçados, a maioria especializada em produtos femininos e infantis, com produção de 30 mil pares de sapato por dia.

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EdUCaçãO

O Senai/ES possui ações e programas educacionais que contribuem para o processo de formação de mão de obra qualificada

investimento de R$ 120 milhões anuais em Educação Prioridade é recuperar a estrutura física das escolas da rede estadual e beneficiar 300 mil alunos

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os últimos anos, a educação tem sido uma das prioridades do Governo do Espírito Santo. O investimento médio anual no setor é de R$ 120 milhões, segundo dados da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Hoje, a rede estadual atende aproximadamente 300 mil alunos em 503 escolas. “Estamos investindo muito na recuperação da rede física das escolas. Nos primeiros 24 meses, aplicamos cerca de R$ 120 milhões por ano nesta área. E temos mais de 60 projetos que estão sendo concluídos para recuperar as escolas”, afirma o secretário de Educação do Estado, Klinger Barbosa Alves. Na parte de manutenção, de acordo com o secretário, um pacote de novas obras acaba de ser iniciado para recuperação da rede. A estimativa é atender em torno de 40 escolas

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ainda em 2013. Entre outras intervenções, serão feitas trocas de telhado, pintura, substituição de piso, reforma nos banheiros, muros, reparos nas redes elétricas e hidrossanitárias, conforme as necessidades de cada espaço. Serão investidos R$ 63 milhões em manutenções até o final de 2014. Além disso, o secretário destaca o trabalho de recuperação que vem sendo feito nos espaços esportivos das unidades e anuncia um investimento de R$ 19 milhões na construção de novas quadras. “Há 30 com licitações já concluídas para iniciar as obras ainda neste semestre”, afirma Klinger. Como parte da recuperação da estrutura física, o secretário cita também a troca do mobiliário escolar e a distribuição de 4,2 mil computadores novos anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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para várias unidades da rede. Mas os investimentos não se restringem apenas à estrutura física. Klinger lembra que foram abertas 2.337 vagas, em concurso público, para a contratação de novos professores. Cerca de cinco mil professores/ano recebem cursos de capacitação. Também foi lançado o projeto de aceleração de aprendizagem “Ensinar e Aprender”, voltado para alunos do ensino fundamental, com dois anos ou mais de distorção idade-série, alfabetizados ou não. Inicialmente, 50 escolas da Grande Vitória foram contempladas com o programa, que será concluído no final de 2014 e pretende atender a dois mil alunos do 2º ao 4º anos, e quatro mil das turmas de 5ª a 7ª séries. Klinger Barbosa anuncia ainda a ampliação do Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), passando de 36 para 91 escolas e contemplando 55 mil alunos. As ações do programa visam a estimular a criação de propostas inovadoras, ampliando o tempo do estudante na escola, por meio da inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e diminuir a reprovação e evasão escolar.

Rede privada Na rede privada de ensino, o Espírito Santo conta com 572 escolas, que atendem desde a educação infantil até o ensino superior. Ao todo, 120 mil alunos integram a educação básica e 75 mil o ensino superior. Aproximadamente 13,6 mil profissionais, entre professores e técnicos, atuam na rede. Segundo o superintendente do Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo (Sinepe-ES), Geraldo Diório Filho, há muito a ser comemorado entre os avanços do ensino privado no Estado. “Hoje, atendemos 78% do alunado do ensino superior do Estado com profissionais capacitados”, afirma. Em termos de investimentos, o superintendente não arrisca falar sobre números futuros, devido à instabilidade econômica do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e à volta da inflação. No ano passado, foram investidos R$ 920 milhões na rede privada do Espírito Santo, o que representou 1,06% do PIB capixaba, um valor próximo da média nacional (1,3%). anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Diório lembra ainda que quatro mil alunos foram beneficiados pelo programa Nossa Bolsa e estudaram na rede privada pagando mensalidade mais em conta. E levanta a discussão em torno do que é público e privado. “Precisamos pensar melhor a educação, ter outro olhar sobre o que deve ser investimento público e privado, para termos um serviço melhor por um preço mais acessível”, diz.

99.222 É o número de alunos matriculados nos cursos oferecidos pelo Senai/ES de janeiro a julho deste ano

Educação profissional O Sistema Findes tem uma expectativa de investimento de R$ 83 milhões até 2015, na educação básica, através do Sesi/ES, e profissional, com a contribuição do Senai/ES. No âmbito da educação profissional, o Senai/ES possui ações e programas educacionais que contribuem para o processo de formação de mão de obra qualificada e aperfeiçoamento para a indústria de forma abrangente nos diversos municípios do Estado. De janeiro a julho deste ano, 99.222 alunos se matricularam para fazer cursos oferecidos pela instituição. Em 2012, foram formalizadas 154.082 matrículas. A busca por maiores níveis de produtividade e competitividade por parte do setor industrial demanda do Senai/ES diversas estratégias de atuação, incluindo ofertas de cursos presenciais e à distância, subsidiados e gratuitos. São cursos variáveis de curta duração (quatro e 160 horas), média duração (160 e 380 horas) e longa duração (960 e 1.440 horas). “A ação de educação para o trabalho destinada a jovens e adultos, independentemente da escolaridade, desperta o interesse pelo trabalho e prepara para o desempenho de funções básicas e de baixa complexidade de uma ou mais profissões”, afirma o diretor para Assuntos da Educação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Flávio Bertollo. Desta forma, o Senai/ES contribui para a qualificação profissional, formação e desenvolvimento de competências de determinado perfil profissional, para a aprendizagem industrial, formação técnico-profissional compatível com o desenvolvimento físico, moral, psicológico e social de jovens entre 14 e 24 anos, por meio da associação de teoria e prática. 223

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inOVaçãO

inovação carece de mais estímulos para alavancar a competitividade capixaba Cientes da importância da atividade, empresários dizem que 2013 foi um ano com poucos investimentos e ações ainda isoladas. O setor espera para 2014 maior agilidade nos projetos e empenho dos governos

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formação de recursos humanos, a implantação de laboratórios, melhor infraestrutura na tecnologia e melhores incentivos por parte dos governos, principalmente do Federal, podem mudar a realidade capixaba atual, caracterizada pela falta de uma cultura da inovação, para que seja possível,num futuro próximo, alavancar a competitividade do setor produtivo, gerando frutos positivos sob os aspectos econômico, social e ambiental. Essa é a análise do diretor de Inovação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Luiz Alberto de Sousa Carvalho, que defende a integração entre instituições de pesquisa e setor produtivo e insere a inovação como elemento prioritário para o crescimento das empresas associado ao desenvolvimento do Estado. Para ele, todas as nuances de inovação ainda precisam ser trabalhadas para que a indústria capixaba possa buscar novas oportunidades de investimentos, agregando valor aos seus produtos. Afirmando que já há consenso de

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que a saída para a competitividade industrial capixaba e sua sustentabilidade passam por esse caminho, Souza aponta que as dificuldades estão em concretizar esse pensamento. No ano de 2013, foram registradas algumas iniciativas e esforços por parte da Findes e do Governo Estadual para promover a inovação entre as empresas capixabas, mas ainda não em grau suficiente para que a indústria do Espírito Santo, principalmente as micro e pequenas (que somam 98% do parque industrial capixaba), consiga êxito na busca de maior espaço no mercado para seus respectivos setores através da inovação. “Mas aplaudimos as iniciativas. Estamos caminhando, mesmo que a passos lentos”, disse. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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R$30,5 milhões são os recursos somados para o desenvolvimento de projetos inovadores do Sistema Findes

Edital de inovação – edição 2013, lançado em julho, apresenta que R$ 20 milhões serão destinados a projetos inovadores do Senai

Um convênio entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae, executado no Estado pela Findes, através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), viabilizou a implantação do projeto InovaFindes, que tem como meta envolver 500 micros e pequenas indústrias e realizar 250 capacitações, elaborando um total de 60 projetos de inovação. Até julho de 2013, a Findes havia habilitado 306 empresas ao apoio do InovaFindes, situadas na Grande Vitória, Cachoeiro e Linhares. Outra iniciativa que merece destaque é o Edital Senai/Sesi de Inovação – edição 2013, lançado em julho. “Somados, os recursos para o desenvolvimento de projetos inovadores chegam a R$ 30,5 milhões. Desse total, R$ 20 milhões são para projetos do Serviço Nacional de Aprendizagem anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Industrial (Senai); R$ 7,5 milhões para projetos do Serviço Social da Indústria (Sesi); e R$ 3 milhões em bolsas de pesquisa em Desenvolv imento Tecnológico e Industrial (DTI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”, disse Luiz Alberto Souza. “Estamos também apoiando as ações do Governo do Estado, que são iniciativas ótimas, como a criação do Fundo de Inovação. Mas precisamos que a construção dos Polos de Inovação ganhe mais rapidez, para que eles funcionem o mais breve possível, permitindo-nos desenvolver ainda mais a indústria. Já temos tecnologia e partimos agora para a inovação, agregando valor aos produtos e conferindo maior competitividade à indústria capixaba”, ressaltou Luiz Alberto. 225

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qUímiCa E EmBaLagEnS

O reajuste das resinas plásticas chegou a 15% em julho, forçando uma alta média de 8% no valor das embalagens

cenário preocupante nas áreas de química e embalagem Em 2013, com o aumento dos juros e risco de inflação, houve redução dos investimentos do setor de transformados plásticos e elevação dos custos da área química

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setor de transformados plásticos capixaba iniciou o ano de 2013 otimista, principalmente, devido à revisão feita pelo Governo do Estado no Contrato de Competitividade do segmento. A expectativa, segundo o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Espírito Santo (Sindiplast-ES), era de investimentos de R$ 80 milhões em novas unidades e ampliações durante o ano, já que o novo acordo possibilitava uma redução em torno de 10% do custo com a compra de máquinas e equipamentos.

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A conjuntura nacional, no entanto, com a desaceleração da economia, aumento dos juros e inflação, causou também um recuo dos investimentos das empresas, de acordo com o presidente do Sindiplast-ES, Neviton Helmer Gasparini. A elevação constante do preço da principal matéria-prima, a resina, acima do índice de inflação, e o monopólio da Braskem, única fornecedora do produto no país, também colaboraram para esse cenário, dificultando o crescimento esperado.

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Segundo Gasparini, somente no mês de julho o reajuste das resinas plásticas alcançou a 15%, forçando uma alta média de 8% no valor das embalagens. O acumulado no ano já chega a 20%. Ao mesmo tempo, o imposto de importação do produto também se mantém alto, em torno de 14%. “Por todos esses motivos, podemos presumir uma desaceleração média de 10% na indústria de transformados plásticos do Estado até o final do ano, o que pode ter reflexos para o consumidor final e em toda a economia”, diz. Mas no próximo ano, o cenário pode melhorar, de acordo com o dirigente. Tudo vai depender de como o panorama nacional se portará: havendo a estabilização da economia, a expectativa é de que o setor volte a se desenvolver, podendo obter a um crescimento de 20% em 2014. A chegada de novos empreendimentos econômicos ao Estado também pode impactar direta

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e indiretamente o desenvolvimento das indústrias de transformação do plástico.

custos elevados O setor químico é um pouco mais preocupante, segundo Elias Cucco, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais de Produtos Farmacêuticos, de Preparo de Óleos Vegetais, de Sabão e Velas, de Fábricas de Álcool, de Tintas e Vernizes e de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado do Espírito Santo (Sindiquímicos). Os custos de produção do setor subiram de 20% a 30% em 2013. Esse quadro não retrata a situação apenas do Estado, mas sim uma realidade nacional. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até agosto, chegou a US$ 21,1 bilhões – 21,8% acima do registrado em igual período de 2012. Os dados foram disponibilizados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). De janeiro a agosto de 2013, o Brasil importou US$ 30,5 bilhões e exportou US$ 9,4 bilhões em produtos químicos. Na comparação com o mesmo período de 2012, as importações aumentaram 11,8%, ao passo que as exportações recuaram 5,5%. No Espírito Santo esses dados não foram computados mas, segundo Elias Cucco, o problema é sentido em praticamente todo o setor. “Além de a matéria-prima ser toda importada, tivemos outros itens que agravaram o desenvolvimento da área, como os custos trabalhistas, a alta dos juros, a carga tributária, o aumento do dólar e a energia cara. Enquanto não houver Os custos de uma política pública para produção do o setor químico no Brasil, setor químico os problemas só irão se subiram de 20% agravar”, destaca o presia 30% em 2013 dente do Sindiquímicos.

u$$ 30,5 bilhões É o que o brasil importou em produtos químicos de janeiro a agosto de 2013

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mEiO amBiEntE E SUStEntaBiLidadE

Cachoeira em Vargem alta (ES): política estadual de recursos hídricos pode vir a ser alterada

ações conjuntas em prol do desenvolvimento sustentável iniciativas da indústria e do governo Estadual geram mudanças no meio ambiente, na economia do Estado e no âmbito social

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sustentabilidade hoje faz parte da agenda das principais empresas brasileiras, públicas e privadas. Os gestores já entendem que a adoção de soluções social, econômica e ambientalmente responsáveis são cruciais para melhorar a imagem das empresa e aumentar a competitividade e rentabilidade dos negócios.

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No Estado, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) vem promovendo a interlocução entre diferentes instâncias e inserindo os empresários em discussões internas e externas, incentivando o desenvolvimento sustentável junto às indústrias.Para tratar dos assuntos relacionados à responsabilidade anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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incentivar as práticas sustentáveis nas indústrias é uma das metas da findes para reduzir os impactos no meio ambiente

ambiental, a Findes conta com o Conselho Superior de Meio Ambiente (Consuma), que tem, inclusive, cadeira em diversos fóruns e entidades de meio ambiente do Estado, como o Iema, Consema e Seama. Entre as ações deste ano estão o trabalho em parceria com o Iema para informatizar o sistema de processos de licenciamento ambiental e a articulação para alterar a legislação sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos. O Consuma está propondo um projeto de lei para alterar a Lei nº 5.818 e adequá-la melhor à indústria, o qual ainda será submetido à Assembleia Legislativa. Também foi lançado o Prêmio de Meio Ambiente 2013. “O objetivo é incentivar as iniciativas das indústrias capixabas em prol da melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. Dos projetos inscritos, seis empresas foram premiadas e duas ganharam menção honrosa”, disse o presidente do consuma, Wilmar Barros Barbosa. Já no Mapa Estratégico da Indústria Capi xaba 2013/2022, o desenvolv imento sustentável centraliza todas as ações propostas. “Nós trabalhamos nas mudanças de forma contínua, para que possamos sair de um modelo não sustentável para outro, sustentável”, diz Barros. SegundoosecretáriodeDesenvolvimento do Espírito Santo, Nery De Rossi, a questão anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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da sustentabilidade envolve também os pilares econômico e social, além do ambiental. “Hoje, o perfil que se espera dos governos e dos empresários são ações baseadas na criatividade, para tornar o ambiente cada vez mais competitivo, visando ao crescimento da economia. É importante agregar valor aos produtos e ganhar novos mercados, pensando em inovação não apenas tecnológica, ma s de i nvest i mento sustent ável, capaz de gerar qualidade de vida para a sociedade”, diz ele. Uma das iniciativas do Estado foi o Programa de Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de equilibrar os investimentos públicos e privados em todas as regiões capixabas. “No primeiro semestre, atendendo às reivindicações da Findes, 21 setores econômicos passaram a contar com benefícios fiscais do Governo, visando a aumentar sua competitividade em relação às empresas de fora do Estado. Juntas, as empresas beneficiadas oferecem cerca de 40 mil empregos diretos. Em contrapartida, os segmentos se comprometem a investir em ações que resultem em desenvolvimento socioeconômico sustentável. São parcerias e ações conjuntas que colaboram para o equilíbrio do desenvolvimento capixaba”, conclui Rossi. 229

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indúStRia CRiatiVa

O carnaval capixaba é um dos maiores eventos do Estado e mobiliza diversos setores da indústria criativa

indústria criativa ganha peso no Brasil e no mundo Com crescimento acima da média, as indústrias criativas viraram prioridade para a estratégia de desenvolvimento futuro

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o mundo globalizado de hoje, um novo tipo de indústria toma forma e ganha importância no cenário econômico: a indústria criativa. Ela engloba atividades de produção nas várias linguagens da arte e vem dando mostras robustas de crescimento. Associada à criatividade, à habilidade e ao talento, esse tipo de indústria tornou-se fundamental para a geração de riqueza, emprego e crescimento mundial. As estatísticas deste ano da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento mostram essa relevância: o setor movimenta US$ 1,8 trilhão no mundo e corresponde a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da Europa, sendo 2,5% no Brasil. Segundo a Organização das Nações Unidas

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(ONU), essas indústrias são responsáveis por 10% de toda a economia mundial e, devido às elevadas taxas de crescimento registradas até agora, estima-se que o setor vai movimentar US$ 6 trilhões em 2020. A indústria criativa no Brasil abrange 14 segmentos, como artes, música, pesquisa, design, engenharia, arquitetura, computação, mídia e outros, com 243 mil empresas, segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Considerando toda a cadeia, o número chega a dois milhões de empresas. No Espírito Santo, a participação da cadeia das indústrias criativas na economia estadual também chama a atenção. São 14.621 empresas que se enquadram anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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R$ 16,4 bilhões É quanto o setor movimenta na economia capixaba, com uma participação de 18% no PIB estadual

INDÚSTRIA CRIATIVA

nesse conceito e que geram mais de 222 mil empregos, segundo dados levantados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) em 2010. Em 2012, o setor movimentou R$ 16,4 bilhões na economia capixaba, com uma participação de 18% no PIB estadual. De olho nesse cenário, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) criou o Comitê para Desenvolvimento da Indústria Criativa, em julho de 2012, com o intuito de articular e fomentar ações da área criativa junto aos campos tradicionais das indústrias, identificando as potencialidades capixabas. O projeto está sendo desenvolvido pela Findes, em conjunto com Sebrae, Sesi e Senai. A elaboração da metodologia está a cargo do Ideies, e o ponto de partida para o projeto piloto são os setores de confecções, móveis e rochas ornamentais Inicialmente, foram catalogadas 600 empresas. Dessas, foram selecionadas 150: 50 de confecções, 50 do setor moveleiro e 50 do ramo de rochas ornamentais, que já tinham um processo criativo e produtivo formalizado. Agora, serão selecionadas cinco de cada setor, compondo 15 empresas, às quais será aplicada toda a metodologia do projeto, com duração de um ano e término em julho do ano que vem. “Após testado e aprovado, o método servirá de base para um projeto piloto do Sebrae Nacional”, afirma o diretor-executivo do Ideies, Dória Porto.

Articulação com os consumidores Segundo Dória, as indústrias criativas são as que têm suas origens na criatividade, habilidade e talento individuais e que apresentam potencial para a criação de riqueza e de emprego, através da geração e exploração da propriedade intelectual. Ele esclarece que a indústria criativa t raba lha de maneira diferente das tradicionais, principalmente pela grande a r t icu lação com os consu m idores. “Quem inova costuma responder às experiências dos consumidores e faz alterações no produto em função do resultado alcançado junto aos usuários”, diz. Além disso, essas indústrias que se sustentam na criatividade são também fator de desenvolvimento, de diferenciação e até de manutenção para as outras indústrias. “A indústria tradicional não vai sobreviver sem a indústria criativa. Ganha quem criar e inovar mais, tanto em termos locais, quanto internacionais”, afirma Dória. 232

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“Muitas indústrias tradicionais dependem das indústrias criativas. Por exemplo: o setor de confecções depende da parte do design de moda. O setor de design pode ser a mola-mestra para agregar valor nesses nichos do mercado, tornando-os competitivos no mercado internacional”, explica Dória. Segundo ele, um símbolo dessa nova economia e do valor que a criatividade agrega é o iPhone. A simples montagem dos seus componentes pode custar US$ 11. Todas as peças saem por US$ 189. Mas o smartphone chega às lojas por US$ 690 (modelo com capacidade de 16 gigabytes). Isso acontece graças à combinação de tecnologia, design arrojado e um modelo de negócios que amarra as pontas entre o aparelho e serviços digitais para criar um produto diferenciado. Para o presidente do Comitê para Desenvolvimento da Indústria Criativa, José Carlos Bergamin, empresário do ramo de confecções, a criatividade existe em todos os lugares, mas costuma ser negligenciada. “O programa tem o desafio de identificar os potenciais criativos dessas empresas e definir as estratégias de mobilização, visando a agregar valor para os produtos e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico das empresas e regiões”, explicou.

Capacitação profissional Conforme Bergamin, uma das tarefas prioritárias do Comitê é divulgar o conhecimento acerca do assunto, e serão utilizadas as salas de aulas do Sesi e do Senai para divulgar o conceito e formar os profissionais para a economia criativa. “As duas entidades desempenharão um papel importante no processo e fomentarão as formações técnicas com o conceito da Indústria Criativa bem definido. Fala-se muito que o Brasil é um país criativo, mas não estamos entre os 10 mais criativos do mundo. Nossa criatividade está centrada nas artes – cultura e música, mas não produzimos bens sofisticados. Uma das dificuldades é a baixa qualidade do ensino. A economia criativa necessita de uma formação mais apurada para que se transforme em processos e gere riqueza”, explicou. De acordo com ele, a remuneração das pessoas envolvidas com a atividade é bem superior ao daquelas que desempenham atividades tradicionais. A média salarial de um profissional criativo no país é de R$ 4,7 mil, contra R$ 1,7 mil do mercado total. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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POLítiCaS PúBLiCaS

Políticas públicas voltadas para a indústria podem fomentar a geração de empregos, aumentar a renda e intensificar a capacitação profissional

Juntos pela competitividade da indústria capixaba governo do Espírito Santo e industriais se unem para articular metas e diretrizes para melhoria do parque industrial e aumento da competitividade

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setor industrial é fundamental para o desenvolvimento econômico do país, e seu desempenho influencia, consequentemente, no crescimento ou retração da economia brasileira. Mas, para que o segmento se fortaleça, é necessária uma política econômica consistente, que incentive a produção. Reconhecendo isso, o Governo vem promovendo benefícios para desonerar algumas atividades. Esforços têm sido feitos para estimular a competitividade e aquecer o mercado, mas há muito o que avançar ainda. O presidente do Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) da Federação

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das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Sergio Rogerio de Castro, cita a desoneração da folha de pagamento (que beneficiou 40 setores, que deixarão de pagar 20% de contribuição previdenciária para recolher entre 1% e 2% sobre o faturamento) e a atuação do Governo Federal na indústria de vestuário e de calçados (com redução dos custos de energia e a sobretaxa para produtos importados da Ásia, protegendo as indústrias brasileiras de práticas desleais e dumping) como iniciativas importantes para o setor industrial. Porém, ele avalia que as medidas são pontuais e limitadas anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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– a exemplo também do IPI reduzido para automóveis e produtos da linha branca –, e defende que deveriam ser mais amplas, abrangendo todos os setores da indústria. A cotação mais alta do dólar vem beneficiando a indústria nas exportações, de acordo com o dirigente. “Com o dólar alto, a indústria pode competir melhor com os produtos importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato para o exterior, além dos ganhos serem maiores. Se você vender uma camisa, por exemplo, a US$ 10 dólares, recebe R$ 22”, afirma Castro. Em relação às políticas estaduais para estimular o desenvolvimento do setor industrial, Sergio Rogerio de Castro analisa que as ações que vêm sendo implementadas estão num bom patamar. “Os Contratos de Competitividade e o Invest-ES são mecanismos que estimulam a vinda de empresas para o Espírito Santo e ainda contribuem para a expansão das empresas capixabas. Isso permite ao Espírito Santo colocar-se de maneira competitiva frente aos outros estados”, diz ele. No entanto, o conselheiro da Findes cita alguns gargalos e entraves ao desenvolvimento nas áreas ambiental, onde há muita dificuldade para conseguir licenças ambientais; na excessiva fiscalização trabalhista; no excesso de burocracia nos órgãos municipais, estaduais e federais; e na morosidade dos projetos municipais, bem como na atuação do Ministério Público, que, segundo Castro, deveria avaliar as ações de uma forma mais adequada e equilibrada, mantendo um diálogo prévio com os setores produtivos para conhecer as suas dificuldades. “Também precisamos de infraestrutura eficiente, educação e saúde de qualidade e segurança pública e jurídica efetivas”, acrescenta.

competitividade industrial Em 2013, a sintonia entre a Findes e o Governo do Estado produziu ações positivas para a indústria capixaba. Um dos resultados foi a renovação dos Contratos de Competitividade assinados com o Executivo por 21 setores da indústria, com efeitos até 2024. Juntas, as mais de mil empresas beneficiadas oferecem cerca de 40 mil empregos. Os contratos, firmados no âmbito do progra-ma Compete-ES, a cargo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), atenderam a uma solicitação das indústrias, que pleiteavam a modernização dos mecanismos do programa. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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A iniciativa possibilita tratamento tributário diferenciado a setores, que terão redução de três a 10% na carga tributária e redução da alíquota de ICMS nas operações internas e interestaduais. Em contrapartida, se comprometem a investir em aumento da geração de empregos, inovação, capacitação e qualificação profissional. O intuito é permitir a competitividade das empresas capixabas frente a concorrentes de outros estados, além de estimular os empresários a implementar melhorias na gestão e nos resultados, promovendo o crescimento dos setores produtivos da economia capixaba, segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento, Nery De Rossi. Outra linha de incentivo é o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes). “Nele, as empresas contam com o Invest-ES, voltado para novos investimentos em indústria e serviços, e que contribui para a expansão, modernização e diversificação das atividades produtivas do Estado, estimulando a renovação tecnológica e o aumento da competitividade estadual, com ênfase na geração de emprego e renda”, afirma o secretário. No ano passado, 52 projetos foram enquadrados no programa. “Outro, o Fundo de Desenvolvimento e Participações do Espírito Santo (Fundepar), gerido pelo Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), será usado para atração de novos investimentos produtivos ao Estado”, disse Rossi. O Fundo foi lançado em 2012 para combater as perdas geradas pelas mudanças na legislação do ICMS sobre o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). Com R$ 200 milhões iniciais, permitirá que o Governo ofereça empréstimo com prazos de carência de até 20 anos. Na área de inovação, o Governo também está em harmonia com a indústria, e criou em 2013 a Lei de Inovação, por meio da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), com medidas de incentivo à inovação tecnológica, à pesquisa científica e ao desenvolvimento industrial e tecnológico do Estado. A lei contempla, entre outros itens, a criação do Fundo de Inovação, gerido pelo Bandes, com recurso inicial de cerca de R$ 30 milhões para financiar atividades ligadas a ideias inovadoras e para as empresas que queiram aplicar em seus negócios a ciência, a tecnologia e a inovação. Os recursos devem estar disponíveis ainda este ano.

R$ 30 milhões É o total em recursos do Estado com que as empresas capixabas poderão contar para apoiar projetos de inovação

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POLítiCaS PúBLiCaS foto: Secom / governo do Estado

a ampliação da avenida fernando ferrari permitiu o aumento da capacidade do fluxo em 50%, reduzindo os congestionamentos e retenções no trânsito

Além disso, o Estado está implantando dois polos tecnológicos, um no município da Serra, voltado para o petróleo e gás, e outro em Vila Velha, direcionado para a área de química fina e biotecnologia, cujo protocolo de intenções já foi assinado pelo Governo do Estado.

Estratégias futuras Outra iniciativa importante foi o lançamento do Mapa Estratégico da Indústria 2013/2022, conhecido como “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba”, entregue ao governador Renato Casagrande em agosto. O Mapa foi elaborado pela Findes, sob a coordenação do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). Entre as suas principais metas estão a competitividade, a inovação e o desenvolvimento sustentável da indústria capixaba. A educação profissional, por meio dos cursos técnicos, é outro dos pontos para alcançar as metas, bem como a diversificação, a descentralização dos novos investimentos (interiorização) e a diminuição da carga tributária. “Com a Agenda, queremos aproximar ainda mais o Governo de nossas ações, buscar recursos e apoio para as micro e pequenas empresas, interiorizar a indústria, viabilizar licenciamentos ambientais 236

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e dar alívio à carga tributária”, explicou o presidente da Findes, Marcos Guerra. As ações visam a superar os at ua is ga rga los da economia capixaba e evitar que surjam outros obstáculos que possam inibir o desenvolvimento econômico e socioambiental do Espírito Santo. Para avançar ainda mais, a indústria pleiteia também melhorias na mobilidade urbana. Pesquisa realizada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) aponta que o trabalhador leva cerca de 80 minutos no trajeto casa-trabalho, somando ida e volta. Em um ano, esse trabalhador ficaria cerca de 16 dias e 14 horas preso no trânsito. Algumas obras foram realizadas na Grande Vitória este ano, dentro do Programa de Mobilidade Metropolitana (PMM) da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop), objetivando melhorias no fluxo do trânsito da Grande Vitória. A ampliação da Avenida Fernando Ferrari, por exemplo, permitiu o aumento da capacidade do f luxo em 50%, redzindo os congestionamentos e retenções no trânsito. Outra obra, a duplicação da Avenida João Palácio, no cruzamento da via com a Avenida Norte Sul, reduziu os engarrafamentos e o tempo de espera no semáforo. Já a do Corredor Viana Norte, em Viana, possibilitou que a população entre Marcílio de Noronha e Bairro Universal transite de um bairro ao outro sem precisar passar pela BR-262. Mas a realidade de reduzir o tempo que o trabalhador gasta no trânsito só deve melhorar mesmo, segundo o Estado, após a implantação do BRT, com corredores só para o transporte coletivo. O projeto promete diminuir pela metade o tempo gasto em viagens de ônibus na Grande Vitória. A obra está sendo feita pelo Governo do Estado em parceria com as prefeituras e a previsão é de que a primeira etapa seja concluída até o final de 2016. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Desafios para o desenvolvimento socioeconômico Paulo Hartung é economista e ex-governador do Estado Espírito Santo

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Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou recentemente o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano para os Municípios (IDH-M), com base no Censo 2010 e considerando três pilares: saúde, educação e renda. As notícias são boas. No intervalo de análise entre 2000 e 2010, o resultado reafirmou o alcance de um alto estágio de desenvolvimento humano no Brasil (0,727) e no Espírito Santo (0,74), com índices superiores a 0,7. As terras capixabas sustentaram a 7ª posição no ranking nacional, com IDH acima da média brasileira. Essa classificação também foi observada nos quesitos renda, longevidade e educação. No IDH, quanto mais próximo de 1, mais elevado o grau de desenvolvimento. No entanto, além dos desafios evidenciados pelo levantamento, principalmente com relação à instrução, sendo esse o indicador com menor “desenvolvimento”, concentrando as maiores demandas, é preciso prestar atenção ao cenário que se coloca atualmente, o que impõe novas questões não só à manutenção das conquistas, como também ao alcance de novas vitórias no desenvolvimento humano nacional. Primeiramente, analisemos como chegamos até aqui e o principal desafio apontado pelo IDH-M. A evolução histórica nos indicadores socioeconômicos nacionais nos últimos anos se deu em grande medida por um conjunto de fatores. Internamente, tivemos a redemocratização, a estabilização econômica ancorada no Real, as reformas estruturantes realizadas na virada do milênio, além de políticas públicas de promoção do crescimento e da inclusão. Externamente, contribuíram os bons ventos da economia internacional, o crescimento com baixa inflação das economias desenvolvidas até 2008, e a expansão acelerada dos emergentes, com destaque para a China, o nosso grande comprador de commodities. A partir de um cenário positivo, de mudanças estruturais e de crescimento global, o país avan-

çou significativamente, e chegamos a um “alto estágio de desenvolvimento humano”. Entretanto, como ressaltamos, apesar de ser o campo em que mais se avançou, a educação permanece como uma área desafiante. Ou seja, na atualidade, a redução das desigualdades educacionais e a melhoria da educação como um todo são o caminho mais objetivo que temos de percorrer para darmos um salto no IDH. Os outros caminhos (saúde e renda) já parecem mais curtos, mesmo considerando os imensos desafios quanto à expectativa de vida qualificada, à renda per capita e ao poder de compra. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Saliento que o retrato do IDH-M mostra que, como venho defendendo, a educação deve ser alvo de um amplo mutirão nacional por sua ampliação e qualificação. Se no ensino fundamental o país avançou historicamente na oferta de vagas, é preciso salientar que a ampliação de vagas no ensino médio e superior continua a demandar investimentos expressivos. Isso sem falar no maior desafio em todo o campo da instrução: a qualificação. Melhorar o desempenho de uma área tão essencial não é uma tarefa simples. Demanda esforços prioritários e articulados do Estado, da sociedade civil e das famílias. A pauta é extensa: qualificação da formação e anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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valorização da carreira do professor; melhoria do ensino de leitura, escrita e matemática; enfrentamento efetivo das causas de evasão e repetência; integração família-escola; investimento em livros e tecnologia; atenção especial à gestão escolar; e avaliação de desempenho das escolas. Na educação técnica e superior, há demandas por investimentos em ampliação de rede de ensino, formação docente, pesquisa e inovação, avaliação de desempenho, isso tudo num necessário ambiente de diálogo entre sistema educacional e modelo de desenvolvimento socioeconômico. Como bem mostra o IDH-M, as reformas estruturantes e as políticas implementadas nas últimas décadas estão, ainda que em ritmo aquém do necessário e desejável, mudando positivamente o perfil socioeconômico nacional. Mas ainda não é o suficiente, principalmente na educação, setor que é o mais estratégico para a constituição de um futuro bem distante do passado e ainda muito melhor que o presente. E é falando de futuro que nos aproximamos da parte final de nossa análise. Se chegamos até aqui bem, apesar dos evidentes desafios que temos, quanto ao nosso horizonte, não se pode dizer o mesmo. O cenário que nos trouxe ao patamar retratado pelo IDH-M não existe mais. Para enfrentar os desafios postos e avançar, é preciso repensar a estratégia e as táticas – urgentemente. Não temos mais a bonança externa, num planeta assolado pela crise financeira e com uma China em desaceleração. Não contamos mais com os ganhos de produtividade derivados das reformas estruturais dos anos 1990 e 2000. Não temos mais a ociosidade de fatores de produção – experimentamos quase o pleno emprego, por exemplo. Além disso, o que temos visto é um cenário de redução persistente de crescimento, desestímulo ao investimento, pressões inflacionárias, piora na balança de pagamentos e uma perda de confiança generalizada.

“Na atualidade, a redução das desigualdades educacionais e a melhoria da educação como um todo são o caminho mais objetivo que temos de percorrer para darmos um salto no IDH”

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INDÚSTRIA

a indústria naval chega ao Espírito Santo Luciana Aboudib Sandri é diretora institucional do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA)

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P-71, para atendimento às demandas de Mapa Estratégico da Indústria exploração do Pré-sal brasileiro. O emCapixaba, visando ao desenvolvipreendimento traz novas perspectivas de mento para o período entre 2013 e desenvolvimento para a região norte do 2022, recém-divulgado pela Federação das Estado e geração de cinco mil empregos Indústrias do Espírito Santo (Findes), indica diretos no pico da operação em 2016. uma mudança do perfil industrial capiA demanda por navios-sondas, plataxaba, com tendência à transferência dos formas de produção e embarcações de apoio investimentos para o interior do Estado. marítimo, com características e exigências Novos projetos serão instalados em diferentes regiões do interior com objetivo de diminuir as desigualdades socioeconômicas e promover a geração de emprego e renda com desenvolvimento da cadeia produtiva, alavancado pelos grandes projetos. Um dos destaques é o surgimento da indústria naval com a entrada em operação, ainda este ano, do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). A instalação do EJA faz parte de um processo de retomada da indústria naval brasileira, depois de um longo período de estagnação por falta de investimentos no setor. Esse processo foi desencadeado com o crescimento das atividades petrolíferas off-shore, que trouxe demanda de novas embarcações para o mercado e apontou para a necessidade de criação de uma política de desenvolvimento da indústria naval nacional. O Grupo Sembcorp Marine, de Singapura, escolheu o Espírito Santo como sede, e suas obras estão avançadas. Trata-se do primeiro estaleiro do grupo no Brasil e na América Latina. O Jurong já atua no Brasil há 15 anos, sendo responsável pela entrega de mais de 15 plataformas para Petrobras, inclusive a P-50, que representou a autossuficiência do Brasil na exploração de petróleo. O Jurong será responsável pela construção do primeiro navio-sonda brasileiro, o Arpoador, previsto para ser entregue à Sete Brasil em junho de Obra do quebra-mar 2014, dentre as sete sondas contratadas. do Estaleiro Jurong Além disso, realizará a integração Aracruz (EJA) de módulos de duas FPSOs, P-68 e anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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técnicas diferenciadas, surgiu devido à elevação dos preços internacionais do petróleo ao longo da década passada e incentivou a exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, mais afastadas da costa brasileira. Os números atuais do Brasil são animadores, pois estão em construção ou contratados em estaleiros do país, 73 barcos de apoio marítimo, 66 navios petroleiros, gaseiros e de transporte de bunker, 13 plataformas de produção, 16 construções/integrações de módulos para plataformas de produção, 28 sondas de perfuração, cinco navios graneleiros, três navios porta-contêineres, 17 rebocadores

“A instalação do EJA faz parte de um processo de retomada da indústria naval brasileira, depois de um longo período de estagnação por falta de investimentos no setor”

e 142 comboios (empurradores mais barcaças), além de 10 embarcações para a Marinha do Brasil. Só a Petrobras estima demanda de 13 novas unidades de produção até 2020. As novidades para o setor de óleo e gás são positivas para o mercado nacional. O primeiro leilão de produção, realizado em outubro, ofertou exclusivamente a área de Libra e deve gerar, segundo estimativas oficiais, uma demanda de 12 a 18 novos FPSOs. A necessidade indireta de barcos de apoio deve ultrapassar a casa dos 70. Há quem acredite que a demanda deve sustentar a indústria naval por mais de 50 anos de trabalho. Fotos: Take 1

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INDÚSTRIA

Obra do cais sul e finger píer sul do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA)

Para os próximos anos, o desafio é tornar a indústria naval brasileira não apenas mais produtiva, como também mais competitiva em termos de preço e qualidade, como ocorre na Coreia do Sul e em Singapura. Alcançado esse objetivo, a meta será garantir que a sustentabilidade do mercado naval brasileiro seja cada vez mais profissional e capaz de exportar bens e serviços para outros países. Paralelamente a todo o investimento previsto em infraestrutura, ocorre a qualificação profissional. O Estaleiro Jurong Aracruz está capacitando profissionais e desenvolvendo programa em parceria com Ifes para levar estudantes recém-formados e professores para capacitação na indústria naval em Singapura. A previsão é de que a demanda por embarcações do setor de petróleo e gás continue aquecida por longo prazo, uma vez que a produção off-shore deve aumentar ainda mais com a exploração e produção do pré-sal. Esta tendência se confirma no Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2012-2016, que prevê produção de 4.200 mbpd em 2020, sendo 90% resultantes das atividades off-shore. Será necessária a contratação de diversas sondas de perfuração, plataformas de produção e embarcações de apoio marítimo. 242

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Essa perspectiva positiva tem despertado o interesse em investimentos na implantação e ampliação dos estaleiros de médio e grande porte para o atendimento dessas demandas. Diante desse cenário, é possível antecipar que essas encomendas devem sustentar a carteira de contratação dos estaleiros no Brasil. O parque naval nacional deverá atingir a capacidade de processamento de aço superior a 850 mil toneladas por ano. Os novos estaleiros devem melhorar o nível tecnológico do parque nacional, com apoio dos programas de incentivo à pesquisa de desenvolvimento do conteúdo local desenvolvidos pela Onip, como o Platec, por exemplo, que identifica onde as empresas brasileiras podem atuar no fornecimento de equipamentos e serviços. Esses programas oferecem linhas de crédito para o desenvolvimento da pesquisa de novos produtos brasileiros, com transferência de tecnologia dos parceiros estrangeiros. A cadeia de fornecedores nacional do setor, a indústria de navipeças, também está em processo de reestruturação e fortalecimento. O significado da indústria naval e a importância dos estaleiros como gerador de emprego e renda são fundamentais para que haja estímulo do desenvolvimento do setor e o ingresso do Brasil nesse mercado global. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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gESTãO EMpRESARIAL

a gestão como estratégia no mercado global Ricardo Vescovi é diretor-presidente da Samarco

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os últimos anos, o setor de mineração vem enfrentando uma nova realidade. O mercado internacional, antes muito estável, passou por mudanças como, por exemplo, uma grande volatilidade de preços. Esse nosso cenário requer agilidade, criatividade e estratégia por parte das empresas, além de respostas rápidas. É preciso uma profunda adequação e senso de planejamento para que as empresas sejam capazes de enfrentar os efeitos da crise na economia mundial, que teve início em 2008 e que ainda continua repercutindo no mundo dos negócios. É certo que a queda na demanda de minério de ferro pelo setor siderúrgico na Europa e nos Estados Unidos trouxe novos desafios, mas também devemos reconhecer que isso nos revelou novos caminhos. Diante desse contexto de incertezas, a Samarco optou por usar a gestão de forma estratégica, para construir as bases que permitam enfrentar a alta volatilidade dos preços, à qual estamos expostos, mantendo a visão e longo prazo e o foco na sustentabilidade em seus negócios. Acreditando nessa estratégia, desenvolvemos na Samarco ações fundamentadas em três pilares de gestão: Excelência, Conformidade e Crescimento. Esses itens integram o modelo de gestão da companhia e estão presentes também na cultura e no comportamento da empresa e de seus empregados. As práticas que remetem ao conceito de Excelência estão alinhadas em diversas instâncias de nossa atuação, seja pela busca diária da excelência operacional, pelo critério nos padrões de segurança adotados, pela transparência nos procedimentos financeiros ou pelo cuidado que temos com as pessoas, no relacionamento com os diferentes públicos com os quais interagimos. Para nós, alcançar a excelência não significa ser o melhor em tudo, mas sim buscar continuamente o que pode ser aprimorado anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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entre os temas que reconhecemos como realmente essenciais e que agregam valor ao nosso negócio. É também essa busca pela excelência que nos remete ao patamar da Conformidade, o que para nós vai muito além da observação e do cumprimento das leis e das normas oficiais que regulam nossas atividades. Manter nossa gestão em consonância com os parâmetros da conformidade nos trouxe subsídios para atingir um nível de Foto: Samarco

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transparência e organização da empresa que contribui para o relacionamento e a reputação favorável junto aos nossos stakeholders. Quando falamos de conformidade e transparência, falamos também da liderança pelo exemplo, muito importante, quando o objetivo da gestão é construir elos de confiança. As pessoas são essenciais nesse processo e devem estar comprometidas para que a relação da empresa com seus empregados, acionitas, clientes e parceiros possa ser abrangente e duradoura. Assim, os gestores da Samarco cumprem também um importante papel, o de criar espaços onde a circulação de ideias e a troca de experiências tenham lugar próprio. Alimentando o diálogo e a comunicação, em encontros dentro da empresa ou em eventos externos, o que se busca é incentivar a participação ativa das pessoas. Tudo isso se traduz em confiança, que nos embasa para o Crescimento, o terceiro pilar estratégico de nossa gestão. Além desses três pilares, outra importante estratégia de gestão é manter sempre o olhar em direção ao futuro, vislumbrando soluções que impulsionem o nosso negócio. Um bom exemplo disso é o Projeto Quarta Pelotização (P4P). A expansão é um dos maiores projetos do setor no Brasil, vem recebendo investimentos da ordem de R$ 6,4 bilhões e ampliará em 37% nossa capacidade de produção, a partir do primeiro trimestre de 2014. Por fim, quero destacar que a opção por enfrentar os desafios impostos por esse novo momento do mercado com ações estratégicas de gestão nos leva também ao que chamamos de Visão 2022, que é dobrar o valor da empresa e sermos reconhecidos por empregados, clientes e pelas sociedade como a melhor do setor. É seguindo essa linha de gestão que a Samarco se posiciona diante das adversidades, sempre atenta às oportunidades, aos riscos e às perspectivas de negócio, em constante comunicação com seus públicos, informando, de forma clara e periódica, os resultados obtidos e os seus planos de crescimento. Isso é o que nos mantém no caminho certo, sustentando a posição relevante que ocupamos no cenário mundial e o reconhecimento de sermos uma das dez maiores exportadoras do Brasil.

“É preciso uma profunda adequação e senso de planejamento para que as empresas sejam capazes de enfrentar os efeitos da crise na economia mundial, que teve início em 2008 e que ainda continua repercutindo no mundo dos negócios”

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ENERgIA E INFRAESTRuTuRA

José Luiz Marcusso é gerente-geral da unidade de Operações de Exploração e produção da petrobras no Espírito Santo

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o novo cenário da exploração e produção de petróleo e gás no Espírito Santo

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alar da Petrobras no segundo semestre de 2013 é muito especial por dois motivos muito importantes. No mês de outubro, em que comemoramos o aniversário de 60 anos da Companhia, também lembramos os 40 anos do primeiro registro da produção de petróleo no Espírito Santo, no campo terrestre de Fazenda Cedro, em São Mateus. Esse olhar para o passado, para a história que muitos brasileiros e capixabas ajudaram a escrever, nos inspira a fazer cada vez mais e melhor para o futuro. Hoje, trabalhamos em um novo patamar no Espírito Santo, com volumes diários de produção de petróleo que já superam 300 mil barris e de quase 10 milhões de metros cúbicos de gás natural entregue ao mercado brasileiro. São níveis de produção que representam, entre outras coisas, a autossuficiência em GLP (gás de cozinha) no Estado do Espírito Santo - a produção tem alcançado uma média superior a 720 toneladas diárias, o que representa o dobro do consumo do Estado. Esse novo patamar de produção da Petrobras no Espírito Santo também se reflete na movimentação da economia. Em 2012, nossas atividades resultaram na arrecadação de R$ 1,15 bilhão de ICMS, um volume representativo que consolida a Petrobras como a maior pagadora desse imposto no Estado. O pagamento de participações governamentais (os royalties e as participações especiais) para o Estado e os

municípios capixabas totalizou aproximadamente R$ 3,9 bilhões em 2012. Para os próximos anos, baseamos nosso planejamento no crescimento sustentável da produção de petróleo e gás natural. De acordo com o Plano de Negócios e Gestão em vigor, a Petrobras planeja investir US$ 14,4 bilhões em projetos de exploração e produção (E&P) no Espírito Santo no período 2013-2017. Para dar suporte às operações em andamento,

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os custos operacionais estão estimados em US$ 6,6 bilhões nesse mesmo período. Os destaques continuam sendo os projetos de produção no mar: três novas plataformas entrarão em operação até 2018, sendo a primeira delas (a P-58) já em 2013. É importante destacar, também, o investimento nas atividades terrestres de E&P, realizadas no norte capixaba (região que engloba os municípios de São Mateus, Linhares, Jaguaré e Conceição da Barra), que será de aproximadamente R$ 1,75 bilhão entre 2013 e 2017. Nessa região, a produção de óleo deverá subir dos atuais 15 mil barris por dia (bpd) para o patamar de 17 mil bpd na média entre 2014 e 2017. Na indústria de petróleo, esse crescimento é considerado excepcional para uma região de campos maduros, como é a área terrestre do Espírito Santo.

A decisão de manter o foco em terra e no mar pode ser percebida com o resultado do 11º leilão de concessões de exploração de petróleo e gás realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no último mês de maio. Depois de cinco anos e meio sem a realização de leilões, a Petrobras adquiriu participação em todos os 12 blocos exploratórios ofertados no Espírito Santo – sendo seis blocos em terra e outros seis no mar. É um resultado de grande sucesso, que representará um crescimento do investimento da companhia no Estado e que dá sustentabilidade para que a produção de óleo e gás possa continuar crescendo. No entanto, é preciso reconhecer que nossas operações ocorrem em condições cada vez mais complexas do ponto de vista técnico, e que a sociedade e os órgãos reguladores Foto: Divulgação / petrobras

“Os destaques continuam sendo os projetos de produção no mar: três novas plataformas entrarão em operação até 2018, sendo a primeira delas (a P-58) já em 2013” anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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ENERgIA E INFRAESTRuTuRA

Foto: Roberto Stuckert Filho

estão – merecidamente – mais rigorosos com as empresas, em especial com aquelas que operam concessões de exploração e produção de petróleo e gás. Para atender a esse cenário mais complexo, a Petrobras no Espírito Santo está implantando o Centro de Operações Integradas, que possibilitará trabalhar com maior eficiência operacional, aprimorar o gerenciamento das operações, prestar um melhor suporte ao trabalho das frentes operacionais e melhorar o monitoramento ambiental. O Centro de Operações Integradas é uma nova forma de trabalhar a produção de óleo e gás. Temos ciência de que esse novo conceito de trabalho, associado aos cenários mais complexos, demanda profissionais extremamente capacitados para prestar suporte aos trabalhadores de nossas frentes operacionais. A Petrobras é reconhecida por ser uma empresa que busca desenvolver os seus profissionais, e essa é uma realidade quando observamos que cada trabalhador da Unidade de E&P da Petrobras no Espírito Santo realiza, em média, mais de 160 horas de treinamento por ano. Como dissemos anteriormente, a sociedade está cobrando mais sobre o desempenho da Petrobras, e isso pode ser medido por meio dos contatos realizados para a nossa central de atendimento no Estado. O número 0800 039 5005 é a nossa principal “porta de entrada” para a sociedade. Se você tem algum questionamento ou dúvida, deseja fazer um alerta de acidente ou sugestão sobre as atividades de E&P no Espírito Santo, esse é o melhor canal para se expressar. Recebemos, em 2012, 3.455 ligações, que versavam desde 248

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solicitações de informação até elogios. Destacamos que esse mesmo número de telefone é utilizado pelo Projeto de Monitoramento de Praias, uma condicionante ambiental do licenciamento das operações marítimas de E&P no Estado. Por meio desse projeto, monitoramos o número de encalhes de quelônios (tartarugas), mamíferos (golfinhos e baleias) e aves marinhas ocorridos no litoral do Espírito Santo. Para isso, temos uma parceria muito importante com as comunidades, que participam por meio do contato com a nossa Central de Atendimento. No apoio a iniciativas culturais, ambientais e sociais, a Petrobras se vale principalmente de seleções públicas de projetos, realizadas periodicamente. Por meio dessas seleções, são patrocinados projetos como a Escola Multidisciplinar Profissionalizante de Artes e Ofícios, realizado pelo Instituto Goia e que tem o objetivo de capacitar jovens em situação de vulnerabilidade social, na Grande Vitória, na arte da restauração de bens imóveis que fazem parte do patrimônio cultural. Podemos citar, também, a parceria com o Centro Cultural Araçá, que trabalha pela inserção social de 200 crianças e adolescentes em risco social em São Mateus, por meio do projeto Transformando com Arte. Na área cultural, é preciso destacar o festival de cinema Vitória Cine Vídeo, que realiza em 2013 sua 20ª edição, e o Revelando os Brasis, projeto executado pelo Instituto Marlin Azul e patrocinado desde 2004, que visa a descobrir, nas pequenas cidades do país, talentos que vão contar, em vídeo digital, histórias reais ou fictícias de suas comunidades. Temos buscado ampliar o apoio a essas iniciativas da sociedade, num esforço conjunto da Petrobras e das instituições realizadoras. Dessa forma, queremos que os investimentos das nossas operações tenham uma repercussão na sociedade capixaba além do contexto meramente econômico. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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JuSTIÇA E DESENVOLVIMENTO

Justiça e subdesenvolvimento Pedro Valls Feu Rosa é desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo

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sistema judicial da raça humana não funciona bem. É lento. É caro. É confuso. Aliás, sempre foi. Nunca, durante a caminhada do homem, existiu um sistema judicial que funcionasse a contento. Sem exceções. Os motivos desta surpreendente constatação, tenho-os muito claros. Começo minha explicação pelas palavras de Honoré de Balzac: “as leis são teias de aranha pelas quais passam as moscas grandes, e que prendem as pequenas”. Fernando Sabino complementou esta observação: “dura lex, sed lex: a lei é dura, mas é lei. Mas, para os ricos, é dura lex, sed latex: a lei é dura, mas estica”. J. Pierpont Morgan, milionário americano, foi bem menos sutil: “não preciso de advogados para me dizer o que não devo fazer. Eu os contrato para me dizer como fazer o que quero fazer”. Surpreendentemente mais elegante foi Al Capone: “não entendo quem escolhe o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto”. Uma singela reflexão sobre estes pensamentos permite concluir, com extrema facilidade, o quão difícil é a implantação de um sistema jurídico eficiente. Podemos mesmo, utilizando estas reflexões, explicar o conteúdo das palavras de Otto Von Bismarck: “ah, se as pessoas soubessem como se fazem as leis e as salsichas”. É... com razão Bettiol, segundo quem “direito é a expressão da vontade dos mais fortes”. Esta é, sem retoques, a realidade da “justiça dos homens”: há que existir, de molde a ensejar uma indispensável sensação de segurança, porém somente até um certo ponto. Temos que ter “Justiça”, mas somente até um certo grau. Podemos julgar e decidir à vontade, desde que fiquemos aquém de uma linha que separa a “patuleia” das estruturas que comandam os Estados. Foi assim nos primórdios da civilização. Foi assim na antiguidade clássica. Foi assim na era dos impérios. É assim hoje. Devo dizer que, do ponto de vista do denominado “stablishment”, esta política é perfeita. Desconheço qual empresa deseje ser responsabilizada por seus atos. Nunca soube de governo algum que desejasse ter todos os

seus atos controlados transparentemente por um sistema judicial. Ou seja: a ideia de um sistema judicial tolhido, controlado ou intimidado, considerada esta visão mesquinha, era perfeita. Disse “era” porque o planeta vem mudando a passos largos. As empresas já dependem, pela primeira vez na história, de decisões rápidas em litígios envolvendo milhões, por vezes bilhões de dólares, sob pena de sucumbirem diante de competidores. Um planeta que já gira em torno de uma rede financeira mundial totalmente informatizada já não é compatível com a lentidão e os formalismos ridículos de um direito acorrentado ao passado. Creio, assim, que o atual ritmo da economia mundial já nos permite uma constatação: os prejuízos em função da ausência de justiça têm sido maiores, para a chamada “amoral estrutura de poder”, anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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do que os que se apresentariam caso aquela existisse realmente. Vamos aos números. O Brasil tem uma perda acumulada de 20% ao ano no crescimento da economia devido à ineficiência do Judiciário – não computados aí os prejuízos causados pela corrupção impune, que desvia 30% de todos os impostos recolhidos pelos brasileiros. Um outro estudo, feito pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Produtivo (Idesp), trouxe um resultado simplesmente chocante: o Brasil deixa de gerar US$ 100 bilhões por ano devido à morosidade do Poder Judiciário. O impacto estimado do aumento da eficiência do Judiciário seria: no volume anual de investimentos, 13,7%; no volume de negócios, 18,5%; no número de empregados, 12,3%; no investimento em outros estados, 6,2%; no volume de negócios em outros estados, 8,4%; anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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na proporção de atividades terceirizadas, 13,9%; e, no volume de negócios com o setor público, 13,7%. E tanto pior o quadro quando os juízes, no mais das vezes, não falam o mesmo idioma de economistas e empresários. Esta é uma receita para o atraso: ante um sistema legal falido, ridículo para os portais do século XXI, sucedem-se as liminares bloqueando o funcionamento de empresas inteiras, ou paralisando toda uma administração. Como o sistema processual não funciona, aparecem com cada vez maior frequência os “superjuízes”, que com singelas liminares, revogadas ou cassadas poucos dias depois, quando constatadas incorretas, por vezes causam danos de centenas de milhões de reais ao Estado ou a empresas. Diante desta realidade sombria, alguns ainda falam em “aumentar o número de juízes” ou “adquirir mais computadores”. Não vai adiantar! Quanto ao número de juízes, o Centro de Estudos Judiciários das Américas, após estudar o caso de Santiago do Chile, que multiplicou por quatro o número de magistrados sem conseguir agilizar nada, firmou a seguinte premissa: mais da mesma coisa não adianta. Eu mesmo fiz uma conta: em multiplicando o número de juízes de Vitória por dois, todos trabalhando 10 horas por dia, cinco dias por semana, sem férias, levaríamos cinco anos só para botar em dia o serviço. E, o pior: ao cabo destes cinco anos, teríamos à espera de julgamento uma montanha de processos duas vezes maior que a atual. Em resumo: soluções convencionais são quase que um “enrolo” diante de problema tão sério e que afeta tão profundamente nossas vidas. Cumpre, isto sim, uma séria revisão do nosso mundo jurídico, partindo-se rumo a algo realmente moderno. Trata-se de processo árduo, difícil, mas do qual não mais podemos nos esquivar, tendo sempre em mente que “a vida é curta demais para ser pequena”, e que “quando as leis ignoram a realidade, a realidade se vinga ignorando as leis”.

“Podemos julgar e decidir à vontade, desde que fiquemos aquém de uma linha que separa a ‘patuleia’ das estruturas que comandam os Estados”

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Nery De Rossi é secretário de Estado de Desenvolvimento

Nova economia diversificada, o quarto ciclo do desenvolvimento do Espírito Santo

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o analisar o desenvolvimento do Espírito Santo ao longo dos anos, é possível perceber o seu grande e diversificado potencial econômico. Uma história que começou com o ciclo do café, passou pela industrialização e cresceu no setor de petróleo e gás agora toma novos rumos, abrindo um quarto ciclo: a descentralização, diversificando e agregando valor às cadeias produtivas capixabas com inovação tecnológica. Um novo tempo com novas oportunidades de geração de emprego e renda. O Espírito Santo se destaca no cenário econômico nacional como um dos estados que mais crescem no país. Sua localização geográfica naturalmente competitiva, no centro da costa brasileira, é vista como um atrativo natural para novos investimentos. Diante deste cenário e com os investimentos que vêm sendo feitos na melhoria da infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária, além da melhoria dos aeroportos regionais, estão se consolidando seis plataformas logísticas nas regiões que tornarão o Estado uma grande plataforma logística para o Brasil.

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Esses avanços embalam o surgimento de novas indústrias no Espírito Santo, como a instalação do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) e consequentemente a abertura de um setor naval no Espírito Santo, alavancado pelo segmento de petróleo e gás. Com a chegada da Marcopolo, em São Mateus, se consolida a indústria automobilística, que já atrai fornecedores, como a Tecnovidro, em Colatina, que também abriga a fábrica de móveis Bertolini. Além de Linhares com o Polo Gás-químico, outros municípios como Sooretama, com a fábrica de móveis de cozinha Itatiaia, e Pinheiros, com a futura fábrica de MDF, também passam a fazer parte da lista dos municípios que possuem importantes empreendimentos industriais, contribuindo para o crescimento local e a geração de novas oportunidades. O Estado conta com nove projetos portuários que vão mudar sua realidade logística. Entre eles destacamos o Porto Central, que será construído em parceria com o Porto de Roterdã, no município de Presidente

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Kennedy, alterando definitivamente a realidade econômica e social do sul do Estado. Ao logo desses últimos anos, o desenvolvimento econômico capixaba foi traduzido também em significativas evoluções sociais, como a redução da taxa de pobreza. De acordo com os dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), nos últimos anos o Estado apresentou intensa redução na proporção da população extremamente pobre. Em 2009 e em 2011, foram registradas taxas de 3,6% e 3,0% respectivamente, uma evolução muito significativa considerando que o Espírito Santo já atingiu índices de 12%, como no ano de 2001. Para o futuro, as notícias são ainda melhores. O Espírito Santo é hoje o Estado com o maior investimento privado per capita do país, considerando os empreendimentos a serem implantados nos próximos cinco anos. Serão cerca de R$ 110 bilhões de investimentos privados no Espírito Santo, com uma geração de aproximadamente 150 mil

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empregos. Esses projetos têm grande efeito multiplicador na atração de novos negócios e na constituição de novas redes de fornecedores locais. Os esforços com a diversificação da economia já são uma marca do Espírito Santo. O desenvolvimento sustentável construído com inclusão social, responsabilidade ambiental e desconcentração geográfica permite que o Estado seja um lugar cada vez melhor para se viver, trabalhar e investir. Prova disso é que a cada dia novos empreendedores chegam, interessados nas características e na estabilidade do Espírito Santo. Já é realidade a concretização dos empreendimentos anunciados e a atração de empresas de segunda e terceira geração. Com isso será visível ao capixaba o avanço econômico e social que permitirá agregação de valor às nossas cadeias produtivas, possibilitando novas chances e maior qualidade de vida para o povo capixaba.

“O Espírito Santo se destaca no cenário econômico nacional como um dos estados que mais crescem no país”

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INDÚSTRIA

Por uma política efetiva de aumento da competitividade Benjamin M. Baptista Filho é presidente da ArcelorMittal Brasil e da Associação Latinoamericana do Aço (Alacero)

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setor industrial brasileiro não se reencontrou depois da crise financeira internacional de 2008. A indústria ensaiou uma retomada de crescimento, em 2009 e 2010, mas voltou a patinar. E o que é pior: entrou em descompasso, no fenômeno que os especialistas chamaram de desindustrialização, em razão da perda de participação relativa da indústria na composição do PIB. Sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no primeiro semestre de 2013, aponta a queda no ritmo da produção industrial brasileira. Mais do que isso, revela não só que a indústria nacional está perigosamente exposta ao cenário global como também traz à tona a discussão sobre a ausência de avanços expressivos na agenda da competitividade, o que impõe sérias dificuldades ao setor. Assim como a história, a economia brasileira sempre experimentou movimentos cíclicos, ora com cenário favorável às exportações, ora com demanda interna aquecida. A eclosão da industrialização brasileira surgiu num momento em que o país se viu obrigado a suprir as necessidades do mercado doméstico, às vésperas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), dando origem a um novo ciclo industrial. Isso porque o Brasil foi impactado na compra de produtos manufaturados, escassos no mercado internacional, ao mesmo tempo em que viu as vendas externas declinarem, especialmente de café e borracha. Quase 100 anos após aquele conflito mundial, nos deparamos com outros tipos de guerras que provocam significativos reflexos na indústria, com impactos negativos para o setor privado e as economias regionais, além de provocar a queda de confiança do empresário em relação à economia. No Espírito Santo, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial - Icei medido pela CNI, recuou 5,7 pontos em julho deste ano, atingindo 48,3 pontos. Foi a primeira vez

que isso ocorreu em toda a série histórica, iniciada em fevereiro de 2012. A mais prolongada das disputas contemporâneas é a guerra global por mercados. Neste contexto, a crise internacional deflagrada em 2008 passou a exercer grandes pressões comerciais por todo o mundo. Com a recessão norte-americana e a depressão europeia, o mundo se deparou com um enorme excesso de

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oferta de inúmeros produtos, tendo a China como o eixo principal neste novo cenário. A crise, portanto, acirrou a competição global por mercados compradores, como é o caso do Brasil. No caso do setor do aço, as importações de produtos siderúrgicos concorrentes com os da indústria doméstica cresceram exageradamente nos últimos anos, forçando o setor a rever sua estrutura de custos e produtividade. Em 2010 a participação do aço importado no consumo aparente de aço no Brasil foi de 20%, o que representou cerca de quatro vezes mais que a média histórica da década anterior. Em que pesem os esforços das produtoras de aço nacionais em se tornarem mais eficientes, Foto: ArcelorMittal

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muitas vezes seus produtos se encontram em desvantagem quando comparados com produtos estrangeiros exportados para o Brasil, estes últimos, em sua grande maioria, adotando-se práticas desleais de comércio internacional. Entretanto, diante de nova ordem da siderurgia mundial, onde o ambiente competitivo é realçado pelo excesso de oferta de produtos no mercado internacional, cujo impacto no Brasil é a ociosidade de 30% da capacidade total instalada, tem-se notado clara tendência de implantação de medidas de defesa comercial por diversos países, visando manter a isonomia competitiva defendida pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Estas medidas têm como objetivo reorganizar o fluxo de negócios, especialmente daqueles que não respeitam as melhores práticas de comércio internacional, praticando dumping, subsídios, fraudes aduaneiras, triangulação, etc. Por consequência, defende-se a indústria doméstica de movimentos predatórios, privilegiando a força de trabalho local bem como estimulando o investimento na cadeia produtiva nacional. O Governo Federal fez movimentos importantes para fortalecer a competitividade da indústria brasileira. Alterou recentemente a legislação antidumping, através do Decreto 8058/2013, cuja legislação anterior estava em vigor desde 1995, implantando medidas voltadas à modernização e aceleração das investigações de práticas comerciais predatórias. Além disso, o Governo busca aperfeiçoar a estrutura do Departamento de Comércio Exterior - Decom, mediante o aumento do seu corpo técnico. Dentro deste ambiente de fortalecimento da competitividade nacional, ressaltam-se as recentes medidas de desoneração fiscal de diversos setores industriais e a entrada em vigor, no início de 2013, da Resolução nº 13/2012, que dá fim à chamada guerra dos portos entre os estados. Além da esfera de defesa comercial, o Governo Federal lançou em 2011 o Programa Brasil Maior, adotando medidas importantes à competitividade industrial, incluindo o Reintegra e a criação do regime automotivo, dentre outras diversas medidas de incentivo à produção local.

“Ainda temos grandes e recorrentes desafios para avançarmos na nossa posição competitiva e aumentarmos a participação do Brasil no mercado internacional, que representa apenas 1,3% do comércio global, ocupando a tímida 22ª posição, segundo a OMC”

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INDÚSTRIA

Foto: ArcelorMittal

Ainda temos grandes e recorrentes desafios para avançarmos na nossa posição competitiva e aumentarmos a participação do Brasil no mercado internacional, que representa apenas 1,3% do comércio global, ocupando a tímida 22ª posição, segundo a OMC. Importantes gargalos externos aos parques industriais impedem avanços maiores na competitividade brasileira. A lista é extensa e podemos citar alguns exemplos importantes, dentre eles as deficiências de infraestrutura básica de logística, seja rodoviária, ferroviária, portuária ou aeroportuária, cuja dimensão é facilmente percebida no nosso dia a dia. Outro importante ponto a ser destacado é o desbalanceamento entre a demanda e oferta de mão de obra qualificada, evidenciando a urgente necessidade de avançarmos no desenvolvimento do sistema educacional, nos seus mais diversos níveis. O que vimos é o resultado do descompasso entre o crescimento do país e o baixo nível de investimento necessário para acompanhar o ritmo de desenvolvimento. 256

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Recursos existem. A questão básica é a priorização e seriedade quanto à sua alocação para avançarmos na nossa posição competitiva de forma sustentável. Por fim, o que todas estas guerras vêm mostrando é a fragilidade estrutural da economia brasileira. A retomada da atividade industrial depende de uma política efetiva de aumento da competitividade. A redução dos custos de produção aumentará tanto a capacidade de investimento das empresas como a confiança do empresário. O Brasil precisa fortalecer os fundamentos macroeconômicos, controlar a inflação, os déficits fiscais e de transações correntes, bem como avançar na agenda regulatória, sobretudo na definição dos marcos legais e implantação dos projetos de infraestrutura. E, claro, desonerar o investimento, um problema crônico no país. É preciso reencontrar o caminho para um projeto nacional de desenvolvimento e recolocar o Brasil nos trilhos da industrialização. O principal passo é eliminar os entraves estruturais e macroeconômicos que minam a competitividade da economia brasileira. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Desenvolvimento industrial: uma nova perspectiva Vitor Penna Costa é presidente da Cozinhas Itatiaia

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indústria é tão antiga quanto a civilização humana. Seu desenvolv imento foi acompa n hado por mudanças estruturais, tecnológicas e sociais. Em aldeias, pessoas com habilidades especiais eram escaladas para produzir bens para a comunidade em troca de dinheiro ou outras riquezas. O advento das máquinas durante a Revolução Industrial modificou a estrutura do trabalho, substituindo a mão de obra artesã. Depois, Henry Ford instituiu a produção em série na indústria automobilística e, hoje, temos uma nova demanda: a produção personalizada. Este caminho de evolução não para e impulsiona o mundo.

Est á ocor rendo u m verdadei ro processo evolutivo de desenvolvimento tec nológ ico, soc ia l, a mbient a l e econômico em todo o setor industrial. Recentemente, uma série de mudanças está sendo adotada no Brasil com o objetivo de adaptá-lo à nova realidade da economia mundial. O controle da inflação foi fundamental neste processo e trouxe resultados positivos para a nossa economia e para o desenvolvimento da indústria. O país vem se atualizando e modernizando seu parque fabril em busca de competitividade e produtividade.

“A hora é propícia para o investimento criativo em novas tecnologias e na capacitação da mão de obra”

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As fábricas estão investindo e implementando tecnologias diferenciadas, o que tem proporcionado a melhoria dos produtos e serviços no mercado interno e externo. A mudança de patamar competitivo da indústria pela inovação e diferenciação de produtos e serviços, com a inserção de produtos de qualidade e o reconhecimento nos principais mercados do mundo, está contribuindo para a evolução do processo produtivo. Na economia brasileira, a indústria tem como missão promover investimentos produtivos e desenvolver inovações que gerem riqueza, emprego e a constante evolução dos trabalhadores diretos e indiretos, contribuindo fortemente para que o nosso país tenha uma vigorosa economia. Essa visão é intimamente associada à inovação tecnológica, com inserção positiva na sociedade do conhecimento – o que abrange educação em todos os níveis, inclusão digital, desenvolvimento científico e tecnológico. A hora é propícia

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para o investimento criativo em novas tecnologias e na capacitação da mão de obra. Ao contrário da Revolução Industrial e do modelo fordista que exigia trabalhadores mecanizados, a atual conjuntura requer colaboradores especializados, capacitados e em constante evolução tecnológica e intelectual. O setor industrial está conhecendo essa realidade e iniciando um processo de desenvolvimento de programas específicos para o crescimento interno e externo do seu colaborador. A inovação tecnológica, traduzida em equipamentos modernos e computadorizados, converge diferentes áreas como as de engenharia, programação de produção e até o “chão de fábrica”. Com isso, exige-se maior conhecimento e desenvolvimento do colaborador. Neste momento, o funcionário passa a ser um dos maiores bens. A nova indústria brasileira está se adequando a essa realidade e criando seus departamentos de Recursos Humanos mais revigorados, com competência para transformar e capacitar os colaboradores, passando, assim, a ter um papel social e cooperativo em seu entorno, criando parcerias com escolas e instituições de educação profissional que atuam na geração e difusão de conhecimento. Enquanto, em outras épocas, o desenvolvimento regional, no entorno da fábrica, era ligado diretamente ao poder aquisitivo, hoje, a evolução está também no campo do intelecto, da educação, do desenvolvimento profissional e crescimento pessoal de cada colaborador e da sociedade na qual está inserida. Os investimentos produtivos buscam a substituição de maquinários e equipamentos, antes de base tecnológica mecânica, para equipamentos eletrônicos. As instalações físicas precisam ser adequadas a essa nova tecnologia e necessitam de uma arquitetura mais ampla, promovendo o máximo de sustentabilidade, reaproveitamento e limpeza do ambiente. Neste contexto, as indústrias precisam buscar formas criativas de incentivar e promover ações para que o colaborador execute sua atividade com maior segurança e ergonomia, num ambiente saudável e com qualidade. Se Henry Ford voltasse para ver a indústria brasileira, com certeza, se surpreenderia. 259

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inovação: um desafio permanente Paulo Silveira é diretor-executivo industrial da Fibria

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um mundo em que a tecnologia evolui em progressão geométrica, a inovação é fator fundamental à sobrevivência das empresas. É preciso estar atento às tendências e às diferentes formas de se fazer a mesma coisa, buscando otimizar processos e produtos, aumentar a produtividade, reduzir custos e impactos ambientais, aperfeiçoando nossa qualidade e as relações com nossos diversos públicos. O desafio é grande. Na Fibria, a inovação está presente em todas as etapas: da obtenção de matéria-prima ao escoamento da produção. Buscamos sempre a excelência operacional e a satisfação de nossos clientes. Nos antecipamos às exigências do mercado e, para isso, nosso Centro de Tecnologia realiza estudos em todas as nossas áreas

de atividades: dos viveiros de produção de mudas ao produto final. Graças aos resultados de mais de 35 anos de estudos e pesquisas, a Fibria é líder em tecnologia de produção de celulose de eucalipto. Nossas práticas de manejo florestal, aliadas ao desenvolvimento de clones de eucalipto cada vez melhores, asseguram à empresa um dos maiores índices de produtividade do setor, com um dos menores custos de produção. Algumas iniciativas da Fibria nesta área foram apresentadas em junho durante a Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, realizada em Vitória, que reuniu especialistas de várias partes do Brasil e do exterior. A Fibria apresentou três cases no evento e um deles – considerado destaque – representa um novo

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paradigma na produção de mudas clonais de eucalipto. A partir da utilização de biorreatores nesse processo, a eficiência na produção é 40 vezes maior que a do sistema atual, que utiliza minijardins clonais. Na área de logística, por exemplo, a Fibria inovou ao utilizar, de forma pioneira, a navegação de cabotagem marítima no Brasil no seu sistema de transporte de madeira. A partir de barcaças projetadas para esta finalidade, a empresa passou a utilizar, a partir de 2003, o modal marítimo para transportar madeira de seus plantios localizados no sul da Bahia até a fábrica, em Barra do Riacho (Aracruz-ES), contribuindo para reduzir o fluxo de carretas de madeira na BR 101-Norte. Cada barcaça transporta o equivalente à carga de aproximadamente 100 carretas de madeira, contribuindo para reduzir o fluxo desses veículos e a emissão de CO2. Este modelo já foi replicado para outras empresas, que também passaram a adotar a cabotagem marítima em suas operações. As pesquisas envolvem áreas como melhoramento genético, controle de pragas e doenças, sustentabilidade ambiental, qualidade da madeira, processo e produto,

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entre outros temas relacionados às atividades da empresa. Como resultado, temos alcançado avanços importantes. Um exemplo é a redução da área necessária para produção de madeira, graças aos ganhos de produtividade e às avançadas práticas de manejo florestal. Enquanto na década de 1970 a empresa produzia 6,4 toneladas de celulose/hectare/ano, atualmente a média é de 11,8 toneladas de celulose/hectare/ano, o que equivale a uma evolução de 84%. Até 2025, a Fibria pretende reduzir em um terço a quantidade de terras necessárias para a produção de celulose, objetivo que faz parte das Metas de Longo Prazo (MPL) da empresa. Outra meta é diminuir em 91% a quantidade de resíduos sólidos destinados a aterros industriais, também até 2025. A pesquisa e a inovação tecnológica têm papel fundamental na busca desses resultados, que passam pela melhoria da eficiência em todos os aspectos. Proporcionar ganhos em excelência operacional, ambiental e social é o que buscamos com os projetos de inovação desenvolvidos na Fibria, sempre em linha com a estratégia de sustentabilidade da empresa.

“A fim de aprimorar processos e resultados, conduzimos na Fibria diversos projetos de pesquisa, sempre em sintonia com a conservação ambiental”

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INOVAÇãO

a saída está na educação Rafael Lucchesi é diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)

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crise econômica internacional desnudou o que era apenas aparente: a perda de competitividade da indústria brasileira. A queda na demanda estreitou os mercados e a concorrência, que já era renhida, tornou-se feroz, tanto lá fora quanto no mercado doméstico, com os produtos importados. Este cenário tornou ainda mais urgente ampliar a competitividade das empresas brasileiras. Mas isso não é possível sem capital humano. E não teremos capital humano – que significa, simplificadamente, mão de obra qualificada, com boa educação formal, experiente e competente - sem mudarmos o modelo de educação do país. Até há muito pouco tempo, nosso sistema educacional era restrito a um pequeno número de brasileiros. Avançamos na universalização, mas estamos progredindo lentamente na qualidade. Se for seguido o ritmo atual, em 2021 o Brasil terá a proficiência e o rendimento médio dos alunos do ensino fundamental que os países desenvolvidos tinham em 2007. É uma defasagem abissal. Sobre nosso capital humano, os números não são nada animadores: 21% dos trabalhadores da indústria (37% da construção civil) não têm sequer o ensino fundamental completo. Os que têm ensino médio completo são pouco mais da metade (54%). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no boletim Radar: tecnologia, produção e comércio exterior, divulgado em dezembro de 2012, confirma que a força de trabalho brasileira permanece, em geral, com baixa escolaridade. Somente 41 a cada 100 brasileiros entre 25 e 64 anos têm ensino médio completo, e apenas 11, título de nível superior. Nos países ricos, em média, 74 a cada cem concluíram o ensino médio, e 31 a cada 100 passaram por algum tipo de educação terciária. O estudo atribui ainda a diferença entre as taxas de crescimento econômico dos países ao domínio de habilidades cognitivas de seus

trabalhadores - ou seja, o capital humano a que nos referimos. E afirma de forma categórica: qualidade da educação é mais crucial que a extensão de escolaridade para se buscar ganhos de produtividade. A produtividade do trabalho, medida pela relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o pessoal ocupado, coloca o Brasil numa situação grave, se comparado a outros países. Fica em um nível três vezes menor que na Coreia do Sul; quatro vezes menor que na Alemanha; e cinco vezes menor que nos Estados Unidos. Isto é, para produzir o que um trabalhador americano produz, o Brasil precisa de cinco trabalhadores. É urgente, insistimos, mudar a matriz educaciona l, va lorizando também a educação profissional. Essa é uma

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oportunidade de entrada no mercado de trabalho que o Brasil ainda não explorou. Apenas 6,8% dos jovens brasileiros optam pela educação profissional, enquanto nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média é seis vezes maior (45%). Ao abrir as vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) às pessoas que já concluíram o ensino médio, o Brasil avança por duas vias na direção do desenvolvimento. Por um lado, oferece a chance real para uma enorme parcela da população entrar no mercado de trabalho de forma qualificada. Por outro, a partir da formação de novos profissionais, poderá contar com essa qualificação para fazer alavancar sua competitividade. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), essa novidade aumenta para 8,7 milhões o número de pessoas entre 18 e 24 anos que podem realizar, sem custos, cursos técnicos, com duração de mais de um ano. Esses jovens compõem o que os especialistas chamam de bônus demográfico. Segundo o IBGE, o número de pessoas que integram a população economicamente ativa é maior que a quantidade de pessoas que depende dela. Objetivamente, até 2025, a maior parte da população brasileira estará produzindo e o número de pessoas que depende dela vai ser menor. Isso indica que o país vive um período decisivo para se desenvolver. Assim, será necessário criar as condições para que os que compõem essa faixa etária possam contribuir na produção e na produtividade. Esse caminho se constrói, justamente, pela educação. Ainda temos o ensino superior como a principal alternativa para entrar para o mundo do trabalho. Como as taxas de acesso às universidades ainda são baixas, milhões de jovens vão para o mercado de trabalho sem formação, ou pior, sequer conseguem emprego. Para os jovens que se preparam para o mundo do trabalho o recado é claro: podem apostar na educação profissional, porque entrarão mais cedo no mercado e terão carreiras estáveis e bem remuneradas. Se estiverem preparados para atuar com novas tecnologias, processos produtivos e ferramentas de gestão, por exemplo, eles tornam viável a inovação dentro das empresas, o que fará a indústria mais competitiva. O esforço dos governos e da sociedade como um todo, inclusive das instituições do Sistema S, deve ser o de fazer unir estas duas necessidades: a de jovens por preparação para o mercado de trabalho e a da indústria por profissionais qualificados. Essa é a chave para um novo tempo. A saída para um Brasil próspero e inserido no protagonismo mundial está na educação.

“Avançamos na universalização, mas estamos progredindo lentamente na qualidade”

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INDÚSTRIA

Urbanização acelerada e bem-estar Guilherme Lacerda é diretor de Infraestrutura Agropecuária e de Inclusão Social do BNDES

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Brasil passou por uma acelerada urbanização na segunda metade do século XX, em ritmo sem paralelos; em 50 anos invertemos nossa pirâmide demográfica espacial. A alteração que aqui se efetivou em meio século, na França se deu ao longo de 200 anos (de meados do século XVIII em diante) e nos EUA em cerca de 100 anos (de meados do séc. XIX a meados do seguinte), ou seja, o dobro do tempo. Em 1950, o Brasil possuía 64% da população na zona rural e 36% nas cidades; 50 anos depois esses percentuais pularam

para, respectivamente, 19% e 81% e, hoje em dia a população urbana aproxima-se de 90%. Esta modificação foi resultado da combinação de dois mov imentos: uma acelerada expansão demográfica (que só recentemente alterou de forma drástica o seu ritmo) e um grande movimento migratório. Em 1950, a população total brasileira era de 51,9 milhões; em 2000 éramos 169,6 milhões e, atualmente, já ultrapassamos os 200 milhões. Esse adensamento espacial se deu de

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forma heterogênea. Os movimentos migratórios resultaram do modelo de crescimento econômico profundamente concentrador de renda e riqueza, tanto em termos de regiões quanto de grupos familiares, e com destaque para a forma de ocupação das fronteiras agrícolas. A urbanização brasileira levou a uma rede desordenada e desintegrada de cidades. Com isso, nosso país passou a ter metrópoles deformadas, plenas de ocupações irregulares e populações vivendo em condições sub-humanas, com megacidades nucleando constelações de municípios satélites dependentes dos serviços do centro. A atuação do poder público, em suas diferentes esferas, não promoveu uma aproximação entre esses polos dinâmicos e, dentro das cidades, os modais eficientes de transporte público ficaram em segundo plano. O modelo de

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transporte priorizado foi o rodoviário (e o individual), o qual foi sendo implantado aos trancos e barrancos, sempre subordinado à frágil disponibilidade orçamentária do poder central. A história mostra que ao longo de todo o Brasil República e até recentemente, as políticas públicas não priorizaram a organização de nossas cidades e muito menos enfrentaram a especulação imo-biliária, as ocupações irregulares e a falta de serviços públicos básicos. Um exemplo está no longo tempo de tramitação da Lei 10.257 (Estatuto das Cidades), aprovada em 2001, depois de mais de uma década em tramitação. As cidades brasileiras estão congestionadas. Onúmerodeveículoscresceudeforma espantosa nos últimos anos, coalhando as vias urbanas e nossas estradas, que não se modernizaram nem se ampliaram como

“Os movimentos migratórios resultaram do modelo de crescimento econômico profundamente concentrador de renda e riqueza, tanto em termos de regiões quanto de grupos familiares, e com destaque para a forma de ocupação das fronteiras agrícolas”

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INDÚSTRIA

deviam. Em fins de 2012 o Brasil possuía 42,7 milhões de automóveis, contra um total de 22,5 milhões em 2002. Esta realidade, se por um lado mostra a exuberância da melhoria do poder aquisitivo da população, por outro, penaliza a qualidade de vida dos brasileiros nas cidades Enfrentar as enormes carências de nossas cidades agora custa muito mais, e a exigência de investimentos públicos é brutal. O atraso na implantação de intervenções estruturantes para melhorar a mobilidade urbana decorre de vários fatores que se somam. A lista é grande; aqui indicamos os principais, ressalvando-se as peculiaridades de cada caso, que não podem ser esquecidas. De um modo geral, as travas estão associadas a: deficiências de projetos, imprecisão orçamentária, falta de equipes técnicas capacitadas, trabalhos descontinuados, burocracia legal para desapropriações, complexidades das intervenções em áreas superadensadas, práticas de empresas que disputam certames e posteriormente questionam os projetos, inclusive com uma banalização de recursos administrativos e judiciais, legislação defasada exigida para cumprir ritos de licitação, extensos e trabalhosos requerimentos, nem sempre eficazes, dos órgãos de controles, dificuldades de organizar gestões compartilhadas entre estados e municípios, com tempos 268

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políticos curtos e não coincidentes e fragilizada capacidade financeira dos entes subnacionais, fruto de um modelo federativo impróprio, com alta centralização. A lista de obstáculos é grande, e sua superação depende de esforço e disciplina exemplares de lideranças políticas, associada a uma identificação clara de projetos para se fazer o melhor, com menor custo. A reversão deste cenário exige alternativas que valorizem o envolvimento da sociedade e tenham efetiva transparência. Só assim haverá uma redução do fosso hoje presente na relação entre representantes e representados, um dos combustíveis das manifestações sem precedentes nas cidades brasileiras de junho/julho últimos. Enfim, há muito a se fazer; não há tempo a perder e é indispensável que se restabeleça dutos de interlocução confiável entre a sociedade e seus governantes, em todos os níveis. No âmbito municipal, a verdadeira prioridade aos transportes públicos remete à reorganização das cidades, utilizando-se os instrumentos que as prefeituras possuem, com destaque para o Estatuto das Cidades. Mas as soluções estruturantes dependem da destinação suficiente de recursos financeiros e técnicos por parte dos governos Federal e Estadual, sem esquecer da imprescindível participação dos Legislativos, do Poder Judiciário e de órgãos como os Tribunais de Contas e Ministérios Públicos. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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Um futuro promissor

E Fernando Pimentel é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Foi prefeito de Belo Horizonte (2003-2008)

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m meados de 2011, quando um dólar chegou a valer R$ 1,53, ouvíamos com frequência que o Brasil caminhava rumo à desindustrialização. Analistas econômicos diziam que o Brasil vivia sua “doença holandesa”, com a exportação de commodities como soja e minérios atraindo dólares em excesso, desvalorizando o real e prejudicando o setor manufatureiro. O termo é usado para designar países que passam por situação semelhante à da Holanda na década de 1960, quando a exportação de gás natural gerou receitas extraordinárias para o país, valorizou a moeda e tornou a indústria local menos competitiva. A lg u ns econom istas chega ra m a defender um imposto sobre exportação de commodities. Não é preciso dizer que a análise era precipitada. O real valorizado era, sim, um empecilho à competitividade da indústria nacional por tornar nossos produtos mais

caros em relação aos fabricados por outros países, dificultando nossa inserção no exterior. Diante de patamar realmente baixo da moeda americana, lembro-me de afirmar que teríamos de nos acostumar com o real valorizado por um tempo não previsível. Mas sempre acreditei que nosso tecido industrial vasto, complexo, seria capaz de resistir às dificuldades que o real apreciado traria. Não era de se esperar que assistíssemos passivamente à perda de competitividade provocada por tal desequilíbrio cambial. O governo da presidente Dilma Rousseff criticou em todos os fóruns políticos e econômicos internacionais a política de emissão exagerada de dólares dos Estados Unidos. Por sugestão do Brasil, a chamada de guerra cambial foi tema de discussão na Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas o enfrentamento da questão

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INDÚSTRIA

“Vivemos uma crise internacional de vastas proporções, à qual nenhum país está imune. O Brasil, no entanto, tem conseguido atravessá-la relativamente bem” 272

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não se limitou ao diagnóstico e à queixa. Em agosto de 2011, sob a chancela da presidente, lançamos o Plano Brasil Maior. Entre as medidas anunciadas estavam o Reintegra e a primeira leva de desonerações da folha de pagamento. O Reintegra devolve à empresa 3% da receita obtida com a venda de suas mercadorias ao exterior. A devolução permite a desoneração de tributos residuais na cadeia e funciona como um câmbio melhorado – fundamental naquele momento de forte depreciação do dólar. No caso da desoneração da folha, de início quatro setores foram beneficiados, entre eles têxtil e calçados, fortemente afetados valorização do real. Num movimento cauteloso, mas contínuo, o Brasil tem avançado na eliminação de impostos. Mudanças estruturais e cada vez mais abrangentes têm reduzido a carga tributária que incide sobre a produção, num grande esforço do governo para aumentar a competitividade da economia nacional. Em 2011, a renúncia fiscal com a desoneração da folha foi de R$ 3,8 bilhões. Diante da repercussão positiva e de forma responsável, considerando o espaço fiscal disponível para a ampliação do benefício a outros setores, o Governo Federal anunciou a extensão do benefício. Os setores desonerados serão 42 em janeiro de 2014. Somada, a renúncia fiscal somente com a desoneração da folha de pagamento chegará a R$ 44,5 bilhões. Ao contrário do que os críticos costumam dizer, essa política não é – nem jamais foi – pontual. Tendo como critério inicial atender setores mais afetados pela concorrência internacional e intensivos em mão de obra, sempre foi pensada como política estruturante. E essa é apenas uma das ações de governo que visam à redução da

carga tributária. A desoneração da cesta básica, anunciada em março passado pela presidente Dilma, é a mais recente delas. Estamos falando de medidas definitivas. Se incluirmos as medidas temporárias, como a redução de IPI para automóveis, material de construção e linha branca, por exemplo, a renúncia fiscal é ainda mais significativa. A estimativa do Ministério da Fazenda é que entre 2012 e 2014, o Governo Federal abra mão de R$ 203 bilhões – sendo R$ 70 bilhões neste ano. O que se vê, portanto, é um enorme esforço para reduzir a carga tributária brasileira e fazer desse desafio um dos vetores para o aumento da competitividade da indústria brasileira. Vivemos uma crise internacional de vastas proporções, à qual nenhum país está imune. O Brasil, no entanto, tem conseguido atravessá-la relativamente bem. Em 2012, recebemos US$ 65 bilhões em investimentos estrangeiros, o que nos valeu o terceiro lugar no ranking dos países que mais atraiu investimento do exterior. Nos quatro primeiros meses deste ano, já ingressaram no país outros US$ 19 bilhões. Retomadas em maio, as rodadas de licitação para exploração de petróleo no Brasil renderam ao país R$ 2,7 bilhões, atraindo 30 empresas, de 12 países, que, juntas, investirão outros R$ 7 bilhões até 2018. Em outubro, foi licitada a maior área de exploração do Pré-Sal: o campo de Libra, com reservas estimadas entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris de óleo e gás, pela qual onze empresas estrangeiras formalizaram seu interesse. Sem falar na licitação de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, que devem atrair investimentos totais de R$ 242 bilhões. Na balança comercial, o aumento das importações é explicado em grande medida pela compra de máquinas e equipamentos e de matérias-primas e insumos intermediários. Sempre que o Brasil importou mais nesses segmentos o resultado foi maior produção industrial. Na comparação com abril do ano passado, a produção industrial brasileira aumentou 8,4%, a taxa mais alta registrada desde agosto de 2010. O crescimento na produção doméstica de máquinas e equipamentos foi de 3,2%, outro indicativo da retomada da expansão da economia. O cenário ainda não é o ideal, está muito longe do que é pintado pelos pessimistas de sempre e suas agendas inconfessáveis. anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

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íNDicE DE aNUNciaNtES ANuNCIANTES

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