Rádio em Revista - Ano 1 - Número 3

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Distribuição gratuita e dirigida. Uma publicação Escola de Rádio, Tv e Web e Natureza Produções.

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Microfone aberto: tudo do mercado de Rádio, quem entra e quem sai

No mês da criança matéria especial com Zé Zuca

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A opinião de DJS, programadores, críticos e comunicadores sobre o estilo


Rádio em Revista OUTUBRO 2010

Escola de Rádio Rua do Catete, 347 salas 214 e 218 Em frente ao metrô Largo do Machado Tel: 2225-5794 www.escoladeradio.com.br


Índice diretores Cris Jobim: cris@radioemrevista.combr Ruy Jobim: jobim@radioemrevista.com.br editor/jornalista responsável Amaury Santos - 14324 MTE amaury@radioemrevista.com.br diagramação Cris Jobim ilustração Amorim (capa) amorimail@uol.com.br Victor Jobim Colaboraram nessa edição Allan Lima (Foto e distribuição) Livia Santanna Rebeca Gusmão impressão WalPrint Gráfica e Editora www.walprint.com.br tiragem 5.000 exemplares contato comercial comercial@radioemrevista.com.br

redação

redacao@radioemrevista.com.br

Rádio em Revista é uma publicação mensal da Escola de Rádio tv e web Ltda e Natureza Produções Ltda e circula gratuitamente na cidade do Rio de Janeiro. End: R. Almirante Tamandaré, 66 sala 218 Flamengo - RJ - Tel: 3596-5794 contato@radioemrevista.com.br www.radioemrevista.com.br

As opiniões que aparecem nos artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.

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Editorial Microfone Aberto

Homenagem

Capa Funk Especial Dia da Criança Zé Zuca Por trás do microfone Gilson Dodde - JB FM Por onde anda ? Luiz Santoro Coluna do Maurício A força do Rádio nas eleições Mural Festa 75 anos da Tupi

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Editorial

Chegamos ao número 3 da nossa Rádio em Revista. Agradecemos todas as manifestações de carinho e as congratulações que chegaram à redação e esperamos continuar o trabalho de divulgar e engrandecer o meio Rádio. Nesse número, destacamos uma polêmica que se instalou na sociedade e, como deve acontecer, a repercussão dessa polêmica é registrada pelos veículos de comunicação. O funk há um ano foi reconhecido em lei como movimento cultural. Qual a opinião dos profissionais que direta ou indiretamente trabalham em torno da programação de emissoras de Rádio ou na análise musical? Além desse tema, como todos sabem, outubro é o mês da criança. Um programa de Rádio se destaca como o único no gênero nesse atual momento, educando e entretendo as crianças e suas famílias: Rádio Maluca, comandado pelo músico, educador e radialista Zé Zuca. Ainda temos uma série de registros do mercado radiofônico no Microfone Aberto e a coluna do Maurício Menezes. No Rádio Mural, muitas fotos de profissionais comemorando o aniversário da Rádio Tupi, a homenagem a mais um profissional que se destaca há muitos anos nas ondas do Rádio … A Rádio em Revista está no ar.

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Onde encontrar a Revista: Escola de Rádio - Rua do Catete, 347 sala 218 - Lgo Machado

Super Rádio Tupi - Rua do Livramento, 189 recepção - Saúde.

Modern Sound - Rua Barata Ribeiro, 502 D - Copacabana

Espaço Oi Futuro - Rua dois de dezembro, 63 / lanchonete - Flamengo.

Piffer Torteria e Bistrô - Rua Visconde de Silva, 13 - Botafogo.

Rio Scenarium - Rua do Lavradio, 20 - Centro.

Rádio Mec - Praça da República, 141 A - Centro.

Mosaico Decor - Rua Almirante Tamandaré, 66 lja 12 - Flamengo


ouรงa a Rรกdio Web da Escola de Rรกdio. Acesse pelo Iphone ou www.escoladeradio.com.br

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Eduardo Andrews assume a gerência de programação da MPB FM. Hugo Lago é o novo coordenador de promoções e marketing da MPB FM. Soares Junior é agora coordenador de programação da Rádio Globo. Gilmar Ferreira assume a gerência nacional de esportes da Rádio Globo. Álvaro Oliveira Filho passa a ser gerente de esportes da CBN. Bruno Menezes foi promovido a supervisor de produção da Beat 98. Carlos Issa é o gerente de programação da Rádio Tamoio no Rio. Bruno Levinson assume a coordenação artística da OI FM Rio. Boa sorte a todos !

Lançamento

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Festas


Ele é aquele tipo de pessoa que nos inspira e motiva. Predicados cada vez mais raros no nosso meio. Viva o Amigo da Madrugada - Marcos Gomes / Gerente da Rádio Nacional

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O Amigo da Madrugada é um profissional que faz a diferença e de um caráter excepcional! Um craque no que faz - Xico Teixeira - Assessor da Superintendencia da Rádio EBC.


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Em setembro, completou 1 ano em que foi promulgada a lei que reconhece o funk como movimento cultural. A polêmica está no ar. Os admiradores fazem aumentar a audiência das emissoras que destinam grande parte de sua programação ao gênero. Outros afirmam que o estilo tem baixa qualidade harmônica e letras que, além de mal feitas, fazem apologia à violência e à pornografia. Com a palavra ... “O som do ‘funk brasilis’ é absolutamente diferente do americano, origem de tudo. É claro que, como em todas as correntes musicais populares, há muito lixo. Mas, se você não for preconceituoso nem preguiçoso,vai encontrar delícias,de humor incomum e swing irresistível. Há, até, uma corrente infantil e muito divertida que ouço com meus filhos e recomendo a todos. O funk brasileiro é definitivo”. Francisco Barbosa / comunicador.

Trabalhando com os mais diversos estilos de rádios e, por consequência, os mais diversos estilos musicais, a gente percebe que o preconceito prevalece e que qualidade nesse assunto é muito subjetiva. A autenticidade do funk é sua maior qualidade. É verdadeiro. É o grito da grande massa jovem. E fala a sua língua. Sou fã. Eduardo Andrews / diretor artístico.


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Nesses quase 30 anos de rádio, tive a oportunidade de trabalhar com o funk em vários momentos, em várias emissoras. Apesar da lei, o reconhecimento como cultura popular ainda está longe. Vejo o funk sempre associado a cultura marginal, criminalidade e, mesmo quando tem méritos de algum artista despontar, é visto com reservas. Claro que formadores de opinião, que defendem e apóiam o movimento, ajudam muito nesse processo de discriminação. Mas, se precisou de lei pra ser movimento cultural e a lei não consegue ser cumprida, é sinal de que a coisa ainda vai demorar pra acontecer. Paulo Beto / locutor.

As pessoas que criticam deveriam cuidar melhor da educação e cultura do nosso país. A culpa não é dos funkeiros e sim das autoridades que não dão educação ao nosso povo. Eles cantam a realidade deles da maneira deles. Eu, como produtor musical, sempre cuido de consertar os erros no estúdio, pois me preocupo com a qualidade do funk. Com relação à parte musical, lembro que o samba também não era compreendido musicalmente no início, mas depois foi absorvido e hoje é o que é. Qualidade harmônica é questão de gosto, muitas músicas muito simples fizeram muito sucesso e ter complexidade harmônica não é sinônimo de qualidade musical. Malboro / dj.

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Eu acho que esse é o tipo de lei que a gente se pergunta: “Ué? Mas o funk já não era considerado um movimento cultural?” Bom ou ruim é a cara da nossa cidade. Um espelho da nossa cultura popular. Não sendo ofensivo e não fazendo apologia a crimes ou drogas, acho que só tem a acrescentar. Luci Moret / programadora.


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Sinceramente. Demagogia demais esse assunto FUNK! Provavelmente se a população recebesse uma educação melhor, as letras teriam mais conteúdo, mas o que é qualidade? O que é conteúdo quando temos programas como o BBB ou a Fazenda no ar? As Rádios tocam o que o povo quer ouvir. A função do Radialista é perceber movimentos, sejam populares ou não. Sempre foi assim, ou alguém acha que algum Radialista vai procurar um artista pedindo: Grava um Funk! Faz um Rock pra eu tocar? Chamar de movimento cultural é uma questão pra ser vista em 2030. O fato de ser uma música que surgiu na favela não faz dela pior ou melhor! O que era o sambista nos anos 30, 40? Existe democracia no dial, existe a internet explodindo em opções, o Rádio já carrega muita energia negativa. Radialista não compõe, não produz, não edita, não canta... Parem pra pensar: quantas Rádios populares temos no dial do Rio de Janeiro? 3? 4?. Quantas Rádios qualificadas temos 3? 4? Esse papo deixa muita gente animada, muitas opiniões. Estamos falando do Rio de Janeiro ou Berna / Suíça ? João Filho - diretor artístico.

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Comemoramos há pouco 1 ano da lei que reconhece e define o funk como movimento

cultural e musical de caráter popular, garantindo condições de igualdade em relação a outros ritmos musicais. Entretanto, como é intrigante que a música preferida de milhões de jovens não tenha consolidado sua presença nos meios de comunicações tradicionais, a chamada grande mídia! Tirando aparições esporádicas das “mulheres frutas” e um ou outro artista de funk na TV, muito pouco mudou desde a aprovação da lei, que chegou até a ser denominada de “lei de alforria do funk”. Por parte das gravadoras e veículos comerciais não houve seguramente nenhum movimento que alterasse o padrão midiático historicamente destinado ao funk. Ou seja, tudo continuou como antes. A base do funk ainda é sua mídia própria. Mesmo assim, é impressionante como o funk mantém aquecido o seu mercado de shows e eventos e não parou de crescer. Sinal de que ainda somos muito fortes. A todo momento, surgem novos talentos que garantem a renovação e o fortalecimento do ritmo.Sobre as críticas que são feitas ao conteúdo e algumas letras, não se deve generalizar. Há, ainda, muito preconceito. Pode-se criticar o mau gosto de determinada música de funk, mas não se pode dizer que não existe a boa música de funk. A generalização só faz reforçar o preconceito. Rômulo Costa / fundador da Furacão 2000


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palavra “cultura” é vasta, toda e qualquer afirmação beira a discussão acadêmica. Eu vejo o crescimento do funk como resultado de um declínio do pop orientado, leia-se gravadoras. No início dos anos 80, era comum um coordenador de programação determinar o-queseria-sucesso-depois-do-carnaval. Com esse poder nas mãos, a mídia de massa deitou e rolou. Tivemos movimentos bregas em Rádios populares, rock nacional, pop rock e new wave em Rádios jovens, logo depois veio a lambada, sertanejo, etc... O primeiro sinal de que algo estava mudando veio com a atitude de uma Fm do Rio que deu voz àqueles que não se viam “representados” no dial. Toda a zona norte, oeste e baixada fluminense conviviam em harmonia com os pagodes e bailes blacks(*) desde os anos 70. Essa cultura invisível até então tornou-se a mola para uma revolução no Rádio carioca. A mistura de pagode e funk atingiu em cheio as pessoas que tinham que adorar artistas impostos pela grande mídia.

(*) Bailes Blacks, berço da Soul Music -Funk 70, Charme, Funky Melody, Funk Carioca.

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Quando o funk saiu dos morros, deixou de ser coisa de preto favelado e ganhou a “alforria” de Movimento Cultural, a realidade desses artistas não mudou. Não se consegue ver a melhora financeira de nenhum deles. Os lucros continuam nas mãos de poucos. Falta ainda no movimento a figura do MC empreendedor, que ajude a transformar a péssima imagem do segmento, comumente associada à pobreza, marginalidade e promiscuidade. Só vou achar válido o título de “cultural” quando os verdadeiros heróis dessa transformação de costumes forem financeiramente reconhecidos. Afinal, aquela máxima do “eu só quero ser feliz e andar tranquilamente na favela onde nasci” soa romântico demais, resignado demais. Excluído, como sempre. Corello DJ

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Sob a ótica cultural, não vejo mérito no movimento funk, mas como a definição da


Especial

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Reportagem ● Amaury Santos

Idealizada pelo educador, ator, cantor e compositor Zé Zuca, a Rádio Maluca é um programa de auditório que reúne crianças e a família ao redor do Rádio ou ao vivo. Todos os sábados, a garotada se diverte, participando da programação. Brincando, vem conhecendo os bastidores do rádio, o poder e a riqueza do veículo de comunicação. Nesse mês da criança, a RÁDIO EM REVISTA conversa com Zé Zuca e a sua arte de cativar a criançada que, como ele próprio propõe, “entra pelos buraquinhos do Rádio para assistir à Rádio Maluca”.

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RÁDIO EM REVISTA - Como

começou esse interesse pelas crianças?

No início dos anos 70, participei de um clubinho informal fundado com amigos que eram estudantes de psicologia. Bem jovens, queríamos fazer alguma coisa que divertisse e

ajudasse as crianças pobres do bairro onde morávamos. Fiz todas as músicas do clubinho. A experiência durou pouco, mas a semente ficou plantada. A partir daí passei a achar que criança é a maior plantação do mundo.

R R - Por que o Rádio?

Em 1985 fui convidado por uma professora que trabalhava no setor educacional da Rádio MEC a apresentar um projeto de programa para crianças. Apresentei o infantil “Radioteca”, que foi aprovado e ali comecei minha vida de radialista. Em 1986, enviamos um dos programas


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R R - A que você atribui o sucesso da Rádio Maluca entre as crianças e, principalmente entre pais e familiares? Conseguimos transformar a Rádio Maluca num programa familiar. Um evento do qual os integrantes da família podem participar juntos e se divertirem. Enquanto os pais curtem as atrações e a participação de seus

R R - Vale a pena em termos ideológicos e financeiros?” Vale a pena em termos ideológicos, de filosofia, de realização. Acredito que nosso trabalho com e para a garotada, que não fica só na Rádio Maluca, é muito útil. Temos o retorno evidente disto. Financeiramente é uma quimera. Não realiza, mas não posso dizer que não ajude e que não viva disto. Vivo disto também.

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R R - Como atrair a garotada para um auditório de Rádio, modelo de programa considerado tão antigo? É só fazer do programa um espetáculo. Como acontece com outros eventos, como peças de teatro, filmes e shows. Colocamos a Rádio Maluca na programação da cidade. Costuma sair inclusive toda semana nas agendas dos cadernos de cultura dos jornais. Depois, é claro, o evento tem que ser divertido e atraente.

filhos, as crianças se enriquecem culturalmente. Ocupamos um vácuo, um tipo de programação que os pais procuram e têm dificuldade de encontrar.

Especial

para o “IV Festival Anual Internacional de Programas de Rádio de Nova York”. Este programa ficou entre os três finalistas dentre 1547 programas de 18 países. Esse e outros momentos bem sucedidos me estimularam e fui aprendendo a gostar do Rádio, que é um veículo apaixonante. Para criança é ótimo, por ser o que mais exercita a imaginação. Ele não oferece a imagem. A criança tem que imaginar.


Por tras do microfone 1 4 Rádio em Revista OUTUBRO 2010

Gilson Dodde

Coordenador da Rádio JB FM

Na época do vinil o desejo do “discotecário”, que guardava as bolachas pretas na estante, era ser programador musical. O desejo do programador era ser coordenador. O mais difícil é se manter no cargo tendo que provar competência e resultados. Gilson Dodde faz isso com facilidade...

RR: Quando você entrou para o Rádio era isso que imaginava? Gilson: A coordenação artística é o desejo natural de todo programador musical. Minha primeira coordenação foi na Rádio Cidade FM em 1999.

Rádio em Revista: Qual sua função na Rádio JB FM?

RR: A Rádio JB FM é líder no segmento adulto. Como você explica este sucesso?

Gilson Dodde: Sou coordenador artístico há mais de 9 anos. Comecei em março de 2001. Além de coordenar a Rádio, faço também a programação musical.

Gilson: A fórmula é a seguinte: muito trabalho, respeito ao ouvinte e estar cercado de bons profissionais. Sem uma boa equipe você não vai a nenhum lugar.


RR: Como é sua rotina de trabalho na Rádio? Gilson: Geralmente separo a parte da manhã para fazer a programação musical da Rádio. No resto do dia acompanho os departamentos de promoção, produção e jornalismo. Ah.. também participo de reuniões, ouço músicas novas e procuro me informar sobre o que acontece no mundo. RR: Por quais Rádios você já passou? Gilson: Fiz parte da equipe

que inaugurou a RPC FM no dia 01 de agosto de 1988, em 1995 fui para a Rádio Cidade e em 2001 entrei na Rádio JB FM. Aprendi muita coisa em todas elas e o mais importante é aprender todos os dias. Você nunca sabe tudo. RR: Dica para quem quer entrar no mercado de Rádio. Gilson: Muita vontade de aprender e uma boa faculdade de comunicação. Se você quer trabalhar de segunda a sexta no horário comercial, com certeza, o Rádio não é seu lugar!

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Parte da equipe 99,7 - JB FM


Por onde anda ?

Luiz Santoro Jornalista, Radialista, Apresentador de TV e Professor de química!

Rádio em Revista: Que trabalho mais o destacou na profissão? Santoro: Certamente, pelo ineditismo, foi o da Rede Manchete, onde apresentava o Jornal da Manchete 2ª Edição. Estávamos saindo de um período ditatorial e o Jornal da Manchete era mais completo, mais denso em relação aos concorrentes. O telespectador tinha a notícia por inteiro com começo, meio e fim.

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RR: De que fase sente mais saudade? Santoro: Quem trabalha em Rádio e tv, não pode dizer que sinta saudade desse ou daquele trabalho. Por isso, todos foram bons, mas, em termos de saudades, posso citar Rede Manchete, Rádio Antena UM, Rádio Del Rey, o próprio SBT... Está vendo? Vou acabar falando de todos, então é melhor parar! Isto sem contar com meu trabalho atual na WTN (www. wtn.com.br), que é a mais completa TV de Internet no Brasil, onde entrevisto personalidades e as aulas na Escola de Rádio e na FGV. RR: O que fez além do Rádio?

Santoro: Antes de ser jornalista e radialista, fui professor de química! Mas, foi, justamente, apresentando um programa sobre vestibular que caí na “vida”. Outra atividade foi ser Diretor de Cruzeiro onde passava quatro meses no mar por temporada. Um luxo!! E um trabalho duro pra caramba!! Mas, era legal. É o que falo: Ou faz com amor ou vai ficar uma ... RR: Como entrou no mercado? Santoro: Entrei para o Rádio, pela Nacional em Brasília. O Diretor me viu no Jornal Bandeirantes e me fez um convite pra eu assumir um horário na Nacional FM de Brasília, depois fui para a AM, Antena UM (no Rio), Del Rey, JB AM, e a vida não parou mais. RR: Voltaria para o Rádio? Santoro: Só voltaria num programa de entrevistas e variedades. Anunciar e desanunciar música não seria mais minha praia. Preciso imaginar que o ouvinte vai pensar comigo, raciocinar sobre tal fato, particpar ativamente do programa e não só ouvir. Mas, Rádio é cachaça, então...

Luiz Santoro no canal de tv por internet


Maurício Menezes Jornalista, radialista e apresentador

A velocidade do Rádio esconde os pequenos erros, que em geral são muito engraçados. É que os colegas, muitas vezes, estão falando de locais inadequados e, como o Rádio permite falar de qualquer lugar, nem sempre o resultado é o ideal. “Gato escondido tem medo de água fria”, sentenciou um colega. Outro mudou um pouco: “sabe como é, né: gato escaldado tem medo de água fervendo”... “Não é só o gato: de água fervendo todo mundo tem medo”, acrescentou outro colega.

O outro fez uma estranha afirmação: “Nem tudo o que cai do céu é peixe” (?)

As últimas eleições mostraram, mais uma vez, a força do Rádio. Alguns dos deputados mais votados vieram do Rádio, como Wagner Montes, Cidinha Campos, Anthony Garotinho, Pedro Augusto, além de outros que participam de programas, sem falar no próprio Governador Sérgio Cabral, que durante muitos anos participou de programas da Rádio Tupi.

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As palavras parecidas derrubam muito profissional de Rádio. Depois de conversar com o Ministro da Saúde, o repórter destacou: “O importante, segundo o ministro, é que todas as crianças sejam vascaínas” Ele queria dizer vacinadas.

A FORÇA DO RÁDIO

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E tem o outro, que ao falar que um jogador voltava rico da Europa, garantiu: “ele está com o burro na água”.

Teve outro, que ao comentar uma partida de futebol na base brasileira no Pólo Sul, destacou: “O jogo deve ter sido assistido só pelos pinguins e ursos polares...” Só não explicou quem levou os ursos para lá.

Coluna da Maurício

Coluna do Maurício


Mural

75 anos da Tupi anos e tou 75 le p m o alguns Tupi c famos A Rádio onra fotogra io que d ah do Rá it a u t s m fe com mba. onita e do Sa ! dessa b d s a e c id n C la pi zou na ádio Tu se reali uper R S s n é b Para

Ingrid e Garcia Duarte

o Campos e ra, Luizinh Fábio Másca n xa dre Ricardo Ale

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Monikinha e Haroldo de Andrade Jr.

Jorginho Uepa, Maciel Amaral e Alex Bilbao

Manhoso, Haroldo de Andrade Jr, Wagner Menezes e Clóvis Monteiro


Toinho

e Manh oso

Fabrício Ferreira

e Heleno Rotay

Raw

Marcos Veras, Luiz, Francisco Barbosa, Luizinho Campos e Luis Ribeiro

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Jimmy

Equipe de produção da TUPI

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