Informativo Junho 2012

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INFORMATIVO

COLÉGIO PIO XII | JUIZ DE FORA | JUNHO DE 2012

CONHECIMENTO E CAPACIDADE DE RELAÇÃO INTERPESSOAL SÃO FUNDAMENTAIS NA CONTRATAÇÃO Inserção no mercado de trabalho está relacionada ao comportamento pessoal O slogan publicitário “A primeira impressão é a que fica” pode ser aplicado em diversas situações do cotidiano, principalmente, quando se trata de p r o c e s s o s s e l e t i v o s . Pa ra a professora do Colégio Politécnico Pio XII, Anayse Azalin, como o mercado é seletivo, equívocos cometidos em entrevistas podem resultar na eliminação do candidato a tão sonhada vaga. Na visão da docente, os cuidados devem partir no momento de elaborar e redigir o currículo. “Primeiro, é necessário se informar sobre o cargo ofertado e adequá-lo ao que está sendo solicitado. Quando uma informação não é importante, ela se torna irrelevante e acaba não sendo lida”. Esse documento deve ser objetivo e contar com informações referentes ao candidato, como nome, endereço, idade, documentação pessoal, e-mail e telefone de contato (fixo, mesmo que somente de recado, e celular). “Fotos podem ser inseridas quando necessárias e devem ser em formato

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3 x 4. É inadequado anexar imagens em situações despojadas, como as inseridas em redes sociais”. Erros de português denotam falta de atenção ou desconhecimento no preenchimento das informações. Por isso, esse ponto é relevante. Também só devem ser incluídas as últimas formações acadêmicas e os cursos relacionados ao cargo almejado. “É desnecessário colocar todas as instituições de

ensino que frequentou, se você está na formação técnica, por exemplo. Fica subentendido que você já c o n c l u i u e s s a e t a p a ”. O s conhecimentos complementares devem ser adicionados quando tiverem relação com a vaga em aberto. Ou seja, se a oportunidade é para contratação em um escritório, habilidades como recreador são dispensáveis. Para Anayse, é importante

lembrar que todas as informações inseridas no currículo podem ser conferidas pelo entrevistador. “Ou seja, só coloque o que puder comprovar. Se o candidato indica que possui fluência em algum idioma, o entrevistador pode optar por conversar somente em outra língua. Em alguns casos, os contratantes até preferem pessoas com pouca ou nenhuma experiência, de forma que seja possível 'moldar' os novos profissionais. Mas isso também não quer dizer que o candidato pode ficar passivo diante das oportunidades”. O estudante do primeiro módulo do curso Técnico em Informática, do Colégio Politécnico Pio XII, Gabriel Silva Barbosa, está em busca de sua primeira oportunidade no mercado de trabalho. Ele acredita que está preparado para integrar processos de seleção graças à sua capacitação em um ciclo de palestras que visava qualificar indivíduos para conquistarem um estágio ou emprego. Barbosa entende que o quanto antes adquirir uma vaga melhor será para seu futuro profissional.

Continua na página 8 Aumento da população idosa provoca questionamentos a respeito do tratamento dado a esse grupo. A pergunta que fica é: será que estamos preparados para lidar com o envelhecimento?

O aumento dos registros de acidentes de trabalho no Brasil evidencia a importância dos técnicos da área. A profissão também está aquecida em função da realização de grandes eventos no país.

Nízia Almeida passou sete anos se qualificando no Colégio Pio XII e, agora, assumiu o cargo de supervisora escolar da instituição. Conheça sua história.

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Empreendedor Técnico

CONHEÇA NÍZIA ALMEIDA

Profissionais se capacitam no Pio XII e retornam para integrar quadro de colaboradores

A supervisora escolar planeja desenvolver vários projetos no Colégio Arquivo Pessoal

Integrar o quadro de colaboradores da instituição de ensino que contribuiu para sua formação pessoal e profissional. Essa foi a direção adotada por Nízia Almeida, de 48 anos. Atualmente, ela assume o cargo de supervisora escolar do Colégio Politécnico Pio XII. Sua relação com a empresa teve início na década de 1970, quando ela e os outros cinco irmãos frequentavam as salas de aulas da escola. “Meus pais eram exigentes quando se tratava de educação. Na época, buscavam um grupo que atendesse as demandas dos seis filhos e, no Pio XII, eles encontraram todas as características que desejavam como tradição e qualidade no ensino”. Nízia contou que passou sete bons anos – como ela mesma faz questão de frisar – como discente da instituição. Ela e a família concluíram cursos em diversas áreas, como Processamento de Dados, Mecânica e Contabilidade. Após a finalização do ensino médio em conjunto com o técnico, ela optou por iniciar a graduação superior voltada para Pedagogia. “Meu pai sempre me estimulou a seguir a carreira contábil, porque ele próprio já atuava no setor. Contudo, percebi que deveria enveredar para a parte educacional”. Com o diploma em mãos, ela desenvolveu suas atividades como professora e supervisora em outras escolas e depois de passar cerca de 30 anos longe da instituição, o ditado popular “o bom filho a casa torna” se concretizou. Nízia voltou ao Colégio Pio XII, agora como supervisora escolar. “Devo admitir que me comovi ao me deparar com pessoas que fizeram parte da minha história, durante a e n t r e v i s t a ”. A g o ra , e l a s e n t e a responsabilidade de transmitir, na mesma intensidade, o aprendizado que recebeu na juventude. “É um compromisso desempenhado com prazer. Aqui, me sinto em casa”. Até hoje, ao se lembrar da fase em que foi aluna da instituição, Nízia se sensibiliza e revela que ainda mantém

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amizades conquistadas durante o ensino médio. “Isso é fantástico. Nós tínhamos compromisso com as ações propostas e isso não era uma imposição. Integrávamos festivais, desfiles e outros eventos. Aos dez anos, por exemplo, participei pela primeira vez do desfile do dia 7 de Setembro, hábito que se repete desde então”. Ela explicou que é interessante porque, até hoje, surgem recordações dos seus momentos de infância. Para a supervisora escolar, o sentimento que se perpetua ao longo dos anos é o de receptividade. “O acolhimento e preocupação da equipe, como um todo, são sentidos até hoje, por isso ainda tenho um sentimento de nostalgia”. Devido a essa preocupação, Nízia relatou que os estudantes mantêm relação de confiança e cumplicidade com os docentes. “Existe amizade e segurança entre eles e é 'mágico' acompanhar esse crescimento”. Em relação ao futuro, Nízia se mantém otimista e diz que projetos não faltam. “Estamos estudando a possibilidade de criar novos cursos e expandir o ensino. Percebo que a educação é tudo, não somente na parte intelectual, mas também na comportamental. Creio que não há sucesso sem a questão da instrução em um sentido mais global”. Conhecimento levado para a vida

Nízia Almeida desfilando pela primeira vez no dia 7 de setembro

Em paralelo às atividades como supervisora escolar, Nízia é diretora distrital da região da Zona da Mata do Grupo de Escoteiros de Minas Gerais. “A princípio, o vínculo com a equipe foi por conta dos meus dois filhos. Só que me interessei pelo projeto e acabei dando início aos trabalhos até alcançar minha atual colocação”. Atuando há dez anos na entidade, ela relatou que o conhecimento adquirido no Colégio Pio XII foi imprescindível para seu crescimento dentro da entidade. “Tínhamos como preceito o respeito, a solidariedade ao próximo e o amor à Pátria, tal como no Grupo de Escoteiros”.


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Planejando o futuro

“CONHECIMENTO NÃO SE PERDE”

Yuri Rebello aplica, em seu atual estágio, o conhecimento adquirido em cursos anteriores DE JAQUELINE DIAS

A conquista de um espaço no mercado de trabalho é assunto constante na mente de milhares de estudantes. E para atingir esse objetivo, o conselho do professor do Colégio Politécnico Pio XII, Sandro Gualberto Ferreira, é investir em cursos de capacitação pessoal, uma vez que conhecimento não se “perde”. A afirmação anterior pode ter conotação clichê, mas representa a verdade, na opinião do docente. “Essa postura é positiva porque e l e s e s t ã o c a m i n h a n d o p a ra o aperfeiçoamento da educação. Também é interessante adquirir instrumentos que vão auxiliá-los em suas atividades do cotidiano”, ressaltou Ferreira. Ele ainda frisou que o ensino técnico, como é direcionado para a formação de gestores, favorece a abertura de negócios próprios. “Tais profissionais, em geral, têm a missão de orientar. Por isso, eles devem ser questionadores e estar atentos ao que acontece no cenário nacional e internacional”. O estudante, Yuri Rebello, já segue à risca as orientações de Ferreira. Aos 19 anos, ele está no 3º Módulo do curso Técnico em Informática do Colégio Pio XII e planeja dar sequência aos seus

estudos. “Decidi me instruir nessa área porque sempre tive afinidade. Sou curioso, mas somente essa característica não me qualificava como profissional. Por isso, busquei a certificação”. Mas se engana quem pensa que esse é o primeiro curso do jovem. Aos 16 anos, ele decidiu estudar Montagem e Manutenção de Micros. “Quando comecei a 'estragar' alguns equipamentos, percebi que era o momento de buscar conhecimento técnico”, contou rindo. Posteriormente, ele concluiu outras capacitações, como Editoração Gráfica, Corel Draw e Linux. “Meu desejo sempre foi ganhar meu próprio dinheiro e ter autonomia”. O último curso feito por Rebello foi o de Manutenção e Reparo de Notebook, ofertado pelo Pio XII. O próximo da lista do jovem é o de Web Design, porque é a área em que manifesta maior interesse. “Já tenho conhecimento básico, mas desejo aprimorá-lo”. E seu foco também está direcionado para o aprendizado profissional. Aos 13 anos, realizava serviços diversos e já trabalhou em empresas de informática, hospitalares, no comércio e com prestação de serviços, sempre em áreas relacionadas à sua

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Capacitação pessoal facilita inserção no mercado de trabalho

Entre amigos e professor, Lásaro Faciroli comemora a conclusão do curso técnico

formação. “Percebo que esse será um diferencial, porque meu conhecimento não se limita somente à parte teórica. Sempre coloco em prática o conteúdo recebido em sala”. Com suas atividades, ele adquiriu maquinários da parte de manutenção. “O básico para a montagem de um laboratório já está preparado. Deixo de investir em coisas supérfluas para aplicar no meu futuro profissional”. Todo esse empenho tem um objetivo. “Planejo abrir uma loja nessa área”, expôs Rebello. O gerente administrativo, Lásaro Faciroli, de 25 anos, também buscou, de forma precoce, seu espaço no mercado de trabalho. Ele contou que já concluiu diversos cursos, como Liderança e Motivação de Equipes, Informática Avançada e Excelência em Vendas. Atualmente, está no segundo módulo da formação técnica em Contabilidade e pretende dar continuidade aos seus estudos. “Com base na minha vivência profissional, posso afirmar que desejo seguir nesse ramo”. Tal certeza só veio após o jovem perceber que somente através da capacitação pessoal é possível alcançar “voos” mais altos. “Há oito anos, trabalho

na mesma empresa. Durante esse período foram surgindo promoções e, como estava preparado e buscando novos desafios, fui preenchendo as vagas. E o aprofundamento na área de Contabilidade visa sanar uma defasagem da organização”. Como Yuri Rebello, Faciroli prefere investir em conhecimento. “Em mais de uma situação, não tive condições de planejar uma viagem, em função dos estudos”. No entanto, ele não se arrepende. “Só conquistei minha colocação porque fui persistente e hoje tenho discernimento e desenvoltura para lidar com os profissionais que estão ao meu redor”. Sandro Gualberto Ferreira aprova a postura dos estudantes e complementou que todos os passos levam à experiência e ao aprendizado, permitindo que os discentes alcancem um patamar de excelência. “Após um período de pesquisas e dedicação, o indicado é dar início a uma aplicação financeira, que poderá propiciar a abertura de um empreendimento pessoal. Atualmente, a mais segura ainda é a Caderneta de Poupança e o recomendado é separar 30% da renda”, finalizou o docente.


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CONHEÇA AS PRINCIPAIS DOENÇAS QUE AFETAM PESSOAS DA TERCEIRA IDADE Crescimento da população idosa levanta discussões a respeito dos cuidados necessários Com um olhar experiente e um sorriso dócil, os idosos passam pelas adversidades impostas pela vida. Eles enfrentam enfermidades, dificuldades de locomoção e, principalmente, falta de preparo por parte dos familiares. E essa fatia da população, que movimenta em torno R$360 bilhões por ano, cresce a cada dia. Dados do Censo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, em 2050, a parcela de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 65 milhões – três vezes superior a atual – e representará 30% do contingente populacional do Brasil. Em Juiz de Fora, o cenário se repete: esse grupo representa 14% do total de habitantes e a média ultrapassa a nacional, que é de 11%. De acordo com o psicólogo e docente do Colégio Politécnico Pio XII, Leonardo Vargas, a população de idosos vem crescendo graças às melhorias dos cuidados com a saúde, sejam elas preventivas ou corretivas. Contudo, apesar de ter idade cronológica avançada, em alguns casos, ela pode apresentar comportamentos considerados infantis, o que requer atenção. “A pessoa longeva pensa, vive e age segundo o crivo que a sociedade impõe, principalmente porque estamos em uma realidade capitalista, na qual temos que apresentar o máximo de nossa capacidade física e intelectual. Assim, impõe-se ao idoso uma condição dependente, porque o modelo ideal – da atual sociedade – é pautado pelo arquétipo da juventude, aparentemente saudável e produtiva. E ele, devido à sua trajetória, pode não corresponder”. Vargas frisou que nenhuma sociedade está, realmente, preparada para lidar com essa faixa etária, porque esperamos o máximo da capacidade física e intelectual dos indivíduos. “Os

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Para o psicólogo, Leonardo Vargas, é possível manter a qualidade de vida, mesmo na velhice

idosos não conseguem obter essas d u a s e x c e l ê n c i a s , simultaneamente, esperada pelos mais jovens. Entretanto, podemos verificar que, na maioria das vezes, eles são capazes de surpreender quando são chamados para apresentar uma dessas capacidades isoladas, principalmente em áreas como educação, atendimento ao público, logística, entre outras”. E para extrair as potencialidades das pessoas da terceira idade, é necessário, em primeiro lugar, manter o exercício do respeito em relação às limitações e ao reconhecimento de

suas capacidades. “Sabemos que um indivíduo com idade superior a 60 anos tem sua trajetória 'tatuada' em seu corpo e intelecto. Ou seja, a maneira como ele foi vivendo, trabalhando, se alimentando, exercitando e descansando altera sua condição nessa fase da vida. O idoso foi fazendo uma poupança que, agora, tem a obrigação de 'sacar e utilizar', o que é feito, na maioria das vezes, com dificuldades. Sabemos que ele pode precisar de ajuda ou de adaptações que atendam suas características individuais”. Rita de Souza, aluna do terceiro módulo do curso Técnico

de Enfermagem, do Colégio Pio XII, atenta ao cenário que está sendo traçado, se antecipou às demandas do mercado de trabalho. “Concluí o curso de 'Cuidador de Idosos' na instituição, porque senti a necessidade de agregar outras informações à minha formação e, também, visando ter desenvoltura para auxiliar no tratamento dos meus familiares. Já convivo com a situação e, agora, me sinto mais segura”. De fato, é preciso atenção em detalhes que, para uma pessoa mais jovem, podem parecer sem perigo. De acordo com a enfermeira e coordenadora do curso de “Cuidador de Idosos”, do Colégio Politécnico Pio XII, Cristina de Oliveira, gestos simples devem ser tomados. “Para a prevenção de acidentes, é necessário adotar providências como a retirada de tapetes e mesas de centro e instalar corrimão nas escadas, barras de segurança em banheiros e inserção de assentos sanitários adaptados. Pessoas desse grupo devem evitar os deslocamentos quando estão desacompanhados. E manter uma luz acesa, durante o período da noite, é uma forma de evitar quedas da própria altura, causadas por tropeço em objetos”. Segundo Cristina, os acidentes não são incomuns. “Ter noções de segurança ao lidar com idosos é de fundamental importância. Procedimentos simples, como não deixar medicações ao alcance deles, limitam consequências graves”. Ela relatou que as ocorrências mais comuns são as quedas, que podem ser da própria altura, de escadas, em banheiros, ou ao tentarem se levantar da cama. Devido a esses, surgem transtornos como fraturas de fêmur, braço, bacia (pelve) e lesões na cabeça. A idade avançada tem como efeito a demora no processo de recuperação.


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A professora, Cristina de Oliveira, mostra aos seus alunos posições confortáveis para pessoas idosas

Principais doenças Cristina listou as principais doenças e sintomas que acometem pessoas da terceira idade: *Doença de Alzheimer: Tem como sintoma inicial a diminuição da memória, afetando a perda da fixação de fatos recentes e da capacidade de concentração. Surgem dificuldades progressivas para a expressão e compreensão da linguagem e desorientação espacial, no qual a pessoa não reconhece bem o lugar onde se encontra. Essa é considerada, entre as patologias degenerativas, a mais séria;

Doença de Parkinson: Em alguns casos, se apresenta como uma depressão, porém, o mais frequente, é começar por tremores ou rigidez;

Hipertensão Arterial: É o aumento desproporcionado dos níveis da pressão. Podem surgir cansaço e dores nos olhos, cabeça e pescoço. Contudo, o paciente, na maior parte dos casos, não apresenta sintomas;

Pneumonia: Os indícios se manifestam com dor no peito, tosse, febre e dificuldade de respiração;

Diabetes Mellitus: Os sinais são variados e dependem do tipo da doença. Podem surgir vontade

excessiva de urinar, fome e sede constante, fraqueza, fadiga, náusea e vômito, infecções, alterações visuais, dificuldade na cicatrização de feridas e formigamento;

Osteoporose: É comum acontecerem fraturas e dores ósseas. Porém, em geral, os sintomas só são notados em fases avançadas.

Saúde na terceira idade Cristina explicou que a alimentação dos idosos é um ponto crucial. “Ela deve ser rica em verduras, frutas, conter pouco sal e deve ser oferecida em horários corretos. O consumo de água também é vital”. O docente Leonardo Vargas disse que, atualmente, é possível manter a qualidade de vida, mesmo na velhice. “As ciências utilizam uma gama de ferramentas e recursos que conseguem compensar os 'deslizes' que o indivíduo cometeu durante a sua trajetória. Mas, ainda precisamos melhorar a reabilitação psicológica para que o idoso possa exercer sua autonomia”. Para elucidar a questão, o psicólogo explicou que a reabilitação psicológica pode ser considerada o aproveitamento de todas as experiências positivas, análise e m o d i f i ca çã o d a s ex p e r i ê n c i a s negativas e avaliação do contexto fa m i l i a r, s o c i a l e e co n ô m i co, realizando adaptações às atuais necessidades do sujeito.

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CRESCIMENTO ECONÔMICO FAVORECE OPORTUNIDADES DE COLOCAÇÃO Elevado número de acidentes em empresas reforça importância dos Técnicos de Segurança do Trabalho Angelo Savastano

Os professores do Pio XII, Márcio Corni e Flávio Henrique, debatem medidas de prevenção de acidentes DE JAQUELINE DIAS

O aumento dos registros de acidentes de trabalho no Brasil colocou o país como o quarto lugar no ranking mundial em número de ocorrências fatais (a cada três horas, ocorre uma morte), de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Levantamentos do Ministério da Previdência Social (MPS) também corroboram essa preocupante realidade: em 2005, foram concedidos 614 auxíliosdoença. No ano passado, o mesmo benefício foi repassado a 1.373 pessoas, representando um aumento superior a 100%. Em função desse cenário, a Previdência gasta mais de R$10 bilhões ao ano com esses acidentes. Diante das estatísticas, fica notório que a segurança nos

ambientes profissionais é fundamental para o bom andamento das organizações.

Aproximadamente 75% dos acidentes de trabalho ocorrem por atos inseguros. Ou seja, por negligência do trabalhador. De acordo com o professor do Colégio Politécnico Pio XII Vanílson Gomes de Oliveira, a segurança envolve diversos quesitos que englobam, também, a questão do comportamento dos indivíduos. “A avaliação dos riscos a que estamos expostos deve ser constante. Quando passamos a ponderá-los, é possível minimizar situações inadequadas. A

preocupação com o ambiente somada a dos profissionais permeia a questão da segurança do trabalho”. O também docente do Pio XII, Flávio Henrique, completou que essa questão representa o comprometimento com a saúde e integridade dos trabalhadores dentro das organizações. “A conscientização é imprescindível porque a maior parte dos incidentes ocorre devido a atos inseguros, ou seja, provindos dos colaboradores. Muitos deles acreditam que estão imunes a situações de risco e esse excesso de 'autoconfiança' promove falhas, que vão resultar em acidentes”. Henrique também disse que, atualmente, percebe-se que a questão passa não só pela parte de

desenvolvimento das empresas; do ponto de vista financeiro, ela também promove resultados positivos. “O afastamento gera dano. Por isso, a prevenção deixou de ser custo para se tornar investimento”. Ele acredita que a mentalidade das empresas vem mudando gradativamente, mas os e sfo rço s p o d e m s e r m a i o re s , principalmente porque os meios de comunicação estão divulgando as ocorrências com maior frequência e a fiscalização também está mais intensa. Vanílson Gomes de Oliveira ainda completa que as organizações estão mais preocupadas com a imagem que está sendo transmitida p a ra a s o c i e d a d e , ta nto q u e desenvolvem ações para melhorar essa percepção nos indivíduos.


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no qual repassamos dados importantes. Na data, tive uma 'ideia' da falta de informação. Muitas vezes, as correções não são feitas por desconhecimento ou por má-fé. Outro complicador é o fato de que as organizações têm dificuldade de enxergar o trabalho do técnico como um ponto facilitador”.

Em torno de 90% dos acidentes com queda, independente da altura, podem deixar sequelas ou levar à morte. Sobrecarga de tributos Vanílson de Oliveira estuda as normas que direcionam a atuação dos técnicos

E a área está em plena expansão, segundo Flávio Henrique. “A economia está aquecida, principalmente em função dos eventos que vão acontecer no país, como Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. Área do petróleo e minério também está em destaque e todas essas circunstâncias geram empregos”. O estudante do Colégio Politécnico Pio XII, Tiago Alvim, já percebeu essa demanda e está concluindo as horas de estágio

necessárias para se formar como Técnico de Segurança do Trabalho. “A princípio, escolhi o curso por incentivo de familiares. Porém, após um mês frequentando as aulas, me 'apaixonei' pela área. Percebo que atuamos como 'anjos da guarda', protegendo as pessoas de possíveis incidentes”. Alvim também nota certo despreparo por parte das empresas. “Durante meu estágio, participei de um treinamento de Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),

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A l é m d o s p r e j u í zo s d e recolocação profissional, empresas que provocam elevado número de acidentes podem ser forçadas a devolver os gastos que os cofres públicos tiveram com os profissionais que ficaram afastados. Em Sergipe, por exemplo, a Procuradoria-Geral Federal ingressou sete ações contra empresas causadoras de doenças do trabalho, representando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O objetivo é fazer com que essas entidades sejam condenadas a devolver, à autarquia, todos os gastos efetuados com o

pagamento de benefícios acidentários. Caso sejam condenadas, as empresas – que são dos ramos de supermercado, financeiro e indústria – poderão ser forçadas a restituir cerca de R$3 milhões. No entendimento de Vanílson Gomes de Oliveira, essa postura demonstra que o INSS deseja transferir a responsabilidade para os devidos causadores de acidentes. “Essas empresas já estão tendo maior sobrecarga tributária. A negligência será 'cobrada', pois a segurança está conquistando espaço”. Por isso, ele recomendou que entidades com atividades mais complexas, tais como siderurgia, construção civil, do setor de serviços, metalurgia e automobilísticas estejam atentas. “A co n s u l ta à s N o r m a s Regulamentadoras (NRs) possibilita o norteamento diante de situações adversas. Elas também servem para direcionar os profissionais da área”. E os materiais de proteção são imprescindíveis. “Com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a intenção é diminuir as consequências de um acidente. E os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são fundamentais porque vão neutralizar, reduzir ou eliminar os riscos no ambiente de trabalho”, concluiu Oliveira.

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Jornal Escolar 08 Assessoria

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“Hoje, meu currículo é sucinto, contém somente informações básicas e minhas qualificações. Ainda não tive a oportunidade de ser convidado para participar de uma etapa seletiva, mas não estou esperando de 'braços cruzados'. Cadastrei-me em sites de re c r u t a m e n t o e e n c a m i n h e i currículos para empresas. Também estou em busca de capacitação, tanto que optei pelo ensino técnico e já concluí outros cursos, como o pacote do Office. Por enquanto, não estou vislumbrando grandes salários. Meu desejo, em primeiro lugar, é o aprendizado”. A chefe de Departamento de Competências da Subsecretaria de Pessoas, da Secretaria de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Andréia Goreske, disse que a postura do candidato já é avaliada desde o momento do contato por telefone. “Como ele se posta, a atenção dispensada à ligação e o vocabulário adotado são fatores considerados”. No local marcado, critérios como pontualidade, cordialidade, postura, organização, clareza e coerência nas respostas podem marcar “pontos” a favor do interessado.

A professora Anayse Azalin aponta peças do vestuário que não devem ser utilizadas em entrevistas de emprego

eliminatório em processos seletivos. “Para as meninas, o indicado é evitar peças curtas, justas ou estampadas em demasia. Já os meninos podem dispensar as camisas sem mangas, bermudas e bonés. Mulheres devem optar por maquiagens mais leves, enquanto que os homens precisam estar de barba feita. É imprescindível que os cabelos, em ambos os casos, estejam alinhados”. Acessórios? “Somente os discretos, que não chamem atenção para si”. Andréia Goreske concorda com Anayse e re s s a l to u q u e exc e s s o s s ã o dispensáveis. “Aderir ao básico tradicional, em geral, representa acerto”. Postura em dinâmicas

Não confunda “balada” com ambiente profissional Na opinião de Anayse Azalin, o vestuário também pode ser

De acordo Andréia, as dinâmicas contribuem para os avaliadores examinarem características como iniciativa, liderança e respeito às demais pessoas. “Ainda é possível identificar se o indivíduo se adapta às

mudanças ou tem desenvoltura para lidar com situações adversas”. O linguajar dos participantes também é avaliado. Por isso, nada de gírias, palavrões ou erros de pronúncia. Ainda é preciso considerar que toda ação promovida pelo entrevistador, por mais incomum que pareça, tem finalidade, segundo a chefe de departamento. “Em alguns c a s o s , fa ze m o s u m a m e s m a pergunta, de outra maneira, somente para verificar se o candidato apresenta coesão nas ideias. Tudo tem como objetivo conferir se o profissional se adéqua ao cargo p r e t e n d i d o . Te s t a m o s o conhecimento de forma teórica e prática e ele deve ser atrelado às questões de relação interpessoal”. Anayse Azalin ainda c o m p l e m e n t o u q u e questionamentos aleatórios também podem ter como objetivo identificar valores pessoais. “Por isso, surgem perguntas como qual é o seu ídolo ou personagem preferido”.

Fui selecionado! E agora? Para Andréia Goreske, o processo de seleção é apenas o primeiro passo para quem deseja um espaço no mercado de trabalho. “A contratação não garante a permanência. Por isso, devemos sempre buscar aperfeiçoamento e conhecimento, principalmente o relacionado à cultura da organização. Diante do que está sendo percebido, é sugerido que o indivíduo proponha melhorias, de forma a demonstrar que está em sintonia com a nova empresa”.

Expediente: Diretora Geral: Drª Jane Aragão Diretor Pedagógico: Erickson Aragão Diretora de RH: Josane Aragão Diretora Executiva: Flávia Aragão Diagramador: Gilmar Abreu Revisora: Elaine Milagre Jornalista: Jaqueline Dias


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