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“A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem” Curso: Licenciatura em Educação Básica UC: Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação Docentes: Helena Camacho e Maria Rodrigues Ano letivo: 2011/2011

“A integração das TIC no processo de ensinoaprendizagem: uma opção ou uma necessidade?”

Realizado por: Andreia Salvado Cláudia Pinheiro

1 Setúbal, 09 de Novembro de 2011


“A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem” Curso: Licenciatura em Educação Básica UC: Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação Docentes: Helena Camacho e Maria Rodrigues Ano letivo: 2011/2011

Comentário de Andreia Salvado à questão colocada: As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) surgem na sala de aula, no sentido de diversificar os recursos, promover a cooperação entre pares, conceder ao aluno centralidade e um enriquecimento disciplinar, transdisciplinar e cívico. Nos dias de hoje, verificamos que a utilização das TIC no processo de ensinoaprendizagem é fundamental. No entanto, existem alguns profissionais de educação “mais velhos” que resistem ao uso das novas tecnologias, enquanto que os profissionais de gerações mais novas utilizam e usufruem destas tecnologias de informação e comunicação, permitindo que os alunos também participem no processo da sua própria aprendizagem, ou seja, integrando uma aprendizagem construtiva ao invés de uma aprendizagem passiva. Considero bastante importante que os professores estejam atentos às mudanças e aceitem as novas tecnologias, visto que os agentes de educação devem estar sempre em constante aprendizagem, formação e adaptação, tentando responder às necessidades da sociedade, mais precisamente dos seus alunos. Como é evidente, as novas tecnologias cativam os alunos, possibilitando a reconquista da atenção e interesse destes, para a construção de uma escola mais dinâmica e motivadora. Os alunos estão cada vez mais predispostos ao uso das TIC e o computador é um grande auxílio no processo ensinoaprendizagem, “ajudando a desenvolver a capacidade de aprender a aprender e personalizando a transmissão de conhecimentos no processo de aprendizado contínuo” (Barreto, 1999, citado por Teixeira, 2003). A utilização das TIC começa desde cedo e, na maioria dos casos, na escola, envolvendo também as famílias neste processo. As tecnologias de informação e comunicação são ferramentas fundamentais para a vida e não se restringem apenas à sala de aula, porque cada vez mais é necessário a utilização destas para o acesso a um maior número de fontes de conhecimento e de recursos de aprendizagem, permitindo uma autoeducação e educação à distância ao longo de toda a vida.

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O conhecimento e a utilização das TIC dentro e fora da sala de aula, permite evitar fenómenos de infoexclusão - impossibilidade de aceder aos meios de informação e/ou desconhecimento dos mesmos -, a que cada vez mais assistimos nesta sociedade em veloz transformação para uma “Sociedade virtual”. Contudo, não podemos esquecer que o uso despreocupado das novas tecnologias é bastante útil e vantajoso, mas também pode ser muito perigoso.

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Comentário de Cláudia Pinheiro à questão colocada: A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem é, sem dúvida nenhuma, um tema bastante controverso. Ser uma opção ou uma necessidade, reduz em larga escala a dimensão da questão. A necessidade da utilização das novas tecnologias não fará dos professores melhores ou piores, quanto muito poderá ajudar na dinamização da aula, trazendo estratégias inovadoras e apelativas na exposição do conteúdo. Pode-se fazer uma comparação da nova geração docente, que ao longo do seu trajecto de formação foi confrontada com este recurso tecnológico e a geração mais antiga, que até aos primeiros anos de função não se confrontaram com as tecnologias. Nem por isso o ensino e as estratégias foram menos eficazes na educação tradicional do que na educação atual. Por conseguinte, um professor não é bom pelo simples facto de estar completamente inteirado sobre a utilização das TIC na sala de aula, da mesma forma que não é mau por ter simplesmente uma atitude tecnofóbica. Por outro lado, numa geração cada vez mais dependente das novas tecnologias, existe uma grande necessidade de educar, capacitando toda a população para um aproveitamento útil das mesmas. Crianças e adultos hoje em dia têm ao seu dispor uma imensidão de materiais tecnológicos como, televisão, computadores (portáteis), telemóveis, videojogos, internet, entre tantos outros, mas acontece que o manual de instruções não refere uma utilização adequada e benéfica, ficando assim cada indivíduo leigo das tecnologias, à mercê dos perigos e das virtudes destas tecnologias. Neste sentido, sabendo que muitos dos familiares podem ainda não possuir bons conhecimentos ao nível nas TIC (é frequente serem as crianças a ensinar aos pais a manusear o telemóvel ou mesmo o computador), se existir um contacto adequado e pedagógico no meio escolar, é possível que esta aquisição de competências tecnológicas contribua para uma relação mais saudável com estes instrumentos. Constata-se que muitas crianças desde muito novas manuseiam na perfeição jogos no computador, e se lhes for solicitado a realização de um pequeno trabalho em Word ou Power Point, simplesmente não o conseguem realizar, ou porque não sabem fazer uma pesquisa correta na internet ou porque não sabem trabalhar com os programas pedidos. Como já foi referido no princípio do texto, a opção de integrar as TIC no processo de aprendizagem não coloca os profissionais a um nível superior em relação à 4 Setúbal, 09 de Novembro de 2011


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sua eficácia no sucesso escolar. De outra forma, esta opção tem de ser muito bem avaliada e ponderada mediante o público-alvo. Numa época em que a educação diz-se indispensável, gratuita, acessível a todos e inclusiva, a população escolar, devido à massificação, torna-se muito mais heterogénea, ou seja, os públicos são diversificados mediante vários fatores, nomeadamente, idade, extrato social, cultural, entre outros. Neste sentido e pensando no ensino, como sendo inclusivo e igualitário, tem de ser estritamente coerente relativamente ao conhecimento das TIC na escola, ou seja, não pode haver espaço para comportamentos de infoexclusão. Pegando num exemplo, o público do ensino superior tem sido prova desta crescente heterogeneidade. Este nível de ensino deixou ser exclusivamente para alunos vindos do secundário (um dos fenómenos que evidencia este facto são as Provas de Acesso para Maiores de 23 Anos), e possibilitou acesso ao mesmo às pessoas mais velhas, normalmente vindas do mercado de trabalho, depois de uma interrupção prolongada dos estudos, onde as novas tecnologias não eram ainda exploradas no âmbito educacional. Estes fatores são indicadores de um possível analfabetismo tecnológico por parte deste público. Verifica-se neste momento que a opção de integrar as TIC na aprendizagem formal necessita de ter em conta estas novas condições. As TIC na sala de aula não podem resultar em situações de infoexclusão, e por isso é importante que haja por parte dos professores uma flexibilidade, o que não significa o facilitismo, mas sim a disponibilidade do docente em transmitir algumas competências tecnológicas com o intuito de criar uma igualdade entre os alunos, relativamente às TIC. Em suma, a integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem é uma opção que não sendo necessária/obrigatória, pode constituir, se bem estruturada e elaborada, uma mais-valia e uma importante ferramenta para o resto da vida. Uma vez que, invariavelmente, a população se depara com as novas tecnologias nas diferentes situações do quotidiano, um desenvolvimento educacional que as integre desenvolverá a autonomia de cada cidadão tornando-o mais independente e qualificado.

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Fontes: FIGUEIREDO, António Dias. Novos Media e Novas Aprendizagens. Lisboa, Outubro de 2000. PAZ, João. Educação e Novas Tecnologias. Setúbal, Abril de 2008. FIDALGO, Patrícia. O Ensino e as Tecnologias de Informação e Comunicação. 2009 Imagem

retirada

de:

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