Poesia j 11

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Escola Secundária Artística António Arroio Disciplina: Português

A Fortuna de um Verso

Professora Elisabete Miguel Gastão Saraiva Ramos, Nº11, 10ºJ Ano letivo de 2014-2015


Índice:

- Introdução -Traço Escuro, João Rui de Sousa - Revolução, Agostinho da Silva - Cai a chuva Abandonada, Virgílio Ferreira - Data, Shopia de Mello Breyner Anderson - Elegia em chamas, Carlos de Oliveira - Canção à Ausente, Pedro Homem de Mello - Adeus, Eugénio de Andrade - Ode para o Futuro, Jorge de Sena - Noite Apressada, David Mourão-Ferreira - A Arte de Ser Amada, Natália Correia - A Morte, esse lugar-comum, Alexandre O´Neill - Nona Sinfonia, José Carlos - Amei Demais, Joaquim Pessoa - Já foste Rico e Forte e Soberano, Saúl Dias (Júlio Maria dos Reis Pereira) - O tempo vive, Fernando Echevarría - O Sexo, Orlando Loureiro Neves - Identidade,Miguel Torga - Como um Adeus Português, Luis Filipe Castro Mendes - “As sete Penas do Amor Errante, Manuel de Melo Duarte Alegre - Em Todas as Ruas te Encontro, Mário Cesariny de Vasconcelos


- Ilustração e explicação da mesma - Conclusão - Biblio/Webgrafia


Introdução:

Com o início desta nova matéria, a poesia, na disciplina de Língua Portuguesa, a professora sugeriu que fizéssemos uma ‘nossa’ antologia poética. Para a sua realização teríamos que escolher vinte poemas de vinte poetas da 2.ª metade do séc. XX. É o meu percurso de pesquisa, escolha, primeiro de vinte textos, e, posteriormente, de seleção de um só para ilustrar, explicando a imagem, que vos convido a fazer já de seguida.


Traço Escuro

Quando os dias sangram e a parede branca é conspurcada com o carvão das brumas, com o arquejar de quem, frágil, flutua entre as vides do sol e o langor das luas, apago as luzes todas e o caminho torna-se um traço escuro que ressoa.

João Rui de Sousa, in Quarteto para as Próximas Chuvas


Revolução

Pena que as revoluções não as façam os tiranos se fariam bem em ordem durariam menos anos

liberdade sairia como verba de orçamento e se houvesse qualquer saldo se inventava suplemento

pagamento em dia certo daria para isto aquilo o que sobrasse guardado de todo o assalto a silo

mas o que falta aos tiranos é só imaginação e o jeito na circunstância é mesmo a revolução.

Agostinho da Silva, in Poemas


Cai a Chuva Abandonada

Cai a chuva abandonada à minha melancolia, a melancolia do nada que é tudo o que em nós se cria.

Memória estranha de outrora não a sei e está presente. Em mim por si se demora e nada em mim a consente

do que me fala à razão. Mas a razão é limite do que tem ocasião

de negar o que me fite de onde é a minha mansão que é mansão no sem-limite. Ao longe e ao alto é que estou e só daí é que sou.

Virgílio Ferreira, in Conta-Corrente


Data Tempo de solidão e de incerteza Tempo de medo e tempo de traição Tempo de injustiça e de vileza Tempo de negação

Tempo de covardia e tempo de ira Tempo de mascarada e de mentira Tempo que mata quem o denuncia Tempo de escravidão

Tempo dos coniventes sem cadastro Tempo de silêncio e de mordaça Tempo onde o sangue não tem rastro Tempo de ameaça

Shopia de Mello Breyner Anderson, in Canto Sexto


Elegia em Chamas

Arde no lar o fogo antigo do amor irreparável e de súbito surge-me o teu rosto entre chamas e pranto, vulnerável:

Como se os sonhos outra vez morressem no lume da lembrança e fosse dos teus olhos sem esperança que as minhas lágrimas corressem.

Carlos de Oliveira, in Terra de Harmonia


Canção à ausente Para te amar ensaiei os meus lábios... Deixei de pronunciar palavras duras. Para te amar ensaiei os meus lábios!

Para tocar-te ensaiei os meus dedos... Banhei-os na água límpida das fontes. Para tocar-te ensaiei os meus dedos!

Para te ouvir ensaiei meus ouvidos! Pus-me a escutar as vozes do silêncio... Para te ouvir ensaiei meus ouvidos!

E a vida foi passando, foi passando... E, à força de esperar a tua vinda, De cada braço fiz mudo cipreste.

A vida foi passando, foi passando... E nunca mais vieste!

Pedro Homem de Mello, in Segredo


Adeus Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário,


era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor, já se não passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar. Dentro de ti não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade, in Poesia e Prosa


Ode para o Futuro

Falareis de nós como de um sonho. Crepúsculo dourado. Frases calmas. Gestos vagarosos. Música suave. Pensamento arguto. Subtis sorrisos. Paisagens deslizando na distância. Éramos livres. Falávamos, sabíamos, e amávamos serena e docemente.

Uma angústia delida, melancólica, sobre ela sonhareis.

E as tempestades, as desordens, gritos, violência, escárnio, confusão odienta, primaveras morrendo ignoradas nas encostas vizinhas, as prisões, as mortes, o amor vendido, as lágrimas e as lutas, o desespero da vida que nos roubam - apenas uma angústia melancólica, sobre a qual sonhareis a idade de oiro.


E, em segredo, saudosos, enlevados, falareis de n贸s - de n贸s! - como de um sonho.

Jorge de Sena, in Pedra Filosofal


Noite Apressada

Era uma noite apressada depois de um dia tão lento. Era uma rosa encarnada aberta nesse momento. Era uma boca fechada sob a mordaça de um lenço. Era afinal quase nada, e tudo parecia imenso!

Imensa, a casa perdida no meio do vendaval; imensa, a linha da vida no seu desenho mortal; imensa, na despedida, a certeza do final.

Era uma haste inclinada sob o capricho do vento. Era a minh'alma, dobrada, dentro do teu pensamento. Era uma igreja assaltada,


mas que cheirava a incenso. Era afinal quase nada, e tudo parecia imenso!

Imensa, a luz proibida no centro da catedral; imensa, a voz diluída além do bem e do mal; imensa, por toda a vida, uma descrença total!

David Mourão-Ferreira, in À Guitarra e à Viola


A Arte de Ser Amada

Eu sou líquida mas recolhida no íntimo estanho de uma jarra e em tua boca um clavicórdio quer recordar-me que sou ária

aérea vária porém sentada perfil que os flamingos voaram. Pelos canteiros eu conto os gerânios de uns tantos anos que nos separam.

Teu amor de planta submarina procura um húmido lugar. Sabiamente preencho a piscina que te dê o hábito de afogar.

Do que não viste a minha idade te inquieta como a ciência do mundo ser muito velho três vezes por mim rodeado sem saber da tua existência.


Pensas-me a ilha e me sitias de violinos por todos os lados e em tua pele o que eu respiro ĂŠ um ar de frutos sossegados.

NatĂĄlia Correia


A Morte, esse Lugar-Comum

É trivial a morte e há muito se sabe fazer - e muito a tempo! - o trivial. Se não fui eu quem veio no jornal, foi uma tosse a menos na cidade...

A caminho do verme, uma beldade — não dirias assim, Gomes Leal? — vai ser coberta pela mesma cal que tapa a mais intensa fealdade.

Um crocitar de corvo fica bem neste anúncio de morte para alguém que não vê n'alheia sorte a própria sorte...

Mas por que não dizer, com maior nojo, que um menino saiu do imenso bojo de sua mãe, para esperar a morte?...

Alexandre O´Neill, in Abandono Vigiado


Nona Sinfonia É por dentro de um homem que se ouve o tom mais alto que tiver a vida a glória de cantar que tudo move a força de viver enraivecida.

Num palácio de sons erguem-se as traves que seguram o tecto da alegria pedras que são ao mesmo tempo as aves mais livres que voaram na poesia.

Para o alto se voltam as volutas hieráticas sagradas impolutas dos sons que surgem rangem e se somem.

Mas de baixo é que irrompem absolutas as humanas palavras resolutas. Por deus não basta. É mais preciso o Homem.

José Carlos Ary dos Santos, in Sangue nas Palavras


Amei Demais

Madruguei demais. Fumei demais. Foram demais todas as coisas que na vida eu emprenhei. Vejo-as agora grávidas. Redondas. Coisas tais, como as tais coisas nas quais nunca pensei.

Demais foram as sombras. Mais e mais. Cada vez mais ardentes as sombras que tirei do imenso mar de sol, sem praia ou cais, de onde parti sem saber por que embarquei.

Amei demais. Sempre demais. E o que dei está espalhado pelos sítios onde vais e pelos anos longos, longos, que passei

à procura de ti. De mim. De ninguém mais. E os milhares de versos que rasguei antes de ti, eram perfeitos. Mas banais.

Joaquim Pessoa, in Ano Comum


Já Foste Rico e Forte e Soberano

Já foste rico e forte e soberano, Já deste leis a mundos e nações, Heróico Portugal, que o gram Camões Cantou, como o não pôde um ser humano!

Zombando do furor do mar insano, Os teus nautas, em fracos galeões, Descobriram longínquas regiões, Perdidas na amplidão do vasto oceano.

Hoje vejo-te triste e abatido, E quem sabe se choras, ou então, Relembras com saudade o tempo ido?

Mas a queda fatal não temas, não. Porque o teu povo, outrora tão temido, Ainda tem ardor no coração.

Saúl Dias (Júlio Maria dos Reis Pereira), in Dispersos (Primeiros Poemas)


O Tempo Vive

O tempo vive, quando os homens, nele, se esquecem de si mesmos, ficando, embora, a contemplar o estreme reduto de estar sendo. O tempo vive a refrescar a sede dos animais e do vento, quando a estrutura estremece a dura escuridĂŁo que, desde dentro, irrompe. E fica com o uivo agreste espantando o seu estrondo de silĂŞncio.

Fernando EchevarrĂ­a, in Sobre os Mortos


O Sexo

Neste corpo, a densa neblina, quase um hábito, lentamente descida, sedimento e sede, subtilmente o acalma. Ancora que se desloca, movediça e infirme. Só no olhar, além

da luz e da cal, se distinguem os desejos e a mestria das palavras. E não há remos nem astros. Convido a neblina a esta mesa de chumbo, onde nada levanta o fogo

solar ou os signos se alteiam. É a hora em que o corpo treme e a sombra lavra as frouxas manhãs. O que serão as tardes, sob a névoa,

quando o vigor agoniza e o vão das águas abre o caos e os ecos? Estaremos em paz, usando a palavra, última herdeira das areias.

Orlando Neves, in Decomposição – o Corpo


Identidade

Matei a lua e o luar difuso. Quero os versos de ferro e de cimento. E em vez de rimas, uso As consonâncias que há no sofrimento.

Universal e aberto, o meu instinto acode A todo o coração que se debate aflito. E luta como sabe e como pode: Dá beleza e sentido a cada grito.

Mas como as inscrições nas penedias Têm maior duração, Gasto as horas e os dias A endurecer a forma da emoção.

Miguel Torga, in Penas do Purgatório


Como um Adeus Português

Meu amor, desaparecido no sono como sonho de outro sonho, meu amor, perdido na música dos versos que faço e recomeço, meu amor por fim perdido.

Nenhuma lâmpada se acende na câmara escura do esquecimento, onde revelo em banho de prata as imagens que guardo de ti, imagens que se desfiam na memória de haver corpos, na memória da alegria que sempre guardamos para dar a alguém, tremendo de medo, tropeçando de angústia, enternecidos, entontecidos, como aves canoras soltas nos vendavais.

Perdi-te no momento certo de perder-te. Aqui estão os augúrios, além o discernimento. O amor em surdina desfez-se no seu dizer, entre versos pobres, um corpo cansado, e a doença sem fim do desejo mortal.

Apagaram-se as luzes. Nunca o vento da indiferença me abrirá as mãos.


Nunca abdicarei deste quinhão de luz, o meu amor. E agora vejo bem como as palavras caem, não valem, se desfolham e são pisadas por qualquer afirmação da vida, da vida que não era para nós.

Luís Filipe Castro Mendes, in Os Amantes Obscuros


As Sete Penas do Amor Errante

Eu não sei se os teus olhos se gaivotas mas era o mar e a Índia já perdida as ilhas e o azul o longe e as rotas minha vida em pedaços repartida.

Eu não sei se o teu rosto se um navio mas era o Tejo a mágoa a brisa o cais meu amor a partir-se à beira-rio em uma nau chamada nunca mais.

Eu não sei se os teus dedos se as amarras mas era algo que partia e que ficava. Ou talvez cordas de guitarras ó meu amor de embarque desembarque.

Eu não sei se era amor ou se loucura mas era ainda o verbo descobrir ó meu amor de risco e de aventura não sei se Ceuta ou Alcácer Quibir.


Eu não sei se era perto se distante mas era ainda o mar desconhecido ou Camões a penar por Violante as sete penas do amor proibido.

Eu não sei se ventura se castigo mas era ainda o sangue e a memória talvez o último cantar de amigo amor de perdição amor de glória.

Eu não sei se teu corpo se meu chão mas era ainda a terra e o mar. E em cada teu gesto a grande peregrinação das sete penas do amor lusíada.

Manuel Alegre, in Atlântida


Em Todas as Ruas te Encontro

Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tanto tão perto tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco

Mário Cesariny de Vasconcelos, in Pena Capital


Ilustração


Explicação da ilustração

O meu desenho é constituído por três únicos elementos. O primeiro, as paredes sujas com o sangue derramado, resultam da minha visualização

do que o sujeito

poético escreve nos dois primeiros versos; o segundo, o homem sentado e acompanhado pela sua própria sombra, que se sente cansado, sem forças para lutar ou até para respirar; e, por fim, o terceiro, a lua/sol que faz ressoar o “traço escuro”, a dureza dos dias e das noites, a completa fraqueza.


Conclus達o:


Webgrafia http://blogues.publico.pt/ciberescritas/files/2011/12/FERNANDO-PESSOA-.jpg http://api.ning.com/files/fi8ALi9hBrv59rjiRIm6j7eeZ8GfLfp1USm7dh4JPnAGreldvwf9nGJ4MbAXnGBioIPylhEmrH2atu9jGWnF5EUclCIJUq8/casa_do_poeta.jpg http://www.citador.pt/poemas/traco-escuro-joao-rui-de-sousa http://www.citador.pt/poemas/revolucao-agostinho-da-silva http://www.citador.pt/poemas/cai-a-chuva-abandonada-vergilio-antonio-ferreira http://www.citador.pt/poemas/data-sophia-de-mello-breyner-andresen http://www.citador.pt/poemas/elegia-em-chamas-carlos-de-oliveira http://www.citador.pt/poemas/cancao-a-ausente-pedro-homem-de-mello http://www.citador.pt/poemas/adeus-eugenio-de-andrade http://www.citador.pt/poemas/ode-para-o-futuro-jorge-de-sena http://www.citador.pt/poemas/noite-apressada-david-mouraoferreira http://www.citador.pt/poemas/a-arte-de-ser-amada-natalia-correia http://www.citador.pt/poemas/a-morte-esse-lugarcomum-alexandre-oneill http://www.citador.pt/poemas/nona-sinfonia-jose-carlos-ary-dos-santos http://www.citador.pt/poemas/amei-demais-joaquim-pessoa http://www.citador.pt/poemas/ja-foste-rico-e-forte-e-soberano-saul-diasbrjulio-maria-dos-reis-pereira http://www.citador.pt/poemas/o-tempo-vive-fernando-echevarria

http://www.citador.pt/poemas/o-sexo-orlando-loureiro-neves http://www.citador.pt/poemas/identidade-miguel-torga http://www.citador.pt/poemas/como-um-adeus-portugues-luis-filipe-castro-mendes http://www.citador.pt/poemas/as-sete-penas-do-amor-errante-manuel-de-melo-duarte-alegre http://www.citador.pt/poemas/em-todas-as-ruas-te-encontro-mario-cesariny-de-vasconcelos

 Entregue em 10 de março de 2015 às 22:41


À laia de desabafo

Este trabalho serviu não só para desenvolver as nossas capacidades e para aprender mais um pouco da arte literária portuguesa, conhecendo mais e variados poetas, como me ajudou, pelo menos a mim, autor deste trabalho, e que anseio desenvolver mais e mais as minhas fontes. Gostaria de deixar bem claro que o dossiê agora terminado não foi só um trabalho para ter nota, mas uma forma de nos respondermos a nós próprios. Os poemas constantes nesta antologia foram seleccionados de acordo com o nosso gosto, ou seja, são como se fossem uma parte da nossa natureza, pois nós nunca iremos gostar de uma coisa se não nos identificarmos com ela. Apenas com a limitação epocal, o material que da pesquisa - livre recolhemos, e escolhemos e selecionamos e ordenamos indiciam muito de nós próprios, como se houvesse uma relação especular entre o que somos e as palavras pensadas, sentidas, escritas por outras mentes e corpos. Bem, este trabalho está finalizado, sempre havendo um erro ou dois, sempre havendo uma infração, mas não terá sido, também para isso, que nos deram a possibilidade de tentar? Trabalho este que desenvolvi com muito gosto, que vi crescer durante horas, que me fez bem, escrevo isto porque gosto e quero interpretar a minha opinião má ou boa do ponto de vista do leitor, mas creio que respondo ao pretendido. E mais uma vez digo e exclamo que trabalho este! Breves palavras epilogais para afirmar que este tipo de trabalho deve ser feito com gosto, ‘com pés e cabeça’. Eu, agora, junto à meta final, reparo que o trabalho, podendo não estar a cem porcento, me tornou melhor.



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