Comunicación, ciudadanía y valores

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Re-inventando conceptos y estrategias | 87

7. Divagações éticas sobre um bem público: comunicação Attilio I. Hartmann Jornalista, professor, diretor da Livraria Padre Reus e do jornal Solidário, vice-presidente da OCLACC (Organización Católica Latinoamericana y Caribeña de Comunicación), jesuíta.

Linhas referenciais Toda a pessoa tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.1 Nas muitas perguntas éticas que se fazem ao jornalismo, está implícita a exigência de voltar a um testemunho no qual seja imanente uma experiência de verdade. Uma pesquisa nas grandes bibliotecas universitárias e públicas (mundiais) oferece hoje um resultado surpreendente: o maior número de publicações sobre comunicação fala de temas que, direta ou indiretamente, se referem à ética do jornalismo.2 Muito além do capital e do trabalho, que pareciam ser os únicos fatores do progresso da economia, hoje o desenvolvimento da economia gravita em torno da informação, da comunicação e do conhecimento. Exatamente por esse fato valoriza-se também o “capital humano”. Esta palavra, que salienta a riqueza e a dignidade da pessoa humana e seu valor no processo produtivo é, por vezes e desgraçadamente, interpretada como estima, não à pessoa em si mesma, mas apenas como fator de produção. Essa mudança é tão profunda, que depois da era industrial já se fala da nova sociedade do conhecimento e da informação (V 1 Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 2 Joaquín Navarro-Valls, porta-voz Vaticano.


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