Amazônia Maranhense

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Aspectos socioeconômicos na Amazônia Atualmente, a região apresenta atividades econômicas bastante variadas. Porém, as atividades de agricultura e pecuária têm assumido importância decisiva nas mudanças do uso da terra da região que em conjunto com e extração de madeira, principalmente para exportação representam a base da dinâmica da paisagem amazônica. De acordo com a Tabela 1, a população da Amazônia apesar de manter-se acima da média brasileira, apresenta uma tendência de queda no ritmo do crescimento populacional, a partir de 1980, resultado da Política de Integração Nacional. Contudo, a região ainda mantém o crescimento acima da média nacional. Tabela 1. População total da região amazônica entre 1980 a 2005 (hab.). ESTADO

1980

1985

1991

1996

2000

2005

Acre 301.276 Amapá 175.258 Amazonas 1.430.528 Maranhão 3.996.444 Mato Grosso 1.138.918 Pará 3.403.498 Rondônia 491.025 Roraima 79.121 Tocantins Amazônia 11.016.068 Fonte: Eletronorte (2006).

312.218 185.959 1.493.204 4.083.962 1.222.001 3.548.407 551.228 92.138 755.853 12.244.970

417.718 289.397 2.103.243 4.930.253 2.027.231 4.950.060 1.132.692 217.583 919.863 16.988.040

505.481 407.184 2.548.510 5.382.995 2.326.741 5.729.872 1.287.804 284.635 1.068.786 19.542.008

557.526 477.032 2.812.557 5.651.475 2.504.353 6.192.307 1.379.787 324.397 1.157.098 21.056.532

669.736 594.587 3.232.330 6.103.327 2.803.274 6.970.586 1.534.594 391.317 1.305.728 23.605.479

Entre 1970 e 2005, a população da Amazônia triplicou. Somente na década de 1970, passou de 7,6 para 11,8 milhões de habitantes, um acréscimo de 55,3%. Nos vinte anos seguintes, praticamente a população dobrou, alcançando 21 milhões no ano de 2000. Atualmente, a Amazônia já atinge um contingente humano superior aos 23 milhões de habitantes, representando mais de 12% da população brasileira. Desse total, mais de 80% estão concentrados em quatro estados da região: Pará (29,5%), Maranhão (25,9%), Amazonas (13,7%) e Mato Grosso (11,9%). No que se refere à urbanização (Tabela 2), a região vem apresentando um processo bastante acelerado, semelhante ao que acontece no restante do país. Na região, Amapá aparece com a maior taxa de urbanização (90,5%), seguido por Tocantins (80,8%) e Mato Grosso (80,2%). Embora o Maranhão apareça como o sétimo estado em grau de urbanização em 2005 (69%), no período de 1980 a 2005 apresentou o maior incremento nesse processo, saindo de 31,7% para 69,0% (37,3%). Com relação à atividade pecuária, observa-se através do rebanho bovino que a Amazônia, em 2003, representa cerca de 1/3 do rebanho nacional. Nesse ano, o estado do Mato Grosso representa 38,4% e juntamente com o estado do Pará foram responsáveis por 59,3% do rebanho na Amazônia. O Maranhão, em 2003, possuía 5.514.000 (8,6%) cabeças de gado, aparecendo como o quinto maior rebanho na Amazônia, crescendo no período 41,4%. O rebanho bovino brasileiro, durante o período de 1990 a 2003 alcançou um crescimento de 32,9%, com média de 2,5% ao ano. A Amazônia, para o mesmo período, atingiu o crescimento de 144,0% (ou seja, 11,1% ao ano), sendo, portanto, 4,4 vezes superior ao valor nacional.

37 Amazonia Maranhense: diversidade e conservação

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