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Publicação do Sistema ABIMAQ: ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ

Reflexão Governo necessita promover mudanças estruturais urgentes – é o tema do artigo do ex-governador Germano Rigotto. P. 16

Número 171 | Outubro de 2013 | Ano XX

“Brasil: o caminho para o desenvolvimento” Tema da palestra do presidente da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, em Chapecó, SC. P. 4

ABIMAQ comemora diferimento do ICMS em São Paulo Depois de anos de luta, a ABIMAQ comemora a publicação da portaria CAT nº90/2013 que disciplina o credenciamento para fins de aplicação do diferimento do ICMS no âmbito do Programa de Incentivo à Indústria da Produção e Exploração de Petróleo e de Gás Natural no Estado de São Paulo. P. 8

Potencial de Goiás é apresentado na plenária José Eliton, vice‐governador de Goiás, representando o governador do Estado, esteve presente na última plenária e lembrou os incentivos que o governo tem oferecido para atrair novas indústrias para o Estado, o que tem se revertido em geração de empregos, renda e melhora na condição de vida dos cidadãos goianos. P. 9

Desoneração gera impactos positivos em Piracicaba Considerada como uma das medidas mais consistentes de redução de impostos dos últimos 20 anos, a desoneração da folha de pagamento teve repercussões positivas nas indústrias associadas à ABIMAQ Piracicaba. P. 5


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EDITORIAL

EXPEDIENTE Coordenação de Comunicação Social Vera Lúcia Rodrigues Redação e assessoria de imprensa Vervi Assessoria e Comunicações Gabriela Brites, Lela Mesquita,Talita Caetano e Vanessa Sanches (vervi@grupovervi.com.br) Diagramação More‐Arquitetura de Informação JoAcs e Mozart Acs Gráfica Vox Editora Tiragem 10.000 exemplares Conselho Editorial Carlos Pastoriza, Lariza Pio, Lourival Júnior Franklin, Mario Bernardini, Vera Lúcia Rodrigues e Viviane Lima É permitida a transcrição total ou parcial de textos e gráficos desta edição, desde que citada a fonte. Sedes Regionais Belo Horizonte (MG) Tel / Fax: (31) 3281‐9518 E‐mail: srmg@abimaq.org.br Brasília (DF) Tel / Fax: (61) 3364‐0521 / 0529 E‐mail: abimaqdf@abimaq.org.br Curitiba (PR) Tel / Fax: (41) 3223‐4826 E‐mail: srpr@abimaq.org.br Joinville (SC) Tel / Fax: (47) 3427‐3846 / 5930 E‐mail: srcs@abimaq.org.br Piracicaba (SP) Tel / Fax: (19) 3432‐2517 / 1266 E‐mail: srpi@abimaq.org.br Porto Alegre (RS) Tel / Fax: (51) 3364‐5643 / 8763 / 8787 Ramal: 8360 E‐mail: srrs@abimaq.org.br Ribeirão Preto (SP) Tel / Fax: (16) 3941‐4114 / 4113 E‐mail: srrp@abimaq.org.br Rio de Janeiro (RJ) Tel / Fax: (21) 2262‐5566 / 7895 E‐mail: srrj@abimaq.org.br Norte / Nordeste (PE) Tel / Fax: (81) 3221‐4921 / 3790 E‐mail: srnn@abimaq.org.br Vale do Paraíba (SP) Tel / Fax: (12) 3939‐5733 E‐mail: srpv@abimaq.org.br

São Paulo - SP PABX: (11) 5582‐6470 FAX: (11) 5582‐6356 E‐mail: imprensa@abimaq.org.br www.abimaq.org.br

Uma Coalizão necessária!

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diversos setores da indústria de ABIMAQ não tem feito outra transformação, decidiram criar a coisa senão apresentar bons A coalizão é mais “Coalizão para a Competitividade trabalhos e chamar a aten‐ um “pedido de da Indústria”. ção do governo para a necessidade socorro”, em que as A coalizão é mais um “pedido de de se combater o galopante proces‐ entidades, de socorro”, em que as entidades, de so de desindustrialização que assola forma bem forma bem organizada, irão sensibi‐ o Brasil. Há quase seis anos, temos organizada, irão lizar a sociedade e cobrar do gover‐ alertado para as questões que tiram sensibilizar a no medidas emergenciais e uma po‐ a competitividade da indústria e sociedade e cobrar lítica industrial eficaz, que possam que, por consequência, corrói todo do governo reverter o atual cenário de desman‐ o tecido industrial nacional, com o medidas telamento do tecido industrial. desmantelamento de uma cadeia emergenciais e uma O objetivo é buscar solução, no produtiva que agrega valor, gera tec‐ política industrial curto prazo, para questões como nologia e empregos de qualidade. eficaz, que possam o Câmbio, Juros Altos, Custo Bra‐ A situação se agravou e agora reverter o atual sil, Defesa Comercial, Incentivo ao não é só a indústria de máquinas e cenário de Investimento, Conteúdo Local, equipamentos que sofre na pele os desmantelamento Desoneração dos Investimentos, efeitos da falta de uma política in‐ do tecido industrial Incentivos às exportações e tan‐ dustrial. Infelizmente, a constata‐ tas outras questões que podem ção é a de que toda a indústria de dar isonomia ao fabricante nacional frente transformação corre risco de extinção. aos concorrentes estrangeiros. E as questões que levam à perda de competi‐ Com a convicção de que ainda é possível re‐ tividade e que imporá duras consequências à so‐ verter o atual quadro de desindustrialização e ciedade brasileira por conta do desaparecimento a certeza de que um país rico e desenvolvido só da indústria de transformação são do conheci‐ se constrói com uma indústria de transforma‐ mento do governo. ção forte, que gera empregos de qualidade para Reconhecemos que algumas medidas foram o seu povo, é que a “Coalizão para a Competiti‐ implementadas, como o programa PSI‐FINAME, a vidade da Indústria” inicia a sua mobilização, desoneração do INSS da folha de pagamento e o contando com o engajamento de setores que crédito imediato da PIS/COFINS. Contudo, essas representam mais de 50% do PIB da indústria medidas foram paliativas e ineficazes. Infelizmen‐ de transformação e mais de 4 milhões de em‐ te, há morosidade na implementação de ações e o pregos diretos. sentimento é de que o governo está sem rumo ou O momento é de coalizão, todos juntos, em de‐ o seu tempo de resposta não é equivalente à ne‐ fesa da indústria, do emprego e de um Brasil me‐ cessidade de urgência do setor produtivo. lhor para as futuras gerações. Diante de todo este cenário adverso e com a convicção de que qualquer governo no mundo só Luiz Aubert Neto se move mediante pressão é que 23 (vinte e três) Presidente l entidades de classe patronais, que representam

Entidades que integram a coalizão: ABIMAQ; ABDIB; ABFA; ABIA; ABICALÇADOS; ABIFA; ABIFER; ABIGRAF; ABIMO; ABINEE; ABIPEÇAS; ABIQUIM; ABIT; ABITAM; ABRABE; ABRINQ; AÇOBRASIL; ANFAVEA; BRACELPA; ELETROS; ONIP e ÚNICA.

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NOTÍCIAS CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS

“Mais Alimentos” é debatido na ABIMAQ Grupo de trabalho discutiu sobre o programa, que busca incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar

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om o intuito de discutir o Programa Mais Alimentos e o impacto no desen‐ volvimento da agricultura familiar no país, o Grupo de Trabalho (GT) das entidades parceiras do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) reuniu‐se no dia 14 de agosto, na sede da ABIMAQ. Walter Bianchini, secretário nacional da agricultura familiar do MDA, explicou a evo‐ lução do Programa Mais Alimentos, criado em 2008, e destacou que, atualmente, conta com R$ 19 bilhões para o novo Plano Safra 2013‐2014, dos quais R$ 11 bilhões são des‐ tinados para investimento e R$ 8 bilhões pa‐ ra custeio. “O agricultor familiar pode finan‐ ciar até R$ 300 mil, limitado a R$ 150 mil por ano”, destacou Bianchini. O coordenador nacional do Programa Mais Alimentos do MDA, Marco Antônio Via‐ na Leite, apresentou as mudanças realizadas na portaria que instituiu o Programa Mais Alimentos Internacional, que deverá atender inicialmente países como Cuba, Senegal, Mo‐ çambique, Gana e Zimbábue, e ressaltou que a medida prevê a comercialização de máqui‐ nas e implementos agrícolas nacionais com o pacote tecnológico incluso. A reunião foi conduzida pelos represen‐ tantes da ABIMAQ, Walter Baldan Filho, coor‐ denador do GT Mais Alimentos da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agríco‐ las (CSMIA), e Antônio Alfredo Teixeira Men‐ des, presidente da Câmara Setorial de Equi‐ pamentos de Irrigação (CSEI). O encontro também contou com representantes da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabri‐ cantes de Veículos Automores) e do SIMERS (Sindicato das Indústrias de Máquinas e Im‐ plementos Agrícolas do Rio Grande do Sul).l

Representantes da ABIMAQ estiveram presentes durante a assinatura do convênio.

ABIMAQ participa de assinatura de convênio Programa Mais Alimentos Internacional tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento da agricultura familiar em países da África

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fim de contribuir com o desenvolvi‐ mento da agricultura familiar em países africanos, a ABIMAQ partici‐ pou da cerimônia de assinatura do convê‐ nio de crédito para o Programa Mais Ali‐ mentos Internacional, no dia 29 de agosto, durante a Expointer, no Rio Grande do Sul. “As máquinas e equipamentos brasilei‐ ros são os mais adaptáveis às condições apresentadas no continente africano”, des‐ tacou João Carlos Marchesan, vice‐presi‐ dente da CSMIA (Câmara Setorial de Má‐ quinas e Implementos Agrícolas). O minis‐ tro do Senegal, Amadou Kane, concordou com Marchesan e disse que a irrigação é ti‐ da como prioridade na região por conta da limitação hídrica. “A assinatura desse con‐

vênio é a sequência da parceria que foi fir‐ mada em 1964 com o Brasil”, completou. Participaram da cerimônia José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ricardo Schefer, secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indús‐ tria e Comércio Exterior (MDIC), Marco Antônio Viana Leite, coordenador nacional do Programa Mais Alimentos do MDA, Má‐ rio Fioretti, diretor da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores (ANFAVEA), e Cláudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Im‐ plementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (SIMERS), além de embaixadores e minis‐ tros de países africanos.l

Diretoria do GT-MLIMP é reeleita Grupo pretende propor medidas necessárias para garantir a sustentabilidade das empresas fabricantes nacionais

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riado em 2011, com objetivo de encontrar alternativas para en‐ frentar as diversas dificuldades que afetam diretamente a competiti‐ vidade das empresas fabricantes de Máquinas para Limpeza, o Grupo de Trabalho de Máquinas Para Limpeza da ABIMAQ (GT‐MLIMP), reelegeu no dia 17 de setembro sua diretoria. O coordenador do grupo, Mauro Franco do Couto ‐ Karcher Indústria e Comércio Ltda, contará com os vi‐

ce‐coordenadores Antonio Luis Francisco ‐ Máquinas Agrícolas Jacto S/A e Sandro Haim ‐ Sociedade Alfa Ltda, para analisar os pleitos e pro‐ por as medidas necessárias para ga‐ rantir a sustentabilidade das empre‐ sas fabricantes nacionais, possibili‐ tando maior foco nas discussões, ob‐ jetividade nas propostas a serem pleiteadas junto aos governos e atua‐ ção específica em defesa dos interes‐ ses do setor. l

GT-MLIMP, durante reeleição da diretoria.

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NOTÍCIAS CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS

SINDESAM participa de lançamento de Frente Parlamentar Deputados e representantes da cadeia de saneamento apresentaram propostas para o setor

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om o objetivo de discutir três pro‐ postas, de compensação de PIS e Cofins, medidas de desburocratiza‐ ção e prazos legais para elaboração e aprovação de planos municipais de sanea‐ mento básico, o SINDESAM participou do jantar de lançamento da Frente Parlamen‐ tar do Saneamento, no dia 10 de setem‐ bro, em Brasília. “Iniciamos pela primeira vez um traba‐ lho focado com parlamentares que se com‐ prometeram a dedicar o seu tempo, com maior frequência, nos temas apresentados e em futuros assuntos de interesse do setor fabricante de máquinas e equipamentos,

Foram discutidas alternativas para aumentar os investimentos

como o Conteúdo Local”, evidenciou Gilson Cassini, diretor técnico do SINDESAM. Segundo o deputado Arnaldo Jardim, o encontro discutiu alternativas para au‐

Presidente da ABIMAQ fala sobre caminhos para o Brasil

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regional da ABIMAQ em Santa Cata‐ rina promove a palestra “Brasil: O Caminho para o Desenvolvimento”, em Chapecó, no dia 16 de outubro. O tema será abordado pelo presiden‐ te da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, com o apoio do diretor‐secretário da entidade, Carlos Pastoriza.

O evento será às 19 horas, Hotel Lang Palace, seguido de jantar. Para mais informações e inscrições, entrar em contato com Úrsula ou Thais pelos telefones: (47) 3427‐3846 / 3427‐ 5930 ou pelos endereços eletrônicos ur‐ sula.tuma@abimaq.org.br/ thais.fernan‐ des@abimaq.org.br l

mentar os investimentos em saneamento básico. “O objetivo das iniciativas que rea‐ lizaremos sobre o tema é destravar o se‐ tor”, disse. O encontro foi organizado pela ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) e contou com a parti‐ cipação de 10 deputados, entre eles Eduar‐ do Sciarra e Arnaldo Jardim, presidente da Frente, além de representantes de mais de 90% da cadeia de saneamento. “O projeto desse grupo é tornar‐se uma Câmara Bra‐ sileira de Saneamento e trabalhar junto com a Frente”, destacou Eduardo Galvão, gerente executivo da ABIMAQ Brasília.l

Novas Empresas Associadas

 Setembro 2013

1 Fábrica de Máquinas Copling Ltda. ARARAQUARA SP

2 Frost Frio Refrigeração Industrial S/A

ABIMAQ reúne fabricantes de betoneiras em SC

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diretor de tecnologia da ABIMAQ, João Alfredo Delgado, recebeu fabricantes de betoneiras do estado de Santa Catarina, em reunião na sede regional de Joinville, no dia 9 de setembro. O objetivo do encontro era de entender e contribuir na busca de soluções para o impas‐ se das empresas quanto à adequação à norma de segurança NR‐12, que define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção visando garantir a saúde e a in‐

tegridade física dos trabalhadores na indús‐ tria de máquinas e equipamentos. “Procuramos entender, caso a caso, quais as principais dúvidas e dificuldades das nos‐ sas associadas, para contribuir com a solução do problema, de maneira efetiva. Essa atenção ao empresário tem fortalecido o nome da ABIMAQ em Santa Catarina e mostra porque a regional vem crescendo de maneira tão acentuada”, reforça Úrsula Tuma, gerente da ABIMAQ Santa Catarina. l

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3 Gold Press Máquinas e Reciclagem Ltda. – ME BARRETOS - SP

4 Haztec Tecnologia e Planejamento Ambiental S/A ITÚ - SP

5 MF Indústria e Comércio de Máquinas Ltda. FRAIBURGO - SC

6 Saturno Ind. de Tintas e Representações Comerciais Ltda.

Seminário Conselho de Óleo e Gás o dia 06 de novembro, o Conselho de Óleo e Gás da ABIMAQ promoverá, em conjunto com a ABEMI (Associação Brasileira de Engenharia Industrial) e o CEEPC (Centro de Excelência em EPC), o seminário “A Impor‐ tância da Engenharia Básica como alavanca do Conteúdo Local”. O objetivo é debater as diversas visões sobre a situação atual e futura da enge‐

CAXIAS DO SUL - RS

SÃO PAULO - SP

nharia básica brasileira no setor de pe‐ tróleo e gás e sua importância na viabili‐ zação da obtenção de índices crescentes de conteúdo local. O evento será realiza‐ do no auditório da sede da ABIMAQ, Av. Jabaquara, nº 2925, São Paulo, das 13h30 às 18h00. Oportunamente será divulgada a progra‐ mação completa. l

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7 Tecnal Ind., Com., Import. e Export. de Eqtos para Lab. Ltda. PIRACICABA - SP

8 TGM Máquinas e Equipamentos Ltda. CORUPÁ - SCl


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NOTÍCIAS CÂMARAS SETORIAIS E REGIONAIS / NOVAS ASSOCIADAS

Desoneração gera impactos positivos, dizem indústrias da região de Piracicaba Empresas acumulam experiência administrativa que mostra que as regras tributárias foram empecilho na trajetória

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desoneração da folha de pagamento é uma das me‐ didas que mais impactam nos negócios dos fabricantes de bens de capital de Piracicaba. Re‐ sultado de uma solicitação feita pela ABIMAQ ao Governo Federal, a redução da carga tributária so‐ bre a mão de obra gera números positivos para toda a cadeia pro‐ dutivo do setor. “Foi a primeira medida consis‐ tente de redução de imposto nos úl‐ timos 20 anos. Representa impac‐ tos positivos direto no fluxo de cai‐ xa das empresas”, conta Warley Grotta Júnior, da BGL, de Limeira. “Com a desoneração, ganhamos fô‐ lego. A inovação é uma das áreas que terão impulso”, afirma Eduardo Dedini, da Mausa, de Piracicaba. A empresa de Limeira está pre‐

sente em duas Câmaras Setoriais da ABIMAQ, de Máquinas e Equipa‐ mentos para Cimento e Mineração e de Transmissão Mecânica. Grotta relata ter percebido a insistência da entidade na redução da carga tributária. “Os órgãos governamen‐ tais haviam retirado parte dos pro‐ dutos da BGL da lista de beneficia‐ dos com a desoneração. A ABIMAQ foi decisiva para que a inclusão ocorresse”, contou. A medida representou a redução em 30% no total de impostos inci‐ dentes sobre a folha dos cerca de 130 funcionários. “Anteriormente, o quadro era de redução de impos‐ tos sem consistência. A atual deso‐ neração permite uma maior possi‐ bilidade de contratação de funcio‐ nários e investimento em inovação”, avaliou Grotta.

“Foi a primeira medida consistente de redução de imposto nos últimos

20

anos. Representa impactos positivos direto no fluxo de caixa das empresas” Warley Grotta Júnior

Para a Mausa, a incidência so‐ bre o faturamento, prevista na de‐ soneração, gerará empregos, tão logo os pedidos voltem a ocorrer. A indústria emprega 430 pessoas. “Estamos mantendo o quadro com a prestação de serviços para ter‐ ceiros”. Investimento em inovação é um dos itens fortes da Mausa, que de‐ posita pelo menos duas patentes por ano. Ainda reserva até 30% das horas de sua equipe de Engenharia para pesquisa e desenvolvimento de produtos. “A indústria fica mais competitiva”, avaliou. A desoneração, que atinge ou‐ tros setores da economia, tem pra‐ zo para acabar – dezembro de 2014. Porém, Warley Grotta e Eduardo Dedini pregam a continui‐ dade do benefício.l

ABIMAQ Vale fomenta indústria regional Encontro aconteceu em 18 de setembro e reuniu cerca de 50 pessoas

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a sexta edição da reunião ‘Partilha do Conhecimento’, a ABIMAQ Vale do Paraíba levou os empresários do setor de bens de capital para conhecer as instalações e projetos do Parque Tecnológi‐ co de São José dos Campos, CECOMPI e os laboratórios da Embraer e Vale Soluções em Energia (VSE). O projeto incentiva a troca de informa‐ ções entre empresas e fomenta o setor. “Achamos válida essa participação e os re‐ presentantes das empresas visitadas esta‐ vam dispostos a apresentar os projetos”, destacou Richard Rietjens, diretor da Holo‐ maq, empresa instalada em Holambra. O supervisor de vendas da Willy Instru‐ mentos de Medição e Controle, Marcelo Cardoso, foi atraído pelos projetos da Em‐ braer. “É possível conhecer novas tecnolo‐ gias e obter oportunidades de negócios”, disse o representante da empresa de São Caetano do Sul. Foi possível conhecer o desenvolvimen‐ to de projetos de alta tecnologia, como os softwares da Embraer na área de novos ne‐ gócios que criam uma rede em tempo real

Encontro incentiva a troca de informações entre empresários

e permitem rastreamento da área estudada em uma comunicação banda larga. O grupo também conheceu os próximos passos do Parque Tecnológico para a capta‐ ção de novas empresas que devem partici‐ par do processo de seleção para se instalar no Centro Empresarial II e os projetos do CECOMPI para estimular o empreendedo‐ rismo e a inovação.

Do outro lado Depois de participar das reuniões anterio‐ res como expectadores, a VSE abriu as portas para os empresários. “Estar do outro lado é ainda mais oportuno, pois potencializamos os contatos”, acredita Luciano Campos, enge‐ nheiro de Aplicações de Vendas da empresa.

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Foram visitados os laboratórios quími‐ cos, de materiais, modelagem, simulação e análise computacional, além de projetos em desenvolvimento ou fase de testes. Para o vice‐presidente da ABIMAQ Vale, Mário Sarraf, o sucesso da ‘Partilha do Co‐ nhecimento’ se deve à disposição dos par‐ ceiros da entidade em compartilhar suas in‐ formações. “Esse modelo com certeza traz contribuições grandes para várias empre‐ sas que passam a criar relacionamento, dis‐ cutem assuntos comuns e trocam experiên‐ cias”, completou. A próxima edição do evento será na Par‐ ker Hannifin, líder mundial em tecnologias e na fabricação de sistemas diversificados de movimento e controle.l


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FINANCIAMENTOS / RESPONSABILIDADE SOCIAL

Mudanças no cadastro do BNDES são apresentadas na ABIMAQ Representantes do BNDES explicaram o passo a passo das etapas de preenchimento da Nova Planilha de Índice de Nacionalização

Apresentação na sede ABIMAQ

Giselle Rezende, durante apresentação

Representantes da ABIMAQ e do BNDES

Plano Safra foi detalhado em Ribeirão Preto

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om o intuito de apresentar as mudan‐ cadastro de máquinas, equipamentos, siste‐ ças realizadas na seção de credencia‐ mas e componentes. mento de equipamentos no site do Thiago Miguez e Eduardo Diniz ressalta‐ BNDES para os associados, a ABIMAQ rece‐ ram também que por diversos motivos, entre beu Eduardo José Diniz e Thiago de Holanda eles o aumento do volume de pedidos de cre‐ Lima Miguez, respectivamente coordenador denciamento relacionado ao PSI e restrições e economista do departamento de credencia‐ internas de pessoal, houve um aumento no mento de fabricantes de máquinas, equipa‐ tempo de análise de pedidos de credencia‐ mentos e sistemas do BNDES, mento. No entanto, relataram no dia 13 de agosto, na sede várias iniciativas em curso regional de Ribeirão Preto, e que visam dar mais eficiência no dia 17 de setembro, na sede e celeridade ao processo de Iniciativa em São Paulo. análise de pleitos de creden‐ pretende dar Durante os eventos, Thia‐ ciamento, tais como a padro‐ mais eficiência go Miguez mostrou o passo a nização de procedimentos, a passo das etapas de preenchi‐ implementação de um filtro e celeridade mento da Nova Planilha de Ín‐ mais restritivo para evitar o aos processos dice de Nacionalização e a do‐ recebimento de processos cu‐ de análise cumentação necessária para o ja documentação enviada pe‐

las empresas esteja incompleta e para que se evitem equívocos no preenchimento que ge‐ ram retrabalho com a nova planilha.

Plano Safra Durante o evento em Ribeirão Preto, Giselle Rezende, gerente de financiamentos da ABIMAQ, detalhou as alterações ocorri‐ das nas linhas de financiamento agrícolas em função do Plano de Safra 2013/2014 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas‐ tecimento ‐ MAPA, e do Ministério do De‐ senvolvimento Agrário ‐ MDA, cuja planilha foi disponibilizada para as empresas asso‐ ciadas no site da ABIMAQ. Mais informações sobre o assunto po‐ dem ser obtidas através do departamento de financiamentos da ABIMAQ pelo e‐mail: defi@abimaq.org.brl

ABIMAQ participa de campanhas beneficentes Entidade firmou parceria com a Cruz Vermelha de SP e participou da Campanha Mc Dia Feliz

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om o objetivo de auxi‐ liar as classes menos fa‐ vorecidas e incentivar a inclusão social, a ABIMAQ, por meio do Departamento de Responsabilidade Social, fir‐ mou parceria com a Cruz Ver‐ melha do Estado de São Paulo e participou da Campanha Mc Dia Feliz, nos meses de julho e agosto deste ano.

Cruz Vermelha de SP recebeu doação de roupas

Campanha do Agasalho

Caminhando Núcleo de Educação e Ação Social participou do Mc Dia Feliz

Mc Dia Feliz

A partir da campanha do agasalho desenvolvida durante o mês de maio, a ABIMAQ arrecadou 289 peças de roupas doadas por co‐ laboradores da entidade e as entregou à Cruz Vermelha, que dis‐ tribuiu as doações às comunidades da Rocinha Paulista, Jova Rural, Lajeado Paulista, Parada de Taipas, Capão Redondo, Cidade Tira‐ dentes e a pessoas em situação de rua atendidas pelas Tendas de Atenção Urbana no Centro de São Paulo.

Em agosto, a ABIMAQ colaborou com a campanha Mc Dia Feliz, coordenada pelo Instituto Ronald McDonald, e doou 600 tíquetes às instituições Adere (Associação Para o Desenvolvimento, Educa‐ ção e Recuperação do Excepcional), Dom Paulo Evaristo Arns, Grão da Vida, Grupo Socorrista Seara da Paz, Vila Acalanto, Caminhando Núcleo de Educação e Ação Social, SAICA (Sagrada Família) e aos abrigos Edel Quinn, Roberto Borghi, Padre Damian e Sol e Vida. l

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ECONOMIA

Agosto aponta volatilidade dos indicadores Apesar do aumento sazonal do faturamento em agosto, no ano ainda está 6,7% abaixo de 2012 e com perda progressiva do market share em relação aos importados.

Consumo aparente mensal A média anual da participação da importação no consumo brasileiro de BK saltou de 52% em 2007 para 69% em 2013. A produção nacional continua perdendo participação no mercado para o produto importado.

Consumo aparente mensal R$ bilhões constantes

Faturamento Bruto mensal

Em agosto, o crescimento das exportações foi responsável pela redução do déficit da balança comercial do setor no Brasil, que chegou a US$ 1,473 bilhão. No ano, o aumento foi de 20,2%, quando comparado com jan-ago12, e elevou o déficit do período a US$ 13,851 bilhões.

Exportação mensal

Exportação por setores Observa-se queda no volume de exportações neste ano, quando comparado ao mesmo período de 2012 na maioria dos setores de BK. Os únicos setores a registrarem queda nas exportações, em agosto, foram os relacionados à agricultura e à indústria de transformação.

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m agosto, o consumo aparente foi de R$ 10,653 bilhões, confirmando a inversão da tendência de recuperação iniciada em janeiro de 2013. Neste ano, o consumo foi de R$ 80,277 bilhões, 5,6% superior ao mesmo período de 2012, mas se eliminarmos o efeito cambial, o resultado passa a ser negativo em relação a 2012 (-0,2%).l

Faturamento Bruto mensal R$ bilhões constantes

Importação mensal

No ano, o aumento das importações ocorreu em praticamente todos os setores da economia, o que confirma o efeito preço na substituição da produção nacional.

Neste mês, a indústria de bens de capital atuou com 77% da sua capacidade instalada, 0,3% inferior ao resultado de julho e 8,0% superior ao mesmo mês de 2012. A carteira de pedidos teve uma ligeira recuperação neste mês, quando comparada com julho (+0,5%), mas, se comparada com o mesmo mês de 2012, ainda registra forte queda (-16,2%), puxada principalmente pelos setores fabricantes de bens sob encomenda.

Tanto o nível de utilização da capacidade instalada, como a carteira de pedidos apresentam pior desempenho no setor fabricante de equipamentos pesados. A preocupação é maior quando se observa o comportamento da carteira de pedidos dos fabricantes de bens sob encomenda, cuja principal esperança de recuperação reside na operacionalização das concessões públicas

Os principais destinos das exportações brasileiras são América Latina, EUA e Europa, respectivamente. Os EUA voltam a ocupar a segunda posição no ranking dos principais compradores do setor no Brasil.

Importação por setores

NUCI (%) e Carteira de Pedidos

NUCI (%) e Carteira de Pedidos por setores

Exportação por destinos

Em agosto, foram importados US$ 2,722 bilhões em bens de capital, com queda sobre o mês anterior. No ano, o volume importado superou em 7% o resultado de jan-ago de 2012 e chegou a US$ 21,749 bilhões.

A principal origem das importações em valores são os EUA, com 25% do volume importado. Na segunda posição aparece a China, com 16,9%, mas ocupa espaço crescente no mercado nacional. Nas importações em peso a China já aparece com folga na primeira posição.

Balança comercial

Média 2006-2011 vs 2012 e 2013 O mês de agosto de 2013 repetiu o comportamento sazonal do setor. Este resultado é um indicativo que o segundo semestre poderá reduzir ou mesmo anular a queda observada desde o início do ano. As exportações de agosto no valor de US$ 1,249 bilhão confirmam a tendência de recuperação. A participação sobre o faturamento do setor (32 %), em 2013, está se aproximando dos níveis históricos de 1/3 do faturamento. Neste ano, o valor de US$ 7,897 bilhões ainda é 10,3% inferior ao resultado registrado no mesmo período de 2012.

Principais origens das importações

Pessoal ocupado versus faturamento

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m agosto, o faturamento da indústria de BK é de R$ 7,266 bilhões, um crescimento sobre o mês anterior em conformidade com o comportamento sazonal do setor. Apesar do crescimento registrado neste ano, o faturamento de R$ 52,156 bilhões ainda é 6,7% inferior ao valor registrado no mesmo período de 2012.l

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O setor registrou a terceira queda consecutiva no quadro de pessoal e encerrou o mês de agosto com 257,526 pessoas empregadas. A política de manutenção da mão de obra qualificada, apesar das quedas acumuladas no faturamento nos últimos meses, aparentemente chegou a um nível insuportável para as indústrias do setor.l


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CAPA

ABIMAQ comemora pleito atendido:

ICMS no âmbito do REPETRO em São Paulo é diferido A publicação da Portaria CAT nº 90/2013 uniformiza benefícios fiscais em relação a outros Estados Com esta publicação, as empresas fabricantes de máquinas e equipamentos do Estado de São Paulo, fornecedoras da cadeia nacional de óleo e gás, encontram-se em igualdade competitiva em relação aos outros estados

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pós mobilização ao longo de quase 15 anos, com inúmeros pleitos junto ao governo do Estado de São Paulo lutando por correções visando uniformizar a aplicação do ICMS no REPETRO (Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Im‐ portação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petró‐ leo e de Gás Natural), desde o lançamento do regime, em 1999, a ABIMAQ comemora uma importante conquista: a publicação da portaria CAT nº 90/2013, no dia 11 de se‐ tembro, pela Secretaria da Fazenda do Esta‐ do de São Paulo, disciplinando o credencia‐ mento para fins de aplicação do diferimento do ICMS no âmbito do Programa de Incenti‐ vo à Indústria de Produção e Exploração de Petróleo e de Gás Natural no Estado. A portaria, que entrou em vigor no dia 1º de outubro, atende e regulamenta os requi‐ sitos previstos no decreto 58.388, de 14.09.2012. Com esta publicação, as empre‐ sas fabricantes de máquinas e equipamen‐ tos do Estado de São Paulo, fornecedoras da cadeia nacional de óleo e gás, encontram‐se em igualdade competitiva em relação aos outros estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia, que já haviam adota‐ do benefícios fiscais no âmbito do REPETRO.

Questão fiscal A questão fiscal sempre foi um ponto complexo do programa e demandava corre‐ ções, uma vez que os fornecedores nacio‐ nais arcam com maiores tributos quando comparados com similares estrangeiros. Conforme determinado pelo programa, com a finalidade principal de desonerar im‐ postos federais no fornecimento de bens para a exploração e produção de petróleo e gás natural, na exportação ficta (“exporta‐ ção fictícia”) não há incidência de IPI, PIS e COFINS (além do adicional de frete para re‐ novação da marinha mercante – AFRMM), mas nas operações interestaduais, há inci‐ dência de ICMS, já que não há convênio es‐ tendendo o benefício fiscal para os Estados, nos termos da CF/88 e da LC nº 24/75. No

...a aplicação do ICMS de forma desigual no País afetava a competitividade das empresas paulistas, prejudicando não só a indústria de bens de capital, mas também a economia do estado como um todo.. Hiroyuki Sato

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entanto, o Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, conta, desde 1999, com a Lei nº 3.203/99 e o Decreto nº 25.403/99, que “desoneram” do ICMS o fornecimento de in‐ sumos e de equipamentos (mesmo impor‐ tados) destinados a construção de embar‐ cações e plataformas em estaleiros localiza‐ dos no Estado. Apesar da demora na regulamentação, a ABIMAQ comemora a reversão da posição do Estado de São Paulo. Segundo Hiroyuki Sato, diretor executivo de Assuntos Tribu‐ tários, Relações Trabalhistas e Ação Política na ABIMAQ, a aplicação do ICMS de forma desigual no País afetava a competitividade das empresas paulistas, prejudicando não só a indústria de bens de capital, mas tam‐ bém a economia do estado como um todo, já que São Paulo concentra 2/3 do forneci‐ mento de equipamentos para o setor. “Sem‐ pre defendemos que os investimentos de‐ veriam ser desonerados, mas São Paulo mantinha uma posição conservadora em relação à “guerra fiscal”, o que é compreen‐ sível. Mas finalmente conseguimos conven‐ cer o governo estadual de que alterações no regime de impostos eram inevitáveis, pois nossas indústrias estavam sendo penaliza‐ das e São Paulo estava perdendo em termos de investimentos e geração de empregos”, afirmou Sato. Segundo a nova portaria, fica diferido, para o momento em que ocorrer a saída destinada a pessoa sediada no exterior dos bens e mercadorias fabricados no país e relacionados no Anexo Único do Convê‐ nio ICMS‐130/2007, de 27.11.2007, o lan‐ çamento do imposto incidente: I, nas saí‐ das imediatamente antecedentes à saída destinada a pessoa sediada no exterior; II, nas saídas internas de matéria‐prima e produto intermediário destinadas a esta‐ belecimento fabricante que promover as saídas diferidas previstas no inciso I. O di‐ ferimento a que se refere este artigo apli‐ ca‐se, apenas, às saídas internas promovi‐ das por estabelecimentos localizados em território paulista.l


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Da esquerda para direita: José Eliton, vice-governador de Goiás, Luiz Aubert Neto e José Velloso, da ABIMAQ

Vice-governador de Goiás apresenta potencial do estado José Eliton destacou as perspectivas locais de crescimento, durante reunião plenária da ABIMAQ

Este convite evidencia Goiás como a terra que atrai os olhos do Brasil e de outros países”. Assim, o vice‐governa‐ dor de Goiás, José Eliton, reconheceu o significado da sua participação na reu‐ nião plenária promovida pela ABIMAQ, no dia 5 de setembro, em São Paulo. José Eliton, que representou o gover‐ nador Marconi Perillo, destacou as poten‐ cialidades do estado e a atração de inves‐ timentos adotada pela política estadual goiana. “Trabalhamos com a política de incentivos fiscais, que foram fundamen‐ tais para a transformação de um estado que, até 1988, era quase que exclusiva‐ mente dedicado à produção primária”, en‐ fatizou Eliton. O vice‐governador lembrou os incenti‐ vos que o governo tem oferecido para

atrair novas empresas e indústrias para Goiás, o que se reverte em geração de em‐ pregos, renda e melhora na condição de vida dos goianos. “Goiás anseia ser refe‐ rência em modelo econômico e qualidade de vida”, afirmou José Eliton.

Potencial logístico O potencial goiano para se tornar refe‐ rência no setor logístico, com a construção da Ferrovia Norte‐Sul, o gasoduto e o Aero‐ porto de Cargas de Anápolis, chamou a atenção do diretor executivo de petróleo, gás, bioenergia e petroquímica da ABIMAQ, Alberto Machado Neto. “São dados expres‐ sivos que chamam atenção para muitos, mas principalmente para minha área, que muitas vezes não olha para estados meno‐ res”, avaliou Machado Neto.

A perspectiva otimista de crescimento para os próximos anos, apontada por José Eliton, é reconhecida por Germano Rigot‐ to, diretor de ação política da ABIMAQ e ex‐governador do Rio Grande do Sul. “O crescimento do estado realmente merece destaque”, ressaltou. Eliton se colocou à disposição de enti‐ dades e associações presentes e do presi‐ dente da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, para debater com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, sobre o Convê‐ nio ICMS 57/2013, rejeitado pelo estado. O convênio concede a isenção do ICMS nas operações de importação de bens de capital e em relação ao diferencial de alí‐ quotas, bem como nas operações internas com esses bens, uma das bandeiras de‐ fendidas pela ABIMAQ.l

“Trabalhamos com a política de incentivos fiscais, que foram fundamentais para a transformação de um estado que, até 1988, era quase que exclusivamente dedicado à produção primária” José Eliton

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TECNOLOGIA

João Alfredo Delgado, presidente do IPDMAQ, Ronald Dangel, representante da ThyssenKrupp, e José Carlos, reitor do Instituto Mauá.

Laboratório de Comissionamento Virtual

Inauguração do Laboratório de Comissionamento Virtual Parceria entre IPDMAQ, Instituto Mauá de Tecnologia e ThyssenKrupp permite que empresas possam se qualificar em Simulação e Comissionamento Virtual

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laboratório, que foi inaugurado em 19 de setembro, integrará a indústria e a academia em um mesmo ambiente de inovação. Instalado no campus do Institu‐ to Mauá de Tecnologia em São Caetano do Sul, tem área de 100 m² e traz o que há de mais moderno em hardware e soft‐ ware para a operação de comis‐ sionamento virtual. Essa iniciativa é parte inte‐ grante do projeto “Desenvolvi‐ mento Tecnológico de Manufa‐ tura Digital para Inovação de Processo na Indústria” e tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, visando à difusão da tecnologia para toda cadeia produtiva, além do setor automotivo. Conta ainda com a participação da LWT Software, representante no Brasil da Das‐ sault Systémes, e da EVIPLAN, representante dos softwares desenvolvidos pela Lanner. O laboratório possui um ro‐ bô, dois dispositivos e softwa‐ res para serem utilizados por empresas, estudantes e pesqui‐ sadores para o desenvolvimen‐ to de projetos com esta tecno‐ logia visando à qualificação de mão de obra especializada. Na prática, o comissionamen‐ to antecede o início de uma ope‐ ração industrial. Após a instala‐ ção de todos os equipamentos, a empresa testa e ajusta os compo‐ nentes de cada um deles e, utili‐ zando técnicas de engenharia, assegura seu funcionamento

conforme especificações previa‐ mente estabelecidas. Nesse laboratório, o comis‐ sionamento ocorrerá em um am‐ biente virtual, no qual os compo‐ nentes e seus respectivos movi‐ mentos são programados em tempo real, o que torna possível prever e evitar problemas no iní‐ cio das operações. Reduz‐se, des‐ sa forma, a demanda de tempo e de recursos humanos e financei‐ ros, quando comparada ao pro‐ cesso tradicional, realizado no chão‐de‐fábrica. Os benefícios do comissiona‐ mento virtual incluem ainda a re‐ dução de etapas para a integra‐ ção de uma linha automatizada, nova ou em fase de moderniza‐ ção, e mais segurança durante o seu início de funcionamento. “Trata‐se de uma tecnologia inovadora e que reduz em até 30% o tempo de implantação de uma nova linha de montagem”, explica Roberto Kunioshi, Diretor de Operações da ThyssenKrupp Industrial Solutions ‐ Division System Engineering. Antonio Cabral, professor do Centro Universitário do Ins‐ tituto Mauá de Tecnologia, também ressalta a importância do novo laboratório. “O Labo‐ ratório é voltado para aprimo‐ rar a formação dos nossos alu‐ nos. O curso de Engenharia de Produção adota o conceito de fábricas virtuais para propor‐ cionar aos futuros engenheiros uma vantagem competitiva no mercado de trabalho.” Em seu discurso, João Alfre‐

do, presidente do IPDMAQ, enfa‐ tizou: “Projetos como o laborató‐ rio ajudam a aproximar empre‐ sas e universidades para superar desafios tecnológicos. Espero que projetos como este se multi‐ plique na ABIMAQ”. A Secretária‐Executiva do IPDMAQ, Anita Dedding, sa‐

lientou ainda a importância do apoio do IPDMAQ para estru‐ turar projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico do setor de máquinas e equi‐ pamentos. Mais informações podem ser obtidas pelo e‐mail: ipdmaq@abimaq.org.br.l

Treinamentos ABIMAQ

 Outubro de 2013

Dia 9

l Ferramentas para Chão de Fábrica l Objetivo: Fornecer aos líderes de Chão de Fábrica ferramentas que os auxilie na gestão das pessoas, da comunicação e de resultados. l Instrutor: Washington Zucoloto

Dia 14

l Como Vender em um Mercado Altamente Competitivo l Objetivo: : Trabalhar os passos da venda, de forma a gerenciar relacionamentos e buscar um amplo espectro de contato com o cliente para potencializar grandes negócios. l Instrutor: Sidney Coldibelli

Dia 15

l Logística e Distribuição - No Chão de Fábrica l Objetivo: Capacitar para a administração do processo logístico de maneira eficaz. l Instrutor: Marco Antonio Rio Franchi

Dia 17

l Técnicas de Apresentação l Objetivo: Desenvolver uma comunicação eficaz na interação com as pessoas, dotar de ferramentas para impactar na apresentação de ideias e gerir adversidades no contexto da apresentação. l Instrutor: Vanessa Perfeito

Dia 18

l Gestão do Processo de Recrutamento, Seleção e Retenção de Talentos l Objetivo: Conciliar os objetivos da empresa (lucro, produtividade, eficácia, redução de custos), com os das pessoas (remuneração adequada, benefícios, lazer, segurança no trabalho). l Instrutor: Luiz Henrique Casaretti

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TECNOLOGIA

IPDMAQ apoia Seminário Empreendedorismo Inovador

CSTM e IPDMAQ debatem inovação

Serão oferecidas atividades científicas, técnicas e culturais

Empresas puderam esclarecer e avaliar a viabilidade dos recursos expostos

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m 12 de setem‐ bro, 11 repre‐ sentantes de empresas associadas à Câmara Setorial de Transmissão Mecânica (CSTM) imergiram no Empresas apresentaram os recursos obtidos para desenvolverem seus projetos de inovação universo das empresas Os representantes explicaram a estru‐ que estão desenvolvendo projetos de ino‐ tura dos programas que se inscreveram e vação com o apoio de agências de fomen‐ o desafio colocado para o empresário.A to, ao conhecerem o caminho trilhado por avaliação foi positiva, como afirmou Anita duas empresas que conseguiram obter re‐ Dedding, secretária executiva do IPDMAQ, cursos não‐reembolsáveis para desenvol‐ que fez a mediação do encontro: "Quando ver seus projetos de inovação. as empresas conversam entre si sobre os A primeira é a FINAMAC, empresa que fa‐ instrumentos de apoio à inovação, elas brica máquinas para sorvetes e chocolates e conseguem avaliar, sob a perspectiva do obteve apoio da FAPESP (Programa PIPE) mercado, quais são as vantagens e os de‐ para o desenvolvimento de novos produtos. safios desses instrumentos". A segunda é a Thyssenkrupp System Engi‐ Participaram da reunião as empresas neering, que teve o apoio do CNPq (Programa associadas da entidade Tec Tor, NSK, AEM‐ RHAE Pesquisador na Empresa) para quali‐ CO, Colombo, Freudenberg, e Vibtech Ind. ficar recursos humanos na tecnologia de Co‐ Ltda.l missionamento Virtual.

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” ‐ ESALq, vincula‐ da à USP, realiza, em 09 de outubro, a “Semana Luiz de Queiroz”. Estão confir‐ madas palestras sobre parques tecnológi‐ cos de São Carlos e Piracicaba, case da BUG Agentes Biológicos, Inovação Aberta e Investimento‐Anjo, além de apresenta‐ ções das linhas de financiamento para inovação do BNDES e do Desenvolve SP. Além do seminário, serão oferecidas ati‐ vidades científicas, técnicas e culturais pa‐ ra mobilização da academia, empresários, lideranças políticas e setoriais, a exemplo da Secretaria de Agricultura e Abasteci‐ mento do Estado de São Paulo que, anual‐ mente, durante o evento, transfere o Gabi‐ nete para o campus da Esalq/Piracicaba. O evento conta com apoio da ABIMAQ, por meio da sede regional de Piracicaba, e do IPDMAQ. A programação está disponível no site do IPDMAQ: www.ipdmaq.org.br. Participe.l

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l Confira abaixo a programação de treinamentos disponíveis. l Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 5582-6321/6313 ou e-mail: capacitacao@abimaq.org.br ou pelo site www.abimaq.org.br.

Dia 22

Dia 29

l NR-12 para Fabricantes de Máquinas e Equipamentos l Objetivo: Trata-se de um workshop teórico-prático para desenvolver um projeto adequado às leis vigentes. l Instrutor: Henrique Mader

l Administração Financeira & Controles de Tesouraria l Objetivo: : Propiciar conhecimentos sobre os processos de gestão econômica e financeira, para que se possa analisar cenários de médio e longo prazos e auxiliar na tomada de decisões estratégicas e operacionais.l Instrutor: Fábio Tozzini

Dia 22 e 23 l Lean Manufacturing na Prática - Brinq Lean – ABIMAQ Santa Catarina - Parceria ABIMAQ - SINDIPEÇAS l Objetivo: : Garantir a aplicação prática do Sistema Lean Manufacturing e suas ferramentas. Aumentar a produtividade, qualidade, reduzir o lead time, formar um team building, reduzir o stress no trabalho. l Instrutor: Jamil Haidan Abdel Aziz

Dia 30 l Classificação de Máquinas e Suas Partes l Objetivo: Treinar na classificação de máquinas e suas partes o que está limitado aos capítulos 84 e 85 da NCM. l Instrutor: Cesar Olivier Dalston

Dia 31

Dia 22 e 23 l Metodologia para Gestão da Armazenagem – ABIMAQ Santa Catarina l Objetivo: Atingir a transferência e compreensão da metodologia de organização e gestão da armazenagem nos moldes Lean e sustentação de resultados. l Instrutor: João Abinajm Filho

Dia 24 l Câmbio Financeiro e Siscoserv l Objetivo: Conferir maior segurança na definição de políticas de apoio ao comércio de serviços, com destaque para os aspectos cambiais e tributários, instituições de apoio e promoção e instrumentos de crédito disponíveis. l Instrutor: Simone Maria Magossi e Lucas Nasz Sant'Anna

l Mercado Financeiro: Instituições, Produtos e Negociação l Objetivo: Dotar das principais ferramentas utilizadas no mercado financeiro e da estrutura das operações de captação de recursos e de crédito mais utilizadas, levando em consideração o prazo, risco, limite e retorno. l Instrutor: Marcelo Martinovich

Dia 05 - novembro l Como tornar sua empresa mais eficaz através da gestão administrativa? l Objetivo: Reconhecer a importância da gestão administrativa para elaborar o planejamento estratégico e coordenar a implementação, gerindo todos os recursos necessários. l Instrutor: Luiz Henrique Casaretti l

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COMÉRCIO EXTERIOR

Acordo Mercosul – Índia ABIMAQ enviou os detalhes para a ampliação desse acordo e aguarda o posicionamento das empresas quanto a essa negociação

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...está em análise pelo governo brasileiro uma proposta de ampliação do escopo desse acordo com a inclusão de mais itens tarifários

Mercosul tem em vigência um res‐ trito Acordo Comercial de Preferên‐ cias Tarifárias Fixas com a Repúbli‐ ca da Índia e está em análise pelo governo brasileiro uma proposta de ampliação do escopo desse acordo com a inclusão de mais itens tarifários. O Ministério do Desen‐ volvimento, Indústria e Comércio Exterior abriu consulta aos setores produtivos quanto aos interesses comerciais em rela‐ ção ao país asiático. Para formular o posicionamento do se‐ tor de máquinas e equipamentos, foi en‐ viado pelo Departamento de Mercado Ex‐

terno da ABIMAQ aos associados um e‐ mail‐consulta informando em detalhes as tratativas para a ampliação desse acordo e solicitando os interesses ofensivos e de‐ fensivos das empresas do setor sobre essa negociação. Na referida consulta, consta a posição técnica para os produtos do setor e espe‐ ra‐se receber o posicionamento das em‐ presas quanto a essa negociação. A mani‐ festação deve ser realizada com base no arquivo disponibilizado da consulta. Para mais informações, envie e‐mail para: consultas@abimaq.org.br l

Acordo Mercosul – União Europeia Concorrência com os fabricantes europeus em compras governamentais pode representar uma grave ameaça ao desenvolvimento da indústria nacional

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...Entende-se de forma técnica que a Europa é referência para o setor e que qualquer preferência pode ser muito danosa aos interesses da indústria brasileira de bens de capital

omo parte da troca de ofertas entre os blocos do Cone Sul Americano e euro‐ peu, o Mercosul deve elaborar uma oferta de preferências em compras governa‐ mentais para constar no Acordo de Livre Co‐ mércio em negociação com a União Euro‐ peia. Os setores econômicos nacionais pre‐ veem que esta oferta deve ser a mais con‐ servadora possível, pois uma concorrência com os fabricantes europeus em compras governamentais pode representar uma gra‐ ve ameaça a esse instrumento de fomento à economia nacional. É de conhecimento geral a utilização das compras governamentais nos momen‐ tos em que a economia brasileira necessita de estímulos à produção e este mecanismo

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deve ser mantido passível de ser acionado em benefício da indústria nacional. Ade‐ mais, ressalta‐se para o fato de que a polí‐ tica de margens de preferências já é aplica‐ da em alguns setores da economia que be‐ neficiam fabricantes nacionais na compe‐ tição com fornecedores estrangeiros. A posição da ABIMAQ é de que não de‐ vem ser ofertados benefícios em compras governamentais aos fabricantes europeus no setor de máquinas e equipamentos. En‐ tende‐se de forma técnica que a Europa é re‐ ferência para o setor e que qualquer prefe‐ rência pode ser muito danosa aos interesses da indústria brasileira de bens de capital. Para mais informações, envie e‐mail pa‐ ra: consultas@abimaq.org.br l


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FEIRAS

FENASUCRO 2013: volume de negócios deve superar os R$ 2,2 bilhões nos próximos meses Mais de 33 mil visitantes de 20 estados brasileiros e 30 países estiveram presentes para conferir as ofertas que melhoram a eficiência energética nas usinas.

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ais de 33 mil visitan‐ tes de 20 estados bra‐ sileiros e 30 países passaram pela feira para con‐ ferir as avançadas tecnologias em máquinas, equipamentos e produtos para o setor sucroe‐ nergético O sucesso da 21ª FENASU‐ CRO dá novo ânimo a toda ca‐ deia produtiva do setor sucroe‐ nergético nacional. De acordo com a Reed Multiplus, mais de 33 mil visitantes de 20 estados brasileiros e 30 países estive‐ ram no Centro de Eventos Zani‐ ni, em Sertãozinho (SP), para conferir as ofertas de máqui‐ nas, equipamentos e produtos com as mais avançadas tecno‐ logias, que melhoram a eficiên‐ cia energética nas usinas. A ex‐ pectativa é que o volume de ne‐ gócios iniciados na feira supe‐ rem os R$ 2,2 bilhões nos pró‐ ximos meses. A edição deste ano contou com oito eventos paralelos, contabilizando mais de 60 pa‐ lestrantes que abordaram te‐ mas variados, contemplando,

Presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso, durante a abertura da feira

As rodadas totalizaram

463 US$ 260

reuniões, que resultaram em

milhões de negócios prospectados

assim, toda a agroindústria da cana‐de‐açúcar. Além de reunir autoridades, líderes de classe, técnicos e os produtores de ca‐ na‐de‐açúcar, a feira também atraiu um ato público em favor do setor sucroenergético. Outro destaque da FENASU‐ CRO 2013 foram as Rodadas de Negócios Internacional, organi‐ zadas pela APLA/APEX, que promoveram encontros comer‐

ciais entre 53 empresas brasi‐ leiras e 21 compradores estran‐ geiros, vindos da Argentina, Bo‐ lívia, Colômbia, Guatemala, Quênia, Peru, entre outros paí‐ ses. As rodadas totalizaram 463 reuniões, que resultaram em US$ 260 milhões de negócios prospectados até o momento. A expectativa é que os negócios sejam ampliados nos próximos 12 meses. Apoiadora do evento, a ABIMAQ participou com estan‐ de institucional e mais de 70 associadas também estiveram presentes no evento. Promovi‐ da pela Reed Multiplus e com realização do CEISE Br, a edi‐ ção de 2014 da FENASUCRO está confirmada para o perío‐ do de 26 a 29 de agosto, no Centro de Eventos Zanini. As associadas contam 10% de desconto no valor do metro quadrado da feira. Outras in‐ formações poderão ser obtidas no site www.fenasucro.com.br ou com o Departamento de Feiras da ABIMAQ pelo telefo‐ ne (11)5582‐6428.l

ILHAS ABIMAQ 2014

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além de negociar desconto no valor do metro quadrado dos eventos para as as‐ sociadas, a ABIMAQ também tem pro‐ piciado a participação das empresas em estan‐ de coletivo, em espaço intitulado “ilha ABI‐ MAQ”. Neste formato, as empresas podem par‐ ticipar com custo reduzido e grande visibilida‐ de no evento. Para facilitar, todas as negociações com os fornecedores são realizadas pelo Departamen‐ to de Feiras da ABIMAQ que viabiliza a contra‐ tação de montagem e os serviços de segurança, limpeza, buffet, recepção e coletor de dados, e as despesas são rateadas entre as empresas. Neste ano, as feiras Brasil Offshore, Fena‐ san, Fispal e ABTCP tiveram ilha da entidade, que contou com a participação de 20 empre‐ sas. Para 2014, as associadas poderão partici‐ par da ilha ABIMAQ nas seguintes feiras:

l Santos Offshore Oil & Gás Expo Estandes de 15m2 com 20% de desconto no valor do m2 da área. l FCE Pharma Estandes de 15m2 com 10% de desconto no valor do m2 da área. l Fispal Tecnologia Estandes de 20m2 com desconto de 20% no valor do m2 da área. l Fenasan Estandes de 20m2 com desconto de 20% no valor do m2 da área. l Rio Oil & Gás Expo Estandes de 24 m², 20m² ou 18m² com desconto de 20% no valor do m2 da área. As informações de como participar das ilhas ABIMAQ poderão ser obtidas com o Departa‐ mento de Feiras pelo telefone (11)5582‐6424 e pelo e‐mail feiras@abimaq.org.br.l

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Próxima feira

l MEC MINAS 5 a 8 de novembro Belo Horizonte - MG


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ABIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ defende incentivos nacionais Entidade recomenda a exigência de conteúdo local em toda a cadeia produtiva e nos demais segmentos da economia

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obrigatoriedade da exi‐ gência de conteúdo local na exploração e produção de petróleo e gás no país ainda não gerou resultados esperados no setor de bens de capital. A ABIMAQ avalia que o resultado social desta política, com a res‐ pectiva geração de emprego, também não se confirmou. A saída seria a exigência de conteúdo local em toda a cadeia produtiva e nos demais segmen‐ tos da economia. A prática deve‐ ria ser estendida às compras go‐ vernamentais, às compras para áreas onde existam concessões, às compras com financiamentos de órgãos oficiais e onde haja be‐ nefícios fiscais. O cenário foi traçado pelo diretor executivo de petróleo, gás natural, bioenergia e pe‐ troquímica da ABIMAQ, Alber‐

“Temos a oportunidade de gerar emprego e renda além do petróleo, desenvolvendo novos bens de capital e conquistando mercados” Alberto Machado, durante apresentação no evento.

to Machado, em palestra no “Paulínia Petróleo & Gás”. O evento, que contou com o apoio da ABIMAQ Piracicaba e a orga‐ nização da FIESP, ocorreu nos dias 21 e 22 de agosto, com o objetivo de fomentar a cadeia de petróleo e gás do país. A Agência Nacional de Petró‐ leo (ANP) estima que 4.300 cer‐ tificados de conteúdo local são

CSMR E ABIMAQ discutem conteúdo local Objetivo é sensibilizar MDIC e MDA sobre as compras governamentais

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reocupados com o cumpri‐ mento do conteúdo local que protege a indústria de bens de capital, a ABIMAQ reu‐ niu‐se com representantes do MDIC (Ministério do Desenvolvi‐ mento, Indústria e Comércio Ex‐ terior) e MDA (Ministério do De‐ senvolvimento Agrário), no dia 26 de agosto, em Brasília. Walter Filippetti, diretor exe‐ cutivo de relações governamen‐ tais, Carlos Pastoriza, diretor‐se‐ cretário, ambos da ABIMAQ, An‐ drea Park, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias e associados participaram da reu‐ nião para sensibilizar os ministé‐ rios sobre os mecanismos que permitem que máquinas sejam consideradas nacionais, a fim de evitar a concorrência desleal. Foi discutida a licitação no MDA, na qual uma empresa re‐ cém‐chegada ao Brasil seria a vencedora, declarando como na‐ cional um produto nunca fabrica‐

Alberto Machado concedidos trimestralmente. Marcelo Mafra, coordenador da ANP, considera a ABIMAQ parcei‐ ra no processo de incentivo aos fornecedores nacionais. “A motivação atual da prática de conteúdo local seria gerar em‐ prego e renda. Contudo, os atores das concessões não estão usando o potencial da indústria nacional”, disse Machado. A carteira média

de pedidos do setor abrange seis meses de atividades. A ABIMAQ sugere a criação de documentos vinculantes pa‐ ra a exigência de conteúdo local em outras áreas além da explo‐ ração e produção de petróleo. Acrescentou que a prática atual, apesar de representar um avan‐ ço, segue a ótica financeira das operações, enquanto que o cha‐ mado “conteúdo local social”, que representa a real geração de emprego, não pesa na deci‐ são. Ainda faltam investimentos em tecnologia, que trariam sus‐ tentabilidade ao setor e torna‐ riam a indústria brasileira refe‐ rência mundial. “Temos a oportunidade de gerar emprego e renda além do petróleo, desenvolvendo novos bens de capital e conquistando mercados”, declarou Machado.l

MME recebe pleitos da ABIMAQ ABIMAQ acredita que é viável aplicar o conteúdo local nos leilões devido à oferta de produtos fabricados no exterior

do no país. “A empresa conseguiu obter o benefício da margem de preferência de 15% para produ‐ tos nacionais ao fazer uma auto‐ declaração de conteúdo nacional, divergente do utilizado no Fina‐ me. Com isso, a indústria nacio‐ nal, que vive o desafio de manter a margem de 60%, índice de na‐ cionalização exigido pelo BNDES, é prejudicada. Se esse processo acontecer, a desindustrialização no Brasil será ainda mais drástica e acelerada”, explica Andrea. Na avaliação da ABIMAQ, o re‐ sultado foi positivo, pois o MDIC entendeu a preocupação do se‐ tor. O ministério já está consul‐ tando as entidades com o intuito de exigir, nas próximas licitações públicas, que as empresas te‐ nham obrigatoriamente o código Finame do produto informado como nacional. “Essa é uma grande conquista para a indús‐ tria de bens de capital como um todo”, disse Andrea.l

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fim de discutir sobre a capacidade instala‐ da da indústria nacio‐ nal e a exigência de conteú‐ do local nos leilões e conces‐ sões para investimentos em projetos de geração de ener‐ gia promovidos pelo gover‐ no federal, a ABIMAQ reu‐ niu‐se com representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), no dia 22 de agosto, em Brasília. Roberto Veiga, presidente do Conselho de Energia Eóli‐ ca da ABIMAQ, comentou so‐ bre a viabilidade na aplicação do conteúdo local nos leilões, destacando a exigência já re‐ querida pelo BNDES, que tem a função de regular a partici‐ pação da indústria nos proje‐ tos de infraestrutura. “É ne‐ cessário que esse mesmo cri‐ tério seja adotado nas regras

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dos leilões por conta da pos‐ sibilidade de oferta de produ‐ tos fabricados no exterior, co‐ mo ocorre em países onde a demanda diminuiu muito frente à capacidade instala‐ da”, ressaltou Veiga. Veiga mencionou ainda que, em países como a China, existem bancos de investi‐ mento com grande capacida‐ de de financiamento e apoio para os fabricantes ocuparem a capacidade ociosa, com in‐ centivo à exportação. Participaram do encontro representantes do MME, Ma‐ risete Fatima Dadald Perei‐ ra, João Souto, Alexandre Peixoto e Elton Pereira, e da ABIMAQ, José Velloso, presi‐ dente executivo, e Mario Bernardini, diretor de com‐ petitividade, que apresentou os dados do setor.l


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ABIMAQ EM AÇÃO / AGENDA ABIMAQ EM AÇÃO

ABIMAQ NORTE NORDESTE debate o setor Regional reuniu políticos e empresários para debaterem ações e propostas para o desenvolvimento do setor de bens de capital do Norte e Nordeste

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Políticos e empresários, durante o encontro promovido pela ABIMAQ

Os problemas que afetam a indústria nacional foram um dos temas debatidos no evento

AGENDA

ABIMAQ em ação

om o objetivo de apresentar ações e propostas para o desenvolvimento do setor de bens de ca‐ pital no Norte e Nordeste e recolocar o Brasil no rumo da competitividade, a ABIMAQ realizou um en‐ contro com a bancada política e empresários, no mês de agosto, em Recife. Os encontros se constituem em uma estratégia da ABIMAQ para unir forças e cobrar do governo medidas emergenciais, para incentivar a produção nacional e ge‐ rar empregos, além de combater o grave processo de desindustrialização. O diretor‐secretário da ABIMAQ, Carlos Pastoriza, destacou os problemas que “Precisamos abrir afetam a competitividade da mão de medidas indústria nacional, assim co‐ mo a invasão de importados, paliativas e o câmbio valorizado, os juros colocar a indústria altos e a alta carga tributária. como uma Além disso, alertou que nem questão central no tudo vai bem no Brasil como aparenta. “A macroeconomia processo de realmente vai bem e, na su‐ desenvolvimento” perfície, tudo parece sob Carlos Pastoriza controle. Mas, a verdade é que a indústria de transfor‐ mação brasileira passa por um processo de estagnação que pode ser irreversível. Precisamos abrir mão de me‐ didas paliativas e colocar a indústria como uma questão central no processo de desenvolvimento", afirmou. Pastoriza ressaltou que, atualmente, a ABIMAQ co‐ loca como prioridade a defesa da reforma política. Se‐ gundo ele, a estrutura atual, com 34 partidos e 39 mi‐ nistérios, torna o país ingovernável. Dentre as medidas emergenciais para a retomada da indústria, a entidade defende a redução da taxa básica de juros, redução do spread, além de decisões urgentes para atenuar a so‐ brevalorização cambial. O evento teve 71 participantes, dentre eles autori‐ dades políticas e sindicais da região nordeste, diretores da ABIMAQ e empresários do setor de bens de capital.l

06/09

20/09 e 21/09

30/09

l Reunião com Luciano Coutinho – BNDES

l Participação no Fórum Nacional de Agronegócios

l Reunião com a diretoria executiva do Bradesco

13/09

23/09

01/10

l Reunião com a economista Patricia Marrone

l Reunião com o presidente da EMBRAPA, Maurício Lopes

l Participação no Fórum de Economia da FGV

18/09

26/09

l Reunião com o prefeito de São Carlos, Carlos Altomani

l Participação no seminário Fortalecimento da Indústria Brasileira e do Emprego”, na CNI

l Reunião de presidentes e delegados de sindicatos filiados com a diretoria da FIESP

19/09 l Almoço com Paulo Skaf, Presidente da FIESP

02/10 l Audiência com o Ministro do MDIC, Fernando Pimentel l

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REFLEXÃO

Insistência nas mudanças Germano Rigotto *

A

base da economia brasileira é sua produção. Ou em outras pa‐ tos. E, também nessa dinâmica da compensação, o sistema joga con‐ lavras: é sua sociedade. Indústria, agropecuária, comércio, ser‐ tra o desenvolvimento. viços, trabalhadores, todos os entes que geram renda e pro‐ Arrecada‐se mais a cada ano, mas não há obras e serviços públicos movem o desenvolvimento. Entretanto, na perspectiva da legislação proporcionais a esse crescimento. O déficit entre o que se paga de tri‐ tributária, esse ativo social é visto como mera fonte arrecadatória. butos e o que se recebe do Estado só faz aumentar. O escoamento da Nosso sistema, que nasceu bem intencionado, ao longo do tempo foi produção é dificultado pelas deficiências na logística, em todos os incorporando um viés preponderantemente fiscalista. Ao contrário modais, o que aumenta em 23% o custo do transporte. É um dentre de estimular a ascensão de pessoas e empresas, tornou‐ tantos exemplos dos entraves causados por isso. se um dos principais adversários desse avanço. Os danos acabam sendo compartilhados entre A carga tributária tem um peso exagera‐ todos. A indústria se retrai, emprega menos do para quem trabalha e produz. É com‐ e a economia não avança. Ao adquirir‐ plexa, irracional e injusta. Pouco mos mais produtos de fora, geramos transparente, além disso. As nor‐ empregos no exterior. No merca‐ mas são repletas de remendos do interno, os preços crescem e têm flancos que podem ser e o poder de compra da po‐ explorados por quem con‐ pulação diminui, prejudi‐ trata boas assessorias. cando o trabalhador. É Um estudo mostrou que um prejuízo real no bol‐ as organizações gastam so e na vida de cada O país 108 dias por ano só brasileiro. não deve olhar para para preparar, regis‐ O governo tem trar e pagar tributos. promovido ações os entes produtivos Mas o maior onera‐ pontuais para esti‐ apenas como fonte de do, proporcional‐ mular a economia, arrecadação. mente, é o trabalha‐ como a desoneração Deve apoiá-los, dor assalariado e de da folha de paga‐ menor renda – esse mento e redução de pois eles são a nunca escapa do im‐ alguns tributos seto‐ sustentação da nossa posto que incide sobre riais. Mas ainda é economia. o que consome. pouco. É cada dia mais Recente levanta‐ urgente uma reforma mento da Associação abrangente no sistema Brasileira da Indústria de tributário e nas legislações Máquinas e Equipamentos correlatas. O país não deve (ABIMAQ) mostra que o custo olhar para os entes produtivos do produto feito no Brasil é 37% apenas como fonte de arrecada‐ maior do que nos Estados Unidos e ção. Deve apoiá‐los, pois eles são a Alemanha. Em 2008, a diferença era de sustentação da nossa economia. 40%. Apesar da queda, os analistas afirmam Com menores custos, tributos equilibra‐ que, nesse ritmo, o Custo Brasil levará 30 anos dos e melhor infraestrutura, não são ape‐ para emparelhar‐se com os outros dois ava‐ nas as empresas que ganham. É o Brasil, liados. É um tempo que nossa economia são os brasileiros – especialmente os não pode esperar. A dinâmica da compe‐ mais pobres. Assimilar essa lógica, titividade não tem tamanha paciência. deixando para trás algumas con‐ Não bastasse o peso dos tributos, o cepções mofadas, é um dos prin‐ que é arrecadado não retorna de ma‐ cipais desafios para fazer avan‐ neira adequada em serviços disponi‐ çar em nosso país as reformas bilizados ao contribuinte. Mesmo estruturais de que tanto precisa‐ que estejamos falando de distribui‐ mos. Trata‐se de uma mudança ção e não mais de arrecadação, ainda cultural que demandará muita assim estamos no terreno dos tribu‐ insistência. Insistamos, pois.l

* Germano Rigotto é diretor de ação política da ABIMAQ e ex-governador do Rio Grande do Sul. Informaq | Outubro de 2013 | 16


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