Guia alimentar para a população brasileira

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GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Sabendo um pouco mais O Que São Frutas, Legumes e Verduras para os Fins de Orientação Neste Guia? Verduras e legumes são plantas ou partes de plantas que servem para consumo humano. As partes normalmente consumidas são as folhas, frutos, caules, sementes, tubérculos e raízes (PHILIPPI, 2003). Denomina-se verdura quando a parte comestível do vegetal são as folhas, flores, botões ou hastes. Utiliza-se a denominação legume quando as partes comestíveis são os frutos, sementes ou as partes que se desenvolvem na terra. Fruta é a parte polposa que rodeia a semente de plantas que possui aroma característico, sendo rica em suco, e tem sabor adocicado (PHILIPPI, 2003). A variedade desse grupo de alimentos é imensa; alguns têm apenas ocorrência local ou regional. Os de cultivo e comercialização mais abrangente incluem, por exemplo: Verduras: acelga, agrião, aipo, alface, almeirão, brócolis, chicória, couve, couve-flor, escarola, espinafre, mostarda, repolho, rúcula, salsa e salsão. Legumes: cenoura, beterraba, abobrinha, abóbora, pepino, cebola. Frutas: acerola, laranja, tangerina, banana, maçã, manga, limão, mamão e muitas outras. No guia alimentar brasileiro, alimentos vegetais como os tubérculos e as raízes são considerados alimentos ricos em carboidratos (Diretriz 2) e os feijões e outros grãos de leguminosas são considerados vegetais ricos em proteínas (Diretriz 4), portanto não estão incluídos nesta diretriz. O incentivo ao consumo desses grupos de alimentos concentra-se principalmente em suas formas naturais. Produtos com alta concentração de açúcar, como as geléias de fruta e as bebidas com sabor de fruta e os vegetais em conserva, com alto teor de sal, não fazem parte do conjunto de alimentos cujo consumo está sendo incentivado nesta diretriz. Neste Guia? , nesta seção. O consumo regular de uma variedade de frutas, legumes e verduras, juntamente com alimentos ricos em carboidratos pouco processados, oferece garantia contra a deficiência da maior parte de vitaminas e minerais, isoladamente ou em conjunto, aumentando a resistência às infecções (SCRIMSHAW et al., 1968; SCRIMSHAW, 2000). As frutas, legumes e verduras são ricos em fibra alimentar e diferentes tipos de vitaminas como os carotenóides (precursores vegetais da vitamina A, que existem em grande quantidade nos vegetais verde-escuros e frutas de coloração amarela ou avermelhada), os folatos ou vitamina B9 (assim chamados porque, em latim, o termo folium significa folhas ) e o ácido ascórbico (vitamina C) (U.S. DEPARTMENT OF AGRICULTURE, 2005). Alimentos ricos em carotenóides protegem contra xeroftalmia, cataratas e outras doenças oculares, além de auxiliar na imunidade do organismo contra infecções. Já o ácido ascórbico

(vitamina C) aumenta a absorção orgânica do ferro de origem vegetal, ajudando a prevenir a anemia ferropriva. O estímulo ao consumo desses alimentos-fonte é muito importante particularmente nas regiões onde as deficiências de vitamina A e de ferro são altas (MCLAREN et al., 1993; HALSTED, 1993; KLERK et al., 1998). Por outro lado, é importante ressaltar que os vegetais não contêm vitamina B12, que, junto com o folato (ácido fólico ou vitamina B9), participa da formação das hemácias - células vermelhas do sangue - e do metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos. As fontes principais da vitamina B12 são os alimentos de origem animal. Com referência aos minerais, todas as frutas, os legumes e as verduras são ricos em potássio, cuja necessidade aumenta proporcionalmente em relação à quantidade de sódio na alimentação. Alguns alimentos desses grupos contêm quantidades adequadas de magnésio, cálcio e elementos-traço, que dependem


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