139
PARTE 3 - AS BASES EPIDEMIOLÓGICAS E CIENTÍFICAS
conforme se observa comparando-se os gráficos 5 e 6. Ao analisar os dois gráficos, observa-se que para os homens, em todas as regiões geográficas, houve um crescimento expressivo e continuado da prevalência de obesidade entre 1975 e 2003. Entre as mulheres, o comportamento da obesidade tendeu a crescer, entre 1975 e 1989, em todas as regiões, e a reduzir no período entre 1989 e 2003, exceto na Região Nordeste. A prevalência da obesidade também ocorre em todas as classes de rendimento. O gráfico 7 mostra que, entre os homens, a prevalência aumenta de acordo com o aumento da renda; porém, entre as mulheres, esse crescimento
período estudado; entre as mulheres, o crescimento ocorreu no período de 1975 a 1989, tendendo a estabilização até 2003. Ainda assim as mulheres apresentam prevalência de obesidade superior aos homens. Os dados da POF-2002 indicam ainda a ocorrência de obesidade, tanto em áreas urbanas quanto nas rurais, como também nas diferentes regiões do País. Entre homens e mulheres residentes em zonas rurais, as prevalências encontradas são, respectivamente, de 9,7% e de 12,7%; já nas zonas urbanas, as taxas são de 8,9 e 13,1%. A prevalência da obesidade, segundo as regiões geográficas, revela que, mesmo nas regiões menos desenvolvidas, como o Norte e o Nordeste, as prevalências são expressivas para ambos os sexos,
Gráfico 5 - Tendência secular da obesidade masculina, segundo região brasileira. Brasil, 1975-2003 1975 9,8
10
1989
9,7 8,4
7,8
%IMC > 30 Kg/m2
8 6 4
5,6
5,1 3,9
3,8 3,1
2,5
2 0
2003
7,5 6,8
6,6
2,8
1,4
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Gráfico 6 - Tendência secular da obesidade feminina, segundo região brasileira. Brasil, 1975-2003 18
14,5
14
%IMC > 30 Kg/m2
12
1989
13,613,3 11,8 11,2
11,5
10 8
1975
16,8
16
9,0
10,5 8,7 7,6
7,3
6
12,1 10,9
4,7
4 2 0
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
2003