Guia alimentar para a população brasileira

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PARTE 3 - AS BASES EPIDEMIOLÓGICAS E CIENTÍFICAS

Tabela 3 - Resultados da Campanha Nacional de Detecção de Hipertensão Arterial (CNDHA). BRASIL, 2002 Região Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil

Percentual de exames suspeitos (%) (*) 31,9 38,7 37,3 35,2 34,5 36,0

FONTE: BRASIL, 2004f. (*) Refere-se aos indivíduos rastreados por ocasião da CNDHA que apresentaram pressão arterial >140/90mmHg, em 4.118 municípios

anos. Segundo a escolaridade, os resultados evidenciam prevalência variando de 25% a 45,8% entre pessoas de menor escolaridade e de 16,5% a 26,6% entre as de maior escolaridade (BRASIL, 2004e). Diabetes O diabetes apresenta alta morbimortalidade, sendo uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doenças cardiovasculares (BRASIL, 2004f). A prevalência de diabetes no Brasil, entre adultos de 30 a 69 anos residentes em nove capitais brasileiras, em 1988, foi estimada em 7,6%; e a de tolerância diminuída à glicose, de 7,8%. A prevalência é mais alta com a evolução da idade: 2,7% entre 30 e 39 anos, 5,5% entre 40 e 49 anos, 12,7% entre 50 e 59 anos e, finalmente, 17,4% entre 60 e 69 anos (BRASIL, 1988). Esse mesmo estudo revelou que 46,5% das pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado desconheciam ser portadores de diabetes. Dados mais recentes estimam em cerca de 4,9 milhões de adultos brasileiros diabéticos, prevendo-se, para 2025, que esse número será de 11,6 milhões (KING, 1998). Em 2001, o Ministério da Saúde realizou a Campanha Nacional para Detecção de Diabetes Mellitus (CNDDM), envolvendo 95,3% dos municípios brasileiros. A campanha direcionou-se para a população brasileira com 40 anos ou mais

que depende do SUS para atendimento clínico. Esse número foi estimado em aproximadamente 31 milhões de pessoas. Foram considerados casos suspeitos indivíduos com glicemia de jejum 100mg/dl ou glicemia casual 140mg/dl. Por esses critérios, por ocasião da campanha, 16,4% foram considerados casos positivos. Em uma segunda etapa de investigação, que envolveu busca ativa de uma amostragem probabilística dos casos positivos, 10,1% tiveram diagnóstico confirmado (BRASIL, 2004f). No inquérito nacional nas 15 capitais e no Distrito Federal, realizado em 2003/2004 pelo Inca, que investigou morbidade referida, mostrou que, entre os indivíduos que tiveram acesso ao exame diagnóstico de diabetes, a prevalência variou de 5,2% a 9,4% entre a população de 25 ou mais anos. Entre os homens, a prevalência auto-referida variou de 4,9% a 11,7%; e, entre as mulheres, de 4,9% a 8,9%. Os resultados evidenciam um significativo aumento com a idade, variando de zero a 4,7% na faixa de 25 a 39 anos e de 11,6% a 25,2% em pessoas com 60 ou mais anos de idade (BRASIL, 2004e). Excesso de peso e obesidade O mais recente inquérito nacional que permite estimar as prevalências do excesso de peso e da obesidade no Brasil é a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada em 2002-2003, pelo IBGE e Ministério da Saúde. As informações estão disponíveis apenas para adultos (pessoas com 20 ou mais anos de idade), não se dispondo ainda das informações para as demais fases do curso da vida.


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