Guião de análise do filme Relatório Minoritário

Page 1

Grelha de Análise de Filme

Ficha Técnica Título Relatório Minoritário Título Original Minority Report Realizador Steven Spielberg Tom Cruise, Colin Farrell, Samantha Morton, Max von Sydow, Lois Actores Smith, Tim Blake Nelson, Kathryn Morris, Jessica Harper John Anderton (Tom Cruise) é um detective do "Precrime", uma unidade policial que, em 2054, prende os criminosos antes mesmo Sinopse de estes cometerem os crimes. Anderton acha que o sistema é perfeito, até ser perseguido pela brigada “Pré-Crime” por ser o futuro assassino de um homem que nem conhece. Data 2002 Duração Cerca de 139 min

Roteiro de Análise 1. No início do filme, Howard, prestes a matar a sua mulher, é preso sob acusação de pré-crime. Pode alguém ser responsabilizado por um crime previsto, mas que não chegou a cometer? 2. “Não é futuro se o impedem”, diz Danny Witwer. Concordas? Justifica. 3. Se estamos destinados a cometer determinados actos, de acordo com as visões dos Pré-Cogs, seremos livres? 4. Depois de conhecer a previsão dos Pré-Cogs para si mesmo, Anderton entra num dilema ético. Descreve-o. 5. Anderton foi livre de assassinar o falso pedófilo Leo Crow? 6. Com que perspectiva sobre o livre-arbítrio se identifica mais o argumento deste filme? Explica porquê.


Grelha de Análise de Filme

Relatório Minoritário Soluções do Guião de Análise 1. Os acusados pela brigada “Pré-Crime” são-no com base em visões do futuro. Logo, esta baseia a sua acusação num crime que, sem a sua intervenção, teria necessariamente acontecido. Mas como não chegou a acontecer, a decisão de os responsabilizar como criminosos efectivos é polémica, dado que apenas poderiam ser responsabilizados pela intenção e não pelo resultado. 2. O futuro só existe se as condições que o precedem se mantiverem inalteradas. Se a brigada impede um crime, o futuro desse crime não chega a acontecer. Só acontece o futuro do seu impedimento. 3. Se desconhecemos o futuro para nós previsto, não sabemos o que podemos evitar ou procurar, dado apenas vivermos no presente. Deste modo, se estamos destinados a cometer determinado acto, acabaremos por cometê-lo, o que acaba com a noção de livre-arbítrio e de responsabilidade pelo que fazemos. 4. Anderton tem de decidir se mata Leo Crow, embora nem o conheça, e prova que a prevenção da brigada é falível, ou não mata e prova que a previsão é errada, desmoronando a sua fé no programa de prevenção do crime. 5. Na prática não, pois embora no último instante tenha decidido poupar a sua vida, acabou por o matar acidentalmente. Embora pudesse ter escolhido, e foi livre de o fazer, as circunstâncias exteriores levaram-no a matá-lo. Logo, escolheu não o matar mas matou-o na mesma. 6. Tendo em conta o desfecho do filme, a ideia que se transmite é a de um incompatibilismo, ou seja, qualquer que seja o nosso esforço de sermos livres, efectivamente não o somos porque as circunstâncias e as causas em cadeia nos conduzem para determinado caminho ou fim.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.