CAPÍTULO
3
Use a pirâmide invertida!
A Internet não apenas resgatou a importância da pirâmide invertida como a melhor estrutura para apresentar textos, como também abriu a possibilidade de que o próprio usuário a construa.
Em março de 2008, Roy Peter Clark, professor do Poynter Institute, centro de pesquisa e formação em jornalismo com sede na Flórida (Estados Unidos), incluiu a pirâmide invertida numa lista de “maravilhas do mundo jornalístico”. A linha que explicava a escolha dizia simplesmente: “Como as pirâmides do Egito, ela passou no teste do tempo”. Ironicamente, essa distinção vem num momento no qual, em muitas redações do mundo, se diz que a pirâmide invertida ficou fora de moda, sendo substituída por outras técnicas narrativas – uma posição absolutamente polêmica. Em alguns casos, o resultado do uso dessas técnicas narrativas é tão pobre (em essência, dilui a informação), sobretudo no ambiente online, que seria possível falar da transição “da pirâmide invertida à pirâmide pervertida”. Roy Peter Clark poderia muito bem incluir a pirâmide invertida numa lista de “maravilhas do mundo online/digital”, porque ela atende a todos os pré-requisitos para apresentar conteúdos nesse mundo.
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